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Em busca da Cartografia Em busca da Cartografia ambiental ambiental MARTINELLI, Marcelo. Cartografia ambiental: uma Cartografia diferente? Revista do Departamento de Geografia, São Paulo, n. 7, p. 61- 80, 1994.

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Em busca da Cartografia ambientalEm busca da Cartografia ambiental

MARTINELLI, Marcelo. Cartografia ambiental: uma Cartografia diferente? Revista do Departamento de Geografia, São

Paulo, n. 7, p. 61-80, 1994.

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O caminho metodológico De 1950 até início da década 1970 a evolução dos estudos da

paisagem conheceu um hiato. Neste período, ela ficou praticamente esquecida como objeto de estudo da ciência geográfica.

É nos fins da década de 1960 que a paisagem, quase estranha à moderna Geografia Física, sem despertar interesses para estudos mais aprofundados, volta a fazer parte da concepção geográfica, quando o conceito de sistema é incorporado à Geografia, a partir da concepção de geossistema.

A introdução da abordagem sistêmica na ciência geográfica, de acordo com os conceitos da Teoria Geral dos Sistemas, baseia-se na modelização e quantificação dos elementos da paisagem, abrindo um novo caminho para o entendimento do funcionamento das paisagens.

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De acordo com SOTCHAVA (1977), o paradigma sistêmico ou o estudo de geossistemas, aparece como uma nova alternativa para a orientação de pesquisas científicas na moderna Geografia Física e capaz de resolver o grave problema das subdivisões/especializações desta ciência, que acabaram por levar a um distanciamento do seu principal objetivo: a conexão da natureza e da sociedade.

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Geossistema

Utiliza a análise integrada Conexão entre a natureza e a sociedade Além dos fenômenos naturais inclui os econômicos e

sociais A integração propicia a compreensão da qualidade

ambiental Bertrand (1971) juntamente com Sotchava (1972),

apresentaram de uma forma lógica, um modelo capaz de apreender a paisagem integralmente, resolvendo em grande parte dificuldade da maioria dos geógrafos e outros cientistas da paisagem.

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BERTRAND, G. Paisagem e geografia física global: esboço metodológico. Caderno de Ciências da Terra, 13. São Paulo:

IGEO/USP, 1971. O geossistema, a priori, para BERTRAND (1971) é uma

categoria espacial caracterizada por uma relativa homogeneidade dos seus componentes, cuja estrutura e dinâmica resulta da interação entre o "potencial ecológico", a exploração biológica" e a "ação antrópica", e que se identifica por um mesmo tipo de evolução.

O geossistema estaria em estado de clímax quando o potencial ecológico e a exploração biológica encontrassem em equilíbrio.

Intervenções humanas de qualquer natureza no meio, implicariam num rompimento desse equilíbrio.

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O esboço teórico apresentado por Bertrand (1971) para explicar o

funcionamento do geossistema é o seguinte:

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A CARTOGRAFIA DAS UNIDADES DE PAISAGEM: QUESTÕES METODOLÓGICAS

Marcello Martinelli * Franco Pedrotti **

Departamento de Geografia USP, C. P. 2530, 01060 – 970 São Paulo (SP), Brasil. ** Dipartimento di Botanica ed Ecologia,

Università degli Studi di Camerino, Itália.

Revista do Departamento de Geografia, 14 (2001) 39-46

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Objetivos Refletir sobre a questão metodológica da cartografia ambiental, almejando uma

proposta de sistematização estruturar um encaminhamento metodológico, partindo da conscientização de que o

questionamento feito sobre o ambiente não é dirigido apenas à natureza, mas também à sociedade

estabelecer raciocínios analíticos que consideram a vegetação e sua dinâmica, a vegetação real e as respectivas tendências evolutivas no espaço produzido pelas relações sociais dinamizadas pela periodização dos modos de produção que a humanidade viveu e está vivendo em sua história.

convergir para um raciocínio de síntese que confirmaria a delimitação de conjuntos espaciais, que são agrupamentos de lugares caracterizados por agrupamentos de atributos - as unidades de paisagem - que seriam traçados sobre o mapa com o apoio da base topográfica.

A cartografia das Unidades de Paisagem: questões metodológicashttp://www.bibvirt.futuro.usp.br/textos/hemeroteca/rdg/rdg14/rdg14_07.pdf

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Exemplos de aplicaçãoUNIDADE DE PAISAGEM /ECOSSISTEMA/GEOSSISTEMA

A cartografia das Unidades de Paisagem: questões metodológicashttp://www.bibvirt.futuro.usp.br/textos/hemeroteca/rdg/rdg14/rdg14_07.pdfCaracterização ambiental de unidades da paisagem da região noroeste do Estado do Rio Grande do Sulhttp://www.lapa.ufscar.br/portugues/f_westphalen_missio.htm

Unidades da paisagem do município de Embu:/SP: subsidios para o ordenamento ambiental territorial, aplicados à gestão municipalhttp://www.igeo.uerj.br/VICBG-2004/Eixo1/E1_198.htm

A prática metodológica da ciência da paisagemhttp://jailton.tripod.com/capitulo2.htmlZonemaneto ecológico-econômicohttp://www.amazonia.org.br/arquivos/40297.pdf

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PROPOSTAS METODOLÓGICAS PARA CARTOGRAFIA AMBIENTAL

http://revistas.sim.ucm.es:2004/cca/11391987/articulos/OBMD0202110047A.PDF

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Definição de cartografia ambiental

Por otra parte, coincidimos con estos autores británicos en reconocer la existencia de unos mapas ambientales integrados (Integrated

environmental maps), basados en que el espacio geográfico puede ser dividido

en unidades diferentes caracterizadas por una particular integración de variables

ambientales (PARRY, 1989).

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Cartografía Ambiental Integrada

Así pues, lo que identifica este tipo de mapas es la integración y síntesis de componentes ambientales, aunque sea parcialmente (lo que denominaremos más adelante Cartografía Ambiental Integrada).

Es por ello que los mapas que representan de manera separativa esos componentes puedan ser concebidos

también como mapas ambientales, pero en sentido amplio (Cartografía Ambiental Sectorial).

En consecuencia, éstos pueden ser tanto mapas analíticos como sintéticos, según el criterio dialéctico de la Cartografía Temática.

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Los mapas se consideranintegrados cuando se establece una relación directa entre dos o más componentesambientales diferentes Son mapas fundamentalmente correlativos o/y

sintéticos. La integración supone combinar información por

yuxtaposición, superposición o por análisis de datos correspondientes a elementos de diferente naturaleza ambiental.

Estos mapas pueden, por tanto, presentar diferentes niveles de integración.

Normalmente, constituyen mapas derivados de mapas ambientales sectoriales previos que les sirven de apoyo, o bien de otros mapas integrados a niveles inferiores.

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Uma proposta de sistematização de mapas ambientais

Los más usuales en la producción cartográfica: • Mapas geotécnicos (capacidad portante, etc). • Mapas de riesgos (terremotos, inundaciones, meteorológicos, erupciones volcánicas, colapsos, deslizamientos y derrumbes inducidos). • Mapas de limitaciones, orientaciones y prescripciones de usos del suelo (mapas agrológicos). • Mapas de planificación y gestión territorial y regional. • Mapas de agresividad climática y de erosión potencial. • Mapas de vulnerabilidad de contaminación de aguas, del aire, de suelos. • Mapas de ordenación y explotación forestales. • Mapas para la conservación y protección ambientales. • Mapas para la ordenación y planificación turísticas. • Mapas de proyecciones demográficas. • Mapas de crecimiento urbano. • Mapas de planificación económica. • Mapas de planificación de infraestructuras, transportes y comunicaciones. • Mapas para la investigación científica y otro largo etcétera.

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Zoneamento ecológico-econômico – ZEE ou macrozoneamentohttp://www.amazonia.org.br/arquivos/40297.pdf

O discurso do zoneamento ecológico-econômico e sua prioridade para a Amazônia, ocupou um importante lugar nos meios técnicos brasileiros, no período subsequente aos governos militares

A fase de redemocratização da política nacional, substitui, parcialmente o debate sobre o ordenamento e planejamentos públicos.

Enquanto outros países da América Latina a discussão girava em torno do ordenamento territorial por meio da ação do Estado, no Brasil, esse conceito parece ter entrado numa fase de esquecimento.

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