Arqueologia

Calendárioem

Medição de um lanço do aqueduto4 de junho 1794

Para matar a sede às gentes do lugar de Loures, do Termo de Lisboa, aos seus animais e aos viajantes, de e para Lisboa, Malveira ou Mafra, o Aqueduto e os chafarizes de Loures e de Alvogas foram mandados construir no reinado de D. Maria I, a pedido da população dos lugares.

As Certidões de Medição Geral que se fizeram no Lugar de Loures, em 1794 e 1795, a propósito da Obra do Aqueduto (1794) e da

Obra do Chafariz (1795), são assinadas pelo arquiteto Francisco António Ferreira.

Francisco António Ferreira, ou Francisco António Ferreira Cangalhas, foi um dos arquitetos das Reais Obras de Águas Livres. Este arquiteto é biografado por Sousa Viterbo em Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e construtores portuguezes ou a serviço de Portugal (1889), por Walter Rossa, em Dicionário

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Claraboias do Aqueduto de Loures

da Arte Barroca em Portugal (1989) e por Joaquim Oliveira Caetano, em D. João V e o Abastecimento de Água a Lisboa (1990).

Certidão da medição geral que se fez na Varge das Alvogas no Lugar de Loures no dia quatro de Junho deste prezente anno de 1794.

Francisco António Ferreira Architecto das Reaes Obras de Agoas Livres, e seus ajudantes Henrique Guilherme de Oliveira e Honorato José Corrêa e Joaquim Pereira Carosso actual medidor das ditas Reaes Obras.

Certificamos em como por ordem que tivemos dos Senhores Directores das Reaes Fábricas da Seda e Obras de Ágoas Livres, em virtude da qual fomos no dia quatro de Junho deste prezente anno de mil sete centos noventa e quatro na prezença do Dignissimo Dezembargador Fiscal Jozé Mauricio da Gama e Freitas e dos ditos Senhores Directores Mauricio José Cremer Vanzeller, Manuel José Cardoso de Castro, Vicente Luiz

Nobre como Contador da Real Fazenda; ao Citio chamado das Alvogas junto ao Lugar de Loures, para efeito de medirmos hum lanço de Aqueduto, que teve princípio junto

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Certidão de Medição de 1894,0-2 verso (AFCML)

Certidão de Medição de 1894,0-1 (AFCML)

à Clarabóia aberta com escada de serventia para o Aqueduto, que se acha feita no principio da Varge das Alvogas aonde se acha a marca de A, da medição pretérita, correndo desta para nascente athe donde faz o primeiro ângulo e terceira claraboia que vira para o norte athe ao segundo ângulo donde se acha a quinta claraboia, tornando a virar para Nascente dentro no Lugar das Alvogas aonde ficou a marca de B, cravada na pedraria para servir de baliza para a medição futura, em cuja extensão contamos 1609 palmos de comprido, em que se acham cinco claraboias, trinta e uma frestas, e duas portas para serventia do aqueduto; aonde se acharam também prezentes os Mestres Empreiteiros das referidas Reaes Obras, e o seu Louvado Luiz Antonio Siabra; e pela razão de o acharmos inteiramente completo

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Certidão de Medição de 1894, 0-6 (AFCML)

e acabado, em termos de lhe ser abonado, e na sua presença fizemos toda a referida medição bem e fielmente com vara de cinco palmos da marca da cidade na forma do estilo; e de tudo o que contamos em Braças, Varas e Palmos segundo as suas qualidades na forma e à proporção do seu contrato, he tudo o que abacho se declara na maneira seguinte, a saber (…)

Importao as Vinte e duas adiçoens contheudas na prezente certidao como delas se vê ao todo na quantia de Vinte contos quinhentos trinta e hum mil quatro centos e nove reis … “20:531$409”