Em Companhia - Informativo da Companhia de Jesus no Brasil

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Papa Francisco faz visita à Coreia do Sul pág. 11 Encontro dos Jesuítas Europeus em Formação pág. 24 INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL Em EDIÇÃO 7 | ANO 1 | AGOSTO 2014 | JESUITASBRASIL.COM JESUÍTAS BRASIL ESPECIAL 14 Encontro reuniu mais de 300 jesuítas entre os dias 12 e 13 de agosto Anchieta é tema do novo livro do padre Ilário Govoni pág. 31 Alunos do Santo Inácio e Loyola viajam à Amazônia pág. 36 1ª Assembleia Nacional da BRA Unisinos celebra 45 anos de fundação pág. 40 Brasileiros participam de Fórum Social no Paraguai pág. 43 FAJE promove concerto musical em Belo Horizonte pág. 47

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7ª Edição | Agosto 2014

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Papa Francisco faz visita à Coreia do Sul

pág. 11

Encontro dos Jesuítas Europeus em Formação

pág. 24

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EmEDIÇÃO 7 | ANO 1 | AGOSTO 2014 | JESUITASBRASIL.COM

JESUÍTAS BRASIL

ESPECIAL • 14

Encontro reuniu mais de 300 jesuítas entre os dias 12 e 13 de agosto

Anchieta é tema do novo livro do padre Ilário Govoni pág. 31

Alunos do Santo Inácio e Loyola viajam à Amazônia pág. 36

1ª Assembleia Nacional da BRA

Unisinos celebra45 anos de fundação

pág. 40

Brasileiros participam de Fórum Social no Paraguai pág. 43

FAJE promove concerto musical em Belo Horizonte

pág. 47

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EDITORIAL

1ª ASSEMBLEIA BRA: “EM COMPANHIA”

Quem poderia imaginar previamente o clima em que transcorreu a Assembleia BRA em Itaici? Como prever o desdobramento de um evento cujas proporções eram gran-des o suficiente para despertar todo tipo de apreensão? Evento imprevisível e, sob muitos aspectos, improvável: pela abolição das fronteiras Provinciais, pelo surpreendente nú-mero de jesuítas congregados e pela temática em discussão: a missão e as preferências apostólicas da nova BRA para os próximos anos.

Surpreendente delicadeza de Deus! Sem esperá-lo, fomos constituídos atores e teste-munhas de um evento histórico sem precedentes. A escuta das testemu-nhas eclesiais que conosco partilha-ram a visão que têm da nossa missão ajudou-nos a ler e interpretar o ‘sinal’ de estarmos reunidos como “corpo apostólico” único da Companhia de Jesus no Brasil. Antes mesmo de ser erigida canonicamente a nova Província!

Durante dois dias, Deus nos presenteou com duas graças – amplas, generosas, escancaradas: a de sentir que nossa história se insere no relato originário de Inácio e seus primeiros compa-nheiros e a de nos experimentarmos e reconhecermos como “corpo apostólico” único.

A primeira, num momento de tantas fragilidades expostas, nos ajudou a reconhecer que continuamos a ser servidores da missão de Cristo “em Companhia”, sendo a “mínima Compa-nhia de Jesus”. Não por fictícia humildade, mas por sentir que o Senhor age nas nossas fragilidades.

A segunda era perceptível na alegria incontida e espontâ-nea que tomou conta de todos. O encontro de velhos amigos,

que não se viam depois de tantos anos, o reencontro de mui-tos jesuítas conhecidos e o reconhecimento de outros antes nunca vistos deram densidade concreta ao fato de sermos “amigos no Senhor” num “corpo apostólico” único.

Das duas maneiras Deus nos fez experimentar que o “im-previsível” se tornava realidade concreta, que o “improvável” tomava corpo diante de nossos olhos espantados, e que o apa-rente “desatino” de tamanho projeto desvelava um dinamismo e uma esperança que só podiam vir do Espírito. Para que não reste dúvida que é Ele o condutor de todo o processo.

Reconhecendo e dando nome a es-ses dons, como nos ensina Santo Iná-cio, agradecemos, em primeiro lugar, ao Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cris-to: é do alto que vêm “todos os bens e todos os dons”.

E, a seguir, a todos aqueles e aquelas que contribuíram de formas diferentes para o bom resultado da

Assembleia. Pensamos, antes de tudo, no grande número de jesuítas que aceitaram o convite e aderiram com coragem à proposta. A experiência que levaram de volta irradiará e se difundirá a outros irmãos.

Agradecemos também aos Sócios das Províncias que, em sucessivas reuniões, elaboraram e aperfeiçoaram a propos-ta da Assembleia.

Sem esquecer do Núcleo de Comunicação Integrada, que nos prestou apoio técnico de altíssima qualidade, nem do Di-retor e dos funcionários da casa de Itaici, que se desdobraram para oferecer um serviço e uma logística à altura do evento. Todos “em Companhia”.

Muito obrigado. Boa leitura!

Pe. Miguel de OliveiraMartins Filho, SJ

Provincial do Brasil Nordeste

Pe. Vicente Palotti Zorzo, SJ

Provincial do BrasilMeridional

Pe. CarlosPalácio, SJ

Provincial doBrasil

Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

Superior da Região Brasil Amazônia

Pe. Mieczyslaw Smyda, SJ

Provincial do BrasilCentro-Leste

NOSSA HISTÓRIA SE INSERE NO RELATO ORIGINÁRIO DE INÁCIO E SEUS PRIMEI-ROS COMPANHEIROS E A DE NOS EX-

PERIMENTARMOS E RECONHECERMOS COMO “CORPO APOSTÓLICO” ÚNICO

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02 de setembro

Bem-aventurados

Tiago Bonnaud, presbítero, e companheiros

José Imbert e João Nicolau Cordier, presbíteros

Tomás Sitjar, presbítero, e companheiros, mártires

09 de setembro

São Pedro Claver, presbítero

10 de setembro

Bem-aventurado Francisco Gárate, religioso

17 de setembro

São Roberto Bellarmino, bispo e doutor da Igreja

CALENDÁRIO LITÚRGICO – SETEMBROPróprio da Companhia de Jesus

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São Pedro Claver, padroeiro especial de todas as missões católicas entre os negros

EXPEDIENTE

EM COMPANHIA é uma publicação mensal dos Jesuítas do Brasil, produzida pelo Núcleo de Comunicação Integrada (NCI)

CONTATO [email protected]

Colaboradores da 7ª EdiçãoColaboradores: Pe. Bruno Schizzerotto (BAM), Pe. Carlos James dos Santos (BRC), Pe. Creômenes Tenório Maciel (BNE) e Pe. Matias Martinho Lenz (BRM). Belisa Lemes da Veiga, Evenice Neta, Francilma Grana, Pe. Itamar Gremon, João Elton de Jesus, SJ, Pe. José dos Passos, Luis Duarte Vieira, SJ, Marcelo Barbosa, Rafael dos Anjos, Pe. Valério P. Sartor e Ana Ziccardi (revisão). Agradecemos a todos que colaboraram com materiais para o especial ‘Viva Santo Inácio!’.

FotosDimas Oliveira / Banco de imagens / Divulgação

Tradução das notícias da Cúria GeralPe. José Luis Fuentes Rodriguez

Pe. Francys Silvestrini Adão, SJDiretor editorial

Pe. Geraldo Lacerdine, SJDiretor do NCI

Silvia Lenzi (MTB: 16.021)Editora e jornalista responsável

Juliana DiasRedação

Victor Pisani e Handerson SilvaDiagramação e edição de imagens

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ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSÃO

A luta pelos direitos in-dígenas na América do Sul torna comuns as missões dos padres Paco Almenar e Aloir Pacini, apesar de viverem em regiões distantes um do outro.

Padre Paco é membro do Projeto Equipe Itineran-te, que tem forte atuação na região Amazônica, incluindo Brasil, Colômbia, Peru, Vene-zuela e Guianas. Já o padre Aloir é ativista na Universi-dade Federal de Mato Gros-so e na Pastoral Indígena.

Em entrevista especial ao informativo Em Compa-nhia, eles descrevem os de-safios de suas missões.

Pe. Paco Almenar

Respeito aos direitos indígenas

O que é o Projeto da Equipe Itinerante? Quem participa?

A Equipe Itinerante é um grupo de pessoas que, se-guindo os passos de Jesus e o exemplo dos primeiros mis-sionários do século XVII no Grão-Pará, tenta colocar-nos a serviço das comunidades e grupos indígenas, ribeirinhos e marginalizados urbanos para, junto com eles, humani-zar os ambientes mais agres-sivos, injustos e opressores, onde a vida humana está sendo ameaçada, as culturas desrespeitadas e os direitos humanos ignorados.

Desde quando a Equipe Iti-nerante atua?

O nosso companheiro Cláudio Perani, na época superior do distrito Ama-zônico da Companhia de Jesus, foi quem teve a pri-meira inspiração do Espírito de Deus e, em 1998, liberou dois jesuítas com esta re-comendação que insiste em discernir a missão na Ama-zônia, com seus povos e alia-dos: “Andem pela Amazônia e escutem atentamente o que o povo fala... Participem da vida cotidiana do povo... Anotem e registrem tudo cuidadosamente... Não se preocupem com os resulta-dos; o Espírito irá mostran-do o caminho... Coragem! Co-mecem por onde possam...”.

Dois anos depois, o gru-po abriu-se a outras pesso-as leigas, religiosas, padres. E, no ano 2000, já éramos um pequeno grupo de seis pes-soas e algumas outras que ficavam alguns meses com a

gente para conhecer e pere-grinar. Nesses 15 anos, mais de 100 pessoas já passaram pela Equipe.

Quais são os trabalhos rea-lizados?

Nós apoiamos e nos colocamos a serviço dos grupos, comunidades, or-ganizações, igrejas e tantos outros. Com nosso traba-lho diferenciado, tentamos complementar o que os ou-tros fazem, fazendo o que eles não dão conta de fazer ou indo aos lugares aon-de não chegam ou poucos conseguem atender. Colo-camos nosso ideal na frase: “A Equipe Itinerante quer caminhar para estar com quem ninguém quer estar; estar onde ninguém quer estar; estar como ninguém quer estar”. Importante, para nós, é ir ao encontro dos mais empobrecidos, sofredores, abandonados e culturalmente diferentes.

Aprofundamos também os estudos referentes ao contexto sociocultural e político-econômico da re-gião onde vivemos e traba-lhamos, para tentar manter, juntos, uma análise de con-juntura crítica e atualizada.

Qual a área de atuação? Nos cinco a seis primei-

ros anos, morávamos em Manaus e, além das áreas de ocupação na própria ci-dade, peregrinávamos pelos rios: Negro, Solimões, Purus, Madeira, Maués. Em 2004, abrimos um segundo grupo da Equipe nas três frontei-ras Brasil+Colômbia+Peru e iniciamos a itinerância pelos rios desses países. Em 2008, em Roraima, um terceiro grupo passou a peregrinar pelas bandas da fronteira com Venezuela e as Guianas. Atualmente, es-tamos sonhando com a trí-plice fronteira Bolívia + Peru + Brasil, lá no Acre.

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Pe. Paco com crianças indígenas

ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSÃO

Qual o trabalho da Equipe Itinerante com os índios?

Em nossa Equipe, sempre

tem havido um grupo de pesso-as trabalhando especificamen-te com comunidades e povos indígenas. Há também os que trabalham com ribeirinhos ou urbanos, pois, muitas vezes, há indígenas nesses locais.

Quero dizer que, depen-dendo do modo de vida e contato que as comunidades indígenas têm, a presença e o trabalho são diferentes. Imagine que podemos en-contrar, pelo menos, cinco comunidades indígenas bem diferentes, dependendo do nível diverso de contato com a nossa sociedade:1. Não contatados;2. Com pouco contato;3. Com longo contato;4. Ressurgentes, que, duran-te muitos anos, se camufla-ram como sendo caboclos ou camponeses;5. Indígenas nas cidades, que são muitos e com rápido crescimento.

Cada uma dessas rea-lidades exige um processo de acompanhamento dife-renciado, pois a cultura, os problemas e os desafios que enfrentam também o são.

E os desafios enfrentados para a realização desse trabalho?

São os mesmos que es-ses povos enfrentam. Por exemplo: a dificuldade de co-

municação e isolamento de-vido à geografia, às grandes distâncias e aos meios de transporte precários; maior organização e articulação para lutar pela demarcação das terras, com o consequen-te risco de violência por par-te dos que não querem, por estarem economicamente interessados em suas terras; a saúde precária pelas doen-ças endêmicas transmitidas pelo “homem branco” e ou-tras; perda da identidade e cultura, particularmente nas grandes cidades; e luta pela qualidade da educação esco-lar diferenciada e bilíngue.

Qual a importância desse trabalho com os indígenas no mundo contemporâneo?

Os povos indígenas são sementes de projetos alter-nativos de vida. Esses povos não são um “obstáculo” para

o desenvolvimento. Seus va-lores e sonhos são solução para os mais graves e urgen-tes problemas que o nosso planeta e a nossa sociedade enfrentam hoje. Quem du-vidar, venha para conferir! Vale a pena!!!

“PARTICIPEM DA VIDA COTIDIANA DO POVO... ANOTEM E REGISTREM TUDO CUIDADOSAMENTE... NÃO SE PREOCUPEM COM OS RESULTADOS; O ESPÍRITO IRÁ MOSTRANDO O CAMINHO... CORAGEM! COMECEM POR ONDE POSSAM...”

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Em qual contexto os indíge-nas vivem hoje no Brasil?

O contexto dos indígenas no Brasil é bastante varia-do. Existem indígenas com maior bem-estar – por causa dos seus direitos assegura-dos, porque são mais aguer-ridos e já possuem terras demarcadas – e outros, em extrema penúria. São mui-tas as Terras Indígenas não regularizadas pelo governo brasileiro e outras tantas estão invadidas. Além disso, estamos vivendo momentos de extrema resistência aos direitos indígenas garanti-dos na Constituição de 1988. O Brasil foi formado invadin-do-se os territórios tradicio-nais indígenas e saqueando--se seus bens, escravizando seus corpos para enriquecer os colonizadores e enviar as riquezas para Portugal. Nes-se processo, a maioria dos indígenas foram dizimados.

O preconceito contra os índios no Brasil cresce ver-tiginosamente. Em geral, os índios são pensados como empecilhos para o progres-so e os últimos redutos de seus territórios estão sen-do tomados pela sociedade nacional. Mas não é só isso, se eles não servirem aos interesses do Estado, dos políticos e dos fazendeiros, são eliminados de forma progressiva e sutil.

Pe. Aloir Pacini

A não demarcação de seus territórios tradicionais aumenta os conflitos e viola-ções de seus direitos. Existe uma morosidade e quase paralisação governamental intencional na condução de procedimentos administrati-vos de demarcação de terras indígenas. As maiores víti-mas dessa “decisão de go-verno” são os povos e comu-nidades que se encontram em situação de maior fragi-lidade sociopolítica como os Chiquitanos, que não são reconhecidos na sua cidada-nia indígena no Mato Grosso. A sua vulnerabilidade está sendo causa de denúncia na Corte Interamericana de Di-reitos Humanos, pois as for-ças políticas e econômicas incitam ao ódio, às ameaças e à invasão, para exploração de recursos naturais das suas terras invadidas.

Qual é o papel e a importân-cia do trabalho da Companhia de Jesus nesse contexto?

Após a supressão da Companhia de Jesus, os je-suítas ficaram mais tímidos num contexto de Estado laico. Em 1929, eles retorna-ram para o trabalho com os indígenas no Mato Grosso. Mas, somente aos poucos, por volta dos anos de 1960, tiveram coragem de assumir novamente a mesma postu-ra radical junto aos indíge-nas que tinham na época da colonização do Brasil. Essa coragem articulou a Igreja Católica como um todo, o que deu origem ao Conselho Indigenista Missionário em 1973. Contudo, os tempos mudaram, a Igreja e a Com-panhia de Jesus foram joga-das para a sacristia. Um sinal foi o processo de supressão

da “Missão Anchieta” levado a cabo pelos próprios jesuí-tas a partir de 2006.

O que é a Pastoral Indígena?

A pastoral indígena é a forma de estar com os in-dígenas, especialmente os mais marginalizados, a exem-plo de Jesus Cristo, o Bom Pastor que foi ao encontro da ovelha perdida. Por isso, al-guns jesuítas se reconhecem como indigenistas missioná-rios e atuam junto aos indíge-nas e à sociedade envolvente nas diversas necessidades dessas etnias.

Qual o trabalho da Pastoral Indígena?

Existem jesuítas atuan-do com diferentes etnias no Mato Grosso e Amazonas. No meu caso, estou trabalhando com uma equipe que chama-mos Equipe de Solidariedade Chiquitana, para atuar nos mais diferentes aspectos a que somos solicitados para que esses indígenas tenham vida em abundância, dentro da perspectiva do bem viver. Os Chiquitanos estão na fron-teira com a Bolívia e possuem uma vinculação estreita com as Missões da Companhia

de Jesus antes da expulsão dos jesuítas, em 1767. Para ter uma ideia do conflito vi-vido por essas dezenas de aldeias no Brasil, produzimos um vídeo que está no Youtu-be: Manoel Chiquitano Bra-sileiro (www.youtube.com/watch?v=gKV7JSImwSE).

O seu trabalho na Universi-dade Federal de Mato Gros-so (UFMT) tem relação com os indígenas?

Os superiores pediram de mim que fizesse Antropologia para poder melhor atuar junto aos indígenas. Além disso, na Universidade, sou formador de opinião e muitos estu-dantes indígenas já estão na UFMT. Temos uma casa para acolher esses estudantes aqui junto de nossa Residên-cia e colaboramos para que eles sejam bem preparados para servirem seu povo. Es-tou qualificado para poder atuar com mais autoridade junto aos estudantes, Justiça Federal e outros campos da nossa sociedade e junto aos indígenas mesmo. O trabalho na Universidade também é uma forma de ter recursos para poder atuar junto aos in-dígenas que vivem em aldeias distantes de Cuiabá.

Estudantes da Escola de Música Espírito Santo dos Chiquitos, na aldeia Vila Nova Barbecho

ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSÃO

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ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSÃO

Pe. Urbano

Estação Missionária atende a 22 comunidades indígenas das etnias Wapichana e Macuxi

A Estação Missionária da Companhia de Jesus, situada no município de Bonfim (RR) desde 2008, atende a 22 comunida-des indígenas das etnias Wapichana e Macuxi, além da população do município e das vilas do território indígena, de-nominado de Serra da Lua. Entre os jesuítas que atuam na região, está o padre Urbano R. Mueller. Confira o relato de sua

missão, publicado em 2013, no portal jesuitasbrasil.com:

“A presença junto aos indígenas é o foco principal da nossa missão. Como sa-bemos (ou pelo menos deve-ríamos saber), os indígenas padecem de muitas discri-minações e preconceitos por parte da sociedade brasileira em geral. Os políticos, os po-derosos e as elites violaram e violam sistematicamente os direitos dos povos indígenas. A História registra inúmeros acontecimentos e fatos que compõem um quadro trá-gico de violências, mortes e injustiças praticadas contra os povos indígenas no Brasil e, evidentemente, também em Roraima. Os indígenas do atual estado de Roraima tiveram suas terras tradicio-nais invadidas ao longo dos

séculos pelos portugueses, espanhóis, ingleses e holan-deses. Toda a região da Ser-ra da Lua, junto à fronteira com a Guiana, onde nós, jesuítas, atuamos, foi sendo invadida por colonos, garim-peiros e fazendeiros, vindos de todas as partes do nosso país. Durante as décadas de 1970 e 1980, com o decisivo empenho da Diocese de Ro-raima e seus missionários (as), os indígenas consegui-ram demarcar e homologar suas terras. Foi uma luta ár-dua, que desencadeou vio-lências, mortes, ameaças e pressões de todo o tipo por parte dos poderosos locais, custando a vida de 21 lide-ranças indígenas. Nos últi-mos anos, a população in-dígena está aumentando, a caça e pesca vão escassean-

Acesse a íntegra do relato no link: http://

bit.ly/1ynd1BZ

do, e a mãe terra é pouca e pequena para a maio-ria. Esse é um dos prin-cipais problemas dos povos indígenas desta região, que vivem basi-camente da agricultura de subsistência. A am-pliação de suas terras e a demarcação de um território contínuo tor-nou-se uma necessida-de urgente para o futuro desses povos. Apesar de tudo, os indígenas não desistem das suas lutas históricas. E nós, jesuí-tas, queremos caminhar com eles, lado a lado, formando equipe com as Irmãs Vicentinas.”

PE. URBANO E A MISSÃO EM COMUNIDADES INDÍGENAS

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Papa Francisco visita à Coreia do SulO papa Francisco realizou uma visita

histórica à Coreia do Sul, entre os dias 14 e 18 de agosto. Segundo o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, a viagem representou uma men-sagem para o futuro da Ásia. Em entre-vista ao Centro Televisivo do Vaticano, o cardeal, responsável pela diplomacia, destacou que “a visita do papa ao Extre-mo Oriente tem especial importância”, dado o papel da região “na política e na economia mundial”.

Em sua chegada, após celebrar uma missa na Nunciatura, o papa foi à sede da presidência e reuniu-se com a pre-sidente sul-coreana, Park Geun-hye, e outras autoridades. Em seu primeiro discurso na capital, na presença da pre-sidente, ele elogiou “os esforços feitos a favor da reconciliação e da estabilida-de na península, o único caminho para uma paz duradoura”. Ao falar em inglês, pela primeira vez em um evento oficial, Francisco evitou cuidadosamente citar o regime comunista norte-coreano, embora tenha feito referência às in-justiças, perseguições e mobilização de forças que fizeram alusão à Coreia do Norte. À tarde, ele também se reu-niu com os bispos coreanos na sede da Conferência Episcopal.

No dia 16, o papa celebrou, em Gwan-ghwamun, a missa de beatificação de Paul Yun Ji-Chung e outros 123 mártires, assassinados entre 1791 e 1888, que constituem a primeira geração de cató-licos coreanos. No encontro, Francisco destacou o dinamismo da Igreja na re-gião, apesar de os católicos serem ape-nas 10% da população. Após a missa, o pontífice visitou a Casa da Esperança, centro de pessoas com deficiência.

No seu último dia na Coreia do Sul, o papa confirmou que irá retornar à Ásia no próximo ano. O pontífice deverá visi-tar as Filipinas e o Sri Lanka em janeiro

IGREJA SANTA SÉ

o ministério de unidade na

No dia 17, o papa celebrou a Mis-sa de encerramento da 6ª Jornada Asiática da Juventude, realizada em Daejeon, a 150 quilômetros de Seul. A celebração Eucarística realizou-se no Santuário do Mártir desconhecido, no Castelo de Haemi, que, em 1940, tornou-se um centro militar. Por esse motivo, a praça, no interior do caste-lo, foi lugar de detenção e de suplício de quase três mil cristãos, durante as perseguições anticristãs do século XIX.

O evento contou com a partici-pação de mais de 40 mil pessoas, en-

de 2015. Pela manhã, Francisco celebrou uma missa pela “paz e reconciliação”, na catedral de Myeong-dong, em Seul. O primeiro ministro sul-coreano, Chung Hong-won, e o cardeal Andrew Yeom Soo-jung, arcebispo de Seul, juntamen-te com os bispos das 16 dioceses da Coreia do Sul, se despediram do papa Francisco em breve cerimônia.

Do avião, Francisco enviou uma mensagem ao presidente da República Popular da China, ao sobrevoar o terri-tório do país. “Renovo ao senhor presi-dente e a todos os cidadãos chineses a certeza dos meus melhores votos e invoco a divina bênção sobre a vossa terra”, disse o texto do telegrama.Fonte: www.news.va | G1 | Canção Nova

tre elas, jovens, vindos de mais de 23 nações da Ásia. A Jornada teve como tema A glória dos mártires resplande-ce sobre vós, palavras que, segundo Francisco, dão consolo e força. Fonte: Site da Rádio Vaticano

6ª JORNADA ASIÁTICA DA JUVENTUDE

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ESPECIAL

UMA ÚNICA PROVÍNCIA JESUÍTA NO BRASIL

A Companhia de Jesus vive um momento histórico com a criação da nova Pro-víncia do Brasil. A dimensão desse fato ficou ainda mais visível durante a 1ª Assem-bleia Nacional, que contou com a presença de cerca de 300 jesuítas de diferentes localidades, inclusive das mais distantes do país. Re-alizado entre os dias 12 e 13 de agosto, na Casa de Re-tiros Vila Kostka, em Itaici (Indaiatuba/SP), o encon-tro transcorreu em clima de confraternização.

Em seu discurso de aber-tura da Assembleia, padre Carlos Palácio, provincial do Brasil, ressaltou a im-portância do encontro para o “discernimento comum da missão”. Ele agradeceu a presença dos jesuítas e de-

clarou que aqueles que não puderam estar presentes fi-sicamente estavam em pen-samento e em coração. Lem-brou ainda da gratidão que a Companhia de Jesus tem aos companheiros que estão nas Casas de Saúde. “Esses jesu-ítas são uma exemplo vivo de dedicação a Jesus Cristo e ao Evangelho”, afirmou.

Ao longo do primeiro dia, várias palestras foram apresentadas. Em sua fala, dom Aloísio Vitral, bispo de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, afirmou que “ne-cessitamos desesperada-mente de ‘homens do Es-pírito’, que percebam que tudo está impregnado do Espírito do ressuscitado”.

Outro palestrante, padre Marcos Recolons, abordou a missão universal da Companhia

de Jesus no mundo de hoje. “Há desafios permanentes para nós: superar as distrações, não permanecer em coisas super-ficiais; o trabalho em equipe; e uma vida comunitária sadia, reconfortante”, comentou.

Já o padre Luís Corrêa Lima contribuiu entrevis-tando a ex-prefeita de Cam-pinas (SP) e missionária leiga na Amazônia, Izalene Tiene, e o professor Moisés Sbardelotto, da UNISINOS e da equipe do IHU Online. Ambos compartilharam com os jesuítas suas visões sobre o esboço do Plano Apostólico, que orientará a missão dos jesuítas do Bra-sil nos primeiros anos da nova Província.

O padre Ulpiano Vaz-quez apresentou breves considerações sobre as

condições para uma “elei-ção” apostólica, que supõe buscar, encontrar e esco-lher o que o próprio Deus escolheu para nós. O jesuí-ta falou ainda da fundação da Província do Brasil, em 1553, e o seu desenvolvi-mento nos anos seguintes. “Cito esses fatos para re-lembrarmos que temos his-tória e que ela é a biografia espiritual de cada um de nós”, disse o jesuíta.

Ao final do primeiro dia, religiosos e convida-dos puderam vivenciar um momento emocionan-te: sete jesuítas foram ordenados diáconos, em cerimônia presidida por dom Alessio Saccardo, SJ, bispo da Diocese de Ponta das Pedras, no Pará (veja

texto ao final desta matéria).

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ESPECIAL

Os participantes da Assembleia pu-deram conhecer também a nova estru-tura de governo da Província do Brasil, a qual teve seu estatuto aprovado pelo superior geral da Companhia de Jesus, Adolfo Nicolás, em carta enviada ao pa-dre Palácio, em 1º de agosto de 2014.

Na prática, a Ordem terá, no Brasil, um único provincial – auxiliado por uma equipe de co-laboradores imediatos – e dez superiores – três ligados às casas de formação e sete responsáveis pelo acompanhamento da vida e da missão dos jesuítas nas chamadas “Plataformas Apostólicas”.

Nova organização

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ESPECIAL

Além das atividades citadas, nos dois dias da Assembleia, os jesuítas tiveram atividades em grupos, para fazer considerações sobre o esboço do Plano Apostólico, que recolheu os frutos do processo dos últimos anos e dos sete encontros das Plataformas Apostólicas. O texto apresentou as possíveis preferências apostólicas dos jesuítas do Brasil nos próximos anos:

1) A redescoberta e o aprofunda-mento da experiência transforma-dora da fé, por meio da partilha da espiritualidade inaciana.

2) A superação do abismo da desi-gualdade socioeconômica e suas graves implicações sociais, cultu-rais e ambientais.

3) As juventudes, ajudando-as na cons-trução de seu projeto de realização pessoal como dom e serviço aos de-mais, na promoção e defesa da vida.

4) Cuidar da Amazônia como dom para o mundo.

As considerações dos grupos fo-ram consolidadas pelos sócios Pro-vinciais, resultando em seis temas principais: vida comunitária, reco-nhecimento do lugar das mulheres na missão dos jesuítas, maior precisão na opção pelo serviço às juventudes, maior precisão sobre a preferência pela Amazônia, o uso e a lógica das novas tecnologias de informação e comunicação, e atenção às tensões nas fronteiras geográficas do Brasil. Esses temas foram aprofundados no grande plenário e serão encaminha-dos ao Conselho da Missão, que pro-porá aos provinciais a redação defini-tiva do Plano Apostólico.

Foram dois dias intensos de trabalho, com plena dedicação dos jesuítas. Ao final da Assembleia, padre Palácio resumiu o momento vivido em Itaici: “Todo dom desce do alto e a realização dessa assem-bleia é prova do dom que nos foi dado. Isso marca como abençoado esse início da Província do Brasil. Somos responsáveis por não deixar cair esse carisma”.

A REESTRUTURAÇÃO NO MUNDO

A Companhia de Jesus já viveu a

reestruturação em outros países,

nos últimos anos. As províncias

da Argentina e do Uruguai foram

unificadas, por exemplo. Proces-

so vivido também pela Espanha,

que, semelhante ao Brasil, era di-

vidida por regiões, como a Catalu-

nha e o País Basco.

Nesse momento, o provincial do Brasil agradeceu novamente os pre-sentes, ressaltou a importância dos companheiros que estão nas Casas de Saúde e saudou os jovens jesuí-tas em formação. Por fim, anunciou que, entre os dias 15 e 17 de novem-bro, o padre geral, Adolfo Nicolás, estará no Brasil, para a criação da nova Província e para o início da mis-são do novo provincial do Brasil.

Jesuítas em formação são homenageados por Pe. Carlos Palácio durante a Assembleia

Plano Apostólico para o Brasil

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ORGANOGRAMA DO GOVERNO DA PROVÍNCIA DOS JESUÍTAS DO BRASIL

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ESPECIAL

Nos últimos seis anos, a Companhia de Jesus no Bra-sil vem se preparando, de modo mais imediato, para se organizar em uma só Provín-cia. Essa nova estrutura visa a maior articulação e mobi-lidade na missão da Ordem religiosa, respeitando e va-lorizando as singularidades regionais, mas favorecendo, justamente, que essas sin-gularidades estejam a servi-ço de todos. Em entrevista especial ao informativo Em Companhia, padre Carlos Palácio, provincial do Bra-sil, explicou todo esse pro-cesso de reestruturação da Ordem religiosa e também como acontecerá a escolha do novo provincial no país. Leia a seguir:

Por que a Companhia de Je-sus optou pelo processo de reestruturação?

A 35ª Congregação Ge-ral solicitou ao Pe. Geral que iniciasse “um processo de reflexão sobre as Províncias e as estruturas provinciais, que leve a propostas práticas para adaptar esse aspecto do nosso governo às reali-dades de hoje”. O objetivo explícito desse trabalho era “servir melhor a nossa mis-são universal”. A finalidade da reestruturação, portanto, é encontrar formas de go-verno adequadas para um

Pe. Palácio

melhor serviço à missão. As Conferências de Provinciais, como a CPAL (Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina), ou a rees-truturação de Províncias em diversos países e regiões, são tentativas de resposta a esse pedido.

Nessa mesma perspec-tiva, situa-se o trabalho re-alizado no Brasil durante os últimos seis anos. Quando fui nomeado provincial do Brasil, em fins de 2008, o Pe. Geral, Adolfo Nicolás, confiou-me a tarefa de fazer do Brasil uma Província única até o fim do meu mandato. Dadas as di-mensões do país, à primeira vista, essa decisão poderia parecer um desatino. E o se-ria, de fato, caso se limitasse apenas a substituir uma es-trutura por outra. As estrutu-ras são meios. Em si mesmas não possuem nem podem dar sentido. Tudo depende do uso que delas se faz, do objetivo e da meta que se quer alcançar.

Quais são os objetivos da nova Província?

Dois são os objetivos da nova BRA, intimamente rela-cionados entre si: o primeiro, visa a revitalização do cor-po apostólico e a qualidade evangélica da vida de cada jesuíta; o segundo, consiste em aprender a realizar a mis-são de maneira articulada, não como franco-atiradores, mas como ‘corpo apostólico’. Como encontrar uma estrutura que ajudasse, de fato, a realizar es-ses objetivos? Ela foi se dese-nhando em torno do conceito de “plataformas apostólicas”.

Esse conceito foi tomado da experiência de uma das Províncias da Companhia na América Latina, mas ressigni-ficado e adaptado às nossas necessidades para responder ao projeto Brasil. A linguagem é nova, mas, em pouco tempo, adquiriu cidadania reconheci-da na Companhia. Várias Pro-víncias a adotaram (Colômbia,

O processo de mudança

Espanha, República Domi-nicana etc.), embora o modo de aplicá-la e os significados sejam diferentes.

Como irão funcionar as Plata-formas Apostólicas no Brasil?

As Plataformas são “uni-dades apostólicas” (e geo-gráficas) de dimensões mui-to menores que as de uma Província atual. Elas cons-tituirão o tecido básico da nova Província, porque nelas se desenvolverão a vida e a missão. Eis por que, à frente de cada Plataforma Apostó-lica, haverá um único Superior (local), responsável imediato pelos jesuítas que vivem e trabalham na Plataforma e pelo discernimento contínuo e animação da missão.

Enquanto estrutura de governo, ela supõe que o pro-vincial delega parte da sua autoridade aos Superiores de Plataforma. É a forma de eles poderem acompanhar

ENTREVISTA COM PE. CARLOS PALÁCIO

Na foto (esq. p/ dir.), os provinciais: Pe. Vicente Zorzo (BRM), Pe. Miguel Martins (BNE), Pe. Carlos Palácio (BRA), Pe. Mieczyslaw Smyda (BRC) e Pe. Adelson dos Santos (BAM)

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ESPECIAL

os processos pessoais dos jesuítas e animar e discer-nir o serviço à missão que a Companhia presta nesse lugar. Por isso, a delegação da autoridade é a condição necessária para a descentra-lização do governo. Sem des-centralização, seria impossí-vel governar uma Província das dimensões do Brasil.

Quais são os desafios dessa nova estrutura?

O desafio dessa estrutura é garantir, ao mesmo tempo, a descentralização do governo e a unidade de orientações e opções na Província. Caberá ao provincial garantir o equilí-brio harmônico entre unidade e descentralização.

Esse é o núcleo essen-cial da reestruturação, des-dobrado e explicitado no Estatuto da Província dos jesuítas do Brasil - BRA, que acaba de ser aprovado pelo padre geral. Ele é o resulta-do de um processo feito ao longo de 6 anos, dando a co-nhecer a proposta ao mesmo tempo em que tomava corpo e se construía com a contri-buição de diversos coletivos.

Como foi todo esse processo?

Em etapas progressi-vas, procurou-se sempre envolver o maior número de pessoas não só para dar a conhecer os trabalhos, mas para ouvir e dialogar sobre as dificuldades. Foi um trabalho feito com os diversos seto-

res apostólicos, âmbitos e/ou grupos: a começar pela apresentação nas quatro As-sembleias de Províncias, às quais se seguiram as reuni-ões regionais que congrega-ram quase todas as comuni-dades, consultas ampliadas, reuniões com os Provinciais e as respectivas Consultas, entre outros. E, mais recen-temente, as reuniões por Plataforma Apostólica que representaram um avanço qualitativo no amadureci-mento e na convergência das preferências apostólicas.

Simultaneamente, em comissões específicas ou com grupos de trabalho, foi sendo elaborado o Plano Apostólico e estabelecidos alguns organismos de transi-ção, como ajuda e assessoria ao governo do Provincial: o Conselho da missão, a co-ordenadora nacional para a Educação Básica, o articu-lador nacional da transição administrativa, o assistente da formação, etc.

Agora, quais são os próxi-mos passos?

Depois da Assembleia, os próximos passos serão a Consulta ampliada sobre o perfil e os nomes possí-veis para o novo provincial, a definição da terna na Con-sulta canônica e os últimos preparativos para a sóbria celebração na qual será lido o decreto de ereção da BRA e a patente de nomeação do novo provincial.

Como é o processo de nome-ação do provincial?

É um processo simples, que não tem segredos. Na Companhia de Jesus, os Su-periores não são eleitos, mas nomeados. Há, contudo, uma participação dos jesuítas no processo: ajudando na cons-trução do perfil e propondo nomes para o cargo em ques-tão. O perfil é traçado em co-munidade, levando em conta o momento e as circunstâncias nas quais deverá exercer a fun-ção aquele que for nomeado. A sugestão de nomes é feita de maneira pessoal (não em gru-po), sendo totalmente livre.

Esse material perfil conso-lidado e lista de nomes é pro-cessado depois em uma ‘Con-sulta ampliada’,que é diferente e mais numerosa que a Con-sulta canônica. Os resultados são retomados na Consulta canônica, a que elabora a terna a ser enviada ao Pe. Geral, para a nomeação.

Há requisitos para ser no-meado provincial?

Não há propriamente requisitos para ser nomea-

do, porque não há ‘campa-nha’ política nem eleição. A rigor, qualquer jesuíta pro-fesso, mesmo que seu nome não apareça na lista de no-mes levantados, que pos-sua as qualidades necessá-rias, humanas e espirituais, esperadas pela Companhia para o exercício do governo, poderia vir a ser nomeado provincial. A elaboração do perfil é o modo concreto de avaliar as qualidades, de acordo com o que estabele-cem as Constituições, em um determinado momento histórico.

No processo atual, de-pois de ter traçado o perfil e recolhida a sugestão de nomes, nos encontramos no momento de passar para a Consulta ampliada e, de-pois, para a Consulta canô-nica. Ambas tiveram lugar imediatamente depois da Assembleia de Itaici. Assim, espera-se que até meados ou, no máximo, até o fim de setembro possa ser conhe-cido já o nome do futuro provincial, que só tomará posse em 16 de novembro, data da constituição da nova Província.

“A FINALIDADE DA REESTRUTURAÇÃO PORTANTO, É ENCONTRAR FORMAS DE GOVERNO ADEQUADAS PARA UM MELHOR SERVIÇO À MISSÃO.”

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ESPECIAL

SERVIDORES DE CRISTO

Na noite de 12 de agosto, sete je-suítas confirmaram seu compromisso como servidores da missão de Cristo. Um momento simbólico e de grande júbilo para a Companhia de Jesus, que, pela primeira vez, se reuniu como cor-po apostólico da nova Província do Brasil. “Sentir a alegria desses jovens que, daqui a alguns meses, serão or-denados presbíteros [padres] é ver au-mentar o número de operários envia-dos à messe do Senhor”, afirma o padre Carlos Palácio, provincial do Brasil.

A cerimônia, presidida por dom Alessio Saccardo, SJ, bispo da Diocese de Ponta das Pedras (Marajó/PA), con-tou com a participação de familiares, de amigos e de mais de 300 jesuítas, que participavam da 1ª Assembleia Na-cional da Companhia de Jesus. Muito emocionados, os jovens Adriano Hahn, Cyril Suresh, Edilberto Brandão, Gus-tavo de Paula, José Cláudio Meireles,

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ESPECIAL

OS 7 SACRAMENTOS DA IGREJA

• Batismo • Confirmação (Crisma)• Eucaristia• Reconciliação (Confissão)• Unção dos Enfermos• Ordem• Matrimônio

Marcos Vinícius de Souza e Silas da Silva receberam do bispo o sacramen-to da Ordem.

O padre Edison de Lima, mestre da cerimônia, diz que “os novos diáconos trazem um espírito jovem à Companhia de Jesus e acrescentam sonhos e realizações às vidas de tantos outros jesuítas que, como eles, participam do mesmo espírito de entrega total ao Senhor”.

O diaconado é um dos três graus do sacramento da Ordem (leia ao lado), que é dividido em: episcopado (bispo), presbite-rado (padre) e diaconado (diácono). “O dia-conado pode (e deve) ser para o futuro pa-dre um momento de compromisso com os pobres e os pequeninos, os que vivem nas periferias tanto sociais como existenciais, como afirma o papa Francisco”, ressalta o padre Francisco Taborda.

Padre Edison explica que a orde-nação diaconal “é uma tradição apos-tólica da Igreja e que há dois tipos de diáconos: os permanentes e os transi-tórios. O primeiro, após assumir a vida matrimonial, coloca-se a serviço da Igreja, para contribuir na formação e no trabalho com a comunidade. O se-gundo, por meio do diaconado, confir-ma sua vocação à caridade, enquanto prepara-se para a ordem presbiteral. Eles devem mostrar-se como exemplo de caridade e serviço”.

“SENTIR A ALEGRIA DESSES JOVENS QUE, DAQUI A ALGUNS MESES, SERÃO ORDENADOS PRESBÍTEROS [PADRES] É VER AUMENTAR O NÚMERO DE OPERÁRIOS ENVIADOS À MESSE DO SENHOR”

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MUNDO CÚRIA GERAL

a companhia de jesus no

PADRE GERAL REÚNE-SE COM JESUÍTAS EM BRUXELAS

Entre os dias 15 e 17 de agosto, o padre geral, Adolfo Nicolás, participou de um encontro de jesuítas e leigos das Províncias da Bélgica do Sul e Luxem-burgo (BML) e França (GAL), celebrado em Bruxelas. Durante a reunião, ele convidou os 450 participantes a refor-mularem a missão da Companhia de Jesus de modo realista e criativo nes-sa região cultural europeia, marcada tão profundamente pela secularização e que tem enfrentado tantos fatores de exclusão. O encontro de jesuítas e colaboradores na missão será visto no contexto da progressiva aproximação entre as duas Províncias.

Instrutores da Terceira Provação encontram-se com o papa Francisco

No início de agosto, em Roma (Itá-lia), celebrou-se na Cúria Geral um en-contro com 26 Instrutores de Terceira Provação, procedentes de todas as re-

giões do mundo. O padre Adolfo Nicolás assistiu às sessões plenárias e, no dia 4 de agosto, na Igreja do Gesù, ofereceu ao grupo orientações para a oração. Em

7 de agosto, os religiosos tiveram o pri-vilégio de concelebrar a Eucaristia com o Papa Francisco, na Igreja de Santa Marta, no Vaticano.

O encontro, coordenado pelo padre José Cecílio Magadia, atual assistente para a formação, contou também com a presença dos padres Robert Geisinger, Orlando Torres, Robert Danieluk e Ja-mes Grummer. O grupo está analisando a atual situação da Terceira Provação em diversos lugares do mundo, assim como o papel do Instrutor. Os religiosos estão aprofundando-se ainda na natu-reza dos votos. Algumas das sessões foram dedicadas ao aniversário da res-tauração da Companhia de Jesus.

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Festa de Santo Inácio: almoço com o papa

No Dia de Santo Inácio, o papa Fran-cisco participou de um almoço com a co-munidade da Cúria Geral da Companhia de Jesus, conversando amavelmente e cumprimentando cada um dos presen-tes. Estavam também presentes os sete irmãos do padre Paolo dall’Oglio, jesuíta sequestrado há um ano na Síria, com os quais o papa trocou palavras de agrade-cimento e alento. O almoço contou ainda com a presença de um grupo de escolásti-cos do EJIF (Jesuítas Europeus em Forma-ção), que, naquelas semanas, celebraram seu encontro anual (leia texto abaixo).

A COMPANHIA DE JESUS NO MUNDO CÚRIA GERAL

JESUÍTAS EUROPEUS EM FORMAÇÃO REÚNEM-SE EM ROMA

Durante o mês de agosto, jovens jesu-ítas participaram de diversas atividades na Cúria Geral da Companhia de Jesus. Ao todo, 23 escolásticos, que represen-

tam todas as Províncias europeias, e um escolástico da Indonésia, participaram do encontro do EJIF (Jesuítas Europeus em Formação), realizado em Roma.

Os jovens tiveram a oportunidade de se reunir duas vezes com o papa Francisco, entre as atividades. No dia 31 de julho, o pontífice participou de um almoço com a comunidade, na Cú-ria Geral, e, no dia 2 de agosto, na ce-lebração da Missa de Ação de Graças pelo dia de São Pedro Fabro. Os jesu-ítas também estiveram com o padre geral da Companhia de Jesus, Adolfo Nicolás, que celebrou missa na Casa Santa Marta.

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AMÉRICA LATINA CPAL

a companhia de jesus na

adequado. Isso exige de nós a escuta atenta, o aprofun-damento sobre a realidade e a nossa missão, coordenação e planejamento estratégico, e trabalho em equipe. Ocorre que, às vezes, não estamos acostumados a um tecido tão fino e exigente e nos dei-xamos levar pelo ativismo superficial e individual. O PAC nos convida a empreen-der outro caminho. Nenhuma das prioridades o é para um setor. São para que todos os setores as enfrentem inter-disciplinarmente.

E muitos o têm assumi-do com entusiasmo. Aí está a resposta à Campanha de Hospitalidade proposta pela Rede Jesuíta de Migrantes; o compromisso de Inacianos por Haiti empreendido pelo FLACSI; o Plano de Forma-ção para a Colaboração, fei-to com a cooperação de vá-rios setores; a campanha de incidência Por uma Educa-ção de Qualidade Para Todos e Todas; os projetos Caribe e Panamazônico; a coorde-nação do setor de pastoral juvenil e vocacional com os de educação e paróquias: e muitos exemplos mais.

Adotamos um enfoque sistêmico aberto, conscien-tes de que a realidade em que realizamos nossa ação não é um espaço fechado, mas sim um campo aberto a múltiplas e diversas influên-cias que nos desafiam a com-preender sua complexidade e agir junto a outros aliados,

Como tecedores do Reino

Lima, Peru.

Dizem que a melhor de-finição para especialista é: aquele que sabe quase tudo sobre quase nada. À medida que aumenta a acumulação de conhecimentos por parte da humanidade, a mente hu-mana vai encontrando o seu limite. O conhecimento en-ciclopédico vai se tornando cada vez mais difícil e entra-mos no reino das especializa-ções. É impossível acumular tanta informação no cérebro.

O perigo é que essa frag-mentação do conhecimento perde de vista que a realida-de é uma só, na qual todas as funções estão integradas e inter-relacionadas.

Os computadores vie-ram para resgatar a mente humana. Eles acumulam os conhecimentos. Nos toca relacioná-los, integrá-los e criar novos, combinando de forma diferente o já co-nhecido. O saber individual é menos importante do que a capacidade criativa de re-

lacionar e integrar-nos para responder às perguntas que nós mesmos fazemos.

Quando as informações se acumulam, há o perigo de nos perder nas folhas e não ver o bosque. Que o nosso trabalho por setores perca de vista a integralidade da realidade. Os setores são uma construção mental que fragmenta a realidade para poder conhecê-la me-lhor. Mas, se não comple-mentamos esse processo analítico com uma visão integradora, deixar de lado seu objetivo. Um médico especialista, por exemplo, não pode prescindir da to-talidade do paciente, por-que pode haver outras com-plicações de saúde, como depressão ou perda de me-mória. Com um diagnóstico acertado, mas parcial, pode errar no tratamento.

O olhar global tem que nos ajudar a ver a realidade em sua complexidade e obri-gar-nos a agir intersetorial-mente. Por isso, o conflito, a falta de comunicação ou a competição entre setores sempre traz como consequ-ência o enfraquecimento de nossa ação.

Nosso projeto apostó-lico comum (PAC) tem isso muito presente e diz expres-samente:

“O sentido mais específi-co da proposta é seu caráter transversal. Pretende entre-laçar setores, redes e cen-tros interprovinciais em tor-

Jorge Cela, SJPresidente da CPAL

no às prioridades, objetivos e ações que se estabelecem no PAC, e envolvê-los con-juntamente na elaboração de projetos concretos. A fe-cundidade de nosso serviço dependerá, em boa medida, da capacidade que tenhamos para articular e colaborar entre as diferentes instân-cias apostólicas existentes, em cada uma das Províncias e Regiões como a nível de América Latina e Caribe. O Projeto Apostólico Comum deve gerar sinergias que, além de incrementar o im-pacto de nossas ações, nos impulsionem a crescer como um único corpo apostólico.”

Muitas Províncias, ao organizarem-se em platafor-mas apostólicas, têm forta-lecido a visão intersetorial. Não se trata de eliminar a riqueza que a especialização aporta para a melhoria da qualidade de nossa ação, se-não de integrá-la numa visão multidisciplinar que convide a um trabalho em equipe en-tre os distintos setores para transformar uma realidade única e complexa.

O enfoque intersetorial busca tecer as redes, que tendem a ser mais especia-lizadas, com um enfoque sistêmico, que percebe a realidade organicamente inter-relacionada. Não é fá-cil o trabalho de tecer redes horizontais com estruturas verticais de distintas cores ou setores para obter um plano de ação com o desenho

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A COMPANHIA DE JESUS NA AMÉRICA LATINA CPAL

Fonte: PAN-AMAZÔNIA SJ CARTA MENSAL Nº. 5 - Agosto 2014

conscientes de que entra-mos em um sistema mais amplo e com multiplicidade de atores.

Certamente, somos um sistema no qual, quanto mais os membros estamos entusiasmados com nossa identidade jesuíta e mais comprometidos com nos-sa missão, concreta em um projeto apostólico comum, mais eficazes seremos em alcançar as metas a que nos propomos.

Essa perspectiva inte-gradora se faz necessária em um mundo “líquido” em que as pessoas tendem a adaptar-se aos valores que lhes vende o mercado, no qual “no lugar de transfor-mar-se em projetos de lon-go prazo e alcance, os de-sejos tendem a privilegiar programas com resultados imediatos e imediatamente concretos. Os experimen-tos substituem as experi-ências de vida! Daí resulta que as ideias como amor, amizade, matrimônio, famí-lia, justiça, direito, solida-riedade, vida consagrada, entre tantas outras, com frequência se dissolvem, se pulverizam, se derretem, se tornem líquidas. Relações superficiais, transitórias e descartáveis prevalecem sobre relações sólidas, dispostas sobre cimentos igualmente sólidos”. [1]

Assim, é importante que aprendamos a trabalhar com outros de maneira interseto-rial. Os atores solitários ter-minam dando tiros no escuro a um alvo que cada vez mais se afasta.

[1] Alfredo Gonçalves, El Deseo como Fuente de Energía Solidaria, In: www.cpalsj.org/380.html, 11 de julio de 2014.

PROJETO PAN-AMAZÔNICO: VISITAS A SANTARÉM E MARABÁ

Conselho Indigenista Missionário promove fórum

O padre Valério Sartor, que atua no Projeto Pan-ama-zônico da CPAL (Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina), visitou os municípios de Santarém e Marabá, no Pará, em julho. A viagem fez parte da primei-ra etapa do Projeto, que tem como objetivo avaliar a atua-ção jesuíta na Amazônia.

Em Santarém, o jesuíta conheceu a missão da Com-panhia de Jesus na Paróquia N. Sra. do Perpétuo Socorro. “Eu fui muito bem acolhido pelo pároco, Pe. Adilson San-tos, e pelo Esc. Paulo Lean-dro, que ajuda nas pastorais da Paróquia. O trabalho é

Entre os dias 25 e 29 de julho, as equipes do CIMI (Conselho Indi-genista Missionário) se reuniram para debater e refletir sobre o fenômeno da urbanização dos povos indígenas na Amazônia e seus impactos nas al-deias, na cidade, além de refletir sobre a situação econômica, social, política e cultural desse contexto.

Os padres Valério Sar-tor, Setsuro Horie, Fernan-do López e o Esc. Mario Cabal participaram do encontro. “O fórum foi de muita importância para co-nhecer melhor o trabalho do CIMI na Região e também

bastante desafiador, tendo em vista problemas como: divisões entre as lideranças e pouca formação pastoral. Assim, faz-se necessário adequado acompanhamento com muita paciência diante dessas questões”, afirma padre Valério, que teve a oportunidade de apresentar a proposta do Projeto Pan--amazônico ao bispo, dom Flavio Geovenale.

Em Marabá, padre Va-lério visitou a Paróquia Sa-grada Família, que inclui o Centro Cultural e a Biblioteca Comunitária Pe. Manuel Ma-lagrida. Na obra, estão o Pe. Cícero Edvan, o Ir. Franco Za-

para divulgar o Projeto Pan--amazônico a fim de cons-truir uma rede com outros

nelli, o Esc. Gustavo Valentin, e dois voluntários colombia-nos da CVX (Comunidade de Vida Cristã) da Colômbia, que vão colaborar com a pastoral paroquial. Além do Pe. João Pedro Cornado, que será o superior e o novo pároco. “Percebe-se que a presen-ça da Companhia no bairro onde está situada a paróquia é bastante estratégica, de-vido à pobreza, à violência e também ao crescimento de-masiado das igrejas protes-tantes e evangélicas no local”, ressaltou padre Valério.

atores que trabalham com a questão indígena”, avaliou padre Valério.

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Confira a seguir a foto oficial da Assembleia Nacionale destaque o pôster especial.

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BRASIL AMAZÔNIA

a companhia de jesus no

ANCHIETA É TEMA DO NOVOLIVRO DO PADRE ILÁRIO GOVONI

Apostolado Social da BAM realiza 2º encontro

No dia 4 de julho, o padre Ilário Govoni lançou o livro Anchieta: um santo desco-nhecido?, na Biblioteca Mu-nicipal Orlando Lima Lobo, em Marabá (PA). A obra é dividida em duas partes: na primeira, é contada a histó-ria de vida de Anchieta e, na segunda parte, são apresen-tados documentos e cartas do missionário.

Segundo padre Ilário, o objetivo principal do livro é fazer com que os leitores conheçam mais a história do Santo, através das cartas, dos relatos, dos documen-

A Rede do Apostolado Social da BAM (Região depen-dente Brasil Amazônia) pro-moveu sua 2ª reunião, no dia 29 de julho, no Centro Loyola de Pastoral, em Manaus (AM). O encontro teve como objeti-vo dar continuidade à constru-ção da Rede.

O padre Alfredo Ferro assessorou os participantes na leitura do relatório da reu-nião, realizada em agosto de 2013. O documento auxiliou na discussão sobre a integra-ção e articulação do traba-lho, no campo do apostolado social da BAM.

Livro ajuda no conhecimento da história de São José de Anchieta

Processo de construção da Rede foi discutido durante encontro

tos e das ilustrações da vida do missionário, que tanto fez pela evangelização e missão da Igreja no Brasil.

Participaram do evento cerca de 80 pessoas, entre autoridades políticas, reli-giosas, amigos, jesuítas e colaboradores da paróquia Sagrada Família. Estiveram presentes o representante da Funai (Fundação Nacional do Índio), Ricardo Rau; o es-critor marabaense, João Bra-sil Monteiro Filho, e o diretor da Biblioteca Municipal Or-lando Lima Lobo, professor e escritor, Aírton Souza.

Estiveram presentes na reunião o Pe. José Miguel, co-ordenador da Rede do Aposto-lado Social da BAM, Pe. Paulo Tadeu, representante da Área Missionária Santa Margarida de Cortona, Deuzarina Santos, coordenadora do PEC (Projeto Educação e Cidadania), Ir. Verô-nica Perineto, coordenadora do projeto de geração de renda na Área Missionária, Pe. Anselmo Dias, diretor do ECOAR (Escri-tório de Comunicação e Arre-cadação de Recursos). Além dos voluntários: Mila Zúñiga Acevedo, Federico Gerona Pla e Isabel Maria Alfonso Naranjo.

O lançamento do livro teve grande repercussão no Pará: o padre Ilário deu en-trevista para o Correio de

Tocantins, jornal de grande circulação na região, e tam-bém para a TV RBA, emisso-ra regional.

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PADRE HORÁCIO PARTICIPA DE CURSO NA VENEZUELA

O padre Horácio Freire da Silva participou do XIII Curso--Taller Internacional para Acompanhantes dos Exercí-cios Espirituais, entre os dias 25 de junho e 26 de julho, em Los Teques, periferia de Cara-cas, Venezuela. A experiência reuniu mais de 30 pessoas de diversos países da América Latina na casa de retiros Que-brada de la Virgen.

O curso é um espaço formativo para jesuítas, pa-dres diocesanos, religiosas e religiosos, e colaboradores da missão, que partilham da mesma espiritualidade. “A experiência foi muito rica. Mergulhamos na fonte dos Exercícios Espirituais. Pe-regrino da vontade de Deus, Inácio de Loyola nos mostra que é possível viver o amor apaixonado por Jesus e seu projeto de vida e realizar a vontade do Pai. Para isso, ti-vemos a contribuição de vá-rios facilitadores experien-tes na arte de orientar os EE”, afirma padre Horácio.

A partir da própria vivên-cia, do estudo, da reflexão e da socialização da prática dos Exercícios Espirituais, o curso ofereceu um processo formativo orientado, para aquisição de conceitos e ha-bilidades relacionados com o acompanhamento espiritual.

A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL AMAZÔNIA

Os padres Enrique Mire-les e Eduardo Silva percor-reram, durante os meses de julho e agosto, três países da América do Sul: Peru, Bolívia e Brasil. O objeti-vo da visita era conhecer o trabalho da Companhia de

Jesus com as comuni-dades indígenas da re-gião. Em entrevista, os jesuítas, que realizam um trabalho pastoral na Serra Taraumara (Mé-xico), falaram sobre os desafios da missão.

JESUÍTAS MEXICANOS CONHECEMTRABALHO COM INDÍGENAS NO BRASIL

Confira a entrevista no link: http://bit.ly/1uOmftE

Aprofundar o conheci-mento, meditar e contem-plar foram as grandes ex-periências proporcionadas durante esse período. “Esse tempo foi uma oportunida-de para fortalecer uma con-vicção pessoal. Os Exercí-cios Espirituais são um dom,

Mais de 30 pessoas, de diversos países da América Latina, participaram do curso

um presente de Deus, não somente para Companhia de Jesus, que tem neles sua ra-zão de ser, mas, sobretudo, para a Igreja, para o povo de Deus, que está sempre em busca de viver uma fé mais comprometida e missioná-ria”, finaliza padre Horácio.

Padres Enrique Mireles e Eduardo Silva em trabalho pastoral no Brasil

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O padre João Pedro Cornado to-mou posse como pároco na Paróquia Sagrada Família, em Marabá (PA), no dia 6 de julho. A celebração eucarís-tica foi presidida por dom Vital Cor-bellini, bispo diocesano de Marabá. Os padres jesuítas Cícero Magalhães, Silvio Marques, Edson Tomé, o irmão Gianfranco Zanellli e representantes das comunidades da paróquia partici-param da celebração.

Em sua homilia, dom Vital Corbellini agradeceu ao padre José Miguel Clemen-te, pároco anterior, por todo o trabalho desenvolvido na paróquia e na diocese e pelo seu carinho, serviço e amizade. E, dirigindo-se ao padre João Pedro, disse que o recebia em sua diocese com a mes-ma intensidade de servidor.

Em seguida, houve a entrega da chave da Igreja, da chave do Sacrário e da Bíblia Sagrada ao novo pároco. Os símbolos recor-dam, que, a partir de agora, o João Pedro é o responsável pela evangelização e anúncio do Santo Evangelho a todos da paróquia.

O padre João Pedro lavou os pés de dois líderes das comunidades da paró-quia Sagrada Família. O gesto represen-ta que a presença do novo pároco deve ser marcada pelo serviço. Ele recordou, também, que “os padres são para servir e não para serem servidos”.

A celebração eucarística foi ani-mada e contou com a participação da juventude, nos cantos e nas orações. Ainda em clima de festa, após a missa, a comunidade compartilhou um coquetel servido a todos os participantes.

PADRE JOÃO PEDRO CORNADO É O NOVO PÁROCO DA PARÓQUIA SAGRADA FAMÍLIA

A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL AMAZÔNIA

CALENDÁRIO BAM | AGENDA DO SUPERIOR REGIONAL

23 a 30 de agosto | Cúria regional – Manaus (AM)

29 a 31 de agosto | Encontro Interinstitucional da Equipe Itinerante – Manaus (AM)

1º a 10 de setembro | Cúria regional – Manaus (AM)

11 a 13 de setembro | Visita ao CIF como Delegado da Formação – Bogotá (COL)

14 a 19 de setembro | Encontro dos Delegados de formação da CPAL – Lima (PER)

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BRASIL CENTRO-LESTE

a companhia de jesus no

PARÓQUIA SANTÍSSIMA TRINDADE FORTALECE OS TRABALHOS PASTORAIS EM SANTA LUZIA (MG)

No mês de agosto, a Paró-quia Santíssima Trindade, em Santa Luzia (MG), promoveu dois importantes eventos nas áreas social e de formação. No dia 23, aconteceu o primei-ro encontro de formação de lideranças e conselheiros pas-torais, com o tema A paróquia que queremos/desejamos. Já entre os dias 26 e 30, foi rea-lizada a Semana Social com o tema Movimente-se, conheça a cidade e as pessoas, que abordará questões sobre as políticas públicas.

Através dessas ações, a Paróquia Santíssima Trinda-de busca ser uma igreja que faz continuadamente a opção de viver a fé em Jesus Cristo e no seu Reino, através das experiências de uma rede de comunidades – uma comuni-dade de comunidades.

Instalada em 1998, a Paró-quia tem como base a experiên-cia inaciana em sua organização e em seu modo de ser. Ao longo dos anos, os jesuítas têm bus-cado implantar as diretrizes do Documento Características da Paróquia Jesuíta na América La-tina da CPAL (Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina), no qual se estabelece a rede de comunidades como uma das particularidades de or-ganização paroquial.

As paróquias da Arquidio-cese de Belo Horizonte (MG) possuem, em média, uma po-pulação de 15 mil habitantes. A Santíssima Trindade está lo-

calizada na região dos bairros Palmital e Cristina, em Santa Luzia, onde vivem cerca de 60 mil pessoas. Para dar sentido à ação pastoral, em uma região tão populosa e diversificada, com muitas expressões de fé, o discernimento paroquial é essencial. Em ocasiões im-portantes, coordenadores de comunidades e de pastorais colocam-se na escuta da Pa-lavra de Deus e da assembleia para definir caminhos a seguir.

A definição da construção da igreja dedicada a São José de Anchieta, no bairro Nova Es-perança, foi decidida em oração e em comum acordo por todos os conselheiros da paróquia. A partir da vivência da espiritu-alidade inaciana e do compro-misso cristão na sociedade, a Paróquia Santíssima Trindade tomou como meta, para os anos de 2014 e 2015, quatro prioridades pastorais: Evange-lização, Formação, Ação social e Comunicação. A última visa aperfeiçoar as relações e pro-mover os trabalhos pastorais e sociais da paróquia.

A Paróquia Santíssima Trindade também promove, anualmente, dois retiros de três dias, além de contar com pessoas que acompanham os interessados em se aprofun-dar nos Exercícios Espirituais de Santo Inácio. Há três anos, jovens e adultos também po-dem contar com um retiro de carnaval, nos moldes da espiri-tualidade inaciana.

COMUNIDADE FESTEJA SANTO ALBERTO HURTADO

A comunidade cató-lica do bairro de Casta-nheiras, em Santa Luzia (MG), celebrou Santo Al-berto Hurtado durante o mês de agosto. O jesuíta, santo padroeiro da locali-dade, foi canonizado pelo papa Bento XVI, em 2005.

A Paróquia Santíssi-ma Trindade, seus fiéis e os agentes pastorais da comunidade organiza-

ram uma programação especial, que teve como tema Um fogo que acende outros fogos, famosa frase do jesuíta, conhecida em todo o mundo.

Entre as atividades, estavam a realização de uma novena, que foi preparada pelo pároco, padre José dos Passos. Os encontros, pautados pela leitura do Evangelho e diálogos, que tiveram como base os escritos do padre Hurtado, homena-gearam o jesuíta.

Pastorais e diversas entidades participam de momentos organi-zados pela Paróquia Santíssima Trindade

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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE

Encontro sobre a Área Social da Companhia de Jesus acontece em São Paulo

Entre os dias 4 e 6 de agosto, a ANE-AS (Associação Nóbrega de Educação e Assistência Social) promoveu o encon-tro Construções Conjuntas no Trabalho Educacional e Social da BRC. Cerca de 40 pessoas participaram do evento, que teve como objetivo fortalecer vínculos e proporcionar um espaço de formação.

Assistentes sociais, coordenado-res, diretores de unidades educacio-nais e de assistência social, mantidas pela ANEAS e AJEAS (Associação Je-suíta de Educação e Assistência So-cial), e colaboradores do Centro Admi-nistrativo, participaram do encontro. O padre Mieczyslaw Smyda, provincial da BRC, e o padre Carlos Fritzen, ad-ministrador provincial, realizaram a abertura oficial do evento.

O marco regulatório, apresentado pela professora Maria Cecilia Ziliotto, e o Plano Nacional de Educação, apresen-tado pela Prof.ª Dra. Maria Lúcia Salgado Cordeiro dos Santos e por Ivanete Olivei-ra dos Santos, coordenadora do Plano Nacional de Mobilização Social pela Edu-cação (Ministério da Educação) foram alguns dos destaques do encontro.

Além disso, cada participante expôs um pouco do seu trabalho e as especifi-cidades da obra onde atua, como locali-dade, número de alunos, características da unidade etc. Os profissionais também participaram de grupos de trabalho que discutiram as políticas e as normas que envolvem a Área Social.

A coordenadora da Área de Filantro-pia e Projetos Sociais da BRC, Tatiane Almeida S. de Sant’Ana, destaca que “o encontro proporcionou um momen-to para troca de experiências sobre o trabalho desenvolvido”. O controller da ANEAS, Igor Saluti, ressalta que a inte-gração com as obras é essencial para o desenvolvimento dos trabalhos. “Esse encontro já é uma perspectiva de inte-gração de um único corpo, na sua diver-

sidade, para apoiar o processo de unifi-cação da Província do Brasil”.

O trabalho em conjunto e os víncu-los que se formam são essenciais para a consolidação de um projeto comum. Para o padre Carlos Fritzen, “Esse encontro faz parte de um processo de trabalho em conjunto. Aqui, as pessoas se conhecem mais, se aproximam e criam vínculos, isso ajuda no fortalecimento da missão da Companhia de Jesus no Brasil”.

CONFIRA ALGUNS DEPOIMENTOS

O encontro foi muito importan-te, pois houve uma troca de ex-periências e vivências. Isso nos dá a possibilidade de comparti-lhar práticas em comum.

Sara Cristina de Oliveira – Assistente Social | Colégio São Luís (SP)

O encontro foi muito bom, porque daqui para frente a gente vai exer-cer parcerias internas [no Colégio], nesse quesito eu vejo um ganho imediato. Eu saio desse encontro com a certeza de que trabalhar jun-to é muito melhor!

Silvia Henriques – Responsável pela área Acadêmica Pedagógica do período notur-no | Colégio Santo Inácio (RJ)

A confraternização entre as pessoas foi maravilhosa! Uma acolhida e uma partilha fantás-tica! No encontro, a gente pode conhecer o que as outras obras estão fazendo, foi muito bom!

Suzane da Silva – Professora de Lín-gua Portuguesa e Redação | Colégio Anchieta de Nova Friburgo (RJ)

O compartilhamento é importan-te para que possamos sempre nos aprimorar e atualizar, dessa forma, nós conseguimos acompanhar as mudanças constantes da legisla-ção e isso se reflete na melhoria contínua do nosso trabalho.

Melita Grams – Coordenadora de RH | Colé-gio São Luís (SP)

Cerca de 40 pessoas participaram do evento

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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE

Jovens visitam os jesuítas da Residência Irmão Luciano Brandão

Paróquia São Francisco Xavier e a Pastoral dos Exercícios Espirituais

Alunos dos Colégios Santo Inácio e Loyola viajam à Amazônia

No dia 17 de agosto, os jesuítas da Residência Ir-mão Luciano Brandão, em Montes Claros (MG), rece-beram a visita de alguns jovens do Fé e Alegria e da Paróquia Nossa Senhora de Montes Claros e São José de Anchieta, que participa-ram do 5º Fórum Inaciano, realizado entre os dias 15 e 17, em Belo Horizonte.

Cada jesuíta apresentou rapidamente sua história pessoal. Em seguida, uma jovem da Paróquia e outra,

do Fé e Alegria, se apresen-taram e falaram as caracte-rísticas do local onde atu-am. “Sentimos muita alegria de receber essa juventude em nossa casa. Oferecemos para eles a nossa amizade e um lanche fraterno, típico costume mineiro”, confessa o padre Itamar Carlos Gre-mon, vice-superior da Resi-dência.

Os jesuítas entregaram uma carta e um crucifixo para cada obra. Confira, ao lado, um trecho da mensagem:

Há 16 anos, a Paróquia São Francisco Xavier, da Ar-quidiocese de Belo Horizon-te (MG), promove a Pastoral dos Exercícios Espirituais na vida cotidiana. Durante esse período, mais de 300 pessoas já participaram.

Na Paróquia, a Espiri-tualidade Inaciana se faz presente também nos en-contros de oração para os di-versos grupos, respeitando sempre a dinâmica própria e a espiritualidade de cada participante. A proposta é apresentar a experiência como forma de aprofunda-mento e não de substitui-ção. A formação espiritual também está presente no ensino dos catequistas, en-tre outros grupos.

No mês de julho, os alunos dos Colégios Santo Inácio, do Rio de Janeiro, e Loyola, de Belo Horizonte, participaram de uma viagem à Amazônia. Estudantes da Bélgica, que es-tavam em intercâmbio no Bra-sil, também participaram da experiência. Os jovens tiveram a oportunidade de conhecer a realidade de algumas comu-nidades ribeirinhas da região, ligadas à ONG Saúde e Alegria.

A instituição mapeia as comunidades e, junto com os moradores, elabora planos de beneficiamento para as popu-lações, como a implantação de sistemas de abastecimento d’água. Para chegar ao barco da ONG, que percorre as co-munidades, os estudantes saí-ram de Santarém (PA), enfren-tando 30 horas de travessia pelo Amazonas numa barcaça

Para o atendimen-to cotidiano, a Paróquia conta com o trabalho do padre Marco Antonio Mo-rais Lima, pároco, e de dois vigários. Os profes-sores e formadores da FAJE (Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia) também auxiliam o traba-lho da Paróquia e ajudam na preparação das cele-brações dominicais. Com isso, a paróquia oferece 22 horários de missa aos fiéis. Além desse trabalho, professores, escolásticos e integrantes do Curso de Iniciação à Teologia Pas-toral da FAJE, realizam um trabalho de formação de lideranças leigas, com adultos, jovens e crianças.

comercial. “A gente se acostu-ma com o desconforto inicial. A adaptação e a superação das dificuldades é parte dessa experiência impressionante”, acredita Lúcia Salvador, aluna do Colégio Santo Inácio.

“Queridos jovens, nós, os jesuítas e o bispo emérito, dom José Maria Pires, doa-mos esses crucifixos, que pertenceram a jesuítas que dedicaram toda a vida ao serviço do Reino de Deus. Eles receberam os crucifi-xos ao fazer votos de pobre-za, obediência e castidade, gesto de profundo amor a Deus e ao próximo, que é incompreensível para mui-tos. Esses jesuítas sempre

ONG SAÚDE EALEGRIA

O Projeto Saúde e Alegria é uma institui-ção que atua em co-munidades tradicionais na Amazônia, desen-volvendo programas integrados nas áreas de organização social, direitos humanos, meio ambiente, dentre ou-tros, que visam à me-lhoria da qualidade de vida das pessoas. Co-nheça mais o trabalho da ONG no site www.saudeealegria.org.br.

carregavam os crucifixos, onde moravam fixava-os nas paredes, ou num local onde pudessem vê-los, e experimentavam o Espírito do nosso Pai Misericordioso e sentiam Jesus lhe fazen-do companhia. Com amor renovavam sempre as suas forças e superavam todas as dificuldades e desafios [...]”.

ComunidadeIr. Luciano Brandão

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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL CENTRO-LESTE

CALENDÁRIO BRC

1º de setembro | Consul-ta BRC – São Paulo (SP)

3 e 4 de setembro | Visita à comunidade da ETE FMC – Santa Rita do Sapucaí (MG)

8 e 9 de setembro | Visi-ta à FEI – São Paulo (SP)

11 de setembro | Visita às Edições Loyola – São Paulo (SP)

15 e 16 de setembro | Visita à residência Nossa Senhora do Bom Conselho – São Paulo (SP)

17 de setembro | Visita ao Anchietanum – São Paulo (SP)

“Fui!”, assim dizia o desconcertan-te bilhete bem-humorado de despe-dida, assinado pelo Pe. Guy, quando precisou deixar a comunidade da Rua Bambina, no Rio de Janeiro, em 2006. Era preciso partir para Santa Rita do Sapucaí (MG), em socorro da ETE FMC (Escola Técnica de Eletrônica Fran-cisco Moreira da Costa), cujo diretor havia falecido repentinamente. No dia 23 de julho de 2014, sua morte também surpreendeu a todos nós, como a nos deixar, de novo, o mesmo bilhete de quem partiu para os braços do Pai e nos deixou na saudade. “Foi!”

Natural de Rio Grande (RS), Guy Ruffier era filho de Jorge Ruffier e An-toniette Parmentier Ruffier. Veio ao mundo no dia 30 de outubro de 1931 para ser ele mesmo, pessoa marcada pelo dinamismo, alegria e disposição. Quem não o reconheceria de pronto? Um vulcãozinho impulsivo e inquieto, criativo e inovador, sempre a mexer com as pessoas e instituições. Seus repen-tes e afirmações eram, muitas vezes, desconcertantes. Mas, se extrapolava na energia de suas reações, tinha tam-bém a humildade de reconhecer seus excessos. Bom companheiro, zeloso e apostólico, alegre. A toda missão rece-bida, se lançava com obstinada doação e criatividade. Por onde passou, deixou a imagem de homem empreendedor, corajoso, que animava os demais a levar adiante cada projeto.

Alfabetizado pelos pais, concluiu o Ensino Fundamental com os Maristas e o Médio com os jesuítas, no Instituto Aloisianum e no Colégio Santo Inácio (RJ). No dia 1º de fevereiro de 1948, in-gressou no Noviciado da Companhia de Jesus, em Nova Friburgo (RJ). Lá fez os primeiros votos e prosseguiu sua for-mação no Juniorado e Filosofia.

O tempo de Magistério foi em par-te dedicado aos trabalhos na Escola Apostólica e no Colégio Anchieta; ou-

Na Paz do Senhor Padre Guy Jorge RuffierPor Pe. Carlos james

tra parte, foi oportunidade para fa-zer estudos de Letras Neolatinas, na PUC/Rio (1956-1957). Dali partiu para a Teologia, em Roma, na Pontifícia Universidade Gregoriana. Em 1962, foi ordenado presbítero por dom Anto-nio Zattera, bispo de Pelotas (RS). A Terceira Provação foi feita em idioma materno, na Maison La Colombière, Paray-Le-Monial, França (1963-64). De lá seguiu para a Bélgica, onde estudou Pastoral e Catequese no Inst. Lumen Vitae, em Bruxelas (1964-65).

No dia 15 de agosto de 1966, diante do então provincial Pe. Antonio Aquino, professou os Últimos Votos – momento de incorporação definitiva à Companhia de Jesus – no Colégio Santo Inácio (RJ). Ali foi responsável pela Coordenação da Pastoral, professor do ISPAC (Curso de Teologia para leigos colaboradores do Colégio), e assistente do Treinamento de Liderança Cristã/TLC-Guanabara.

Entre 1977 e 1980, Pe. Guy foi orien-tador espiritual dos estudantes no Co-légio São Luís (SP), diretor de TLC e pro-fessor de Ensino Religioso no Colégio e na Faculdade São Luís. Exerceu também nesse tempo a função de Conselheiro Educacional, na CRB.

Quando a Província da Bahia soli-citou a sua colaboração, ele se dirigiu animada e corajosamente para Salva-dor (BA), para dirigir o Colégio Antonio Vieira, durante oito anos. Foi Coorde-nador do Apostolado da Educação e Assistente da Pastoral da Juventude da Arquidiocese.

Em Minas Gerais, assumiu a reito-ria do Colégio Loyola e a presidência da AEC Nacional, em 1989, e a diretoria do Colégio dos Jesuítas, onde ficou até 1998. Depois, mudou-se para São Paulo, onde tomou posse como diretor geral do Colégio São Luís.

Entre 2003 e 2006, foi sócio do provincial Pe. José Antonio Netto de Oliveira. Após esse período, assumiu a direção da ETE FMC e tornou-se

superior da comunidade. Padre Guy também foi presidente da Fundação do Hospital de Santa Rita do Sapucaí. De lá saiu em 2012, para tomar posse como diretor geral do Colégio Anchie-ta. Na ocasião, o Colégio passava por grandes dificuldades após os desas-tres ambientais daquele ano. Em 2014, a saúde debilitada o obrigou a deixar Nova Friburgo, foi então para a Casa de Saúde Irmão Luciano Brandão, em Belo Horizonte, onde teve de ser hos-pitalizado e, por complicações respi-ratórias, faleceu.

Deixa, certamente, muitas saudades de sua presença alegre, cordial e sem-pre efervescente.

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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL MERIDIONAL

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A plataforma Moodle, Ambiente Virtual de Aprendizagem, presente em alguns Colégios da Rede Jesuíta de Educação, foi transferida para o novo datacenter da ASAV (Associa-ção Antônio Vieira). Os últimos me-ses foram de trabalho intenso para as áreas de TI (Tecnologia da Informa-ção) da Rede, o desafio da migração era não acarretar impacto para os usuários, sendo mantidos o acesso e as informações, sem mudanças de links ou senhas.

Hospedado no datacenter, inau-gurado em outubro de 2013, em São Leopoldo (RS), com suporte da TI da ASAV, o Moodle passa a ser acessado com mais segurança por usuários de diversas partes do país. Além da se-gurança, a migração faz parte da con-solidação dos processos, iniciado em

BRASIL MERIDIONAL

a companhia de jesus no

Plataforma Moodle é transferida para ASAV

2013, quando os colégios passaram a ser de jurisdição da Província do Brasil. O novo modelo de organização visa à unificação das províncias, que ocorrerá até o final de 2014.

O Moodle é uma ferramenta utili-zada por alunos e professores e favo-rece as mediações de ensino e apren-dizagem em sala de aula. Atualmente, nove colégios o utilizam: Loyola (Belo Horizonte/MG), São Francisco Xavier (São Paulo/SP), São Luís (São Paulo/SP), Santo Inácio (Rio de Janeiro/RJ), Escola Técnica de Eletrônica (Santa Rita do Sapucaí/MG), Anchieta (Nova Friburgo/RJ), Colégios dos Jesuítas (Juiz de Fora/MG), Diocesano (Teresi-na/PI) e Catarinense (Florianópolis/SC), além da Fundação Fé e Alegria, que está capacitando seus colabora-dores.

Ambiente Virtual de Aprendizagem é utilizado por diversas instituições de ensino no Brasil e no mundo

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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL MERIDIONAL

UNISINOS COMEMORA 45 ANOSEm 31 de julho, dia de San-

to Inácio, a Unisinos comple-tou 45 anos de história. Para comemorar a data, professo-res e funcionários reuniram-se na Galeria Cultural da Biblio-teca para cantar parabéns à universidade. O procedimento utilizado pelo itt Fuse (Institu-to Tecnológico de Segurança Funcional) transformou o som dos aplausos em índice, que foi convertido em sinal elétri-co. A energia gerada ligou um telão no qual se podia ler “Uni-sinos 45 anos”.

A proposta foi demons-trar, por meio da ação, o cari-nho dos colaboradores pela instituição. “Medimos com um decibelímetro o som do local, e, quando chegamos a 90 decibéis, a tela se acen-deu, por meio da nossa vi-bração. A intenção da inicia-tiva foi transformar o sinal sonoro em visual”, explicou

o coordenador do itt Fuse, Edilar Predabon.

A gerente de Gestão de Pessoas, Camila Ferro, falou sobre a importância da par-ticipação dos colaboradores para o sucesso da ação. “O en-gajamento é a base de tudo e

No dia 23 de julho, o Jornal VS realizou a entre-ga do Prêmio VS Cidadão, para o qual concorriam cerca de 60 personalida-des de São Leopoldo (RS), em 12 categorias. Dentre os ganhadores, há duas re-presentantes da Unisinos: Margit Kolling, categoria cultura, e Susana Kakuta, categoria tecnologia.

Desde 1997, Margit é diretora artística e coré-grafa do grupo de dança

e percussão Baturidança, no Programa Esporte Integral da Unisinos. Ela também é cria-dora e coordenadora do festi-val Sul em Dança, que, anu-almente, traz bailarinos de renome nacional e possibilita o acesso de jovens talentos de projetos sociais aos palcos. “É um orgulho enorme e uma re-alização pessoal receber esse prêmio. É o reconhecimento ao trabalho realizado e de todas as conquistas durante nossa trajetória”, comenta.

Diretora da Unidade de Inovação e Tecnologia da Unisinos e diretora executi-va do Tecnosinos, considera-do o melhor parque tecnoló-gico do Brasil pela Anprotec

se traduz quando sincroniza-mos a nossa energia interior com a da energia da Unisinos”.

Durante o encontro, o rei-tor, padre Marcelo Fernan-des de Aquino, agradeceu a todos que ajudaram a cons-truir a história da universi-

dade. “Nós, nos últimos anos, colocamos a Unisinos em um patamar que temos orgulho: de excelência, pesquisa, res-ponsabilidade social univer-sitária, internacionalização e crescimento com sustenta-bilidade”, afirmou.

REPRESENTANTES DA UNISINOS CONQUISTAM PREMIAÇÃO

(Associação Brasileira de Parques Tecnológicos), Su-sana foi contemplada por seu reconhecimento na área tecnológica. “O prêmio re-presenta um trabalho que contribui no poder socioeco-nômico da região, pelo cará-ter inovador e a geração de novos empregos”, fala.

Ao todo, mais de 12 mil votos foram computados en-tre os dias 12 de maio e 13 de junho de 2014, pelo site do Jornal VS. As outras categorias participantes foram: Comér-cio, Educação, Empresário, Es-porte, Homenagem Especial, Jovem Empresário, Responsa-bilidade Social, Saúde, Servi-ços e Sustentabilidade.

Durante o evento, entusiasmo dos aplausos do público gerou sinal elétrico

Margit Kolling

Susana Kakuta

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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL MERIDIONAL

Notícias do Instituto São José

COLÉGIO ANCHIETALANÇA SELO DESEUS 125 ANOS

No dia 13 de janeiro de 2015, o Colégio Anchieta de Porto Alegre celebra 125 anos de história. Ao longo desse período, ajudou na formação de milhares de

O provincial da BRM, padre Vicente Palotti Zor-zo, visitou os jesuítas do Instituto São José - Casa de Saúde, entre os dias 1º e 4 de julho. Um momento de muita alegria para todos da residência.

O padre Sebaldo Schuck recebeu alta do Hospital Di-vina Providência, em Porto Alegre (RS), no dia 8 de julho. Agora, o jesuíta continuará o tratamento de saúde no Ins-tituto. Já o irmão Aloysio M. Persch recupera-se satisfa-toriamente de um AVC, que afetou sua visão.

Pe. Victor Götz, que já residia no Instituto, foi con-firmado como membro da comunidade. Entre os dias 7 e 14 de julho, o Pe. Hugo Bersch ajudou os jesuítas de Pelotas (RS), a pedido do

Jesuítas da comunidade celebraram os aniversariantes de julho e o bicentenário de restauração

cidadãos. Para marcar a data, foi criado o Selo dos 125 Anos, a logomarca irá identificar todos os mate-riais produzidos pela insti-tuição nesse período.

CALENDÁRIO BRM

1º a 5 de setembro | Visita à Residência dos SantosMártires – Porto Alegre (RS)

9 de setembro | Consulta BRM – Porto Alegre (RS)

10 a 15 de setembro | Residência Dom Luciano – Porto Velho (RO)

23 a 25 de setembro | BRA – São Paulo (SP)

ALTERAÇÃO DE TELEFONE

A Residência Padre João Bosco Burnier, em Cuiabá (MT), está com novo número de te-lefone para contato: (65) 3023-2927.

provincial. E, para encerrar o mês de julho, no dia 26, a co-munidade realizou uma fes-

tinha inaciana e julina, que comemorou os aniversarian-tes do mês e o bicentenário

de restauração da Compa-nhia de Jesus, celebrado dia 7 de agosto.

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BRASIL NORDESTE

a companhia de jesus no

BRASILEIROS PARTICIPAM DE FÓRUM SOCIAL DE JOVENS INACIANOS NO PARAGUAI

Os jovens da Casa Inaciana da Juven-tude (CIJ) participaram do Fórum Social de Jovens Inacianos, entre os dias 17 e 20 de julho, em Assunção, Paraguai. O encontro proporcionou um espaço de ampla discussão e diálogo sobre a situ-ação atual do país e da América Latina, e o papel da juventude nesse contexto.

Para o padre Dionicio Torres, or-ganizador do evento, o fórum acolheu a tarefa de “analisar e ver formas de como gerar espaços mais democráti-cos, onde a participação aconteça de forma mais concreta”. Da CIJ, participa-ram jovens de Fortaleza (CE) e Teresina (PI), além do Ir. Ubiratan Costa.

O jovem brasileiro Thales Costa co-mentou sobre sua alegria em ter encon-trado no Paraguai tantas pessoas de “braços abertos, sorrisos contagiantes e corações solidários”. Para Sara Oli-veira, foram marcantes o orgulho e o sentimento de pertencimento dos pa-raguaios por seu país, que, segundo a jovem, é perceptível devido “à valoriza-ção da cultura local e sua disseminação entre gerações”.

Atentos à realidade que estavam conhecendo, os jovens brasileiros ob-servaram as belezas, as potenciali-dades e os desafios do país. Segundo Sara, “parte da cidade estava alagada e havia em vários lugares famílias mo-rando em casas improvisadas”. O rela-to da jovem evidencia o problema da falta de moradia digna, situação que

piora durante o inverno. Para modifi-car esse contexto, há no Paraguai o projeto “Uma casa para Meu País”, uma ação coletiva de jovens que auxiliam na construção de habitações populares.

A participação dos brasileiros visou fortalecer a Rede Inaciana de Jovens, proporcionando troca de ex-periências. O intuito é possibilitar um comprometimento coletivo na pers-pectiva da construção de soluções criativas frente aos desafios das ju-ventudes na América Latina.

Para Thales Costa, o legado do Fó-rum é o de que “a nossa utopia aumen-te cada vez mais, assim como nosso desejo de mudança, e que isso sempre nos una por um mesmo objetivo: que sejamos hoje um novo Cristo”. A jovem Márcia Rocha compartilhou o desejo de “organizar também um fórum com nossas dificuldades, nossas juventu-des”. Durante a viagem, o grupo de bra-sileiros também conheceu as reduções jesuíticas, localizadas em Santísima Trindad del Paraná.

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A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL NORDESTE

MAGIS Nordeste reúne jovens e jesuítas

A Rede Inaciana de Juventude da BNE promoveu a primeira edição do MAGIS Nordeste, entre os dias 25 e 27 de julho, em Teresina (PI). O encontro celebra um ano do MAGIS Brasil, realizado em julho de 2013. Cerca de 150 jovens, de diversos estados brasileiros, participaram do encontro.

O Pe. Jonas Caprini, coordenador ge-ral do evento, e o Ir. Raimundo Nonato, diretor do Colégio Diocesano, participa-ram da acolhida oficial dos peregrinos. Após a cerimônia, os jovens realizaram um passeio turístico pelo centro da ci-dade. No passeio, tiveram a oportuni-dade de conhecer mais a cultura local e alguns pontos turísticos da capital.

Para a jovem Tarimis, do Piauí, o even-to a ajudou a relembrar o MAGIS 2013. “Eu recordei de tudo, das experiências vividas, dos lugares que conheci e, principalmente, das pessoas com quem convivi”.

Na primeira noite, os jovens participa-ram da Oração de Taizé. Para Marco Ve-nâncio, do Espírito Santo, “a experiência do lucernário foi o auge da celebração da fé dentro do MAGIS Nordeste. Uma expe-riência sem igual, um tempo de saborear a paz, e um lugar de encontro com Deus”.

No segundo dia, os jovens das de-legações apresentaram os trabalhos realizados com a juventude em sua lo-calidade. Para o Ir. Dhekson de Souza, o compartilhamento de informações é importante para a realização dos tra-balhos. “É uma oportunidade de trocar experiências e atividades”, afirmou.

Os jovens também participaram de uma roda de conversa com os padres Miguel Martins Filho, provincial da BNE, e Jonas Caprini, coordenador da área de Juventude e Vocações da Província. Pe. Miguel compartilhou com os peregrinos sua história de vida e vocação. Já o Pe. Jonas, que também é secretário para Juventude e Vocações da BRA, apresen-

tou o projeto MAGIS, de serviço à juven-tude da Companhia de Jesus no Brasil.

Para o jovem Roberval, da Bahia, saber do projeto de juventude da BRA foi muito bom. “Eu pude perceber que os trabalhos não acabam na Companhia de Jesus, mas que estão a serviço da juventude e da Igreja”.

Além da celebração eucarística, o últi-mo dia do MAGIS Nordeste foi dedicado à escuta da juventude. Os jovens tiveram es-paço para dar sua contribuição à missão da Companhia de Jesus. Reunidos em grupos, eles puderam dar sugestões para o traba-lho com juventude no Brasil. Para a jovem Gabriela, do Espírito Santo, a partilha pro-porcionou um espaço de conhecimento. “Aqui, eu conheci diferentes realidades no trabalho com juventude. Essa troca é legal para potencializar esse trabalho.”

“O MAGIS Nordeste foi uma experiên-cia fantástica! Inicialmente, eu percebi que o meu magis tinha se manifestado a partir do momento que eu disse sim a essa pro-posta de saí de casa para enfrentar horas de viagem na estrada. Descobrir o magis me faz pensar e caminhar ainda mais, dei-xando para trás os medos que tanto me prendiam. Cada momento do evento foi essencial para que eu buscasse o melhor de mim. Foi uma experiência libertadora que só quem esteve aqui poderá compar-tilhar com outros irmãos”, conclui o jovem Robson Lima, do Ceará.

Encontro celebrou um ano da realização do MAGIS no Brasil: mais de 150 jovens participaram do evento

“UMA EXPERIÊNCIA SEM IGUAL, UM TEMPO DE SABO-REAR A PAZ, E UM LUGAR DE ENCONTRO COM DEUS”

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45I N F O R M AT I V O D O S J E S U Í TA S D O B R A S I L

CASA MAGIS É INAUGURADA EM TERESINA

Unicap participa de Comitê Contra a Corrupção Eleitoral

No dia 24 de julho, a Com-panhia de Jesus inaugurou a Casa MAGIS em Teresina, Piauí. O espaço está a serviço da juventude e, em sua programa-ção, serão realizadas diversas atividades. Entre elas, haverá formações, lucernários, Exer-cícios Espirituais para jovens, tardes de formação e oração.

A Unicap (Universidade Católica de Pernambuco), a OAB-PE (Ordem dos Advo-gados do Brasil) e a Arqui-diocese de Olinda e Recife reeditaram o Comitê Con-tra a Corrupção Eleitoral. A campanha consistiu na atualização de uma cartilha educativa, que orientará o cidadão a denunciar irregu-laridades durante a campa-nha política.

A COMPANHIA DE JESUS NO BRASIL NORDESTE

CALENDÁRIO BNE | COMPROMISSOS DO PROVINCIAL

22 a 31 de agosto | Expediente na Cúria BNESalvador (BA)

1º a 8 de setembro | Visita as comunidades e obras Fortaleza e Baturité (CE)

8 a 10 de setembro | Expediente na Cúria BNESalvador (BA)

11 a 15 de setembro | Visita as comunidades e obras Feira de Santana (BA) e Capim Grosso (BA)

18 de setembro | Consulta da BNE– Salvador (BA)

17 a 22 de setembro | Expediente na Cúria BNESalvador (BA)

O trabalho da Casa MA-GIS de Teresina será realizado em articulação com outras obras da Companhia de Jesus no Brasil. Atualmente, um dos maiores parceiros da Casa é o Colégio Diocesano, que cedeu e realizou a reforma do espaço.

Na Casa MAGIS, os jovens poderão se encontrar em

O lançamento da carti-lha aconteceu no dia 19 de agosto, na sede do Núcleo de Prática Jurídica da Unicap (Astepi). A primeira edição da campanha foi lançada em 2010, ano em que passou a vigorar a Lei da Ficha Limpa.

A versão 2014 da ação foi estabelecida durante reunião realizada dia 25 de julho, na Reitoria da Unicap. Participa-ram do encontro o reitor da

No espaço, serão realizadas diversas atividades destinadas à juventude

Iniciativa prevê atualização de uma cartilha educativa que orientará o cida-dão a denunciar irregularidades

Unicap, padre Pedro Rubens, o arcebispo de Olinda e Reci-fe, dom Fernando Saburido, o presidente da OAB-PE, Pedro Henrique, e o juiz da propa-ganda eleitoral e professor do curso de Direito da Unicap, Alexandre Freire Pimentel.

Também estiveram presentes Bruno Baptista (secretário da OAB-PE), o coordenador da Astepi, professor Fernando Lapa, e o chefe de gabinete da Reitoria da Unicap, Rodri-go Pellegrino.

momentos de formação, con-vivência, voluntariado e cele-bração da fé. “A Casa MAGIS é um sonho coletivo, que vai se fazendo realidade graças ao trabalho conjunto de jovens e

jesuítas que dedicam sua vida ao serviço e ao amor a juven-tude. Com muita felicidade partilhamos essa Boa-Nova”, afirma Luís Duarte Vieira, no-viço jesuíta do 2º ano.

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BRASIL PROVINCIALADO

a companhia de jesus no

No dia 7 de agosto, dia da celebração do bicentenário de restauração da Compa-nhia de Jesus, o grupo Mu-sica Figurata apresentou o concerto O Barroco da Itália para a América – Missões Jesuíticas, no auditório Dom Luciano Mendes de Almeida, na FAJE (Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia), em Belo Horizonte (MG). O even-to contou com a presença de professores, alunos, funcio-nários e colaboradores da instituição, além de morado-res da região.

Na abertura do evento, o padre Jaldemir Vitório, reitor da FAJE, saudou a plateia de mais de 260 espectadores e agradeceu a participação da Orquestra de Câmara Musica Figurata. Em seguida, cha-mou ao palco o padre Elton Vitoriano Ribeiro, professor do departamento de Filoso-fia, que falou, rapidamente, sobre a história da Compa-nhia de Jesus.

A Jungmann Society, as-sociação dos jesuítas que tem como missão a liturgia, pro-moveu sua 5ª reunião bienal, entre os dias 23 e 28 de junho, na Cidade do México (MEX). Os padres Jacques Trudel, Wa-shington Paranhos, Eliomar Ribeiro, Felipe Soriano e Creô-menes Maciel participaram do encontro, que teve como tema A liturgia e a espiritualidade inaciana/jesuíta. Em 2014, a associação completa 10 anos de fundação.

Segundo o padre Creôme-nes Maciel, o encontro ajudou na reflexão e no questiona-mento sobre o lugar da liturgia na vida apostólica e comunitá-ria. Conferências, partilhas em pequenos grupos, debates no

Após a cerimônia, os mú-sicos, com seus instrumentos antigos, como o cravo, a viola da gamba e violinos barrocos, levaram ao público trio-sona-tas, cantatas e árias de Dome-nico Zipoli e seus discípulos, ilustrando a riqueza da música nas missões jesuíticas na Amé-rica do Sul, no século XVIII.

“Os jesuítas usaram a músi-ca como o meio mais importan-te para a formação e catequiza-ção dos índios. E eles atingiram tal maestria na execução e na construção de instrumentos musicais que, muitas vezes, su-peraram os modelos europeus”, conta Robson Bessa, cravista diretor do espetáculo.

Após a apresentação da Orquestra, os espectadores foram convidados pelo músi-co Robson Bessa a conhecer os instrumentos no palco. Foi um momento para interagir com os profissionais e co-nhecer um pouco mais sobre a história e sonoridade dos instrumentos.

plenário, momentos de imer-são cultural, troca de experi-ências e celebrações litúrgicas fizeram parte da programa-ção. “A reunião é sempre um momento privilegiado de reu-nir jesuítas de diversos luga-res do mundo, que assumem a liturgia como um lugar de vida e missão”, afirmou o jesuíta.

A participação dos jesuí-tas do Brasil “manifesta nos-so desejo de melhor servir a missão de Cristo. Embalados, pois, por esse Espírito, retor-namos aos nossos apostola-dos, inflamados pelo desejo de amar e servir cada vez mais aqueles a quem somos enviados, através da celebra-ção da memória do Senhor”, conclui padre Creômenes.

CONCERTO MUSICAL NA FAJE

JESUÍTAS PARTICIPAM DE ENCONTRO NO MÉXICO

CALENDÁRIO BRA 25 a 30 de agosto | Visita do Pe. Palácio aos profes-sores da FAJE – Belo Horizonte (MG)

2 de setembro | Conselho de Transição – Rio de Ja-neiro (RJ)

8 e 12 de setembro | Encontro de Diretores Acadê-micos dos Colégios Jesuítas – Quito (Equador)

8 e 13 de setembro | Visita do Pe. Palácio ao Novicia-do – Feira de Santana (BA)

16 a 24 de setembro | Exercícios Espirituais na BRM – Morro das Pedras (SC)

Cerca de 260 pessoas participaram da apresentação

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Viva Santo Inácio!Jesuítas, fiéis, colaboradores e obras

da Companhia de Jesus celebraram, em 31 de julho, o dia de Santo Inácio de Loyo-la, fundador da Companhia de Jesus.

Cerca de 200 pessoas partici-param da missa festiva de Santo Inácio de Loyola, na igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Manaus. O momento também foi de Ação de Graças pelo bicentenário de restauração da Companhia de Jesus, celebrado em 7 de agosto. A missa, presidida por dom Mário Antônio da Silva, bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus, foi concelebrada pelos padres jesuítas, diocesanos e reli-giosos presentes.

O CIES de Salvador (Centro Ina-ciano de Espiritualidade) promoveu a atividade Semana com Inácio, en-tre 24 e 27 de julho, o evento con-tou com dias de oração, formação e interiorização. No dia 31, os alunos do Colégio Antônio Vieira homena-gearam o fundador da Companhia de Jesus encenando passagens marcantes da sua trajetória. As apresentações aconteceram em formato de peças teatrais, dança e música. No final do dia, o bispo auxi-liar da Arquidiocese, dom Estevam dos Santos, presidiu uma Missa em Ação de Graças no Santuário Nossa Senhora de Fátima, localizado no espaço externo do Colégio.

AMAZONAS

BAHIA

Missa em Ação de Graças reuniu jesuítas e fiéis no Santuário Nossa Senhora de Fátima

Alunos do Vieira interpretaram passagens da vida de Inácio

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Alegria. Esse foi o tom das celebrações promovi-das em Fortaleza, em ho-menagem a Santo Inácio. A Comunidade São Luiz Gonzaga, a Casa Inaciana da Juventude (CIJ) e a Paró-quia Cristo Rei realizaram diversas atividades come-morativas, como a novena e o Tríduo. No dia 31, jesuítas, leigos e leigas da Paróquia

Entre os dias 26 e 31 de julho, o CCB (Centro Cultu-ral de Brasília) promoveu mais uma edição da Sema-na Inaciana, que este ano homenageou Santo Inácio de Loyola e São José de Anchieta, canonizado em abril, pelo papa Francisco. Na programação, havia di-

A CAJU, o Centro Loyo-la e a Paróquia Santa Geno-veva, em Goiânia, promo-veram o Tríduo Inaciano, entre os dias 28 e 30 de julho. Os três dias de ora-ção anteciparam a Festa de Santo Inácio de Loyola,

CEARÁ

DISTRITO FEDERAL GOIÁS

Dom Rosalvo Cordeiro de Lima presidiu cerimônia no Colégio Santo Inácio

Cristo Rei e da CIJ partici-param de uma Missa Sole-ne. Após a cerimônia, todos compartilharam um belo jantar. Na parte da manhã, o bispo auxiliar de Fortale-za, dom Rosalvo Cordeiro de Lima, presidiu a Missa em Ação de Graças para a comunidade educativa do Colégio Santo Inácio.

versas atividades, dentre elas a Caminhada Inaciana e o Cine-Fórum. No dia 31, todos se reuniram para a Missa Solene, realizada na capela do CCB. A celebra-ção contou com a presença do bispo auxiliar da Arqui-diocese de Brasília, dom Valdir Mamede.

realizada dia 31 de julho, na Paróquia. Liberdade Espi-ritual, Generosidade e os 200 anos de restauração da Companhia de Jesus fo-ram os temas abordados durante o Tríduo.

CCB promoveu Caminhada Inaciana em Brasília

Bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília participou da celebração

Tríduo Inaciano em preparação para a Festa de Santo Inácio

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No dia 31, em Belo Ho-rizonte, os jesuítas da Re-sidência Irmão Luciano Brandão celebraram o dia de Santo Inácio de Loyola reunidos com muita alegria. Na FAJE (Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia), uma celebração contou com a pre-sença de dezenas de fiéis e da comunidade da instituição. Em Santa Rita do Sapucaí, a ETE promoveu três Celebra-ções Eucarísticas ao longo do dia. As comemorações foram encerradas à noite, com uma confraternização.

No dia 1º de agosto, a Pa-róquia São Francisco Xavier, em BH, organizou uma noite

No dia 31, a Comunida-de dos Jesuítas de Belém recebeu a visita dos bispos dom Alberto Taveira Cor-rêa, arcebispo metropolita-no; dom Teodoro Mendes, bispo auxiliar da Arquidio-cese; dom Irineu Roman, bispo auxiliar; e dom Vicen-

MINAS GERAIS PARÁ

cultural com os jovens da comunidade e, no dia 2, uma Missa Solene, presidida pelo pároco, padre Marco Antonio Lima. Para celebrar, o Colégio Loyola promoveu a 3ª Cami-nhada Inaciana, no dia 2 de agosto. No dia 9, mais de 90 pessoas de obras da Compa-nhia de Jesus participaram de um encontro muito especial. A vida de Santo Inácio foi re-lembrada por representantes do Colégio Loyola; do Centro Loyola de BH; das paróquias Santíssima Trindade-Santa Luzia e São Francisco Xavier; do Fé e Alegria de Santa Luzia e de Montes Claros; e da Cre-che Caiçaras.

te Joaquim Zico, arcebispo emérito. Em Belém, tam-bém foi realizada a Sema-na Inaciana, encerrada no dia 7 de agosto, data em que foi celebrada a missa de Ação de Graças pelos 200 anos de restauração da Companhia de Jesus.

Semana Inaciana reuniu a comunidade e jovens da região

Celebração na FAJE

Caminhada Inaciana reuniu mais de 150 pessoas

Jesuítas da Residência Ir. Luciano Brandão Alunos da ETE

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A Unicap comemorou o dia de Santo Inácio de Loyola com uma celebra-ção eucarística presidida pelo reitor, padre Pedro Rubens, e concelebrada por outros jesuítas. A mis-sa foi celebrada na capela da instituição, recente-mente remodelada. O projeto foi assinado pelo artista plástico Cláudio Pastro, que, desde 1975, se dedica à arte sacra. Uma homenagem ao padre Ja-cques Trudel, conhecido como padre Jaime, tam-bém marcou a data. O je-suíta celebrou 60 anos de Companhia de Jesus.

A Área Pastoral Santo Inácio de Loyola, em Tere-sina, realizou uma novena em homenagem a Santo Inácio. No dia 31, após a celebração da missa, o arcebispo dom Jacinto

Em Curitiba, a comuni-dade educativa do Colé-gio Medianeira comemo-rou o dia de Santo Inácio de Loyola no Salão Nobre da instituição, no dia 30 de julho.

PERNAMBUCO

PIAUÍ

PARANÁ

No dia de Santo Inácio, padre Jacques Trudel recebeu uma homenagem pelos 60 anos na Companhia

O arcebispo de Teresina, dom Jacinto Furtado, presidiu a celebração

Furtado leu o decreto de criação da Paróquia Santo Inácio de Loyola. Agora, a Área Pastoral passa a ser paróquia e será adminis-trada pelo padre José An-drés Fayos.

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O dia do fundador da Companhia de Jesus foi diferente no Colégio Santo Inácio. Durante todo o dia, os alunos participaram de uma grande festa, com recreios estendidos para a participação de todos. Aconteceram muitas brincadeiras e interação en-tre os alunos, além de apresentações culturais. À noite, toda a comunidade educativa foi convidada a participar da Missa Solene, presidida pelo pa-dre Carlos Palácio, provincial do Bra-sil, na Igreja de Santo Inácio.

Em Itapiranga, o padre Albano Körbes presidiu a Missa em Ação de Graças, organizada pelas Paróquias de Itapiranga e São João do Oeste. Após a cerimônia, todos almoçaram no Memorial dos Jesuítas. Um dia festivo e de partilha.

Para homenagear Santo Inácio, o Pa-teo do Collegio promoveu a Semana Ina-ciana e uma Missa em Memória, no dia 3 de agosto. No Colégio São Francisco Xa-vier, os alunos, professores e funcioná-rios participaram de uma celebração na capela da instituição. Na Paróquia São Luís Gonzaga, a Missa Solene reuniu dezenas de pessoas, entre paroquianos, visitantes e membros de obras jesuíti-cas espalhadas por São Paulo. Durante a celebração, foram entronizados no altar diversos estandartes dos santos e padres jesuítas que desenvolveram mis-sões pelos continentes.

RIO DE JANEIRO

SANTA CATARINA

SÃO PAULO

Paróquia São Luís Gonzaga realizou Missa Solene

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ANIVERSÁRIOS

AGOSTO

Esc. Charles Pissinatti – BRCPe. Danilo Aparecido Mondoni – BRC

Pe. Anísio Ribeiro da Silva – BRC

Pe. Domingos Mianulli – BNEPe. Nelson Lopes da Silva – BRC

Ir. Ambrósio Immig – BRM

Ir. Antônio Ribeiro Martins – BNEEsc. Bruno Nasc. de Macedo Torres – BAMPe. Idinei Augusto Zen – BRMPe. Jonas Elias Caprini – BNE

Pe. João Marcos Schneider – BRMIr. Orival Bonicoski – BRM

Esc. Gilmar Pereira da Silva – BRCIr. Inácio Schneider – BRMPe. Luiz Carlos Sureki – BRMIr. Paulo Welter – BRMPe. Pedro Ignacio Schmitz – BRM

Pe. Benjamin Bartolic – BNE

SETEMBRO

Pe. Luciano Fozzer – BNEPe. Mieczyslaw Smyda – BRCPe. Paulo de Arruda D’Elboux – BRC

Pe. Afonso José Birck – BRMIr. Joaquim Camilo Neto – BRM

Pe. Jaldemir Vitório – BNE

Pe. Johan M. Herman Jozef Konings – BRMPe. Rafael Lería Ortega - BOL

Pe. Carlos Alberto Jahn – BRMPe. Dionel Lopes Amaral – BAMIr. Izidoro Lourenço Freiberger – BRM

Esc. Tárcio Luiz Ferreira dos Santos – BNE

Pe. Dionysio Seibel – BRMPe. Estanislau da Kostka e Silva – BRCPe. José Acrizio Vale Sales – BNE

Ir. Noel Xavier do Nascimento – BRC

Pe. José Sciberras – BNE

Pe. Claudio Paul – BRMIr. Eugênio V. Kochhann – BRMPe. Licurgo Tamiozzo – BNE

Pe. Silvino Pedro Rabuske – BRM

Pe. Gilberto Oliveira Versiani – BRCPe. Silvino Arnhold – BRM

Pe. Genilson Lopes Neri – BAMPe. José Renato Schaefer – BRMPe. Mauricio Murillo Alvarado – CAM

Pe. Luiz Gonzaga Gomes de Almeida – BNEIr. Pedro Ernane Gomes – BNE

Pe. Delmar Araújo Cardoso – BAMPe. Edward G. Francis Benya – NOR/BNE

Pe. Antônio Tabosa Gomes – BNEEsc. Bruno William Recio Franguelli – BRC

Esc. Mariano Torres Vargas – MEX

D. Alessio Saccardo – BAMPe. Germano Cord Neto – BRCEsc. Milciades González Spíndola – PARPe. Motoyasu (José) Furusawa – BRCDiác. Silas Moésio Maciel Silva – BAM

Pe. Eugênio Pacelli Correia Aguiar – BNE

Pe. Darly Luís de Almeida – BNE

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11 de setembroPe. Spártaco Francesco Ciccotti – ITA75 anos de Companhia

JUBILEUS

14 de setembroPe. José Luis Fuentes – BRC60 anos de Companhia

14 de setembroPe. Luís Muraro – BAM 60 anos de Companhia

31 de agostoIr. Frederico Helmuth Kerber – BRM 70 anos de Companhia

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