Em Defesa Da Bíblia

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Em defesa da Bíblia Celso de Carvalho Nunca, na história mundial, a literatura tentou desmentir, com tanta veemência, a veracidade da Bíblia. São muitas as publicações com este fim: The Jesus Family Tomb (O túmulo da família de Jesus); A Bíblia não Tinha Razão (de Israel Finkelstein e Neil Asher Silberman); Deus, um Delírio (Richard Dawkins), entre outros. Para apontar as principais evidências dos evangelhos, o professor Rodrigo P. Silva lançou no mês de outubro o livro Escavando a Verdade: a Arqueologia e as Incríveis Histórias da Bíblia. Na publicação, ele prova que os fatos citados na Bíblia, de fato, aconteceram. O professor, que tem doutorado em Teologia Bíblica e fez estudos de pós- doutoramento em Arqueologia pela Andrews University (EUA), preparou um livro que, usando uma linguagem simples e abalizada, traz o bê-a-bá da arqueologia bíblica. “É um livro popular sem ser popularesco. Percebi que muitas pessoas buscavam esse tipo de informação através da internet. Compilei toda essa pesquisa num único material”. Seu segundo livro – ele já escreveu Arqueologia e Jesus, que está na 3ª edição – é fruto de dez anos de pesquisas e escavações em países como Israel, Espanha, Sudão e Jordânia, traz ilustrações e uma seqüência baseada na cronologia que aparece na Bíblia. A publicação tem também uma proposta apologética, expondo um contraponto a alguns ataques à fé cristã que foram divulgados recentemente no meio acadêmico e na imprensa. Rodrigo Silva tem doutorado em Teologia Bíblica e fez estudos de pós-doutoramento em Arqueologia nos Estados Unidos Para Rodrigo, que também é curador do Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork (em Engenheiro Coelho, a 100 km de Campinas, SP), durante muito tempo a igreja ficou quieta diante desses ataques, muitas vezes, por falta de argumentos. Retratos de fa R$ 11.90 Amor Radical R$ 14.93 Finanças com p R$ 15.90

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Em defesa da BíbliaCelso de Carvalho

Nunca, na história mundial, a literatura tentou desmentir, com tanta veemência, a veracidade da Bíblia. São muitas as publicações com este fim: The Jesus Family Tomb (O túmulo da família de Jesus); A Bíblia não Tinha Razão (de Israel Finkelstein e Neil Asher Silberman); Deus, um Delírio (Richard Dawkins), entre outros. Para apontar as principais evidências dos evangelhos, o professor Rodrigo P. Silva lançou no mês de outubro o livro Escavando a Verdade: a Arqueologia e as Incríveis Histórias da Bíblia. Na publicação, ele prova que os fatos citados na Bíblia, de fato, aconteceram.

O professor, que tem doutorado em Teologia Bíblica e fez estudos de pós-doutoramento em Arqueologia pela Andrews University (EUA), preparou um livro que, usando uma linguagem simples e abalizada, traz o bê-a-bá da arqueologia bíblica. “É um livro popular sem ser popularesco. Percebi que muitas pessoas buscavam esse tipo de informação através da internet. Compilei toda essa pesquisa num único material”. Seu segundo livro – ele já escreveu Arqueologia e Jesus, que está na 3ª edição – é fruto de dez anos de pesquisas e escavações em países como Israel, Espanha, Sudão e Jordânia, traz ilustrações e uma seqüência baseada na cronologia que aparece na Bíblia. A publicação tem também uma proposta apologética, expondo um contraponto a alguns ataques à fé cristã que foram divulgados recentemente no meio acadêmico e na imprensa.

Rodrigo Silva tem doutorado em Teologia Bíblica e fez estudos de pós-doutoramento em Arqueologia nos Estados Unidos

Para Rodrigo, que também é curador do Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork (em Engenheiro Coelho, a 100 km de Campinas, SP), durante muito tempo a igreja ficou quieta diante desses ataques, muitas vezes, por falta de argumentos.

O tijolo de Nabucodonosor com a inscrição composta de três linhas era, na verdade, um cuneiforme neobabilônico usado pelos caldeus nos dias do profeta Daniel

“Um jovem, quando entra na universidade, é confrontado pelos professores, principalmente nos cursos de História, Filosofia e Geologia, com livros que tentam desdenhar a Bíblia. Através da arqueologia, provo

Retratos de famíliaR$ 11.90

Amor RadicalR$ 14.93

Finanças com propósitoR$ 15.90

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que as Escrituras Sagradas não são um livro de fantasias e que vale ir à Escola Bíblica Dominical estudá-la”. O livro traz ainda fundamentos sobre a existência do êxodo hebraico, da conquista de Canaã, da queda das muralhas de Jericó, dos reis de Israel e do cativeiro babilônico.

Lâmpada a óleo do tempo de Abraão. A peça faz parte da coleção do Museu Paulo Bork Rodrigo não tem apenas referências, tem provas. Uma delas caiu, ainda que involuntariamente, em

suas mãos: um legítimo tijolo babilônico, dos tempos de Daniel, que comprova a existência histórica do famoso rei Nabucodonosor. Tudo começou há 25 anos, quando um projetista brasileiro foi enviado ao Iraque para dar assessoria temporária a uma firma de construção civil. Era seu costume caminhar nas tardes de sábado pelas ruínas de Babilônia que ficam a céu aberto, não muito longe da capital, Bagdá. Entre os milhares de cacos de barro e pedras antigas que ainda jazem no lugar, um pedaço de tijolo lhe chamou a atenção. Ele continha estranhas letras que certamente representariam uma antiga inscrição. Um soldado iraquiano que se tornara seu amigo permitiu que ele trouxesse o tijolo como uma espécie de suvenir das terras iraquianas.

Ídolos fenícios de 800 anos antes de Cristo De volta ao Brasil, o projetista acabou desistindo de ficar com o objeto e, em 1988, o doou ao pastor

Paulo Barbosa de Oliveira, que o usaria para fins didáticos em aulas de Bíblia. Sempre que ia falar das profecias de Daniel, ele levava o tijolo e comentava sua procedência. Jubilado, esse pastor resolveu mudar-se para as redondezas da cidade de Engenheiro Coelho e se desfazer do tijolo. Ao saber disso, Rodrigo fez contato para que o item fosse doado ao museu. O professor percebeu, ao ver de perto o tijolo, que a inscrição composta de três linhas era, na verdade, um cuneiforme neobabilônico usado pelos caldeus nos dias do profeta Daniel. A descoberta fez com que em 2002, Rodrigo fosse entrevistado no programa do Jô

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Soares e ganhasse espaço na mídia religiosa.

Nos arredores de Jerusalém, Rodrigo pesquisa um antigo túmulo dos tempos de Cristo

SEMINÁRIO INTERNACIONAL Para defender sua visão, o PHD participou do 1º Seminário Internacional sobre Jesus Histórico na

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), nos dias 16 e 18 de outubro, lado a lado com o estudioso Dominic Crossan, professor da DepAul University (EUA) e autor de vários livros sobre Jesus. Crossan ficou famoso no Brasil pela publicação de seu livro A Última Semana, no qual defende uma figura diferente do Cristo bíblico, retratando-o como um mero revolucionário social.

Em Israel, o arqueólogo encontra vaso de argila de 2000 anos antes de Cristo A palestra do professor Rodrigo, intitulada “Narrativa evangélica: mito ou história real?”, procurou

apontar as principais evidências internas dos evangelhos que nos levam a crer que os mesmos descrevem fatos reais. Ele foi um dos poucos a defender uma visão mais conservadora de Jesus, já que, atualmente, entre os estudiosos do cristianismo, predominam as idéias do iluminismo alemão do século 18, que procuraram separar o “Jesus histórico” do “Cristo da fé”.

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