Em Familia nº31

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Ano 35 | n° 31 | maio e junho 2012| São Paulo | SP Inspetoria Santa Catarina de Sena acervo de práticas soluções que transformam “O futuro que queremos” Rio+20

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Informativo das Filhas de Maria Auxiliadora da Inspetoria Santa Catarina de Sena - São Paulo

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Ano 35 | n° 31 | maio e junho 2012| São Paulo | SP

Inspetoria Santa Catarina de Sena

acervo de práticassoluções que transformam

“O futuro que

queremos” Rio+20

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“Não poderia ter vindo à

Inspetoria de São Paulo sem

estar com vocês, caso contrário, teria faltado o essencial, pois, sem vocês, não podemos fazer

nada.”

Madre Yvonne Reungoat

aos jovens por ocasião de

sua visita a SP

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“Graças, sonhos, desafios e dons”Editorial

CartaS

omo é bom viver intensamente o tempo que nos é dado! Saboreá-lo como “kairós - tempo de graça”, colocando a cada instante nossa “pedrinha” na construção do Monumento vivo de grati-dão à Virgem Auxiliadora -nossa Inspetoria, Instituto- e ao mesmo tempo colaborando na edificação da “civilização do amor” mediante a ação educativo-evangelizadora sonhada por Dom Bosco e Madre Mazzarello.

Olhar para trás com carinho, revendo o “álbum da história de nossa Família religiosa” elaborado em terras brasileiras ao longo destes 120 anos de “graças, sonhos, desafios e dons”, é realmente como-vedor.

Leiam sob este prisma os artigos que nos contam como foram as “Celebrações da Festa de Maria Auxiliadora em nossos ambientes educativos, o reconhecimento e gratidão pública da “missão educativa salesiana” desen-volvida em São Paulo por nossas Irmãs e educadores, demonstrada mediante a entrega da “Salva de prata” durante a bela Cerimônia ocorrida no Liceu Coração de Jesus e ratificada continuamente por sempre novas parcerias com Instituições que apostam em nosso trabalho e conosco buscam ajudar o desenvolvimento humano-cívico-cristão de crianças e jovens de nossas Obras Sociais.

Reconhecemos que a missão é sempre maior que nossas forças e capacidades, mas temos também plena convicção de que apesar das dificuldades, dos desafios que às vezes parecem nos submergir, não nos faltam a “confiança e o entusias-mo” de quem nos apóia e ajuda diretamente e de todos os que continuam entregando a própria vida na busca de facilitar e construir a “vida” de crianças e jovens -desde a ajuda material aos mais carentes e necessitados aos que buscam novos horizontes e oportunidades de “vida” nos ambientes de nossas Faculdades- . É o que vocês poderão comprovar lendo as reportagens sobre Monsenhor .Filippo, a missão desenvolvida por Ir. Valéria, no Haiti, e o Encontro das Instituições de Ensino Superior das FMA.

Muito teremos a aprender ainda, com a reportagem sobre o Rio +20 nas páginas que se seguem. Exemplos de “co-operativa de reciclagem, baú de leitura, economia solidária” e outros, poderão sugerir novas idéias em nossos trabalhos!

A todos, boa leitura!

Parabéns, pelo MARAVILHOSO “Em Família” que marca a celebração histórica e abençoada dos 120 anos de presença das FMA no Brasil, com a presença materna e alegre da nossa querida Madre Yvonne Reungoat. A Festa continua na vida e no coração de todas nós. Abraço e preces.

Ir. Antonia Brioschi – Inspetora Campo Grande

Obrigada e Parabéns pela beleza do EM FAMÍLIA! Documento precioso de um ano muito especial na caminhada da

Inspetoria e na vida de todas as outras que brotaram da mesma raiz. No nosso coração a esperança de que a Madre venha ver outros horizontes, em breve! Abraços,

Ir. Joanna D´Arc Fontes – Belo Horizonte

Bellissimo! Grazie per l’invio dell’ultimo numero di EM FAMILIA. Benediciamo insieme il Signore per la presenza dell’Istituto in Brasile e per la visita della Madre. Ti auguro sante novene e feste di Maria Ausiliatrice e di Pentecoste. Un abbraccio...guardando Mornese!

Sr. Anna Zucchelli

Ho ricevuto il bellissimo “EM FAMILIA” ricco di una documentazione stupenda.

Grazie di cuore. Ti chiedo di ringraziare a nome mio l’Ispettrice Sr. Vilma e le persone che hanno realizzato il Giornale.Il Signore benedica te, tutte le sorelle, i giovani. Grazie ancora dell’esperienza vissuta insieme. E’ molto viva nel mio cuore. Non la posso dimenticare. Santa festa della Visitazione di Maria.Un abbraccio con tutto il mio affetto.

Sr. Yvonne Reungoat - Madre Geral das FMA

Recordar é viver... E viver faz a vida crescer!A presença da Madre entre nós nos ajuda a viver mais intensamente nossa vocação de FMA. Abraços,

Ir. Rosa Idália – Inspetora BRJ

C

Ir. Vilma Bertini, Inspetora

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Sumário

ExpEdiEntE

Relembre e fique sabendo o que aconteceu em nossas comunidades, programe-se

para as próximas atividades. Divirta-se, emocione-se,

Em Família.

História As ra zes de nossa históriaNas Escolas Rede Salesiana de EscolasPresença Rede Salesiana de Ação SocialInsieme Família SalesianaNa Vibe JovensMulher em Pauta Tráfico HumanoHomenagem Coração de JesusSem Fronteiras HaitiCapa Expectativas sobre o mundoÉ Festa AniversariantesPrograme-se AgendaLembrança

Redação e produção Ir. Maria de Lourdes Macedo Becker e Patrícia RussoProjeto gráfico Afonso AvanciniCapa Casa Betânia - Guaratinguetá Foto: Moisés MoraesRevisão Ir. Edméa Beatriz BattagliaFotos Moisés Moraes e arquivos locaisColaboração Comunidades da Inspetoria Santa Catarina de SenaApoio Ir. Maria de Lourdes FidelisContato [email protected]

família SalESiana

A Família Salesiana recebe premiação da Câmara Municipal pela Presença Educativa na Cidade de São Paulo

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Em visita à Feira do Livro em Ribeirão Preto, Leonardo Boff é acompanhado por Ir. Adair Sberga e fala sobre seu trabalho

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na vibE

Rumo à JMJ 2013 a Pastoral da Juventude a todo vapor

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As Celebrações de Nossa Senhora Auxiliadora traduziram o clima salesianonas presenças educativas das FMA

EM FAMÍLIA | Ano 35 | nº 31Centro de Comunicação Marinella Castagno

Rua Três Rios, 362, Bom Retiro01123-000 São Paulo | SPTel. 55 11 3331 7003www.salesianas.org.br

Em Família é um boletim que divulga e informa sobre o cotidiano das comunidades das Filhas de Maria Auxiliadora na Inspetoria Santa Cata-rina de Sena e suas frentes de trabalhos.

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As raízes

de nossa

históriaIr. Maria de Lourdes M. Becker

O grande intermediador da vinda das Salesianas para o Brasil foi Monsenhor João Filippo, nascido em 1845, em São Vicenzo de Cosenza, Itália, que após a sua ordenação sacerdotal escolheu o Brasil, mais precisamente, a cidade de Guaratinguetá, no Estado de São Paulo, como seu campo de missão e apostolado sacerdotal.

Monsenhor Filippo é descrito, por alguns historiadores de Guaratinguetá, como benfeitor da cidade e alguém com auto-ridade junto à população pobre e à camada dos aristocratas, os proprietários rurais, donos de fazenda de café. Para melhor atendimento da população, patrocinou reformas de igrejas, ampliação e melhoramentos no prédio da Santa Casa de Mi-sericórdia, fundação do Asilo de Santa Isabel. Preocupado com a educação fundou um colégio para meninos e construiu o Colégio do Carmo para as meninas e, mais tarde, a Casa do Puríssimo Coração de Maria.

Monsenhor Filippo, durante a construção do Colégio, manteve-se em contato com Dom Lasagna, Inspetor Geral das Mis-sões na América, encarregado da expansão da obra salesiana nos países da América do Sul, por intermédio dos Salesianos estabelecidos no Rio de Janeiro, e solicitou-lhe a presença das Filhas de Maria Auxiliadora no Brasil, mais precisamente, em Guaratinguetá, oferecendo o Colégio para acolher as tão esperadas educadoras segundo o espírito de Dom Bosco, assim descrito por ele no primeiro “Programa do “Collegio de Nossa Senhora do Carmo para Meninas dirigido pelas Irmãs Filhas de Maria Auxiliadora – Guaratinguetá – Estado de São Paulo –1891”:

“(...) O Collegio de Nossa Senhora do Carmo, cuja construção fora iniciada em 1887 e terminada em 1891, ergue-se sobre trezentos palmos de comprimento e cento e quarenta e cinco de largura. É defendido das faíscas electricas por três para-raios de superior qualidade, com boquel de ponta de platina, sendo um de seis metros, outro de quatro metros e outro de três com corda conductor ligando o para-raio da torre aos

outros até a chapa do edifício, sendo a corda de sete cordões de sete fios cada um. O Collegio é um sobrado que tem acomodações para mais de 400 meninas, com vastíssimos salões perfeitamente arejados reunindo todos os requisitos das mais escrupulosa hygiene, servido por uma

canalisação de água potável de primeira qualidade e abundante, exclusivamente do Collegio. No centro há uma área espaçosa no meio da qual levanta-se uma colunna que serve de chafariz. A Capella é de optimo gosto, elegante, avarantada podendo as alunnas ouvir missa

e assistir aos demais officios do culto, do pavimento superior. A torre tem 135 palmos de altura, em cuja summidade ostenta majestosa a imagem da Padroeira. Possue, o Estabelecimento, excelentes recreios todos murados e grande terreno banhado por um ribeirão.

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As raízes

de nossa

história

Collocado sobre uma bonita collina, o Estabelecimento, oferece uma perspectiva encantadora, e uma vista esplendida por todos os lados. A escolha do local não podia ser melhor; é dous passos da cidade, e ao mesmo tempo retirado do bolício da multidão, e do tumulto da praça, e è sobre modo saudável. O Collegio tem acomodações para mais de 400 alumnas internas, o seu futuro será o mais risonho possível, prestará

os mais assingnalados serviços à causa da Religião e da Pátria, que è uma e a mesma coisa, à educação e instrucção das meninas de todas as classes sociaes, e principalmente das pobres, orphas e desvalidas entregues aos cuidados e ao zelo incommensuravel das illustradas e virtuosas

Irmãs Filhas de Maria Auxiliadora, Congregação instituida pelo santo sacerdote D. João Bosco (...)”

Dom Lasagna apresentou a Dom Rua o pedido de Dom Bosco, então Superior da Congregação, que aceitou a solici-tação e a generosa oferta de Monsenhor João Filippo.

O primeiro “Programa do “Collegio de Nossa Senhora do Carmo para Meninas dirigido pelas Irmãs Filhas de Maria Au-xiliadora – Guaratinguetá – Estado de São Paulo – 1891” foi elaborado por Monsenhor Filippo e elencava as disciplinas a serem ministradas, as condições de admissão, o enxoval e os

objetos de toillete solicitados às futuras alunas:Apesar de todo o esforço de Monsenhor Filippo para

construir o Colégio do Carmo, para trazer as Filhas Maria Au-xiliadora para o Brasil, não foi poupado de duras críticas e sofrimentos que não podemos negar diante de uma carta que Monsenhor enviou para um determinado senhor, cujo nome não é citado. (carta p. 103 do livro)

“Ilmo. Sr. Boas Festas

Visitei V.Sª em 1886, pedindo-lhe esmola para fundar uma casa de educação nesta cidade. Visito-o hoje e peço-lhe a esmola de ler o que diz respeito a essa fundação já realizada e que se chama Colégio Nossa Senhora do Carmo.Ninguém ignora as tempestades movidas contra mim por ocasião dessa fundação. Falou-se muito...e tudo ouvi calado, esperando pelo dia da justificação que é agora que reverente apresento ao público os livros de entrada e saída, de receita e despesas, e peço a todos (em nome de Deus e da Virgem do Carmo) a caridade de lerem e examinarem bem esses documentos para que todos sejam juízes.Ofereço mais, juntamente a esses documentos a avaliação das mesmas obras feitas pelos distintíssimos senhores engenheiros, doutores Benedito Vieira de Campos e Justin Norbert.Apresentei ao público não somente o estabelecimento que prometi fazer, mas ainda o necessário para poder-se inaugurar e funcionar; descobrimento e canalização de água, etc. Apresentei obra completa em muito pouco tempo e pela terça parte menos do que a avaliação de todos, como justifico pelos documentos atestados já referidos; e para chegar a esse estado no curto espaço de três anos e poucos meses. O que não me custou!Abandonei meus interesses, larguei tudo, estudei e fiz todas as economias possíveis; tomei compromissos com os capitalistas e levei as obras sem parar um dia; trabalhei com minhas próprias mãos, me confundi com os operários, minhas vestes sacerdotais seguidamente sujas e laceradas pelo contato dos materiais e molhadas pelo suor; o reboque e os tijolos, frequente vezes, receberam o sangue de minhas feridas mãos!Os companheiros operários são testemunhas. E quantos trabalhos, sacrifícios, insônias, humilhações, vexames, privações e até fome! Deus o sabe! E tudo isso tem sido qualificado e apregoado por ladroeira, especulação, etc! A ingratidão é a chaga mais doída do mundo e é com que sempre os do mundo remuneram seus servidores!Atacaram-me por todos os modos, tomaram até o expediente de publicar aos quatro ventos (para que ninguém me atendesse) ser eu comerciante dessa praça. Contra essa calúnia protestei pelos jornais desta cidade em 1888 e torno sentidamente a protestar hoje e considero essa leviandade a maior injúria e injustiça que se tem me procurado fazer. (...)Os livros que tratam dessas obras são sete e ficam à disposição do respeitável público por esta ordem: vinte dias em frente ao portão do colégio das sete da manhã às seis da tarde; um mês na anteporta principal da matriz e nas mesmas horas, a começar do Domingo da Ressurreição.Nada recebi que não conste dos referidos livros, se alguém souber do contrário, fale e restituirei cento por cento.Declaro (em desementida aos que, para deprimirem a minha dedicação, propalaram que recebia ordenado pelo meu serviço) que de ninguém recebi incumbência dessa obra: foi minha deliberação em 29 de junho de 1886, aniversário do meu batismo, em reconhecimento a Deus e à sua divina Mãe, a Imaculada Virgem do Carmo, sob cuja proteção nasci.De ninguém, portanto, recebi nem espero receber remuneração alguma. Tudo fiz e continuo a fazer gratuitamente; o ordenado de que fui julgado merecedor e que recebi desses senhores próximos é o que todos sabem: uma coroa de impropérios! Cansei e envelheci em trabalhar para dotar Guaratinguetá com esse melhoramento, e estou cansado de justificar a minha inocência!Como isto é doído! E por que razão tanto alarido?(...) Peço a Guaratinguetá que queira bem seu colégio; ele representa a minha boa vontade em lhe querer prestar bom serviço. Fiz o que pude e espero lhe ser ainda útil.O colégio está feito, é verdade, mas as paredes não fornecem o necessário para a vida aos que nele habitam; não tem patrimônio, é pobre, e o que recebe das alunas pensionistas mal dá para o custeio da casa; e mesmo assim (além da grande utilidade que por ele vem a Guaratinguetá) oferece ao público um externato gratuito e conserva internas um bom número de meninas pobres; merece, portanto, ser querido e auxiliado para que possa prestar ainda serviço melhor. (...)Permita o Sagrado Coração de Jesus que o Colégio Nossa Senhora do Carmo possa receber e educar só meninas pobres. É o que as virtuosas e ilustradas irmãs que o dirigem e eu muito desejamos.Espero que a distinta e religiosa Guaratinguetá não despreze o meu pedido. Nada peço para mim, tudo fiz e tudo peço para Guaratinguetá; é a ela que recomendo o colégio como pai extremoso em ato de fazer longa viagem, a seu íntimo amigo entrega e recomenda o seu querido filhinho. E eu, pois, enquanto vivo e ainda depois de morto, não cessarei de dirigir fervorosas súplicas a Jesus Cristo e a Nossa Senhora do Carmo para que abençoem e sempre protejam Guaratinguetá, preservando-a de todos males, fazendo-a seu escolhido e querido povo.Guaratinguetá, 25 de março de 1893. João Filippo.”

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Auxiliadora de Ribeirão realiza a Gincana Mariana

No dia 24 de maio, após um “bom dia” salesiano sobre as “proezas” de Nossa Senhora na vida de Dom Bosco, foi realizada a animadíssima Gincana Solidária, Esportiva e Cultural no Colégio Auxiliadora, coordenada pelo Ensino Médio.

Houve muita participação com o envolvimento de todos os alunos. Nos pátios, podia-se observar o clima de felicidade, partilha, convivência, fraternidade e fé. A Gincana para os pequenos da Educação Infantil foi também muito divertida e preparada segundo seus interesses e possibilidades.

Além da diversão, houve a venda de pizzas para colaborar com o Haiti e foram arrecadados alimentos, que serão entregues às entidades que cuidam de jovens em tratamento, buscando superar a dependência do álcool e das drogas.

Os alunos puderam externar , de forma concreta, o sentimento que têm como cristãos e filhos da Auxiliadora.

Em comemoração aos festejos de Nossa Senhora Auxiliadora, no dia 26 de maio, foi realizado um diferente encontro com a Comunidade Educativa.

Fazendo memória dos festejos do ano de 2002, ex-alunos, ex-professores, ex-funcionários e Irmãs daquele tempo, encontraram-se para abrir a urna com as “cartinhas” escritas a Nossa Senhora, como marco do milênio.

Na abertura do evento, Ir. Nilza Fátima de Moraes, diretora do Instituto Nossa Senhora do Carmo, disse: “Por 10 anos esta urna que recebe as cartinhas, ficou aos pés da guardiã, Nossa Senhora Auxiliadora, no pátio do Colégio

ela, a Mãe Auxiliadora foi quem os trouxe para esta festa e que continuará acompanhando-os na realização dos seus pedidos e sonhos”.

A Celebração Eucarística foi presidida pelos padres: Renan Rangel Santos Pereira e William Betônio, ambos ex-alunos do Colégio do Carmo. Nossa Senhora foi coroada e foram lembrados em oração aqueles que conviveram no Carmo e já partiram para a Casa do Pai.

Foi uma noite marcante na vida de cada um que trouxe consigo a história de tempos vividos no Colégio. O encontro com colegas, professores diminuiu a saudades.

Carmo celebra Nossa Senhora e reúne muitos amigos

Maria Auxiliadora sinal e expressão do amor de Deus em 120 anos de Brasil

Ir. Adair Ap. Sberga

Ir. Silvania Cássia Pereira

Ir. Claudia Regina C. Ribeiro e Laura LeoO mês de maio no INSA –SP foi vivenciado com intenso empenho e a

participação dos alunos, em vários momentos. Diariamente, o mês foi marcado pelo o momento mariano na capela. No

início do dia: a novena de Maria Auxiliadora; a Celebração Eucarística no dia 24.Na grande festa de Nossa Mãe Auxiliadora houve também a culminância

da gincana, iniciada, no dia 11 de maio, com o objetivo de manifestar concretamente a solidariedade dos alunos com os mais necessitados. Foram arrecadas 6 toneladas de alimentos e 770 Kg de roupas que serão entregues à Instituições.

A queima das cartinhas e suas respostas encerraram o mês no dia da oração do terço luminoso. Não faltaram as chupetinhas, tradição desta festa.

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Marcado por muitas expressões simples de piedade mariana, o mês de maio nos aproximou mais intensamente de Maria que, entre nós, tudo fez! E tudo faz.

O tríduo que precedeu o 13 de maio uniu, de modo especial, a figura de Main à presença materna de Maria Auxiliadora: gincanas, cantos, danças, brincadeiras, jogos dirigidos, intervalos musicais com a Banda Éfeta enfeitaram e ilustraram a experiência desses dias.

Ao término da Missa diária da Comunidade, Coordenadoras, Professores(as) e uma boa e variada representação de alunos(as) adentravam a Capela para – antes das aulas – rezarem juntos a Novena a Nossa Senhora Auxiliadora ensinada por Dom Bosco.

Belas vozes juvenis envolveram a assembleia. Danças harmoniosas prepararam a entrada da Palavra de Deus. Jovens levaram solenemente ao palco o andor de Nossa Senhora.

Comovidos, aluno e aluna do 3º Ensino Médio, coroaram Nossa Senhora rodeados por todos os colegas que cantaram: “Te coroamos, ó Mãe... nossa Rainha!

Em alegre confraternização Alunos, Professores e Irmãs participaram do lanche comunitário preparado pelos alunos.

Jogos animadíssimos movimentaram o pátio, a quadra coberta e o Ginásio de Esportes até o fim do período.

Do céu, certamente Maria a todos abençoava e sorria!No 31, encerramento do mês: novo momento forte de

amor mariano expresso na escrita e queima de cartinhas e no Terço Luminoso e coroação de Nossa Senhora pelas crianças do Infantil e Fundamental I.

No Ginásio de Esportes, os olhos e o coração dos Pais acompanharam com carinho as danças, os cantos, as orações de seus filhos e filhas que singelamente apresentavam a Maria o empenho de todo o mês que enfocou o tema: Maria, Auxiliadora da Vida! Ela, Mãe de Cristo, Caminho, Verdade e Vida, acolheu por certo em seu coração materno a expressão carinhosa da Comunidade Educativa aqui representada.

Que possamos todos nos manter hoje e sempre “na Escola de Maria” e, com Ela, “fazer sempre o que Jesus disser”.

Maio no Mazzarello

A Celebração de Nossa Senhora Auxiliadora, no dia 29 de maio, foi preparada pela Pastoral Universitária da FATEA. O evento teve início na capela da Faculdade, com a Celebração Eucarística, presidida pelo Pe. Pedro Cunha.

Seguida pela tradicional queima das cartinhas, em que os presentes tiveram a oportunidade de agradecer e realizar novos pedidos a Nossa Senhora.

Para Débora Aparecida Capucho,

aluna do 1° ano da Faculdade de Pedagogia, participar de momentos como esse significa vivenciar uma intimidade maior com Nossa Senhora. “A gente sempre tem mais para agradecer do que pedir. Nossa Senhora nos auxilia, nos renova a cada dia. Fico muito feliz por essa oportunidade que a Faculdade nos oferece”, ressaltou.

“A participação dos alunos foi muito boa. Em eventos como esse estimulamos e motivamos os alunos ao

desenvolvimento da espiritualidade, que é um eixo da nossa missão como Salesianas”, ressaltou Ir. Raquel Retz, Vice-diretora da FATEA. Para Ir. Olga de Sá, Diretora Geral da FATEA, a queima das cartinhas é uma tradição Salesiana cultivada com muito carinho. “Nós acreditamos que a queima dos pedidos, com essa fumaça que sobe, é ‘um ritual simples’, mas, para nós, muito significativo”, concluiu.

Alunos da FATEA celebram nossa Senhora Auxiliadora

Ir. Célia Apparecida da Silva

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No dia 24 de maio, os alunos do Colégio de Santa Inês, ex-alunos, pais, colaboradores e professores participaram da Celebração Eucarística e das homenagens a Nossa Senhora Auxiliadora.

Marcada pela emoção, a Celebração Eucarística foi presidida pelo Padre Humberto de Carvalho e contou com a participação espontânea dos alunos. Os formandos da 3ª série do Ensino Médio realizaram a comovente coroação de Nossa Senhora tão esperada por todos os alunos e tornou a festa mais bonita.

Com as crianças e famílias do Infantil e Ensino Fundamental I, a coroação foi um marco no final dos trabalhos realizados ao longo de todo o mês de maio. Os pequenos pintaram corações, escreveram mensagens e montaram um terço num painel, que serviu para os “boa tarde” dados por eles próprios.

Durante a celebração de coroação realizada pelos alunos do 5º ano, ao som de cantos entusiasmados, foram oferecidas flores e apresentadas as “cartinhas” para a queima.

O dia todo foi bastante festivo com atividades esportivas e artísticas.

Casa Mãe celebra Nossa Senhora Auxiliadora

Margaret Ferraz Rodrigues e Ir. Miriam Morotti

INSA de Araras homenageia Nossa Senhora Auxiliadora

No dia 24 de maio, festa de Nossa Senhora Auxiliadora, padroeira do INSA, os alunos participaram da Celebração Eucarística. Na entradas, as crianças e jovens levaram, em procissão, os sete dons, os nove frutos do Espírito Santo, vasos de flores e as imagens de Nossa Senhora que cada classe teve a oportunidade de levar para casa durante o mês de maio. Os alunos do 3º ano do EM carregaram, com emoção, o andor da imagem que seria coroada. Depois da bonita coroação, foi realizado o “Intervalo Musical”, com os alunos que trouxeram seus instrumentos musicais, e também, a finalização do Torneio de Tênis de Mesa, disputado por alunos de todas as séries. Os vencedores receberam uma medalha e uma raquete como prêmio.

No período da tarde, houve também a coroação de Nossa Senhora, com a presença alegre dos alunos da Educação Infantil e do Fundamental I. Como é tradição, as crianças receberam um doce e levaram para a casa uma velinha para ser acesa às 18 horas.

Ainda nessa tarde, houve o encerramento da Novena/Terço em louvor a Nossa Senhora, realizada na capela do INSA com a presença de muitas mães, avós, professoras e amigas, devotas de Nossa Senhora.

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Todos os anos, no dia 24 de maio, o ICJ - Instituto Coração de Jesus - e a FAINC, Faculdades Integradas Coração de Jesus, de Santo André, reúnem suas lideranças na preparação da Festa de Nossa Senhora Auxiliadora, Padroeira da Família Salesiana de Dom Bosco.

No período da manhã e tarde, alunos do Infantil, Fundamental I, Fundamental II e Ensino Médio do Instituto Coração de Jesus se reuniram no teatro da Instituição para uma grande homenagem a Nossa Senhora Auxiliadora.

No início de cada encontro, os educandos assistiram a um vídeo sobre Nossa Senhora. Na sequência, a Professora Claudete, o Prof. Alan, a Vice-diretora, Ir. Ivone Rezende e o Diretor da Instituição, Dr. Wellington de Oliveira, fizeram a abertura destacando a importância da Mãe de Jesus em nossas vidas.

Os integrantes da Pastoral Juvenil da Escola prepararam uma encenação para homenagear Aquela a quem Dom Bosco dispensou tanto carinho e devoção. Os jovens da pastoral fizeram um trabalho, mostrando alguns momentos vividos no nosso dia a dia, evidenciando o quanto é importante vivermos em sintonia com os mandamentos de Deus, como nos ensina Maria.

No teatro da Escola, completamente lotado, todos puderam acompanhar esse momento de amor e agradecimento a Maria. Um dos momentos mais emocionantes foi o da coroação de Maria Auxiliadora, permeada por uma chuva de pétalas de rosas.

Logo em seguida, no pátio da Escola houve a “queima das cartinhas”, ou seja, pedidos e agradecimentos dos alunos que, num gesto simbólico, foram queimados nas “piras” e a fumaça sobe aos céus com nossas orações.

No período da noite, os alunos do Colégio e da Faculdade se reuniram com a direção da Instituição no Teatro, para a Celebração Eucarística, presidida pelo Frei José Hugo da Silva da Paróquia São João Batista, Bairro Riacho Grande, em São Bernardo do Campo.

Para as Irmãs Salesianas, “Filhas de Maria Auxiliadora” do mundo todo, essa ocasião é um momento muito forte de espiritualidade mariana, disse Ir. Ivone Rezende, “Percebo que a cada ano, há um toque especial, tornando-se momento decisivo para vários alunos que desejam ter um momento de espiritualidade para orar pela família e suas necessidades, para lembrar-se dos entes queridos que nos deixaram ao longo do ano, muitos deles, ex-alunos da grande Família Salesiana”, concluiu.

Coração de Jesus celebra Nossa Senhora AuxiliadoraEvandro Fialho, assessor de imprensa

Um carisma de esperança para o mundo

O Instituto São José convidou os alunos, professores e famílias para comemorar o mês de Maria, pedindo, de modo especial, pelas Filhas de Maria Auxiliadora, que, em várias partes do mundo, se dedicam às obras sociais, às missões e à educação dos jovens.

Nossa Casa viveu momentos intensos, em preparação à grande festa da Auxiliadora, com novenas, caminhada do andor de Nossa Senhora pelas salas da Educação Infantil ao 5º ano, visita da “capelinha” de Maria às famílias, bons dias e boas tardes focalizando os 120 anos da presença das FMA no Brasil e os 140 anos do início da Congregação das Irmãs Salesianas, murais, cartinhas e atividades de recorte e colagem.

A festa esperada teve início no dia 18 com a coroação de Nossa Senhora Auxiliadora pelos alunos dos 5º anos, continuada no dia 19, com a Celebração Eucarística e coroação pelos 3º anos do EM, com a participação de 120 famílias que ofertaram rosas a Nossa Senhora, lembrando os 120 anos da presença das FMA no Brasil.

A noite do dia 30, o Terço Luminoso, com representantes da comunidade educativa e consagração a Nossa Senhora dos alunos novos, foi um momento de encontro com Aquela que tudo fez e faz, no meio de nós.

A bênção de Nossa Senhora Auxiliadora, dada pelos padres André Torres e Silvio César da Silva a todos os alunos e professores, em suas nas salas de aula, encerrou as festividades de maio de 2012.

Prof. Maria Claudia S. de Souza

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O Colégio Auxiliadora de Ribeirão Preto promoveu, no dia 26 de abril uma Mesa Redonda com o tema “Promovendo a Saúde Pública”, em continuidade aos trabalhos que estão sendo desenvolvidos, em decorrência do tema da Campanha da Fraternidade. O evento reuniu os alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, lotando o teatro da instituição, durante a manhã, para ouvir explanações de especialistas ligados ao tema. Após os discursos dos convidados, alunos e professores direcionaram uma série de perguntas a eles.

A mesa foi formada por seis integrantes. Jorge Parada, vereador e médico especializado na área de gastroenterologia, que discorreu sobre assuntos que relacionam aos distúrbios alimentares (anorexia, bulimia e obesidade). A enfermeira e diretora do Departamento de Vigilância em Saúde e Planejamento da Secretaria de Saúde de Ribeirão Preto, Maria Luiza da Silva Santa Maria, esteve presente para falar sobre o funcionamento do SUS (Sistema Único de Saúde) na cidade e dos projetos da Prefeitura que o envolvem. “Essa foi uma oportunidade muito boa para interagirmos com esses jovens e saber como eles pensam. Saio enriquecida”, disse.

Amauri Lelis Dal Fabbro, médico epidemiologista e professor da Medicina Social da USP (Universidade de

São Paulo), também esteve presente e falou sobre o desenvolvimento da medicina, sobre as epidemias e fatores importantes na prevenção da saúde pública. Abordou sobre a de dengue, presente em algumas regiões do país, além de explicar os métodos para preveni-las.

Campanhas

O Padre Luiz Ferro falou sobre o tema da Campanha da Fraternidade e a intenção da Igreja ao promover o debate público sobre a saúde. “Cuidar da saúde, significa ter amor ao próximo. Por isso o paciente

deve ser tratado como um amigo”, disse o Padre. Maria Cristina Francelin, psicóloga do Programa DST/AIDS e Hepatites Virais,

explicou aos adolescentes sobre os perigos das doenças sexualmente transmissíveis.

Irmã Adair Sberga, diretora do Colégio, esteve à frente mediando a Mesa Redonda. “Esse evento faz parte do projeto que estamos

desenvolvendo, com a intenção de que os alunos conheçam melhor as questões da saúde pública realizadas em nossa cidade, o

funcionamento do SUS e se conscientizem sobre práticas saudáveis de saúde. O tema foi suscitado pela Campanha da Fraternidade que tem o

objetivo de que a ‘saúde se difunda sobre a terra’”, afirmou a Irmã.

Auxiliadora promoveu Mesa Redonda sobre Saúde Pública Assessoria de Imprensa do Colégio

No dia 28 de maio, Leonardo Boff esteve na 12ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto e falou para uma plateia que lotou o Theatro Pedro II. Ele foi ciceroneado pela diretora do Colégio Auxiliadora, Irmã Adair Sberga. O teólogo falou sobre o livro “As Quatro Ecologias – Ambiental, Política Social, Mental e Integral”, da Editora Mar de Ideias. Em sua palestra, o autor frisou que o mundo atual tende a não ter sentimento, a ser cruel e sem piedade.

Segundo Boff, o grande desafio das escolas, atualmente, é desenvolver, junto com o conhecimento crítico e criativo, a ética do cuidado. “Tudo que

a gente não cuida, degenera. Tudo de que nós cuidamos, nós amamos. O cuidado é uma relação amorosa com a realidade, não agressiva, de zelo, de preocupação”, ressaltou.

SustentabilidadeO teólogo explicou que a ética do

cuidado tem que ser um elemento que acompanha a vida inteira das pessoas. Isso significa cuidar do próprio corpo, da saúde, da espiritualidade, das crianças, dos idosos, da natureza, das águas, do lixo. Para o autor, a sustentabilidade está ligada a esta ética, que permite aos seres continuar existindo, se reproduzir e evoluir. “Se nós não cuidarmos do planeta o aquecimento global destruirá grande parte da vida, inclusive, milhões e milhões de seres humanos. Então, este cuidado tem que ser presente, incorporado. Ele tem a ver com valores. Não é tanto um conhecimento, é uma sabedoria”.

De acordo com o escritor, toda

a cultura, desde o século XVI até hoje, se fundamentou na razão, por isso, ela recalca e desmoraliza o sentimento. “Hoje nós temos que resgatar a razão sensível, a razão emocional porque é a emoção que mobiliza. Não basta dizer ‘o planeta está destruído, as águas estão contaminadas’. Isso é só uma informação. Mas se você se envolve, sente a dor, desenvolve este sentimento apaixonado pela realidade, você se mobiliza”, afirmou.

Leonardo Boff alertou, ainda, sobre a importância de se trabalhar o sentimento nas crianças. Para ele, é isto que determinará a mudança. “Eles têm muita informação, mas não se comovem, não se mobilizam. A razão sensível é o que falta nestes casos, porque ela desperta no indivíduo o desejo de cuidar. Porque você se sente envolvido, se sente ligado à pessoa. E é assim que os comportamentos mudam”, concluiu.

Leonardo Boff em Ribeirão Preto

Assessoria de Imprensa do Colégio

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naS ESColaS

A cada semestre, o Curso de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda da FAINC, Faculdades Integradas Coração de Jesus de Santo André, realiza um trabalho interdisciplinar com os alunos do Curso.

A ideia desse projeto é unir todas as matérias do Curso e, também integrar os conteúdos de cada disciplina para que os alunos desenvolvam uma campanha publicitária, explica o professor Eduardo Razuk. “Esse trabalho é importante porque o aluno tem a oportunidade da aplicação dos conteúdos na prática, uma ponte entre o que se aprende em sala de aula e aquilo que se aplica na realidade profissional por um Publicitário”, disse.

Com o objetivo de preparar os universitários para os diversos mercados existentes, a cada semestre a coordenação escolhe um segmento para aplicar uma campanha. Uns dos escolhidos foi o

Greenpeace, oferecendo aos alunos a possibilidade de trabalhar outro conceito que existe na propaganda, por meio de uma ONG, Organização não Governamental, aplicando o Marketing Social.

Os alunos visitaram o Greenpeace do Brasil, com sede na cidade de São Paulo, e fizeram um briefing de mercado (um levantamento de informações sobre a entidade) para que seja possível estabelecer um estudo de mercado. Posteriormente, após o resultado, eles terão que apresentar um plano de propaganda. Para ampliação das informações necessárias, os alunos também pesquisaram sobre o assunto em sites e revistas especializadas.

Todo o projeto é realizado pelos alunos como se fosse um trabalho de uma Agência real. “A gente estabelece uma verba de acordo com a possibilidade da entidade para que seja possível montar uma campanha publicitária que poderia até ser executada de forma real pela ONG”, explica o professor.

“Visitar o Greenpeace foi uma experiência muito boa. A gente conhecia a ONG somente pelo site ou pelos meios

de comunicação. Ter a oportunidade de ver de perto esse trabalho é muito gratificante, principalmente, pela

oportunidade do grupo criar uma campanha publicitária para uma entidade tão séria”, destacou a aluna do 6°

semestre do Curso de Comunicação Social, Helen dos Santos Oliveira.

Alunos de Comunicação da FAINC visitam o Greenpeace

A FATEA, Faculdades Integradas Teresa D’Ávila, e o Instituto Santa Teresa de Lorena realizaram na sexta-feira e sábado (15 e 16/06), a Grande Festa Junina.

Além da tradicional quadrilha da Escola e da Faculdade, a festa contou também com bolinho caipira, cachorro-quente, pão com linguiça, bolo, churrasco, pipoca, churros, arroz-doce, caldos, quentão, vinho-quente, refrigerante, além das barracas típicas com várias brincadeiras e muita animação.

A vice-diretora da FATEA, Ir. Raquel Retz, considerou a festa muito animada. “Os alunos da Faculdade participaram efetivamente neste ano dançando quadrilha, isso mostra uma grande integração dentro da Instituição. Os pais dos alunos do Santa Teresa participaram em massa com seus filhos. Aqui promovemos uma festa familiar e de amigos, onde todos se envolvem e participam”, concluiu.

Festa Junina na FATEA Irmãs + Jovens

Ir. Maria Auxiliadora Vasallo GrandeIncentivados pela Pastoral Juvenil, nós, comunidade

do Colégio de Santa Inês, fizemos a experiência de oração com os jovens.

Aproveitamos a oração que o Serviço de Animação Vocacional nos envia cada mês e convidamos dez jovens da Pastoral para rezarem conosco, porém, apenas quatro puderam comparecer. O tema, “o Bom Pastor”, trazia também reflexões das “Memórias do Oratório”.

Foi um momento muito especial onde Irmãs e jovens, bem à vontade, rezaram e partilharam as reflexões.

O que nos marcou foi a partilha do mais novo aluno: “Jesus é a porta por onde entramos para nos conhecer e por onde saímos para o encontro com o outro”.

A experiência foi forte também para os jovens; queremos ampliar o convite a outros e, assim, preparar o terreno para uma resposta vocacional mais corajosa.

Evandro Fialho, assessor de imprensa

Evandro Fialho, assessor de imprensa

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prESEnÇa

Atividades desenvolvidas em Maio na OSAF

Olá, nós da Comunidade educativa da Osaf viemos partilhar com vocês as experiências, visitas, festas e graças recebidas por meio de Nossa Senhora Auxiliadora nesse mês de Maio.

No dia 03/05 o Prefeito da cidade de Araras, Nelson Dimas Brambilla esteve conosco para conhecer toda a estrutura da Osaf, os projetos desenvolvidos no “Programa Jornada Ampliada” (diurno), “Promovendo a Cidadania” (noturno) e no “Oratório Madre Mazzarello” (aos sábado), o qual foi recepcionado e acolhido com um almoço junto às crianças e funcionários, onde a simpatia e carinho foram recíprocos.

Dando continuidade comemoramos o Dia das Mães onde cada turma: Laura Vicunã, Domingos Sávio, Mazzarello e Dom Bosco confeccionou lembrançinhas para serem entregues como surpresa no dia 08/05 na comemoração festiva.

O Oratório Madre Mazzarello ficou encarregado da festa de Mazzarello (13/05) comemorada com uma peça teatral, em cinco atos, recordando a vida, fé e busca de seu sonho de cuidar das meninas mais necessitadas da sua época, terminando a festa com brincadeiras e um saboroso lanche.

Durante esse mês, o “Nutrir” veio somar conosco na homenagem às mães, no dia 17/05, com uma bela apresentação de teatro “ O Anjo que Deus Enviou”, emocionando a todos e com a distribuição de bolo e bombom enriquecendo a festa.

A Oficina de Banda presenteou as mães com lindas canções compostas por Vera Lúcia sobre o amor materno, durante um chá servido em um cenário composto por flores e velas.

Enfim, a grande comemoração de Nossa Senhora Auxiliadora, em 24/05: reza do Terço Missionário pelas Irmãs, educadores e educandos da Osaf com a intenção pelos cinco continentes, lembrando a presença educativa da Família Salesiana, no mundo todo.

No dia seguinte, 25/05, tivemos a Celebração Eucarística. Na homília foi enfocado o “sim” de Maria que nos ensina a amar e fazer da nossa vida uma entrega à missão educativa a que somos chamados junto às crianças, adolescentes e jovens. A festa foi encerrada pela emocionante coração de Nossa Senhora por uma família.

No último dia do mês, a tradicional queima das cartinhas e as esperadas respostas da querida Mãe Auxiliadora fecharam, com chave de ouro, toda nossa experiência mariana de fé, vivenciada por todos nós. À noite, as Irmãs Guadalupe, Wilma, Celina e Ana Beatriz foram convidadas a coroarem Nossa Senhora na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, junto aos Salesianos, finalizando nosso mês e confirmando que foi Ela quem tudo fez e continua fazendo em nossas vidas.

No dia 04 de maio de 2012, a Obra Social Dom Bosco realizou a abertura da 7ª Gincana da Solidariedade, uma competição sadia que promove a cooperação e a amizade. “Solidariedade, saúde e paz” foi o tema da edição deste ano.

Durante duas semanas, todos os núcleos da Obra Social participaram arrecadando alimentos, agasalhos, cobertores, materiais recicláveis, óleo de cozinha usado e também notas fiscais, que serão revertidas em doações pelo Programa Nota Fiscal Paulista.

Entre os dias 22 e 24 de maio, os educandos realizaram diversas atividades recreativas na sede do Centro de Desenvolvimento Social e Produtivo (CEDESP).

No dia 04 de junho foi divulgada a equipe campeã que recebeu, como prêmio, um passeio em uma chácara.

A Gincana da Solidariedade é uma atividade da Obra Social Dom Bosco com o objetivo de suscitar o espírito solidário e propiciar a integração entre os educandos, o trabalho em equipe e a conscientização acerca da responsabilidade socioambiental.

Na edição do ano passado, foram arrecadados 3,2 toneladas de alimentos e mais de 17 mil peças de agasalhos para doações, e para reciclagem, 5700 garrafas pet, 2600 latinhas de alumínio, 13 toneladas de pilhas e baterias e mais de 3 mil litros de óleo de cozinha usado.

Obra Social Dom Bosco dá início à 7ª Gincana da Solidariedade

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prESEnÇa

O Centro Social-Educacional Maria Rita Périllier é uma Obra Social do Instituto Santa de Lorena e tem por finalidade atender às demandas vivenciadas pela população em situação de vulnerabilidade social, por meio de um elenco de programas.

Em consequência da situação social apresentada e considerando que a família é a base da sociedade, geradora da educação e da socialização, a Entidade implantou o Centro de Capacitação para o Trabalho, cujo objetivo é oferecer oportunidades de sobrevivência, fortalecimento de vínculos do processo de integração social e emancipação econômica.

Com o intuito de preparar jovens e adultos para o mercado de trabalho, que devido às transformações do sistema capitalista exige cada vez mais qualificação profissional, o CEMARI desenvolveu o Programa Escola de Informática e Cidadania.

Dando continuidade ao atendimento, no segmento das crianças e adolescentes, foi desenvolvido o Programa Brincando e Aprendendo, que vem superando as expectativas com o aumento da procura de vagas. A ampliação do

atendimento ocorre em consequência da qualidade do serviço prestado, que tem como base os preceitos legais, o Plano Municipal de Assistência Social e o Estatuto da Criança e do Adolescente.

O Programa Brincando e Aprendendo visa atender 100 crianças e adolescentes, de 07 a 14 anos, advindos de polos de exclusão, de famílias com baixo poder aquisitivo e assistidos pela rede de ensino público.

A Entidade realiza ações e atividades na tentativa de reverter problemas, além de estar voltada ao atendimento e melhoria da qualidade de vida do usuário, propiciando o desenvolvimento psico-social num trabalho preventivo, que busca inserir a criança e o adolescente em um ambiente que permita o crescimento pessoal, educacional, cultural, esportivo.

O grande objetivo é oferecer um programa de ações complementar à escola, contribuir para o desenvolvimento físico, psicológico, cultural e social da criança e do adolescente, despertando-os para o pleno exercício da cidadania e para uma consciência ética.

Centro Social-Educacional Maria Rita Périllier

Alunos da Vila Brito estão se cadastrando no Oratório Dom Bosco, para participarem de diversas modalidades esportivas no CSU - Centro Social Urbano

Uma forte chuva, que atingiu Lorena no início de abril, deixando um rastro de destruição na escola Geraldo Alckmin, na Vila Brito, acabou obrigando a transferência das aulas para o antigo centro de convivência do bairro. Enquanto a prefeitura finaliza as obras de recuperação do telhado, o núcleo de

extensão da FATEA em parceria com as Secretarias da Educação e do Esporte realizam um plano de ações para oferecer aos alunos atividades esportivas e educacionais.

Responsáveis pelo núcleo de extensão da FATEA, que já desenvolviam um trabalho de capacitação para os líderes comunitários da Vila Brito, estão apoiando a coordenação do antigo centro por Ir. Anna Maria Orlando, que recentemente foi renomeado como Oratório Dom Bosco

e vem sendo utilizado para a realização das aulas da Geraldo Alckmin.

Desde o início da semana os alunos da Vila Brito estão se cadastrando no Oratório Dom Bosco, para participarem de diversas modalidades esportivas no CSU. Para o secretário adjunto de Esporte e Lazer, Moisés de Oliveira, o esporte é uma importante ferramenta de aprendizagem que contribui para a formação moral dos jovens.

CSU – Centro Social Urbano - abre as portas para crianças da Vila Brito

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inSiEmE

A terceira reunião da Comissão IIS/FMA – Instituição de Estudos Superiores FMA – foi realizada de 2 a 8 de maio próximo passado, na cidade de Morélia, no México.

Participaram pela Inspetoria Santa Catarina de Sena, Ir. Vilma Santoro Bertini como referente da CIB e Ir. Raquel de Godoy Retz como representante das Faculdades.

No encontro precedente, em 2010, em Bogotá, a Comissão concluiu que cada Instituto deveria trabalhar em sinergia, abrindo novos horizontes e traçando novos caminhos, portanto, a colaboração em rede foi considerada de grande importância para ampliação do espaço de pesquisa, de conhecimento e de criatividade.

Neste novo Encontro, a Comissão trabalhou sobre o tema “Novos horizontes para a aprendizagem” e dedicou sua reflexão à identidade das ISS/FMA como projeto e às oportunidades de mudanças oferecidas por estes novos horizontes.

As diferentes Instituições apresentaram os trabalhos, por elas desenvolvidos, depois do encontro de Bogotá, enfocando o Sistema Preventivo, a Formação de Docentes e a Educação ao amor e à família. Aprofundaram, também, outras temáticas relativas ao processo de socialização que serão desenvolvidas nos Centros para a divulgação da Carta de Identidade das ISS das FMA.

A preparação para a Jornada Internacional das Dirigentes dos Centros de Estudos Superiores das FMA, a ser realizada, no próximo novembro, em São Paulo, também foi um dos objetivos do Encontro do México.

Reunião da Comissão IIS/FMANa Paróquia São João Bosco

“A nossa ação pastoral é uma experiência de caridade apostólica que tem como fonte o próprio Coração de Cristo e como modelo a materna solicitude de

Maria” Const. 7

Com o objetivo de reforçar a experiência profissional e apostólica, as jovens em formação do Noviciado Interinspetorial, juntamente com as Irmãs Formadoras, participam de diversas atividades em Cursos Profissionalizantes.

O trabalho, de cunho pastoral, é realizado na Paróquia São João Bosco - Alto da Lapa, sob a direção dos Salesianos de Dom Bosco, sendo realizado toda segunda-feira, com temas que visam a valores éticos e cristãos para o crescimento humano e profissional dos jovens. Aos sábados há colaboração no trabalho da catequese de Primeira Eucaristia, grupo de adolescentes e grupo de jovens.

“Esta é para nós uma rica experiência de contato com nossa opção fundamental, amar e servir Jesus por meio dos jovens. Este contato na etapa de nossa formação nos oferece um crescimento de forma mútua, pois tanto damos quanto recebemos”, afirmou Elaine de Moraes Ferreira, Noviça do 2º ano.

visita de nossa Senhora “maria passa entre nós!”

A noviça Vanessa Cristina da Silva contou que durante a novena de Nossa Senhora Auxiliadora também na Paróquia São João Bosco foram realizadas visitas às casas das famílias pertencentes à área paroquial.

“Como somos uma comunidade pertencente à paróquia, realizamos também a visita de Nossa Senhora à casa de 12 leigos e leigas as que participam cotidianamente da Celebração Eucarística, em nossa Capela. Para eles, segundo os relatos que todos os dias nos contavam, foi um momento de graças e de profunda oração e união entre a família”, concluiu Vanessa.

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inSiEmE

A Família Salesiana, representada pelas Filhas de Maria Auxiliadora, Salesianos de Dom Bosco, Salesianos Cooperadores, Ex-alunas e Ex-alunos, recebeu no dia 25 de maio p.p. a Salva de Prata da Câmara Municipal de São Paulo.

A sessão solene ocorreu no Liceu Coração de Jesus, em reconhecimento à Família Salesiana como referência na educação-evangelização dos jovens e comemoração aos 120 anos de presença das Salesianas no Brasil.

Por iniciativa do vereador Floriano Pesaro, as Comunidades das Inspetorias Santa Catarina de Sena das FMA e a Nossa Senhora Auxiliadora dos SDB foram homenageadas pela Câmara Municipal de São Paulo.

No discurso de abertura, Pesaro reforçou a importância dessa homenagem pelo significativo papel que a Família Salesiana vem desempenhando na cidade de São Paulo há quase 150 anos. Ressaltou que, hoje, muitas personalidades no campo social e político viveram sua formação educacional nas escolas salesianas . Afirmou que as Obras Sociais exercem um papel mais abrangente em atendimento, estendendo assim o carisma de Dom Bosco às crianças e jovens de

baixa rende e em situação de vulnerabilidade, afirmando: “(...) desta forma, impulsionamos o desenvolvimento humano e, por consequência, o desenvolvimento social. Assim como desejou e trabalho Dom Bosco pela inclusão e ascensão social por meio da Educação.” Acrescentou ainda: “continuem sonhando, sonhem um sonho de Dom Bosco, nós, juntos, podemos transformar esse mundo num lugar melhor e para todos, parabéns, Salesianos e Salesianas e muito obrigado!”

A Salva de Prata é maior prêmio concedido pela Câmara. A segunda maior premiação é a Placa de Saudação, recebida por cada uma das Obras Salesianas do Município.

Família Salesiana recebe prêmio em São Paulo

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na vibE

Rumo a JMJ 2013Ir. Teresa Cristina, coordenadora da Pastoral Juvenil

“Ide e fazei discípulos entre todas as nações”

Este é o tema da Jornada Mundial da Juventude que acontecerá no ano próximo, de 23 a 28 de julho, na cidade do Rio de Janeiro.

Os preparativos são muitos. Preparação do material de formação, equipes de acolhida, voluntários, comunicações várias, reuniões, enfim tudo para acolher um evento mundial que recebe por volta de dois milhões e meio de jovens provenientes do mundo inteiro.

Um universo colorido de línguas, semblantes, sorrisos, culturas. O nosso Brasil católico abre suas portas. O Cristo Redentor abre os seus braços. E o nosso coração salesiano também

se abre para acolher esta bonita juventude.Nossa Inspetoria não ficará fora deste evento. No ano passado, tivemos a oportunidade de participar, em Madri, com

40 jovens. Agora começamos a nossa organização rumo a JMJ Rio 2013.A Jornada Mundial no Brasil assume o documento de Aparecida que nos pede “fazer discípulos e missionários”. A Igreja, em “estado permanente de missão”, propõe aos jovens do mundo fazer a experiência missionária em terras

brasileiras. A pré-jornada aqui será uma semana missionária. Assim sendo, todas nossas casas, escolas, oratórios, paróquias são lugares de missão.

O Movimento Juvenil Salesiano /Articulação da Juventude Salesiana, será acolhido em nossas casas para viver esta experiência missionária. As duas Inspetorias de São Paulo (FMA/SDB) estão se preparando para viver com os jovens esta semana.

A JMJ já começou. Mãos à obra e que venha a juventude!

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mulhEr Em pauta

Tráfico Humano

Diante da falta de resposta do Go-verno Brasileiro sobre o lançamento e a implementação do II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pes-soas, o Movimento Contra o Tráfico de Pessoas (MCTP), que integra cerca de 100 entidades da sociedade civil, deci-diu denunciar a diversos organismos e instâncias nacionais e internacionais a ausência deste Plano há quase 18 me-ses. De acordo com Débora Aranha, presidente do MCTP, o Movimento está dialogando com os integrantes das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) sobre o Tráfico de Pessoas instala-das no Senado Federal e na Câmara dos Deputados e também já denunciou o caso ao Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Delito (Unodc, por sua sigla em inglês). No início deste mês, a denúncia pela omissão do Esta-do brasileiro foi feita por meio de carta à Organização dos Estados Americanos (OEA). O objetivo foi conseguir o apoio do organismo para encontrar mecanis-mos jurídicos legais de proteção aos Direitos Humanos e apurar o caso com rigor.

No ano passado, houve grande mo-bilização por parte da sociedade civil organizada em torno da construção do II Plano. Foram realizadas plenárias e consultas a fim de que a população pu-desse discutir o tema e fazer sugestões. Segundo Débora, uma das propostas

apresentadas pelo MCTP foi a amplia-ção do prazo de vigência do Plano. O I só durou dois anos, prazo considerado insuficiente. “A questão é complexa e precisa de ações de médio a longo pra-zo. Não vai ser em dois anos que vamos dar uma resposta à altura de um crime como o tráfico de seres humanos”, ex-plica.

Apesar da ampla participação po-pular, hoje os movimentos e organi-zações que contribuíram e a própria sociedade estão sem resposta ou jus-tificativa. Não se sabe quando o Plano será implantado, nem muito menos se ele foi finalizado. O Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que também já deveria estar estrutu-rado e em funcionamento, encontra-se na mesma situação.

“Essa situação não tem justificati-va. Não se pode justificar a omissão do Estado. Em 2010 terminou o I Plano e estamos há quase um ano e meio sem Plano de enfrentamento ao tráfico de pessoas. Não temos como justificar esta situação às vítimas. Queremos que o II Plano saia do papel o mais rápido possível, o que só pode acontecer por meio de decreto da presidência”, critica Débora.

Com a ausência do plano para en-frentar um dos crimes mais lucrativos do planeta, boa parte das ações que começaram a funcionar com a imple-

mentação do I Plano estão paradas. A presidente do Movimento Contra o Tráfico de Pessoas denuncia que hou-ve uma evidente descontinuidade de serviços como o hotline (linha telefôni-ca que funciona 24 horas para receber denúncias de tráfico de pessoas), ini-ciativas de proteção às vítimas, comi-tês estaduais, além do retrocesso nos trabalhos por falta de monitoramento, orçamento e por omissão do Estado.

“Nossa demanda é que os serviços não sejam descontinuados, que as po-líticas públicas de enfrentamento ao tráfico de pessoas sejam prioridade no Estado e principalmente que a vida hu-mana seja tratada com o respeito que merece”, apela.

Diante desta realidade, o Movi-mento Contra o Tráfico de Pessoas e as organizações que o compõem denun-ciam a lentidão no lançamento e imple-mentação do II Plano Nacional de En-frentamento e pedem que o Governo brasileiro se manifeste a fim de impedir que as políticas de prevenção, repres-são e responsabilização aos acusados e de proteção às pessoas em situação de tráfico sejam ainda mais prejudica-das, permitindo a violação dos direitos humanos de centenas de brasileiros e brasileiras.

Movimento denuncia omissão do Estado com o II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

Natasha Pitts

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ESpECial

O ICJ, Instituto Coração de Jesus, completou em 19 de junho, oitenta e cinco anos de história na cidade de Santo André - SP. Para comemo-rar o aniversário da Instituição vá-rias atividades foram programadas para este ano.

Ex-Professores, Ex-Alunos e Ex--Funcionários foram convidados para um evento cultural, realizado no Teatro da Instituição e aberto com uma apresentação musical de Carlos Cruz, aluno do 5º período de Artes Plásticas da FAINC. O Diretor, Prof. Dr. Wellington de Oliveira e a

Vice-diretora, Ir. Ivone Braga de Re-zende deram as boas-vindas a to-dos e falaram sobre a importância da data.

Em sua fala, o Diretor da Institui-ção se referiu ao grande trabalho desenvolvido pelas Filhas de Maria

Auxiliadora em mais de 140 anos de historia no mundo. “Se o Coração de Jesus existe há 85 anos, se nós esta-mos aqui, hoje, se as irmãs pioneiras tiveram a coragem de atravessar o oceano, chegando ao Brasil é por-que Maria Auxiliadora nos olhou e nos amou”, disse.

A seguir, os presentes assisti-ram a um vídeo com a narração da trajetória da Instituição, desde sua fundação até os dias atuais. O rotei-ro foi preparado pelas professoras Pamela Kawanaka dos Santos e Ana Ema Rondinelli e apresentado pe-

los alunos do 4° e 5° anos do Ensino Fundamental I.

Estiveram presentes a Ex-Direto-ra e convidada especial, Ir. Theresi-nha Carvalho Castro, e a sra. Maria Cattaruzzi, aluna da 1ª turma da ins-tituição, que naquela época chama-

va-se Asilo Padre Luiz Capra. O ter-mo Asilo correspondia ao que, hoje, chamamos de Educação Infantil.

Ex-alunas e professoras pude-ram expressar seus sentimentos e relembrar os tempos vividos no Colégio. Foram momentos de boas recordações e muita emoção.

Rosicler Citero Baldassin, ex--aluna do ICJ e docente até o ano 2000, recordou os tempos felizes transcorridos na Escola: “Essa opor-tunidade que tivemos de relembrar uma das melhores partes de nossa vida, enquanto jovens alunos, foi muito boa. Hoje, tivemos a possi-bilidade de renovar as emoções e valorizar a nossa memória histórica, o que considero muito importante”, declarou.

A Celebração de Ação de Graças foi realizada na Catedral Nossa Se-nhora do Carmo, às 20h, presidida pelo Pe. Décio Rocco Gruppi, con-tou com a presença da Provincial da Inspetoria Santa Catarina de Sena de São Paulo, Irmã Vilma Santoro Bertini e da comunidade educativa da Instituição. Na homilia, Pe. Dé-cio parabenizou as Filhas de Maria Auxiliadora (Irmãs Salesianas) pelo belo trabalho educativo realizado na cidade e no mundo.

Parabéns Coração de Jesus!

“Se o Coração de Jesus existe há 85 anos, se nós estamos aqui, hoje, se as irmãs pioneiras

tiveram a coragem de atravessar o oceano, chegando ao Brasil é porque Maria Auxiliadora

nos olhou e nos amou”

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ESpECial

Parabéns Coração de Jesus!

A homenagem póstuma a Ir. Iracema Noêmia

Farina ocorreu no último dia 20 de junho,

por ocasião da mudança do nome

da biblioteca da FAINC, Faculdades Integradas Coração

de Jesus, “Biblioteca Cecília Meireles” para

“Biblioteca Ir. Iracema Farina”. O evento contou coma presença de docentes, alunos, ex-alunos e amigos da grande educadora salesiana. Em sua fala, o Diretor Geral da FAINC, Prof. Dr. Wellington de Oliveira, referiu-se à Filha de Maria Auxiliadora

como uma brilhante cientista social, afirmando que “Ir. Iracema investiu muito nesse espaço porque acreditava que a biblioteca é o coração da Instituição. Ir. Iracema, como todas as Irmãs Salesianas, assumiu a educação como missão, pois é por meio dela que evangelizam e transformam vidas”, declarou.

Biblioteca

Iracema

Farina

Iracema Farina

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SEm frontEiraS

Não há como não se apaixonar...

Cheguei de férias a São Paulo, depois, de quase dois anos e meio, no Haiti.

Sempre é preciso voltar para a Casa para refazer as forças, rever a família, os amigos, dar e receber ânimo e coragem!

O Haiti está passando lentamente por importantes momentos de renovação. Estradas estão sendo asfaltadas, depois de quase trinta anos de abandono, como a que passa perto de nossa Casa no Cabo Haiti.

O País comemora um ano da posse do novo Presidente e, com ele, surgiram ideias e perspectivas novas com a inauguração de uma Escola Pública que permite o acesso à educação a

A paciência histórica é muito necessária..

Nossas duzentas crianças, quando chegam à Escola, com alegria, almoçam, geralmente,

arroz com feijão, vindos do Brasil e transportados pela

TAM ou FAO.

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SEm frontEiraS

Não há como não se apaixonar...

todos que não têm possibilidade de pagar as mensalidades das Escolas Particulares.

No Haiti, 80% das Escolas estão nas mãos de cristãos de várias Igrejas evangélicas.

Em nossa Escola, acolhemos duzentas crianças, no período da tarde e o Governo se responsabiliza pelo salário dos professores e nos dá uma ajuda para manutenção, porém, há oito meses que os Professores não recebem nada, mas, continuam com suas classes com esperança do cumprimento da promessa em relação ao salário e a de verbas para melhoria das salas de aula.

A paciência histórica é muito necessária..Nossas duzentas crianças, quando chegam à Escola, com alegria, almoçam, geralmente, arroz com feijão, vindos do Brasil e transportados pela TAM ou FAO.

No momento, nossos alunos estão em férias e ficamos pensando: “ o que comerão nestes longos dois meses?”

Sonhamos com um Haiti mais humano e continuamos a rezar para que os governantes sejam sensíveis com as dores e sofrimentos de seu povo.

Quanto a mim, neste tempo de férias, renovo minhas forças para retornar no dia 6 de agosto próximo para viver mais uma etapa de desafios e alegrias.

Quando vim, alguns amigos me perguntaram: “você vai voltar?”. Agora sou eu quem pergunto: “Alguém quer ir comigo?”, pois, no Haiti há lugar para todas e para quem desejar, meu e-mail é: [email protected]

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Rio+20...e nós. Qual nosso compromisso com a Criação?A Conferência sediada pelo Brasil, no Rio de Janeiro, começou cheia de expectativas, houve protestos, manifestações, ações paralelas por aqueles que não conseguiram participar, enfim pautou a mídia por alguns dias e acabou. Restou um documento aprovado com “elogios e reservas” e a grande urgência de que a população mundial tome sua história nas mãos e mexa-se para mudar o rumo do futuro, de forma que as futuras gerações tenham um planeta mais limpo e sustentável para viver.Nossas crianças e jovens também podem e devem ser incluídos nas ações que geram sustentabilidade.

Expectativas sobre o Mundo

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Reciclagem

Os principais objetivos da prática são: inclusão social, geração de em-prego e renda, implantação da coleta seletiva, revitalização e reestruturação da Usina de Reciclagem e Composta-gem, aumento da vida útil do aterro e educação ambiental junto às escolas e população. Esses objetivos estão in-trinsecamente ligados, pois o sucesso de um determina a viabilidade do ou-tro.

A revitalização da Usina, por meio da aquisição de novos equipamentos, reparação e recuperação dos antigos, da reforma das instalações existentes e construção de novas, viabilizou a ocupação da mesma pela COOPRELP – Cooperativa de Reciclagem de Len-çois Paulista, sendo que estas práti-cas determinaram o alongamento da vida útil do aterro, porque permitiram melhor aproveitamento dos materiais contidos no lixo e a realização da com-postagem dos materiais orgânicos.

Com a formação da COOPRELP, tornou-se possível implantar a coleta seletiva, que está sendo complemen-tada com um trabalho de educação ambiental. Este trabalho está em an-damento nas escolas municipais e pri-vadas, por meio de atividades em salas de aula com cartilha especificamente

desenvolvida, sendo aos poucos, le-vado também a toda população pe-las crianças e por meio de atividades junto aos clubes de serviços, igrejas, associações de moradores de bairros e também de porta em porta nas re-sidências.

Espera-se que o trabalho de edu-cação ambiental persistirá, por longo tempo, determinando a coleta seleti-va como prática cotidiana da cidade. A inclusão social e a implantação da coleta seletiva desejadas foram possí-veis devido à participação da ADEFILP – Associação dos Deficientes Físicos de Lençóis Paulista, em razão de ser a úni-ca entidade social relacionada à coleta de recicláveis e cujos associados são, na sua maioria, pessoas carentes, com grande dificuldade para encontrar tra-balho formalmente remunerado.

A parceria ADEFILP-COOPRELP in-cluiu socialmente dois grupos de pes-soas com as mesmas necessidades, com aptidão para o mesmo trabalho: separar materiais recicláveis.

A Usina de Reciclagem e Compos-tagem, que estava sucateada, era ope-rada por funcionários públicos, que apresentavam elevado índice de ab-senteísmo (falta de assiduidade no tra-balho), resultando pequena produção e desativação do processo de compos-

MELHORES PRÁTICAS

Com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros, por meio do estímulo à disseminação e reaplicação de melhores práticas de gestão local, foi criado o Programa CAIXA Melhores Práticas em Gestão Local .Inspirado no “Best Practices and Local Leadership Programme – BLP”, do Habitat/ONU, o Programa promove a reaplicação de melhores práticas.Apresentamos aqui os exemplos de comunidades que inovaram suas práticas e já contribuem para a melhoria do planeta. São práticas realizadas em várias cidades do Brasil e podem servir como inspiração e exemplo.

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tagem, comprometendo a vida útil do aterro, porque eram lançados diaria-mente40 toneladas de rejeitos, das 42 toneladas de lixo que chegavam. Na cidade, deficientes físicos e catadores de rua competiam entre si na cole-ta irregular de materiais, e empresas particulares de recicláveis lucravam com esta situação, impossibilitando a ascensão social destes que, sem outra alternativa, eram dependentes da As-sistência Social do município, além de terem crianças fora da escola.

Energia Limpa

Por meio da iniciativa de urbaniza-ção da Comunidade Mocotó, objetivou--se desencadear processos educativos de mudança de valores e práticas indi-viduais e coletivas, estabelecendo inter--relação entre o novo ambiente constru-ído, o ambiente natural e as condições de vida e de saúde. A proposta visava também a oportunizar aos moradores da comunidade o acesso às alternativas de qualificação profissional e de gera-ção e aumento da renda familiar. Com a prática em andamento, foi alcan-çada a qualificação dos mo-radores para serem agentes multiplicadores de ações no enfrentamento dos proble-mas ambientais e sanitários, por meio de eixos temáticos relaciona-dos à educação ambiental e sanitária e à

mobilização comunitária. A partir disso, o principal resultado alcançado, na co-munidade foi a apropriação de tecnolo-gias sociais alternativas, como a dos co-letores solares e dos forros ecológicos. As ações educativas resultaram ainda:

* Utilização de materiais recicláveis como forma sustentável de inclusão social, ampliação econômica e preserva-ção ambiental;

* Organização de grupo de mulhe-res no processo produtivo dos coletores como forma de gerar renda num siste-ma cooperativo dinamizando a convi-vência;

* Redução do consumo e dos custos relativos à energia elétrica;

* Otimização estrutural da moradia com a instalação interna dos forros tér-micos, o que possibilita ao sótão con-dições amenas de temperatura, sendo possível a utilização do espaço como mais um cômodo;

* Ampliação do conforto doméstico com distribuição de água quente para torneiras e chuveiros;

* Criação da Comissão de Meio Am-biente;

* Retomada do Projeto Frentes Tem-porárias de Trabalho, com a qualificação e utilização de multiplicadores de edu-cação ambiental na comunidade;

* Implantação da coleta seletiva, com a inclusão da comunidade no ro-teiro da coleta e consequentemente no contexto da cidade;

* Criação de hortas caseiras favore-cendo o entendimento do espaço como ambiente natural e produtivo.

Rede Solidária

Os objetivos visados e alcançados pela Rede de Cooperação e Comercia-lização Solidária são:

* apoiar, de forma concreta, a rede de organização dos agricultores fa-miliares e assentados, promovendo o fortalecimento das organizações dos agricultores e aumento da sua renda;

* incluir quilombolas e pescadores artesanais da região como protagonis-tas, produzindo alimentos, aumentan-do a auto-estima das pessoas, em con-junto com a retomada da produção dos alimentos;

* possibilitar, às cooperativas re-gionais dos agricultores, a ampliação do acesso ao mercado institucional, encorajando-os produzir e investir nas propriedades;

* favorecer processos de melhoria na industrialização e beneficiamento dos produtos agropecuários, agregan-do renda e diversificando a produção;

* valorizar a produção da agricultu-ra familiar e ampliar a produção ecoló-gica de alimentos por meio do acesso à capacitação e assistência técnica, diminuindo os impactos negativos ao meio ambiente, além de garantir bons preços aos agricultores;

Jardim Vale das Flores

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* aumentar o vínculo de solidarie-dade entre as populações urbanas e rurais;

* minimizar e gradativamente combater a fome que atinge milhares de famílias em Pelotas e região;

* comprometer as comunidades locais, por meio das organizações re-ligiosas, escolas e associações na iden-tificação das famílias em situação de indigência;

* realizar o preparo e a distribuição de refeições nas sedes das comunida-des por meio do trabalho voluntário;

* aumentar a capacidade de pro-dução de refeições distribuídas por dia e por mais vezes na semana, potencia-lizando a recuperação nutricional das famílias que as recebem;

* consolidar o trabalho comunitá-rio como prática solidária e democráti-ca para a solução de problemas sociais emergentes, como a fome.

Nas duas últimas décadas, fruto das políticas de desenvolvimento ado-tadas para a agricultura, com a moder-nização excludente que privilegiou as culturas de exportação em detrimen-to da agricultura tradicional familiar, aconteceu na região um intenso êxo-do rural. As famílias dos pequenos municípios rurais migraram em massa para Pelotas, gerando um crescimento desordenado e um significativo popu-lacional em situação de miséria. Frente

a esta realidade, as prioridades foram estabelecidas visando ao desen-volvimento territorial, por meio do apoio aos agricul-tores familiares, quilombo-las, assentados de reforma agrária e pescadores arte-sanais e da ampliação dos programas de segurança alimentar para o enfrenta-mento da fome.

Orquestra

MÚSICA QUE TRANSFORMA

Na comunidade do Coque, em Re-cife, os jovens viam-se destinados ao subemprego ou, até mesmo, à mar-ginalidade. Um cenário mudou em-balado pelos acordes virtuosos da Or-questra Cidadã. Hoje, os 130 meninos e meninas, selecionados pelo projeto, passam 5 horas por dia na escola. Lá, aprendem a tocar e cuidar dos instru-mentos, recebem alimentação ade-quada, acompanhamento psicológico, aulas de informática e línguas, assis-tência médica e odontológica, além de dicas de boas maneiras e higiene pessoal. O resgate da auto--estima e a perspectiva de uma carreira têm modificado não só suas vidas, mas também a de suas famílias. Entre os novos sonhos: tocar pelo mundo em orquestras consagra-

das como as de Berlim e Varsóvia.

Barra Desperta

O DESPERTAR DO DESENVOLVIMENTO

Quando as rodovias tornaram-se o principal meio de transporte da região, a cidade baiana de Barra, localizada às margens do São Francisco, viu sua economia declinar. A retomada acon-teceu com a adoção de um novo programa de governança urbana, baseado na gestão participativa, proposto pela pre-feitura. A prioridade foi construir as estradas que hoje ligam Barra a vários municípios, além de obras estruturais como pavimentação urbana, prédios escolares, iluminação pública, abaste-cimento de água e postos de saúde. As manifestações culturais e o artesanato típico da região também receberam apoio. Fora da cidade, a iniciativa con-tou com o Projeto Brejos da Barra, que realizou um trabalho importante para o desenvolvimento da zona rural, com as obras de relevância social, educa-cional e econômica.

Artideias

Mulheres de uma região menos favorecida em Vitória, Espírito San-to, iniciaram um grupo de produção em 2003 e criaram a Artideias, visan-

Rede Solidária

Orquestra

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doa promover a inclusão produtiva, social e financeira, e desenvolver a autogestão buscando cooperação, solidariedade e distribuição igualitária dos resultados. Ao emprestar dinhei-ro para outros grupos que foram se constituindo, foi realizada a primeira ação de um Banco Comunitário. As comunidades do entorno se envolveram e fundaram um Banco Comunitário de desenvolvimento chamado Banco Bem, que busca o de-senvolvimento local e sus-tentável das comunidades envolvidas.

Os produtos do banco são: linhas de crédito produtivo, habitacional e de consumo, moeda local circulante e correspondente bancário da Caixa Econômica Federal, que facilitou o acesso a serviços bancários tradicio-nais e promoveu a inclusão financeira. Do crédito habitacional nasceu outro projeto chamado Bem Morar, com o objetivo de combater a precarieda-de de moradias através do acesso ao crédito habitacional e de tecnologias limpas para construção e reforma, que respeitem o meio ambiente e promo-vam o uso racional de materiais de

construção e de energia, promovendo ainda a dignidade das famílias.

Surgiu a necessidade da formação de lideranças e das pessoas dos em-preendimentos existentes, e assim foi criado o Bem Aprender – Escola de Economia Solidária, inspirado na co-operação e autogestão no trabalho e em todas as instâncias de produção da vida, e tem como objetivos:

* Fortalecer a organização dos tra-balhadores em torno de um projeto econômico-social;

* Facilitar o processo de construção de novas relações entre as pessoas e, também, entre elas e a natureza; ofe-recer as ferramentas necessárias para a vivência do trabalho-criação; e inte-grar desenvolvimento local com Eco-nomia Solidária. O Bem Incubar com a função de dar apoio e buscar o cresci-mento dos grupos hoje dá suporte à CoopBem – Cooperativa dos Bens da Artidéias, que abriga seis empreendi-mentos solidários.

Bairro-Escola

AULAS DE CIDADANIA E BOA GESTÃO

Foi a partir do Plano Municipal de Educação que surgiu o Bairro-Escola. Programa responsável por uma ver-

dadeira revolução no ensino público municipal de Nova Iguaçu/RJ. Sua ideia central é a de que o aprendiza-do ocorre não somente nos limites da escola, mas em todos os pontos da comunidade. E foi munida desse es-pírito que a iniciativa mudou radicalmente a rotina dos estudantes da região. Hoje eles chegam às 7 horas, fa-zem cinco refeições diárias e, depois das aulas, partici-pam de oficinas de aprendi-zagem e atividades esporti-vas, culturais e de lazer, em instituições ou espaços do bairro cedidos pela comuni-dade.

O programa já atende a 30.000 alunos e beneficia 290.000 morado-res, além de envolver inúmeros vo-luntários e atores sociais. Por meio de objetivos comuns e complementação de papéis, Nova Iguaçu vem mostran-do para o Brasil que a educação pode ser mais comunitária e a comunidade mais educadora.

Baú de Leitura

O projeto visa a melhorar a qua-lidade da educação das famílias que vivem na área rural, na região semi-

Bairro EscolaArtideias

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-árida da Bahia, mediante a inserção sistemática de processos de leitura prazerosa, dinâmica, contextualizada e crítica. Participam do projeto pro-fessores, monitores, alunos, as famílias e a comunidade, contribuindo para a construção de políticas públicas locais de educação e de leitura.

A prática visa a despertar o inte-resse pela leitura prazerosa e contex-tualizada nos educadores envolvidos no PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) e na escola regular, sensibilizando-os para gostar de ler, tornarem-se educadores leitores e praticar a leitura com seus alunos. São usadas histórias infanto-juvenis, como instrumento para conhecer a própria história, a da região e a do país, encan-tar-se e distrair-se, desenvolver a ima-ginação, a criatividade, a linguagem, o processo de comunicação e reflexão.

Para o alcance desses objetivos foram capacitados edu-cadores em processos de leitura e estes por sua vez, trabalham 04 horas por se-mana, com 19.774 crianças, a leitura, a contextualiza-ção da mesma e apresenta-ções com as quais elas mos-tram aos pais e comunidade aquilo que leram e interpre-

Baú de Leitura

taram. Foram 43 Prefeituras que adquiram livros para o projeto. Como resultado as crianças realizam as se-guintes atividades: apresentações, dramatizações, músicas, contação de histórias, reisados, cantorias, poesias e contos.

“As crianças estão mais alegres, descobrem melhor a vida. O projeto é uma ca-minhada e queremos que seja uma política. Por isso não podemos considerar os objetivos como definiti-vamente atingidos. Há pas-sos, progressos, problemas, vitórias, dificuldades. É im-portante que a cada dia te-nhamos mais adeptos.”

O projeto Baú de Leitura objetiva difundir a leitura prazerosa e contex-tualizada entre crianças que não têm acesso à leitura e também às escolas carentes de bibliotecas. Começou a partir de um debate, entre MOC e UNI-CEF, sobre ações complementares à escola, que se conhecia em outras re-giões, e que poderiam contribuir com o PETI-BA.

Vale Flores

UM JARDIM DE BONS EXEMPLOSNo Jardim Vale das Flores, em Ta-

boão da Serra/SP, Prefeitura, ONGs e moradores viveram um aprendizado que resultou em profundas mudan-ças para todos. O que seria apenas um programa para combater as condições insalubres de moradia, tornou-se um conjunto de ações integradas de ha-bitação, saneamento, educação am-biental, mobilização e trabalho social.

Melhorias habitacionais, novas moradias, infraestru-tura, saneamento, arboriza-ção e vários equipamentos públicos dividiram a pauta com a regularização fundiá-ria, a capacitação profissio-nal e a geração de emprego e renda. Juntas, Prefeitura e Lideranças Comunitárias desenvolveram um mode-lo de gestão participativa, batizado de “Poder Local”, para garantir a continuida-de do projeto. Hoje, não só a aparência da região mu-dou, como a mentalidade da população também.

http://www.caixamelhorespraticas.com.br

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É fESta!

programE-SE

JULHO

01 Maria Aparecida Nunes04 Maria Aparecida Sartorelli Maria Tavares Cláudia Regina Corrêa Ribeiro Jandira Rodrigues05 Diva Mucci Maria Luiza Novais 08 Terezinha Balestieri09 Maria da Encarnação Cleonice Aparecida Lourenço10 Adelina Silva 12 Rosalba Perotti16 Maria del Carmen Canales (Conselheira Geral PJ)18 Susana Walchak Marija Pece (Conselheira Visitadora)20 Lúcia Aparecida dos Santos25 Maria Socorro Oliveira29 Olga Antunes Moreira Maria Bernadette Camargo

JULHO

01 a 07 Retiro Anual – Centro José Alamano08 a 15 Retiro com Ir. Maria Ko – Campo Grande - MS12 a 15 Congresso Nac. dos SSCC – Campo Grande – MS14 a 22 Semana Missionária24 a 28 Avaliação Trienal – Argentina28 Encontro Ex-alun@as Jovens – Espaço Jovem

AGOSTO

02 Reunião do Conselho Inspetorial03 a 05 Assembleia Regional da CRB04 Encontro Pós-Missão – Espaço Jovem05 140 anos do Instituto das FMA05 Encontro da Comunidade Inspetorial no Carmo: Celebração dos 140 anos do Instituto

AGOSTO

09 Oda Junqueira10 Maria Amélia dos Santos Raquel de Godoy Retz11 Giuseppina Franco14 Iracema Schoeps15 Luigia Seghezzi Cecília Miguel do Nascimento17 Pierina Stringari18 Hideco Taba19 Aline de Oliveira Leite – postulante20 Helena Gesser21 Donância Maria de Godoy22 Ruth Dias25 Ilka de Moraes Périllier

Celebrando a vida - Aniversariantes

Agenda de Eventos

06 Reunião SAV – Colégio de Santa Inês 07 Reunião Equipe PJ/FMA Reunião Conselho da Família Salesiana08 Reunião do Cons. Insp., GREI, Diretoras e Ecônomas Reunião do Conselho Inspetorial e GREI Reunião do âmbito da Pastoral Juvenil12 Dia dos Pais18 Romaria da Família Salesiana19 II Jornada Vocacional - Vale20 Reunião Diretoras, Ecônomas e Eixo 1 Reunião Dir., Ecôn. e Gerentes Adm. das Escolas21 Conselho Inspetorial21 a 24 NOVINTER I25 II Jornada Vocacional – Espaço Jovem24 a 26 Enc. de Cong. que trabalham com a Juventude

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lEmbranÇa

17 de maio Sra. Odete Dias, irmã de Ir. Olympia Dias

20 de maio Sra. Maria das Dores de Lima, mãe de Ir. Maria Martha de Lima

24 de maio Ir. Theodolinda Rocco

13 de junho Sra. Maria das Dores Rosa da Silva, mãe de Ir. Francisca Rosa da Silva

“Vocês passaram a fazer parte de uma família que é toda de Nossa Senhora; vocês são pucas, desprovidas de meios materiais e não têm o apoio da aprovação humana. Nada as perturbe. As coisas mudarão e vocês terão tantas educandas que não saberão onde colocá-las...Sim, posso assegurar-lhes que o Instituto terá um grande futuro, se vocês se mantiverem simples, pobres, mortificadas.”

Palavras de Dom Bosco às primeiras FMA, 5 de agosto de 1872

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Todos estes que aí estãoatravancando o meu caminho,eles passarão.Eu passarinho!

Mário Quintana