EM TEMPO - 26 de fevereiro de 2016

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PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 1,50 TEMPO EM MANAUS FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA E PÓDIO. MÍN.: 26 MÁX.: 38 O JORNAL QUE VOCÊ LÊ ANO XXVIII N.º 9.037 SEXTAFEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016 PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O presidente soltou a voz du- rante tributo a Ray Charles, na Casa Branca. Ele chegou a dizer no início do evento que não ia cantar, mas acabou não resistin- do à tentação. Mundo C7 Obama solta a voz em tributo a Ray Charles CASA BRANCA JOSÉ MELO Novo corte para equilibrar receita Caso a arrecadação do Estado continue em queda, o governador José Melo será obrigado a fazer novo corte no número de secretarias estaduais e, consequentemente, no quantitativo de servidores públicos. Economia B1 No 100º Fórum Nacional, Melo disse que os cortes de 2015 não foram suficientes para equilibrar a receita Ao lado da mulher Michelle, Obama canta em homenagem a Ray Charles “João Branco” foi preso em Pacaraima, Roraima, quando tentava entrar no Brasil pela fronteira Chefão do tráfico é preso na fronteira Considerado um dos criminosos mais procurados do Amazonas e líder da facção criminosa Família do Norte (FDN), “João Branco” foi preso, na manhã de ontem, pela Polícia Federal quando tentava entrar no Brasil pela fronteira com a Venezuela. Nem a mudança facial feita por meio de cirurgias plásticas e o uso de documento falso impediram o narcotraficante de ser preso. “João Branco” é foragido do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no quilômetro 8 da BR-174 (Ma- naus – Boa Vista), desde março de 2014. Dia a dia C1 DIVULGAÇÃO O Vasco ficou apenas no empa- te por 2 a 2 com o Friburguense, em São Januário, pelo Cariocão. Com o resultado, o time dá adeus aos 100% de aproveitamento na competição. Pódio E3 Dez autos de infração foram lavrados e 15 caixas de som foram apreendidas durante a primeira operação de combate à poluição sonora deste ano, na área do Centro. Dia a dia C2 Com o desligamento de usinas térmicas, a cobrança extra na conta de luz, feita por meio da bandeira ta- rifária, será elimi- nada, diz o ministro Eduardo Braga. Última hora A2 Os exames terão início às 8h (horário de Manaus), na capital e nos 61 municípios. Os candidatos deverão comparecer ao local de provas com antecedência míni- ma de uma hora. Dia a dia C2 Vasco diz adeus aos 100% Combate à poluição sonora Cobrança extra na conta vai ser eliminada PSC será realizado no domingo EMPATE NO CENTRO EDUARDO BRAGA UFAM RUDY TRINDADE/FRAME EBC DIEGO JANATÃ DIVULGAÇÃO

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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TEMPO EM MANAUSFALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, POLÍTICA, DIA A DIA, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, PLATEIA E PÓDIO. MÍN.: 26MÁX.: 38

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

ANO XXVIII � N.º 9.037 � SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016 � PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES � DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O presidente soltou a voz du-rante tributo a Ray Charles, na Casa Branca. Ele chegou a dizer no início do evento que não ia cantar, mas acabou não resistin-do à tentação. Mundo C7

Obama solta avoz em tributoa Ray Charles

CASA BRANCA

JOSÉ MELO

Novo corte para equilibrar receitaCaso a arrecadação do Estado continue em queda, o governador José Melo será obrigado a fazer novo corte

no número de secretarias estaduais e, consequentemente, no quantitativo de servidores públicos. Economia B1

No 100º Fórum Nacional, Melo disse que os cortes de 2015 não foram sufi cientes para equilibrar a receita

Ao lado da mulher Michelle, Obama canta em homenagem a Ray Charles

“João Branco” foi preso em Pacaraima, Roraima, quando tentava entrar no Brasil pela fronteira

Chefão dotráfi co épreso na fronteira

Considerado um dos criminosos mais procurados do Amazonas e líder da facção criminosa Família do Norte (FDN), “João Branco” foi preso, na manhã de ontem, pela Polícia Federal quando tentava entrar no Brasil pela fronteira com a Venezuela. Nem a mudança facial feita por meio de cirurgias plásticas e o uso de documento falso impediram o narcotrafi cante de ser preso. “João Branco” é foragido do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no quilômetro 8 da BR-174 (Ma-naus – Boa Vista), desde março de 2014. Dia a dia C1

DIVULGAÇÃO

O Vasco fi cou apenas no empa-te por 2 a 2 com o Friburguense, em São Januário, pelo Cariocão. Com o resultado, o time dá adeus aos 100% de aproveitamento na competição. Pódio E3

Dez autos de infração foram lavrados e 15 caixas de som foram apreendidas durante a primeira operação de combate à poluição sonora deste ano, na área do Centro. Dia a dia C2

Com o desligamento de usinas térmicas, a cobrança extra na

conta de luz, feita por meio da bandeira ta-rifária, será elimi-nada, diz o ministro Eduardo Braga. Última hora A2Os exames terão início às 8h

(horário de Manaus), na capital e nos 61 municípios. Os candidatos deverão comparecer ao local de provas com antecedência míni-ma de uma hora. Dia a dia C2

Vasco diz adeusaos 100%

Combate à poluiçãosonora

Cobrança extra na conta vai ser eliminada

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MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016A2 Ultima horaUltima hora

Concurso n. 845 (25/02/2016)

Extração nº 05052 (24/02/2016)

FEDERAL

Prêmio Bilhete Valor (R$)

Concurso n. 1466 (23/02/2016)

22 34 35 36 45 50

DUPLA�SENA

Primeiro sorteio

18 23 26 27 34 48

Segundo sorteio

Concurso n. 1636 (24/02/2016)

LOTOMANIA

03 07 09 12 1620 25 31 32 4042 51 52 55 6670 72 77 85 92

Concurso n. 4018 (25/02/2016)

04 12 32 44 60

QUINA

LOTOFÁCIL

TIMEMANIA

Time do coração

LONDRINA /PR

LOTERIAS

Concurso n. 1793 (24/02/2016)

MEGA�SENA

FONTE: CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

13 14 22 54 56 58

14 22 26 42 49 69 78

01 03 04 05 07

10 13 14 16 17

18 20 22 23 25

Concurso n. 1327 (24/02/2016)

1º 34343 300.000,00

2º 17825 17.000,00

3º 43416 16.000,00

4º 57081 15.000,00

5º 25485 14.087,00

Tarifa extra de energia deverá acabar em abril Ministério de Minas e Energia defi niu que a partir de abril a tarifa vigente será a bandeira verde, que é mais barata

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AÇÃO

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AÇÃO

/SSP

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AÇÃO

Anúncio foi dado pelo ministro Eduardo Braga após uma reunião com a diretoria geral da Agência Nacional de Energia Elétrica

Sérgio Fontes, da SSP, destacou o crescimento no combate aos crimes

Segundo sindicato, sistema de transporte no interior é ruim

A partir do dia 1º de abril, o consumidor de energia elétrica não terá mais que

pagar o encargo adicional do sistema de bandeiras tarifá-rias, o que deverá baratear a conta de luz em, aproximada-mente, 10% entre os custos de janeiro e abril.

O Ministério de Minas e Energia defi niu que a partir do próximo mês a bandeira vigente será a verde, que não encarece a conta de luz. A decisão foi anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, após reunião com o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Romeu Rufi no, e o presidente do ONS (Operador Nacional do Sistema).

O martelo foi batido devido à recuperação dos reservatórios das regiões Sudeste e Nordes-te. Nesta quinta-feira (25), os reservatórios dessas regiões superaram as marcas de 50% e 30%, respectivamente.

Tais níveis, segundo o gover-no, garantem que as térmicas que custam mais do que R$ 250 sejam desligadas a partir de 1º de março e as que custam R$ 211 por megawatt-hora sejam desligadas a partir de 1º de abril – são esses custos

que defi nem qual bandeira será vigente para cada mês.

Em uma conta aproxima-da, quando a bandeira passar para amarela, a conta de luz será reduzida em mais 3%, além dos 3% de desconto já dados em fevereiro: a ban-deira vermelha passou do pa-tamar 2 para 1 (a chamada “bandeira rosa”).

Com o novo corte, entre o que o consumidor pagou em fevereiro e o que pagará em abril, deve fi car 6,5% mais baixo, em média. Outros fato-res que ajudaram na decisão são a entrada em operação de novas usinas hidrelétricas e a queda no consumo de energia.

A diferença entre o volume de térmicas que fi carão liga-das com custo entre R$ 211 e R$ 250 por MWh, o que impede que a bandeira fi que verde já em março, é residual - cerca de 2.000 MW de potência.

No entanto, segundo o mi-nistro, essa geração será im-portante para que as térmicas mais caras não voltem a ser ligadas tão cedo.

“Estamos querendo em no-vembro, no fi m do período seco, chegar com os reserva-tórios no Sudeste com 30%, e não mais 20%, como prevía-mos”, disse o ministro.

Reunião coordenada pela Secretaria de Seguran-ça Pública do Amazonas (SSP-AM) na tarde desta quinta-feira (25) discutiu as novas estratégias que estão sendo aplicadas para reduzir os crimes violen-tos em Manaus, principal-mente os homicídios. O reforço nas investigações para prender os autores, o aumento no policiamento ostensivo nas áreas crí-ticas e investimentos no Departamento de Polícia Técnico-Cientifi ca estão entre as novas medidas.

O secretário de Segu-rança Pública, Sérgio Fon-tes, explicou que algumas dessas ações já foram iniciadas no mês passa-do. “Janeiro tivemos um aumento de seis casos de homicídios, comparado a janeiro de 2015. Agimos de imediato para evitar que fosse um crescimento maior, fazendo operações nos locais críticos. Agora

em fevereiro, certamente, se não houver nenhum fato fora do normal, vamos terminar com um número menor que o mesmo período do ano pas-sado”, disse.

Ele destacou que serão di-recionadas mais equipes de investigadores e delegados para atuar nos inquéritos de homicídios. “Vamos continuar com as operações de presença nas ruas, que dão resultado na violência normal (latrocínio e

crime passional). Mas temos os crimes de encomenda, em que o homicida precisa matar e costuma matar várias vezes. São esses que precisamos localizar e prender”, afi rmou Sérgio Fontes.

Neste ano, a DEHS já pren-deu 35 pessoas por homicídio. “Tivemos um índice de prisões muito elevado ano passado. Os índices de prisão agora, no mês janeiro e fevereiro, já aumentaram quase 40%”.

CONTRA O CRIME

SSP traça estratégias de combateINFRAESTRUTURA

Ano letivo começa sem transporte em Iranduba

O ano letivo começou, porém, para alunos da rede estadual, em Iranduba, está difícil chegar às salas de aula. Segundo denúncias feitas pelo presidente do Sindicato dos Trabalha-dores em Educação do Amazonas (Sinteam), pro-fessor Marcus Libório, os jovens da cidade estão sem transporte escolar. O problema também é en-frentado em Maués (a 356 quilômetros de Manaus).

O presidente informou que já houve reuniões com membros da secretaria mu-nicipal de Iranduba, porém, a situação não foi resolvida.

“O secretário disse que ia solucionar, mas até agora não foi resolvido o problema. Por isso é que estamos fazendo essa de-núncia. Não temos culpa se é falta de licitação. Não podemos ser penalizados

por questão burocrática. Não recebemos nenhuma justifi cava plausível. Alguns pais estiveram em reunião, mas até agora o problema persiste. Acho que a secre-tária deveria arrumar logo uma solução, porque eles cobram resultados dos pro-fessores, mas muitas vezes isso acaba interferindo no aproveitamos dos alunos”, disse Libório.

De acordo com o relato da Associação de Pais e Mes-tres, os alunos precisam an-dar vários quilômetros para chegar às escolas. “Eles já procuraram a Seduc (Secre-taria de Estado da Educa-ção) e não tiveram resposta. Isso tem um prejuízo para os alunos e pais. Os pais estão gastando para levar os alu-nos para a escola. Isso atra-palha o calendário escolar e o conteúdo ministrado”, afi rmou o presidente.

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MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016A3OpiniãoOpinião

Um surto de amnésia abala o país. A começar pela prata de casa: a secretária estadual Regina Fernandes, da Assistência Social, depois de exercer a mesma função nos governos de Eduardo Braga, Omar Aziz e, agora, no de José Melo, não sabia e nem foi avisada por sua assessoria de que é proibido, nos termos da lei, a acumulação de cargos, empregos e funções públicas e acumulação de remuneração, até que o juiz Leoney Figliuolo, da 2ª Vara da Fazenda do Estado, lembrou-a e para que não esquecesse condenou-a a ressarcir o Estado.

Além da divisa amazonense, a amnésia concorre em agressividade com a dengue, chikungunya, zika vírus, microcefalia (o encolhimento do cérebro de nascituros), prin-cipalmente no Planalto Central do país. A presidente Dilma Rousseff não sabia dos “malfeitos” na Petrobras, no tempo em que mandava nas Minas e Energia, e que virou o escândalo do petróleo. Antes dela, Luiz Inácio Lula da Silva não tinha e continua a não ter a menor ideia do que acontecia de errado durante os seus dois mandatos, principalmente aquele episódio, cantado em prosa e verso como mensalão. Agora é a vez do marqueteiro João Santana, que ajudou a eleger os governos petistas, preso com a mulher, que não lembra de como cresceu a fortuna que acumulou em bancos estrangeiros e esqueceu de declarar à Fazenda brasileira.

Marqueteiro é o publicitário que põe na boca dos políticos a palavra “que o povo quer ouvir”, e os políticos acreditam que é sua. João Santana sabe muito bem disso. Por isso, jamais acreditou nos governos petistas que elegeu, o que justificaria levar o dinheiro para fora do país. Santana disse à Polícia Federal que esses milhões de dólares garantiriam uma aposentadoria segura, o que não é possível na gestão petista. É assim que o Brasil ganha “um povo sem memória”.

Investigue–se

Na avaliação de Rotta, as cerca de 14 milhões de páginas de docu-mentos reunidas ao longo de seis meses de trabalho deixam claro a necessidade de aprofundamento na investigação sobre tráfi co de infl uência no banco.

— A formação do grupo de campeãs nacionais, a facilidade dada a essas empresas para con-seguirem empréstimos junto ao BNDES, é um apontamento evi-dente de que havia interferência política no processo –, ressalta o parlamentar.

Nada de fechar os olhos

Para Rotta, o relatório deve-ria ter seguido a sugestão de sub-relatores de indiciamento de pessoas envolvidas nas tran-sações do banco.

— Cabe ao Ministério Público acatar ou não o indiciamen-to proposto pela CPI. O que não podemos é fechar os olhos quanto aos fatos apurados –, acrescenta.

Dia da pesca....

O Deputado Átila Lins (PSD–AM) fez apelo à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, para que seja agilizado o recadas-tramento dos pescadores de todo o país.

Isso para evitar que os ver-dadeiros profi ssionais da pesca continuem sofrendo com o não pagamento do seguro-defeso.

— No Estado do Amazonas é grande o contingente de pescadores que sofre pelo não recebimento desse benefício –, bateu o parlamentar.

...E do pescador

Lins disse que esse auxílio foi suspenso pelos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.

A Câmara e o Senado, sensi-bilizados com o drama dos pes-cadores, aprovaram um decreto legislativo restabelecendo o pa-gamento do seguro-defeso.

— Essa decisão, todavia, foi suspensa pelo Supremo Tribu-nal Federal. Ficou decidido que seria feito um recadastramento em nível nacional, para corrigir eventuais falhas no processo de concessão do seguro.

Não é justo

Átila pediu da tribuna da Câmara dos Deputados que esse recadas-tramento seja feito com urgência.

— Não é justo que os verda-deiros pescadores, os que vivem realmente do seu trabalho, sejam punidos com o não recebimento do seguro-defeso.

Desculpa amarela

O deputado Sabá Reis (PR) fa-lou sobre a posse do vereador licenciado, Fabrício Lima (SDD), na Secretaria de Esporte do Es-tado(Sejel), na última terça e jus-tifi cou a ausência da maioria dos deputados no evento.

— Nossa agenda foi muito cor-rida. Tivemos votação e fi camos na casa até as 17h.

Sem rancor

Os deputados não foram lá na posse de Fabrício.

Mas, demonstrando que não guarda rancor, o novo secretário foi lá, no plenário da Aleam.

Mas se limitou a visitar os depu-tados Sabá e David Almeida (PSD).

Amigos Futebol Clube

Segundo Fabrício, aproximada-mente 40 mil ingressos do jogo benefi cente Amigos do José Aldo x Amigos do Pizzonia estão sen-do trocados por alimentos não perecíveis, até está quinta (25).

Limonada

Sabá Reis elogiou o esforço solidário do secretário.

— É assim mesmo que o Fa-brício tem que fazer. Tirar leite de pedra, fazer limonada com um limão e seguir em frente –, disse Sabá.

Batman e Robin

Os deputados José Ricardo (PT) e Luiz Castro (Rede) divergiram suas opiniões durante seus pro-nunciamentos.

Fato inédito, já que a dupla sempre se junta para “bater” no governo federal, governo do Es-tado e na prefeitura.

Não necessariamente nessa ordem.

O racha entre a dupla dinâmica foi causado pelas pesadas críticas que Luiz Castro fez da situação precária da política econômica brasileira e lembrou que mais uma agência avaliadora de créditos rebaixou o país e ele pôs a culpa no Partido dos Trabalhadores.

Virou moda

Foi o sufi ciente para Zé Ricardo saltar nas tamancas.

— Todo mundo fala mal do PT. Parece que isso virou moda.

A CPI do BNDES foi encerrada nesta quinta-feira (25) com a aprovação do parecer do relator, deputado José Rocha (PR-BA), por 27 votos a 7.

Mas a sensação é de que essa CPI, como tantas outras, terminou em pizza.Não por culpa de seu presidente, o deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), que não

tem direito a voto. Apesar do apelo de vários parlamentares da comissão – entre eles, o próprio Rotta –, não houve indiciamento de ninguém.

Acabou em pizza

Uma gente sem memória [email protected] | [email protected]

Contexto3090-1017/8115-1149

VAIAS APLAUSOS

Para a cara de pau do marqueteiro João Santana, que “não sabia” que precisava declarar contas no exterior. Ele admitiu à Polícia Federal, na manhã de ontem (25), que é dono da off shore Shellbill Finance SA, na Suíça, e que os valores recebidos em suas contas foram por serviços prestados a campanhas eleitorais no exterior, entre elas a de Angola e do Panamá. Nenhum centavo do Brasil.

Cara de pau do SantanaDIVULGAÇÃO

Para a Câmara Municipal, que decidiu descontar nos salários as faltas dos vereadores que, em período eleitoral, desaparecerem da casa. O presidente Wilker Barreto (PHS) advertiu que vai fazer doer no bolso para coibir a prática do recesso branco, que geral-mente ocorre durante as campanhas às eleições.

Vereador que faltar será punidoDIVULGAÇÃO

[email protected]

Marco Antônio Barbosa

Especialista em segurança e

diretor da CAME do Brasil

Nos próximos anos, crescerão os desafi os para mobilidade urbana nas metrópoles internacionais. Até 2030, a estimativa é de que a frota de carros, em todo o mundo, deva crescer cerca de 3% ao ano. Além disso, aproxima-damente 75% da população mundial vão morar em cidades até 2050.

No Brasil, a situação não é diferente. Segundo pesquisa do Projeto Sinal Livre realizada em 2014 em cidades como Belo Horizonte, São Paulo, Curi-tiba, Rio de Janeiro, Salvador e For-taleza, 47% dos entrevistados adota o automóvel como principal meio de transporte, seguindo as tendências exteriores. A prioridade ao foi dada recentemente, visto que 38% dos participantes trocaram de transporte nos últimos cinco anos – destes, 54% mudaram de transporte público para carro ou moto e 17% declararam ter passado a andar a pé. Esses números, por si só, exigem criativas soluções para a circulação de tantas pessoas dentro do próprio município.

Apesar da escolha por automóvel, muitos jovens têm optado por serviços de mobilidade compartilhados. Eles permitem que os usuários dividam carona ou mesmo o uso do mesmo carro, em horários estabelecidos pe-los próprios interessados. Nos países da Europa, muitos fabricantes estão apostando nesta tendência com vis-tas a ampliar o volume de vendas, principalmente entre clientes com idades de 18 a 34 anos. Em algumas cidades, também é notável o aumento da troca de informações sobre aciden-tes, obras, desvios e outros problemas de trânsito por meio das redes sociais. Esta é uma tendência que deverá ser maior no futuro próximo – não apenas no que diz respeito ao tráfego de automóveis, mas também para o transporte coletivo.

Os desafi os são grandes e não basta apenas o uso compartilhado de um módulo de transporte pú-

blico ou particular. Também são necessárias ferramentas modernas que contribuam para melhor gestão dos espaços e vagas em centros de compras, prédios comerciais e locais públicos. Os longos períodos de tempo presos no tráfego afetam a qualidade de vida dos motoristas e aumentam os riscos de acidente em cidades de pequeno e grande porte. Dados da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) indicam que tais acidentes geram, anual-mente, um prejuízo de R$ 40 bilhões aos cofres brasileiros.

Países que investiram em soluções para o trânsito, como Portugal, Es-panha e Irlanda, conseguiram reduzir o número de acidentes em até 50%. Como instrumento, as mais recentes implementações tecnológicas são de-senvolvidas para apoiar as iniciativas em prol de uma mobilidade urbana melhor e mais segura. Automatizado-res para portões e pilares automáti-cos, além de soluções modernas de parqueamento, permitem a gestão do espaço público de forma atualizada, garantindo mais segurança a moto-ristas e pedestres.

Entre as maiores tendências em mobilidade urbana, estão as leis que desestimulam o uso abusivo dos au-tomóveis. Elas causam mudanças rápidas no consumo de transportes de diferentes modalidades. No Reino Unido, alterações na tributação dos carros de pessoas jurídicas levaram a uma diminuição signifi cativa nas fro-tas de veículos corporativos. Criada nos anos 1990, a taxa de congestio-namento estabelecida pelo governo de Londres reduziu em 18% o trânsito na cidade inglesa.

A combinação dessas tendências é que desenvolverão um tráfego melhor para todos os habitantes, principal-mente se considerarmos aspectos como a segurança do usuário e até mesmo os impactos socioambientais.

Crescimento e mobilidade [email protected]

Marco Antônio Barbosa

Os longos períodos de tempo presos no tráfego afetam a qualidade de vida dos motoristas e aumentam os riscos de acidente em cidades de pequeno e grande por-te. Dados da ANTP indi-cam que tais acidentes geram, anu-almente, um prejuízo de R$ 40 bilhões aos cofres brasileiros”

Editorial [email protected]

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MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016A4 OpiniãoOpinião

Luiz Lauschner

Escritor e empresário

Painelcom credores internacionais. É a segunda vez que os investi-dores aceitam prolongar as negociações. Em dezembro, a empresa pedira mais tempo.

Sem contágio A cúpula da Odebrecht, que controla a empresa, acompanha com atenção o caso, mas tem dito a bancos que não há razão para pânico: o grupo não é fi ador da dívida – ou seja, em caso de calote, a holding fi caria protegida.

Não queremos O Conse-lho Federal de Medicina fi cará contra a proposta de retorno da CPMF. “Não falta tributo. O que falta é planejamento e gestão efi caz do dinheiro públi-co”, diz Carlos Vital, presidente da entidade.

Vai começar Celso Russo-manno (PRB-SP) se reuniu na quinta (25) com os presidentes dos 44 diretórios da sigla. O evento foi uma espécie de largada da pré-campanha à Prefeitura de SP.

Meus números Levanta-mento conduzido pelo comitê de João Doria indicou que ele ganharia as prévias tucanas para escolha do candidato a prefeito de SP, com 51% dos votos. A medição ocorreu por telefone, de 18 de janeiro a 18 de fevereiro, com 2.536 filiados.

Impacto A sondagem, por-tanto, foi feita antes da revela-ção dos áudios em que aliados de Doria dizem ter recebido ajuda fi nanceira para atuar em sua pré-campanha. A notícia arranha a imagem do tucano, mas difi cilmente a ponto de tirá-lo do páreo.

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Em meio ao ti-ti-ti gerado pelas polêmicas declarações de Mirian Dutra sobre o ex-aman-te Fernando Henrique Cardoso, acusado de bancar parte das despesas da jornalista no exterior por meio de uma empresa, um empresário se lembrou de uma conversa antiga:– Não esqueço as palavras de um senador quando estourou a crise de Renan Ca-lheiros e Mônica Veloso...E completou, provocando risos:– Se juntássemos todos os senadores que têm filho fora do casamento, daria para aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição – disse o gaiato, referindo-se ao alto quórum exigido para passar uma PEC no Congresso.

Bancada fi el

TIROTEIO

A oposição é monotemática e não consegue apresentar propos-tas para o Brasil. Eles estão todos obcecados pelo impeachment.

DO MINISTRO RICARDO BERZOINI  SECRETARIA DE GOVERNO�, sobre as recentes pressões dos adversários para tirar a presidente Dilma Rousseff do cargo.

A cúpula do Senado decidiu fazer operação-padrão para não julgar Delcídio do Amaral ao menos até que o STF se pronuncie sobre a denúncia contra o petista. O plano é enrolar o processo no Conselho de Ética, empurrando com a barriga a nomeação do novo relator do caso e esticando os prazos da comissão. Para os caciques do Senado, prosseguir com os trâmites agora abriria um precedente perigoso para os demais implicados na Lava Jato, entre eles o presidente Renan Calheiros.

Sobrevivência Os prin-cipais partidos da Casa compartilham o barco da Lava Jato. Estão nele três nomes do PMDB, Renan, Valdir Raupp e Romero Jucá; três do PT, Gleisi Hoff mann, Humberto Costa e Delcídio; dois do PP, Ciro Nogueira e Benedito de Lira, e um do PTB, Fernando Collor.

Espírito de corpo A oposição também não fi ca de fora: Aloysio Nunes, do PSDB, é alvo de inquérito desmembrado da operação. José Agripino, do DEM, tam-bém tem inquéritos abertos no Supremo, mas fora da Lava Jato.

Vai que eu vou Em con-versas reservadas, Renan tem questionado: se o Su-premo ainda não se posicio-nou sobre o caso de Delcídio do Amaral, por que o Senado teria de se antecipar?

Liga para mim Depois de tanto silêncio do Planalto, o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) vai procurar o antigo líder do governo para conversar.

Pre-pa-ra Com a pri-

são pedida pelo Ministé-rio Público, o ex-senador Luiz Estevão vive um duplo drama: ele casa uma de suas fi lhas neste sábado. “A festa vai acontecer, es-teja eu onde estiver. Se, em condições normais, meu desejo é fi car solto, imagine neste dia”, diz ele.

Bobeou Segundo alia-dos de Eduardo Cunha, ao nomear como vice-líderes deputados que tinham pro-metido voto no rival, Hugo Motta (PB), Leonardo Pic-ciani acabou entregando quem fez jogo duplo na eleição da liderança do PMDB e traiu o grupo do presidente da Câmara.

Contramão O número de pessoas que viajaram de avião no Brasil em ja-neiro caiu 4,7% frente a dezembro. Lá fora, con-tudo, o volume de passa-geiros cresceu 8,2% no período, segundo relatório que será divulgado nesta sexta (26) pela Anac.

Trégua A Odebrecht Óleo e Gás conseguiu mais prazo para recompor as garan-tias de uma dívida bilionária

As eleições municipais se aproximam e vamos ver novamente os candidatos se acusando e prometendo um mundo melhor. Vamos assistir também os adversários de ontem de mãos dadas, assim como os aliados de ontem vo-ciferando uns contra os outros. Já nos acostumamos a isso. Muitos não en-tendem como alguns políticos podem mudar tão drasticamente.

Oportunismos, corrupções e casuís-mos à parte, este tipo de comporta-mento dos políticos não é totalmente nocivo. Às vezes é até necessário. O político representa, ou deveria repre-sentar a vontade popular, e o povo realmente muda de ideia. A negociação no rinque político não é para qualquer um. Até mesmo estes políticos, na vida particular, são muito menos pacientes que na vida pública. Isso por uma simples razão: a vida pública não lhes pertence. Pertence a quem o elegeu ou a nação que representam.

Uma análise das guerras revela que elas acontecem porque as negociações políticas falharam. Claro que há as inva-sões que não podem ser toleradas por quem as sofre. No geral são um misto de interesses econômicos e o desejo de ter poder para além das fronteiras. Porém, depois que elas terminam, se a boa política não for efi ciente, a paz não consegue ser recuperada. Quando é não permanece por muito tempo.

Imaginemos a diplomacia no fi nal da segunda grande guerra. Possivelmente países como França, Alemanha, Polô-nia, Inglaterra, Itália e outros envolvidos precisaram enviar missões diplomáti-cas uns aos outros. Imaginemos um diplomata sendo recebido assim: “Seu tio matou meu pai na guerra, como podemos ser amigos”? É provável que boa parte da população teria aplaudido se esses negociadores fossem recebi-dos a bala. Ainda bem que os diplo-matas, que são os grandes políticos, nunca levaram questões pessoais em sua bagagem, senão não estaríamos

comemorando mais de setenta anos de paz em grande parte do planeta.

Contudo, jamais podemos esquecer que os países tiveram de entregar aqueles que extrapolaram os limites da guerra “limpa”. Japoneses, italianos e principalmente alemães tiveram de enfrentar julgamentos internacionais e muitos foram condenados à morte. Difícil separar a matança da guerra dos crimes de guerra? Com certeza não é fácil. Também não é tão sim-ples separar as negociações políticas legítimas, onde a moeda de troca são benefícios para o Estado que cada um representa, das negociatas que envolvem corrupção, manutenção do poder a qualquer custo. Mas isso pode ser feito. Não se pode renunciar ao progresso e à democracia apenas porque alguns fazem da política uma coisa torpe. Da mesma forma que não se pode prescindir da paz apenas porque alguns lucram com a guerra.

Os políticos são diferentes, pero no mucho. Eles são extraídos do nosso meio. Os maus políticos, que se imis-cuem no meio para apenas usufruírem de benefícios pessoais devem ser exe-crados pelo voto. Os que a usam para cometer crimes devem ser julgados por isso e condenados como traidores da pátria, como o foram os criminosos de guerra.

Neste ano, muitos políticos aliados vão criticar o governo federal porque a população o está condenando. Pode ser que haja sinceridade em alguns, mas há sempre uma grande dose de oportunismo, uma vez que o apoiavam enquanto a população estava a favor. A demagogia novamente será exercita-da à exaustão. Descobrir o que há por trás da fala ensaiada dos candidatos é tarefa árdua. Eleição após eleição, os eleitores aprendem a distinguir o joio do trigo. Políticos honestos existem? O povo espera que sim.

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Políticos são de raça diferente? [email protected]

Luiz Lauschner

Natuza Nery

CONTRAPONTO Não é tão simples sepa-rar as nego-ciações políti-cas legítimas, onde a moeda de troca são benefícios para o Estado que cada um representa, das negocia-tas que envol-vem corrupção, manutenção do poder a qualquer custo. Não se pode renunciar ao progresso apenas porque alguns fazem da política uma coisa torpe”

Olha o acordão aí

DO GRUPO FOLHA DE SÃO PAULO

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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Frase

IONE MORENO

Paulo Maluf, deputado federal (PP-SP), usou rede social para defender seu legado de ex-gestor de São

Paulo, depois que o atual prefeito paulistano, Fer-nando Haddad (PT), desistiu de implodir um viaduto construído por ele, na época (1969-1971) em que

governava a cidade, designado pelo regime militar.

OLHO DA [email protected]

A Prefeitura de São Paulo desistiu de demolir o viaduto Santo Amaro, que é minha obra dos anos 70. Além de ser

uma obra boa, pois resistiu à explosão, deixaria a região um caos sem ela. Obra

minha não cai nem com explosão

Depois da eclosão das lagartas da Guatemala, que ameaçaram devorar toda a grama, e da evasão dos times de futebol masculino, que cederam, cavalheirescamente, o cam-po à performance das goleadoras de Iranduba, a Arena da Amazônia está sob canina vigilância para evitar surpresas nas Olimpíadas de junho, no estilo sempre alerta

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Polí[email protected]

A5

MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016

Por equilíbrio fi nanceiro, Melo cogita mais cortesGovernador afi rmou que, caso seja necessário, mais secretarias podem ser cortadas para que haja equilíbrio nas contas do Estado

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José Melo afi rmou que redução em número de secretarias depende do desempenho da receita do Estado no mês de março. Só após isso será possível saber sobre necessidade de cortes

Um novo corte no nú-mero de secretarias estaduais e, con-sequentemente, no

quantitativo de servidores públicos do Estado é uma alternativa para enfrentar a crise econômica que tem prejudicado o equilíbrio das contas públicas. A afi rmação foi feita pelo governador do Amazonas, José Melo (Pros), durante a solenidade de aber-tura do 100º Fórum Nacional de Secretários de Adminis-tração, ocorrida ontem.

A medida, conforme Melo, pode ser adotada caso a arrecadação do Estado con-tinue em queda. De acordo com ele, o comportamento da balança estadual no mês de março será fundamental para determinar a necessida-de de cortes ou não. “Vamos esperar para ver como será o comportamento da receita. Caso seja igual aos meses de janeiro e fevereiro, haverá um encolhimento no tamanho do Estado”, afi rmou.

Conforme o governador, os cortes executados pelo Estado no ano passado já estão surtindo efeito, no en-tanto, eles ainda não são sufi cientes para equilibrar a receita. “Somente no aluguel de automóveis o Estado terá, a partir dos cortes que já fi zemos, uma economia de R$ 30 milhões ao ano. Outro pro-cedimento que iremos fazer é uma auditoria na folha de pagamento, existem muitas coisas na folha que deverão ser retiradas”, disse ele.

Para chegar ao fi nal do ano com as contas públicas em equilíbrio, Melo afi rmou não descartar a extinção de órgãos e cargos públicos. “Quero chegar no fi nal des-te ano da mesma forma que chegamos no ano passado, quando o Amazonas foi o

Realização de concursos públicos e a otimação tecnológica foram destacados pelo governador no evento

Fazendo o dever de casaPara o governador, se o

país não adotar uma medida estruturante e reavaliar o tamanho do Estado, jamais conseguirá ter o equilíbrio fi scal do qual necessita. Para ele, nacionalmente, é neces-sário que haja revisão dos atuais custos que desequi-libram a balança brasileira.

De acordo com Melo, neste sentido o Amazonas vem fazendo o dever de casa, especialmente quando passou a reduzir o número de secretarias e também quando agregou atividades que eram feitas por vários órgãos e concentrou-as em apenas uma secretaria.

Melo destacou também, dentro desse processo de re-dução de custos, a adoção de um conceito mais moderno em tecnologia para otimizar as secretarias estaduais.

“Antes, para se fazer o registro de uma empresa levava-se 42 dias, e agora

o mesmo processo pode ser feito em apenas dois dias. Isso graças à mo-dernização dos mecanis-mos e dos métodos utili-zados nos departamentos públicos, que garantem celeridade”, disse.

FórumNo Fórum Nacional de

Secretários de Administra-ção, José Melo disse esperar que aconteça uma troca de experiência entre as insti-

tuições, sobretudo porque o Amazonas está entre os três Estados brasileiros mais estruturados na gestão fa-zendária, o que permite ao Amazonas transmitir solu-ções para outros Estados.

Sobre a contratação de temporários que muitas ve-zes passam a ser comuns nas gestões públicas admi-nistrativas e que causam in-chamento na folha de paga-mento, o governador explicou que a gestão no Amazonas teve uma grande evolução com a realização de vários concursos públicos.

“Esses concursos foram criados para elevar o qua-dro de pessoal e ajudar na administração pública. No entanto, nas áreas de edu-cação e saúde, por muito tempo haverá temporá-rios. Temos muitas difi cul-dades para encontramos mão de obra para suprir a demanda”, fi nalizou.

primeiro Estado brasileiro a terminar o ano com equilíbrio fi scal. Já estamos fazendo alguns procedimentos na área de saúde para reduzir o enorme gasto do erário público”, falou.

De acordo com Melo, o Estado precisa economizar, somente na área de saúde, R$

300 milhões em 2016, caso contrário, até o fi nal do ano o Amazonas não conseguirá manter todas as unidades de saúde hoje existentes no Estado. No que se refere à folha de pagamento, Melo disse ter a expectativa de economizar entre R$ 30 e R$ 50 milhões.

“Se as medidas que to-mamos não forem sufi cien-tes, teremos a obrigação de tomar decisões alternativas, inclusive com redução de se-cretarias e cargos públicos. Essas medidas são em cum-primento a cobranças legais, a leis que exigem redução em custos. Entre os setores esta-

duais que mais devem sofrer redução nos gastos estão a Saúde, que hoje caracteriza um dos maiores gastos do Es-tado, e a segurança pública, especialmente nos centros de detenção”, afi rmou.

Conforme o governador, cada preso do Amazonas gera um custo para os co-

fres públicos com valores que ultrapassam o salário de um professor. “Não des-carto o enxugamento em ou-tras secretarias, mas nestas estamos empenhados para fazer a economia que pre-cisamos, isto é, claro, sem prejudicar o serviço lá na ponta”, disse Melo.

HENDERSON MARTINS

SEM CUSTOS

Amistoso deve ser realizado

Política A7

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CIO

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FÓRUM

Amazonas está entre os três Estados brasi-leiros mais estrutura-dos na gestão fazen-dária, conforme o governador José Melo durante a solenidade de abertura do Fórum Nacional de Secretá-rios de Administração

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MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016A6 PolíticaPolítica

CláudioHumberto

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Cláudio Humberto

Com 32 parlamentares na Câmara, o PSD deve perder oito deputados federais na janela de transferência. Em compensação, o partido do ministro Gilberto Kassab ten-ta tirar nove deputados dos outros partidos.

‘Japonês da PF’ na portaO comando do PT anda

cada vez mais preocupado com a operação Lava Jato. O maior temor é com a imi-nente prisão de dirigentes do partido, enrolados até o pescoço com a roubalheira na Petrobras.

Acarajé na panelaO bem-humorado ex-mi-

nistro Moreira Franco, ofi cial general do QG de Michel Te-mer, adora deixar ex-colegas de governo Dilma sem graça. Quando os encontra, brinca: “Seu acarajé está assando...”.

João sem braçoO deputado Jarbas Vas-

concelos (PMDB-PE) ironiza o envolvimento do marque-teiro João Santana na Lava Jato. “Vão adotar o discurso do mensalão, dizendo que não sabem de nada”, diz.

Faltou o principal“Fizemos 99, mas esque-

cemos o 1 mais importan-te”, lamenta o presidente da CPI do BNDES, Marcos Rotta (PMDB-AM), mais uma que terminou em pizza, sem in-diciar ninguém.

Caminho sem voltaCom intenção de disputar

a presidência da República, Jair Bolsonaro (RJ) confi r-mou a saída do PP e a ida para o PSC. “Não há como voltar atrás. O partido tem um propósito maior de País”, garante o deputado.

Pensando bem......está faltando molusco no

recheio do acarajé.

PODER SEM PUDOR

Grupo Gerdau teve ‘anos dourados’ com o PT

Muita gratidãoNa disputa eleitoral pela

Presidência da República, o grupo Gerdau foi generoso com a campanha de Dilma, para quem doou R$ 5 milhões.

Bolsa empresárioDesde o fi m do governo

de Lula e início da gestão Dilma, entre 2010 e 2012, o grupo Gerdau faturou R$ 90 milhões no governo federal.

ConfusãoA fi gura de Jorge Gerdau é

tão forte que ele foi citado como alvo da 6ª fase da Ze-lotes. Era o fi lho André, pre-sidente do grupo desde 2007.

Multa indevidaPresidente do grupo, An-

dré Gerdau disse à PF que recrutou escritórios especia-lizados apenas para provar ser descabida a multa de R$ 1,5 bi.

Dilma tenta agora ‘colar’

sua imagem ao Rio-2016Com o pânico que se esta-

beleceu no Planalto, após a defl agração da 23ª fase da Lava Jato, o governo decidiu pôr na rua uma estratégia de emergência para tentar manter a presidente Dilma “afastada” do noticiário so-bre as gatunagens investiga-das nas operações Lava Jato e Zelotes. A ideia é ocupar Dilma com assuntos referen-tes aos Jogos Olímpicos do Rio, a melhor fonte de boas

notícias disponível no País.

Tour olímpicoEm março, Dilma vai visitar

as obras dos Jogos, no Rio de Janeiro. Depois vai à Grécia receber a tocha olímpica.

Última a saberDilma se irritou porque

mais uma vez foi avisada apenas ao amanhecer de segunda-feira (22) sobre a decretação da prisão de João Santana.

A toque de caixaÀs pressas, o governo

tentou arrumar uma visita de Dilma a Santiago, nes-te sábado. O Planalto nega, mas o Palacio de La Moneda confi rma.

LeprosárioDelcídio Amaral (PT-MS)

vive dias de leproso. Tenta conversar com senadores do conselho de ética, mas eles sempre arrumam desculpas para evitar o ex-líder do go-verno enrolado na gatuna-gem do petrolão.

Maluf, o socialistaO deputado Paulo Maluf

(PP-SP) conta aos colegas na Câmara dos Deputados que está de malas prontas para ir para o PSB na janela de infi delidade partidária. E mais: promete levar com ele dez deputados.

Janela da infi delidade

Com Ana paula Leitão e Teresa Barros

“A única coisa que faz tremer estruturasdo parlamento é povo na rua”

SENADOR AÉCIO NEVES �PSDB�MG�, que fi nalmenteresolveu apoiar as manifestações

A ginástica de LacerdaDe vez em quando o deputado Carlos Lacerda

encontrava adversários que não o temiam. Como quando atacou um deputado baiano, Manoel Novaes, acusando-o de se “aproveitar dos serviços públicos para ganhar votos”. Novaes estava ausente do plenário da Câmara, mas no dia seguinte fez um duro discurso, exigindo pedido de desculpas de Lacerda. E ameaçou:

- No sertão, de onde venho, honra se lava com sangue!Dias depois, Lacerda fez um discurso de puro contorcionismo político, conseguindo

convencer o ofendido que retirava as agressões, e ao mesmo tempo deixando nos orgulhosos seguidores a certeza de que as reafi rmara.

Enrolada na operação Zelotes, a gigante da siderurgia Gerdau ganhou dinheiro na era petista como poucas empresas: quase R$ 90,8 milhões pagos pelo Executivo entre 2004 e 2015. O grupo também ascendeu politicamente na era PT e tem livre trânsito no Planalto. Ex-presidente do conglomerado, Jorge Gerdau caiu nas graças do governo, não foi ministro porque não quis e virou membro do “conselhão” de Dilma.

Comitiva para encontro em BrasíliaUma comitiva de prefei-

tos do Amazonas participará, nos dias 2 e 3 de março, em Brasília, do Encontro Nacio-nal de Município promovido pela Associação Brasileira de Municípios (ABM). De acordo com a ABM, o evento é bia-nual e terá como tema cen-tral as eleições municipais deste ano e o encerramento dos mandatos dos prefeitos em todo o país.

A expectativa da Associa-ção Amazonense dos Muni-cípios (AAM) é que ao menos 16 prefeitos do interior do

Estado participem do en-contro para discutir os efei-tos da crise econômica nos orçamentos dos Executivos.

Em agosto de 2015, os prefeitos do Amazonas esti-veram em Brasília para pres-sionar o governo federal para garantir os recursos desti-nados aos programas fede-rais executados pelos muni-cípios. Na época, os prefeitos reclamavam que os progra-mas federais acabavam ge-rando mais encargos do que benefícios para as cidades tendo em vista que as ges-

tões têm de arcar com uma contrapartida fi nanceira.

De acordo com a asses-soria de comunicação da ABM, a crise financeira que assolou o Brasil e afetou, sobretudo, os municípios ganhará destaque ao lon-go dos debates. Entre as discussões estão os restos a pagar, as regras previs-tas pela legislação eleitoral que devem ser seguidas pe-las prefeituras e o diálo-go com o governo federal sobre as perspectivas em relação a 2016.

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ULG

AÇÃO

Plenária teve como palestrantes a ministra da Agricultura e o diretor da Empresa de Potássio do Brasil

Evento realizado na Assembleia Legislativa de Tocantins contou com parlamentares dos nove Estados que compõem a Amazônia

Parlamento Amazônico destaca logística no AM

PREFEITOS

Após o encerramento da 5ª Reunião Am-pliada do Parlamento Amazônico, o presi-

dente da Assembleia Legis-lativa do Amazonas (Aleam), deputado Josué Neto (PSD), avaliou que a questão logís-tica na Região Amazônica e a desoneração de impostos relativos à exploração e co-mercialização de potássio, abordados durante a reunião, são os temas de maior inte-resse para o Amazonas.

Para ele, os dois pontos – unidos a alternativas de baixo impacto ambiental – podem ala-vancar a economia do Estado de forma sustentável e servir de exemplo para outros Esta-dos e países que optaram por alternativas que prejudicaram o meio ambiente em função de desenvolvimento econômico.

Neto acredita também que é possível melhorar a questão logística do Amazonas, abrir es-tradas e construir portos sem agredir o meio ambiente. O Amazonas tem a preocupação de executar um desenvolvimen-to sustentável e desenvolver a

região sem prejudicar nossos recursos naturais”, disse.

A questão logística da Região Amazônica foi abordada pela ministra da Agricultura, Katia Abreu, que destacou em sua palestra a necessidade de de-senvolvimento das estruturas de transporte (logística) na Região Amazônica. “Não adianta inves-timentos em piscicultura, agri-cultura. Não adianta aumentar a produção se nós não temos um local viável para sair com a nossa produção. O empresário, quando vai fazer seu estudo de negócios para saber em qual Estado e município ele vai se instalar, a primeira coisa que ele quer saber não é o imposto, é por onde vai sair e qual o custo disso”, disse a ministra.

Segundo ela, o governo federal planeja concluir as rodovias e implantar rodovias capazes de interligar o Brasil de Norte a Sul. Duas já estão em fase de projeto e uma delas, a mais cara, que interliga Goiás ao Peru, ainda está em fase de estudo.

PotássioSobre o potássio, o diretor

da empresa Potássio do Bra-sil, geólogo José Fanton, que palestrou sobre exploração de insumos minerais na Amazônia Brasileira, disse que o Amazonas tem uma área de 12 quilômetros no município de Autazes onde é possível extrair potássio pelos próximos 30 anos sem grandes impactos ambientais.

Um dos problemas apontados por Fanton é o alto custo de estu-do de solo e extração de minério nessa área associado aos im-postos sobre o potássio extraído no Brasil, que, segundo ele, são maiores que o imposto cobrado sobre o produto importado de outros países. “Seria necessário uma desoneração que tornasse essa exploração mais atrativa para outras mineradoras” disse.

Para o deputado Sinésio Cam-pos (PT), presidente do Parla-mento Amazônico, a explora-ção do potássio no Amazonas é uma saída para economia do Estado que hoje depende na Zona Franca de Manaus.

Também participaram da reu-nião os deputados do Amazo-nas Dermilson Chagas (PDT), Francisco Souza (PSC), Bosco

Rotta defende continuidade de CPIA CPI do BNDES foi encer-

rada ontem (25), com a apro-vação do parecer do relator, deputado José Rocha (PR-BA), por 20 votos a sete. Como presidente da CPI, o deputado Marcos Rotta (PMDB-AM) não tem direito a voto. Apesar do apelo de vários parlamenta-res da comissão, entre eles, o próprio Rotta, não houve indiciamentos.

Na avaliação de Rotta, as cerca de 14 milhões de pági-nas de documentos reunidas ao longo de seis meses de trabalho deixam claro a neces-sidade de aprofundamento na investigação sobre tráfi co de infl uência no banco. “A for-mação do grupo de campeãs nacionais, a facilidade dada a essas empresas para con-seguirem empréstimos junto ao BNDES é um apontamento evidente de que havia inter-ferência política no processo”, ressalta o parlamentar.

Para Rotta, o relatório deve-

BNDES

Trabalho da Comissão de Inquérito do banco BNDES durou 200 dias

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ULG

AÇÃO

ria ter seguido a sugestão de sub-relatores de indiciamen-to de pessoas envolvidas nas transações do banco. “Cabe ao Ministério Público acatar ou não o indiciamento proposto pela CPI. O que não podemos é fechar os olhos quanto aos fatos apurados”, acrescenta.

Todos os documentos reu-

nidos pela comissão foram enviados ao Ministério Pú-blico Federal (MPF). “Antes mesmo de recebermos o pe-dido em ofício, eu já havia determinado o envio desses documentos, de maneira a colaborar ao máximo com o aprofundamento do trabalho judicial”, informa Rotta.

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MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016A7PolíticaPolítica

Representação do TCE pede suspensão de jogo amistoso Procuradores afi rmam que “gasto deve ser avaliado sob aspecto da economicidade”. Governo afi rma não existir ônus

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Em nota, governo informou que gastos com a partida estão sendo custeados com apoio de empresas privadas

A partida benefi cente en-tre Amigos do José Aldo x Amigos do Antônio Pizzonia, marcada para

o próximo sábado, 27, na Arena da Amazônia, pode ser cancela-da. Isso porque os procuradores de Contas Carlos Alberto de Souza de Almeida e Elissandra Monteiro Freire Alvares ingres-saram com representação no Tribunal de Contas pedindo a suspensão da partida.

Almeida e Freire pretendem investigar o gasto público do governo no jogo de futebol. Entre as celebridades, estão o pagodeiro Thiaguinho, o protagonista da novela global “Totalmente Demais”, Felipe Simas, o ator Rafael Cardoso, que interpretou o personagem Felipe na novela “Além do Tem-po”, além de personalidades do esporte nacional, como Zico, o piloto Rubens Barrichello, os ex-jogadores Leandro Ávila e Bebeto e os ex-jogadores do São Raimundo Delmo, Jeremias e Reginaldo.

Para reverter a ameaça de suspensão da partida, o titular da Secretária de Estado Ju-ventude Esporte e Lazer (Se-jel), Fabrício Lima, vai hoje ao Tribunal de Contas do Estado

(TCE-AM) para uma audiência com o presidente do órgão, Ari Moutinho, no intuito de compro-var que a partida não onera a máquina pública.

Conforme o secretário, o jogo não gerou custo e ainda arreca-dou 42 toneladas de alimentos, além de ter incentivado quase mil pessoas a doarem sangue.

“Não teve custo algum para o Estado. Ninguém cobrou cachê e todos vão arcar com suas passagens aéreas. Todos os ingressos estão esgotados. Por essas razões, não acredito que a partida será cancelada. Confi o que o desembargador Ari vai me ouvir e entender que esse evento não tem custo, nem no Diário Ofi cial consta algo sobre custo e isso porque não existe custo. Entendo a preocupação

dos procuradores, respeito, in-clusive, mas não há ônus para o Estado”, afi rmou.

O documento pede ainda a notifi cação dos gestores das secretarias de Esportes esta-dual e municipal, além da apu-ração dos recursos envolvidos.

ParecerOs procuradores afi rmam,

no documento, que “o gasto público deve ser avaliado sob aspecto de economicidade”. E, ainda, “com a realização do jogo amistoso que envolverá a presença de inúmeras celebri-dades, não se pode afi rmar que o princípio da economicidade está sendo observado, tam-pouco que o benefício esperado será proporcional e compatível com o gasto realizado”.

Em nota, o governo do Estado afi rmou que “a partida é bene-fi cente e todo o apoio logístico, no que se refere às passagens, hospedagens, alimentação e transporte dos participantes, está sendo custeado com o apoio de empresas privadas”.

Na nota, o governo diz ainda que “as personalidades que par-ticiparão do evento não estão cobrando cachê”, além de se colocar “à disposição para pres-tar qualquer esclarecimento sobre o assunto”.

PRESTAÇÃO

Titular da Sejel, Fa-brício Lima irá hoje ao TCE para demons-trar ao presidente do órgão, Ari Moutinho, que a partida benefi -cente não irá resul-tar em gastos para a máquina pública

LINDIVAN VILAÇA

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Page 8: EM TEMPO - 26 de fevereiro de 2016

MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016A8 PolíticaPolítica

ESFORÇO

Na tentativa de atrair tu-ristas chineses para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a presidente Dilma Rousseff se cadastrou ontem (25) no Weibo, maior rede social do país asiático, e arriscou uma palavra em mandarim no es-forço de ganhar a simpatia dos internautas orientais.

Em vídeo, com legendas no idioma ofi cial da rede social, a petista lembrou dos Jogos Olímpicos de Pe-quim, em 2008, e ressaltou a importância para o Brasil

de realizar com sucesso o evento esportivo no Rio de Janeiro. “Nós assumimos esse desafi o com grande responsabilidade e orgulho e estamos trabalhando dia e noite para garantir o sucesso dos Jogos”, disse.

No fi nal da gravação, disse que o Brasil aguarda os atle-tas e torcedores chineses de “braços abertos”. E despe-diu-se com um “tchau” em mandarim. “Zàijiàn”, afi rmou a presidente.

O surto de microcefalia

no país, supostamente cau-sado pelo vírus zika, tem causado preocupação em delegações olímpicas in-ternacionais, que não que-rem colocar seus atletas em risco.

A presidente não é a pri-meira autoridade a entrar na rede social chinesa para os Jogos Olímpicos. Em 2012, às vésperas do evento es-portivo em Londres, o pri-meiro-ministro britânico, David Cameron, também ingressou no Weibo.

Dilma estreia em rede social chinesa

Dilma Rousseff estreia em maior rede social chinesa para atrair turistas para as Olimpíadas no Brasil

Defesa de senador pediu autorização para ele passar 11 dias em São Paulo

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ULG

AÇÃO

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ULG

AÇÃOO ministro Teori Zavascki,

do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou hoje (25) o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) a viajar a São Paulo para fazer exames médicos. Conforme a decisão, o senador poderá fi car na capital paulista de 26 de fevereiro a 7 de março.

Ao retornar para Brasília, o parlamentar deverá apresentar ao ministro os exames aos quais foi submetido. A autori-zação é necessária porque o se-nador cumpre prisão domiciliar em função das investigações da operação Lava Jato.

Na terça-feira (23), Delcí-dio apresentou um atestado médico se licenciando por 15 dias do Senado. Caso o afas-tamento não seja prorrogado, Delcídio retornará à casa no dia 8 de março.

O retorno de Delcídio, que es-teve preso por mais de 80 dias e passou à prisão domiciliar na sexta-feira (19), era aguar-dado para esta semana, mas ele não apareceu no Senado,

porque sua defesa conside-rou que antes era necessário esclarecer algumas exigências do minsitro Teori Zavascki para que ele pudesse trabalhar du-rante o dia.

Delcídio está em prisão domiciliar, tendo autorização para sair para trabalhar no Se-nado, mas tem que se recolher em casa de noite e nos dias de folga. Se estiver licenciado ou afastado do cargo, não pode

sair sem autorização judicial.No tempo em que estiver

afastado, ele continua a rece-ber o salário, de R$ 33,7 mil, e os benefícios decorrentes do mandato, como auxílio-moradia (de R$ 5,5 mil) e a cota parlamentar.

Enquanto esteve preso, Delcídio recebeu seu salário e os demais benefícios por-que foi colocado em uma licença especial.

TRATAMENTO

Delcídio tem autorização para viajar

Mulher de marqueteiro era ‘obrigada’ a receber caixa 2Declaração de que pagamentos não contabilizados eram feitos no exterior por pressão de clientes foi dada em depoimento à PF

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ULG

AÇÃO

Para o procurador, não houve esclarecimento no depoimento prestado pela mulher de Santana à polícia

A mulher do marqueteiro João Santana, Mônica Moura, disse aos inves-tigadores da operação

Lava Jato que era pressionada por clientes de fora do Brasil a receber pagamentos de ma-neira não contabilizada.

Mônica, presa na fase Aca-rajé da operação Lava Jato na segunda-feira (22), justifi cou o dinheiro mantido em contas fora do país afi rmando que recebeu com o marido US$ 35 milhões em campanhas do venezuelano Hugo Chávez e outros US$ 50 milhões com origem em traba-lhos para o presidente angolano José Eduardo dos Santos.

A mulher de Santana também reconheceu ter recebido dinheiro fora do Brasil da empreiteira Odebrecht. Durante a campa-nha na Venezuela, afi rmou, foi orientada a procurar o executivo Fernando Migliaccio da Silva, “que colaboraria com o custeio da campanha”. Esses valores pagos no exterior, diz, somam até R$ 4 milhões.

Ela negou ter recebido dinhei-ro de caixa dois de campanha eleitoral no Brasil e mencionou o escândalo do mensalão como “motivos óbvios” para rejeitar essa prática.

“Se não fosse por imposição dos contratantes, preferia que

fosse tudo contabilizado”, disse à polícia, ao explicar o caixa dois no exterior.

Também falou que vinha es-perando a entrada em vigor da lei da repatriação de valores para declarar contas no exterior não informadas anteriormente à Receita.

Amizade com DilmaMônica também falou breve-

mente sobre a relação do casal com a presidente Dilma Rou-sseff . Disse que o PT foi seu principal cliente e que “qualquer aconselhamento” à presidente foi feito de maneira gratuita “em razão da amizade mantida” com Dilma.

A mulher de Santana também negou que ele fosse apelida-do de “Feira”, nome que consta

em uma planilha de pagamen-tos da Odebrecht apreendida na Lava Jato.

Ela rejeitou ainda ter qualquer relação com o estaleiro Keppel, que era representado no Brasil pelo lobista Zwi Skornicki.

Disse que recebeu dinheiro do lobista porque ele tinha sido indicado por uma mulher respon-sável pelas contas de campanha do presidente angolano. Foram US$ 20 milhões pagos de manei-ra não contabilizada no trabalho na África, relatou.

ProcuradorO procurador Carlos Fernando

dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Lava Jato, reba-teu os argumentos da defesa de Santana e de sua mulher, presos na terça na operação Lava Jato.

A mulher do marqueteiro disse em depoimento à PF que os US$ 3 milhões que a empre-sa do casal recebeu via caixa dois da Odebrecht em conta no exterior eram pagamentos de dívidas de campanhas rea-lizadas em três países: Angola, Panamá e Venezuela.

“Não houve esclarecimento de porque um operador do petrolão esteve envolvidos nesses paga-mentos”, explicou o procurador, ressaltando que seu comentário trata-se de análise preliminar.

PAGAMENTOS

Mônica Moura in-formou que ela e o marido receberam US$ 35 milhões em campanhas de Hugo Chávez e outros US$ 50 milhões do presi-dente angolano José Santos

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Page 9: EM TEMPO - 26 de fevereiro de 2016

[email protected]

B1

MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016

REUNIÃO CAS

Zona Franca Verde será discutida

Economia B4

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ULG

AÇÃO

BANCO DA AMAZÔNIA

Recursos de R$ 1 bi para o AMUm protocolo de intenções

para impulsionar a aplicação de recursos em negócios sus-tentáveis, que podem atingir até R$ 1 bilhão em 2016, foi assinado ontem entre o governador José Melo e o presidente do Banco da Ama-zônia, Marivaldo Melo.

Para este ano, está prevista a aplicação no Amazonas de investimentos de R$ 771,9 milhões, sendo R$ 642,2 mi-lhões de créditos de fomento e R$ 129,7 milhões de crédito da carteira comercial da or-ganização. Esse valor pode subir para R$ 1 bilhão.

Os valores de fomento são originários do Fundo Cons-titucional de Financiamento

do Norte (FNO), sendo R$ 54,3 milhões em apoio ao Programa Nacional de For-talecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e R$ 104,4 milhões para micro e peque-nas empresas.

Segundo José Melo, o pro-tocolo prevê a mobilização e a integração das classes produtivas e demais par-ceiros institucionais para a utilização dos valores dispo-níveis no Plano de Aplicação de Recursos do Bancos da Amazônia 2016.

O trabalho conjunto pre-vê ainda contribuir com a estruturação e o fortaleci-mento dos aglomerados econômicos, arranjos pro-

dutivos locais e as cadeias produtivas do Estado e criar iniciativas que reduzam as desigualdades locais.

“O Banco da Amazônia é fundamental nesse processo, porque é um braço fi nan-ceiro que aporta recursos para projetos importan-tes para o Estado, como a questão de piscicultura, da fl oricultura, e outros proje-tos estruturantes. O banco tem muito dinheiro, e tem R$1 bilhão para emprestar para o Estado”, disse.

Melo comentou ainda que o protocolo assinado tam-bém estimula a promoção da cultura do empreende-dorismo consciente, estimu-

lando e apoiando a adoção de melhores práticas produ-tivas sustentáveis, por meio de negócios que gerem a distribuição de renda, criem oportunidades de ocupação de mãos de obra e de emprego e promovam a inclusão social.

“Na verdade, nós temos prioridades com o setor primário, a gente vem tra-balhando com o Banco da Amazônia, Banco do Brasil e a Agência de Fomento do Estado (Afeam), com ênfase para piscicultura, que é o carro-chefe do nosso setor, e também da fruticultura, além da prioridade estruturante da nossa economia do Distrito Industrial”, comentou.Governador José Melo assina protocolo com o Banco da Amazônia

VITO

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OM

Codam critica a demora para aprovação de PPBs Na primeira reunião do ano, representantes do conselho culparam governo federal pelo atraso de novos projetos no Estado

DIV

ULG

AÇÃO

Representantes do governo e empresários que compõem o Codam criticaram duramente a demora para a aprovação de PPBs e responsabilizaram o governo federal pelo atraso de novos investimentos no Amazonas

A demora para a apro-vação dos Processos Produtivo Básicos (PPBs), que são es-

senciais para a Zona Franca de Manaus (ZFM), foi dura-mente criticada ontem (25) durante a 260ª reunião do Conselho de Desenvolvimen-to do Amazonas (Codam).

Representantes do Codam não pouparam críticas ao go-verno federal e defenderam maior autonomia para que o Estado tenha participação mais ativa na aprovação dos PPBs a fim de atrair mais

empresas para o Polo Indus-trial de Manaus (PIM).

Para o presidente do Cen-tro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, a queda da mão de obra no PIM e os problemas enfrentados para adquirir novos investidores ocorrem em decorrência de ações do governo federal, que trata com descaso as questões dos investimentos e acumula burocracias, dificultando a entrada de uma nova em-presa no Estado.

“Vamos inverter o jogo para atrair os investido-res, dando autonomia ao

governo do Estado para que os PPBs sejam apro-vados no Amazonas e não em Brasília”, frisou.

A superintendente da Su-frama, Rebecca Garcia, afir-mou que o momento é de ter maior dedicação com os PPBs para que mais projetos sejam aprovados ao decorrer do ano, gerando emprego.

Por sua vez, o secretário de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Se-plan-CTI), Thomaz Nogueira, afirmou que o governo vai concentrar todos os esforços para tornar mais eficientes,

seguras e eficazes as ope-rações das empresas que buscam instalar seus proje-tos no Amazonas.

A revisão dos incentivos fiscais, iniciada no último dia 11, com a instalação de uma comissão especial de técnicos do governo, se fazia necessária, segundo Nogueira, frente às mudan-ças no cenário econômico do país e do Amazonas.

ProjetosO Conselho de Desenvol-

vimento do Amazonas (Co-dam) aprovou ontem 26 no-vos projetos de empresas do

PIM com a estimativa de que sejam geradas 830 vagas de empregos para os próximos 3 anos. Os projetos apro-vados na reunião do Codam representam investimentos de R$ 493 milhões, divididos entre 16 projetos de amplia-ção, sete de implantação e três de atualização.

Apesar do pequeno cres-cimento no número de pro-jetos em relação ao mesmo período de 2015 – quando foram aprovados 24 –, a mão de obra diminuiu, pois no ano passado foram geradas 1.704 vagas de emprego com a aprovação dos mesmos.

O destaque das aprovações da reunião são três projetos de diferentes empresas para a fabricação de lâmpadas LED, com investimento su-perior a R$ 17 milhões.

CompetitividadePara o secretário Thomaz

Nogueira, o parque industrial de Manaus ainda continua atrativo para as empresas que querem investir. “O PIM continua competitivo e ainda é o melhor porto de entrada para o mercado brasileiro. Não devemos ficar de cabeça baixa para a crise”, disse Thomaz Nogueira.

ASAFE AUGUSTO

no dia: 0,38%na semana: 4,72%no mês: 14,35%dif.livre mercado/paralelo: 5,28%

INDICADORES ECONÔMICOS

Salário MínimoJaneiro 2016: R$ 880,00

DÓLAR compra/venda Variação do câmbio livre BC OURO BM&F R$ 1560,00%

Poupança Aniversário Rendimento (%)

26/02 0,6882

26/02 0,6882

no dia: -0,17%

na semana: 0,00%

no mês: 0,00%

dif.livre mercado/paralelo: 0,00%

Paralelo - não divulgado

Câmbio livre BC - R$ 3,9394 / R$ 3,9400 **

Câmbio livre mercado - R$ 3,9485 / R$ 3,9510 *

Turismo - R$ 3,920 / R$ 4,160

até R$ 725,02: R$ 37,18

de 725,03 até 1.089,72: R$ 26,20

Salário Família/JaneiroINDICADORES ECONÔMICOS

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Page 10: EM TEMPO - 26 de fevereiro de 2016

MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016B2 Economia

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Para sair da crise, governo deve contrair empréstimosSegundo o secretário da Sefaz-AM, Afonso Lobo, Estado vai procurar bancos nacionais e estrangeiros para buscar recursos

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Ogoverno do Amazo-nas planeja realizar empréstimos para enfrentar a crise

econômica do Estado. Com estimativa de perda de receita para este ano de R$ 1 bilhão, o governo pretende buscar recursos para passar ileso diante do cenário de crise. A medida foi anunciada ontem (25) pelo secretário de Estado da Fazenda (Sefaz-AM), Afon-so Lobo, durante o 100° Fó-rum Nacional de Secretários de Estado de Administração (Consad) e o 1º Seminário Internacional de Compras Públicas Estaduais, que são realizados em Manaus.

Conforme Afonso, a que-da da atividade econômica é uma realidade. Segundo ele, como houve uma redu-ção substancial na atividade econômica brasileira, em es-pecial na Zona Fraca de Ma-naus (ZFM), além da receita tributária, logo, é natural que haja a queda da receita. Ele explicou que o governo tem buscado a melhoria da receita de arrecadação e também racionalizar os gastos para ver se a administração pública consegue manter o equilíbrio na equação.

Ao ser questionado se com a perda de arrecadação ha-verá comprometimento em alguma área de gerência do Estado, Afonso afi rmou que o governo tem feito um monitoramento estreito para compatibilizar o gasto com a receita. “Pessoal, pagamento de dívidas, de contas públicas e despesas essenciais para

saúde, educação e segurança não terão prejuízos”, disse.

O secretário de Fazenda explicou que busca várias maneiras de obter recursos extras, tanto na parte de ar-recadação tributárias quanto em outros tipos de receitas.

AlternativasPara o vice-presidente da

Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) e presidente Conselho Regio-nal de Economia (Corecon), o economista Nelson Azevedo, os artifícios utilizados pelo governo do Estado são váli-das. No entanto, ele explicou que a alternativa de emprés-timo, se possível, deveria ser

evitada pelo Estado. “Você não pode gastar mais do que ganha. Se você gasta mais do que ganha, você acaba se enrolando. O governo do Es-tado precisa evitar endivida-mento”, disse o especialista.

Conforme Azevedo, a crise que assola o país não é eco-nômica e, sim, institucional, na qual, segundo ele, estão envolvidos o Legislativo e o Executivo em uma disputa de quem manda mais.

AÇÕES

Entre as medidas adotadas pelo go-verno estão a Nota Fiscal Eletrônica, NF-e e o desenvolvimento do sistema de aqui-sição de produtos e serviços, que geraram R$ 245 milhões de economia em 2015

AVIAÇÃO

A TAM Linhas Aéreas in-formou por meio de nota que realizou mudanças na sua operação aérea em Ma-naus para adequar a malha aérea da companhia ao atu-ao cenário brasileiro.

Em todos os casos, a empresa está entrando em contato com os pas-sageiros que já possuem reservas para esses voos para informá-los sobre sua reacomodação e oferecer outras alternativas.

As alterações ocorrerão a partir de 17 de abril de 2016. A primeira delas será o cancelamento do voo direto Manaus–Rio de Ja-neiro/Galeão. A companhia manterá como alternativa aos passageiros os voos com conexões em Brasília ou em São Paulo.

Também deixa de operar o voo direto Manaus–Boa Vista, sendo que a capital de Roraima continuará co-nectada a outros destinos no Brasil a partir de voos com conexão em Brasília.

E, por último, o voo di-reto Manaus–Fortaleza também será cancelado. A TAM afi rmou, porém, que manterá como alternativa aos passageiros o voo Ma-naus-Belém-Fortaleza.

A partir de 28 de março de 2016, a rota Manaus–Mia-mi será reduzida de qua-tro para duas frequências semanais, no entanto, a companhia manterá como alternativa aos passagei-ros os voos que são ope-rados às segundas-feiras e quintas-feiras.

TAM cancela voos de Manaus

Governador José Melo fez discurso ontem durante evento que reuniu, em Manaus, secretários de Estado de Administração de todo o país

PSS SEMED

O prazo de inscrição para o Processo Seletivo Simpli-fi cado (PSS) da Secretaria Municipal de Educação (Se-med) encerra hoje (26).

As 160 vagas para profes-sores substitutos, sendo 130 para o ensino regular e 30 para a educação indígena, são ofertadas para as áreas que não formaram cadastro de reserva no concurso de 2014. Até ontem, o núme-ro de professores inscritos chegava a 6.634.

Das 130 vagas para en-sino regular, 30 são para professores que atuarão em creches-educação infantil, 30 para educação infantil,

30 para professores de 1° ao 5° ano do ensino funda-mental, 20 para professores de educação física e 20 para professores de ciências, do 6° ao 9° ano do ensino fun-damental. Os educadores atuarão nas escolas muni-cipais das Divisões Distritais Zonais (DDZs) Leste 1 e 2, e Rural/Ribeirinha.

As inscrições para o ensino regular estão sendo feitas on-line por meio do site da Semed, http://semed.ma-naus.am.gov.br/, na seção de Concursos e Seleções (menu a esquerda), onde o candi-dato também tem acesso ao edital completo.

Para a educação indíge-na, a inscrição é presencial e acontece, também, até hoje (26), na Gerência de Educação Indígena, na sede da Semed, sala 204, das 8h às 12h e das 14h às 17h.

ResultadosO resultado fi nal será

anunciado no dia 21 de março e a convocação será no mesmo dia. O resultado do processo seletivo para os professores indígenas será divulgado no dia 15 de março. E a convocação dos selecionados será no dia 16. Qualquer dúvida pode ser tirada pelo 3632-2254.

Semed oferece 160 vagas para professores, sendo 30 delas para a educação indígena em Manaus

Prazo de inscrição encerra hoje

CLEO

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Para melhorar o ser-viço oferecido para mais de 2 milhões de pessoas, a Eletrobras Distribuição Amazonas anunciou ontem a assinatura de contratos para municípios que pos-suem sistemas isolados de geração de energia. Os in-vestimentos são da ordem de R$ 100 milhões por ano.

“Até, no máximo, dia 25 de abril deste ano, todas as nossas 91 usinas termelétri-cas do sistema isolado nos 57 municípios do Amazonas estarão com novos gerado-

res de energia instalados e já em operação”, afi rmou o presidente da Eletrobras Distribuição Amazonas, An-tônio Carlos Faria de Paiva.

Ontem, ele assinou os con-tratos com as empresas que passarão a gerar energia no interior do Estado. Confor-me Paiva, as empresas têm até 60 dias para instalar os novos geradores nas usinas termelétricas do interior.

Paiva destacou a impor-tância do apoio do Minis-tério de Minas e Energia em todo o processo para a

contratação dos 124,8 MW de geração de energia para o Amazonas.

“Levamos oito meses fazendo um levantamento para identifi car as deman-das por energia elétrica em cada município. Levamos esse estudo ao ministro Edu-ardo Braga, que entendeu a necessidade da contratação emergencial até que entrem em atividade os Produto-res Independentes de Ener-gia, o que deve acontecer até o segundo semestre de 2017”, informou.

NO INTERIOR

Eletrobras anuncia investimentos

HENDERSON MARTINS

O governador do Amazo-nas, José Melo, defendeu maior entrosamento entre os Estados na troca de ex-periências que qualifi quem os gastos públicos, reduzam custos e modernizem a ges-tão dos governos.

O governador disse que vai avaliar as experiências dos vizinhos de olho na efi ciência e modernização dos serviços públicos do Estado.

“O Brasil precisa caminhar para a modernidade. Isso im-plica em redução de custos e

que o serviço na ponta seja prestado com mais efi ciência. Modernidade na saúde signi-fi ca que a cirurgia precisa ser feita na hora certa. Vamos tratar das contas públicas. A forma de comprar é tam-bém uma maneira de reduzir

custos e poder investir em outras atividades importan-tes”, afi rmou Melo.

O Amazonas é destaque por ter alcançado excelência na área de administração tribu-tária e fi scal com a implan-tação de projetos pioneiros.

Melo defende mais entrosamento

FRED SANTANA

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Page 11: EM TEMPO - 26 de fevereiro de 2016

A Suframa perdeu sua força de atuação a partir do momento que teve seus recursos contingenciados pelo governo federal, do qual precisamos apoio para divulgar o modelo

Marcus Evangelista,economista

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

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Page 12: EM TEMPO - 26 de fevereiro de 2016

MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016B4 Economia

Conselho vai discutir também a Zona Franca Verde, que garante isenção de impostos para produtos feitos com insumos agrícolas ou de criação animal

Reunião do CAS analisa projetos de US$ 377 mi

Investimentos de US$ 377,3 milhões para 27 projetos industriais – cinco de implan-tação e 22 de ampliação,

atualização ou diversifi cação – vão ser analisados hoje (26), às 10h30, na 272ª reunião ordinária do Conselho de Ad-ministração da Suframa (CAS).

A previsão de mão de obra adicional no Polo Industrial de Manaus (PIM), possibilitada pelos projetos de implanta-ção, é de 180 novos postos de trabalho em até 3 anos, prazo que as empresas têm para instalar os projetos.

O conselho também irá ana-lisar os critérios de reconhe-cimento da preponderância

de matéria-prima de origem regional que regulamentarão os produtos que poderão ser industrializados na Zona Fran-ca Verde (ZFV).

Entre os destaques da pau-ta, estão três projetos vol-tados ao fortalecimento do segmento componentista do PIM. O maior montante é da Jabil, que apresenta projeto de ampliação para produção de placa de circuito impresso, com investimento total de US$ 29,8 milhões e expectativa de geração de 25 empregos.

Consolidando os segmentos eletroeletrônico e de bens de informática, a LG Eletroni-cs busca aprovar projeto de

ampliação/atualização para a fabricação de autorrádio, com investimento total de US$ 21,6 milhões e geração de 61 empregos, e a Transire apre-senta projeto de ampliação/atualização para fabricação de telefone celular digital, com investimento de US$ 52,4 mi-lhões e previsão de 240 postos de trabalho.

Um nicho de produção que cresce e se consolida no PIM são as lâmpadas LED, que nesta reunião são objeto de dois projetos de implantação.

Zona Franca VerdeRegulamentada pelos de-

cretos nº 8.597/2015 e

6614/2008, a Zona Franca Verde garante isenção do Im-posto sobre Produtos Indus-trializados (IPI) para produtos cuja matéria-prima seja de origem regional, resultante da extração, coleta, cultivo ou criação animal. A isenção va-lerá em todos os municípios das Áreas de Livre Comércio (ALCs) da Suframa.

SiteDurante a reunião, será feito

o lançamento do novo site da autarquia, que passou por uma reestruturação e atualização de conteúdos e foi adequado à nova identidade padrão de comunicação digital.

MINERAÇÃO

Vale registra prejuízos de R$ 44,2 bilhões

Rio de Janeiro - A mi-neradora Vale fechou 2015 com prejuízo acumulado de R$ 44,2 bilhões, ante um lucro de R$ 954 milhões em 2014, devido principalmen-te a maiores baixas contá-beis e ao efeito negativo nos resultados fi nanceiros da desvalorização do real frente ao dólar, segundo relatório divulgado ontem.

Segundo a consultoria Economática, é o maior prejuízo registrado por uma companhia aberta brasilei-ra desde 1986, quando a instituição começou a fa-zer o acompanhamento do mercado. O segundo maior prejuízo foi do Ban-co Nacional, de R$ 26,4 bilhões, em 1995.

Os prejuízos históricos fo-ram ajustados pela infl ação

medida pelo IPCA até 31 de dezembro de 2015, segundo a Economática.

No quarto trimestre, que acumulou a maior parte das baixas contábeis feitas pela Vale no ano, o prejuízo foi de R$ 33,1 bilhões, contra perdas de R$ 4,76 bilhões no mesmo período do ano anterior. Em vídeo publi-cado no site da compa-nhia, o diretor fi nanceiro da companhia, Luciano Siani, disse que as baixas con-tábeis foram feitas para ajustar o valor dos ativos à nova realidade de preços das commodities.

O principal produto da companhia, o minério de ferro, teve forte desva-lorização em 2015, fe-chando o ano abaixo de US$ 40 por tonelada.

Além de analisar novos investimentos e empregos, reunião de hoje do CAS é a primeira do ano e debaterá sobre futuro da Zona Franca Verde

Perdas da Vale são as maiores registradas por empresa brasileira

EBC

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AÇÃO

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Page 13: EM TEMPO - 26 de fevereiro de 2016

Dia a [email protected]

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MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016

‘João Branco’ é preso tentando voltar ao BrasilUm dos líderes e fundadores da facção criminosa FDN, João Pinto Carioca foi capturado na área de fronteira com a Venezuela

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Nem a mudança facial feita por meio de cirur-gias plásticas e o uso de documento falso im-

pediram o narcotrafi cante João Pinto Carioca, o “João Branco”, 40, de ser preso por agentes da Polícia Federal (PF), na manhã de ontem, na fronteira entre o Brasil e a Venezuela. Um dos criminosos mais procurados do Amazonas, João Branco é um dos fundadores e líder da facção criminosa Família do Norte (FDN).

Foragido do Complexo Peni-tenciário Anísio Jobim (Compaj), no quilômetro 8, da BR-174 (Manaus – Boa Vista), desde março de 2014, após, conforme investigações policiais, ordenar o assassinato do delegado da Polícia Civil Oscar Cardoso, “João Branco” foi capturado no momento em que tentava entrar no Brasil por meio da fronteira da Venezuela, na cidade de Pa-caraima, em Roraima (RR). Da Venezuela, conforme a polícia, o narcotrafi cante comandava o tráfi co de drogas no Amazonas.

A abordagem a “João Branco”, ocorreu em um posto da polícia, no município roraimense, após o monitoramento de inteligên-cia da PF. Ao ser abordado, o líder da FDN apresentou uma carteira de identidade falsa, em nome de Jonatas Peres Soares. Dentro do veículo em que ele estava, também foram detidos os três presidiários Makyso-niel Nogueira Braga, 30; Carlos Antônio Oliveira Oliveira, 21; e Alexandre de Oliveira Lemos, o “Alan”, 33, conhecido como chefe do tráfi co de drogas da Zona Oeste.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, “João Branco” deverá ser levado para o presídio federal de Catanduvas (PR), onde também estão encarcerados outros dois integrantes da cúpula da FDN, José Roberto Fernandes Barbo-sa, o “Zé Roberto da Compensa”, e Gelson Carnaúba.

“O que eu posso dizer é que a liderança da FDN está des-

mantelada! E esse foi o mais duro golpe no crime organizado porque ele era o único membro da cúpula que faltava prender. Agora não sabemos quem fi -cará à frente da facção”, disse Fontes, ao ressaltar que o nar-cotrafi cante não reagiu à prisão.

Conforme a polícia, após a transferência de “Zé Roberto” em novembro do ano passado durante a operação La Muralla, da Polícia Federal, “João Branco” vinha mantendo contatos por telefone e dando ordens por meio do trafi cante e procurado pela PF, Ezequiel Leal Simões, o “CD”, chefe do tráfi co do bairro Coroado, Zona Leste.

Com várias pistas de que o narcotrafi cante estava escondi-do na Venezuela, “João Branco” entrou para a lista da Interpol e vinha sendo procurado em 188 países. Ao ser perguntado onde o acusado estava escondido nos últimos dois anos, o superinten-dente da Polícia Federal (PF) Marcelo Rezende, afi rmou que não poderia informar para não atrapalhar as investigações.

Fuga e condenaçãoO delegado Oscar Cardoso,

61, foi executado com mais de 20 tiros dia 9 de março de 2014 a mando de “João Branco”. De acordo com o Ministério Público do Estado (MPE-AM), o assassinato do delegado te-ria sido motivado por vingança, uma vez que, o narcotrafi can-te acreditava que a equipe de policiais comandada por Oscar tinha sequestrado e estuprado a mulher de João, Sheila Faustino Peres, em 2013. O narcotrafi -

Em novembro do ano passado João Branco passou a ser procurado pela Interpol em 188 países

Foragido de Manaus há dois anos, “João Branco” estava escondido na Venezuela, onde fez uma cirurgia plástica para despistar a polícia

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AÇÃO

Prisão é lamentada no Facebook

ANA SENA E THAÍS GAMA

A repercussão da prisão do narcotrafi cante e líder da FDN, “João Branco”, movi-mentou um grupo fechado na rede social Facebook li-gada ao crime organizado. Os internautas do “Facção da FDN” lamentaram a prisão e prestaram apoio ao chefe maior. Frases como “O Pai caiu”; “Já, já o mano vai esca-par de novo” e “Logo estará nas pistas ¬#¬JB”, encheram a timeline do grupo.¬

“João Branco” é conhecido no bairro de origem, Mauazi-

nho, Zona Leste, como “Po-tência Máxima”. O narcotra-fi cante segue em poder da Polícia Federal de Boa Vista (RR) e aguarda decisão de ser transferido ao presídio fede-ral de Catanduvas (PR), onde está preso o narcotrafi cante carioca Luís Fernando da Cos-ta, o “Fernandinho Beira-Mar”.

O post de um dos inter-nautas, identifi cado como “Matheus Santoro” relatou a admiração pela facção: “Um salve à primeira organização criminosa do Norte. Somos

200 mil integrantes em todo Brasil e fora do Brasil. O bonde do RJ fecha com nós também. Valeu rapaziada. Relato do funk agora é a Família do Norte, a potência já tá de volta. Essas mortes que estão acontecendo na Capital é nosso bonde que tá cobrando de rajada geral, que isso sirva de exemplo para os demais que ainda não foram, vamos cobrar geral quem não fechar com nós. Somos do Norte. Só honramos pessoas de bem”. (Sic)

cante fugiu do Compaj alguns minutos antes de policiais civis entrarem no presídio, para cum-prir o mandado de prisão pela morte do delegado.

Na última quarta-feira, “João Branco” foi denunciado junta-mente com outros integrantes da FDN, à Justiça, pelo Ministério Público Federal (MPF-AM) pelos crimes de tráfi co internacional de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. So-mando todas as penas pedidas pelo MPF aos 94 réus denuncia-

dos, as mesmas ultrapassam 3 mil anos de prisão.

A denúncia do MPF teve como base a operação La Muralla, que iniciou a desarticulação da facção criminosa e resultou na prisão de 70 pessoas, entre elas seis advogados membros da FDN e um vereador do município de Tonantins (a 866 quilôme-tros de Manaus) Radson Alves de Souza (PSD).

Durante a ação, os líderes da organização foram transferidos para os presídios federais de

Campo Grande (MS) e Catandu-vas (PR), e submetidos a Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

Na época, o superintendente da Polícia Federal, Marcelo Re-zende, afi rmou que o objetivo da operação era desarticular a FDN que atua em várias camadas no mundo do crime, inclusive no tráfi co internacional de armas e drogas. Entre os crimes estão também, homicídios, seques-tros, tortura, extorsão, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos.

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Questionado se “João Branco”, antes de ir para Catanduvas virá a Manaus, onde é alvo de inquéritos das polícias Civil e Fede-ral, Marcelo Rezende, desconversou e disse que qualquer decisão não será divulgada

SIMULADORES

Autoescolas pedem mais prazosDia a dia C3

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Page 14: EM TEMPO - 26 de fevereiro de 2016

MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016C2 Dia a dia

Dez autos de infração fo-ram lavrados e 15 caixas de som foram apreendidas durante a primeira operação de combate à poluição so-nora deste ano, na área do Centro, realizada ontem pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas). Os equipamentos foram encontrados na frente dos estabelecimentos, o que é proibido. Os comerciantes não foram multados. A operação contou com o apoio da Polícia Militar e da Guarda Civil Me-tropolitana e se concentrou na rua Marechal Deodoro e na avenida 7 de Setembro. Os fi scais também percorre-ram diversas vias situadas no entorno, com a fi nalidade de fl agrar possíveis situações de

excesso de volume.De acordo com o diretor

de Fiscalização em exercício, da Semmas, Dalison Neto, o trabalho contínuo de combate à poluição sonora nesta área do Centro, que concentra um grande número de lojas e res-taurantes, vem surtindo um efeito positivo na diminuição do barulho nas vias. “Hoje, percebemos uma diferença bastante positiva nesta área central, em relação a anos anteriores, mas ainda recebe-mos denúncias de pessoas que se sentem prejudicadas pelo barulho que pontualmente al-gum estabelecimento produz”, explicou. Ele lembrou que, por ser a primeira ação do ano nesta área do Centro, a ope-ração teve um caráter mais

educativo, resultando apenas na apreensão de equipamen-tos sonoros.

Em duas situações encon-tradas, no caso de uma caixa de som utilizada por um cantor na avenida 7 de Setembro e uma loja de roupas na Ma-rechal Deodoro, o decibelí-metro ultrapassou a marca dos 60 decibéis permitidos para áreas do tipo área mis-ta, com vocação comercial e administrativa.

A Semmas deverá se reunir com as diretorias da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Associação Comercial do Amazonas (ACA) para promo-ver o nivelamento dos proce-dimentos corretos a serem adotados pelos lojistas rela-tivos à poluição sonora.

CENTRO

Poluição sonora é combatida

Ufam aplica provas no domingo

No próximo domingo (28), a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) realizará as provas do Processo Sele-tivo Contínuo (PSC), destina-das aos estudantes do ensino médio. Os exames terão início às 8h (horário de Manaus), na capital e nos demais 61 municípios do Estado. Os candidatos inscritos deve-rão comparecer ao local de provas com antecedência mí-nima de uma hora, com docu-mento de identidade original com foto, caneta esferográ-fi ca preta ou azul fabricada em material transparente e o Cartão de Confi rmação de Inscrição (CCI).

Os candidatos que ainda não consultaram seu local de prova podem acessar o novo CCI na página da Comissão Permanente de Concursos (Compec). Candidatos das 1ª e 2ª etapas farão uma prova composta de 54 questões objetivas, que encerrará às 12h. Já para os alunos do 3º ano do ensino médio, o término será às 13h, porque, além da prova objetiva, os fi nalistas também farão a prova de redação.

A Ufam reforçou a seguran-ça para a realização da prova, conforme as orientações da Polícia Federal, que incluíram, entre outras, o aumento do número de câmeras do sis-tema de monitoramento da Compec e a redução das eta-pas de impressão das provas.

PSC

O manauense que pre-tende aproveitar o fi m de semana em algum balne-ário do entorno da cidade deve fi car atento à mudança repentina de tempo, confor-me o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Se-gundo o órgão, as chuvas vão continuar nos próximos dias. A previsão para este fi m de semana é de tempo instável e céu variando de parcialmente nublado a nu-blado com chuvas em áreas isoladas. As temperaturas devem variar entre os 24°C e 26°C e a máxima em torno dos 31°C e 33°C, com ventos de fracos a moderados na direção nordeste, segundo

informações do órgão.Amanhã, a previsão, con-

forme o Climatempo, é de sol e aumento de nuvens pela manhã. Já pela parte da tarde e à noite, com 82% de possibilidade, podem ocorrer pancadas de chuva em algu-mas regiões. A temperatura deve variar entre 25°C e 33°C. Os ventos devem al-cançar 9 quilômetros, com umidade entre 49% a 89%.

No domingo a probabilida-de de chuva é ainda maior, com 88% de chances, com a variação na temperatura de no mínimo 25°C e a máxima de 32°C. A média de preci-pitação pluviométrica esti-mada é a de 12milímetros, com ventos a 9 quilômetros e umidade entre 48% a 86%.

CLIMA

Fim de semana com chuvas em Manaus

Equipamento foi apreendido em loja durante a operação de ontem, que teve caráter educativo

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Previsão de tempo para este fi m de semana será de chuva

GERSON FREITAS

JOSEMAR ANTUNES

Van pega fogo após bater em outros carrosAcidente ocorreu na manhã de ontem, na avenida Constantino Nery. Motorista perdeu o controle do veículo

MÁR

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Populares observam veículo destruído após o incêndio, na manhã de ontem, na avenida Constantino Nery. Não houve registro de vítimas

Uma van de cor prata e placa PHA 1606 pegou fogo na manhã de on-tem, na avenida Cons-

tantino Nery, no sentido Centro–bairro, na Zona Centro-Sul. O motorista Ranolfo Palheta de Sá, 48, perdeu o controle do veículo e bateu em outros carros que estavam parados no semáforo. O impacto causou um incêndio no motor. O carro prestava servi-ços para a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh) e fi cou parcialmente queimado. Não houve feridos. Devido ao acidente, o trânsito no local fi cou comprometido por, aproxima-damente, 40 minutos.

De acordo com o supervi-sor do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), Arne Santos, o Corpo de Bombeiros foi acionado, mas funcionários de uma empresa de dedetização e equipamentos contra incên-dios ajudaram a apagar o fogo, que já havia se propagado pelo veículo. “Quando chegamos, os funcionários de uma empresa já tentavam extinguir as chamas. Em seguida, acionamos o Corpo de Bombeiros”, disse.

Ranolfo disse que ao se apro-ximar dos demais veículos que estavam parados, freiou, mas o carro não parou. “Depois de bater na traseira de um Gol, o veículo começou a fumaçar. Ao verifi car o problema, as chamas aumentaram. Ainda peguei o

extintor, mas infelizmente o fogo venceu”, lamentou.

Ele também informou que seguia sozinho no veículo para o Centro de Referência de As-sistência Social (Cras), na comu-nidade Nossa Senhora da Con-ceição, bairro Braga Mendes, na Zona Norte. Entre os veículos atingidos pela van estavam um Gol cinza, de placa NOI 7355, e uma picape modelo Saveiro, de cor branca, placa OAN 2500. Um terceiro veículo, não iden-tifi cado, teve danos menores e o motorista deixou o local.

O empresário Márcio Sou-za, 26, dirigia a picape Saveiro quando foi atingido pelo Gol, que estava atrás. “Ao sair para ver o prejuízo, a van começou a pegar fogo. Diante disso, afastamos os carros até a chegada da equipe do Manaustrans. Acredito que o motorista da van vinha em alta velocidade e não conseguiu frear no momento, vindo a colidir”, disse Souza.

Veja outras imagensdeste evento aqui

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GALERIA

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Page 15: EM TEMPO - 26 de fevereiro de 2016

MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016C3Dia a dia

MICHELLE FREITAS

Donos de CFCs protestam na sede do governo do AMAlém de mais prazo para a implantação dos simuladores veiculares, categoria também reivindica auxílio no valor do link

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Autoescolas reclamam da falta do equipamento para as aulas práticas, como determina o Denatran

Aproximadamente 350 instrutores de auto-escolas realizaram, na manhã de ontem,

um manifesto em frente à sede do governo do Amazonas, no bairro Compensa, na Zona Oeste. Durante o protesto, o dono de uma autoescola, José Clages de Oliveira, foi detido pela Polícia Militar por tentar interditar a passagem de veículos na via, mas foi liberado após conversar com o comandante do Policiamento Especializado (CPE), coronel Cleitman Rabelo.

De acordo com o represen-tante do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores do Estado Amazonas (SindCFC–AM), César Bastos, os profi s-sionais exigem a prorrogação do prazo para implantação de simulador veicular nas autoes-colas. “Estamos reivindicando junto às autoridades compe-tentes a prorrogação para o prazo de implantação do simu-lador veicular. Isso tem gerado uma celeuma e um problema muito sério dentro da cidade e do Estado. Nós não somos con-tra os simuladores. Estamos fazendo este manifesto pací-fi ca com o intuito de ter mais

tempo para nos adequarmos às condições de implantação do simulador”, explicou.

Bastos alegou que não hou-ve prazo sufi ciente para os Centros de Formação de Con-dutores (CFCs) se adaptarem às exigências do Conselho Nacional de Trânsito (Con-tran). As autoescolas alegam que os fabricantes não con-seguem atender à demanda de novos simuladores. “Todas

as autoescolas em Manaus já solicitaram o simulador, mas a empresa que tem que for-necer o simulador não deu conta da demanda. Em Goiás, que é do lado de Minas Ge-rais, eles deram prazo porque a empresa não dá conta da demanda. Por isso queremos negociar para chegarmos a um

consenso”, comentou.Ele explicou que no Amazo-

nas existem 74 autoescolas e que 42 delas fi cam na capital. O sindicato afi rma que apenas 12 unidades têm simulador veicu-lar exigido para as aulas. De acordo com César, a categoria também reivindica a cobrança da taxa por link pela empresa de Processamento de Dados do Amazonas S/A (Prodam).

“A questão da internet, na verdade, vem sendo um dos pontos principais desse pro-blema. O Amazonas é o único Estado do Brasil onde está sendo cobrada a taxa do link do simulador. A taxa é R$ 4 por aula e, como são oito aulas, o custo total por aluno é R$ 32. A Resolução do Con-tran não fala que temos que ter link”, afi rmou.

Sem recursosO governador José Melo in-

formou que não pretende tirar dinheiro do orçamento do Es-tado para pagar a taxa de R$ 4 das autoescolas. Para ele, as próprias empresas devem arcar com o valor da taxa. “Esse movimento que aconte-ceu aqui na sede foi dos pro-prietários de autoescola. Eles estão se insurgindo por uma taxa de R$ 4 que está sendo

cobrada. Acontece o seguinte, autoescola é concessão, quem concede é o Estado. Se o Es-tado conceder, concede dentro das suas regras. Por que que eu, Estado, tenho que tirar di-

nheiro da saúde, da educação, da segurança, dos meus orça-mentos próprios para fi nanciar o Detram, quando ele mesmo pode se autofi nanciar? Se uma autoescola cobra R$ 100 ou

R$ 150 de uma pessoa, por que não destinar R$ 4 disso para que o órgão que lhe deu a concessão possa continuar se estruturando, se organizan-do?”, fi nalizou.

IRREGULAR

Em nota divulgada ontem, o Detran-AM informou que em con-sulta ao Denatran, o órgão respondeu que a realização de aulas práticas sem o simu-lador fere a Resolução 543/2015, e os CFCs devem se adequar

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Page 16: EM TEMPO - 26 de fevereiro de 2016

MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016C4 Dia a dia

Bomba é encontrada em telhado de residência

Um artefato explosivo foi encontrado no telha-do de uma residência, no início da tarde de ontem, na rua Curitiba, bairro Grande Vitória, Zona Leste. O material foi removido do local e desativado no períme-tro de 100 metros da rua, que foi interditada pela polícia. Ninguém ficou ferido.

De acordo com o ca-pitão Mesquita, do Gru-pamento de Manejo de Artefatos e Explosivos (Marte), moradores perceberam que o ob-jeto tinha caracterís-ticas de um explosivo e acionaram a polícia pela manhã.

Ainda de acordo com o

capitão, um dos morado-res da casa encontrou a bomba no momento em que verificava se havia rachaduras no telhado. Os mesmos não sou-

beram informar desde quando a bomba estava no local. A via foi liberada depois da desativação do artefato.

GRANDE VITÓRIA

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ULG

AÇÃO

Policial do Grupo Marte remove artefato para ser detonado

Mecânico furta moto, anuncia peças e é presoMaterial seria comprado pelo próprio dono do veículo, que acionou uma equipe da Rocam para efetuar a prisão

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ULG

AÇÃO

Material apreendido pela Rocam, na tarde de ontem, foi encaminhado à DERFV, onde Jaires prestou depoimento e foi autuado por furto e receptação

Após furtar uma moto-cicleta e tentar vender o motor do veículo em site de compras e ven-

das on-line, o mecânico Jaires Forte de Oliveira, 27, foi preso quando negociava o material com o proprietário, cujo nome não foi divulgado. De acordo com policiais da Ronda Os-tensiva Cândido Mariano (Ro-cam), na casa do mecânico, na rua 12, bairro Alvorada 2, Zona Centro-Oeste, funcionava um desmanche de motos, onde foram encontrados, ao menos, peças de sete motocicletas frutos de roubos.

Além de Jaires, o irmão dele, Jair Forte de Oliveira, 28, foi detido e encaminhado à delegacia, mas em segui-da liberado. A prisão deles ocorreu por volta de 12h30 de ontem, na estrada da Compensa, bairro Compen-sa, Zona Oeste. A vítima acionou os policiais da Ro-cam, depois de marcar com o suspeito um encontro para a compra do material.

À polícia, Jaires informou que furtou a motocicleta há uma semana e resolveu ven-der as peças separadamen-te. Ele relatou ainda que atua

com o desmanche de mo-tocicletas com um homem identificado apenas como “Ribeiro”, que foi procurado durante as diligências, mas não foi localizado.

ProcedimentosO soldado Herter, da Ro-

cam, informou que as peças foram levadas à Delegacia

Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (DERFV), no bairro Flores, Zona Cen-tro-Sul, e Jaires foi autu-ado pelos crimes de furto e receptação. Após os pro-cedimentos, ele foi enca-minhado à cadeia pública desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro, onde ficará à disposição da Justiça.

COCAÍNA

Suspeito de comer-cializar drogas em uma lanchonete, localizada na avenida Autaz Mirim, bairro Tancredo Neves, Zona Leste, o marce-neiro Abraão Castro de Souza, 27, foi pre-so em flagrante com seis quilos de cocaína, avaliados em R$ 12 mil. O suspeito confessou à polícia que fazia en-trega a domicílio dos entorpecentes.

Parte da droga esta-va escondida no quintal da casa dele, na rua Ambrósio Aires, bairro São Jorge, Zona Oeste. A polícia investiga a ligação de Abraão com facções criminosas.

De acordo com o di-retor do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), delegado Samir Freire, há aproximadamente um mês, a equipe po-licial começou a moni-torar, informando que um homem estaria comercializando en-torpecentes em fren-te a uma lanchonete, e ontem conseguiram capturá-lo.

“Com o monitora-mento e algumas infor-mações, conseguimos monitorar o local e, hoje (ontem), o avistamos em atitude suspeita, em frente à lanchonete, e o abordamos e ele esta-va com um tablete de cocaína”, explicou.

Freire disse ainda que durante as diligên-cias Abraão revelou à equipe que tinha mais porções de drogas na

Denarc apreende 6 kg de droga

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ULG

AÇÃO

Marceneiro era monitorado por equipe do Denarc após denúncias

ESCOLA

Em julho de 2015, um artefato metáli-co em formato cilín-drico, aparentando ser uma bomba, foi encontrado por tra-balhadores de uma obra na escola mu-nicipal Themístocles Pinheiro Gadelha

VENDA

As sete peças de motocicletas encon-tradas pela equipe da Rocam estavam na carroceria de uma picape modelo Mon-tana, de cor prata e placa JXX 5422, prontas para serem comercializadas

Autônomo é morto a terçadadas

O autônomo Mário José Gonzaga de Lima, 35, foi morto com 35 terçadadas por homens não identifi ca-dos, na última quarta-feira à noite, na comunidade Cris-to Rei, zona rural de Iran-duba (a 27 quilômetros de Manaus). De acordo com a polícia, Mário recebia cons-tantes ameaças de morte porque era envolvido com roubos no bairro.

Conforme o irmão de Má-rio, que não quis ter o nome revelado, testemunhas rela-taram à família que o autôno-mo trafegava em via pública quando foi abordado pelos assassinos. Em seguida, ele foi levado a um matagal onde foi morto com várias terça-dadas na cabeça, pescoço, peito e costas.

Moradores da área in-formaram que Mário ainda gritou pedindo socorro dos vizinhos, mas os mesmos fi caram com medo de sair de casa. Ainda segundo o irmão do autônomo, a víti-ma era usuária de drogas há anos e costumava roubar entorpecentes de trafi cantes quando não tinha dinheiro para comprar drogas.

De acordo com a Polícia Civil, Mário era envolvido em roubos e vivia se esconden-do das pessoas que o per-seguiam. Em depoimento, familiares informaram que devido às ameaças e o vício Mário, não morava mais com eles. O caso foi registrado na 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), onde a polícia trabalha com a hipótese de acerto de contas.

IRANDUBA

ANA SENA

THAÍS GAMA

LINDIVAN VILAÇA

residência. “Ele nos le-vou até a casa dele e lá foram apreendidos mais cinco tabletes da droga, escondidos no quintal da casa. Ele informou que re-cebia as encomendas por telefone e fazia as en-tregas no local. Ele disse que atuava sozinho, mas

vamos continuar as investi-gações para checar se não há envolvimento dele com facções”, informou.

O marceneiro foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e encaminhado à cadeia pública desem-bargador Raimundo Vidal Pessoa, no Centro.

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Page 17: EM TEMPO - 26 de fevereiro de 2016

MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016C5Dia a dia

Malária requer atenção em área de incidência Com um aumento de 9,4% dos casos da doença no Amazonas, entre 2014 e 2015, cuidados devem ser redobrados

SAM

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ULG

AÇÃO

Transmissão da malária ocorre por meio da picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles

Ao menos 53 pessoas foram diagnostica-das com malária, dos 225 pacientes sub-

metidos a exames porque estavam com suspeita da doença ao procurar aten-dimento no pronto-socorro do hospital Delphina Rinaldi Abdel Aziz, na Zona Norte. Os dados são referentes ao período de 1º de janeiro a 14 de fevereiro. A malária é considerada uma doen-ça endêmica da região. O tratamento é simples e efi-caz, porém, sem os devidos cuidados, pode evoluir para a forma grave e até levar à morte. O pronto-socorro Delphina Aziz está locali-zado próximo ao Tarumã e às rodovias BR-174 e AM-010, locais com áreas de mata nativa, onde há maior risco de contaminação. É preciso não se descuidar, para que o número de casos da doença diminua.

No início deste mês, a Se-cretaria Estadual de Saú-de (Susam) divulgou que, entre 2014 e 2015, houve um aumento de 9,4% nos casos de malária no Esta-do e convocou gestores e prefeitos a reforçarem o en-frentamento da doença no

Amazonas. A malária é uma doença infecciosa febril agu-da e apresenta cura se for tratada em tempo oportuno e adequadamente.

A médica infectologista que atua no Serviço de Con-trole de Infecção Hospitalar do PS Delphina Aziz, Mayla Borba, destacou que a malá-

ria é uma doença que ocorre em países de clima tropical, como o Brasil. “Na região Amazônica, a espécie mais prevalente é o Plasmodium vivax, seguida do Plasmodium falciparum em algumas re-giões. A transmissão ocorre por meio da picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, que tem hábitos ao amanhecer e ao entardecer”, explicou.

PrevençãoOs principais sintomas da

malária são febre, calafrios e sudorese. Durante a crise aguda podem estar acompa-nhados por dor de cabeça, dores musculares, enjoo e vômitos. “O quadro clínico da malária pode ser leve, moderado ou grave, depen-dendo da espécie do parasita, da quantidade de parasitas circulantes, do tempo de do-ença e do nível de imunidade adquirida pelo paciente”, ob-servou a médica.

A prevenção é feita com a aplicação de repelentes, à base do componente químico chamado de DEET, em áreas expostas da pele. Ela também orienta a não se expor nos ho-rários de maior circulação do mosquito, que é no pôr do sol e ao amanhecer, usar roupas claras e com manga longa, colocar telas em portas e janelas e usar mosquiteiro impregnado com repelente, também à base de DEET.

O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do proto-zoário infectante; a idade do paciente; condições asso-ciadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde; e gravidade da doença.

MEDICAÇÃO

No geral, após a confi rmação da doença, o paciente recebe o tratamento ambulatorial, com comprimidos que são fornecidos gratuita-mente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS)

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Page 18: EM TEMPO - 26 de fevereiro de 2016

[email protected], SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016

País C6ESQUEMA

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AÇÃO

A Polícia Federal busca milhões de euros escondidos na área externa de um imóvel no bairro Dunas, em Fortaleza. As buscas fazem parte da operação Fiorino, que tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no plantio, preparação e distribuição ilegal de maconha e em lavagem de dinheiro, no Brasil e na Europa.

EM LIBERDADE

STJ nega pedido em favor de Elize US$ 7,5 MILHÕES

O publicitário João Santa-na admitiu ser o controlador da conta na Suíça que re-cebeu US$ 7,5 milhões da Odebrecht do operador Zwi Skornicki, mas afi rmou que sua mulher, Mônica Moura, é a responsável pelas movi-mentações e que “não sabe dizer quais valores foram recebidos na referida con-ta”, que era mantida como uma poupança para sua aposentadoria. Em depoi-mento prestado na manhã desta quinta-feira à Lava-Jato, o marqueteiro afi rmou que não sabe se Mônica tem procuração para fazer a mo-vimentação e que não sabe quem são os benefi ciários. Ele autorizou acesso a todos os dados da conta ShellBill, na Suíça, onde foram depo-

sitados os valores investi-gados pela Lava-Jato.

Santana disse que a conta foi aberta entre 1998 e 1999 para receber cerca de US$ 70 mil por serviços prestados na Argentina, por meio de um representante no Uruguai que teria sido indicado por um amigo argentino. Ele disse que só tomou conhecimento de que a conta não era relacionada à Polis Argen-tina, sua empresa no país vizinho, quando foi feita uma auditoria em suas em-presas. Santana não soube precisar a data, mas disse que tinha intenção de le-galizar a conta, mas que sempre houve dúvidas em relação a qual país deves-se fazê-lo, já que a conta

recebia recursos de cam-panhas no exterior. Para o Ministério Público Federal, o dinheiro repassado pelo operador ao marqueteiro pode ter saído de contratos da Petrobras, referentes a plataforma P-51 ou sondas da Sete Brasil.

Santana negou ter recebi-do no exterior dinheiro das campanhas presidenciais no Brasil. Negou ainda rece-ber por serviços prestados ao governo federal. Segun-do ele, os “eventuais conse-lhos de maneira esporádica” prestados ao governo fede-ral não foram remunerados. Aos investigadores, disse que foi “um doador de ser-viços ao governo em razão do prazer que isso lhe gera e da facilidade que possui”.

Santana admite contas na Suíça O Superior Tribunal de

Justiça (STJ) negou recur-so dos advogados de Eli-ze Matsunaga, presa pela morte e esquartejamento do marido, Marcos Matsu-naga, que pedia nulidade da perícia realizada no corpo do executivo da Yoki, em 2012. A defesa tam-bém queria que a ré, presa cautelarmente, esperasse pelo julgamento em liber-dade, mas o STJ entendeu que é necessário “garantir a ordem pública”. Os ad-vogados devem recorrer da decisão até a próxima sexta-feira.

“O primeiro profissional que realizou a perícia, logo após o início do processo, não é perito. E o posto onde foi feito o exame, o IML de Cotia (cerca de 34 quilômetros de São Paulo), não é legalmen-te constituído”, explica a advogada Juliana Cristi-na Santoro, que auxilia o criminalista Luciano de Freitas Santoro no proces-so. Para a dupla, a perícia teria que ser realizada em Taboão da Serra.

Juliana explica ainda que um outro laudo, feito após exumação do corpo de Matsunaga, em março de 2013, aponta diver-gências com o primeiro. Nele, concluiu-se que o tiro disparado contra a cabeça do executivo foi feito de média a longa distância, enquanto o pri-meiro aponta que foi num

Em depoimento, Santana afi rma que não mantém relacionamento comercial com a Odebrecht

Elize está presa desde 2012 acusada de esquartejar o próprio marido

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ULG

AÇÃO

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AÇÃO

‘Momentos estão difíceis para saúde’, diz ministro

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ULG

AÇÃO

Ministro Marcelo Castro declarou que foram repassados R$ 300 milhões para comprar repelentes às gravidas

O surto de zika no país e o aumento de ca-sos de microcefalia em recém-nascidos

é motivo de “tensão interna-cional” e um desafi o para o governo do país, afi rmou nesta quinta-feira (25) o ministro Marcelo Castro. Durante cerca de três horas, ele falou sobre o tema em sessão no Senado Federal. “É um dos momentos mais difíceis de saúde pública que o país já enfrentou”, resu-miu. Ele defendeu as medidas tomadas pelo governo e afi r-mou que não faltarão recursos para combater o mosquito Aedes aegypti.

Segundo ele, foram repas-sados ao Ministério de De-senvolvimento Social um total de R$ 300 milhões para a compra de repelentes para grávidas do Bolsa Família. Ele não descartou a distri-buição do produto para as demais gestantes do país. “Vamos estudar essa ques-tão com muita atenção, mas lembrando que esse seria um volume muito grande.”

Castro voltou a se mostrar reticente sobre a compra de vacina da dengue produzida pela multinacional francesa Sanofi Pasteur. Com três do-ses, a vacina foi aprovada para venda no Brasil em dezembro

do ano passado. O ministro criticou fatores como o custo estimado e o público-alvo da vacina, destinada a pessoas entre 9 e 45 anos. “Nós ele-geríamos com certeza [para ser vacinadas em postos de saúde] as crianças abaixo de 10 anos e pessoas mais idosas, e a vacina não presta para isso”, afi rmou, na presença de Lúcia Bricks, diretora médica

da Sanofi Pasteur e convidada para a sessão. Ele afi rmou, no entanto, que ainda não há pra-zo para o Ministério da Saúde decidir se irá ou não adotar a vacina na rede pública. “Não é uma decisão fácil.”

Amamentação Mulheres infectadas com o

vírus da zika devem continuar a amamentar os seus bebês

pois não há provas de que haja risco de transmissão, disse nesta quinta (25) a OMS (Or-ganização Mundial da Saúde).

“Segundo as provas existen-tes, os benefícios da lactância materna para o bebê e para a mãe superam qualquer risco de transmissão do vírus da zika através do leite mater-no”, conclui a OMS em suas recomendações dirigidas às autoridades dos países afe-tados pela epidemia.

Situação crítica Em sua passagem pelo

Brasil, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, dis-se que, apesar dos esforços do governo, a crise provo-cada pelos surtos de zika e microcefalia “pode piorar antes de melhorar”.

“Não será surpresa se aparecerem casos de mi-crocefalia em outros Es-tados”, afi rmou Chan, em após visitar instalações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio.

A OMS recordou que o vírus foi detectado no leite mater-no de duas mães contamina-das. “Mas não há atualmente nenhuma prova de uma trans-missão de zika aos bebês por meio da amamentação materna”, enfatizou.

AMAMENTAR

Ontem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que as mulheres infecta-das com o vírus da zika devem continu-ar a amamentar os bebês, pois não há provas de que haja risco de transmissão

curto espaço. A defesa questiona tam-

bém a acusação de que Elize teria esquartejado o corpo quando o marido ainda es-tava com vida. De acordo com o perito judicial, a víti-ma teria ficado inconscien-te imediatamente após o tiro, afastando o emprego de meio cruel e diminuindo assim sua pena.

Na decisão do último dia

16, o relator, ministro Jorge Mussi, conclui que as perí-cias não são absolutamente contraditórias, e que a com-paração entre elas permite afirmar haver diversos pon-tos convergentes. A dupla de advogados também pediu a revisão da prisão cautelar de Elize. Ela está na peni-tenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, desde junho de 2012.

Ministro Marcelo Castro declarou ontem que existe uma “tensão internacional” devido ao aumento de casos de zika no país

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MANAUS, SEXTA�FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016

HOMENAGEM

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AÇÃO

O presidente dos Esta-dos Unidos, Barack Obama, comandou uma apresen-tação de música na Casa Branca - a última de seu governo. A sessão, com a participação de vários músicos convidados, foi em homenagem a Ray Charles.

Aprovação apresentada ontem só foi possível após acordo entre partidos para reescrever o texto do projeto, tirando a chamada “adoção de enteado”

Senado da Itália aprova a união civil entre gays

Com 173 votos favoráveis e 71 contrários, o Senado da Itália aprovou nesta quinta-feira (25) o pro-

jeto que legaliza a união civil entre pessoas do mesmo sexo. O governo centroesquerdista de Matteo Renzi havia submetido o texto ao voto de confi ança da Câ-mara Alta, manobra que impede a apresentação de emendas e evita obstrucionismos.

A aprovação só foi possível porque o PD (Partido Demo-crático), liderado pelo primei-ro-ministro, chegara na última quarta-feira (24) a um acordo com a legenda NCD (Nova Cen-tro-Direita), que comanda dois ministérios (Interior e Saúde), para reescrever o texto do pro-jeto, mas tirando um de seus principais pontos, a chamada “adoção de enteado”.

A proposta anterior previa que homossexuais pudessem regis-trar os fi lhos de seus parceiros, mas apenas na ausência do outro pai biológico. O artigo seria uma forma de proteger os direitos das crianças caso seu genitor morresse, porém sofreu forte resistência no Se-

SER ATIVISTAS

SeaWorld admite que funcionários fi ngiam

O grupo de parques temáticos SeaWorld proi-biu, nesta quinta-feira (25), que seus funcioná-rios se façam passar por ativistas pró-animais, ao admitir, pela primeira vez, que usou essa estra-tégia no passado, mui-to criticada por grupos defensores dos animais.

“O conselho administra-tivo instruiu os gerentes da companhia a pôr um fi m à prática em que cer-tos funcionários aparen-tavam ser ativistas dos direitos dos animais”, indicou em um comuni-cado a empresa, conheci-da por seus espetáculos com as orcas.

Com 11 parques temáti-cos nos Estados Unidos, o SeaWorld alegou ter utili-zado essa estratégia “para organizar a segurança de seus funcionários, visitan-tes e animais contra as ameaças recebidas”.

No ano passado, a orga-nização de defesa dos ani-mais Peta, crítica feroz do grupo pelo uso de orcas e de outros animais em suas atividades, denunciou o empregado da empresa

Paul McComb, que havia se passado por ativista. McComb teria participado de pelo menos uma mani-festação que terminou em detenções, além de propor protestos violentos.

Nesta quinta, o Se-aWorld indicou que Mc-Comb continua trabalhan-do no grupo, mas que foi transferido “para outro departamento e já não se encontra em suspensão administrativa”. A medida foi adotada quando a po-lêmica começou.

A vice-presidente da Peta, Tracy Reiman, la-mentou que o “espião” continue na empresa, em um comunicado contra o grupo por supostos maus-tratos aos animais. “As fi nanças do SeaWorld con-tinuam caindo à medida que mais animais morrem em seus pequenos tan-ques, com uma morte a cada mês desde novem-bro”, indicou Reiman.

Ela também pediu à empresa para “mo-dernizar seu negócio”, criando santuários para os animais, e não mais “prisões para golfi nhos”.

Antes da aprovação, partidos da oposição e até mesmo a ala católica se opuseram à medida do projeto

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nado, em um país de tradições cristãs bastante arraigadas e que tem o Vaticano dentro de sua capital, Roma.

Partidos de oposição, a NCD e até mesmo a ala católica do PD se opuseram à medida e forçaram o governo a tirá-la do projeto de lei. Atualmente, o gabinete majoritariamente centroesquerdista de Renzi só tem maioria no Senado gra-ças ao apoio da Nova Cen-

tro-Direita, que usou esse ar-gumento para fazer o Partido Democrático esvaziar a lei.

O presidente da entidade Gaynet, Franco Grillini, expo-ente histórico do movimento LGBT na Itália, criticou dura-mente o novo texto e disse que o Estado quer “colocar as mãos nas cuecas dos outros para decidir quem pode fazer sexo, como e com quem”. “Ao que parece, além da adoção

de enteado, que em países como França e Alemanha é automática, Alfano mandou tirar também a fidelidade se-xual como obrigação de casal nas uniões civis porque seria uma característica exclusiva do matrimônio”.

Já a líder da associação Fa-miglie Arcobaleno (Famílias Ar-co-íris), Marilena Grassadonia, declarou que, com as alterações, a lei é “inadmissível”

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