EmbalagemMarca 164

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PATROCINADORA DO APP GRATUITO Ano XIV • Nº 164 • Abril 2013 • R$ 15,00 O que ela quer Setor de cosméticos investe alto para criar embalagens com a cara da consumidora CODIFICAçãO Acontecimentos recentes evidenciam a importância da rastreabilidade de bens de consumo ENTREVISTA A diretora de marketing Anne Napoli fala dos planos da Vigor para a apresentação de produtos lácteos ESPECIAL: 3R As oportunidades para a adoção de embalagens reutilizáveis no mercado brasileiro

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Revista EmbalagemMarca Nº 164 - Abril de 2013. Reportagem de capa: Cosméticos

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O que ela quer

Setor de cosméticos investe alto para

criar embalagens com a cara da consumidora

cOdificaçãO Acontecimentos recentes evidenciam a importância da rastreabilidade de bens de consumo

entreviSta A diretora de marketing Anne Napoli fala dos planos da Vigor para a apresentação de produtos lácteos

eSpecial: 3r As oportunidades para a adoção de embalagens reutilizáveis no mercado brasileiro

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Abril 2013 | 3

editorialUMa cOnverSa cOM O leitOr

agora que as empregadas vão mesmo…

“A entrada em vigor da

emenda constitucional

que estende direitos

trabalhistas históricos

às domésticas abre

boas oportunidades

para a cadeia de valor

da embalagem, nela

incluídos fornecedores,

usuários e consumidores”

a entrada em vigor da proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece para as empregadas e empre-gados domésticos direitos iguais aos dos demais trabalhadores brasileiros já está tem e continuará tendo efeitos colate-rais que poderão ser proveitosos para a cadeia de valor da embalagem, incluídos fornecedores, usuários e consumidores. Não se discute aqui a justeza dessa legis-lação tardia, ainda que os legisladores tenham “pensado nos 7 milhões do votos (dos trabalhadores) e se esque-cido dos 14 milhões de patrões”, como se queixou logo após a promulgação da emenda a presidente do Sindicato dos Empregadores Domésticos do Estado de São Paulo, Margareth Galvão Carbinato.

Mas o fato é que a medida repre-senta um passo da classe média brasi-leira rumo a um lado amargo do Pri-meiro Mundo, em que possivelmente pensava já estar. Com o aumento dos direitos dos trabalhadores domésticos e o consequente encarecimento de sua remuneração, a vida nas casas brasilei-ras tenderá a se parecer cada vez mais com a dos lares europeus e americanos

naquilo que uma diferença de classes menos aberrante que a vigente em nosso País impôs há muitos e muitos anos: presença menor de serviçais e maior de máquinas lava-louças, de aparelhos e de produtos que facilitem a limpeza, a culinária e outras atividades.

A rigor isso já vinha de certa forma ocorrendo, como se pode observar nos anúncios imobiliários, onde se vê a rare-fação de quartos de empregada em resi-dências de espaço cada vez mais escas-so. Os fabricantes de eletrodomésticos, notadamente os de lava-louças, feste-jam o sensível aumento da procura por tais equipamentos ocorrida logo após a promulgação da chamada “PEC das domésticas”. Mas em que a previsível transformação nos hábitos e na confi-guração das residências poderá ser uma oportunidade positiva para o mercado de produtos para o lar, com destaque para os de limpeza?

Sem que tivéssemos o dom da pre-monição ou bolas de cristal, aborda-mos o tema da escassez de empregadas domésticas um ano atrás, na reportagem de capa de março de 2012. Hoje mais do que então impõe-se a necessidade de criação de embalagens funcionais e práticas para produtos de limpeza e de culinária para pessoas que vão depen-der mais de si mesmas em casa do que dependiam antes de dispensarem suas empregadas. Provavelmente aquela edi-ção seria mais oportuna hoje, e acredi-tamos que sua fundamentação ainda é perfeitamente válida. Por isso, quem não teve a oportunidade de vê-la e qui-ser fazê-lo agora, pode consultá-la em versão virtual, em http://emb.bz/151

Até maio.

WILSON PALHARES

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SumárioEdição 164 • Abril 2013

diretor de redação: Wilson Palhares | [email protected] • editor executivo: Guilherme Kamio | [email protected] • redação: Flávio Palhares | [email protected] • comercial: Karin Trojan | [email protected] • Wagner Ferreira | [email protected] • Gerente comercial: Roberto Inson | [email protected] • diretor de arte: Carlos Gustavo Curado | [email protected] • administração: Eunice Fruet | [email protected] • Marcos Palhares | [email protected] • eventos: Marcella Freitas | [email protected] • circulação e assinaturas (assinatura anual R$ 150): Kelly Cardoso | [email protected]

Publicação mensal daBloco Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 5304718-040 • São Paulo, SP(11) 5181-6533www.embalagemmarca.com.br

Não é permitida a reprodução, no todo ou em parte, do conteúdo desta revista sem autorização. Opiniões expressas em matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião da revista.

Adecol ...............................................47Almanaque EM ................................33Baumgarten ......................................11Ciclo de Conhecimento ............... 15Congraf ............................................. 19Coppola ............................................ 13

Emibra ...............................................29Evertis ...................................... 2ª capaFeiplastic ...........................................37Fispal ..................................................43Grandes Cases ...................... 26 e 27GS1 ....................................................... 7

HP ......................................................... 5Indexflex ............................................ 21Label Summit ...................................35MN Design........................................ 12Moltec ...............................................49Novelprint ......................................... 41

Optima ....................................4ª capaPapirus ..................................... 3ª capaPrakolar ...............................................9SIG Combibloc ................................39Simbios-Pack ...................................49

Empresas que anunciam nesta edição

3 editorial A emenda constitucional que estende direitos trabalhistas aos empregados domésticos abre oportunidades para a cadeia de valor da embalagem

6 Uísques Johhnie Walker Black Label tem edição com estojos especiais homenageando o Brasil, criados com a participação de fãs da marca

8 painel Anvisa oficializa o uso do código Datamatrix nas embalagens para rastrear medicamentos • Henkel inaugura nova fábrica de poliuretano no Brasil • Cerviflan terá mais uma linha de aerossóis na planta de Guarulhos (SP) • Clariant inicia produção no Brasil de dessecante para proteção de cargas

22 Higiene pessoal e beleza L’Occitane lança linha inspirada no Brasil – produtos e embalagens são fabricados localmente

24 entrevista Anne Napoli, diretora de marketing da Vigor, explica a estratégia da empresa de investir em produtos de maior valor agregado para se equiparar aos grandes produtores do setor lácteo – e da importância da embalagem nesse processo

28 codificação Casos recentes de recall mostram a importância da rastreabilidade de produtos para o rápido recolhimento de embalagens

30 especial Segunda reportagem do especial sobre o tema 3r – redução, reutilização e reciclagem mostra a crescente reutilização de embalagens descartáveis, para o mesmo produto ou para outros fins

38 lácteos Fabricante paulista de laticínios aposta em sabores inusitados e em embalagens diferenciadas

42 internacional Design estrutural de lubrificante íntimo faz sucesso em diferentes países

43 limpeza doméstica Embalagem de escova para limpar tênis garante destaque na gôndola e explica o uso do produto

44 display BIC estreia no mercado de lâminas de barbear descartáveis • Bayer ingressa no ramo de higiene e beleza para animais de estimação • Ciclo Cosméticos lança linha com embalagens inspiradas em mensagens de amor • Café para comer é novidade da SPA • Capuccino 3corações tem refil em formato de coração

50 almanaque Caixinha cartonada apareceu em filme dos Beatles • Pote de Danoninho virava brinquedo • Tampinha de refrigerante podia ser trocada por brindes • Tampas premiadas já eram usadas no início do século passado

6

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42 50

reportagem de capaFabricantes de cosméticos investem para criar embalagens que agradem à consumidora brasileira

Por Guilherme Kamio

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uíSquES

Brinde ao BrasilPara homenagear o mercado local, marca de scotch adota estojos especiais, definidos com participação de fãs

nUMa açãO ligada à campa-nha “Keep Walking, Brazil”, o uísque escocês Johnnie Walker Black Label, da Diageo, passa a ser vendido no País em embalagens especiais. São estojos decorados no verso e nas late-rias com temas criados em co-auto-ria com fãs da marca no Facebook. Mais de 57 000 palpites definiram imagens e frases que compõem três opções de design. Cada uma delas

terá 10 000 unidades disponíveis no mercado nacional.

A embalagem Paixão será estam-pada com a tela Enfrentamento, da artista plástica Marina Ayra, combi-nada com as frases “Para transformar a esperança em realidade, é preciso usar forças, mobilizar-se”, do roman-cista Ignácio de Loyola Brandão, e “A gente sacode o corpo é para abrasar a chama do sonho e iluminar a vida”,

Embalagens Paixão, Beleza e Criatividade (de cima para baixo) contêm, no verso e nas laterais, imagens e frases de personalidades brasileiras. Completam o conjunto um “estojo-troféu”, que acomoda a garrafa, e um pôster

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da cantora Elza Soares. Já a embalagem Beleza traz a foto

Guanabara, do fotógrafo Pedro Lobo, conjugada com as frases “Nosso céu tem mais estrelas, nossas várzeas têm mais flores, nossos bosques têm mais vida, nossa vida mais amores”, do poeta Gonçalves Dias, e “No Brasil a gente se mistura e se reinventa”, do músico Charles Gavin.

Por fim, o estojo Criatividade traz a imagem Rio Prelúdio 5, do ilustrador Marcelo Daldoce, interagindo com as frases “Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome”, da escri-tora Clarice Lispector, e “Você existe aqui, agora e só uma vez. Foco!”, do cineasta Fernando Meirelles.

iMpreSSaS em luvas de papel car-tão, as três composições são exibidas através de uma caixa feita de acetato. Trata-se de uma embalagem terciária, pois acomoda uma “embalagem tro-

féu” importada, produzida em duas peças encaixáveis de plástico, na qual a garrafa do scotch é enfim deposita-da. O estojo contém ainda um pôster dobrado, impresso com os nomes dos primeiros 10 000 internautas que par-ticiparam da ação.

De acordo com a Diageo, a ação presta um tributo ao mercado local. Diz Tânia Cesar, diretora de marke-ting da empresa de bebidas: “O Brasil é um país em ascensão e quem prota-goniza esse progresso é cada um dos brasileiros que diária e anonimamen-te fazem esse trabalho. Queremos homenageá-los exaltando as melho-res qualidades da nação.”

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Brasil em dose dupla Dois projetos brasileiros estão entre os cinco finalistas do concurso internacional Your Future Bottle Design Challen-ge, que busca um novo design para a garrafa de alumínio da cerveja Heineken. As duas ideias do Brasil têm o mesmo autor: o designer Fernando Degrossi. Seus esboços (os dois à direita, na imagem) concorrem com dois da Polônia e um da Austrália. O vencedor será revelado neste mês de abril, e a embalagem com o design escolhido será comercializada mundialmente no final deste ano, em edição limitada. A ação da Heineken baseou-se no Facebook e recebeu cerca de 2 000 inscrições.

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8 | Abril 2013

inStitUídO pOr lei em 2009, mas até agora não implantado no Brasil devido a contestações da in-dústria, o Sistema Nacional de Contro-le de Medicamentos (SNCM) parece enfim caminhar para uma aprovação. A Agência Nacional de Vigilância Sa-nitária (Anvisa) encaminhou para con-sulta pública uma nova proposta para o formato do programa, que permitirá o rastreamento de remédios distribuídos no Brasil.

A ideia é que o SNCM se baseie no uso de códigos bidimensionais do tipo Datamatrix nas embalagens secun-dárias dos produtos. Esses elementos trariam codificado o chamado Identi-ficador Único de Medicamento (IUM), formado pelo registro do medicamen-to junto à Anvisa, contendo treze dígi-tos, além de número serial, número do lote e data de validade. Com isso, seria possível rastrear os produtos desde a fabricação até o uso pelo consumidor final, com um acompa-nhamento mais rígido ao longo das etapas de distribuição.

Suspensa em 2011 após pressões do setor farmacêutico, a primeira proposta do SNCM previa o uso de selo da Casa da Moeda em cada embalagem – o que, segundo os laboratórios, elevaria demais os custos de produção. A nova

sugestão de mecanismo, avaliada como mais viável, tem sido recebida com simpatia pela in-dústria e por empresas do ramo da codificação.

Antonio Buccino Neto, gerente de marke-ting da Markem-Imaje Brasil, fornecedora de impressoras de códigos, avalia que a rastrea-bilidade irá além dos benefícios da segurança para o consumidor final, que poderá conferir a autenticidade do medicamento, e da pro-teção das marcas de laboratórios que sofrem com desvios e falsificações. “Eventuais recalls

de produtos ficam mais ágeis e preci-sos”, comenta. “Além da redução das perdas, os laboratórios também terão mais subsídios para a análise de suas vendas e canais de distribuição.”

diretOr de produtos para a Amé-rica Latina na Videojet, outro nome importante em equipamentos de codi-ficação, Paulo Machado também vê o novo modelo com bons olhos. “É o que está em uso em grande parte do mun-do”, diz. O executivo repassa, contudo, que o sistema exigirá ajustes do setor. “Pelo atual cenário dos laboratórios brasileiros, serão precisos alguns apor-tes em novas codificadoras e, princi-palmente, investimentos em câmeras e softwares de rastreabilidade.”

O que pode ser questionado pela cadeia de valor de fármacos, segundo

Machado, são os prazos de adaptação às novas regras determinados pela nova proposta – 180 dias para a indústria e 360 dias para o comércio varejista. “Pode ser pouco tempo, dados os pro-cessos de aquisição, instalação e validação ne-cessários”, diz o diretor da Videojet. A consulta pública sobre a proposta termina no início de maio. “O resultado dessa ação determinará melhor o grau das ações a serem tomadas”, sa-lienta Buccino Neto, da Markem-Imaje.

revisão para controlecOdificaçãO

painelMOviMentaçãO nO MUndO daS eMBalaGenS e daS MarcaS edição: GUilHerMe KaMiO

[email protected]

Anvisa divulga nova proposta para rastrear medicamentos, baseada no uso de códigos nas embalagens

Códigos Datamatrix, como este, terão de ser aplicados nas embalagens secundárias de produtos farmacêuticos

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10 | Abril 2013

painelMOviMentaçãO nO MUndO daS eMBalaGenS e daS MarcaS

adeSivOS

Uma referência mundialEm solenidade ocorrida no início de abril, com presença de diversos executivos da operação global, a Henkel inaugurou sua nova planta de poliuretano (PU) no Brasil. Fruto de inves-timentos superiores a 15 milhões de reais, a fábrica, localizada em Jundiaí (SP), ampliará a capacidade de produção local de adesivos industriais da marca Liofol – utilizados, entre outros fins, na confecção de laminados para embalagens plásticas flexíveis. “Aumentaremos nossa produção em 40% e teremos capacidade de exportação para toda América Latina e outros continentes”, afirma Diego Hernandez, gerente de operações de adesivos industriais da Henkel. Segundo o executivo, a nova planta brasileira será um centro de competência e referência mundial em adesivos Liofol. Além do Brasil, a multinacional alemã produz poliuretano em unidades na Alemanha, na Chi-na, nos Estados Unidos e na Índia.

Nova planta de poliuretano da Henkel, no interior paulista, permitirá um aumento de 40% na produção de adesivos industriais

cartOnadaS aSSÉpticaS

abertura em várias frentesPara oferecer diferenciação e eficiência ope-racional aos clientes, a Tetra Pak anunciou novidades em embalagens e plataformas de produção. A garrafa cartonada Tetra Evero Aseptic agora dispõe de uma nova opção de abertura, a One Step Opening (OSO). Segundo a fornecedora, a solução oferece-ria segurança em dobro, por combinar uma tampa plástica de rosca dotada de banda antiviolação e uma membrana interna –

que fica em contato com o gargalo e que é removida no momento da torção da tampa. No campo dos equipamentos, os lançamen-tos são um kit de adaptação para a máquina TBA/19, que passa a poder trabalhar com as caixinhas de topo inclinado Tetra Brik Asep-tic Edge de 200 mililitros e 250 mililitros, e uma nova opção da máquina A3/Speed para operação com as embalagens Tetra Prisma Aseptic de 200 mililitros e 250 mililitros.

one step opening:

novidade para a abertura da Tetra Evero

MetÁlicaS

voo alto em aerossóisNome forte em embalagens de aço, a Cerviflan anunciou que instalará até o fim do primeiro semestre, em sua fábrica de Guarulhos (SP), uma quinta linha de latas para aerossóis. O aporte, de valor não revelado, re-flete resultados positivos. Com sete anos, o negócio de embalagens para aerossóis já ocupa 25% da produção da empresa, fundada em 1976. Em 2012, houve a conquista de 25 novos rótulos e um contrato para fabricar 1 milhão de unidades para uma grande companhia de higiene e limpeza, cujo nome é resguardado. Para este ano, a previsão é de um aumento de 20% no output, com um total de 150 milhões de latas fabricadas para aspersão de itens químicos.

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NOTA DE RETRATAÇÃO

A MN Design, sediada na Rua Giovani Pattoli, 46, Jd. Avelino, São Paulo-SP, vem a público esclarecer e se retratar do seguinte fato: em outubro de 2002 foi publicada matéria, na página 48 da edição 38 da revista EmbalagemMarca, sobre o lançamento de nova embala-gem do leite fermentado Paulista, na época se tratava de um novo produto da Danone, que afirmava: “segundo a MN Design, agência responsável pela criação da embalagem, o fato de o personagem [Tourinho na embalagem do produto] estar presente em todo o ci-clo de comunicação – frascos, rótulos, embalagem de papel cartão e cartazes – fortalece a identificação do produto junto ao consumi-dor”. Essa informação foi dada pelo sr. Mario Stavale, à época di-retor da MN Design, e induziu o leitor a erro, fazendo-o acreditar que todo o desenvolvimento da embalagem foi realizado pela MN Design, o que não é verdade, uma vez que a agência responsável pela criação do personagem, de todo o desenvolvimento gráfico e do projeto visual da embalagem foi a Sapien Design (www.sapien-design.com.br), não mencionada na matéria. A MN Design realizou a adaptação do personagem Tourinho na criação da garrafa plás-tica/frasco, além de ter realizado os projetos técnicos em 2D e 3D.

A MN Design lamenta o ocorrido e desculpa-se pelo fato de a Sapien Design ter sido prejudicada por não ter recebido os me-recidos e devidos créditos pela criação do referido personagem.

São Paulo, 13 de fevereiro de 2012.

Nilson Satoshi Arai

painelMOviMentaçãO nO MUndO daS eMBalaGenS e daS MarcaS

internet

consulta mais fácilGrande fabricante de filmes de polipropileno bi--orientado (BOPP), utilizados na confecção de em-balagens e rótulos, a Vitopel lançou novo website em março último. O portal prima por um apelo vi-sual mais contemporâneo e pela navegação aprimo-rada. Além do conteúdo institucional, o site agora exibe cases, ferramentas de cálculo e uma melhor disposição de informações técnicas de produtos. “Agora é possível encontrar o filme adequado pelos tipos de aplicação final, divididos entre alimentos e não-alimentos”, explica Patricia Gonçalves, gestora de produto e mercado da empresa.

www.vitopel.com

lOGíStica

Solução local para logísticaPor meio de sua unidade de negócios Func-tional Materials, a Clariant iniciou, no Bra-sil, a produção do Container Dri II, dessecan-te para proteção de cargas contra a ação da umidade durante o transporte intermodal. O produto é fabricado numa nova unidade instalada em Jacareí (SP). Segundo a multi-nacional suíça, a planta fabril atenderá não somente ao mercado local, mas também aos demais países da América do Sul e, fu-

turamente, América Central e Caribe. Antes produzido apenas nos Estados Unidos, na Turquia e em Cingapura, o Container Dri II promete atenuar a condensação em contêi- neres, evitando mofo, oxidação, corrosão, bolor, estragos, decomposição e descolora-ção ou empenamentos de caixas de papelão e embalagens em geral.

Dessecante para contêineres passa a ser produzido pela Clariant no Brasil

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núMerOS

2 000 profissionaisbrasileiros, das indústrias de

bebidas, alimentos, cosméticos

e químicos, foram certificados

em 2012 pela Academia Krones

– programa de treinamento

oferecido pela Krones, fabricante

de equipamentos de embalagem.

A procura pelos cursos aumentou

35% em relação a 2011. 

 

36 mesessem registros de acidentes foram

completados, em março último,

pela fábrica de latas de alumínio

da rexam localizada em Jacareí

(sP). o marco é resultado de

um programa de prevenção

baseado em cartões portados por

funcionários, que sinalizam ações

adequadas ou de risco.

12 bilhões de reaisfaturou a indústria de embalagens

plásticas flexíveis no Brasil em

2012. O valor é 7,5% maior que o

do ano anterior, segundo cálculo

da consultoria Maxiquim.

Gente

nova líder em plásticosA diretoria de vendas de plásticos da química Dow no Brasil tem nova lí-der. É Letícia Jensen. A engenheira gaúcha, desde 2001 na empresa, será responsável pela estratégia de vendas de toda a linha de resinas para a pro-dução de embalagens, além de ade-sivos e materiais para aplicações nas áreas de higiene e saúde.

antes . . .

. . . e depois

atenção aos detalhesA PH Fit, que brande a liderança na produ-ção de fitas têxteis rígidas na América Lati-na, tem novo logotipo. O projeto é da Nexial Marketing Group. Incorporado ao elemento gráfico, o slogan “Um detalhe muda tudo” alude ao uso dos produtos da empresa como ornamento para embalagens. Rótulos e cai-

xas de embarque da empresa, assim como os materiais de comunicação e sinalização, já apresentam a nova identidade.

rÓtUlOS

cálculo em tempo realA Tec Barras desenvolveu um novo recurso para empresas usuárias de rótulos autoadesivos, o Orça-mento Online. Segundo a empresa, trata-se de uma ferramenta inédita no mercado. Basta os clientes in-dicarem especificações do rótulo em um formulário no site da fornecedora para o preço ser calculado na hora. Também é possível realizar a compra no ato.

www.tecbarras.com.br

cOrreçãO

Na reportagem sobre braile publicada na edição anterior de EmbalagemMarca (nº 163) os meios de contato com a Sleever International foram involuntariamente omi-tidos. Ei-los: (11) 2489-2377 | www.sleever.com

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16 | Abril 2013

rEPOrtAGEM DE CAPA

com a cara delaSetor de cosméticos se movimenta para criar embalagens sintonizadas com os anseios da consumidora brasileira

Por GuIlHerme KAmIo

a facHada, toda envidraça-da, lembra a de um shopping center. Por dentro, porém, o prédio está mais para hospital ou laboratório, abrigan-do diversos aparelhos de inspeção e pessoas trajadas com jalecos brancos. Trata-se do novo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, inaugurado em março último, em São José dos Pinhais (PR), ao lado da fábrica da empresa. Fruto de um aporte de 37 milhões de reais, o complexo tem 8 000 metros quadrados de área construída e acolherá 230 funcionários dedicados à concepção e à avaliação de produtos e embalagens para as três principais marcas do Grupo: O Boticário, Eudora e Quem disse, Berenice?

O novo núcleo de estudos é expo-ente de um momento agitado vivido no mercado de artigos de beleza, pautado por movimentações em prol da inova-

13,6bilhões de reais

foi o total de investimentos do setor de cosméticos em ativos e no desenvolvimento de produtos

em 2012. O valor é 18% maior que o registrado no ano anterior

FONtE: ABIHPEC | MArçO 2013

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Abril 2013 | 17

ção e de ganhos de competitividade. Segundo dados da Associação Brasi-leira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), os investimentos do setor em ativos e no desenvolvimento de novos produtos alcançaram 13,6 bilhões de reais em 2012 – valor inédito, 18% maior que o do ano anterior. Só o Grupo Boticário, por exemplo, fez aproximadamente 1 600 lançamentos no ano passado. A francesa L’Occitane, famosa por seus cosméti-cos premium, desembolsou quantia não revelada para criar, no País, uma nova marca inspirada na flora brasileira, com produção local de fórmulas e embala-gens (confira reportagem na pág. 22).

Noticiadas com destaque nas últi-mas semanas, iniciativas como essas contrastam com oscilações de outras atividades industriais e com os mani-festos de apreensão quanto aos rumos da economia brasileira, que patinou nos dois últimos anos. A discrepância não surpreende, dado o crescimento ina-balável das vendas de cosméticos no Brasil – em 2012, o faturamento líquido do setor evoluiu 15,62%, chegando a 34 bilhões de reais – e do acirramento da concorrência. Hoje, calcula a Abihpec, existe algo próximo a 1 700 fabricantes de personal care atuantes no País. Não bastasse tamanha afluência, as empre-sas nacionais ainda dormem com o barulho cada vez maior da entrada de importados no mercado doméstico. Isso tudo tem favorecido arrojos em gestão, em geral, e em packaging, especifica-

mente, para oferecer produtos à altura das necessidades e dos anseios das con-sumidoras.

líder dO MercadO brasileiro de cosméticos, a Natura esteve nos holo-fotes da mídia nas últimas semanas devido ao anúncio de que irá investir em alguns “ambientes de experiência” para o consumidor final – o que não faz há quase quatro décadas, desde que fechou sua primeira loja, em São Paulo, para se dedicar às vendas diretas. A oferta ocor-reria em espaços conceito. “Não faremos uma rede grande, talvez vinte ou trinta lojas nas principais cidades do País”, declarou o diretor geral da empresa, Alessandro Carlucci, ao jornal O Estado de S. Paulo. À parte a diversificação dos canais de vendas, a Natura também pre-para novidades em termos de produtos. Entre elas está a Sou. Trata-se de uma linha voltada a cuidados diários cujos itens – xampu, condicionador, hidra-tante, sabonete líquido – são acondi-cionados em stand-up pouches (bolsas plásticas que ficam em pé) com formato de gota e dotados de tampa flip-top.

Definida como uma proposta “pio-neira, que convida a um novo jeito de se cuidar e de consumir”, a marca Sou passou por um teste de mercado na região de Ribeirão Preto (SP), em mea-dos de 2012. Desde então, a Natura vem discretamente preparando terreno para voos mais altos da novidade. A fabrican-te informou que haverá um momento oportuno para compartilhar detalhes

Natura sou: nova linha de cuidados diários personificada por pouches com tampa

sobre produtos e embalagens de Sou, o que deve ocorrer em breve. Já não é segredo, porém, que as embalagens fle-xíveis serão brandidas como diferenciais de sustentabilidade. À ocasião da oferta no interior paulista, os pouches foram celebrados por atributos como a male-abilidade, que reduziria desperdícios, e pelo baixo consumo de plástico – 75% a menos que o de frascos, segundo a empresa.

Em outra ilustre disputante do mercado de cosméticos vendidos porta a porta, a Avon, ganha força a ofer-

Novo centro de pesquisas do Grupo Boticário: R$ 37 milhões

investidos para aprimorar criações

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ta de produtos em embalagens maio-res – supostamente capazes de reforçar ainda mais o fator preço, priorizado pela empresa. Seria um reflexo da maior influência da subsidiária brasileira no desenvolvimento de produtos, processo tradicionalmente concentrado na matriz americana, apontam notícias veiculadas na grande imprensa. A concessão cria-tiva adviria do entendimento de que as brasileiras apresentam peculiaridades de consumo, demandando apresenta-ções feitas sob medida para elas.

SãO exeMplOS de porções genero-sas os recém-lançados frascos de 1 litro da loção hidratante Avon Naturals Erva Doce e da loção desodorante corporal Nutri Plus. Um xampu e um condicio-nador da linha Avon Care igualmente já contam com opção em “litrão”. Para o mercado de colônias, em que os fras-cos de 50 mililitros ou de 100 mililitros são hegemônicos, a empresa criou body splashes em frascos de 300 mililitros, para uma linha vinculada à cantora Ivete Sangalo. Ainda sob a premissa de pro-porcionar vantagem financeira à con-sumidora, a Avon adotou sachês para recarga de frascos de sabonetes líqui-dos. Procurada, a Avon alegou razões de fundo estratégico para não comentar suas ações em packaging.

O reabastecimento de embalagens

ano promissor e pin-up

A paranaense Racco com-pleta 26 anos de atividades com bons índices para comemorar. Em 2012, a empresa faturou mais de 1 bilhão de reais e viu sua base de vendas alcançar meio milhão de consulto-res, dentro e fora do Brasil. Ainda no ano passado, a empresa investiu na informatização de sua rede logística. “Agora, nenhum produto demora mais de 48 horas para ser entre-gue”, garante o presidente Luiz Felipe Rauen. Para este ano, a empresa prevê crescimento de 40% em sua receita. Um destaque entre as embalagens re-centemente desenvolvidas pela empresa é a da deo colônia Nua. O produto é oferecido em frasco de vidro decorado por rótulo termoencolhível. Segundo a empresa, a arte aplicada ao adereço é inspirada em viagens intercontinentais da década de 1950. Nela, destaca-se a imagem de uma pin-up (modelo de antigos calendários ame-ricanos).

VÁLVuLA

Aptar(11) 4196-7500www. aptar.com

RÓTuLo

Baumgarten(47) 3321-6666www.baumgarten.com.br

CACHE

Bristol e Pivaudran(11) 2465-7000www.bristolepivaudran.com.br

TAMPA

Reali(19) 3633-8174realiplasticos.wix.com

FRAsCo

Wheaton(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

também está por trás de uma novidade do Grupo Boticário. Uma das campeãs de vendas da bandeira O Boticário, a linha para cuidados diários Cuide-se Bem ganhou novos refis. Antes perso-nificados por frascos com tampa, eles migraram recentemente para o formato stand-up pouch. “Há um melhor apro-veitamento da saída do conteúdo da embalagem e também redução do con-sumo de material empregado”, justifica a empresa. Além de agregar a bolsa plásti-ca, a mesma coleção de produtos sofreu uma atualização visual. Os frascos das loções e do sabonete líquido agora têm efeito superficial do tipo soft touch (tex-

DEsIGN

Narita Design(11) 3165-8100 www.naritadesign.com.br

FRAsCos

Globalpack(11) 3908-1253www.globalpack.com.br

VÁLVuLA

MWV Calmar(11) 3638-4850www.calmar.com

RÓTuLos

uniflexo(11) 4619-9600www.uniflexo.com.br

PouCHEs

Dixie Toga(11) 2928-9200www.dixietoga.com.br

CARTuCHo

Magistral(41) 2141-0408www.magistralembalagens.com.br

Loção hidratante Erva Doce: um dos produtos da Avon

oferecidos em “litrão”

o Boticário renovou as embalagens da campeã de vendas

Cuide-se Bem

Colônia Nua tem frasco decorado com rótulo

termoencolhível

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tura acetinada). Esse acabamento, assim como os diferentes raios na extensão dos recipientes, exigiu ajustes no processo de rotulagem para a aplicação adequada de rótulos autoadesivos.

na Unidade de negócio Eudora, um dos projetos recentes mais interessantes no campo da embalagem é dos perfumes S. Excès. Confeccionados na França, os frascos de vidro das fragrâncias mascu-lina e feminina têm formato que remete à junção de dois corpos. As embalagens têm finalização em firepolish, seguido de pintura, decoração com tampografia e aplicação de silk screen prateado no lastro e no logotipo da marca.

Também sobressai, em Eudora, o pote criado para o creme anti-sinais Neo Etage. Concebido para ser um ícone da marca – ou um “shape-marca”, como prefere a empresa –, o recipiente, pro-duzido em Surlyn (resina da DuPont), transmite inegável percepção de valor. O projeto figurou entre os 31 vencedores de 2012 do Prêmio Grandes Cases de Embalagem. Somadas as seis edições já realizadas do certame apoiado por EmbalagemMarca, o Grupo Boticário já amealhou catorze troféus, algo sin-tomático de seu esforço em inovar no acondicionamento de cosméticos para satisfazer a consumidora brasileira. O grau desse empenho fica evidente tam-bém por uma experiência que já é feita

no novo centro de pesquisas da empresa. Produtos são colocados em um aparelho que simula o movimento de uma bolsa feminina ao longo do dia. O objetivo é avaliar se as sacudidas danificam o visu-al das embalagens. Pode soar a frivolida-de. Mas, num negócio em que detalhes fazem a diferença, todo cuidado pode valer a pena.

s. Excès: frascos de perfumes que se encaixam como corpos de casais

Neo Etage: pote de creme concebido para ser um “shape-marca”

Homens na alça de mira

Em sete anos no mercado, a Jequiti já alcançou um faturamento superior a 400 milhões de reais por ano. Para crescer mais, a empresa do Grupo Silvio Santos pretende construir sua própria fábrica – atualmente, a produção é realizada por terceiros. Lázaro do Carmo Junior, presidente da companhia, confirmou que o plano é inaugurar a unidade já em 2014, mas evita divulgar detalhes do empreen-dimento. Entre outras ações de portfó-lio, a Jequiti tem ampliado a oferta de cosméticos para homens – segmento que cresceu 163% no País entre 2006 e 2011, atingindo 4 bilhões de dólares. Exemplo é a linha Fyo Profissional Tratamento Cos-mético Anticaspa, composta por xampu e condicionador com ação antibacteriana e antifúngica. Os itens chegam ao mercado em frascos de polietileno de 250 mililitros, vedados com tampa disc-top e com de-sign assinado pela própria fabricante.

FRAsCos

Engratech(11) 3079-3947www.grupoengra.com.br

TAMPAs

Qualinjet(11) 4787-0777www.qualinjet.com.br

Fyo: linha anticaspa da Jequiti para

o público masculino

DEsIGN

Futurebrand(11) 3821-1166www.futurebrand.com

PoTE E TAMPA

Albéa(11) 4723-4726 www.albea-group.com

PoTE E TAMPA

Box Print(11) 5505-2370www.boxprint.com.br

DEsIGN

Futurebrand(11) 3821-1166www.futurebrand.com

FRAsCo

Pochet(11) 4432-1350www.verreries-pochet.fr

VÁLVuLA

Aptar(11) 4196-7500www. aptar.com

TAMPA

Bristol e Pivaudran(11) 2465-7000www.bristolepivaudran.com.br

BERÇo

Vinil Plast(11) 2492-0800www.vinilplast.com.br

CARTuCHo

Magistral(41) 2141-0408www.magistralembalagens.com.br

Equipamento simula as avarias que produtos sofrem dentro

das bolsas das mulheres

GIS

ELE

kO

Pr

Ow

SkI

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HIGIENE PESSOAL E BELEzA

provence tropicalMarca inspirada no Brasil é a novidade de grife francesa de cosméticos premium

a l’Occitane ganhou fama mundial com artigos de beleza refinados que evocam sua região de origem – a Provence, no sul da França, onde surgiu em 1976. Ultimamente, porém, a empresa vem assumindo uma faceta verde-amarela. Depois de criar, cinco anos atrás, edições limitadas de cosméticos com ativos da flora brasileira, a com-panhia lança agora uma marca vinculada ao Brasil, a L’Occitane au Brésil. Em sua fase de lançamento, a nova grife terá dezoito itens, divididos em duas linhas inspiradas em biomas nacionais: Jenipapo (cerrado) e Mandacaru (caatinga). A produção será no Brasil. É somente a segunda vez que isso aconte-ce na história da empresa, depois da experiência de 2008 em solo tupiniquim. A fonte das embalagens também será o mercado local.

O desenvolvimento dos produtos e de seus invólucros consumiu cerca de dois anos, mobilizan-do profissionais da subsidiária brasileira, a equipe internacional de pesquisa e desenvolvimento e o

francês Olivier Baussan, fundador e atual diretor criativo da L’Occitane. É ele o responsável pela con-cepção dos formatos e pela supervisão do design geral dos recipientes utilizados pela empresa. Por ideia de Baussan, por exemplo, os frascos de vidro das colônias da nova marca exibem contornos que procuram remeter à arquitetura dos mercados municipais brasileiros.

Certas silhuetas concebidas para as embalagens exigiram a superação de desafios técnicos para se tornarem industrialmente viáveis. Foi o caso do frasco de PET do sabonete cremoso da família Man-dacaru, em que raios de sol são representados no recipiente por meio de estrias. “É um detalhe que demanda bastante precisão e força de fechamento do equipamento para ficar bem delineado”, conta Renato Szpigel, diretor comercial da Engratech, fornecedora da embalagem. Segundo o profissio-nal, outro componente crítico na moldagem, feita por injeção e sopro com estiramento (ISBM) numa

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Alusiva ao cerrado, linha Jenipapo destaca arte de Andrés sandoval

silhueta dos frascos das colônias é

inspirada em tetos de mercados

brasileiros. Raios do frasco do sabonete

líquido (abaixo) representaram um

desafio técnico

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Alusiva à caatinga, linha Mandacaru exibe xilogravura de Manassés Borges

TAMPAs

Altec Tampas(11) 3534-7171www.altectampas.com.br

ILusTRAÇão

Andrés sandoval(11) 7434-8044www.andressandoval.com

MÁQuINA DE soPRo

Aoki(11) 4071-4385www.aokitech.co.jp

VÁLVuLAs

Aptar(11) 4196-7500www. aptar.com

PoTEs

Bypacking(11) 4525-0757www.bypacking.com.br

RÓTuLos

CCL Label(19) 3876-9300www.ccllabel.com.br

CARTuCHos

Congraf (11) 3103-0300www.congraf.com.br

FRAsCos

Engratech(19) 3837-8100www.grupoengra.com.br

FRAsCos

Igaratiba(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br

ILusTRAÇão

Manassés Borges(81) [email protected]

FRAsCos DE VIDRo

sGD(11) 3883-4300www.sgdbrasil.com

CAIxAs DE TRANsPoRTE

WTR(11) 2411-2099www.wtrembalagens.com.br

máquina da japonesa Aoki, é a formação de um anel presente na base do gargalo do frasco, típico nas embalagens adotadas pela empresa francesa.

para O deSiGn GrÁficO, a L’Occitane resolveu apostar no talento de ilustradores bra-sileiros, de modo a expressar, por meio de obras de arte, os ingredientes especiais de cada linha e os biomas aos quais eles aludem. Um desenho de Andrés Sandoval, que destaca uma flor de jenipapo estilizada, foi adotado para a coleção relacionada ao cerrado. A série inspirada na caatinga, por seu turno, baseia-se numa xilogravura do pernambuca-no Manassés Borges, em que sobressai a figura de um mandacaru. Tais ilustrações são reproduzidas nos rótulos autoadesivos aplicados nos frascos e potes e no cartucho de papel cartão das colônias de

100 mililitros (as opções de 300 mililitros não têm a embalagem secundária).

“Estamos muito honrados em levar a cultura e a biodiversidade do Brasil para o mundo de uma maneira inusitada para o próprio brasileiro e sem estereótipos”, diz Rodolfo Komatsu, gerente de ope-rações e novas iniciativas do Grupo L’Occitane no Brasil. O executivo informa que os artigos da nova marca serão comercializados por cerca de um ano com exclusividade no mercado local, para depois ganharem o mundo. “Nossa pretensão é manter no Brasil a fabricação dos produtos acabados, ou seja, com embalagens também obtidas localmente”, anuncia Komatsu. Será mais uma oportunidade para o avanço internacional de cosméticos brasi-leiros, ainda que pelas mãos de uma empresa de Provence – mas nada provinciana.

Saiba mais sobre a nova marca: emb.bz/164loccitane

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ENtrEvIStA

como confrontar alguns gigantesDecidida a pelo menos ombrear-se a grandes produtores do setor lácteo, empresa nacional investe em produtos de maior valor agregado. anne napoli, diretora de marketing da vigor, fala do papel da embalagem nesse processo

tOrnar-Se uma produtora de derivados de leite de âmbito nacional e enfrentar no setor alguns gigantes multinacionais muito maiores do que ela, como Danone e Nestlé. É essa a determinação da Vigor, que não é ape-nas uma indústria de alimentos pau-lista, como parte do mercado talvez ainda a considere. Basta lembrar que além da força de suas controladoras – o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a bra-sileira JBS, nada menos que o maior frigorífico de carne bovina do mundo – a empresa adquiriu em fevereiro último metade do tradicional laticínio mineiro Itambé, com receita líquida de 1,8 bilhão de reais. A marca veio agre-gar-se a um portfólio formado pelos nomes Danúbio, Lective, Leco, Faixa Azul e, claro, Vigor. Nesta entrevista, Anne Napoli, diretora de marketing e coordenadora do processo de inova-ção da Vigor, fala da importância das embalagens para o mercado de lácteos e para os planos de agigantamento dos negócios da companhia.

Segundo diferentes notícias, a Vigor está empenhada, como seria natural, em ganhar mercado e em renovar as embalagens de seus pro-dutos. Quais os objetivos dessa ini-ciativa?A renovação das embalagens faz parte da estratégia de reposicionamento de marca da Vigor. O objetivo é fortalecer os valores mais genuínos da empresa e de sua assinatura: a qualidade e a autenticidade de seus produtos, a tra-dição e, acima de tudo, a relação verda-deira com os consumidores. Tudo isso com o objetivo de nos aproximarmos ainda mais dos consumidores. Agora, as embalagens de todos os produtos da marca espelham esse novo posi-cionamento, transmitido por meio da sua tradicional cor azul e evidencian-do seus ingredientes principais, apre-sentando ainda mais appetite appeal. Esse posicionamento pôde ser visto em diversas frentes: também lançamos uma série de novos produtos, como o iogurte Grego e a linha de iogur-tes funcionais, além de termos feito

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Abril 2013 | 25

investimentos em diversas ações de comunicação.

No que diz respeito à apresenta-ções de produtos, tem-se a impres-são de que o mercado brasileiro de lácteos obedece demais a padrões. Em outras palavras, parece haver pouca ousadia, poucas apostas em diversificação. A senhora concorda com isso?A categoria de lácteos vem se trans-formando nos últimos anos, e a Vigor também está contribuindo para essas mudanças. Lançamos, por exemplo, o iogurte Grego, que rompe totalmente com a categoria. Seu layout e a própria embalagem são diferentes do padrão dos iogurtes. Lançamos também o Actilife, que tem embalagem inédita no mundo, a Tetra Top (da Tetra Pak), um diferencial para o mercado de leite fermentado. Vale lembrar que, no pas-sado, a empresa inovou com a categoria de iogurte com “capacetes” de cereais.

O setor tem se pautado por diver-sas inovações em produtos: leites enriquecidos com vitaminas, novas fórmulas de iogurtes, sobremesas incrementadas, queijos especiais. As embalagens desses produtos têm comunicado os diferenciais de forma adequada?Sim. É importante a diferenciação e a inovação de embalagens para poder criar um novo segmento ou uma nova categoria de produto. Foi o caso do iogurte Grego, um produto tão diferen-ciado em sua categoria que tinha de ser lançado numa embalagem inovado-ra, para que o consumidor percebesse tratar-se de um produto diferenciado.

Além desses exemplos, o que é pos-sível destacar em termos de inova-ções de embalagem recentemente adotadas pela Vigor?Para não ser repetitiva, vou me res-tringir a uma das inovações: o leite fer-

mentado Actilife na embalagem Tetra Top de 100 mililitros, com a tampa Lokka, uma nova opção de abertura, conveniente para ocasiões de consumo imediato. Trata-se de um lançamento mundial da Tetra Pak em parceria e exclusividade com a Vigor no Brasil. A adoção da embalagem tem muito a ver com o novo momento que vivemos no País, exatamente por seu conceito inovador e prático.

Afora os atributos básicos das embalagens, como segurança, pra-ticidade e maquinabilidade, que aspectos são priorizados no desen-volvimento de recipientes utiliza-dos pelos produtos da Vigor?Os atributos principais que a empresa leva em conta são conveniência, segu-rança e adaptação para reciclagem.

O Brasil, por suas conhecidas dimensões continentais e pelo seu clima tropical, é um mercado desa-fiador para a distribuição de pro-dutos lácteos. Como as embalagens têm ajudado a Vigor nessa tarefa? O desafio é desenvolver sempre emba-lagens que contribuam para a qualida-de e a manutenção do frio na cadeia de transporte.

São frequentes as queixas no Brasil sobre a complexidade e más gestões da cadeia do frio, da qual muitos produtos da Vigor dependem para a distribuição. Esse quadro faz a empresa cogitar de um uso mais amplo de embalagens que permi-tam dispensar refrigeração?Não. A indústria e o varejo têm tra-balhado ativamente na melhoria constante da cadeia de frio. O atri-buto de frescor é intrínseco à catego-ria de lácteos. O desafio é desenvol-ver embalagens que preservem esse atributo de frescor.

Embora o consumo de produ-

tos lácteos tenha aumentado no Brasil sobretudo pela inclusão de amplas camadas da população em faixas de renda mais elevadas, o volume ainda é baixo em compara-ção com outros países. O de iogur-te, para citar só um exemplo, seria de 5,7 quilos/ano por pessoa. Pelo que estamos informados, a vizi-nha Argentina consome o triplo, e alguns países europeus, até o triplo. Na sua opinião o que seria necessá-rio para incrementar o consumo de derivados de leite? Além de poder aquisitivo seria importante ocorrer mudanças de hábitos culturais?Há muito espaço para crescer no Brasil. O desafio é mostrar para o consumidor os benefícios da categoria em termos de nutrição, saúde e, claro, sabor. O Vigor Grego é um exemplo. O produto tem o dobro de cálcio e de proteína que um iogurte normal. Além disso acabamos de lançar linhas funcionais, como é o caso de Calcio +, que ajuda na reposição de cálcio para o fortaleci-mento ósseo.

A seu ver, os preços finais de produ-tos do tipo que a senhora acabou de

citar são compatíveis com a renda média da população brasileira? Que medidas poderiam contri-buir para reduzir preços?A Vigor oferece uma linha de produ-tos de qualidade, há quase 95 anos no mercado. Respeitamos formulações originais, dentro do princípio de que iogurte é iogurte. Os preços de nossos produtos são também acessíveis. A linha de funcionais, por exemplo, traz para o consumidor uma alter-nativa no mercado com preço 15% abaixo da média da categoria.

A categoria de lácteos vem se transformando nos últimos anos. É importante a diferenciação

e a inovação em embalagens

Actilife: leite fermentado tem

embalagem inédita no mundo e de uso exclusivo no Brasil

pela Vigor

Iogurte Grego: novidade que romperia com

padrões visuais da categoria

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CODIFICAçãO

O coração da segurançaEpisódios recentes mostram a importância da rastreabilidade de produtos para rápido recolhimento de embalagens e redução de prejuízos à imagem de empresas

anUalMente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) contabiliza em torno 200 casos de fraude ou de contaminação de alimentos, de grandes proporções, em todo o mundo. Os dois últimos eventos de repercussão foram registrados no início deste ano, um na Europa e outro no Brasil. No Velho Continente, ganharam o noticiário os produtos feitos com carne de cavalo. No Brasil, o problema foi com as bebidas à base de soja Ades, da Unilever. Relatos de intoxicação de consumidores leva-ram à descoberta de que um lote do sabor maçã do produto, envasado em caixinhas de 1,5 litro, apresentou traços de solução de limpeza. Tais episódios deixaram clara a importância da rastre-abilidade de alimentos para garantir a segurança da população e dos negócios.

Um sistema de rastreabilidade tem como base a utilização de uma identificação única para produtos, em suas diferentes versões (embalagens de venda e caixas de embarque). Registra-dos, os “RGs” permitem consultar infor-mações da trajetória dos alimentos, do campo à mesa do consumidor. “Além do próprio código de barras, que garante a identificação, a captura e o registro de dados dos produtos, há soluções que usam a tecnologia de radiofreqüência (RFID)”, informa João Carlos de Olivei-ra, presidente da GS1 Brasil – Associação Brasileira de Automação. “Entretanto, é mecessário que elas sejam entendidas e aplicadas para esse fim.”

Em termos práticos, a rastreabilida-de permite recolher rapidamente pro-dutos prejudicados. Pela identificação

do produto e do lote, é possível saber para onde o item foi despachado e ter uma ação efetiva na região, cidade, bair-ro ou rede varejista afetados. Foi graças a um sistema de rastreamento que em poucos dias a Unilever conseguiu locali-zar e recolher a maior parte das embala-gens contaminadas do suco Ades.

Segundo a empresa, 96 unidades do produto do lote com as iniciais AGB 25, fabricado em 25 de fevereiro, com validade até 22 de dezembro, estavam impróprias para o consumo, mas acaba-ram sendo distribuídas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. No dia 14 de março, dois dias após os pri-meiros relatos de problemas, a Unilever divulgou nota informando ter solucio-nado a questão. “Acredito que essa ação rápida e eficiente ajudará na manu-tenção da confiança do consumidor na empresa”, ressalta o presidente da GS1.

O eScândalO da carne de cavalo na Europa, por sua vez, fez com que milhares de produtos, inclusive muitos que possivelmente não contivessem a matéria-prima equina, fossem retira-dos das prateleiras. “A rastreabilidade poderia ter evitado ou, em último caso, resolvido esse problema de forma muito mais rápida e eficaz”, acredita João Car-los de Oliveira. “Afinal, é um processo em que as informações começam a ser inseridas na origem, isto é, no início da cadeia produtiva, indo até seu último elo.” Ou, como lembra a assessora de negócios da GS1 Brasil, Flávia Costa, “a rastreabilidade é o coração da segurança do alimento”. Identificação única permitiu

recolhimento de embalagens de Ades contaminadas com solução de limpeza

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vantagens de ponta a pontaCresce a reutilização de embalagens descartáveis, seja para o mesmo produto, seja para outros fins nos domicílios, com benefícios para a indústria, o consumidor e o ambiente

aSSiM cOMO o processo de aliviamento de peso das embalagens progride incessantemente por varia-das razões, o atributo da reutilização se amplia e assume cada vez mais o potencial de alavanca mercadológica por motivos diversos. Para o consumi-dor final, usar invólucros descartáveis por mais vezes, através da reposição de conteúdos originais supridos em refis (mais baratos), ou de novas maneiras (como peças de decoração ou de guarda de mantimentos e objetos variados, ou ainda para levar à mesa ou para outros fins), pode significar no mínimo eco-nomia de dinheiro e, na presente “era do descartável”, comportamento eco-logicamente correto, de contribuição para o alívio dos aterros sanitários. São apelos que abrem boas oportunidades de marketing para a indústria usuária e, consequentemente, para fornecedo-res da cadeia brasileira de embalagem, por duas razões básicas: 1) paira sobre o País a ameaça de retorno aos tempos da inflação alta; 2) cedo ou tarde – acredi-temos – a Política Nacional de Resíduos Sólidos (lei nº 12 305) acabará sendo implantada.

Independentemente de premên-

cias como essas, quem sabe devido ao espírito de praticidade, os brasi-leiros recorrem com mais frequência do que se possa imaginar ao reuso de embalagens, feitas de diferentes mate-riais. Thaís Faguri, gerente executiva da Associação Brasileira da Embalagem de Aço (Abeaço), informa que, segundo estudo feito pela entidade, o reaprovei-tamento de latas é de aproximadamen-te 3% nos lares brasileiros, incluídas as que oferecem refis de plástico flexível com novas quantidades dos produtos originais, como é caso do cereal infan-til Mucilon, da Nestlé. Mas há outros produtos e outras marcas cujas latas são reaproveitadas para fins diferentes, como as de panetone, usadas geralmen-te para guardar mantimentos.

A gerente da Abeaço recorda que alguns anos atrás a Nestlé recorreu a esse conceito numa ação especial do mesmo Mucilon: removidos os rótulos de papel, as latas do produto exibiam os dizeres “açúcar”, “arroz”, “café”, “fei-jão” e outros produtos. “Os usos são variados”, considera a executiva. “Para não ir muito longe, lembro as latas de edições limitadas dos leites em pó Itambé e Ninho em formato de latão

de leite, usadas entre outras finalidades para guardar diferentes tipos de manti-mentos.” Para fins semelhantes, Thaís Faguri cita novamente latas de paneto-ne e também embalagens originais de biscoitos, usadas como recipientes de outras marcas de biscoitos, de cereais matinais e até como porta-joias.

ESPECIAL

Esta reportagem dá prosseguimento à série iniciada em março último por EmbalagemMarca com o objetivo de traçar um panorama do que ocorre em termos de embalagens mais amigáveis ao meio ambiente, no âmbito do tema conhecido como 3R (de Redução, Reutilização e Reciclagem). Naquela edição da revista tratou-se do processo de aliviamento do peso dos invólucros, enquanto esta se refere a sua reutilização. Da mesma forma que aquela reportagem não abordou diminuições obtidas por meio de trocas de materiais e sistemas de embalagem, esta não cobre o reuso dos invólucros para acondicionar o mesmo produto em novos ciclos de comercialização – o que poderia ser visto com um quarto R, de Retornabilidade. Ou seja, trata-se aqui do uso, para outros fins que não o original, das embalagens que seriam descartadas.

Lata promocional do Leite Ninho,

com sobretampa, é exemplo de embalagem

reaproveitável para a guarda de

mantimentos

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Abril 2013 | 31

Ana Luísa Rezende Pimenta, pro-prietária da Gonçaves Salles Indústria e Comércio, fabricante da tradicional Manteiga Aviação, diz que, pelo fato de as latas do produto terem sobretampa, as pessoas as preservam para guardar botões, pregos e outros objetos, ou para fazer enfeites, segundo constatou pesso-almente na loja experimental mantida pela empresa em sua cidade-sede, São Sebastião do Paraíso (MG). A variedade de usos, enfim, depende das necessida-des e da criatividade dos consumidores.

Na seara do vidro, mesmo sem alu-dir-se à reutilização de garrafas retorná-veis de refrigerantes e de cerveja (neste caso, acondicionando cerca de 60% do volume da bebida comercializado no País), a inclinação para o reuso de embalagens parece ser mais acentuada. Ana Paula Bernardes, responsável pelo departamento de embalagem da Asso-ciação Brasileira da Indústria do Vidro (Abividro), conta que estudo recente-mente feito pela entidade aponta o per-centual de embalagens de vidro que, após o uso, as pessoas retêm em suas casas para reuso com outros fins: mais de 6%. Neste terreno, dificilmente have-rá referência mais recorrente do que o

copo com função original de pote e que, depois de utilizado para acondicionar produtos, recobra sua “vocação” primei-ra, de continente para líquidos tomáveis.

a danUBiO, joint venture entre a Vigor, do grupo JBS, e a escandinava Arla Foods, uma das dez maiores empresas de laticínios da Europa, usa exclusiva-mente copos de vidro em sua linha de requeijões: de 250 gramas, nas versões Tradicional, Light e Zero (livre de gor-duras), e de 140 gramas para a “single”, direcionada a jovens adultos solteiros e casais sem filhos. O conceito é também utilizado pela Arla Foods nos países escandinavos, informa Rodrigo Felix de Souza, da área de marketing da Danu-bio. “É popularmente sabido que, uma vez sendo a embalagem um copo, há possibilidade de uso após o consumo.” O atributo da reutilização é ainda obser-vado quando se aplicam ações promo-cionais, lembra Souza, citando como exemplo as campanhas institucionais elaboradas pela marca em 2011, com copos decorados pelo estilista Alexandre Herchcovitch. Afora o aspecto utilitário, outras razões pesam na opção da Danu-bio pelos copos de vidro. “Este é um fator

que contribui para a preservação das características essenciais do produto, como sabor, frescor e textura. A filosofia da empresa tende a acompanhar os con-ceitos de desenvolvimento sustentável e, no que diz respeito a embalagens, sabe-se que o vidro é um componente bem menos agressivo ao meio ambiente do que os copos de plástico encontrados no mercado.”

Surgido no Brasil por volta de 1950 (ao que se sabe, baseado em ideia de Plínio de Paula Ramos, vendedor de uma vidraria), exatamente com o apelo da reutilização, os copo de vidro estre-aram em geleia da Cica. Durante quase meio século foram preponderantes como embalagem de requeijão e depois, vazios, para uso em casa, como “cristal Poços de Caldas”, denominação popular tirada da marca de requeijão que duran-te muito tempo foi líder em vendas no segmento e posteriormente passou a chamar-se Chisi. Mas esse recipiente teve boa presença também em outras categorias de produtos, como massa de tomate, pasta de amendoim, doce de leite e legumes. Raros devem ser no Brasil os domicílios em que os copos de “cristal Chisi”, como passaram a ser

Decorados pelo estilista Alexandre Herhcovitch,copos

do requeijão Danubio ganharam apelo

de elegância como objetos de mesa

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conhecidos, não estejam ou não tenham estado presentes no dia a dia, como artigos de mesa – até cederem lugar a sucedâneos feitos de plástico, lá pelo final dos anos 1990. E ainda que estes também acenem com o apelo da reuti-lização, os de vidro nunca foram total-mente banidos dos pontos de venda.

A já citada mineira Gonçalves Salles não abre mão dessa embalagem para acondicionar o requeijão Aviação. Ana Luísa Rezende Pimenta, proprietária da empresa, conta que num primeiro momento fez o produto migrar para o plástico. Mas, quando a adoção desse tipo de recipiente se generalizou, a Aviação retornou à antiga embalagem. “Resolvemos continuar no vidro, por-que nosso produto é especial”, ela expli-ca. “Acontece que o que outras marcas ofereciam não era exatamente requei-jão, mas outro produto, parecido com requeijão, batizado com um nome do qual não me lembro e que acabou sendo proibido pelo Ministério da Agricul-tura.” A maioria dos laticínios voltou a fabricar requeijão, porém mantendo-se

fiel à nova embalagem, “possivelmente por questão de redução de custos”, na opinião da empresária.

aO ladO de Crioulo, Danubio e Itambé, a Aviação é uma das quatro marcas que persistem no uso tradicio-nal. “Além do benefício da reutilização, tem a questão da aparência do material, que é um importante diferencial e leva para o consumidor a imagem de pro-duto premium, de maior valor”, expli-ca a proprietária do laticínio mineiro, antecipando que em breve será lança-do um novo copo para o produto. “O conceito de reutilização é fantástico, os consumidores adoram”, ela afirma, com base em enquete feita na loja-piloto da Gonçalves Salles. Assim, o conceito está contemplado também no pote de vidro para o Doce de Leite Aviação, que foi laureado na edição de 2012 do Prêmio Grandes Cases de Embalagem.

A adequação das embalagens de vidro para reutilização é uma imagem favorável que a Abividro quer potencia-lizar, informa a responsável pela área no órgão representativo dos vidreiros. Para

isso, a entidade está preparando cam-panha destinada a incentivar a coleta e a destinação de potes para doação aos 212 bancos de aleitamento materno que beneficiam mais de 170 000 crianças em todo o Brasil. Segundo Ana Paula Bernardes, o leite humano só pode ser armazenado em vidro. O programa con-sistirá na doação pela indústria vidreira de parte das necessidades dos bancos de aleitamento e em campanha destinada a suprir a outra parte, por meio de coleta em bares, restaurantes e cantinas. O lan-çamento será no próximo dia 19 de maio, Dia Nacional do Aleitamento Materno. “Ao mesmo tempo serão feitos esforços para convencer as maternidades a inclu-írem um recipiente adequado de vidro nos kits entregues com componentes básicos às parturientes quando vão para suas casas”, pormenoriza a executiva.

Enquanto isso, de maneira não organizada, consumidores de produ-tos acondicionados em vidro vão prati-cando a reutilização. Lourival Franchi, sócio diretor de La Pianezza, descreve o que acontece nesse sentido com os potes da linha de antepastos da marca, também ganhadora na edição de 2012

Aviação aproveita o conceito da

reutilização no pote de vidro de seu doce de leite

Na foto, as marcas de requeijão que

se mantêm em copos de vidro

reutilizáveis

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de Grandes Cases de Embalagem “Temos informação de que a maioria dos consumidores de nossos produtos acha muito bonitos os potes e os guarda para outros usos, principalmente como porta temperos”, ele conta. “Tem até quem nos procure com interesse em adquirir somente os potes vazios, para formar conjuntos. Não comercializamos embalagens, mas esse interesse acaba estimulando as vendas dos produtos.”

Afora o canal do reuso domésti-co das embalagens, existe um amplo comércio irregular de garrafas long neck one-way de cervejas praticado em larga escala por catadores de sucata, ao que revela Ana Paula Bernardes, da Abivi-dro. Esse vasilhame seria usado para acondicionar sucos, cachaças e outras bebidas sem marca ou de qualidade inferior. “Embora não se possa afirmar que tal uso seja ilegal, ele é indevido, e é enorme”, diz a executiva, sem fornecer números. “Tanto é que nas cooperativas de catadores essas garrafas não são ven-didas como sucata e sim como vasilha-me.” Assim desempenham – ainda que não haja intenção – significativo papel no combate ao aumento de resíduos sólidos urbanos.

SeM Se falar no reaproveitamento de embalagens para fins ilegais, como no caso de garrafas de vidro usadas para acondicionar uísques, vodcas e outras bebidas quentes, importadas e mesmo nacionais – que segundo a exe-cutiva da Abividro, “ao que se comenta”, seria superior a 30% de tudo o que se comercializa no País – o argumento pró--reutilização após o uso original parece avançar como tendência. E não só nas residências, mas também em indústrias usuárias e produtoras de embalagens.

Uma grande fabricante nacional de embalagens plásticas rígidas, a Emplal, lançou no ano passado uma série de recipientes transparentes com forte apelo de reaproveitamento após o uso. Sob o nome Kipote, a linha baseia-se em potes de polipropileno transparente, com formato de paralelepípedo e tam-pas com aba que simulam as de utensí-lios domésticos (podendo, inclusive, ter cores translúcidas). A novidade é ofe-recida sob duas linhas: Multiuso, com

paredes finas e custo mais em conta, e Super Multiuso, de paredes mais gros-sas, para maior durabilidade.

De acordo com Eudes Dias Bicalho, diretor comercial da Emplal, as emba-lagens Kipote visam a um reconheci-mento imediato do consumidor quan-to ao potencial de reaproveitamento, e com vantagens frente às embalagens convencionais. “A ideia é que o con-sumidor final ganhe um brinde e não tenha receio de reutilizar o recipien-te”, diz Bicalho. “As pessoas costumam reaproveitar potes como os de sorvete, mas dificilmente os levam à mesa, por serem decorados”, observa o diretor da Emplal. Os novos potes, de polipropile-no, estão disponíveis para volumes entre 250 mililitros e 1,8 litro, e suportam temperaturas de -20 graus Celsius a 100 graus Celsius, podendo ir ao forno

microondas, à lava-louças e ao freezer sem ter seu funcionamento alterado. Já foram adotados em vendas a granel de secos e molhados em rotisserias de redes de supermercados como Ricoy, Bretas, Bastos e DMA. “Temos relatos de que as vendas desses clientes aumentaram 25% desde a adoção do Kipote”, diz Bicalho.

Oportunidades com apelo à reuti-lização surgem a cada dia. Na área de construção civil, a Cimentolit, fabrican-te de argamassas e outros produtos de acabamento em alvenaria, colocou no mercado o que chama de pote multiuso em que acondiciona o Rejuntamento Resinado Cimenflex. Trata-se de um recipiente de polietileno de alta densi-dade (PEAD), usado para substituir os frágeis sacos plásticos que acondicio-navam o produto. Uma das vantagens propiciadas pela embalagem, de acordo com a argumentação do diretor geral da empresa, Milton Badan, é que, depois de utilizado o conteúdo, o pote pode servir para guardar acessórios da obra, além de ter melhor desempenho que os sacos flexíveis no armazenamento e no transporte. Tal teria sido o êxito de vendas agregado pela nova embalagem que marcas concorrentes passaram a adotá-la.

A prática de reutilizar-se emba-lagens plásticas rígidas ou semirrígi-das parece dar-se em larga escala nos domicílios, ao que constatou Emba-lagemMarca ouvindo consumidores em dois supermercados de São Paulo. Usam-nas sobretudo para guardar frios, laticínios e sobras de refeições nos refri-

o apelo dos potes plásticos da Emplal

dá ênfase ao reaproveitamento,

no freezer, no microondas e no serviço de mesa

Embalagem rígida para “rejunte”,

usável para outros fins após o uso, substituiu com

várias vantagens o saco flexível

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geradores e como recipientes para pre-gos, parafusos e outros objetos. Mas a tendência de reutilização em produtos originais, supridos principalmente em refis tipo SUP, abreviatura de stand--up pouch (bolsa plástica flexível que fica em pé), vem se acentuando, esti-mulada pela própria indústria usuá-ria, com base nos apelos econômico e ambiental. A onda começou há poucos anos por iniciativa da Natura na sua linha Tododia de produtos para o corpo. A própria empresa estaria faz algum tempo experimentando a passagem desse conceito para o de redução de material, aplicado para uma embala-gem destinada ao uso final, resselável graças à existência de uma tampa. Tal recurso é inviável no caso dos refis, cujo conteúdo precisa ser usado de uma só vez, pois não podem ser retampados.

cOMO qUe confirmando a boa receptividade do uso dessa alternati-va pelos consumidores, duas grandes indústrias de bens de personal e home care, a Unilever e a Bombril, já adotam refis tipo SUP há algum tempo. A pri-meira os aplica em suas linhas de ama-ciantes Comfort e Fofo, e agora os esta-ria estendendo para outras linhas, não só de produtos de limpeza doméstica, mas também de cuidados pessoais. A Bombril, por sua vez, é uma forte usu-ária de refis em SUP há cerca de dois

anos, nas linhas do detergente Ecobril e na de limpador Vantage.

Pelo menos nesta última categoria de produto, a tendência de adoção dos SUPs de refil dá sinais de consolidação. Por isso a Tradbor Stand-up Pouches, fabricante desse tipo de recipiente, vem trabalhando numa bolsa simples cujos fechamento e refechamento são feitos por um sistema de solda inédito no Bra-sil. “Para verter o produto basta apertar a embalagem”, explica Alan Baumgar-ten, diretor da Tradbor. “Quando se para de apertar, o orifício em que a solda é aplicada se fecha novamente, cortando o fluxo. É um sistema similar ao de tampas com válvulas de silicone usado em frascos rígidos.” A vantagem desse sistema, cuja patente a Trad-bor pretende adquirir de uma empresa suíça dado o interesse demonstrado por fabricantes nacionais de produtos líquidos, é que dispensa a inclusão de

um bico e de uma tampa. Tais adendos, nas palavras de Baumgarten, “signifi-cam custo maior, podendo fazer o preço da peça chegar muito próximo ao da embalagem inicial”.

É devido a argumentos como esses que a 3 Corações, segundo conta o dire-tor da Tradbor, teria adotado o stand--up pouch como embalagem final para o capuccino de sua marca. A tendên-cia estaria ganhando corpo em outras indústrias, afirma o executivo. “As moti-vações vão desde o apelo no ponto de venda, com SUP’s de shape diferenciado, por exemplo, até ganhos em custo e em logística, já que esse recipiente flexível ocupa até 95% menos espaço que a embalagem rigida final.” O que nin-guém poderá afirmar é que a poupança de gastos e de recursos naturais via reu-tilização de embalagens não seja benéfi-ca para a cadeia de valor da embalagem em toda sua extensão.

… adotados também pela Nestlé para o Nescafé e…

… pela Bombril, forte adepta do conceito na categoria de produtos para limpeza do lar

A Natura foi a primeira na área de bens de cuidados

pessoais a usar suPs de refil, …

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LáCtEOS

Matinaisem traje de galaPotes pretos e rótulos impressos digitalmente garantem apelo de nobreza a iogurtes artesanais

BaUnilHa da Polinésia, Cara-melo de Bali, Framboesa, Maracujá, Mel, Morango, Blueberry e Grego. São essas as opções de uma nova linha de iogurtes artesanais criada pela Delicari – fabricantte de laticínios que comer-cializa seus produtos em uma loja pró-pria, localizada no bairro nobre da Vila Nova Conceição, em São Paulo. Para gerar percepção de valor para os lança-mentos – elaborados com ingredientes naturais e orgânicos, sem componentes artificiais –, a marca investiu no desen-volvimento de embalagens de visual caprichado e características incomuns para o mercado de matinais.

Um dos aspectos inusitados foi a adoção de potes plásticos pretos, haja vista a predominância de recipientes de coloração clara na categoria. Com capacidade volumétrica de 170 gramas, as embalagens dos novos iogurtes têm

formato similar ao de uma antiga lei-teira. Procurada, a Delicari não havia identificado o fabricante dos potes até o fechamento desta edição.

Outro diferencial é a decoração feita por meio de rótulos autoadesi-vos. Como a tiragem não é considerada grande, os adereços são impressos em plataforma digital, que proporciona flexibilidade de produção.

OS rÓtUlOS, que se prolongam ao topo dos potes, funcionando tam-bém como lacre, são confeccionados em filme de polipropileno biorientado (BOPP) perolizado com acabamento brilhante. O material faz com que a decoração sobressaia no fundo preto, valorizando ainda mais o conjunto da embalagem.

Quem adquirir os iogurtes na loja da Delicari poderá levar os produtos

DEsIGN

Brandium(11) 2548-5003www.brandium.com.br

sACoLAs

Ibags(11) 4328-4192www.ibags.ind.br

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Indemetal Gráficos(11) 4013-6644www.indemetalgraficos.com.brpara casa em sacolas também diferen-

ciadas. Elas são produzidas com papel frigorificado, adequado para o trans-porte de produtos gelados e úmidos. As mesmas embalagens são oferecidas aos compradores dos sorvetes da casa de laticínios.

Embalagem com formato de leiteira e autoadesivos compõem apresentação exclusiva

sacolas à prova d’água garantem viagem segura dos iogurtes

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EvENtO

Mercado promissorretomada da economia americana anima produtores mexicanos de plásticos, e empresas brasileiras podem surfar nessa onda

Por FlávIo PAlHAreS, De CIDADe Do méxICo

a recUperaçãO da econo-mia dos Estados Unidos pode ser senti-da durante a feira Plastimagen Mexico 2013, realizada de 12 a 15 de março no Centro de Exposições Banamex, na Cidade do México. Além do clima de otimismo dos mais de 800 expositores de 21 países, os cerca de 30 000 repre-sentaram número 15% superior em relação à edição anterior, realizada em 2011. O evento é o principal fórum de negócios para a indústria de plásticos do México e um dos mais importantes da América Latina, sendo que o prin-cipal alvo dos produtores mexicanos é o mercado do país vizinho ao norte. De acordo com a E.J. Krause, empresa organizadora do evento, foram fecha-dos negócios no valor de 150 milhões dólares.

Para José Navarro, diretor da E.J. Krause, “não há dúvidas de que esta edição da feira se converteu num autên-tico centro de negócios, onde foram apresentadas novidades em tecnologia, equipamentos, soluções para recicla-gem, resinas, ferramentas e moldes, entre outros, tudo relacionado com a produção e a comercialização de plás-tico”.

As empresas brasileiras que esti-veram presentes com estandes na feira foram Carnevall, Feva, Flexo Tech, Mega Steel, Maqplas, Mecalor, Poli-máquinas e Seibt, sob o guarda-chuvas

Brazil Machinery Solutions, programa setorial realizado em parceria pela Abi-maq – Associação Brasileira da Indús-tria de Máquinas e Equipamentos e pela Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Inves-timentos.

De acordo com Wilson M. Car-nevalli Filho, da fabricante de extru-soras Carnevalli, “o resultado da feira foi ótimo, com vários negócios fecha-dos, principalmente para a indústria transformadora mexicana”. Por sua vez, Gino Paulucci Junior, da Polimáquinas,

ressalta os bons resultados do even-to, mas acredita que a tendência do mercado mexicano é de crescimento nos próximos meses, “já que há grande expectativa de se começar a vender maior quantidade de máquinas para os Estados Unidos, via México”.

A expectativa da indústria mexi-cana é que o setor de plásticos feche este ano com crescimento de 6%, o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Devido ao crescimento desse mercado, a E.J. Krause anunciou a rea-lização de uma edição da feira de plás-

Cerca de 30 000 visitantes geraram negócios de 150

milhões de dólares aos expositores

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ticos na cidade de Monterrey, no norte do país. A Plastimagen Norte será realizada em março de 2014. De acordo com Arturo Morales de la Campa, dire-tor de marketing da E.J. Krause, “há uma demanda por uma feira regional no norte do México”, principalmente devido à proximidade com a fronteira com os Estados Unidos, principal des-tino dos produtos mexicanos. A Plasti-magen Mexico acontece a cada dezoito meses na capital mexicana. A próxima edição será realizada em novembro do ano que vem.

Braskem investe em capacitação no México

A Braskem inicia em maio a capacitação dos inte-grantes que atuarão na planta da Braskem Idesa, joint-venture formada com o grupo petrolífero mexicano Idesa, com inauguração programada para 2015. Até o início das operações, deverão ser formados cerca de 400 operadores que atuarão diretamente na nova unidade – um complexo petroquímico para a produção de eteno e polieti-leno no estado de mexicano Veracruz. O projeto recebeu investimento total de aproximadamente 4,5 bilhões de dólares. Quando estiver operando em sua capacidade planejada, de 1 milhão de toneladas de polietileno de alta e baixa densida-de por ano, o complexo da Braskem Idesa deve impulsionar o crescimento econômico na região sudeste do México. Batizado de Etileno XXI, o projeto petroquímico é o maior em construção nas Américas.Para a capacitação no México, a petroquímica irá levar a base do modelo já aplicado no Brasil em parceria com o Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. E para fomento do treinamento na região, atuará também com a Universidad Tecnológica Del Sureste de Veracruz (UTSV). “Nosso objetivo é desenvolver mão de obra local, contribuindo assim com a geração de empregos no México e com a integração total desse país com as nossas operações”, diz Marcelo Arantes, vice-presidente de Pessoas e Organiza-ções da Braskem. O Senai é o responsável pelo desenvolvimento da metodologia de formação por competências que será aplicada ao curso oferecido pela Braskem. Após uma visita presencial na universidade mexi-cana, a instituição brasileira será responsável pela elaboração do material didático e pela coorde-nação técnico-pedagógica. A primeira turma já contará com 140 alunos, que serão treinados por cinco meses. Como a unidade ainda está em fase de construção, o curso dará treinamento especí-fico para a montagem da planta.

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INtErNACIONAL

toque de sensualidadeDesign estrutural de lubrificante íntimo faz sucesso lá fora

UM prOjetO de redesign das embalagens dos geis lubrificantes ínti-mos da multinacional de origem aus-traliana Ansell faz sucesso nos Estados Unidos, na Austrália e em alguns países europeus. O trabalho teve como foco o redesign estrutural e gráfico das emba-lagens dos lubrificantes das marcas Lifestyles, Manix e Unimil, em projeto da agência italiana Reverse Innovation. Os frascos, antes feitos em monomate-rial com rótulos autoadesivos, utilizam agora um rótulo termoencolhível, que cobre parcialmente a bomba ejetora, onde é picotado, e serve também de lacre de segurança que pode ser rom-pido num único movimento. Segundo

Alice Tacconi, diretora de criação da agência, esse sistema foi criado “para se destacar, despertar a curiosidade, trans-mitir confiabilidade e instigar a imagi-nação, com um intrínseco e refinado toque de sensualidade”.

Além do design gráfico moderno, a embalagem estrutural é inovadora: consiste em duas peças, o recipiente e o mecanismo ejetor. As variantes trans-parentes do frasco são produzidas em PETG, e as opacas, em polietileno de alta densidade (PEAD). O mecanismo ejetor, produzido com polipropileno (PP), polietileno (PE) e aço inoxidável, é ergonômico e permite controle ins-tantâneo e fácil sobre o fluxo de gel.

Um anel na parte superior do frasco dá ao produto o seu caráter distintivo e funciona como alça.

A nova apresentação, em versões de 50 mililitros e de 100 mililitros, foi lançada no segundo semestre de 2012 e venceu três prêmios de embalagem: nos Estados Unidos, ganhou o Good Design Award, do Chicago Athenaeum Museum; e na Itália levou o Brand Iden-tity Grand Prix, da TVN Media Group, e o Mediastars, de Media Star Editore. Ainda não há previsão de lançamento das embalagens no Brasil, onde a Ansell trabalha com a marca Blowtex. A empre-sa não informa quem são os fornecedo-res dos componentes da embalagem.

Reverse Innovation+202 (02) 8721-2930 www.reverseinnovation.com

Frasco tem formato

ergonômico e anel no topo,

que chama a atenção e funciona

como alça

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LIMPEzA DOMéStICA

no alvo da limpezaEmbalagem deixa clara a finalidade de nova escova

É cOMUM peSSOaS utilizarem diversos tipos de escovas, como as de dente, para lavar tênis. Afinal, jamais houve um instrumento específico para limpar o calçado. Por que não criá-lo? Foi o que fez a Condor, fabricante de esco-vas, pentes, vassouras, pincéis e rolos de pintura, entre outros itens. Após meses de estudos, a empresa acaba de lançar sua escova Lava Tênis. Dado o ineditismo do produto no mercado nacional, era importante que a embalagem fosse autoexpli-cativa e ao mesmo tempo garantisse destaque nas gôndolas. Isso foi resolvido de maneira engenhosa.

A agência curitibana Brainbox Design criou uma cartela de papel cartão cuja região inferior reproduz a foto de um tênis, recortado em sua silhueta. A escova é presa à emba-lagem graças a partes do cabo atravessadas em fendas pre-sentes na lâmina de papel cartão. A cabeça, com as cerdas, irrompe através de uma área vazada posicionada próximo ao bico do calçado.

Além do desejável caráter explicativo, a embalagem ajuda a reforçar a ima-gem da Condor como marca ligada a inova-ção e qualidade. Pro-curada pela repor-tagem, a empresa preferiu não reve-lar quem produz a embalagem.

DEsIGN

Brainbox Design(47) 3026-1818www.brainboxdesign.com.br

Cartela em formato de tênis é autoexplicativa

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displayO qUe HÁ de nOvO nOS pOntOS de venda edição: flaviO palHareS

[email protected]

HiGiene peSSOal

estreia em recarregáveisA BIC, líder em vendas de canetas esferográficas e isqueiros descartá-veis no Brasil, ingressa no segmento de barbeadores recarregáveis com o BIC Flex 4. Desenvolvido no cen-tro de pesquisa e desenvolvimento da empresa situado na Grécia, o produto é, segundo material de divulgação distribuído em entrevista à imprensa em São Paulo, “resul-tado de cinco anos de pesquisas e mais de 100 000 horas de trabalho de técnicos e engenheiros”. O valor total desse investimento não foi

revelado.O conceito da embalagem, uma cartela blister com furo apropriado para exposição em gancheiras dos pontos de venda, foi criado no Brasil, enquanto os barbeadores, fabricados na Grécia, vêm para o País já acondicionados. O produto é apresentado em duas versões de cores – laranja e prata. As lâminas para recarga são oferecidas em cartuchos de papel cartão com duas e quatro unidades. O lançamento abrange todo o território nacional.

DEsIGN

Narita Design(11) 3165-8100 www.naritadesign.com.br

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DEsIGN

D-lab (41) 3333-3437www.dlab.com.br

EMBALAGEM

shellmar (11) 4128-5200www.shellmar.com.br4

displayO qUe HÁ de nOvO nOS pOntOS de venda

pet care

spa para bichos 1

Com a linha Spatas, a Bayer HealthCare ingressa no ramo de higiene e beleza para cães e gatos. Os itens surgem em frascos de PET. Os dos xampus e condicionadores têm tampa disc-top. Os dos finalizadores recebem válvula spray.

peScadOS

bolinho pronto 2

A Costa Sul Pescados lança bolinhos de bacalhau congelados, prontos para fritar. O cartucho de 270 gramas é feito de papel cartão frigorificado, impresso em cinco cores, com aplicação de verniz UV brilhante e relevo seco na marca.

SnacKS

salgadinho saudável 4

Snack Multicereal, Chips de Soja e Pre-mium Mix compõem a nova linha de snacks Inspire, da LA Food. Os aperitivos, de apelo saudável, são acondi-cionados em flow packs de 80 gramas, cujo filme externo tem visual fosco (matte).

DEsIGN GRÁFICo

Brandup(11) 3663-3109www.b-up.com.br

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EGM(11) 5693-5693www.egmgrafica.com.br

DEsIGN EsTRuTuRAL

Montesano(11) 5505-3269www.montesano.com.br

TAMPAs

Qualinjet(11) 4787-0777www.qualinjet.com.br

FRAsCos

spiltag (14) 3408-1100www.spiltag.com.br

EMBALAGEM

Box Print(11) 5505-2370www.boxprint.com.br

DEsIGN

Design Inverso(47) 3028-7767www.designinverso.com.br

cOSMÉticOS

novo amor 3

A Ciclo Cosméticos lança a linha Amoré, cujas embalagens são inspiradas em mensagens de amor que antigamente casais de namorados deixavam nas árvo-

res. A linha é composta por duas fragrâncias, deo-colônia, loção hidratante, body splash e por um kit especial com um mini body splash e um perfume.

1

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FRAsCos (CREMEs)

Bypacking(11) 4525-0757www.bypacking.com.br BIsNAGAs (HIDRATANTEs)

C-Pack(11) 5547-1299www.c-pack.com.br CARTuCHos

Gráfica Natal(48) 3244-0058www.graficanatal.com.br 

DEsIGN

Inca.Giacometti(48) 3024-4600www.incabrasil.com.br RÓTuLos

Meg Industria Gráfica(48) 3437-7222www.megonline.com.br FRAsCos (PERFuMEs)

Wheaton Brasil(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

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frUtaS

alimentação saudável 6

A Vale do Sol lança frutas de mesa em rótulos estam-pados com os personagens da Looney Tunes. O obje-tivo é incentivar crianças a consumirem alimentos saudáveis, nutritivos e de baixas calorias. As embala-gens – cumbucas plásticas termoformadas – permitem melhor visualização, con-servação e conveniência, sem que as frutas fiquem danificadas no transporte.

SOBreMeSaS

iguarias brasileiras na frança 5

As sobremesas prontas da linha gourmet Bazzar (Goiabada; Bananada; Açaí com Guaraná e Banana; e Chocolate com castanhas brasileiras) serão oferecidas com destaque no exterior. Os produtos foram selecio-nados para participar da exposição “Le Brésil Sur La Rive Gauche”, neste mês de abril, na loja de departa-mentos de luxo mais antiga

do mundo, o Le Bon Marché Rive Gauche, em Paris. Além da presença nas disputadas gôndolas do estabelecimen-to, a Bazzar também passou na seleção de produtos para entrar no e-commerce do Le Bon Marché. Os pro-dutos são acondicionados em potes de vidro, com a arte impressa em serigrafia, e fechados com tampas de aço.

TAMPAs

Rojek(11) 3227-4789www.rojek.com.br

PoTEs

Wheaton Brasil(11) 4355-1800www.wheatonbrasil.com.br

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RÓTuLos

Gráfica Boca Boa(11) 4587-6869www.bocaboa.com.br CuMBuCAs

Ilip+ 39 051 6715 411www.ilip.it  DEsIGN

speranzini Design(11) 5685-8555www.speranzini.com.br

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antes . . .

. . . e depois

cOlaS

rótulos coloridosA cola branca Pritt Tenaz ganhou novos rótulos. Os adereços ficaram mais coloridos que os anteriores, passando a exibir ilustrações divertidas. O design foi desenvolvido internamente pela fabricante do produto, a Henkel. A empresa não informa quem são os fornecedores dos componentes da embalagem.

FILME TéCNICo

Incoplast (48) 3657-3000www.incoplast.com.br

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displayO qUe HÁ de nOvO nOS pOntOS de venda

dOceS

um café comestível 1

Novidade da Sociedade Produtora de Alimen-tos (SPA): grãos de café para comer. Em sabores variados, os Coffee Beans Sortidos são oferecidos em nove unidades, em cartucho de papel cartão que tra-zem impressas, numa lateral, curiosidades sobre a história do café. A embalagem tem deta-lhes em hot stamping e laminação fosca.

cereaiS

opção integral 2

A Granfino amplia seu portfólio de alimentos com o arroz integral. O produto é acondiciona-do em pacote plástico de 1 quilo. O design da embalagem foi desen-volvido pelo departa-mento de marketing da indústria alimentícia.

refreScOS

chás em dose dupla 3

O Clight Tea, refresco em pó da Mondelēz, foi relançado nas versões chá com limão e chá com pêssego. Eles são vendidos em sachês com dois compartimen-tos, separados por um picote. Cada um rende 500 mililitros de bebida.

CARTuCHo

Gráfica santa Terezinha(16) 3202-2246www.graficasantaterezinha.com.br

DEsIGN GRÁFICo

Indesign(11) 3284-0570www.indesign.com.br

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sACHê

Dixie Toga(11) 2928-9200www.dixietoga.com.br

DEsIGN

usina Escritório de Desenho(11) 3254-6788www.usinadesenho.com.br

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Agosto 2012 | 49

cafÉS

coração na recarga 4

Stand-up pouches com formato de coração são as novas embalagens-refil, para recargas de potes de vidro, adotadas pela 3corações. As bolsas plás-ticas, capazes de ficar em pé, contêm 100 gramas do Cappuccino Classic e do Café com Leite.

PouCHEs

Diadema(11) 4066-9000www.efd.com.br

DEsIGN

Pande(11) 3849-9099www.pande.com.br

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HiGiene peSSOal

faces renovadas 5

Novidade no visual dos xampus anticaspa Head & Shoulders, da Procter & Gamble. As versões Menthol Refrescante e Prevenção Contra Queda para Homem agora exibem novas artes nos rótulos autoadesivos. No

caso de Menthol, uma faixa inferior destaca folhas verdes. No Pre-venção Contra Queda, o mesmo elemento gráfico tem um padrão à moda de alvéolos de colmeias, para passar sensações de tecnologia e eficiência.

RÓTuLos

AGM+54 (11) 4482-3766www.agm-sa.com

FRAsCos

Alpla(19) 3878-7000www.alpla.com

TAMPAs

Igaratiba(19) 3821-8000www.igaratiba.com.br

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Almanaque

50 | Abril 2013

Caixinha, vítima dos BeatlesPrimeiro de quatro filmes estrelados pelos Beatles, o longa A Hard Day’s Night (no Brasil, Os Reis do Iê, Iê, Iê), de 1964, dá destaque a uma embalagem numa de suas cenas. Nela, o agente da banda, interpretado pelo ator Norman Rossington, experimenta dificuldades para abrir uma caixinha de leite – que, pelo

formato tetraédrico, se supõe ser da Tetra Pak. A ideia era mostrar como um dia já começa difícil quando até abrir um simples invólucro de leite se revela uma dureza. Mesmo sem intenção, a esquete pode soar ingrata com uma tecnologia que revolucionou a venda de produtos lácteos – permitindo até a distribui-

ção em vending machines, como a retratada na mesma passagem do filme. Mas, como diriam os próprios quatro rapazes de Liverpool, numa de suas mais célebres canções, let it be – ou “deixe estar”, em bom português.A cena da briga com a embalagem pode ser conferida no endereço: emb.bz/164beatles

Vale por um joguinhoDanoninho vale por um bifinho. E tam-bém por um joguinho. Essa era a sínte-se de uma propaganda da Danone da década de 1980 dirigida a crianças – e veiculada em gibis. O anúncio ensinava a montar o tabuleiro de um jogo chamado Ponto-Bol, baseado no uso de cartolina e embalagens vazias de Danoninho. Os potinhos serviam como buracos, de dife-rentes pontuações, onde uma bolinha devia ser acertada.

atenção aos animaisEm 1969, uma promoção com animais ocupou as tampinhas de Pepsi e Crush, à epoca distribuídos pela Refrigerantes Sul Rio-Grandense. Quem encontrasse na parte interna das peças desenhos de bichos iguais ao de anúncios publicados em revistas da época ganhava canetas, bicicletas e até aparelhos de televisão. Achar um macaco, que não aparecia nas peças de publicidade, dava direito a outro refrigerante.

ainda sobre tampas e prêmios Na primeira metade do século 20, tampinhas de garrafas de refrigerantes já serviam de veículo para promoções. Veja-se a “nota importante” aos consumidores colocada em um anúncio de 1927 do extinto Guaraná Elephante, da Destillaria Ypiranga: “Examinem as tampas metalli-cas que são portadoras de pre-mios”. Os brindes variavam de 5 contos a mil contos de réis.

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