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1 Embalamento ativo e inteligente: Inovações para o futuro Introdução O embalamento de alimentos existe para tornar a nossa vida mais fácil. Precisamos do embalamento para conservar os alimentos, proteger os alimentos do ambiente exterior, por conveniência, e para dar informação aos consumidores sobre os alimentos dentro da embalagem. A conservação é a função mais básica de uma embalagem. Mesmo os produtos frescos que não estão embalados na loja têm de ser transportados para fora da loja nalgum tipo de recipiente. O embalamento fornece protecção aos alimentos de adulteração por água, gases, microorganismos, poeira e punções, para citar alguns. Uma embalagem de alimentos informação importante sobre o produto, como prepará-lo e informação sobre o conteúdo nutricional. O embalamento também permite aos consumidores desfrutar dos alimentos como quiserem, à sua disposição. As embalagens dos alimentos podem ser desenvolvidas de acordo com o estilo de vida das pessoas, como a portabilidade e pratos de dose única. Embora o embalamento tradicional cubra as necessidades básicas de conservação alimentar, os avanços no embalamento de alimentos são previstos e esperados. A sociedade está a tornar-se cada vez mais complexa e o embalamento inovador é o resultado da procura dos consumidores por embalagens mais avançadas e criativas do que a oferta actualmente. O embalamento activo e o embalamento inteligente são o resultado do pensamento inovador na área do embalamento. Definição de Embalamento Activo e Embalamento Inteligente Para compreender o que o embalamento activo e inteligente tem para oferecer ao mundo das embalagens, é importante esclarecer o que cada frase significa. O embalamento activo é definido com precisão como "embalamento em que os constituintes subsidiários tenham sido deliberadamente incluídos dentro ou no material de embalagem ou no espaço superior da embalagem para melhorar o desempenho do sistema de embalagem" (Robertson, 2006). Esta frase enfatiza a importância de, deliberadamente incluir uma substância com a intenção de melhorar o produto alimentar. O embalamento activo é uma extensão da função de protecção de uma embalagem e é comumente usado para proteger contra o oxigénio e a humidade. O embalamento inteligente pode ser definido como "embalamento que contém um indicador externo ou interno para fornecer informação sobre aspectos da história da embalagem e/ou a qualidade da comida" (Robertson, 2006). O embalamento inteligente é uma extensão da função de informação da embalagem tradicional e transmite informação ao consumidor com base na sua capacidade de sentir, detectar ou registar alterações externas ou internas no ambiente do produto. NEWSLETTER – N. 11 / 2013

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Embalamento ativo e inteligente: Inovações para o futuro

Introdução

O embalamento de alimentos existe para tornar a nossa vida mais fácil. Precisamos do embalamento para conservar os alimentos, proteger os alimentos do ambiente exterior, por conveniência, e para dar informação aos consumidores sobre os alimentos dentro da embalagem. A conservação é a função mais básica de uma embalagem. Mesmo os produtos frescos que não estão embalados na loja têm de ser transportados para fora da loja nalgum tipo de recipiente. O embalamento fornece protecção aos alimentos de adulteração por água, gases, microorganismos, poeira e punções, para citar alguns. Uma embalagem de alimentos dá informação importante sobre o produto, como prepará-lo e informação sobre o conteúdo nutricional. O embalamento também permite aos consumidores desfrutar dos alimentos como quiserem, à sua disposição. As embalagens dos alimentos podem ser desenvolvidas de acordo com o estilo de vida das pessoas, como a portabilidade e pratos de dose única. Embora o embalamento tradicional cubra as necessidades básicas de conservação alimentar, os avanços no embalamento de alimentos são previstos e esperados. A sociedade está a tornar-se cada vez mais complexa e o embalamento inovador é o resultado da procura dos consumidores por embalagens mais avançadas e criativas do que a oferta actualmente. O embalamento activo e o embalamento inteligente são o resultado do pensamento inovador na área do embalamento.

Definição de Embalamento Activo e Embalamento Inteligente Para compreender o que o embalamento activo e inteligente tem para oferecer ao mundo das embalagens, é importante esclarecer o que cada frase significa. O embalamento activo é definido com precisão como "embalamento em que os constituintes subsidiários tenham sido deliberadamente incluídos dentro ou no material de embalagem ou no espaço superior da embalagem para melhorar o desempenho do sistema de embalagem" (Robertson, 2006). Esta frase enfatiza a importância de, deliberadamente incluir uma substância com a intenção de melhorar o produto alimentar. O embalamento activo é uma extensão da função de protecção de uma embalagem e é comumente usado para proteger contra o oxigénio e a humidade. O embalamento inteligente pode ser definido como "embalamento que contém um indicador externo ou interno para fornecer informação sobre aspectos da história da embalagem e/ou a qualidade da comida" (Robertson, 2006). O embalamento inteligente é uma extensão da função de informação da embalagem tradicional e transmite informação ao consumidor com base na sua capacidade de sentir, detectar ou registar alterações externas ou internas no ambiente do produto.

NEWSLETTER – N. 11 / 2013

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Embalamento Activo: O Embalamento Torna-se Activo Os sistemas de embalamento activo são desenvolvidos com o objectivo de estender a vida de prateleira dos alimentos e aumentar o período de tempo em que a comida é de alta qualidade. As tecnologias de embalamento activo incluem algumas acções físicas, químicas ou biológicas que mudam as interacções entre uma embalagem, produto e/ ou espaço superior da embalagem a fim de obter um resultado desejado (Yam et al., 2005). Os sistemas activos mais comuns limpam o oxigénio da embalagem ou do produto e podem até ser activados por uma fonte externa, como a luz UV (Gander, 2007). O embalamento activo é normalmente encontrado em dois tipos de sistemas; saquetas e almofadas que são colocadas dentro das embalagens e ingredientes activos que são incorporados directamente nos materiais de embalamento. Embalamento Activo: Saquetas e Almofadas: A fim de absorver ou libertar gases para uma embalagem ou headspace, as saquetas e almofadas são muito usadas. As saquetas foram desenvolvidas no final dos anos 70 no Japão. Para fazer a remoção de oxigénio, as saquetas utilizam essencialmente o processo de oxidação, ou a oxidação de compostos de ferro na presença de oxigénio e água. Os eliminadores de oxigénio também podem ser feitos com base em tecnologia de enzimas. Os absorventes de oxigénio são normalmente feitos de ferro em pó ou ácido ascórbico. Os eliminadores à base de ferro normalmente não passam as inspecções com detector de metais na maioria das linhas de embalagem, e nestas situações o ácido ascórbico é vantajoso. Os absorventes de oxigénio em saquetas são comumente encontrados em carnes

e produtos avícolas, café, pizas, assados e alimentos secos. As saquetas que absorvem o dióxido de carbono, juntamente com o oxigénio, também estão disponíveis e são mais comumente encontradas em embalagens de café torrado ou moído. Algumas saquetas são capazes de emitir etanol como agente antimicrobiano para prolongar a vida de prateleira de produtos de padaria com elevado teor de humidade. As compressas absorventes podem ser utilizadas em embalagens que contenham carnes que são susceptíveis de vazamento após flutuações de temperatura. Estes absorventes impedem o desenvolvimento de bolores ou bactérias através da absorção de água em grânulos de polímero superabsorventes colocados entre duas camadas de polímero não tecido microporoso. Embora as saquetas funcionem bem em muitas aplicações, não são apropriadas para todas as situações. As saquetas não podem ser usadas em alimentos líquidos. Não podem ser usadas numa embalagem de película flexível, uma vez que a película vai agarrar-se à saqueta e impedi-la de desempenhar a sua função. As saquetas têm o risco de ingestão acidental por parte dos consumidores e isso pode justificar o seu sucesso comercial limitado na América do Norte e Europa (Yam et al., 2005). Embalamento Activo: Materiais que Contêm Componentes Activos

As tentativas mais recentes para procurar eliminadores activos concentraram-se em incorporar o eliminador no próprio material de embalagem. Estes métodos têm potencial para serem usados em garrafas de tereftalato de polietileno (PETE) e podem ser incluídos em vários recipientes de plástico e vedantes. Adicionar eliminadores ao plástico, em vez de uma saqueta pode evitar muitos problemas. Por exemplo, numa película de embalagem que é justa tal como uma embalagem de queijo, não pode ser utilizada uma saqueta para absorver o oxigénio, porque a película justa inibiria a sua funcionalidade. Incorporar materiais de absorção de oxigénio nos componentes plásticos do material de embalagem poderia ser mais eficiente. Uma das formas em que os absorventes de oxigénio estão a ser incorporados em materiais plásticos é a utilização de um absorvente com uma base de polímero que é co-

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extrudido em várias estruturas da embalagem. O absorvente de oxigénio é activado através de luz UV de modo a que a capacidade de eliminação não seja esgotada antes do fim da vida útil do produto na prateleira (Anónimo, 2007). Alguns sistemas desenvolvidos até agora usam química baseada em ferro no seu material de embalagem. Absorventes de sabores estão também a ser usados em embalamento activo (Robertson, 2006). É sabido há décadas que os materiais de embalagem podem absorver os sabores dos alimentos, como os sumos de fruta. A absorção está agora a ser usada de forma positiva para absorver sabores e odores indesejados.

Embalamento Activo: Sistemas Anti-micróbios para Embalamento de Alimentos: Uma inovação excitante no embalamento activo é o potencial para a libertação controlada de agentes antimicrobianos dos materiais de embalagem. Os agentes antimicrobianos incorporados em materiais de embalagem podem prolongar a vida de prateleira impedindo o crescimento bacteriano e a deterioração. Num sistema conhecido como "BioSwitch" (de Jong et al., 2005), um agente antimicrobiano é libertado de forma programada quando ocorre um crescimento bacteriano. O conceito básico é que ocorre uma mudança no ambiente, tal como pH, temperatura ou luz UV e o antimicrobiano responde em conformidade. O estímulo externo resulta na libertação do componente antimicrobiano da embalagem. Neste sistema, o antimicrobiano é libertado de forma programada e o sistema fica activo apenas em condições específicas. Este sistema poderia potencialmente aumentar a estabilidade e especificidade de conservação e reduzir a quantidade de produtos químicos necessários nos alimentos. Um exemplo comum de libertação programada de antimicrobianos em embalagens de alimentos é a inclusão de partículas de polissacarídeos que sintetizam os compostos antimicrobianos. Muitas bactérias irão digerir polissacarídeos quando crescem e, por isso, se ocorrer uma contaminação bacteriana, o crescimento das bactérias irá libertar os compostos antimicrobianos e deverá inibir o crescimento microbiano subsequente.

Sistemas de Embalamento Inteligente Os sistemas de embalamento inteligente existem para controlar certos aspectos de um produto alimentar e transmitir informações ao consumidor. A finalidade do sistema inteligente poderia ser melhorar a qualidade ou o valor de um produto, proporcionar maior comodidade, ou fornecer resistência a adulteração ou roubo (Robertson, 2006). O embalamento inteligente pode fornecer informação sobre as condições do exterior da embalagem ou medir directamente a qualidade do produto alimentar no interior da embalagem. De forma a medir a qualidade do produto dentro da embalagem, tem de haver contacto directo entre o produto alimentar ou headspace e o marcador de qualidade. No final, um sistema inteligente deverá ajudar o consumidor no processo de tomada de decisão para prolongar a vida de prateleira, aumentar a segurança, melhorar a qualidade, fornecer informação, e alertar para possíveis problemas. O embalamento inteligente é uma óptima ferramenta para monitorar possíveis abusos que têm ocorrido ao longo da cadeia de abastecimento alimentar. O embalamento inteligente poderá também dizer a um consumidor se uma embalagem foi adulterada. Há actualmente trabalho a ser desenvolvido com rótulos ou selos que são transparentes até que a embalagem seja aberta. Assim que a embalagem for adulterada, o rótulo ou selo passará por uma mudança de cor permanente e poderá mesmo soletrar "aberta" ou "stop". Talvez o embalamento inteligente seja capaz de informar o consumidor sobre um evento

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que ocorreu, como manipulação da embalagem, e que possa salvar-lhe a vida. Embalamento Inteligente: Indicadores de Tempo e Temperatura (ITTs): O design de embalamento inteligente que lidera o caminho em tecnologia de embalamento é o indicador de tempo e temperatura (ITT). O ITT é útil porque pode dizer ao consumidor quando os alimentos foram prejudicados em termos de temperatura. Se um produto for exposto a uma temperatura mais elevada do que a recomendada, a sua qualidade pode deteriorar-se muito mais rapidamente. Um ITT pode ser colocado em contentores de transporte ou embalagens individuais como uma pequena etiqueta auto-adesiva e uma mudança irreversível, como uma mudança de cor, irá ocorrer quando o ITT experimentar condições abusivas. Os ITTs são particularmente úteis com os alimentos refrigerados ou congelados, em que o armazenamento refrigerado durante o transporte e distribuição são importantes para a qualidade e segurança alimentar. ITTs também são utilizados como indicadores de frescura para a estimativa da vida útil dos produtos perecíveis. Uma tecnologia TT conhecida como Time strip está a ser utilizada pela Nestlé nos seus produtos no Reino Unido (Anonymous, 2007). A Time strip utiliza uma difusão constante de líquido através de uma membrana para medir o tempo decorrido a uma temperatura específica. Esta acção pode fornecer informação sobre há quanto tempo um produto foi aberto ou está em uso. A Time strip é muito útil para produtos como molhos que têm de ser refrigerados e usados dentro de um período de tempo específico.

Embalamento Inteligente: Indicadores de Gases: Os alimentos são um material complicado para embalar, porque são susceptíveis de respiração e, por conseguinte, podem alterar a sua própria atmosfera quando dentro de uma embalagem. A composição do gás dentro de uma embalagem pode facilmente mudar devido à interacção dos alimentos com o seu ambiente. Indicadores de gases são um meio útil de controlo da composição dos gases no interior de uma embalagem, produzindo uma mudança na cor do indicador através de uma reacção química ou enzimática (de Jong et al., 2005). Os indicadores devem estar em contacto directo com o ambiente gasoso directamente circundante da comida numa embalagem. Os indicadores são capazes de sinalizar se existe uma fuga de gás na embalagem ou podem ser usados para verificar a eficácia de um eliminador de oxigénio. Os indicadores de gás sinalizam tipicamente a presença ou ausência de oxigénio e/ou dióxido de carbono. O oxigénio do ar pode causar ranço oxidativo, alterações de cor indesejadas em alimentos e permitir que os micróbios aeróbicos cresçam nos alimentos. Os indicadores de oxigénio tipicamente resultam numa alteração de cor quando o oxigénio está presente e a presença de oxigénio pode indicar que a embalagem tem uma fuga ou foi adulterada. Os indicadores de oxigénio podem também indicar vedação inadequada de uma embalagem. Os indicadores de gás estão também a ser desenvolvidos para detectar vapor de água, etanol e sulfureto de hidrogénio. Embalamento Inteligente: Tintas Termocromáticas As tintas disponíveis são sensíveis à temperatura e podem mudar de cor em função da temperatura. Estas tintas podem ser impressas em embalagens ou etiquetas de tal modo que pode ser transmitida ao consumidor uma mensagem com base na cor da tinta que estão a ver. As tintas termocromáticas podem permitir ao consumidor saber se uma embalagem está demasiado quente para ser manuseada ou fria o suficiente para ser bebida. As tintas termocromáticas estão a tornar-se uma tecnologia popular para bebidas (Robertson, 2006). As tintas utilizadas podem ser adversamente afectadas pela luz UV e por temperaturas superiores a 121°C, por isso, os consumidores não devem confiar totalmente na informação das tintas

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quando se trata de decidir o momento adequado para consumir um alimento.

Embalamento Activo e Inteligente do Futuro Embora a perspectiva de embalamento activo e inteligente seja emocionante, todo o material de embalagem tem de ser aprovado para uso e a legislação que se aplica ao embalamento tradicional também se aplica ao embalamento activo e inteligente. Até o momento, não existem métodos específicos para determinar se o embalamento activo e inteligente é adequado quando em contacto directo com os alimentos (Robertson, 2006). Uma questão importante é que a maioria dos sistemas de embalamento activo e inteligente requer que os alimentos estejam em contacto directo com algum tipo de sensor e as substâncias do sensor podem migrar para os alimentos. Se essas migrações são intencionais ou não, a substância, a quantidade da substância e os possíveis efeitos da substância na saúde têm de ser identificados para que as substâncias possam ser permitidas e regulamentadas. Além disso, o custo do embalamento activo e inteligente limita a sua utilização comercial. A maioria dos sistemas activos ou inteligentes adicionam custos à embalagem, assim as inovações no embalamento devem ter um resultado final benéfico que supera as despesas extra de adicionar a tecnologia. Além disso, os sistemas devem ser confiáveis e eficazes. Isto exige que o sistema seja validado para garantir que a informação a ser transmitida é verdadeira e que o consumidor não se sinta desiludido ao confiar nestas novas tecnologias em detrimento dos processos antigos. É também importante que o produtor de alimentos, retalhista e o consumidor estejam em sintonia com o sistema activo ou inteligente em larga escala. Devem estar dispostos a aceitar as novas tecnologias e os envolvidos em cada etapa da cadeia alimentar devem estar seguros de que o novo sistema é seguro e verdadeiro para quem usa. Apesar destes obstáculos, estão ainda muitos desenvolvimentos a caminho. A atitude para com o embalamento activo e inteligente é positiva e ainda há muito potencial para inovações excitantes. A seguir apresentam-se algumas ideias de embalamento activo e inteligente a ser trabalhadas.

Bio-sensores para Identificação de Agentes Patogénicos e Toxinas: Os agentes patogénicos originários dos alimentos são uma grande preocupação para a indústria dos alimentos e muitos consumidores têm-se tornado cada vez mais conscientes deste problema. A necessidade de detectar rapidamente e com precisão pequenas quantidades de agentes patogénicos ou toxinas nos alimentos é um passo essencial para manter o consumidor seguro. Um bio-sensor é um dispositivo analítico utilizado para detectar uma substância, neste caso um agente patogénico e, em seguida, transmitir estes dados numa espécie de sinal que é quantificado. Um sistema inteligente a ser desenvolvido visa anexar anticorpos a uma superfície de embalamento de plástico para detectar agentes patogénicos ou toxinas. Se os anticorpos entrarem em contacto com o agente patogénico alvo, o material de embalagem apresentaria uma indicação visual para alertar o consumidor. Este sistema inteligente apenas seria útil quando os alimentos estivessem contaminados com concentrações muito elevadas de agentes patogénicos ou toxinas. Na realidade, um consumidor poderia ficar doente devido a apenas pequenas concentrações de agentes patogénicos ou toxinas e este sistema inteligente poderia dar ao consumidor uma falsa sensação de segurança. Além disso, este sistema apenas conseguiria detectar agentes patogénicos ou toxinas na superfície de um produto alimentar e não alertaria os consumidores para as substâncias perigosas que poderiam potencialmente ser distribuídas através do produto. Este sistema tem um longo caminho a percorrer antes de se tornar disponível no mercado.

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Indicadores de Cozimento do Microondas: Os produtores de alimentos adequados para ir ao microondas estão a prever, ansiosamente, indicadores de cozedura no microondas (IDC’s). Estes indicadores seriam capazes de detectar se os alimentos a serem aquecidos nos fornos microondas estariam prontos e sinalizar aos consumidores quando é que os alimentos seriam seguros para comer. O maior desafio neste campo, presentemente, é a capacidade de aquecer os alimentos uniformemente no forno microondas, de modo a que haja uma fase definida na qual um alimento pode ser considerado seguro para comer. Actualmente, os alimentos aquecem de modo não uniforme e ocorrem “pontos quentes” no alimento. Estes “pontos quentes” resultariam num indicador de cozedura, enquanto as regiões mais frias não teriam atingido temperaturas de cozedura aceitáveis. Um IDC ideal estaria localizado na tampa ou cúpula do recipiente de micro-ondas de modo a que o consumidor facilmente pudesse ver o indicador visual de cozedura (Robertson, 2006). Isto seria funcional uma vez que o alimento é aquecido no forno de microondas e o espaço acima do alimento aqueceria e transferir-se-ia para a tampa. A relação entre a temperatura do alimento e a temperatura da tampa seria a base do sistema indicador. Seria importante que o indicador não desse falsas leituras, porque o próprio dispositivo aquece no microondas. O indicador deve também ser visível pelo consumidor, sem este ter de abrir o microondas. Até agora, os IDC’s não existem no mercado, mas a sua chegada é muito aguardada. Identificação por Radiofrequência (IRF): Acredita-se que as embalagens de alimentos de amanhã irão certamente incluir etiquetas de identificação por radiofrequência (IRF) (Gander, 2007). As etiquetas IRF são uma forma avançada de portador de informação de dados que pode identificar e rastrear um produto. Actualmente são usadas para rastreamento de itens caros e gado (Anonymous, 2007). Num sistema típico, um leitor emite um sinal de rádio para capturar dados de uma etiqueta IRF. Os dados são então passados para um computador para análise. As etiquetas IRF contêm um microchip ligado a uma pequena antena. Isto permite que as etiquetas sejam lidas com um alcance de 30.48 m ou mais em etiquetas mais caras, a 4.57 m em etiquetas

menos dispendiosas (Yam et al., 2005). A etiqueta IRF pode oferecer muito mais do que um código de barras convencional. Ao contrário de um código de barras, a IRF não precisa de estar numa linha de visão directa para ser reconhecida por um scanner. Isto poderia revolucionar a forma como o checkout é feito numa mercearia. Muitas etiquetas IRF podem ser lidas simultaneamente a um ritmo rápido. As etiquetas IRF podem também armazenar informação como dados de temperatura e humidade relativa, informação nutricional e instruções de cozedura. Poderiam ser integrados com um indicador de temperatura e tempo ou um bio-sensor para guardar informação sobre temperatura e tempo ou dados microbiológicos (Yam et al., 2005). A tecnologia IRF no sistema de alimentação está ainda nas etapas iniciais. Aplicações simples, como rastreamento e identificação são o foco da maioria das questões da ciência alimentar e estes devem ser aperfeiçoados antes que aplicações mais complexas possam surgir.

A cozinha do Futuro O uso de processadores de dados, scanners, reconhecimento de voz e avanços na internet puseram os inovadores da ciência alimentar e tecnologia de embalamento de alimentos a pensar em grande. Foi proposta uma ideia para integrar um forno de convecção/forno microondas com um microprocessador, um scanner de códigos de barras e um dispositivo de reconhecimento de voz opcional que está ligado a um ecrã táctil e à internet (Yam, 2000). O microprocessador teria informações sobre as características do forno e algoritmos. Um alimento teria um código de barras na embalagem e a informação de um código de barras poderia ser digitalizado e transferido para o microprocessador no forno. O microprocessador seria então capaz de controlar o magnétron, os elementos de aquecimento e o prato giratório no forno para assegurar a cozedura perfeita com praticamente zero interacção do consumidor. Se o sistema funcionar correctamente, o consumidor acabaria com um produto alimentício de alta qualidade sem problemas causados pelo consumidor ao cozinhar. O problema com este sistema seria que os diferentes fornos aquecem os alimentos de maneira diferente, diferentes alimentos têm diferentes propriedades dieléctricas e térmicas,

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diferentes embalagens têm diferentes formas e modelos, e cozinhar um item para o próximo nunca será replicado na perfeição. Embora este sistema seja altamente técnico, não é uma impossibilidade. Há também várias formas em que este sistema pode ser alterado ou simplificado com base na procura do consumidor. Embora a ideia tenha sido plantada, esta é realmente uma visão do futuro.

CONCLUSÕES Sistemas activos e inteligentes são um ramo do embalamento que é verdadeiramente inovador e oferece oportunidades excitantes para a segurança, qualidade e comodidade alimentar. Muitos conceitos de embalamento activo e inteligente estão disponíveis comercialmente nos Estados Unidos. Alguns especialistas acreditam que o próximo passo da tecnologia de embalamento incluirá nanotecnologias que permitirão novos compostos como novos antimicrobianos e eliminadores de gases a serem incluídos nas películas de embalagem. O avanço dos dispositivos electrónicos que podem ser tornados mais baratos também ajudará a impulsionar o sentido inovador do embalamento activo e inteligente. Enquanto a sociedade continua a avançar, as expectativas do consumidor continuarão a avançar. O uso do embalamento activo e inteligente tornar-se-á provavelmente mais popular, quanto mais tecnologias entrem no mercado, inovar o embalamento em sistemas activos e inteligentes vai tornar-se um lugar mais comum. Talvez o embalamento activo e inteligente vá substituir completamente o próprio embalamento tradicional. E como afirma Paul Gander da revista Food Manufacture, "a tendência é para menos embalagens e o que existe será mais interactivo. Se 2020 vai ver pacotes que saem literalmente da prateleira é outra questão" (Gander, 2007).

Boas Condições

Más Condições

A Região de Múrcia, um modelo na área da produção ecológica. A ideia deste projecto especial é usar como lugar de encontro e troca entre os diferentes actores do desenvolvimento da produção ecológica, especialmente aqueles que estão implementados na área da internacionalização, sustentabilidade, redes e inovação em produtos ecológicos. Ele tenta servir para trocar e analisar as abordagens e boas práticas para responder à questão que tipo de desenvolvimento é necessário promover, de modo a colocar o sector de produtos ecológicos como modelo? Para ser um modelo ou uma Região de referência no domínio da produção ecológica, significa ser uma Região preocupada com a segurança alimentar e com o ambiente.

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Definição do sector. A agricultura ecológica também conhecida como biológica ou orgânica, é uma maneira de cultivar e ter cuidado com a terra e de criar gado de uma forma respeitosa para com a Natureza, sem usar produtos químicos tóxicos (pesticidas, herbicidas, etc.), sem sementes modificadas geneticamente (chamados transgénicos ou OGM); sem forçar os ciclos de fertilidade dos animais. A sua finalidade é a obtenção para todos, de alimentos saudáveis, no seu ponto de maturidade, com todo o sabor, o aroma, a textura, com toda a vitalidade e todas as vantagens dos alimentos saudáveis. A agricultura ecológica é possível de definir de uma forma simples como um compêndio de tecnologias agrárias que normalmente exclui o uso na agricultura e pecuária, de produtos químicos de síntese como adubos, pesticidas, antibióticos, etc., com o objectivo de preservar o meio ambiente, apoiar ou aumentar a fertilidade do solo e fornecer alimentos com todas as suas propriedades naturais.

Regulamentação: A agricultura ecológica é regulamentada legalmente em Espanha desde 1989, quando foi aprovado o Regulamento de Nome Genérico "Agricultura Ecológica", para aplicação até à entrada em vigor do Regulamento (CEE) nº2092/91 relativo à produção de agricultura ecológica e sua indicação nos produtos agrários e alimentos. Hoje em dia, desde 1 de Janeiro de 2009, data em que entrou em aplicação, a produção ecológica é regulamentada pelo Regulamento (CE) 834/2007 o Conselho sobre a produção e rotulagem dos produtos ecológicos.

Múrcia e a Agricultura Ecológica A Região de Múrcia tem uma grande tradição na cultura ecológica e foi pioneira na produção de fruta, legumes, arroz, uva, amêndoa e cereais. O clima fabuloso que temos e a qualidade dos nossos solos, juntamente com o know-how dos nossos agricultores faz com que a nossa Região seja um lugar ideal para a prática da Agricultura Ecológica.

Produção Ecológica em Espanha: Os seguintes números são indicativos do avanço da agricultura ecológica em Espanha: no ano de 2000 os hectares cultivados foram aproximadamente 400.000 e o valor da produção comercializada foi de aproximadamente 120 milhões de euros, uma década depois, o número de hectares supera os 1.650.000 e o valor de 700 milhões de euros. A velocidade de crescimento da agricultura ecológica tem multiplicado os seus parâmetros em 500 entre os anos 1990 e 2010 e por cinco entre 2000 e 2010.

Produtos de Gama IV. Uma das formas mais respeitosas de conservação de alimentos preservando as suas qualidades organolépticas e nutricionais é a que é conhecida como "Gama IV". Essencialmente consiste na aplicação combinada de refrigeração e modificação da atmosfera que faz um desvio para o alimento. A refrigeração abranda as reacções químicas e bioquímicas de alteração e limita a proliferação de microorganismos aerophil.

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A modificação da atmosfera diminui a taxa respiratória do vegetal evitando que fique murcho prematuramente e controla o ficar de cor vermelha por ter diminuído a pressão parcial do oxigénio. Os alimentos da Gama IV e especialmente as frutas e vegetais são amplamente difundidos neste momento, no entanto, não é o caso da alcachofra, devido às suas características especiais e à facilidade com se altera. Existem duas formas principais de aplicação da atmosfera modificada (AM): embalagem a vácuo ou em gás. A embalagem a vácuo não está adaptada para legumes frescos, uma vez que na ausência de oxigénio os legumes modificam o seu metabolismo para a fermentação com uma alteração rápida. Quando a atmosfera é embalada em gás, pode ser obtido substituindo o ar por um gás ou mistura de gás, ou gerando a atmosfera no interior da embalagem de forma passiva (mais utilizado em vegetais) ou activa (usando absorventes de oxigénio). A substituição do ar pode ser feita arrastando por gás, que é injectado de forma constante e desloca a atmosfera inicial ou por vazio compensado. Neste segundo processo, o vazio é realizado primeiro eliminando o ar do interior de uma embalagem e depois o gás ou mistura de gases desejados interfere (A quantidade presente de oxigénio residual é inferior a 1%).

A geração de uma atmosfera modificada (AM) dentro da embalagem pode realizar-se de forma passiva ou activa, por meio de absorventes/emissores. No primeiro caso a película da embalagem é permeável selectivamente ao O2 e ao CO2 e a própria respiração dos vegetais modifica a atmosfera. Na

geração activa da AM, estão em uso absorventes de O2 e etileno ou emissores de CO2 e substâncias antimicrobianas.

Na embalagem estão em uso basicamente três tipos de gases: N2, O2 e CO2, que são combinados em proporção diferente, a fim de obter uma atmosfera inerte (N2), semi-activa (CO2/N2, O2/CO2/N2) ou activa (CO2, CO2/O2). A utilização de um ou outro e a proporção concreta de cada um deles, muda de acordo com o tipo de produto a preservar. No caso de produtos vegetais há factores que influenciam, tais como, a intensidade respiratória e/ou de fotossíntese durante a pós compilação, emissão de etileno, facilidade de ficar com cor vermelha, etc.

Produtos de Gama V. Inicialmente "Gama V = Pratos prontos a comer (PPC)" foi a designação para os pratos pré-cozinhados ou preparados com antecedência e para os legumes cozidos apresentados em vácuo. Hoje, uma vez que a gama V define a comida preparada com produção culinária a preparada em bruto ou cozinhada ou pré-cozinhada, de um ou mais produtos alimentares de origem animal ou vegetal, com ou sem a adição de outras substâncias autorizadas e, neste caso,

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aromatizado. Poderá aparecer embalado ou não e preparado para consumo, directamente ou depois de um aquecimento ou tratamento culinário adicional. O Código Alimentar espanhol (CAE) define pratos preparados como: "os produtos obtidos por mistura e aromatização de alimento animal e vegetal, com ou sem adição de outras substâncias autorizadas, contidos em embalagens apropriadas, hermeticamente fechadas e tratadas pelo calor ou outro procedimento que assegure a sua conservação e pronto a ser consumido após um aquecimento simples."

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NOTICIAS E EVENTOS EVENTO ALIMENTAR DE MÚRCIA 21-22 de Outubro 2013 Esta será a 6ª edição do encontro bianual internacional, Evento Murcia Food Brokerage 2013, onde as últimas novidades na área da tecnologia alimentar serão apresentadas e as diversas necessidades tecnológicas serão partilhadas entre todos os participantes, dando a oportunidade para estabelecer acordos de cooperação tecnológica entre empresas de diversos países europeus. Como de costume, o VI Simpósio Internacional de Tecnologia Alimentar será realizado em paralelo com as reuniões de corretagem, reunindo um selecto grupo de oradores especialistas nas tecnologias mais inovadoras e as questões mais actuais. Além disso, durante o segundo dia, será realizado um ciclo de conferências mostrando a previsão tecnológica no sector alimentar. Instituições e empresas importantes, como a OPTI (Observatório de Previsão Tecnológica Industrial), CDTI (Centro para o Desenvolvimento Tecnológico Industrial), Siemens, Hero e CSIC (Conselho Nacional de Pesquisa Espanhol) apresentaram as tendências e previsões nos seus respectivos campos.

Background

O Evento Murcia Food Brokerage é uma reunião organizada de dois em dois anos. Desde a

primeira edição em 2003, o evento alcançou um sucesso e reconhecimento crescentes. Podemos observar o número elevado de presenças nas últimas edições. A quarta edição em 2009 teve a maior taxa de participação, com 340 empresas inscritas de 13 países. Houve mais de 350 ofertas e pedidos tecnológicos e não menos do que 1.000 reuniões bilaterais durante dois dias.

Resumo e alguns números

Esta 5ª edição do Evento Murcia Food Brokerage poderia ser descrita como o de excelência, onde a taxa de presenças deu lugar à qualidade dos perfis tecnológicos apresentados e o interesse surgiu durante as reuniões bilaterais.

O estado actual da economia dos países europeus e, especialmente, as consequências da crise económica na Espanha fez com que o número de participantes tenha diminuído consideravelmente, tanto nos participantes internacionais como espanhóis. Mas este facto tem sido usado para fornecer uma melhor assistência a todas as empresas: ajudando a escrever e corrigir os perfis, monitoramento da selecção de reuniões para evitar problemas durante o evento, orientando os participantes durante as reuniões, resolvendo pedidos especiais dos participantes, etc.

No total, 160 empresas e universidades reuniram-se nas reuniões, apresentando quase 300 perfis tecnológicos. Mais de 500 reuniões bilaterais foram programadas antes do evento, porém, no final, foram cerca de 600 as reuniões durante os dois dias, tendo as reuniões não-programadas em conta.

Para a 6ª edição é esperada uma afluência semelhante de empresas, universidades e stakeholders do sector agro-alimentar e haverá uma abundância de acordos e negócios entre

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todos os participantes. Ela fornece um cenário internacional, tecnológico para as empresas interessadas em: informar-se sobre as mais recentes tecnologias europeias no sector agro-alimentar e realizar reuniões bilaterais para fazer a transferência de tecnologia.

Serão realizadas uma série de conferências e apresentações no âmbito do 6º Simpósio Internacional de Tecnologia Alimentar, em que serão apresentadas as criações mais recentes do sector.

EVENTO LOCAL PACMAn MÚRCIA: “Feira da Tecnologia” no Centro Tecnológico Alimentar. 5 de Junho de 2013

Esta foi a primeira vez que várias empresas nacionais mostraram as suas novas tecnologias e aplicações para um modelo de produção futuro mais sustentável e com muita inovação.

Além da apresentação do projecto PACMan pela INFO MÚRCIA (José Manuel Ruiz), houve uma visita pela Fábrica Piloto do Centro de Tecnologia Alimentar, onde as empresas trouxeram os seus novos processos e tecnologias em que estão

trabalhar, depois de serem explicadas na sala de reuniões.

Foi uma experiência muito boa para as pessoas da P&D das PME de Múrcia, porque sem viajar para outro lugar ou região de Espanha, eles não poderiam estar em contacto com este tipo de tecnologias.

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EVENTO LOCAL PACMAn VALÊNCIA: “Workshop Inovação como um factor de sucesso no sector Agro-alimentar” 8 de Junho de 2013 (organizado pelo IVACE Valência). O evento teve lugar no âmbito da regata inicial da Route the Prince Regatta (routedesprinces.com). O workshop contou com especialistas e empresas do sector agro-alimentar na região de Valência. A OriginalCV, a primeira distribuidora especializada em produtos gourmet apenas de Valência vai apresentar a sessão que contará com a presença de produtores que irão partilhar suas histórias de sucesso: - Terra i xufa, a primeira empresa a certificar como "bio" a sua produção de "xufa” de Valência. - Vinalopo Denominação de Origem Protegida = Os únicos produtores de uva a usar sacos de papel antes de crescer para a melhoria da sua qualidade. - Óleo de Sénia de oliveiras milenares, aproveitando-se da maior colónia de árvores milenares na Europa a produzir de azeite de alta qualidade. - Los Frailes Celler, produtor de vinho ecológico, promotor do uso das próprias uvas Monastrell para produzir e internacionalizar o vinho Valenciano. Ligações de interesse: http://www.routedesprinces.com https://www.facebook.com/routedesprincesuk

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ecisores políticos e Regiões

www.pacmanproject.eu

www.pacmanproject.eu

é o primeiro output da operação PACMan. Concebida

como um portal, é estruturado em diversas áreas

temáticas acessíveis de forma fácil e imediata, útil e

flexível. O portal PACMan responde aos objectivos do

projecto, através de uma visão clara dos conteúdos

gerais do projecto, uma descrição detalhada da parceria

e notícias e informações actualizadas de eventos em

curso a nível europeu sobre o sector agro-alimentar. Ao

visitar www.pacmanproject.eu poderá encontrar os

contactos do projecto e o estado da arte das actividades

e os produtos finais estarão disponíveis para download

para informar os utilizadores sobre os resultados

intercalares e finais do projecto.

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