Emigrazione italiana

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Emigração italiana para o Brasil, segundo as Emigração italiana para o Brasil, segundo as regiões.regiões.

11.818Úmbria

9.328Ligúria

6.113Sardenha

25.074Marche

15.982Lazio

52.888Basilicata

44.390Sicília

40.336Piemonte

34.833Puglia

365.710Vêneto

166.080Campânia

113.155Calábria

105.973Lombardia

93.020Abruzzi/Molizi

81.056Toscana

59.877Emília Romagna

1.243.633Total

EmigrantesRegiões de procedência Período

1876/1920

Fonte:

Brasil 500

anos de

povoamento.

 

IBGE.

Rio de

Janeiro.

2000

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• De 1870 a 1920, o Brasil recebeu cerca de 1,5 milhão de 1870 a 1920, o Brasil recebeu cerca de 1,5 milhão de imigrantes italianos. imigrantes italianos.

Só para o Estado de São Paulo vieram 965 mil, ou seja, Só para o Estado de São Paulo vieram 965 mil, ou seja, quase 70% do total.quase 70% do total.

• • De acordo com dados da biblioteca do Memorial do De acordo com dados da biblioteca do Memorial do

Imigrante: Imigrante: De 1880 a 1889 o Estado de São Paulo recebeu 144.654 De 1880 a 1889 o Estado de São Paulo recebeu 144.654

italianos. italianos. Só em 1888 vieram para o Estado 91.826 imigrantes, Só em 1888 vieram para o Estado 91.826 imigrantes,

destes, 80.749 italianos. destes, 80.749 italianos.

• • Em 1890, a cidade de São Paulo registrou a chegada de Em 1890, a cidade de São Paulo registrou a chegada de aproximadamente 64 mil imigrantes da Itália. aproximadamente 64 mil imigrantes da Itália.

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• No início do século, circulavam em São Paulo quatro jornais em italiano.

• Acredita-se que houve um tempo em que o idioma mais falado em São Paulo era o italiano.

• Estima-se que ainda hoje São Paulo possua a terceira maior colônia italiana, depois de Nova York e Buenos Aires.

• Dados de 2000 da Embaixada da Itália apontam a presença de 25 milhões italianos e descendentes no Brasil.

• O Estado de São Paulo abriga hoje 6 milhões italianos e descendentes, segundo estimativa do Consulado Italiano

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Não eram sons jogados ao léu. Eram ecos de tempos difíceis.

Trilha sonora de uma fuga em massa que reverberou no Brasil, o canto vêneto resume,

a seu modo, a história dos camponeses italianos

que aqui vieram carpir. Que aqui vieram fare l’America.

Se a chegada desses milhares de homens é com freqüência tratada em livros,

filmes ou relatos de descendentes, menos esmiuçadas são as razões da partida.

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São as respostas a essas perguntas que nos oferece o pesquisador Emilio Franzina,

professor de História Contemporânea na Universidade

de Verona, em :A Grande Emigração

o êxodo dos italianos do Vêneto para o Brasil, que, finalmente,

ganha uma edição em português.

Clássico dos estudos sobre imigração, escrito em 1976, o

livro foi publicado pela Editora Unicamp e, apesar do atraso, mantém-se novinho em folha.

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Franzina procura incluir o fenômeno num certo quadro de desenvolvimento do capitalismo

e rompe com a idéia de que a emigração explica-se por si, de

que existiu porque tinha de existir.

Revelador do “fascínio exercido pelo mito da América como

terra prometida”, o êxodo é também um

termômetro da miséria nos campos de uma Itália recém-

unificada.

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A história dessa imigração é, também, o relato de uma luta silenciosa de classes.

Recoberto pela pátina do tempo, o fenômeno dá um semblante heróico aos homens que aqui chegaram.

Mas que história é essa que eles escreveram?

Quem contracenava com eles nesse enredo do exílio?

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“Os jornais antiemigrantistas falavam em ‘incitadores’ e ‘trambiqueiros’ profissionais,

mas havia um verdadeiro exército de intermediários”, conta o professor.

“Em muitos lugares, eram os prefeitos, padres,

secretários municipais e professores de escolas primárias

que desempenhavam a função de agentes da emigração.”

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Luigi Biondi, um dos tradutores do livro e professor de História Contemporânea da Universidade Federal de São

Paulo (Unifesp), define como política de governo o que ali se passou.

“Havia um excesso populacional nessa região e o governo tentou esvaziá-la um pouco”,

diz Biondi, ele também imigrante, mas de feições novas.

Formado na Universidade de Roma La Sapienza, chegou ao Brasil para fazer doutorado sobre imigração na Unicamp e por

aqui ficou.

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Por trás do desejo governamental de estimular a população a seguir para uma espécie de exílio voluntário, oculta-se também

o medo da massa. Da mobilização.

“À medida que expulsam essas pessoas, eles evitam lutas trabalhistas e a organização nos campos”, observa a

historiadora Zuleika Alvim, autora de Brava Gente! (grande sucesso nos anos 80, hoje esgotado),

que traslada a história de Franzina para o lado de cá do oceano.

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Anos de má colheita, como 1878, têm registros estatísticos que mostram a elevação do fluxo migratório em quase todo o Vêneto.

Em 1886, por exemplo, uma epidemia de cólera despovoa quase por inteiro a área do Montello (no Treviso).

A servir de consolo aos camponeses, a miragem:

Para mim basta conseguir sobreviver este ano. Para mim basta conseguir sobreviver este ano. Se depois tudo der errado, Se depois tudo der errado,

não me importo, vou já para a América,não me importo, vou já para a América, pregavam.

O mal-estar nos campos, tornado “miséria endêmica”, serve de base para a correlação entre “as condições da agricultura, o crescimento do fenômeno

migratório e as primeiras tentativas de constituir na Itália uma base industrial”, estabelecida por Franzina.

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“A emigração, como já observava o pensador italiano Antonio Gramsci, representa um problema não resolvido na vida econômica e social da Itália, apresentando-se como uma constante de um modelo de desenvolvimento.”

Os pesquisadores esclarecem ainda que muitos banqueiros italianos esticaram os olhos sobre as remessas que os emigrantes enviavam para a terra natal, fosse

para ajudar familiares, fosse para pagar dívidas.

“Há também um grande interesse das companhias de navegação que, muitas vezes, eram ligadas aos bancos e fizeram fortunas”, pontua Zuleika.

Para enxergar a face econômica do fenômeno é preciso ter em mente a crise da economia agrícola européia,

entre 1850 e 1870.

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“A emigração, como já observava o pensador italiano Antonio Gramsci, representa um problema não resolvido na vida econômica e social da Itália, apresentando-se como uma constante de um modelo de desenvolvimento.”

Os pesquisadores esclarecem ainda que muitos banqueiros italianos esticaram os olhos sobre as remessas que os emigrantes enviavam para a terra natal, fosse

para ajudar familiares, fosse para pagar dívidas.

“Há também um grande interesse das companhias de navegação que, muitas vezes, eram ligadas aos bancos e fizeram fortunas”, pontua Zuleika.

Para enxergar a face econômica do fenômeno é preciso ter em mente a crise da economia agrícola européia,

entre 1850 e 1870.

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E, depois, o enterro das lembranças, pois,

como escreve Thomas Mann em A Montanha Mágica,

“tal qual o tempo, o espaço gera o esquecimento, desligando o indivíduo das suas relações”.

Apartados da terra natal, eles tentaram, a princípio, reerguer aqui o mundo tornado memória.

“Para os vênetos, a terra era algo extremamente importante e, aqui no Brasil, eles tentavam reproduzir o ambiente que tinham deixado para trás.

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“Mas é incorreto achar que fossem avessos à organização.

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” O professor lembra que vários vênetos estiveram envolvidos na primeira grande greve geral nos

campos brasileiros, ocorrida em 1913, na região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

“Muitas lideranças foram expulsas do País. Eles conseguiram umas poucas melhorias,

mas o principal resultado foi a repressão violenta.

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Eles recebiam um carimbo vermelho, de grevistas, Eles recebiam um carimbo vermelho, de grevistas,

nas carteiras de identificação e não conseguiam nas carteiras de identificação e não conseguiam

mais emprego”, relata Biondimais emprego”, relata Biondi. .

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“As lutas internas nas fazendas são pela sobrevivência e não deixam de abalar

o sistema cafeicultor”.

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História A atual estrutura da máfia levou séculos para se desenvolver. Tudo começou na ilha da Sicília.

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Professor Michael Hall, da Unicamp, norte-

americano que estudava a imigração italiana nos

EUA, mas há duas décadas vive no Brasil, observa que, apesar das diferenças profundas,

alguns brasileiros chegam a associar os imigrantes daqui aos sicilianos de O

Poderoso Chefão.

“Nos Estados Unidos, não há imigração italiana, antes de 1900, ou seja,

é uma geração depois da que chegou ao Brasil.

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Aqui, em sua primeira fase, foi agrícola. Lá, foram para as cidades.

Aqui, também sofreram menos discriminação e a língua é mais parecida”, define Hall. Não que aqui tenham sido só flores.

Zuleika conta que alguns camponeses chegaram a

enlouquecer. Brás, Mooca ou Bexiga (bairro de calabreses, campanos e de alguns

puglieses) eram, muitas vezes, refúgio dos que não suportavam a vida

no campo.

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Ainda assim, foi nos EUA, e não aqui, que a máfia vingou.

“Há uma grande discussão a esse respeito.

Creio que seja uma combinação de experiências anteriores com a falta de acesso a outras

oportunidades nos Estados Unidos.

Aqui, os italianos encontraram caminhos para crescer e não se isolaram, de forma até secreta,

como lá”, diz Hall.

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Em Santa Catarina ou no Rio Grande do Sul, a matriz camponesa era diferente, pois os imigrantes eram donos da terra”, diz Franzina.

Calcula-se que a imigração italiana para o Rio Grande do Sul tenha sido entre 80 mil e 100 mil pessoas, mais de metade vênetos.

Eles não foram para fazendas, mas para colônias imperiais, como as de Caxias do Sul, ou a colônia Garibaldi, formadas em 1875.

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Papa.

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Foram muitas as Itálias que embarcaram nos navios do fim do século XIX e início do XX.

As diferenças entre São Paulo e o Rio Grande do Sul são exemplares dos matizes de uma imigração que, por vezes, é vista como uniforme.

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São comunidades moldadas também pelo forte

catolicismo.

Até hoje, não faltam na região das colônias o sinal-da-cruz e o nome-do-padre.

“Até os anos 50, se viesse uma tempestade, o colono

dizia que isso tinha acontecido porque alguém havia blasfemado muito”,

conta o frei, cuja família saiu da Lombardia, em

1888.

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Isto é São Paulo

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E não podemos esquecer que a presença de italianos em alguns estados brasileiros,

como São Paulo, é imensa.

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Mais conhecido como Mario Zan, (Roncade, 9 de outubro de 1920 - São Paulo 9 de novembro de 2006).

Foi um acordeonista ítalo-brasileiro, famoso por suas canções típicas das festas juninas do centro-sul do Brasil.

Emigrou com sua família para o Brasil ainda na década de 1920 e instalou-se na região de Catanduva, São Paulo.

Mario Giovanni Zandomeneghi

O músico Mario Zan e mais um punhado de gente com sobrenomes como Trevisan, Furlan, Bortoletto,

Meneghello, Chinaglia e Casagrande.

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De seu repertório, 36 músicas foram regravadas por intérpretes brasileiros como Roberto Carlos, Sérgio Reis, Almir Satter e outros.

Suas canções mais populares são Quadrilha Completa, Balão Bonito e Noites de Junho ou Pula a Fogueira.

Foi o autor dos Hinos comemorativos dos 400 anos e 450 anos da cidade de São Paulo.

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Começou a tocar acordeão aos treze anos de idade foi considerado um dos melhores acordeonistas do Brasil, tendo se tornado pelas composições (mais de mil gravadas) das mais populares canções das festas juninas paulistas; entre elas, “Os Homens Não Devem Chorar”, de repercussão internacional, que acumula mais de 200 interpretações em toda a América Latina, Estados Unidos, Portugal, França, Alemanha, China e Japão.

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Se o grande Adoniran foi para o Brás para fazer o

“Samba do Arnesto”, onde nóis fumo e nun encontremo

ninguém, muitos dos que se instalaram no

bairro ajudaram a fundar o movimento operário.

“A Sociedade Vêneta San Marco foi um dos centros de agregação

socialista.

O sambista Adoniran Barbosa.

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Bardi conheceu a arquiteta Lina Bo no Studio d'Arte Palma, em Roma, onde ambos trabalhavam e casou-se com ela em 1946. No mesmo ano, eles decidem vir para o Brasil, país com a perspectiva de prosperidade e cenário de uma arquitetura talentosa e promissora. Chegaram ao Rio de Janeiro em 17 de outubro de 1946. Com as obras trazidas da Itália, Bardi organizou a "Exposição de pintura italiana moderna", onde conheceu o empresário Assis Chateaubriand, que o convidou para montarem juntos um museu há muito tempo idealizado. De 1947 a 1996 Bardi criou e comandou o MASP.

Pietro Maria Bardi

21/02/1900 em La Spezia, Itália01/10/1999, São Paulo (SP)

Jornalista e museólogo ítalo brasileiro

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Paralelamente, manteve sua atividade de ensaísta, crítico,

historiador, pesquisador, galerista e marchand.

Em 1992 publicou seu 50º e último livro, "História do

MASP".

Pietro Maria Bardi

No mesmo ano perdeu sua esposa Lina. Em 1996, abatido, afastou-se do comando do museu.

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Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccillo, nasceu em 20 de fevereiro

de 1898 em São Paulo.

A fortuna que Ciccillo veio herdar teve origem nas conquistas de seu tio, o Conde Francisco Matarazzo,

um imigrante italiano que veio para São Paulo, negociar gordura

de porco na região de Sorocaba, no século 19.

Seu interesse pela arte começou após conversas com o crítico de arte Sergio Milliet e o arquiteto Eduardo Kneese de Melo.

Em 1948, montou uma subdivisão da Bienal: o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP).

Em 1962, separou as duas entidades, tornando-as independentes e criou a Fundação Bienal de São Paulo.

Ciccilo Matarazzo, e Aldemir Martins e Flavio Machado

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Sinal dos tempos

Igreja voltada aos italianos hoje se dedica a latino-americanos e africanos

Dentre as muitas igrejas ligadas à comunidade italiana existentes em São Paulo, uma é especialmente importante quando se fala de imigração: a Nossa Senhora da Paz, no Glicério, pedaço degradado da região central da cidade.

Inaugurado no início dos anos 40, o lindo templo (“Enclave de beleza”,) pertence à Congregação dos Scalabrinistas, destinada a cuidar dos imigrantes.

E jamais se desviou da vocação inicial.

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ENCLAVE DE BELEZA

Todo primeiro domingo do mês é assim.

Nel nome del Padre e del Figlio e dello Spirito Santo.

Beleza sobrevivente no degradado bairro do Glicério, região central de São Paulo.

Na Igreja Nossa Senhora da Paz ainda se ouve o

Pai-Nosso em italiano, sob o canto de vozes

bem ensaiadas.

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A história da congregação remonta a 1880. “No fim do século XIX, nossos padres já atendiam os órfãos

urbanos e iam aos cafezais fazer batizados”, conta o padre Lírio Berwanger, responsável pela paróquia. Não foi o acaso que pôs a igreja no Glicério.

É que ali na região tinha sido inaugurada, em 1887, a Hospedaria do Imigrante, destino de todos os que

desembarcavam dos navios.

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Se muitos partiam dali para as fazendas, outros tantos se espalhavam pelo Brás, Mooca, Cambuci e Glicério. “Os padres tinham de pensar nas pessoas que ocupavam essa

região, que era a periferia dos italianos”, completa o padre Lírio.

O tempo correu e, depois de muito tentar, a Ordem conseguiu, nos anos 70, erguer a própria Casa do Imigrante.

Mas, a esta altura, os italianos já não precisavam de amparo.

“Esta igreja nasceu com os italianos, mas, à medida que eles foram se integrando, passamos a cuidar da nova imigração que chegava aqui”, diz o padre Mário Geremia, responsável pela

Pastoral do Imigrante, que presta assessoria jurídica, espiritual e social com o apoio de 21 voluntários.

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Terra do Papa e da tarantela“Para o Brasil, a Itália é um país homogêneo”, diz o historiador

Por que só agora o livro foi traduzido para o português? Emilio Franzina: Existe o problema do relacionamento entre as culturas italiana e brasileira.

O Brasil olha mais para a França e para os Estados Unidos.

A Itália é, no máximo, vista como o país do papa.

A tradução havia sido proposta pelo professor Michael Hall no início dos anos 80, mas só agora saiu. Acredito que hoje exista uma sensibilidade maior nos ambientes intelectuais ao fenômeno das imigrações, até porque há uma imigração brasileira nos Estados Unidos e na Europa.

Passa, portanto, a ser mais importante o conhecimento desse fenômeno.

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Mas hoje é grande a quantidade de estudos sobre a imigração

italiana?

EF: Os estudos sobre a imigração européia tornaram-se muito numerosos

nos últimos 20 ou 30 anos. Quando escrevi o livro, não existia uma

produção tão rica como a de agora.

Hoje, em toda universidade brasileira, não somente na USP, na Unicamp ou

nas grandes universidades federais, mas também nas pequenas universidades em zonas que tiveram a presença européia

no Sul, têm teses sobre o assunto.

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Mostra ao leitor o lado trágico e curioso dessa notável aventura dentro de contextos históricos vários e desvenda esse mistério que

voluntariamente a Itália desconhece.

Dedica ao Bispo Scalabrini e a toda sua obra o merecido destaque, mostrando que a imigração deve a ele toda a sua força e dignidade,

permitindo até hoje mostrar quem são os italianos no mundo.

Deveria ser guia didático absolutamente indispensável de sensibilização nas escolas italianas porque põe em confronto a situação que se vive hoje, já que os fluxos imigratórios são em

sentido inverso, fazendo com que a Itália seja já um país multicultural.

A importância também desse livro escrito em português brasileiro e italiano privilegia a esses dois povos tomar conhecimento de sua própria história,  o que é indispensável  para se ter uma identidade

sobre a qual possam construir o próprio futuro. 

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FINE

Pesquisas/Ilustrações: Internet http://www.portinari.org.br/

http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_teatro/http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/2007/15/patria-em-fuga/

http://www.cartacapital.com.br/2006/04/4351/

Musicas:- Baile na Roça – Mario Zan

Con te partiro – Andrea Bocelli Godfather - Instrumental

Hino do Quarto Centenário – Mario ZanIsto é São Paulo-Demônios da Garoa

Gaita gaucha– Intérprete desconhecidoSamba do “Arnesto”- Demônios da Garoa

Formatação: José Carlos Suman [email protected]

Editado em 06/2007 e revisado em 10/2009.