Empecilho

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EMPECILHO Quem não se empenha em seu trabalho não cria, não arquiteta, gera apenas uma temática, inconsciente, e fim. O ESPAÇO. Uma primeira barreira. A galeria, o Solar da Baronesa, é uma construção antiga com paredes altas e de tijolos, arcos e um piano. Para mudar a percepção do espaço, ou seja, criar um site-specific, idealizamos estruturas que simulassem uma tenda para o piano. Intervenção Artística Arquitetura e Urbanismo 2011-1 Oficina I Ana Luiza Silva, Filipe Andrade, Juliana Linhares, Juliana Tavares e Katisson Félix 2

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Arquitetura e Urbanismo

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EMPECILHOQuem não se empenha em seu trabalho não cria, não arquiteta, gera apenas uma temática, inconsciente, e fim.

O espaçO.

Uma primeira barreira.

A galeria, o Solar da Baronesa, é uma construção antiga com paredes altas e de tijolos, arcos e um piano. Para mudar a percepção do espaço, ou seja, criar um site-specific, idealizamos estruturas que simulassem uma tenda para o piano.

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O material.

Mangueiras. Bambus. Arame recozido.

Os bambus foram usados para sustentar os 600 quilos de mangueira e dar a elas a forma que planejávamos. As bases formariam triângulos e os topos formariam arcos. Os arames uniriam os bambus e as mangueiras seriam colocadas de modo que tivessem liberdade e que tirassem a uniformidade da estrutura.

a execuçãO.

A estrutura não se sustentou.

Para recomeçar, 21 bambus foram montados em forma de 7 pirâmides de diferentes tamanhos, desde 1,50 a 3 metros de altura, e envolvidos com algumas mangueiras. Elas foram dispostas de modo que uma das pirâmides estivesse na horizontal e servisse como base. Um dos lados deveria conter duas pirâmides maiores, e o outro lado 3 pirâmides menores na vertical e uma na ho-rizontal, utilizada como uma ponta. A outra pirâmide seria colocada no meio da montagem para que houvesse certa elevação e formasse diferentes ângulos de visão.

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iluminaçãO.

Dois refletores de luz foram dispostos de maneira que projetassem sombras das mangueiras na parede e no teto. Qualquer outra iluminação superior deve ser retirada para que o efeito seja obtido.

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a saída.

Uma nova perspectiva.

Para transformar os pontos de vista, o trabalho deveria ter elementos montados no exterior da galeria, em uma rua que fora fechada. Cerca de 15 mangueiras foram colocadas em um bueiro e a tampa ficou entreaberta. A intervenção remeteu uma ideia de praga que tomava conta da rua. Para acentuar o valor da obra, as extremidades das mangueiras estabeleciam relação com pias dispostas por um segundo grupo.

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OrçamentO.

O preço da arte.

As mangueiras e os bambus foram emprestados pelo ferro velho Palvatacris e pela Universidade Federal de São João Del Rei, respectivamente. Dois caminhões para o transporte das mangueiras, com o custo de R$ 70,00. Foram gastos também com arame, fios, facão e tecido preto para escurecer o fundo do trabalho, cerca de R$ 130,00. Como custo total: R$ 200,00.

agradecimentOs.

Aos nossos professores, Gedley Braga e Rafael Brandão, pelo incentivo e participação no projeto. Aos funcionários da limpeza, em especial a “Sãozinha”, e do serviço técnico (Paulo Márcio). Aos vigias do Solar da Baronesa, que nos permitiram trabalhar em todos os horários. À Beth, pela predisposição em nos atender. Ao ferro velho Palvatacris, pelo empréstimo das mangueiras, e aos seus funcionários. Ao Paulo Carvalho, pela grande ajuda no transporte. Aos funcionários do CETEC por nos ceder os refletores utilizados na iluminação. Aos nossos colegas: Yuri Matias, Ricardo Dias, Juliana Salgado, Igor Oli-veira e Deborah Salgado, que colaboraram para a concretização da nossa ideia. E por fim, à coletividade e esforço do nosso grupo.