Empreendedor 219 - Janeiro de 2013

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www.empreendedor.com.br Incubadoras e parques tecnológicos abrigam e apoiam as empresas mais inovadoras do País ISSN 1414-0152 PENSE GRANDE E NÃO DURMA NO PONTO: 2013, FELIZ NOVO EMPREENDEDORISMO! ENERGIA PEQUENAS CENTRAIS PERDEM TERRENO PERFIL O INVENTOR EMPREENDEDOR GABRIEL DOMINGOS FRANQUIAS O MODELO DE CONVERSÃO DE NEGÓCIOS EMPREENDEDOR –BERÇO DA ELITE – ANO 19 N o 219 JANEIRO 2013 Guilherme Stark Bernard, fundador e presidente da Reason BERÇO DA ELITE ANO 19 N o 219 JANEIRO 2013 R$ 9,90 Negócios criativos, inovadores e rentáveis

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Edição n.219 da revista Empreendedor, de janeiro de 2013

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www.empreendedor.com.br

Incubadoras e parques tecnológicos abrigam e apoiam as empresas mais inovadoras do País

ISSN

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52Pense grande e não durma no Ponto: 2013, feliz novo emPreendedorismo!

energia PequeNaS ceNtraIS Perdem terreNo

Perfil o INveNtor emPreeNdedor GabrIel domINGoS

franQuias o modelo decoNverSão de NeGócIoS

emPreeNdedor –

berÇo da elIte – aNo 19 N o 219 JaNeIro 2013

Guilherme Stark bernard, fundador e presidente da reason

Berçoda elite

aNo 19 No 219JaNeIro 2013r$ 9,90

Negócios criativos, inovadores e rentáveis

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Estratégias EmpresariaisVocê será capaz de fazer uma análise completa do seu ambiente empresarial, identificando pontos fortes e fracos, redefinindo missões e metas corporativas. Também irá elaborar e implementar um plano de ação estratégica.

Gestão da InovaçãoDescubra que inovação não é só tecnologia. É uma nova forma de pensar e gerir o negócio: fazendo diferente.

InternacionalizaçãoPrepare sua empresa para conquistar o mercado global, tornando seu produto ou serviço mais competitivo dentro e fora do País.

EmpretecUm seminário desenvolvido pela ONU que lhe motiva a promover mudanças no seu comportamento, aperfeiçoando suas habilidades de negociação e gestão, proporcionando maior segurança nas decisões e aumentando a chance de sucesso da sua empresa.

Gestão FinanceiraCompreenda todas as informações financeiras da sua empresa e transforme-as em ferramentas para decisões seguras e eficientes. Método prático: você aprende enquanto aplica o conteúdo na empresa.

Encontros EmpresariaisAprenda com a experiência de empresários do seu ou de outros setores. Compartilhe soluções já testadas e amplie sua rede de parceiros e de contatos.

Gestão da QualidadeImplemente novas crenças e atitudes que deixarão seus clientes mais satisfeitos e sua empresa ainda mais competitiva. Solução dividida em 5 módulos.

Ferramentas de Gestão AvançadaPromove um modelo de gestão baseado em indicadores emetas, além do acompanhamento sistemático da execuçãoe dos resultados. Você não só desenvolve o pensamentoestratégico, mas também o aplica no dia a dia.(Disponível nas capitais do CE, PE, PR, RS, SC e SP).

Ligue agora e vejaa disponibilidade no seu estado

0800 570 0800www.sebraemais.com.br

Quem tem conhecimento vai pra frente | 0800 570 0800 | sebrae.com.br

de 2 anosde 9 funcionários

Se a sua empresa tem

Estas soluções são para você:

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Estratégias EmpresariaisVocê será capaz de fazer uma análise completa do seu ambiente empresarial, identificando pontos fortes e fracos, redefinindo missões e metas corporativas. Também irá elaborar e implementar um plano de ação estratégica.

Gestão da InovaçãoDescubra que inovação não é só tecnologia. É uma nova forma de pensar e gerir o negócio: fazendo diferente.

InternacionalizaçãoPrepare sua empresa para conquistar o mercado global, tornando seu produto ou serviço mais competitivo dentro e fora do País.

EmpretecUm seminário desenvolvido pela ONU que lhe motiva a promover mudanças no seu comportamento, aperfeiçoando suas habilidades de negociação e gestão, proporcionando maior segurança nas decisões e aumentando a chance de sucesso da sua empresa.

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Encontros EmpresariaisAprenda com a experiência de empresários do seu ou de outros setores. Compartilhe soluções já testadas e amplie sua rede de parceiros e de contatos.

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de 2 anosde 9 funcionários

Se a sua empresa tem

Estas soluções são para você:

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22 | HaBitat idealem meio a um mar de impostos, taxas e contribuições infindáveis e multi-incidentes, juros elevados e burocracia, parques e incubadoras de empresas são verdadeiras ilhas de segurança para o empreendedor brasileiro atracar seus negócios. Nelas, além de receber apoio administrativo e comercial, o empresário encontra tranquilidade para desenvolver seus produtos e processos até que eles estejam maduros o suficiente para singrar o mercado. conheça mais vantagens e saiba como entrar no mundo das incubadoras, pré-incubadoras e parques tecnológicos – solo sagrado do empreendedorismo.

30 | tamoiosIncubada busca se tornar referência com o desenvolvimento de tecnologias alinhadas ao beneficiamento de materiais naturais

32 | reasonGraduada encontrou na incubadora o apoio ideal para sobreviver aos obstáculos iniciais e hoje estar presente mundo afora

34 | d’gaYaFabricante de pães artesanais firmou série de parcerias que substituem o papel do ambiente de apoio e sinergia de uma incubadora

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NÃO DURMA NO PONTONão pense organização, pense comunidade. a palavra “comunidade” significa “mudança compartilhada por todos”. Inclui, portanto, investidores, fornecedores, clientes e colaboradores.

bANhO De lOjAo importante é conseguir a concentração do público necessária em torno da insta-lação e cumprir o propósito da ação que deve ser temporária, sem cair na tentação de repetir à exaustão.

eMPReeNDeDORisMOjá.cOMProcuro separar pressa versus prioridades, correria versus responsabilidade, decisão versus precipitação – interpretar os momentos em que realmente é necessário tempo para pensar.

MegAfONeNão temos em nosso perfil todas as características empresariais que o mercado atual exige. É muito importante quando os diferentes perfis se completam e somam para o sucesso da sociedade.

PeNse gRANDeo novo empreendedorismo reconhece que não existe negócio certo. reconhece um novo modelo onde convivem simultaneamente três áreas distintas. Saiba quais são.

ANálise ecONôMicAcaso realmente ocorra uma recessão americana, devemos ter um efeito cascata, gerando um efeito multiplicador que leva efeitos negativos do abismo fiscal para patamares superiores.

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l e i a m a i s

12 | entrevistaluís Felipe cotao cofundador e diretor de marketing da Goomark fala sobre a importância de estar nas redes sociais e como tirar proveito do potencial do Facebook em benefício dos negócios.

36 | Panoramarios de energiaas usinas hidrelétricas são responsáveis pela geração de mais de 75% da eletricidade do País. e é a água dos rios que pode atender o aumento da demanda, pois apenas um terço do potencial hidráulico nacional é utilizado. entre os possíveis projetos, destacam-se as pequenas centrais hidrelétricas, uma alternativa de geração local.

42 | franQuiaNegócio turbinadoa busca de bons parceiros capazes de se adaptar ao negócio com bom conhecimento na praça faz com que muitas franqueadoras façam sua expansão por meio da conversão de empresas. Saiba como isso funciona.

50 | PerfilGabriel estevam domingos, da GedInventor com veia empreendedora, Gabriel domingos coleciona prêmios de inovação e vem conquistando parceiros de negóciosantes mesmo de concluira graduação.

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a revista empreendedor é uma publicação da editora empreendedor diretor-editor: Acari Amorim [[email protected]]

diretor de comercialização e marketing: geraldo Nilson de Azevedo [[email protected]]

redação editor-executivo: Alexsandro Vanin [[email protected]] – repórteres: Ana Paula Meurer, cléia schmitz, Mônica Pupo, Raquel Rezende – edição de arte: Andrey freitas – Projeto Gráfico: Oscar Rivas – Fotografia: Arquivo empreendedor, carlos Pereira e shutterstock – Foto da capa: shutterstock – revisão: lu coelho

Sede

Florianópolis coordenador: Paulo henrique Martins [[email protected]] – executiva de contas: joana Amorim [[email protected]] – rua Padre lou-renço rodrigues de andrade, 496 – Santo antônio de lisboa – 88050-400 – Florianópolis – Sc – Fone: (48) 3371-8666

central de comunicação – rua anita Garibaldi, nº 79 – sala 601 – centro – Florianópolis – Sc – Fone (48) 3216-0600 [[email protected]]

escritórios regionais

rio de Janeiro triunvirato empresarial – Milla de souza [[email protected]] – caixa Postal nº 105.051 – 24230-970 – Niterói – rJ – Fones: (21) 2611-7996 / 9607-7910

brasília Ulysses comunicação ltda. [[email protected]] – Fones: (61) 3367-0180/9975-6660 – condomí-nio ville de montagne, q.01 – cS 81 – lago Sul – 71680-357 – brasília – distrito Federal

Paraná merconeti representação de veículos de comunicação ltda – Ricardo Takiguti [[email protected]] – rua dep. atílio almeida barbosa, 76 – conjunto 3 – boa vista – 82560-460 – curitiba – Pr – Fone: (41) 3079-4666

rio Grande do Sul Nenê Zimmermann [[email protected]] – Floresta – 90440-051 – Porto alegre – rS – Fone: (51) 3327-3700

Pernambuco Hm consultoria em varejo ltda – hamilton Marcondes [[email protected]] – rua ribeiro de brito, 1111 – conjunto 605 – boa viagem – 51021-310 – recife – Pe – Fone: (81) 3327-3384

minas Gerais SbF representações – sérgio bernardes de faria [[email protected]] – av. Getúlio var-gas, 1300 – 17º andar – conjunto 1704 – 30112-021 – belo Horizonte – mG – Fones: (31) 2125-2900 / 2125-2927

departamento Financeiro Gerente: claudia c. c. do Prado [[email protected]] – Fone: (48) 3371-8666

assinaturas Serviço de atendimento ao assinante – [[email protected]] – o valor da assinatura anual (12 edições mensais) é de r$ 118,80 à vista. renovação de assinatura r$ 112,86 à vista.

Produção Gráfica Impressão e acabamento: Coan Gráfica editora cTP – distribuição: Dinap – Distribuidora Na-cional de Publicações

empreendedor.com http://www.empreendedor.com.br editora: carla Kempinski

Em meio a um mar de impostos, taxas e con-tribuições infindáveis e multi-incidentes, juros elevados e burocracia,

as incubadoras de empresas são verdadeiras ilhas de segurança para o empreendedor brasilei-ro atracar seus negócios. Nelas, além de receber apoio adminis-trativo e comercial, o empresá-rio encontra tranquilidade para desenvolver seus produtos e processos até que eles estejam maduros o suficiente para sin-grar o mercado.

É justamente esse ambiente sinérgico que abriga a elite do empreendedorismo inovador do brasil. Um levantamento realizado pela Anprotec, em parceria com o Ministé-rio da ciência, Tecnologia e inovação, apontou que 98% das empresas incubadas inovam. são 2.640 empresas em processo de incubação em 384 incubadoras no brasil, gerando 16.394 postos de trabalho. A pesqui-sa revelou, também, que as incubadoras já graduaram 2.509 empreendi-mentos, que juntas faturam R$ 4,1 bilhões e empregam 29.205 pessoas. Além disso, somente 20% das empresas que passaram por um período de incubação faliram, um número bem inferior à taxa de mortalidade re-gistrada por micro e pequenas empresas em geral, conforme resultados de estudos divulgados pelo sebrae – 30% nos primeiros dois anos.

As primeiras incubadoras surgiram no brasil na metade dos anos 1980. Ao longo dos anos, o cenário econômico se alterou muito, mas as incubadoras se adaptaram às necessidades das empresas e continuam sendo tão importantes quanto antes. Mais do que infraestrutura física e apoio gerencial, as incubadoras propiciam o contato direto com ou-tros empreendedores, a formação empresarial e o apoio na captação de recursos para investimentos na empresa, seja por meio de linhas de fomento ou de fundos de investimento.

Mas estar presente em uma incubadora não é sinônimo de sucesso se o empreendedor não fizer seu dever de casa. Além de aproveitar ao máximo as facilidades oferecidas por essas instituições, ele deve investir em pesquisa – independente de sua área de atuação – e fortalecer a rede de relacionamento com outros empresários incubados, profissio-nais e instituições que contribuam para o processo de inovação.

incubadoras, pré-incubadoras e parques tecnológicos formam um sistema que deveria estar presente em todas as cidades do País, com recursos assegurados para as empresas abrigadas. Ampliar e fortalecer essas entidades e os empreendimentos gerados nelas são uma rota se-gura para aumentar a competitividade nacional e colocar o brasil na rota do crescimento sustentável. claro, é preciso melhorar a qualidade do ensino, especialmente do básico, e intensificar o estímulo ao empre-endedorismo nas escolas e faculdades, além de continuar a fomentar a formalização e abertura de empresas. Mas continuaremos perdendo competitividade se não diminuirmos o “custo brasil”.

alexsandro vanin

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EF 0006-12 PACTO POR SC ANUNCIO PAG REVISTA 21x28cm - CURVAS.pdf 1 19/12/12 17:23

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ProvoCaçÕes Para o novo ano

n ã o d u r m a n o P o n t o

Não pense organização, pense comunidade. a palavra “comunidade” significa “mudança compartilhada por todos”. Inclui, portanto, investidores, fornecedores, clientes e colaboradores

dizem os neurologistas que a maior par-te do que pensamos é mera repetição do dia anterior, da semana anterior, do mês anterior, do ano anterior... Se for isso mesmo, nada mais fazemos do que nos repetir, indefinidamente. com o intuito de alterar, nem que seja um pouco, essa tese fatídica, vamos a algumas provocações.

Sobre a riquezaNegócios, empreendimentos e em-

presas existem para gerar riquezas. Nem todos conseguem. Alguns sucumbem an-tes do tempo e desistem da empreitada. Outros persistem, mas seguem camba-leantes. há quem conquiste riquezas à custa da saúde física, mental e espiritu-al. longe, portanto, da plenitude. e há quem conte histórias e deixe pegadas. esses constroem a verdadeira riqueza.

O objetivo de todos é o mesmo, mas tanto o resultado como o processo são diferentes em cada caso. Podemos elencar uma série de razões e culpar as condições externas, quando o que se consegue é pífio, mas existe algo irrefu-tável: o mundo externo é e sempre será uma projeção do mundo interno. Para conquistar riqueza nos negócios, antes devemos averiguar o significado que tem essa palavra em nosso interior.

Sobre o significadoPalavras têm poder! Não as palavras em si, ou seja, en-

quanto junção fonética de vogais e con-soantes, mas o que elas significam a par-tir das imagens geradas em nossa mente. essas imagens compõem a percepção que temos de um conjunto de letras, algo, portanto, que delineia nossa estru-tura de pensamento ou modelo mental.

A partir daí decidimos e agimos. e a ri-queza gerada é o resultado da estrutura mental que inclui significado, percepção e ação.

Por isso, se desejamos mudar a qua-lidade da riqueza que produzimos, de-vemos antes mudar o significado que essa palavra tem para nós e para aqueles que colaboram conosco nessa busca. Tal exercício poderá fazer uma grande dife-rença na construção de futuras riquezas a partir de uma visão sistêmica.

Sobre visão sistêmicaO significado nunca está nas partes,

sempre no todo. fatiar uma empresa como uma pizza – feita de finanças, mar-keting, produção, logística, recursos humanos, etc. – é fazer com que as par-tes prevaleçam sobre o todo. O máximo que se consegue com isso é aumentar ainda mais a fragmentação por meio de departamentos, cargos e funções. É como tratar o corpo humano como se seus sistemas digestivo, respiratório ou circulatório fossem separados, es-tanques. O mesmo raciocínio vale para fragmentar o ser humano entre o corpo-ral, o mental e o espiritual.

Uma empresa também é constitu-ída de corpo, mente e alma, com um único propósito e o mesmo conjunto de valores.

Sobre os valores há valores decorrentes do mundo

exterior e que servem, a priori, a todas as empresas: competitividade, agilidade, objetividade, lucratividade, retorno aos acionistas, etc. Tais valores organizacio-nais não constroem uma identidade de empresa, nem possuem força de mudan-

ça ou alavancam resultados.Os valores que verdadeiramente fa-

zem a diferença positiva são aqueles que vêm de dentro das pessoas e represen-tam suas melhores virtudes, tais como a verdade, o respeito, a dignidade, a bon-dade. há quem não consiga ver esses valores reverberando no mundo árido das organizações. Mas não pense organi-zação, pense comunidade.

Sobre comunidadeA organização tradicional tem cerca

de 100 anos e a comunidade no sen-tido histórico existe desde que o ser humano se tornou gregário. são as comunidades, então, que atravessam os séculos e muito por conta dos valo-res virtuosos que as governam, muito distintos dos organizacionais, pasteuri-zados, comuns a todos os empreendi-mentos.

A palavra “comunidade” significa “mudança compartilhada por todos”. inclui, portanto, investidores, forne-cedores, clientes e colaboradores. Um líder de organização atua de modo di-ferente de um líder de comunidade.

Sobre liderançaO principal desafio do líder é tra-

zer a realidade para a empresa. isso porque agimos e reagimos a partir das nossas imagens da realidade, não da realidade. Nossos desacertos decorrem mais das deformações das imagens que fazemos da realidade do que de todo o resto. Por isso, o líder é, antes de tudo, um gestor de percepções.

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por roberto adami tranjaneducador da cempre

conhecimento & educação empresarial(11) 3873-1953/www.cempre.net

[email protected]

Sobre percepçõesexistem miragens e existem imagens.

são coisas distintas, não sinônimos. Olhe ao seu redor e verifique as miragens ma-terializadas nos controles e seus mecanis-mos, nas formas de poder e de comando. A origem dessas distorções está nas cren-ças, aquelas “verdades” absolutas que influenciam decisões e ações. Em geral, miragens decorrem dos preconceitos, dos pressupostos, das desconfianças.

imagens, por sua vez, são exercícios de criatividade. A imaginação é um ato de fé, a capacidade de apostar no que ainda não existe.

Sobre a imaginaçãoimaginação tem a ver com imagens

e imagens não são aquilo que vemos, mas sim o que percebemos. existe aí uma sutil diferença e esta diferença está na fé. Pois as coisas estão no mun-do, mas nem todos enxergam.

Modificar nossa imagem de mundo é muito útil. considerar o mundo como um lugar próspero e trabalhar para for-

talecer essa imagem de modo que ela se torne

uma realidade é um dos grandes ganhos do exer-

cício de imaginação e criati-vidade.O que nos impede de imaginar é o

medo. Quanto mais vivemos sob uma ameaça constante, seja física, emocio-nal ou psicológica, mais a imaginação se paralisa.

Sobre o medoÉ o medo que nos faz reduzir a rique-

za a algo meramente relacionado à di-mensão econômica. “Afinal, precisamos sobreviver”, ele justificaria. É o medo que nos impede de buscar um signifi-cado maior àquilo que fazemos. “Afinal, não temos tempo a perder com questões filosóficas”, ele diria com objetividade. É o medo que gera a fragmentação da em-presa. “Afinal, é ameaçador alguém com a visão do todo”, ele desconfiaria. É o medo que prefere o pragmatismo dos valores organizacionais à força moral e espiritual dos valores virtuosos. “Afinal, isso aqui é negócio, não religião”, ele di-ria, contrariado. É o medo que prefere a ditadura das organizações à democracia das comunidades. “Afinal, aqui não é a casa da Mãe joana”, ele diria, certo de

estar certo. É o medo que prefere um chefe que dita as regras a um líder que ajusta percepções. “Afinal, são as regras que asseguram o controle, não um con-junto de percepções duvidosas”, ele di-ria, com argumentação lógica. É o medo que produz as miragens que deturpam a realidade. “Afinal, esse é o meu papel”, ele diria, com o seu sorriso maroto.

Sobre o amorsomente o amor é capaz de vencer

o medo. Para isso, devemos transformar nossas empresas e negócios em projetos em que o amor esteja no comando. im-plica trocar o eu pelo nós e considerar a coletividade; a parte pelo todo, e pensar em uma empresa como um organismo vivo; as miragens pelas imagens, e colo-car em cheque os velhos preconceitos; a crença pela fé, e deixar que a vida faça a sua parte; a sobrevivência pela pros-peridade, pois é uma evolução natural; a escassez pela abundância, pois essa é a realidade; a mera riqueza pela riqueza plena, pois para isso existem os negócios e empresas.

Parece complicado? Pois, acredite, é mais simples do que se deixar levar pelas miragens. e é o único caminho que re-almente abre perspectivas. embora não seja fácil, em frente!

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Caialuís Felipe cota

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Mas, para tirar proveito do potencial do Facebook em benefício dos negócios, é preciso muito mais do que simplesmente criaruma página no site

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na redepor mônica Pupo

[email protected]

Não importa o porte ou segmento da sua empresa, hoje em dia é impossível ficar alheio às redes sociais, sobretudo o cada vez mais onipresente Facebook. Para se ter uma ideia da dimensão do império criado por mark Zuckerberg, basta lembrar que o site recentemente ultrapassou a marca de 1 bilhão de usuários em todo o mundo. destes, aproximadamente 60 milhões estão no brasil, o que nos coloca em segundo lugar no ranking de países que mais acessam a rede, atrás apenas dos estados unidos. com tanto público à disposi-ção, o Facebook não só alterou a forma como as pessoas se relacionam, mas também se transformou numa poderosa ferramenta publicitária, muito mais democrática e acessível do que os meios de comunicação tradicionais, como jornais, revistas e televisão.

mas, para tirar proveito desse potencial em benefício dos negócios, é preciso muito mais do que sim-plesmente criar uma página no site. “qualquer estratégia de rede social deve estar alinhada à cultura e visão da empresa, mas não deve focar somente no lado comercial e, sim, priorizar conteúdos relacionados a infor-mação, serviços e entretenimento”, aponta luís Felipe cota, cofundador e diretor de marketing da Goomark, companhia especializada em marketing digital para pequenas e médias empresas. com sede em São Paulo, a agência possui 150 clientes em sua carteira, incluindo marcas como Polishop, lexmark e artwalk.

Na entrevista a seguir, cota fala sobre a importância do marketing digital para as mPes, explicando o que fazer – e, principalmente, o que não fazer – ao administrar um perfil corporativo. ele ensina também a lidar com possíveis comentários negativos que possam surgir e a monitorar as publicações, além de apre-sentar os segredos para conquistar seguidores e lucrar com as redes sociais.

Por que os micro e pequenos empresários devem investir em redes sociais?

Luís Felipe Cota – Além de serem ambientes ideais para se relacionar com clientes, parceiros e fornecedores, as redes sociais também permitem conhecer e mo-nitorar os gostos, necessidades e desejos desses diferentes públicos. sites como fa-cebook e Twitter são fundamentais para tra-balhar conceitos de marketing e branding, pois ajudam a criar uma base de clientes muito sólida e interessada na marca. espe-cialmente para as MPes, trata-se ainda de uma excelente forma de divulgar produtos e serviços a um custo muito baixo, princi-palmente se comparado aos altos preços de publicidade na mídia convencional, como

televisão, rádio e veículos impressos. com as redes sociais é possível aproximar-se do público-alvo, conquistar novos mercados e trabalhar a consciência de marca de forma barata e extremamente eficaz nos dias de hoje, onde estamos todos cada vez mais conectados à internet.

quais tipos de empresa não podem mais ficar de fora das redes sociais?

Cota – Atuar nas redes sociais deve fazer parte das prioridades de todas as em-presas de varejo e serviços, sobretudo aque-las direcionadas aos públicos feminino e jo-vem e ligadas aos ramos de turismo, moda, entretenimento e comunicação, entre outros. Por outro lado, para alguns nichos

de negócio – como, por exemplo, setores muito segmentados da indústria – podem ocorrer dificuldades em atuar nestes canais simplesmente porque o consumidor nem sempre reconhece ou está familiarizado com as marcas.

de que modo as redes sociais estão modificando a relação entre consumidores e empresas?

Cota – As redes sociais podem tan-to servir como uma bomba-relógio para as marcas ou então se transformar numa ferramenta muito eficiente para aumentar a clientela, conquistar novos mercados e aprimorar produtos e serviços. É preciso entender que o modelo de comunicação tradicional mudou. Agora os consumido-res têm nas mãos uma arma poderosa para reclamar e opinar a qualquer tempo, com grande alcance e poder de repercussão. graças ao poder de “viralização” das redes sociais, qualquer reclamação, se não for atendida a tempo, pode ameaçar seriamen-te a imagem da empresa. Portanto, não exis-te mais a possibilidade de ignorar o cliente e sair ileso. se a companhia não estiver pre-sente nos sites de relacionamento pode ser ainda pior, pois não há nem a chance de se defender. De modo geral, as redes sociais separaram as empresas que não priorizam o atendimento ao cliente daquelas que o fazem, melhorando cada vez mais esse re-lacionamento. A longo prazo, isso também significa o aprimoramento dos produtos e serviços, pois é possível coletar dados e informações que possibilitam detectar os desejos da clientela.

como lidar com comentários negativos?Cota – Vale lembrar que os clientes

geralmente não são extremistas e toleram uma ou outra falha das empresas. O que eles não toleram é não ter uma resposta e um direcionamento. em 90% dos casos, antes de partir para uma reclamação públi-ca na rede social, eles já tentaram contato por telefone ou e-mail. sendo assim, cabe à empresa ser ágil no atendimento para evitar que esses comentários públicos ga-nhem repercussão. Para lidar com isso, a saída está no planejamento. costumamos elaborar um documento com perguntas e respostas adaptado à realidade de cada empresa. Ali estão previstas as principais questões que podem surgir ao longo do tra-

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balho nas redes sociais, com as respectivas atitudes e prazos para resolver cada proble-ma. É muito importante designar também qual setor ou profissional será responsável por atender às reclamações. É fundamental respeitar os prazos e passar informações transparentes e honestas para o cliente. Se por acaso surgir algum conflito que não seja possível solucionar como previsto, su-gerimos que a empresa assuma o prejuízo e faça o que for preciso para satisfazer o consumidor, assumindo os possíveis ônus dessa transação como se fosse uma verba de marketing – afinal, se o cliente for bem atendido e ficar satisfeito, a chance de re-compra é quase certeira.

qual a melhor forma de monitorar as publicações relacionadas à empresa?

Cota – O monitoramento depende do volume de publicações que a companhia tem na internet. No caso de micro e peque-nas empresas, muitas vezes a saída é fazer isso de forma manual através do google, simplesmente jogando o nome da empresa na ferramenta de busca. há também aplica-tivos gratuitos como o google Alerts, que permite cadastrar o nome da empresa, e toda vez que surgir uma menção a ele, você receberá um aviso com o link da publicação.

Mas caso a companhia passe a registrar mais de 100 citações por mês, fica difícil fazer essa varredura manual. então vale a pena investir em algum software específico para o monitoramento e análise de redes sociais, como, por exemplo, o scup, que utilizamos na agência e pode ser adquirido a partir de R$ 500, em média.

o gerenciamento das mídias sociais deve ser realizado exclusivamente por um profissional da área de comunicação? ou é possível “treinar” alguém dentro da própria empresa para desem-penhar esta função?

Cota – Para ser realmente bem-feito, o trabalho nas redes sociais requer mais de um profissional. Por exemplo, a geração de conteúdo deveria ser única e exclusivamen-te feita por jornalistas, já que estes profissio-nais são os mais capacitados a produzir con-teúdos bem escritos e de relevância. Além disso, pode haver também a necessidade de um designer. Mas, considerando-se as MPes, isso pode ser uma realidade distante. se não puder contratar estes especialistas ou uma agência do ramo, a saída é treinar alguém da empresa para desempenhar a função, desde que seja uma pessoa alinhada à cultura da empresa e o mais capacitada possível para desempenhar a função. só não vale escalar um estagiário ou aquele seu sobrinho que não sai do facebook para assumir o cargo, pois é garantia de tiro no pé.

quais os cuidados que as mPes devem ter nas mídias sociais?

Cota – É importante seguir o conceito da marca, tanto no design como no conteú-do, alinhando os posts à cultura corporativa. Mas o mais importante é observar a função das redes sociais, que é a de promover o

relacionamento entre pessoas de maneira que não seja comercial. A ideia é ofere-

cer informações, serviços ou entrete-nimento. A partir do momento que

ingressa numa rede social, a empresa deve assumir essa postura, evitando publicações meramente promocionais e priorizando aquelas que realmente sejam relevantes para o público-alvo.

Promoções e sorteios ainda são a melhor forma de atrair seguidores para as contas do Facebook e twitter? ou essa estratégia está ultrapassada?

Cota – conteúdo relevante é a melhor forma de tornar os perfis corporativos atra-tivos. fazer promoções sem critério agrega pouco à marca e costuma gerar pouca inte-ração. há três momentos em que devemos lançar uma promoção ou concurso cultural. O primeiro deles é no início do trabalho em rede social, quando precisamos criar uma motivação para que o público conheça a empresa e seus produtos/serviços. Depois, quando já possuímos uma base de clien-tes estabelecida – acima de 20 mil fãs, por exemplo –, é possível lançar promoções com o objetivo de aumentar as vendas. e, por último, durante datas sazonais.

Se bem administradas, as contas do twitter e Facebook podem substituir um site corporativo? ou o website continua sendo fundamental para as empresas?

Cota – Tudo indica que a internet ca-minha nessa direção. Algumas agências e empresas, inclusive, já aboliram os sites tra-dicionais e usam exclusivamente a fanpage do facebook como canal de divulgação na web. No entanto, acho que para fazer ne-gócio esse modelo ainda não é o mais indi-cado, pelo menos por enquanto. Mas creio que em breve veremos essa transformação, até porque o facebook está se preparando para isso – o objetivo deles é que aquela barra onde hoje você procura seus amigos transforme-se em uma grande ferramenta de busca, o que pode ameaçar seriamente o google, pois a frequência com que as pesso-as utilizam a rede social é muito grande.

caso a companhia passe a registrar mais de 100 citações por mês, vale a pena investir em algum software específicopara o monitoramento eanálise de redes sociais

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luis meyer Just Fly aeronáutica

nas alturasAviões sempre exerceram uma fascinação no engenhei-

ro mecânico luis Meyer. filho de piloto, desde criança ele tinha acesso e contato fácil com o mundo das aeronaves. Tanto que logo cedo decidiu seguir carreira nesta área e, aos 32 anos, comprou seu primeiro avião. foi na busca por um modelo que aliasse desempenho, segurança, tecnologia e economia que ele se deparou com uma oportunidade de negócio: ser distribuidor de aeronaves no brasil.

Tudo começou em 2011, quando Meyer viajou à Alema-nha e descobriu a aeronave cTls, produzida pela empresa alemã flight Design, líder mundial de vendas na categoria Aeronave leve esportiva (lsA). O empresário se identificou

com a novidade e vislumbrou o cTls como a alternativa ide-al para pilotos que desejam ter uma aeronave para uso parti-cular, seja para lazer ou locomoção, unindo o que há de mais moderno com um baixo custo operacional.

Além de adquirir um avião cTls para uso próprio, tor-nou-se o distribuidor exclusivo da marca no brasil e criou a empresa just fly Aeronáutica. segundo o empresário, a aeronave cTls se tornou referência nos setores de luxo e agribusiness no brasil. confeccionada em fibra de carbono e kevlar, ela oferece um paraquedas balístico bRs standard de fábrica.www.justflyaero.com.br

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Gilmar edson Nogueira repor brasil

gôndolasCHeiasNa década de 1980, gilmar edson No-

gueira era dono de uma empacotadora e repositora de sacos para lixo que ia de mal a pior devido à instabilidade econômica do País. Deu a volta por cima ao perceber que podia fazer muito mais do que fazia. em 1987, ele fundou com o colega Moa-cir Alegria a Repor brasil, especializada na organização dos produtos em gôndolas e estoques de estabelecimentos varejistas. Aos 15 anos de idade, a empresa tem 1,3 mil colaboradores e atuação nacional, com sede em cuiabá e escritórios regionais em são Paulo, bahia e campo grande. entre os clientes, grandes marcas como Quero, Nita Alimentos, camil, Ambev, Tampico, Panaso-nic, copacol, Mika, bel chocolates, Palmali e Vitalmar.

A reviravolta começou num dia em que Moacir Alegria, que na época exercia a fun-ção de comprador em supermercado em cuiabá, lhe pediu para abastecer mais seis itens de produtos de um fornecedor dele, a bayer. “Topei logo de cara e, dias depois, os compradores começaram a me indicar mais empresas para negociarmos e assim começou a Repor, com apenas os dois pro-motores e eu”, lembra Nogueira. “Até que um dia o pessoal do supermercado ligou dizendo que precisava que eu apresentasse o serviço de reposição de mercadorias a um fornecedor, que para a minha surpresa era a havaianas. fechamos negócio.”O detalhe é que a empacotadora não era formalizada. A Repor foi aberta com urgên-cia para não perder o contrato com a ha-vaianas. Moacir Alegria ajudou tanto nesse processo que acabou virando sócio, mas dois anos depois faleceu. “ele me dizia: ‘gil-mar, nada de interior, vamos partir para as capitais e grandes cidades do brasil’”, lem-bra Nogueira, que seguiu à risca os conse-lhos do sócio. hoje, a Repor atende 24 es-tados da federação com promotores, carga, descarga, demonstradoras e inventário.www.reporbrasil.com.br

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lojas de decoração não são uma novidade na internet. Mas as sócias da recém-lançada coloricos decidiram apostar numa nova concepção de e-commerce no segmento, com foco em exclusividade. conhecedoras de ten-dências internacionais e também re-gionais, as fundadoras Monica Ribeiro e Renata Tavora, especialistas em ope-rações de importação e exportação; erika costa, estilista com forte experi-ência em criação de produtos; juliana Kawada, especialista em comércio ex-terior; e luciene giorgio, economista também com especialidade em comér-cio exterior, dedicaram os últimos dez meses na curadoria de objetos para despertar o desejo de consumidores mais exigentes.

A escolha dos produtos se deve à intensa pesquisa de mercado, seleção de fornecedores e acompanhamen-to de feiras direcionadas. As coleções serão renovadas duas vezes por ano para garantir a proposta de exclusivi-dade nas peças e também por ofertas de produtos em quantidades limitadas. “Para lançar a coloricos no mercado brasileiro trabalhamos o conceito do contemporâneo até mesmo no desen-volvimento da marca que dá nome ao portal, com o modelo crowdsourcing”, explica Renata, que com aprovação de todas as sócias acatou a sugestão de um designer alemão na criação do logo e da identidade da marca.

segundo ela, esse foi um trabalho paralelo ao de curadoria dos produtos, o que reforça o conceito da marca. “Nós cinco sempre fomos muito aten-tas em decoração e nos movimentos do mercado e isso reflete desde a concep-ção da coloricos. Almejamos tornar a marca em um e-commerce referência em produtos de decoração modernos, descontraídos e diferenciados com atendimento de primeira qualidade”, ressalta Monica Ribeiro.www.coloricos.com

monica ribeiro, renata tavora, erika costa, Juliana Kawada e luciene Giorgio coloricos

deCoração exClusiva

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estar numa cidade com boas opções de restaurantes não garan-te que você encontre o lugar ideal para entrar e sair satisfeito. Mui-tas vezes falta aquele amigo aficionado em gastronomia com uma dica saborosa na ponta da língua. e se, nessas horas, você pudesse contar com milhares de amigos prontos a ajudar? foi com esta ideia que quatro jovens empreendedores de são Paulo criaram o Donde Voy, site colaborativo em que frequentadores de restaurantes aju-dam uns aos outros a saciar a fome com prazer.

Os administradores Pedro cavalcanti, 25, Vinícius Moreira, 23, o estudante de administração Pedro de cicco, 23, e o fotógrafo, músico e designer Renan Alves, 23, investiram R$ 100 mil na plata-forma, que estreou a versão beta em 1º de junho de 2012. com 3

mil restaurantes já cadastrados nas cidades de são Paulo e Rio de janeiro, o serviço acaba de entrar em belo horizonte. Os planos são de ampliar a cobertura para o Nordeste em 2013, com expectativa de alcançar até julho a marca de 683 mil visitas únicas ao site.

A inovação apresentada pela startup é trazer a lógica colabo-rativa da wikipedia e dos rankings dos motores de busca para um guia de restaurantes. O usuário pode avaliar e buscar os estabeleci-mentos por região e tipo de culinária. “A ideia é criar um ambiente colaborativo e confiável, pelo qual o próprio cliente, não um crítico, avalie um serviço gastronômico e busque restaurantes de acordo com seu gosto pessoal”, explica Pedro cavalcanti.www.dondevoy.com.br

O paulista Walmir scaravelli, 49 anos, era um estudante de ma-temática cheio de planos quando fundou a Mega sistemas corpora-tivos, na cidade de itu, no interior de são Paulo, com o amigo Paulo bittencourt. era 1985, uma época em que o setor de tecnologia da informação ainda engatinhava no brasil. Vinte e sete anos se passa-ram, mas scaravelli continua com o mesmo espírito empreendedor daqueles tempos.

Nem dá para ser diferente. como diretor comercial da Mega, ele está na linha de frente de uma empresa que tem cerca de 700 funcionários, mais de 2 mil clientes e 50 mil usuários de suas solu-

ções em todo o brasil. A Mega sistemas oferece soluções de gestão empresarial para os mercados de construção, logística, combustí-veis, Manufatura, Agrobusiness e serviços. O faturamento supera a casa dos R$ 50 milhões.

Para scaravelli, a empresa foi sua maior escola. Mesmo assim, o empresário nunca deixou de buscar conhecimento formal. Depois de largar a faculdade de Matemática na Universidade estadual de campinas (Unicamp) para fundar a Mega, ele retomou os estudos em 1993 e há dois anos concluiu um curso na Westminster college, em Utah, nos estados Unidos. www.mega.com.br

Pedro cavalcanti, vinicius moreira, renan alves e Pedro de cicco donde voy

o Que voCê sugere?

Walmir Scaravelli mega Sistemas corporativos

emPreendedor desBravador

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isabel Muxfeldt trabalhava no segmento da construção ci-vil quando decidiu mudar radicalmente sua trajetória profis-sional. em 2003, com a amiga artesã Verhuska Pereira, montou a joias do Pantanal. A empresa vem se destacando nacional-mente por transformar em joias o chifre de boi, até então usa-do apenas para fazer berrantes, instrumentos utilizados pelos boiadeiros para comandar o gado. Muito comum na região de campo grande, onde a empresa está instalada, o material é la-pidado sem nenhum processo químico. Artesãos locais foram recrutados para cortar as peças desenhadas por Verhuska.

Mas as coleções da marca não chamam atenção apenas pela sustentabilidade. segundo isabel, muitos clientes – in-clusive de outros países – chegaram à marca procurando por biojoias no google, mas se encantam pelo design das peças. “É claro que ser sustentável pesa bastante. Mas depois que

descobrem nossa coleção, esses clientes ficam encantados com os tons do chifre bovino. cada peça é única. Não adianta ser sustentável se o produto não tiver beleza”, afirma isabel. A meta da empreendedora é desenvolver coleções exclusivas para marcas que também tenham a sustentabilidade como princípio. “Temos certeza que temos potencial para alcançar voos ainda maiores.”

em quase dez anos de história, a empresa foi destaque em prêmios importantes: terceiro lugar do Prêmio sebrae Mu-lher de Negócios, em 2007; finalista do empretec Women in business Award (Prêmio para Mulheres de Negócios do em-pretec), organizado pela conferência das Nações Unidas para o comércio e o Desenvolvimento (Unctad), em 2010. As cole-ções joias do Pantanal são vendidas na loja virtual da marca. www.joiasdopantanal.com.br

Isabel muxfeldt e verhuska Pereira Joias do Pantanal

arte sustentável

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por raquel [email protected]

A vida real para o empreendedor bra-sileiro não é nada fácil. Para abrir as portas de qualquer negócio, o microempresário se vê em um emaranhado de impostos, taxas, contribuições, juros elevados e burocracia. sem falar no desconhecimento de muitos aspirantes a empresários diante das práticas de gestão, entre elas o dia a dia das áreas financeira, contábil e de marketing. Diante desse cenário desanimador, o ambiente de uma incubadora se mostra muito mais tran-quilo e seguro para quem está começando a dar seus primeiros passos empresariais.

geralmente, as empresas apoiadas por programas de incubação apresentam ta-xas de sobrevivência mais altas. De acordo com pesquisas realizadas, há alguns anos, pela Associação Nacional de entidades Pro-motoras de empreendimentos inovadores (Anprotec), somente 20% das empresas que passaram por um período de incubação fali-ram, um número bem inferior à taxa de mor-talidade registrada por micro e pequenas empresas em geral, conforme resultados de estudos divulgados pelo sebrae – 30% nos primeiros dois anos

hoje existem 384 incubadoras atuando no brasil. essas instituições apoiam 2.640 empresas em processo de incubação e geram 16.394 postos de trabalho, conforme dados apurados em um estudo sobre incubadoras, lançado no ano passado, pela Anprotec, em parceria com o Ministério da ciência, Tecno-logia e inovação (McTi). A pesquisa revelou, também, que as incubadoras já graduaram 2.509 empreendimentos, que faturam R$ 4,1 bilhões e empregam 29.205 pessoas. “esses números mostram o impacto que as incubadoras exercem na economia. Outra informação importante, revelada por este estudo, que também é um indicador de como as incubadoras têm impacto no desen-volvimento, é o fato de que 98% das empre-sas incubadas inovam. Isso significa que os empreendimentos incubados estão gerando inovações e possibilitando que a economia do País se torne cada vez mais competitiva”, avalia francilene Procópio garcia, presiden-te da Anprotec.

francilene observa que, no brasil, em quase meio século de operação, é visível a melhoria da competitividade nos territórios

as incubadoras são ambientes perfeitos para começar negócios inovadores, porém sem a veia empreendedora inerente ao empresário não é possível avançar

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que se movimentam com a parceria de in-cubadoras de empresas, aceleradoras de negócios, parques ou polos científicos e tecnológicos. ela destaca ainda que o em-preendedorismo inovador é reconhecido como um importante instrumento para o desenvolvimento sustentável do País. “Os mecanismos de apoio à inovação contri-buem de forma relevante para consolidar a formação de uma forte e competitiva indús-tria baseada no conhecimento, bem como criar condições mais favoráveis à agregação de tecnologia e inovação ao setor industrial, agrícola e de serviços já estabelecidos no brasil”, comenta.

“As incubadoras são uma janela por onde empreendedores, inventores e estudiosos conseguem colocar suas ideias e projetos em prática.” O conceito explicitado por ga-

briel sant’Ana Palma santos, coordenador da incubadora Midi Tecnológico, localizada em Florianópolis, define bem o papel dessas entidades no incentivo aos negócios ino-vadores. “Não é necessário ter cNPj. se o empreendedor tem uma ideia, ele, simples-mente, pode preencher o plano de negócios disponível no site do Midi e passar pela ban-ca selecionadora para saber qual potencial tem a sua ideia. Ao ser selecionado, além de networking, ele terá acesso a consultorias nas áreas de recursos humanos, marketing, financeira e jurídica”, afirma. Outra vanta-gem de submeter a proposta do negócio ao crivo de uma incubadora, segundo santos, é que a banca vai avaliar as projeções econô-micas e o potencial inovador da atividade. “Os empreendedores serão questionados, eles passam por uma banca oral e diferentes questões serão levantadas. somente passar pelo processo seletivo já vai ajudar na iden-tificação de problemas e na colocação mais adequada da empresa ao mercado”, explica.

se a proposta de negócio for aprovada pela banca selecionadora da incubadora, o empreendimento começa a ser criado e, nessa trajetória, recebe orientações de con-sultores que ficam à disposição da empresa. A possibilidade de participação em cursos, eventos e palestras também é maior. com todo esse apoio, a facilidade de contatos com investidores nacionais e internacionais e o acesso ao mercado também são facilitados. “Para que a travessia dos principais pontos críticos enfrentados por uma empresa seja mais fácil, barata e com muito mais sucesso, as incubadoras são a solução. grandes em-presas de santa catarina e do brasil começa-ram em incubadoras”, diz o coordenador do Midi. ele comenta ainda que a maior parte dos empreendedores sai da universidade com uma ideia ou projeto e eles são bons na área tecnológica, mas falta saber de gestão. “É difícil a transformação de técnico para empresário”, avalia.

A incubadora Midi Tecnológico, que é mantida pelo sebrae de santa catarina e gerenciada pela Associação catarinense de empresas de Tecnologia (Acate), foi criada em agosto de 1998. Desde então já graduou 66 empresas. Atualmente, tem 12 empresas incubadas na modalidade de residente e 11 empresas incubadas virtualmente. A incuba-dora tem capacidade para abrigar, via proces-so seletivo público e periódico, 15 empresas

“os mecanismos de apoio à inovação contribuem de forma relevante para consolidar a formação de uma forte e competitiva indústria baseada no conhecimento”, diz Francilene, da anprotec

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incubadas na modalidade de residentes, que, depois de passarem pelo processo de incubação, em média de dois a quatro anos, são denominadas empresas graduadas. O Midi oferece ainda uma modalidade para incubação virtual, pela qual os empreendi-mentos não ficam instalados fisicamente na incubadora, mas recebem consultorias e têm acesso aos benefícios oferecidos. O Midi Tecnológico foi eleito em 2008 e 2012, na categoria de “Desenvolvimento local e setorial”, a melhor incubadora de base tec-nológica do brasil pelo Prêmio Nacional de empreendedorismo inovador, promovido pela Anprotec.

Reconhecida e premiada, a incubadora Midi prepara “suas filhas” para o sucesso. Uma delas é a empresa Arvus, que conquis-tou o segundo lugar na categoria “Melhor empresa graduada”, do Prêmio Nacional de empreendedorismo inovador 2011. A em-presa é especializada no desenvolvimento de tecnologias para agricultura e silvicultura de precisão. com sede em florianópolis, foi fundada em 2004 e atua nas principais fronteiras agrícolas do brasil. O diretor da Arvus, gustavo Raposo, diz que o processo de incubação no Midi fez a Arvus buscar de forma mais rápida o seu espaço no mercado. “O Midi tem regras bem definidas e o fato de ter uma data limite para sair da incubadora auxiliou na aceleração do crescimento da empresa”, afirma.

Para Raposo, as incubadoras ajudam a olhar o negócio como um todo, fornecendo um panorama administrativo e comercial im-portante. Outra faceta que envolve o mundo das incubadoras, citada por Raposo, é o fato de a empresa ter mais visibilidade e credibili-dade diante de possíveis investidores. “Além da incubadora te apoiar financeiramente e oferecer consultoria subsidiada, estar incu-bado te permite um acesso muito maior ao mercado de captação a fundo perdido, rece-bendo recursos dos órgãos de investimento como finep, cNPq e investidores privados”, destaca. Raposo diz que tudo está resumido ao dinheiro que a empresa tem para colocar seu negócio em prática, aliado a mão de obra qualificada. “Sem capital não tem como uma empresa ir para frente. e se você tem acesso ao capital, você consegue. A incubadora aca-ba propiciando-lhe o acesso aos recursos e, assim, você consegue mais rápido”, opina.

Apesar de afirmar que o ambiente de

uma incubadora é excelente para começar uma empresa, Raposo observa que o pro-cesso de incubação não garante que uma empresa vá crescer. “O empreendedor cos-tuma ser cego, acha que o negócio dele é o melhor do mundo; então é bom ele ver bem o que está fazendo, elaborar um plano de ne-gócios, ir atrás de uma incubadora para ver se sua ideia é viável.” O dono da empresa brasil Ozônio, graduada pelo cietec – incubado-ra de empresas de base tecnológica de são Paulo –, samy Menasce, também concorda com Raposo, da Arvus. Para ele, somente a incubadora não é a solução. “O empreende-dor tem que ter coragem e ser atrevido no mercado. A incubadora é facilitadora e não executora, por isso é preciso ter veia empre-endedora”, destaca.

e esse instinto para o empreendedoris-

“as incubadoras são uma janela por onde empreendedores, inventores e estudiosos conseguem colocar suas ideias e projetos em prática”, diz Santos, coordenador do midi tecnológico

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mo inovador persegue Menasce. Um dos re-sultados disso foi a criação do sistema bRO3, espécie de gerador de ozônio utilizado para o tratamento da água, pela empresa dele. O Sistema BRO3 apresenta eficiência certifica-da na remoção da carga microbiana, do nível tóxico de compostos orgânicos e de metais pesados. As aplicações vão desde sanitização de hortaliças, na agricultura, até higienização de ambientes.

Após dois anos na incubadora da Univer-sidade de são Paulo (UsP), a brasil Ozônio entrou no mercado atuando na pesquisa e desenvolvimento de soluções em processos de tratamento de água. hoje, com mais de 1 mil instalações, é reconhecida no mundo inteiro e atende grandes clientes institucio-nais como empresas alimentícias (bunge, Unilever e Matte leão) até grandes redes de hotéis (Renaissance, hilton) e indústrias (3M, eurofarma e Dow Química). segundo Menasce, o fato da brasil Ozônio estar incu-bada no cietec e, por isso, ter o carimbo da UsP, foi essencial para entrar no mercado com credibilidade. “eu tinha para vender um novo produto e uma nova tecnologia, e entrar no mercado com duas inovações era muito difícil. em uma situação dessas ou você tem muito dinheiro ou tem que ter um selo de qualidade”, comenta. Além disso, ofereceu troca de informação com pesqui-sadores e professores da UsP, quando foi necessário, e proporcionou acesso a linhas de fomento.

Para Menasce, começar qualquer em-presa hoje no Brasil é dificultoso e investir em uma nova tecnologia é mais ainda, por-que necessita de capital humano e de re-cursos. “O governo tem que apoiar mais as incubadoras, disponibilizando recursos. em países como israel – cito pois conheço – a empresa entra na incubadora já recebendo um montante e isso facilita muito o início do negócio”, afirma. “Os recursos que conquis-tamos, porque estamos na incubadora, fo-ram fundamentais para nosso crescimento”, complementa. continuar elaborando proje-tos para inovar com foco no tratamento de gases, água e alimentos faz parte dos planos da empresa para o futuro. e com a crescente exigência dos órgãos ambientais, Menasce já vislumbra as corporações necessitando de novas soluções que a tecnologia da brasil Ozônio pode atender. “estamos no olho do furacão na questão ambiental.”

Outra empresa incubada no cietec que tem uma trajetória de sucesso é a bioactive, comandada pelo dentista israel cabrera. A ideia de desenvolver produtos para enxertos, misturando polímeros e cerâmica, que aju-dam na reconstrução óssea, foi apresentada por ele no processo seletivo da incubadora. Uma vez aprovada a proposta, cabrera teve ajuda para procurar investidores e recebeu dois importantes aportes. No primeiro, a fundo perdido da finep, foram R$ 3 milhões. Depois, com a apresentação no 10º seed fó-rum cietec/finep, em 2011, conheceu seu atual sócio, que comprou uma participação minoritária da startup. Os planos, agora, são instalar a empresa em uma cidade próxima de são Paulo e conseguir aprovação na An-visa para o produto. “foram quatro anos e meio na incubadora. A vivência e a troca de experiência com diferentes empresários acontecem muito rápido, a informação cir-cula de forma dinâmica e isso ajuda no de-senvolvimento do negócio”, avalia.

Na visão de cabrera, a probabilidade de insucesso de um negócio é muito maior es-tando fora do processo de incubação. estar mais próximo de editais, de informações sobre possíveis investidores e ter a oportuni-dade de participar de missões internacionais que possibilitam comparar seu negócio com outros é uma das maiores vantagens de estar incubado, na opinião dele. O convívio diá-rio no ambiente de incubação do cietec fez cabrera observar o comportamento de di-versos empreendedores. e ele percebe que existe um excesso de paternalismo do dono da ideia pelo seu produto. “Ninguém pode mexer, se intrometer, e qualquer opinião o dono da ideia bloqueia. Por isso, penso que o empresário teria que ser mais aberto às opiniões e ousar, abrindo seu plano de negócios para ser avaliado pela incubadora mais próxima da sua casa”, aconselha. Além disso, cabrera considera muito importante o apoio das áreas jurídica e financeira nas incubadoras. “empresa incubada não tem a mínima noção sobre quais impostos pagar e como fazer contratos”, afirma.

cabrera acha que o brasil tem pouquíssi-mas incubadoras, se for pensar no tamanho do País. “Muitas pessoas têm a inovação nas mãos e não sabem como fazer. O governo deveria ajudar muito mais e tentar orientar essas pessoas em como agir”, defende. Athos Vinícius Valladares Ribeiro, analista técnico

“estar incubado permite um acesso maior ao mercado de captação a fundo perdido, recebendo recursos dos órgãos de investimento como Finep, cNPq e investidores privados”, diz raposo

cabrera: a vivência e a troca de experiência com diferentes

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da Unidade de Acesso à inovação e Tecno-logia do sebrae (Uait), constata que, em um cenário em que empresas competem acirra-damente para conquistar clientes cada vez mais exigentes e informados, as iniciativas inovadoras se sobressaem. O analista acredi-ta que somente incentivando a criação e o fortalecimento de empreendimentos inova-dores é possível contribuir para o aumento da competitividade nacional. “Por meio da consolidação da agenda da inovação e do co-nhecimento alcançaremos patamares cada vez mais altos e sólidos em relação à parti-cipação dos negócios nacionais na riqueza gerada pela nação, produzindo produtos e serviços de alto valor agregado”, resume.

francilene alerta os interessados no pro-cesso de incubação para prestarem atenção ao perfil de cada instituição. As incubadoras de base tecnológica, por exemplo, são volta-das para estudantes, cientistas, empreende-dores e empresas que desejam desenvolver novos projetos, produtos e serviços basea-dos em tecnologia inovadora. Mas existem as incubadoras tradicionais, que aceitam empresas de setores tradicionais e as incu-badoras mistas, que abri-gam empresas de base tecnológica e de setores tradicionais. e ainda há, no brasil, as chamadas incubadoras sociais, responsáveis por apoiar programas e projetos sociais; e as incubadoras culturais, que auxiliam no crescimento de projetos que envolvem a cultura. “O público-alvo atingido pela incubadora, portan-to, é bem amplo. O em-preendedor pode ser desde um artista ou um líder comunitário até um pesquisador”, diz a presidente da Anprotec.

e para alcançar o sucesso ao ingres-sar em uma incubadora, além da dispo-sição para enfrentar desafios – que deve ser inerente a todo empreendedor –, o negócio tem que ter a inovação como um de seus principais diferenciais com-petitivos. investir em pesquisa e fortale-cer a rede de relacionamento com pro-fissionais e instituições que contribuam para o processo de inovação devem ser metas constantes para empreendimen-

Samy menasce, da brasil ozônio: Sistema bro3 apresenta eficiência certificada na remoção da carga microbiana, do nível tóxico de compostos orgânicos e de metais pesados

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tos incubados, pois garantem o cresci-mento sustentável.

Um dos pioneiros nacionais na ativida-de de incubação de empresas foi o centro empresarial para laboração de Tecnologias Avançadas (celta), localizado em florianó-polis. com início das atividades em 1986, tem o propósito de aproveitar o conheci-mento gerado pela Universidade federal de santa catarina (Ufsc) para auxiliar os talen-tos que saem formados. Desde então, o cel-ta colocou no mercado 70 novas empresas, com faturamento anual estimado em R$ 1,5 bilhão. considerado o maior volume de em-preendimentos nascidos em incubadoras no País, é a maior incubadora da América lati-na. em tamanho físico também é referência: são 10,5 mil metros quadrados voltados para abrigar empresas inovadoras. O modelo da incubadora serviu de exemplo para implan-tação de outras similares em todo o brasil. O celta foi ainda a primeira a receber o prêmio de melhor do ano, em 1997, conferido pela Anprotec.

Atualmente, com 32 empresas incuba-das que faturam aproximadamente R$ 40 milhões ao ano e geram cerca de 800 em-pregos diretos, o celta é administrado por Tony chierighini. ele explica que os custos para uma empresa ser incubada no celta são pequenos: cerca de R$ 15 o metro quadrado com todos os serviços incluídos. “A grande proposta aqui é facilitar e acelerar o cresci-mento das empresas que são a maioria da área tecnológica. Ajudamos muito na gestão. elas já entram com um plano de negócios e nós fornecemos acesso a consultorias para implementar ainda mais o plano e, se pre-cisar, muda-se a ideia para ser adaptada ao mercado”, ressalta. Assim, o empreendedor tem um acompanhamento completo que di-minui muito a chance de erros e ainda ajuda a profissionalizar o negócio.

chierighini diz que a grande importân-cia do celta é o desenvolvimento regional de florianópolis. “Além do turismo, a capital catarinense se transformou em referência de inovação e isso contribuiu para o crescimen-to regional, geração de emprego e renda.” segundo ele, a inovação pode ser no produ-to, processo ou serviço.

entre as 250 pequenas e médias empre-sas que mais crescem no brasil está a cianet, incubada e agora já graduada pelo celta. fabricante de equipamentos triple-play (da-dos, TV e telefonia) e provedora de soluções em comunicação de dados, a empresa ficou incubada por oito anos. fundada em 1994 por três estudantes de engenharia que con-quistaram duas patentes de privilégio de in-venção na área de redes de comunicação de dados, a cianet nasceu com alma inovadora. Ao longo dos anos, a constante inovação dos produtos, a utilização da tecnologia de ponta e a contribuição de profissionais qualificados fizeram a empresa crescer, em média, 50%

“a grande proposta é facilitar e acelerar o crescimento das empresas”, diz chierighini, da incubadora celta

inCuBadorasem números

304 em atuação2.640 empresasem incubação16.394 postosde trabalho*

2.509 empresasgraduadas

29.205 postosde trabalho**

r$ 4,1 bilhõesde faturamento**

98% dessasempresas inovam * em empresas incubadas

** em empresas graduadas

Fonte: anprotec/mct

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ao ano. Para joão francisco dos santos, presi-

dente da cianet, o período que a empresa esteve incubada no celta foi muito bom por vários aspectos. “Quando se está com uma ideia fantástica, brilhante, não há espaço para pensar em tudo o que isso envolve. e esse apoio inicial ajuda a ter mais sucesso do que começar sozinho”, declara. No cel-ta, o aluguel da sala inclui serviços de con-domínio, garagem e telefonia. O apoio de infraestrutura vai reduzindo ao longo do tempo gradativamente. “lá tivemos troca de experiência e cultura diferentes. O ambiente também é próprio para contratar. Tem um cadastro de possíveis colaboradores, então é uma sinergia muito grande”, comenta joão francisco.

ele percebe que a empresa passa por pa-tamares de evolução, estágios de vida, como uma pessoa. “A fase incubada foi muito im-portante e todos esses aspectos facilitaram

para a empresa evoluir. Quando saímos, conseguimos atingir um nível muito maior, com crescimento de 66% em 2012”, revela. Todos os incentivos da incubadora, segundo joão francisco, como ambiente para reuni-ões, cursos e acesso a palestras, acesso ao contador, por exemplo, são essenciais. “es-ses detalhes tiram muito o foco do negócio e vejo como é fundamental o apoio ao empre-endedor, através das incubadoras.”

A visão de joão bernartt, sócio-fundador da chaordic systems, focada no desenvol-vimento de soluções de personalização em massa para o segmento de comércio eletrô-nico, não é diferente. Para ele, a incubadora é um lugar construído para dar suporte a empresas nascentes. Por este motivo oferece vantagens importantes para um recém-em-presário. “estar incubado facilita a obtenção de incentivos tributários que auxiliam uma empresa em seu período inicial de desenvol-vimento”, avalia bernartt, que também tem a

empresa incubada no celta. “existem fatores no chamado custo bra-

sil, que é o conjunto de dificuldades encon-tradas para o crescimento da indústria nacio-nal, que, muitas vezes, impedem o aumento da competitividade do produto brasileiro”, analisa bernartt. As nações que colocaram a ciência e a tecnologia como matriz do seu desenvolvimento representam hoje as mais ricas economicamente, destaca. “Por isso, é fundamental que o País tenha políticas e ações de fomento que possam ampliar o desenvolvimento do setor tecnológico. e isto deve vir desde a educação básica, no ensino das disciplinas de matemática, física e lógica.”

Um dos grandes desafios, comenta Ri-beiro, é desmitificar o conceito de inovação e que sua ação não é mérito exclusivo de gran-des corporações. ele cita o livro Inovatrix, do professor clemente Nóbrega, especialista no tema, que defende o conceito de que ino-vação é “ganhar dinheiro novo”. e relaciona a inovação diretamente com o mercado. “É preciso criar um ambiente favorável para que haja mais iniciativas empreendedoras motivadas por oportunidades de mercado e inovações do que por necessidade”, afirma. Para ele, a resposta está na integração de poder público, que deve assumir o protago-nismo do processo de desenvolvimento dos territórios legitimando políticas de fomento, incentivo fiscal e apoio à pesquisa com o capital privado – enquanto beneficiário e interessado nos efetivos resultados destas iniciativas. “Portanto, o empreendedorismo inovador deve ser priorizado como estraté-gia de desenvolvimento. Neste contexto, os habitats de inovação devem ser um dos ex-poentes do desenvolvimento socioeconômi-co, enquanto atores do processo de criação de inovações”, afirma Ribeiro.

“quando se está com uma ideia brilhante, não há espaço para pensar em tudo o que isso envolve”, diz Santos

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tamoios busca se tornar referência no mercado de embalagens e produtos sustentáveis com o desenvolvimento de tecnologias alinhadas ao beneficiamento de materiais naturais

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por ana Paula [email protected]

inicialmente residente e agora incuba-da não residente do centro de inovação empreendedorismo e Tecnologia (cie-tec), a Tamoios Tecnologia e consultoria (TTc) nasceu com a proposta de ofertar ao mercado produtos sustentáveis a partir do beneficiamento de resíduos agrícolas e urbanos. Desde 2009 a empresa trabalha na pesquisa e efetivação de alternativas para a criação de um material que tenha desempenho semelhante àqueles que contêm petroquímicos. Aposta, no entan-to, em um grande diferencial: a sustenta-bilidade.

A gestora financeira Carolina Guima-rães conta que tudo deslanchou no final de 2008, quando o sócio-diretor Rafael Tannus, até então único funcionário e re-presentante da empresa, teve o seu plano de negócios aprovado pelo cietec. “Por um ano a Tamoios operou em uma sala restrita de 9 metros quadrados até que seu primeiro edital, subvenção econômica da finep, fosse contemplado e o primeiro projeto fosse fechado”, relembra.

Desde então, o número de parcerias

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material feito a partir de fibras naturais substitui produtos à base de petroquímicos, com desempenho semelhante e a vantagem de beneficiar comunidades carentes de zonas rurais

só ampliou, de acordo com carolina. Além do centro de desenvolvimento de produ-tos na cidade de itariri, no Vale do Ribeira, em são Paulo, a TTc possui convênio com a escola superior de Agricultura luiz de Queiroz/UsP para aprimoramento e de-senvolvimento de pesquisas na área bio-tecnológica.

A proximidade com a universidade sempre foi algo marcante na sua história e na de seus funcionários. com a grande maioria dos integrantes graduados e pós-graduados em universidades conceitua-das como UsP, Unicamp e Unb, a empresa potencializou o vínculo com as entidades acadêmicas de apoio ao empreendedoris-mo, como as incubadoras.

O constante crescimento faz com que a Tamoios invista e aposte ainda mais em sua equipe, ampliando o seu quadro de funcionários e pesquisadores ano a ano. Atualmente conta com o trabalho e co-laboração de 30 profissionais, entre eles celetistas, prestadores de serviço, esta-giários, bolsistas e consultores. Por meio

de diferentes linhas de produção – com-pressão, extrusão e polpa moldada – a Ta-moios mantém sua amplitude produtiva atuando em diferentes segmentos de mer-cado, como o de decoração, paisagismo, embalagens, isolamento acústico e calços técnicos.

vantagens

Na opinião de carolina, a Tamoios teve o seu crescimento potencializado graças à proximidade proporcionada pelo cietec/UsP com os alunos, professores e labo-ratórios de pesquisa. “Além do ambiente propício para geração de ideias, ser uma empresa incubada soma-se outras vanta-gens ao currículo, como estrutura física de baixo custo, disponibilização de consulto-rias sobre gestão da inovação, negócios e pessoas, parcerias com entidades vincu-ladas ao centro, credibilidade externa e aceitabilidade em eventos e congressos e troca de experiências com outros empre-endedores e outras empresas startup”, cita.

com uma equipe extremamente qua-lificada e arrojada, somada aos recursos concedidos via editais de instituições como finep e cNPq , a TTc tem investido e dedicado fortemente seu capital físico, financeiro e humano na pesquisa e desen-volvimento de novos produtos e proces-sos.

Até o momento, já foi contemplada com quase R$ 1 milhão em editais para o desenvolvimento de tecnologias alinha-das ao beneficiamento de fibras naturais, sendo que, destes, aproximadamente R$ 800 mil são não reembolsáveis. “Durante o caminho percorrido acreditamos que o grande motor para o crescimento da em-presa foi e tem sido a forma multidiscipli-nar e o caráter inovador com que lidamos com as informações e incertezas inerentes ao negócio.”

com a vitalidade pulsante de uma jo-vem empresa, somada a um leque de cola-boradores experientes e com a inquietude por novas descobertas, a Tamoios Tecnolo-gia tem a intenção de se tornar referência no mercado de embalagens e produtos sustentáveis. Além da visibilidade e ben-chmarking como empresa sustentável, pretende desenvolver e trazer melhores perspectivas para a população local do Vale do Ribeira, assim como estender o im-pacto positivo do negócio a toda a cadeia produtiva formada em torno da indústria. “com o apoio político e da comunidade local, pretendemos transformar o Vale do Ribeira em um polo de referência no bene-ficiamento de fibras naturais do Brasil.”

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Portoseguro

a reason encontrou na incubadora o apoio ideal para sobreviver aos obstáculos iniciais e hoje estar presente mundo afora

por cléia [email protected]

Desde o final dos anos 1980, incubado-ras de empresas na área de tecnologia têm tornado possível o surgimento e desenvolvi-mento de negócios que, de outra maneira, dificilmente teriam realizado seu potencial. são boas ideias que só precisam de um bom barco para atravessar as águas turbulentas do mercado e se firmar no rumo certo. E continua sendo assim, mesmo quando as ondas mudam de direção. Ao longo dos anos, o cenário econômico se alterou mui-to, mas as incubadoras se adaptaram às ne-cessidades das empresas e continuam sen-do tão importantes quanto antes.

A história da Reason Tecnologia ilustra bem essa capacidade de adaptação. A empre-sa nasceu em 1991, de uma das incubadoras pioneiras no brasil, o centro empresarial para laboração de Tecnologias Avançadas (celta), vinculado à fundação centros de Referência em Tecnologias inovadoras (cer-ti), em florianópolis. Na época, o kit de so-brevivência de uma novata no mercado de tecnologia tinha como itens principais com-putadores e capacidade de atração de mão de obra qualificada. A reserva de mercado de informática tornava os equipamentos importados caros e os pesquisadores só en-contravam laboratórios e remuneração por

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3líder absoluta com 90% do mercado nacional, a reason desenvolve soluções para o setor elétrico

seus estudos nas universidades. fundador e presidente da Reason, o

engenheiro guilherme stark bernard conta que as incubadoras ajudaram as empresas nascentes a ultrapassar esses obstáculos. “Um dos principais atrativos (das incubado-ras) eram as bolsas do cNPq (o conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que pagavam os pesquisado-res responsáveis pelo desenvolvimento de nossos produtos”, explica o empresário. A outra vantagem de iniciar o negócio numa incubadora era a infraestrutura que esses centros colocavam à disposição das empre-sas, com laboratórios e computadores.

hoje, esses atrativos provavelmente não seriam suficientes para convencer empre-endedores a chocar seus negócios de tec-nologia em incubadoras. Com a inflação sob controle há quase duas décadas e a abertura do mercado, o custo dos equipamentos já não assusta. e o cenário também mudou em relação à disponibilidade de recursos para investimentos em inovação, incluindo a capacidade de remunerar bem os desen-volvedores. há agências governamentais de fomento – como a financiadora de estudos e Projetos (finep) – e fundos privados ban-cando a aposta, o que não existia em 1991.

Mas isso não quer dizer que as incuba-doras perderam o apelo. elas continuam sendo um porto seguro para a inovação em estágio embrionário, só que por razões diferentes. bernard aponta três atrativos de uma incubadora no momento: o contato direto com outros empreendedores, a for-mação empresarial e o apoio na captação de recursos para investimentos na empresa, seja por meio de linhas de fomento ou de fundos de investimento. “A cooperação e a troca de experiência entre todos os empre-endedores sempre foram e continuam sen-do o mais importante em uma incubadora”, afirma o empresário.

bernard assimilou tão bem essa lição que desde o ano passado ele é o presidente da Associação catarinense de empresas de Tecnologia (Acate), que responde pela in-cubadora Midi Tecnológico. A entidade tem mais de 600 empresas associadas em todo o estado, divididas em verticais de negócio, entre elas a Vertical de energia, onde está a Reason. “É quase uma incubadora, que per-mite a criação de novos negócios”, destaca bernard. Nesse espaço, a Reason é sócia de

três empreendimentos, todos no segmento de energia: AQX instrumentação, link Pre-cision e PowerOpticks.

liderança

líder absoluta com 90% do mercado brasileiro em sua área de atuação, a Re-ason desenvolve soluções de alto valor agregado para o setor elétrico e indus-trial. seu portfólio de produtos inclui, por exemplo, registradores digitais de

perturbações que ajudam a aumentar a confiabilidade do sistema elétrico. “Quando entramos no mercado, essa perturbação era registrada num papel por uma espécie de sismógrafo”, lembra bernard. A grande façanha da Reason foi ter conseguido entrar num mercado até então dominado por grandes mul-tinacionais como siemens e schneider electric.

e essa façanha não se restringe ao brasil. há quatro anos, a empresa co-meçou um processo de internaciona-lização e abriu uma filial na Alemanha, onde mantém uma unidade produtiva, e um escritório nos estados Unidos. em pouco tempo conquistou clientes importantes mundo afora. Recentemen-te, venceu uma licitação para fornecer equipamentos para o sistema elétrico de israel. “esse contrato é muito re-

presentativo não só pelo volume de equipamentos – equivalente a um ano de produção da Reason –, mas porque israel é um polo de tecnologia em se-gurança”, afirma bernard. Os mesmos equipamentos também são usados em Taiwan.

Mas um dos maiores orgulhos de bernard – e um grande cartão de visitas para a Reason – é o fato de a empre-sa constar na lista de fornecedores do centro europeu de Pesquisas Nucleares (cern). A entidade anunciou em julho do ano passado a descoberta da suposta “partícula de deus”. “O controle absolu-to do tempo é uma das principais fun-ções nessa pesquisa e a solução forneci-da pela Reason faz o sincronismo deste equipamento”, explica o empresário. em 2011, a empresa faturou só no brasil R$ 22 milhões e a expectativa era fechar 2012 com R$ 25 milhões.

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Hermínio Nunes/acS eletrosul

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rede de sustentaçãopor cléia Schmitz

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Não há dúvida de que as incubadoras de empresas reúnem condições extremamente favoráveis para o desenvolvimento de um negócio, mas esse cenário pode ser parcial-mente reproduzido fora desses ambientes. Quem garante é a empresária carioca cristina Dias, que fundou em julho de 2011 a D’gaya, indústria de pães integrais, com sede na cida-de do Rio de janeiro. Para garantir o sucesso de seu negócio, ela se cercou de parcerias que dispensam qualquer apresentação: se-brae, serviço Nacional de Apoio à indústria (senai), empresa de Pesquisa Agropecuária (embrapa) e escola superior de Propaganda e Marketing (esPM).

“De certa forma, é como se estivéssemos incubados porque estamos sempre trocan-do ideias com esses parceiros e utilizando tecnologias desenvolvidas por eles”, destaca cristina. filha de comerciante e com expe-riência no mundo do empreendedorismo,

d’Gaya firmou série de parcerias que substitui o papel do ambiente de apoio e sinergia de uma incubadora

a empresária procurou o sebrae assim que teve a ideia de investir na panificação de pro-dutos integrais. “fui procurar a instituição porque não tinha sido muito feliz em minha experiência anterior. Disseram-me que eu teria mais chances de dar certo porque não cometeria os mesmos erros. com a ajuda do Sebrae fiquei 60 dias só desenvolvendo o pla-no de negócios da D’gaya”, conta cristina.

A proposta da empresa é fabricar pro-dutos integrais que sejam ao mesmo tempo saudáveis e saborosos. “Percebemos uma lacuna neste mercado. De um lado, temos os pães industrializados, que usam muita química e poucos ingredientes integrais. De outro, pães integrais que não são macios e desagradam a muitos consumidores”, expli-ca laurett castro, que junto a hugo Meyer e Roberto Romero completa o quadro de sócios da D’gaya. “Nós conseguimos de-senvolver um pão artesanal e macio que usa ingredientes de primeira linha, com valores nutricionais que agregam benefícios à saú-de”, completa a empresária.

Além de pães e minipães, a D’gaya pro-duz muffins, biscoitos, quiches de creme de soja e geleias de frutas 100% naturais, sem adição de açúcar. Para desenvolver seus pro-dutos, a D’gaya contou com o apoio inicial do senai e, posteriormente, do centro de Tecnologia Agroindustrial de Alimentos da Embrapa, cujos laboratórios certificam a va-lidade de tudo o que é fabricado pela marca. são laboratórios que empregam alta tecnolo-gia e investem fortemente em pesquisas, um ambiente impossível de ser replicado por conta própria em pequenos negócios como a D’gaya, cujo investimento inicial não pas-sou de R$ 25 mil.

em pouco mais de um ano, a D’gaya já distribui seus produtos em 100 pontos de venda na capital Rio de janeiro e em Ni-terói. grande parte é de lojas de produtos naturais. entre seus clientes estão as lojas da rede de franquias Mundo Verde. laurett conta que a marca já recebeu muitos pedi-dos para distribuir seus produtos em outros estados, mas a ideia é consolidar a atuação

d’Gaya buscou a ajuda de laboratórios do Senai e da embrapa para

desenvolver seus produtos

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no Rio de janeiro antes de partir para novos mercados. “Mas é claro que é um sonho expan-dir o negócio”, admite a empresária. segundo ela, a meta para 2013 é aumen-tar o faturamento em pelo menos 30% em relação a 2012.

Para alcançá-la, os sócios da D’gaya vão contar com uma ferra-menta importante, advinda de outra par-ceria gratuita: um plano de comunicação e marketing desenvolvido pela empresa júnior da esPM. Durante 90 dias, um grupo de estudantes da instituição, coordenado por renomados professores, realizou uma pesquisa completa para a empresa, incluin-do estudo de mercado, aplicação da marca, perfil dos clientes e dos concorrentes. “O plano deu mais clareza acerca do negócio e das nossas ações. Por isso dizemos que 2012 foi um ano em que aprendemos mui-to e que 2013 será a hora de fazermos a

lição de casa”, afirma cristina.

A ideia de bater na porta da esPM foi da em-

presária. com os sócios, cristina sentia necessidade

de conhecer o perfil de seus clientes e, principalmente, de

ter um retorno sobre os produ-tos, se estavam realmente agradan-

do e quais eram as expectativas dos consumidores. sem condições de arcar

com os custos de um serviço especializado, a D’gaya foi buscar ajuda de novo. “Que-ríamos saber como nos comunicar direta-mente com os clientes, já que somos uma indústria e temos as lojas como intermediá-rias”, explica laurett. “se tínhamos alguma dúvida da aceitação do produto, agora não temos mais.”

em sua curta trajetória, a D’gaya deixa uma lição para outros empreendedores: nunca se isole, procure parceiros, crie sua própria incubadora.

laurett, ao lado de Hugo: produtos integrais ao mesmo tempo saudáveis e saborosos são uma lacuna de mercado

apesar de recente, d’Gaya deixa a lição: nunca se isole, procure parceiros, crie sua própria incubadora

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por cléia [email protected]

As usinas hidrelétricas respondem pela geração de mais de 75% da energia que consumimos no brasil – e aprovei-tamos apenas um terço do potencial hidráulico do País. No entanto, a cons-trução de novos empreendimentos de fonte hidráulica tem sido fortemente questionada por movimentos sociais. A usina de belo Monte, em construção no Rio Xingu, é o exemplo mais emblemá-tico da crítica à concentração da matriz energética brasileira na fonte hídrica. Os inevitáveis impactos socioambientais estão no centro da questão, mas o coro ganha força com o baixo nível dos reser-vatórios das hidrelétricas, ameaçando o suprimento de energia no País.

A crítica tem respingado nas peque-nas centrais hidrelétricas (Pchs), em-preendimentos com capacidade instala-da entre 1 e 30 megawatts. “A sociedade transferiu seu preconceito às grandes usinas hidráulicas para as Pchs. enquan-to no mundo inteiro as Pchs são con-sideradas empreendimentos de baixo impacto, no brasil elas são colocadas ao lado de empreendimentos como belo Monte”, observa o professor geraldo lú-cio Tiago filho, diretor do instituto de Recursos Naturais da Universidade fede-ral de itajubá (Unifei). A consequência é o aumento no tempo de construção dessas usinas e, logo, em seus custos também.

Mas o “preconceito” às hidrelétricas está longe de ser o único e principal obs-táculo ao crescimento do setor de Pchs. “O cenário é o pior possível, as pequenas centrais estão deslocadas do mercado”, avalia Tiago filho. A questão primordial é que as pequenas hidrelétricas perderam competitividade ante outras fontes, espe-cialmente a eólica. “Nos últimos leilões, praticamente não se vendeu energia de Pchs porque a metodologia de cálculo do preço não leva em conta o custo glo-bal da fonte”, afirma Charles Lenzi, presi-dente-executivo da Associação brasileira de geração de energia limpa (Abragel).

Para o dirigente, a política de modi-cidade tarifária do Ministério de Minas e energia (MMe) não considera fatores im-

portantes que implicam maiores custos para as Pchs em comparação a outras fontes. entre eles o ciclo de desenvol-vimento e o processo de licenciamento ambiental, muito mais longo e complexo no caso do aproveitamento energético de rios; o custo da construção civil, que responde por 50% dos custos de uma PCH, inflacionado por conta de obras da copa do Mundo e de programas como Minha casa, Minha Vida; e a inexistência de incentivos fiscais como os concedidos

aos equipamentos eólicos. “Os resultados dos leilões de energia

do governo mostram que as Pchs estão fora da disputa. As principais dificuldades estão associadas às liberações ambien-tais e impostos sob a cadeia de insumos. caso o setor tivesse acesso aos mesmos subsídios dados a outras fontes de ener-gia, tal como para as eólicas, o volume de novos projetos empreendidos seria muito maior do que o observado atual-mente”, explica Marco Aurélio Quadros,

riosde energia

apesar do baixo impacto, pequenas centrais hidrelétricas perderam competitividade ante outras fontes, especialmente a eólica

Segmento de PcHs pede mudanças nas regras e estímulos como incentivos fiscais e linhas específicas de financiamentos

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diretor-presidente da cia energética Rio das flores. A empresa, com sede em san-ta catarina, tem três Pchs construídas e em operação comercial desde o ano pas-sado – Prata, bandeirante e belmonte.

existem 436 Pchs em operação no brasil, mais do que o dobro do que ha-via em 2001. em dez anos, foram R$ 16 bilhões em investimentos neste tipo de usina. Atualmente, as Pchs respondem por 3,51% da potência instalada no País (4.250 MW ). Outras 47 estão em cons-trução e 126 em fase de projeto já outor-gado pela Agência Nacional de energia elétrica (Aneel). O incentivo às Pchs faz parte do Plano Decenal de expansão de energia, do MMe. A expectativa é de que até 2020 o volume de energia gerada por pequenas hidrelétricas chegue a 6,5 mil MW, um incremento de mais de 60% em relação aos volumes atuais.

Para que essa meta se concretize, o segmento de Pchs pede mudanças nas regras atuais e estímulos como incenti-vos fiscais e linhas específicas de finan-ciamentos. “Novos investimentos estão cada vez mais difíceis. A atual evolução no número de Pchs é resultado de um

riosde energia

“a sociedade transferiu seu preconceito às grandes usinas hidráulicas para as PcHs, enquanto no restante do mundo são consideradas de baixo impacto”, diz o professor Geraldo

a expectativa é de que até 2020 o volume

de energia gerada por pequenas hidrelétricas chegue a 6,5 mil mW,

um incremento de mais de 60% em relação aos

volumes atuais

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crescimento vegetativo decorrente de projetos concedidos antes da crise do segmento, há cinco anos”, afirma o pro-fessor Tiago filho. segundo Quadros, o momento no setor é de espera. “Os acio-nistas da cia Rio das flores têm diversos projetos de Pchs esperando a melhoria do cenário atual para iniciar sua constru-ção.”

A Medida Provisória 579, editada pela Presidência em setembro do ano passa-do e já transformada em lei, acentua ain-da mais esse clima de incerteza. com a queda dos preços das tarifas no mercado regulado (leilões), as Pchs têm buscado o retorno necessário ao investimento no mercado livre. Mas como as novas regras impõem redução ainda maior de tarifas, o momento é de aguardar os impactos das novas medidas. “É importante dizer

que de forma alguma somos contrários ao desenvolvimento de outras fontes. Apenas queremos igualdade de condi-ções para que as Pchs possam dar sua contribuição ao setor elétrico brasileiro”, ressalta lenzi.

Pequenas centrais hidrelétricas

o que são?- de acordo com a resolução nº 394 da aneel, PcH é toda usina hidrelétrica de pequeno porte cuja capacidade instalada é superior a 1 mW e inferior a 30 mW. além disso, a área do reservatório deve ser inferior a três quilômetros quadrados. este tipo de usina aproveita as quedas d’água encontradas nos percursos de rios de pequeno e médio portes.

vantagens- estão próximas aos centros de consumo, por isso, evitam custos adicionais de transmissão;- colaboram com a geração de energia elétrica nos horários de ponta (maior consumo);- Geram energia renovável e limpa, sem emissão de gases de efeito estufa;- utilizam equipamentos e serviços de engenharia e construção totalmente nacionais;- operam a fio d’água, ou seja, aproveitam a vazão natural dos rios sem a necessidade de estocar água, impactando menos no ecossistema.

Fonte: aneel

números

situação

em operaçãoem construçãoem projeto

% de potênciainstalada

3,511,999,48

43647

126*

(*) empreendimentos outorgados entre 1998 e 2012

PcHs têm buscado o retorno necessárioao investimento no mercado livre

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a r t i g o

Pois é, infelizmente essas pessoas não sabem que muitos de nós (produ-tores) colocamos alimentos nas suas mesas todos os dias, que somos res-ponsáveis por milhares de empregos, quando as atividades agrícolas não estão bem todos sofrem, a circulação de recursos ficam escassos. será que

a sustentabilidade do agro é uma mentira! você acredita?tenho visto diversas pessoas que, acredito, nunca visitaram uma fazenda, um campo, uma horta, mas vivem falando que a agricultura brasileira não é sustentável e que tudo o que falamos é mentira. eu não acredito nisso. e você?

por José annes marinhoengenheiro agrônomo, gerente de edu-cação da Associação Nacional de Defesa

Vegetal (Andef )

vocês acreditam que estamos mentin-do? Ou estamos dizendo a verdade de uma forma simples, com humildade de um camponês, que o agro sustenta o brasil.

Perguntas pairam sobre minha mente: se falamos a verdade, por que e até quando o governo brasileiro, na

liderança da senhora Dilma, vai des-prezar o agro? Quando muitos produ-tores entrarem em crise? Ou quando não conseguirmos manter os preços dos alimentos em patamares baixos? Ou até mesmo quando o agro não conseguir manter a balança comercial no superávit? Ou quando nosso custo de produção for tão alto que será di-fícil produzir? são perguntas que eu faço todos os dias: até quando vamos implorar benefícios, vendo a burocra-cia estampada em alguns órgãos públi-cos que demoram mais de dois anos para aprovar o cciR, requisito básico para obtenção de financiamento? Que bancos privados e públicos dizem ter milhares de reais para que os inves-timentos no campo sejam cada vez maiores? No entanto, esses mesmos grupos esqueceram de dizer aos seus funcionários que podem emprestar esses recursos aos produtores.

O ano de 2012 chegou ao fim e nele tivemos muitas alegrias! A ale-gria de estarmos próximo aos amigos, familiares, de ter conseguido melho-res resultados nas atividades realiza-das nas fazendas, na mensagem de seu funcionário que agradece a você por ter lhe dado mais qualidade e oportunidade para sua vida e família. É isso o que importa. Mesmo com to-dos os problemas do campo, somos felizes. Quem sabe agora em 2013 as mensagens que trarei a vocês sejam mais animadoras, que as atitudes des-ses líderes sejam verdadeiras, que as mentiras advindas de quem não co-nhece o agro se tornem verdadeiras histórias de um agro cada vez mais sustentável.

Um ótimo ano e não esqueçam: há esperança! O melhor está por vir. sucesso.

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esta realidade corresponde às ten-dências que se refletem nos meios de comunicação com manchetes como: “Até o fim do ano haverá mais celulares conectados que pessoas no mundo”, ou “O número de aparelhos móveis é maior que o de computadores de mesa”, para citar apenas alguns.

como todos sabemos, esses dispo-sitivos inteligentes são diferentes entre si, tanto em suas características – se têm câmera fotográfica, filmadora, gPs, ser-

o aplicativo que não pode faltar na bolsa… nem no bolso!Se, no melhor estilo Super-Homem, pudéssemos ver com raios X dentro da bolsa das mulheres ou nos bolsos dos homens, entre muitas coisas de uso cotidiano, hoje, sem dúvida, encontraríamos um smartphone ou outro dispositivo móvel.

viços de nuvem integrados, etc. – como em suas marcas e nos sistemas com os quais operam.

Mas existem algumas verdades que podem não estar tão claras e que é muito importante levá-las em conta, especialmente os desenvolvedores que se dedicam a fazer apps para esses dis-positivos:

1. São artigos pessoais. hoje, nin-guém que eu conheço gosta de empres-tar seu smartphone a alguém – ainda que seja a um amigo –, porque consi-dera seu aparelho pessoal, que já está adaptado aos seus gostos e que tem suas informações.

2. São objetos de admiração. hoje todos desejam ter o último dispositivo

lançado e uma mostra disso são as filas com centenas de pessoas que se for-mam nas lojas quando um novo dispo-sitivo é lançado.

3. Estão ligados noite e dia. Duran-te o dia, o dispositivo – especialmente os smartphones – vai com a gente a todos os lugares; à noite, descansa ao nosso lado no criado-mudo. Aliás, a pri-meira coisa que muita gente faz assim que desperta é conferir seu smartpho-ne.

4. São objetos de diversão. Não só pela grande variedade de jogos que existem para as plataformas móveis, mas também por outros apps – como os leitores de livros eletrônicos, por exem-plo – que nos permitem aproveitá-lo em momentos de ócio ou de espera.

5. São objetos de quase culto. há um claro enfrentamento entre usuários

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guiar apenas pela fachada, pode en-contrar dados do restaurante e até ver os comentários de outros clientes para decidir se vale ou não a pena comer no local.

Outro exemplo é a empresa sul-co-reana Tesco, que encheu as paredes do metrô de seul com instalações que se pareciam com estantes de supermerca-do e que tinham os códigos QR dos pro-dutos para que os que passassem por ali pudessem fazer suas compras do seu celular e receber o pedido em casa.

só para se ter uma ideia dos dados, hoje são feitos downloads de 1,4 milhão de aplicativos diariamente em cada loja, o que fez com que em 2012 chegasse aos 25 bilhões de downloads de apps para iOs e Android.

Quais são as possibilidades que um desenvolvedor tem para estar no mer-cado crescente?

Criar aplicativos gratuitos: são usados para difundir nossa marca e/ou prestar algum serviço, como onde po-demos encontrar um caixa automático de banco. esses aplicativos podem ga-nhar dinheiro com publicidade, depen-dendo de sua popularidade.

Criar aplicativos pagos: Podem oferecer serviços ou informação, mas são um pouco mais exclusivos, o que faz com que um usuário esteja dispos-

to a pagar. Um guia em muitos idiomas da cidade do México para turistas, por exemplo.

Criar aplicativos “Freemium”: são os que têm uma versão light gratuita e uma versão profissional paga.

Não podemos nos esquecer de que, fundamentalmente, a forma de marcar presença no mercado móvel é ser origi-nal, criar uma solução para um proble-ma pontual, não nos limitarmos a ape-nas uma plataforma, manter a qualidade de nosso desenvolvimento e ter sempre em mente que nossos usuários são pes-soas em movimento.

com isso em mente: que aplicativo você vai desenvolver para a bolsa ou o bolso de seus usuários?

por aníbal GondaDivulgador geneXus – ferramenta de desenvolvimento de sistemas que per-

mite criar aplicativos para as linguagens e plataformas mais populares do mercado,

sem necessidade de programar

de uma plataforma versus os de outra, cada qual alardeando as vantagens de seu dispositivo. cada um deles mantém uma fidelidade a “sua” marca que só se compara ao que vemos com times de futebol.

As pessoas também utilizam seus dispositivos móveis em quase todos os lugares, inclusive enquanto assistem TV, e o usam para resolver qualquer problema que surgir.

esse é, em linhas gerais, o panora-ma dos dispositivos para os quais temos que desenvolver aplicativos.

em muitos casos, porém, quando este cenário não é bem compreendido, empresas e técnicos deixam passar esta grande onda ao reproduzirem seus apli-cativos corporativos de eRP, cRM, hRM, etc., nos dispositivos móveis. faz sen-tido esperar que um usuário use eRP enquanto dirige, espera o metrô ou ca-minha pela rua? eu acho que não!

O planejamento, portanto, deve ser “pensar fora da caixa” no que diz respei-to a esta nova realidade e às possibilida-des que são oferecidas.

Vejamos um exemplo: um turista chega a uma cidade que não conhece e quer ir a um restaurante. Pode parar no centro da praça principal, procurar as alternativas que se encontram próximas ou usar seu smart device, entrar em um aplicativo de geolocalização e buscar mais e melhores opções. A vantagem é que com o app você não precisa se

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forças aditivadonegócio

conversão em franquias dá a empreendimentos já existentes a força de uma rede, que por sua vez ganha amplitude

por ana Paula [email protected]

em 2011, a rede de franquias Orto-dontic center decidiu revolucionar e implantar novo modelo de negócio que, desde então, tem trazido resultados significativos. Denominado Projeto Pre-sence, consiste na conversão de consul-tórios para clínicas da rede, oferecendo oportunidade para pequenos empreen-dedores terem seu próprio negócio com mais padrão de qualidade e investimen-tos a partir de R$ 15 mil. As clínicas pas-sam, então, a ter treinamentos, manuais de procedimentos, campanhas de mar-

keting, auxílio de software, assessoria on-line e jurídica, controle de resulta-dos, padronização, além de ferramentas de prospecção ativa de clientes.

“Os investimentos limitam muito uma clínica ou consultório a obterem resultados de alta performance. Quando se unem à nossa rede, de um dia para o outro já contam com um know-how tes-tado e aprovado de mais de 10 anos de funcionamento, onde milhões de reais foram investidos. esse conhecimento e experiência proporcionam menores ris-cos e lucratividade muito acima da mé-dia do setor”, explica o sócio-fundador fernando Massi.

Projeto Presence, da ortodontic center, converte consultórios em operação em unidades da rede

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aditivadoTantas vantagens parecem estar de

fato atraindo os empresários do setor. somente em 2012 foram inauguradas 25 novas unidades de conversão da Ortodontic. De acordo com Massi, os resultados são surpreendentes e acima do esperado. O plano da rede é de mais 50 conversões para este ano. “Temos, porém, muito cuidado com a seleção desses novos parceiros, pois toda a rede depende do pensamento coletivo, e não mais de forma individualizada. isso tem que estar bem claro para todos que formam esse grupo, pois nossa força e resultados dependem dessa união”, re-força. com esse modelo, a rede cresceu 45% em 2012.

A conversão de negócios, nos quais o estabelecimento já independente entra para uma rede de franquias adotando sua cultura e sua marca, tem crescido a cada ano. Ricardo camargo, diretor-executivo da Associação brasileira de franchising (Abf), explica que esta é uma tendên-cia principalmente da área de serviços, como supermercados e informática. “O negócio traz inúmeras vantagens para as duas partes. O franqueado, que se expande no mercado, e o franqueador, que potencializa sua marca e obtém um maior crescimento da rede”, resume.

No caso da imobiliária Paulo Roberto

leardi, a decisão de implantar o modelo de conversão foi tomada após 12 anos de amadurecimento da ideia. “Quan-do pensamos em entrar no sistema de franquias, investimos em tecnologia para que a operação fosse transparente e com uma gestão eficiente. E para isso apostamos em compor a rede com em-presas já atuantes no mercado, fazendo conversões de bandeira, além dos novos investidores. este equilíbrio traz um amadurecimento mais rápido para as franqueadoras”, afirma o diretor Ger-mando leardi.

O plano de expansão prevê que a rede chegue a 18 unidades, entre pró-

“o franqueado se expande no mercado, e o franqueador potencializa sua marca e obtém um maior crescimento da rede”, diz ricardo camargo, diretor-executivo da abF

com sistema de conversão, leardi quer chegar a 18

unidades, entre próprias e franqueadas, até junho

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prias e franqueadas, até junho de 2013. Mas para que a conversão seja concre-tizada, uma rigorosa análise da região de atuação da unidade, bem como uma avaliação do perfil profissional do em-presário, é realizada. “Para investidores que queiram entrar para o segmento, a visão empreendedora e a capacidade de gerir pessoas são os atributos principais, além da capacidade financeira”, comple-menta.

seja qual for o segmento, antes de finalizar a conversão é importante to-mar alguns cuidados para não correr riscos. O candidato deve conhecer bem o negócio pelo qual está interessado, da mesma forma que a franqueadora deve conhecer bem o candidato. luis henrique stockler, sócio-diretor da ba}stockler, também recomenda que as duas partes envolvidas estejam cientes de como ocorrerá o processo de transi-ção, que sempre é feito de dentro para fora. “em primeiro lugar, as lojas inde-pendentes que quiserem se tornar par-te de uma rede já consolidada devem estar atentas ao choque cultural, pois é o franqueado que deve se adaptar ao

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e-commerce permite novas possibilidades de negócios aos franqueados, diz ricardo

“Para investidores que queiram entrar para o segmento, a visão empreendedora e a capacidade de gerir pessoas são os atributos principais, além da capacidade financeira”, diz leardi

franqueador, e não o contrário. esse empresário deve estudar a cultura da rede, para saber se está em harmonia com o que ele pensa”, enfatiza.

stockler indica ainda que primeiro sejam alinhados os as-pectos internos, de processos, pessoas, entre outros fatores. De acordo com ele, a mudança na fachada da loja, ou seja, a comu-nicação desta conversão ao mer-cado é o último passo, quando todo o resto já tiver sido feito.

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manutenção do lazerA Dr. jardim é a primeira microfran-

quia brasileira de manutenção de jardins e piscinas. Projetos paisagísticos, execução de jardins e gramados, lagos e espelhos d’água, controle de pragas, desenvolvi-mento e manutenção de campos de fu-tebol, haras, entre outros, são alguns dos serviços oferecidos pela franquia.

A taxa de franquia da Dr. jardim varia entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, dependendo do número de habitantes da cidade. Para

instalar a franquia são necessários R$ 3 mil e mais R$ 2 mil para capital de giro. O prazo de contrato é de quatro anos re-nováveis por igual período e o retorno de investimento gira em torno de seis a 12 meses. O início da operação, que pode ser home based mas deverá ter uma sala comercial até um ano da assinatura do contrato adequada às necessidades do ne-gócio, geralmente acontece até 90 dias após a assinatura do contrato.

“em todo o brasil, os novos empre-endimentos imobiliários têm dado mais destaque para a área de lazer e convívio social – o grande problema é a manu-tenção. Por esse motivo criamos a Dr. jardim, que possui em seu quadro de colaboradores profissionais especializa-dos e de confiança”, afirma o presidente do grupo Zaiom, administrador da mi-crofranquia Dr. jardim, Artur hipólito. www.drjardim.com.br

vivência gastronômicaA Rede Mousse cake apresenta um di-

ferenciado projeto de alta gastronomia. em suas lojas é possível encontrar o tradicional café extraído em máquinas importadas da itália, além de doces, saladas, quiches, brus-chettas, caldos, risotos e outras especialida-des gastronômicas.

A rede Mousse cake nasceu em Ribei-rão Preto (SP) e foi registrada oficialmente em 2000. Porém, desde 1990 o empresário Osvaldo Amaral já apresentava sinais de seu interesse pela produção gastronômica, com a ajuda de sua mãe, dona Nana, e suas ir-mãs. De lá para cá, o conceito e a qualidade da marca Mousse cake só cresceram.

A primeira filial da rede nasceu em 2005

e nos anos seguintes a marca já se consoli-dava com a abertura de mais três lojas na cidade. Nos últimos dois anos, a Mousse cake abriu franquias nas cidades de são josé do Rio Preto, Uberlândia e campinas. O segredo do sucesso da Mousse cake é ter um estilo próprio e prezar pela qualidade de seus produtos, que são servidos seguin-do rigorosamente o padrão gastronômico proposto pela marca.

Ter disponibilidade e liderança para conduzir o negócio, experiência e habilida-de comercial, conhecimento sobre varejo, entre outras características profissionais que podem tornar o novo empreendimen-to bem-sucedido, são alguns pré-requisitos

para investir em uma franquia da rede. A marca oferece duas opções de franquia, en-tre elas a loja pequena, tipo quiosque, e a loja grande. A rede dá preferência para cida-des que ficam até 300 quilômetros de uma loja Mousse cake já existente. Todas as lojas seguem um cardápio padrão e a produção dos alimentos é feita por uma cozinha pi-loto, que entrega os alimentos em todas as lojas da rede. www.moussecakecafe.com.br

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oportunidadefitness

tênis para todos

A rede de academias fórmula, lançada pelo grupo bodytech em 2011, que tem à frente os empresá-rios Alexandre Accioly, luiz Urquiza, joão Paulo Diniz, bernardo Rezende e luciano huck, continua a expansão nacional e conta com a parceria em santa catarina da Multione, que tem como sócios os empresários Wilfredo gomes, josé Netto, Rafael Kuerten e o tenista gustavo Kuerten, que já virou garoto-propaganda oficial da rede no estado. A rede de academias entra na contagem regressiva para a abertura das suas franquias em santa catarina. A marca estará presente em florianó-polis, no shopping iguatemi; em são josé, no continente Park shopping; no Vale do itajaí, no shopping Neumarkt, em blumenau; e no norte do estado, no joinville garten shopping.

A rede valoriza a qualidade de vida alinhada a um excelente custo-bene-fício, com uma proposta inovadora, simples e padronizada. equipamentos de última geração, variedade de ativi-dades e profissionais qualificados por um preço acessível e estacionamento gratuito fazem parte do conceito da fórmula. A estrutura padronizada das academias inclui sala de musculação, espaço cárdio, sala de indoor cycle e sala para aulas coletivas. “Trazer a rede fórmula para santa catarina é promo-ver um avanço na área de fitness em um estado que tem a qualidade de vida como marca registrada e que merecia uma operação diferenciada com o que há de mais atual na área”, destaca o empresário Wilfredo gomes.formulaacademia.com.br

A proposta da Tennis express é demo-cratizar o acesso aos tênis de marcas famo-sas. há pouco mais de um ano no mercado, é sucesso em vendas tanto em lojas de rua quanto nos recém-batizados ccs (centros de comércio e serviço), instalados nos cen-tros urbanos e avenidas movimentadas de são Paulo.

criada em julho de 2011, a Tennis ex-press nasceu para atender as classes c e D com lojas de rua especializadas em tênis. Marca mais popular do grupo Afeet, que tem mais de 17 anos de experiência em franquia e agrega marcas como Authentic feet, Artwalk e Magic feet, a Tennis express pertence aos empresários salomão salum e Adriano Obeid, que carregam o know-how familiar de mais de seis décadas no varejo.

A Tennis express possui sete franqueados e outros quatro já estão em negociação final. O valor do investimento parte de R$ 395 mil, já incluindo a taxa de franquia. “Diferente-mente das lojas de shopping, que requerem um investimento mais alto, nosso modelo de

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Wilfredo Gomes e Guga Kuerten, sócios locais da Fórmula, lançada pelo Grupo bodytech,e mário esses, diretor-executivo

franquia vem oferecer aos empreendedores uma nova e ampla possibilidade de negócio, em que a fidelização do cliente é maior, o in-vestimento inicial é menor e com horário de trabalho inferior ao dos shoppings, permitin-do uma economia em mão de obra, cada vez mais escassa e cara”, detalha o sócio-diretor da Tennis express, Adriano Obeid. O exe-cutivo explica ainda que o retorno do in-vestimento, quando bem dimensionado no plano de negócios, tende a ser mais rápido numa operação de loja de rua, e outra vanta-gem é a liberdade de mudança e criação nas vitrines. www.tennisexpress.com.br

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negócio enxuto lançada em 2008, a evolute cursos Pro-

fissionalizantes migrou para o franchising no início de 2012 e, desde então, passou de 10 para 52 unidades. A maioria das novas unidades já foi inaugurada e 15 delas serão lançadas até o primeiro trimestre de 2013.

Projetando a abertura de mais 100 uni-dades em 2013, a evolute é parte do gru-po VA, que em 2010 lançou também a Pop idiomas, que oferece curso de inglês a pre-ços populares. segundo os empresários, o objetivo das duas escolas é oferecer às pes-soas a possibilidade de se capacitarem para o mercado de trabalho através de um siste-ma individualizado, interativo e acessível.

Para investir na franquia é necessário dispor de recursos que variam entre R$ 18 mil e R$ 50 mil. O capital de giro sugerido para administrar o negócio fica entre R$ 9 mil e R$ 24 mil. A taxa de franquia gira em torno de R$ 9 mil a R$ 21 mil. A taxa de royalties é de R$ 120 por computador com sistema de ensino instalado. A taxa de publicidade não é cobrada. O faturamento

mensal é de R$ 50 mil e o lucro médio men-sal é de 30%. O prazo de retorno é de 12 a 24 meses.Administrada pelos sócios Vinícius Almeida e Alexandre loudrade, a evolute aposta em diferenciais como estrutura de negócio en-xuta e proximidade com o franqueado. “Ao fazer sua primeira campanha de captação de alunos, disponibilizamos um profissio-nal experiente para garantir que uma quan-tidade mínima de matrículas seja efetivada para dar sustentabilidade ao negócio o mais rápido possível”, afirma Loudrade, diretor-executivo. www.evolutecursos.com.br

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aBf anuncia nova presidenteA partir de janeiro de 2013, cristina

franco assume a presidência da Associação brasileira de franchising (Abf), entidade que congrega franqueadores, franqueados e fornecedores do sistema no brasil há 25 anos. cristina foi eleita para comandar a en-tidade nos próximos dois anos.

A empreendedora assume a entidade num momento ímpar para o sistema no brasil. O setor deve fechar o ano de 2012 com faturamento de R$ 105 bilhões, 15% a mais do que foi registrado no ano anterior. O franchising no brasil conta com 2.213 marcas e gera 936 mil empregos.

cristina franco é formada pela PUc-sP, cursou gestão de Recursos huma-nos pela faculdade getulio Vargas e tem o título de MbA em Varejo e franchising pela fundação instituto de Administração (fiA) da UsP-sP.

foi sócia-fundadora da biT company, empresa que adquirida pelo grupo Multi em 2010. Desde então, é diretora de Rela-ções governamentais do grupo.

adriano obeid, da tennis express: modelo exige

investimento menor

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lavanderia self-service A laundromat, maior rede de lavande-

rias self-services da América latina, inau-gurou seu novo modelo de franquias em sistema modular. A rede quer crescer junto com a classe média, reforçando as vantagens do sistema self-service de lavagem de roupa fora de casa. A expectativa é que, em 2013, 50 novas lojas em sistema modular, entre pró-prias e franqueadas, sejam abertas no brasil, o que vai demandar um investimento de R$ 10 milhões.

O novo formato de loja, em sistema mo-dular, inaugurada no carrefour da barra, no Rio de janeiro, facilita a instalação em locais de grande circulação de pessoas como hiper-mercados e postos de gasolina. A unidade tem 54 metros quadrados e conta com uma equipe de seis funcionários que se revezam em dois turnos de seis horas por dia. A laun-dromat oferece ainda o formato express, preparado para se encaixar em lugares me-nores, a partir de 9 metros quadrados, e sem necessidade de funcionários. O investimento

neste novo modelo de franquia gira em tor-no de R$ 350 mil. A previsão de retorno do investimento no modelo integral e express é de 24 a 36 meses. “Nosso formato dispensa preocupações com obras. A unidade já che-ga pronta, precisando apenas de pequenos ajustes”, afirma Juan Carlos Lopez, presiden-te da laundromat brasil.

fundada em 1981, na Argentina, atual-mente opera 60 novas unidades espalhadas por 15 estados brasileiros. A laundromat oferece modelos customizados de fran-quias, entre eles, a laundromat integral, que conta com atendimento self-service, passadoria profissional, lavagem a água, wet cleaning; e a laundromat express, um mo-delo de negócio de rápida instalação que é preparado para ser integrado a locais de grande circulação de pessoas, como postos de gasolina e supermercados. Atua, ainda, com a instalação de lavanderias em condo-mínios residenciais e hotéis.www.laundromat-master.com.br

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aquecimento imobiliário

Pizzas tecnológicasA Red sun Pizzas propõe um conceito

diferenciado em um segmento cada vez mais saturado e vai além dos sabores ex-clusivos e do uso de produtos premium para seduzir o consumidor e conquistar novos franqueados. A rede aposta no treinamento de seus colaboradores e no atendimento digital aliando variedade, novidade e tecnologia em seus serviços.

fundada em 2011, seguindo a visão empreendedora do engenheiro luis Ro-berto Pereira leite, a Red sun Pizzas nas-ceu do sonho de abrir um negócio pró-prio no ramo da gastronomia. O segundo passo do empresário foi amadurecer a ideia e o conceito da rede, oferecendo pizzas gourmet por meio de um sofisti-cado serviço que utiliza a mais avançada tecnologia.

A implantação de plataformas digitais agiliza e simplifica o processo de com-pra do pedido. Os tradicionais cardápios de papel foram substituídos por iPads. Assim, os clientes podem escolher o que vão consumir, consultar a conta ou

mesmo navegar pela internet através dos “garçons digitais”.

A rede oferece, ainda, o serviço de e-ticket para usuários do iPhone e por meio do próprio celular ou tablet é possível fa-zer o pedido combinando os sabores de uma das metades das pizzas. já o servi-ço de entrega é feito pela hot box, uma pequena caixa que pode ser recarregada na energia e a cada três minutos dispara um choque a uma temperatura de 80ºc. este sistema mantém os pedidos quen-tes como se tivessem acabado de sair do forno para os clientes que optarem pela entrega em domicílio.

A marca, que surgiu em santos, no litoral paulista, tem uma estrutura física planejada para oferecer maior controle microbiológico dos ambientes. As pare-des de vidro da cozinha permitem acom-panhar todas as etapas de produção e manuseio dos alimentos. Além disso, há aparelhos de TVs espalhados pelo res-taurante que transmitem em tempo real tudo o que acontece durante a fabricação

das pizzas. O investimento inicial para abrir a

franquia é de R$ 375 mil e inclui a taxa de franquia de R$ 40 mil com todo o supor-te inicial. Também estão inclusos neste valor os equipamentos e maquinários. A expectativa de recuperação do capital investido é de dois anos e meio. Mensal-mente, o franqueado paga o valor de 8% de royalties sobre a receita bruta. e a taxa de propaganda é de 2% sobre o fatura-mento bruto mensal. www.redsun.com.br

A five star Pinturas – braço brasilei-ro da five star Painting, franquia norte-americana – chegou ao País em 2010 e já conta com mais de 25 unidades franque-adas em mais de 20 cidades brasileiras. em 2013 a perspectiva é crescer 60%, em números de unidades franqueadas, e faturar mais de R$ 10 milhões no bra-sil. “esse faturamento corresponde a um aumento de 400% em relação a 2012. O grande crescimento de nosso negócio é fruto do aquecimento do setor imobili-ário no brasil, aliado à qualidade e agili-dade dos serviços que prestamos”, avalia felipe cruz, VP e diretor comercial da five star brasil.

A five star trabalha com equipamen-tos de projeção de massa e tinta – lixa-deiras de alta performance com aspiração – e conta com mão de obra especializa-da, que realiza a limpeza do local a ser pintado diariamente, garantindo a ordem durante a execução dos serviços. Todos

os serviços da five star têm garantia de 24 meses.

Os profissionais contratados pela five star são uniformizados, treinados, certificados e possuem atestado de an-tecedentes criminais. A empresa mantém um call center para atender os clientes e

realiza seus orçamentos por meio de um software especializado, que detalha todos os custos, evitando surpresas desagradá-veis e aumento de preços durante a obra. Além disso, a empresa tem o compromis-so de cumprir os prazos estabelecidos, sem atrasos. fivestarpinturas.com.br

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gabriel estevamdomingosempresa: Ged InovaçãoFormação: cursando o 5º período de engenharia ambiental na unimonteIdade: 25 anoslocal de nascimento: São Pauloempresa: Ged Inovação, tecnologia e engenhariacidade-sede: cubatão (SP)Número de funcionários: 5

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por mônica Pupo [email protected]

De inventor a empresário, a trajetória de gabriel estevam Domingos é daquelas que não passa despercebida por aí. Afinal, ele nem sequer acabou a faculdade de engenharia Ambiental, mas já acumula 19 prêmios – todos ligados à área de inova-ção – capazes de fazer inveja a muito pós-graduado. empreendedor precoce, com apenas 23 anos abriu seu próprio negócio com sede na cidade de cubatão, litoral de são Paulo. hoje, aos 25, comemora o sucesso da geD inovação, engenharia e Tecnologia, empresa focada no desenvol-vimento de produtos sustentáveis que a cada dia conquista novos e mais impor-tantes parceiros, incluindo diversas com-panhias multinacionais que se rendem aos projetos criativos e audaciosos do futuro engenheiro.

entre os produtos mais recentes cria-dos por gabriel está uma tinta ecológica para uso na construção civil. A chamada ecotinta utiliza resíduo proveniente das indústrias de fertilizantes, como o fosfo-gesso, transformando-o em tinta acrílica para pintar parede. “De cada tonelada de ácido fosfórico produzido por essas indústrias, gera-se quase 6 toneladas de gesso químico, sendo que apenas 15% é reutilizado. O restante, que hoje utiliza-mos como matéria-prima para a fabrica-ção da ecotinta, antes era descartado no meio ambiente”, explica. De tão inovado-ra, a invenção garantiu a gabriel o título de embaixador ambiental oferecido pela bayer em parceria com a Organização das Nações Unidas, em 2012.

De olho na demanda por soluções alternativas para o tratamento de esgoto doméstico, gabriel criou um reator capaz

Inventor com veia empreendedora, Gabriel domingos conquista prêmios de inovação e parceiros de negócios antes mesmo de concluir a graduação

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No primeiro ano da faculdade, Gabriel conquista o primeiro de seus 19 prêmios na área de inovação, fornecido pela empresa vopak.conquista do Prêmio edP 2020.abertura da Ged Inovação, tecnologia e engenharia, com sede em cubatão (SP).Gabriel conquista o título de embaixador do meio ambiente concedido durante a nona edição do Programa bayer Jovens embaixadores ambientais.

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de tratar e reutilizar efluentes líquidos para fins não potáveis, como para a lava-gem de carros, calçadas, roupas e irriga-ção de plantas. “enquanto a maioria dos demais sistemas semelhantes exige uma estrutura complexa para tratar o esgoto, incluindo vários tanques, o que criei é bastante simples e utiliza energia elétri-ca”, destaca.

Outro projeto desenvolvido pela geD é uma ração para cães e gatos fabri-cada a partir do subproduto gerado pela pesca, atividade abundante na região da baixada santista, onde a empresa está instalada. “A casca do camarão e algu-mas partes comumente descartadas dos peixes são muito ricas em nutrientes, ga-rantindo um alimento com maior valor nutricional em relação às rações conven-cionais, além do custo mais baixo, pois o insumo é gratuito, sem falar na questão ecológica, pois mais uma vez os resíduos seriam descartados na natureza”, aponta gabriel. segundo ele, as rações comuns chegam a ter um valor 300% maior do que esse produto.

O empresário já repassou alguns dos projetos para empresas, enquanto ou-tros aguardam parceiros para que sejam viabilizados em escala comercial. Produ-zida atualmente em escala piloto, por exemplo, a ração ecológica é vendida a granel para companhias do ramo. cons-ciente da necessidade de novas parce-rias, o jovem conta com a ajuda de uma empresa que faz o contato entre a geD e possíveis investidores. “faz parte da nossa visão buscar parcerias com players já estabelecidos no mercado, até porque as tecnologias que desenvolvemos ge-ralmente se aplicam a mercados muito competitivos, como o de tinta acrílica e alimento animal”, conta.

A notoriedade conquistada pelo jo-vem empreendedor é fruto de muito estudo e, principalmente, de uma voca-ção inegável surgida na infância. Quando criança, uma das brincadeiras favoritas de gabriel era produzir seus próprios pro-dutos de higiene, como sabonete, xampu e creme dental. “eu lia as fórmulas con-tidas nos rótulos e tentava reproduzir, tudo de forma caseira e com os elemen-tos que tinha à disposição”, relembra. já na fase adulta, após ingressar na faculda-

de de engenharia Ambiental, ele passou a se dedicar à invenção de projetos alinha-dos aos conceitos de sustentabilidade, ou seja, soluções ecologicamente corretas, socialmente justas e economicamente vi-áveis. “gosto de pensar em soluções para questões que se tornaram críticas para a preservação do meio ambiente, como o tratamento e reutilização de resíduos”, diz gabriel.

Um dos primeiros projetos criados na universidade foi o de um fertilizante orgâ-nico produzido com restos de alimentos. Antes de se transformar em fertilizante, o

material passa por uma série de etapas. Após serem triturados, os resíduos são depositados em tanques e, na sequência, são adicionados água e micro-organismos que se encarregam de acelerar o processo de decomposição. “em vez de serem de-positados no aterro sanitário, os restos de alimentos são reciclados e retornam para o solo como fertilizantes orgânicos, obe-decendo a um ciclo que beneficia tanto o homem quanto a terra”, reflete.

Os prêmios conquistados por gabriel incluem um concedido pelo governo do estado de são Paulo, em 2010, como um dos três melhores projetos de economia Verde, reconhecido na bolsa internacio-nal de Negócios de economia Verde; o “Prêmio eDP 2020”, também em 2010 – considerado o maior prêmio de inovação e empreendedorismo do brasil. foi com o dinheiro adquirido nessa premiação, algo em torno de R$ 100 mil, que gabriel ini-ciou a operação da geD.

Além disso, o estudante empresário já conquistou dezenas de outros prêmios e concursos dedicados à inovação e sus-tentabilidade ligados a grandes empresas como Whirlpool, Mineradora samarco e Vopak, com as quais a geD mantém par-cerias até os dias de hoje. Para a Whirlpool, por exemplo, a empresa desenvolveu um projeto de um reator para ser acoplado às lavadoras de roupa, com o objetivo de tra-tar a água gerada no processo de lavagem. já para a Mineradora samarco foi criada uma tecnologia capaz de reutilizar a lama proveniente da extração do minério de ferro para a produção de vidros e pneus.

Para 2013 os planos da geD incluem a abertura de uma filial em São Paulo e a participação em projetos e editais, como o edital inovapetro e Projeto Agro energia goiás, entre outros, além da contratação de novos colaboradores. Quando termi-nar a faculdade, no ano que vem, gabriel pretende seguir com suas invenções sus-tentáveis. “Quero continuar conciliando as carreiras de inventor, pesquisador e empreendedor, colocando em prática projetos que podem alavancar o fomento e cultura pela sustentabilidade, inovação e ciência em jovens como eu, pois creio que essa também seja uma de minhas parcelas de contribuição para o desenvolvimento de um mundo melhor.”

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segurança customizadaNo mercado de segurança existe uma demanda por pro-

jetos que atendam as particularidades de cada cliente. Pen-sando nisso, a Vault, especializada em blindagem arquitetô-nica e sistemas integrados de segurança (controle de acesso, cfTV e alarmes), colocou em prática a estratégia da perso-nalização, criando projetos de segurança customizados que atendam a demandas específicas de segurança.

Um destes projetos exclusivos foi planejado para o pré-dio da Petrobras, no Rio de janeiro, e resultou em uma das maiores blindagens feitas no brasil (Nível iii contra fuzil), totalizando mais de 1 mil metros quadrados de área prote-gida com vidros blindados. Outro projeto customizado foi a proteção do prédio da sulamérica, também no Rio de ja-neiro. “O trabalho consistiu na blindagem de equipamentos

como condicionador de ar, trafos e geradores, localizados na cobertura do edifício da seguradora. como o prédio se encontra em área de risco, o investimento tornou-se mais barato do que o eventual conserto de um desses equipamen-tos”, afirma cristiano Vargas, diretor da Vault.

Todas as etapas da elaboração e do desenvolvimento do projeto de segurança são acompanhadas pelo cliente, que tem a tranquilidade de opinar e sugerir alterações, certifi-cando-se que o projeto atenderá a todas as especificações propostas por ele. Além disso, a empresa consegue integrar a parte mecânica à eletrônica, preservando a integridade ar-quitetônica da estrutura, caso o projeto de segurança preci-se ser implantado em uma construção já existente.www.vaultbr.com

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imageminteligente

A M2sys Tecnologia e serviços, especia-lizada em soluções e serviços de conversão, captura, tratamento e controle de transa-ções por imagem, lança uma nova solução de software e serviços voltada para ancorar a migração dos documentos físicos para a lógica das novas aplicações digitais de work-flow.

Denominada “imaxes Multilayer Docu-ment service”, a solução é escalável, aten-dendo a qualquer demanda de volume, atingindo até a escala de milhões de docu-mentos. entre suas funcionalidades está a capacidade de capturar diferentes tipos de documentos, em sequência de pacotes e lo-tes, com total garantia de reconhecimento automático por parte da aplicação.

A M2sys pode entregar a solução ao cliente ou atuar como um parceiro na im-plantação e operacionalização do projeto. O sistema imaxes dispensa a aquisição de novos hardwares de captura, por se adaptar a qualquer scanner disponível no usuário, permitindo que os documentos possam ser capturados no local ou importados da rede de servidores da empresa. O imaxes Mul-tilayer permite ainda que diversos pontos de captura instalados possam trabalhar em conjunto. cada documento, para o imaxes Multilayer, tem uma identidade única e cer-tificada, sendo também inviolável em suas características, já que a solução dispõe de criptografia para o controle de acesso, his-tórico e conteúdo de cada documento.

Após capturar os documentos na ori-gem, a solução imaxes Multilayer trans-porta-os eletronicamente com segurança e acreditação jurídica até os pontos de pro-cessamento, conferência e storage. com isso, o sistema cria um ambiente de negó-cios compatível com as exigências legais de documentação e dispensa o transporte de papéis, transformando o fluxo de trabalho da empresa em um ambiente 100% digita-lizado.

A solução identifica, classifica e trata os documentos da empresa, gerando uma me-todologia clara e sustentável para o armaze-namento e recuperação dos mesmos. suas ferramentas leem e entendem caracteres escritos à mão, através da tecnologia Midwa-re connect Direct, e permitem a exportação P2P, que garante gestão de imagens e conte-údos empresariais de forma integrada www.m2sys.com.br

Criar sem programaTotalmente desenvolvida no brasil e lan-

çada há pouco mais de um ano, a plataforma de criação de apps Universo.mobi já conta com mais 27 mil aplicativos, desenvolvidos por appers em cinco continentes. A Univer-so.mobi (http://universo.mobi) é uma plata-forma para criação de apps, na qual qualquer pessoa pode criar instantaneamente aplica-tivos para as principais plataformas móveis (iPhone, Android e java) de uma vez só, de maneira fácil, rápida e intuitiva. O Universo.mobi permite integrar o conteúdo das redes sociais, como o facebook, Twitter, Rss, flickr e YouTube, além de fazer o upload de conteú-dos como vídeos, músicas, imagens e textos.

Aberto a qualquer usuário que deseje se inscrever gratuitamente, ela torna acessível um tipo de conteúdo para divulgação que pode chegar a custar milhares de dólares, dependendo da sua complexidade. Um dos diferenciais é que a plataforma foi criada para ter a maior compatibilidade possível: são mais de 5 mil modelos de celulares, incluin-do iPhones, dispositivos Android e java. Os appers interessados ainda podem fazer o up-grade do serviço por apenas R$ 9,99 ao mês. há também o Plano Pro, que inclui a dispo-nibilização dos apps na Apple App store e no google Play.

A start-up brasileira conquistou o segun-do lugar na “batalha das start-Ups”, concurso

idealizado pela Mef Americas: Mobile con-tent & commerce com o intuito de premiar os melhores projetos de inovação no univer-so da mobilidade. A Universo.mobi foi a única representante brasileira entre os finalistas do evento, e foi reconhecida pela criação desta plataforma gratuita, na qual usuários sem qualquer conhecimento em programação são capazes de desenvolver aplicativos de acordo com a sua criatividade e necessidade. http://universo.mobi

recolhimento tributárioA maioria das micro e pequenas empresas pode se enquadrar no regime tributário

conhecido como simples Nacional, previsto na lei complementar n° 123, de 14 de de-zembro de 2006, que contempla microempresas com receita bruta anual de até R$ 360 mil e empresas de pequeno porte com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões. Porém, de-vido à grande variedade de atividades e de formas de tributação há a necessidade de uma análise específica considerando-se o perfil de cada empresa. Com foco nesta proposta, a Moore stephens, rede de auditoria, consultoria e outsourcing contá-bil, auxilia empresas cuja receita bruta esteja dentro do limite previsto pelo regime, a optarem ou não por ele.

O simples Nacional permite o não-recolhimento direto do iNss que, conforme a atividade, pode representar até 40% da folha de pagamento. “Por isso, a primeira recomenda-ção é que adotem o simples Nacional apenas as empre-sas que tenham gastos altos com salários, rendimentos do pró-labore e remuneração de autônomos”, aconse-lha edison lima, diretor da Moore stephens Auditores e consultores. http://brazil.moorestephens.com

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governançacorporativa

Acompanhar a evolução tecnológica se tornou uma necessidade para se manter compe-titivo no mercado. E para potencializar os negócios e superar os inúmeros desafios corpo-rativos, alcançando um patamar de excelência na organização, as empresas precisam de um modelo de governança corporativa eficiente, em que os executivos se orientem de forma correta, para evitar eventuais erros durante as tomadas de decisões.

Pensando em proporcionar às companhias – de pequeno, médio ou grande porte – a integração e o entendimento de importantes aspectos, a starsoft, fornecedora de tecnologia de sistemas integrados para gestão corporativa, anuncia parceria com a Pll consultoria em-presarial, especializada no gerenciamento de pessoas e processos administrativos financeiros. Através da implantação de uma solução de eRP, tecnologia proporcionada pela starsoft, e os serviços de Outsourcing da PLL, as empresas oferecem o Back Office, com a incorporação de sua governança corporativa, e passam a focar exclusivamente na sua atividade fim.

O sistema é implantado em até 120 dias e o cliente não precisa arcar com custos de licença e manutenção. O valor mensal é cobrado sobre os serviços de outsourcing prestados – assim o investimento só será aplicado após 30 dias, a partir do funcionamento do processo. Além disso, a hospedagem está inclusa neste pacote e o cliente só precisa de um servidor de dados e ter acesso à internet.

este modelo único de serviço conta com três pilares: tecnologia de dados do sistema em um servidor; serviços de outsourcing que realizam os processos contábeis, fiscais e de folha de pagamento; e a implantação de governança corporativa, por meio de uma consultoria em gestão. “hoje, o empresário brasileiro não tem noção de quanto vale o seu negócio. Assim, com os nossos serviços integrados, ele pode ter uma visão real qualitativa e quantitativa de sua empresa, como podem crescer, onde investir, qual o valor de venda da companhia, por exemplo. Disponibilizamos uma solução que o auxilia a entender seu posicionamento no setor em que atua, capacitando o gestor, tanto com uma ferramenta inovadora quanto com governança em processos administrativos. A parceria propicia ao empresário novas bases para a tomada de decisões”, destaca Pedro lotti, sócio-diretor da Pll.www.starsoft.com.br / www.pllconsultoria.com.br

força de vendasA salesWays é uma empresa voltada para potencializar a sinergia existente en-

tre tecnologia e metodologias que apoiam as estratégias e os processos de vendas. Seus produtos foram desenhados para aumentar a capacidade dos profissionais de venda em prever e realizar receitas com precisão, criando sinergia entre metodolo-gia e tecnologia. foi com o sales cycle Manager On Demand, solução de suporte aos vendedores autônomos, representantes comerciais ou equipes comerciais de pequeno e grande porte no gerenciamento das oportunidades de venda, que a empresa de origem canadense começou a atuar no brasil.

A partir de 2010, com a entrada em operação, a salesWays do brasil teve como principal objetivo entrar no competitivo mercado brasileiro de automação de ven-das, que hoje é dominado pelas empresas fornecedoras de CRM. No final de 2012 a empresa lançou a Aspec experience, um conceito integrado de mobilidade, com-putação em nuvem e rede social. este conceito amplia as fronteiras originais da sua metodologia de automação de vendas e será oferecido nas modalidades Aspec solo (vendedores individuais que utilizam somente seus smartphones como ferra-menta), Aspec Team edition (pequenas estruturas com poucos vendedores), As-pec enterprise edition (corporações com centenas de vendedores, representantes e distribuidores), Aspec cloud (integração em uma plataforma computacional na nuvem) e Aspec hub (integração através de uma rede social que trará as melhores práticas de vendas a todos os profissionais cadastrados). www.salesways.com.br

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maiscomunicação

A Target sistemas, empresa de tecnolo-gia com foco específico no setor de distri-buição, leva ao mercado a nova versão do catálogo eletrônico para tablet. A solução oferece ferramentas que possibilitam maior agilidade, interação e compartilhamento de informações entre indústria e distribuidor.

Um dos diferenciais da nova versão é a utilização compartilhada com a indústria, principal geradora de conteúdo visual e de informações sobre os produtos comerciali-zados pelo distribuidor. Outra novidade é que a nova versão do catálogo eletrônico permite trabalhar com outras mídias, como vídeos e banners, apresentar e destacar campanhas, promoções e informações ins-titucionais da distribuidora, dar agilidade e flexibilidade na navegação dos produtos e permitir informações, imagens e vídeos genéricos de linhas ou categorias de pro-dutos.

“Por meio de um novo módulo do soft-ware a própria indústria poderá alimentar as imagens, vídeos e informações conside-radas importantes para a apresentação dos produtos ao varejista no ponto de venda. A partir disso, os recursos do software farão automaticamente a replicação das informa-ções aos distribuidores e, em questão de minutos, todos os seus vendedores estarão com o catálogo atualizado”, afirma Rafael Rojas filho, diretor da Target sistemas.

Além da indústria, o varejista ganha mui-to com o uso da ferramenta. De acordo com o diretor da empresa, a versão atualizada do catálogo eletrônico aumenta a qualidade e melhora a apresentação dos produtos, a possibilidade de ver vídeos e banners e ter acesso às campanhas promocionais. O vare-jista passa a ter ainda maior conhecimento dos produtos, marcas, ações comerciais e iniciativas de marketing da indústria.www.targetsis.com.br

mapeamentopara shoppings

A empresa MapMkt traz com exclusividade para o brasil uma solução inova-dora em geolocalização indoor. A tecnologia usada pelo aplicativo, que opera em Android e iphone, não disponível em outros serviços de mapas, permite aos fre-quentadores dos shoppings a visualização 3D de ambientes internos de lojas, se-ção de produtos, a saída mais próxima do estacionamento ou da escada rolante.

O sistema consiste em um mapeamento do interior dos diversos espaços fí-sicos, feito a partir da planta de qualquer empreendimento, que apresenta os mínimos detalhes da estrutura do local. Dessa forma a empresa passa a existir no mundo virtual exatamente como é vista na realidade, possibilitando a seus consumidores e visitantes realizar uma visita prévia do lugar, e também repre-senta uma maior facilidade para encontrar o destino desejado de acordo com as necessidades de busca.

A utilização do geolocalizador não depende de rede wi-fi, sinal de operadora de telefonia ou sinal de gPs. “O único momento em que o usuário deverá estar conectado na internet é para fazer o download do aplicativo da empresa em que o mapa de geolocalização estará operando. A atualização inicia automaticamente e tem duração de segundos”, explica Paulo hartmann, diretor-executivo da Map-Mkt. http://mapmkt.com.br

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especialista em economia Digital e autor de 8 Ps do marketing digital, con-rado Adolpho também é empreendedor no segmento e consultor empresarial. em seu novo livro, disponível gratuitamente para download, ele mostra como montar um “plano b” para não depender exclusi-vamente do seu emprego como fonte de renda. segundo a obra, é possível utilizar a internet para aumentar a renda mensal de maneira sustentável e contínua, gerando

receita através das mais diversas maneiras: montar um pequeno e-commerce no siste-ma dropshipping (sem ter estoque), vender conhecimento através de serviços digitais, ministrar aulas via skype, vender videoau-las, participar de programas de afiliação, montar um site, entre outras dicas. “Pre-tendo mostrar que nessa nova economia a geração de receita pode acontecer a partir de qualquer lugar, inclusive da sua própria casa, aproveitando-se das vantagens que a

internet traz. Já há milhares de profissionais fazendo isso, inclusive eu. Quero ensinar o passo a passo de como isso pode ser feito por qualquer pessoa”, afirma Conrado.

frases perfeitas para avaliar seudesempenho e o de sua equiperobert bacal e douglas max – editora Saraiva – r$ 24,90

A habilidade de fazer uma avaliação de desempenho adequada e guiada para a mudança é o que separa os chefes medianos dos bons. Porém, ape-nas quem está na liderança sabe a dificuldade de encontrar as palavras mais adequadas às suas necessidades. Pensando nisso, os autores reuniram frases que po-dem ser usadas em situações relacionadas à avaliação de desempenho, seja qual for a profissão e o cargo. A obra mostra, por exemplo, como documentar acidentes críti-cos, avaliar comportamentos, conduzir en-trevistas, identificar os erros mais comuns ligados ao tema e como fazer a reunião ser leve e produtiva.

os números falamStephen baker – editora Saraiva – r$ 34,90

Deixamos uma série de pistas de informações pes-soais pela internet. Acessamos páginas da web, zape-amos canais da TV, passamos por cabines de pedágio automáticas, utilizamos cartões de crédito e ligamos celulares. empresas como Yahoo! e google coletam em média 2,5 mil detalhes pessoa/mês. esse trabalho de rastreamento é feito pelos numerati, membros de uma elite da ciência da computação focados em vas-culhar todos os nossos passos buscando padrões de comportamento que possam prever o que queremos comprar, dentre outras coisas. Para decifrar esses dados e informações, a obra apresenta a função dos numerati e como eles utilizam códigos binários para monitorar e manipular nosso comportamento sem percebermos.

você já tem um plano B?conrado adolpho – disponível para download gratuito em www.conrado.com.br

“desenvolver um Plano b significa criar um sistema para, dentro de alguns meses ou poucos anos – dependendo de sua dedicação –, ficar totalmente independente do seu emprego atual (que hoje é o seu Plano a e a sua única alternativa viável). Isso quer dizer que vai aprender a construir a segurança de que precisa para que, se perder o emprego ou precisar de uma quantia extra para uma viagem ou para algum imprevisto, você esteja preparado. ao longo do tempo, o seu Plano b poderá se transformar no seu

Plano a. daí terá chegado a uma vida muito mais completa, em que terá a liberdade para fazer suas próprias escolhas.”“a vantagem que a empresa tinha de organizar o processo de transformação do seu tempo em produtos ou serviços, agora, você também tem. a internet lhe fornece todas as ferramentas de organização de um processo de vendas para que se torne tão eficiente em transformação de tempo em dinheiro quanto uma empresa é.”

seja precavidoconrado adolpho mostra como montar um “plano b” para não depender exclusivamente do seu emprego como fonte de renda

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Pop up storesPara quem ainda não ouviu falar

em pop up stores, este termo em in-glês foi incorporado em nosso vocabu-lário para designação de algumas lojas temporárias.

Antes da difusão deste conceito, quando se pensava em loja temporária, a associação recorrente era com sazo-nalidade, ou seja, nada mais natural do que encontrar uma loja especializada em enfeites de Natal que só funcione próximo à data, ou ainda lojas temporá-rias de ovos de chocolate focando a Pás-coa. A diferença deste conceito para as lojas pop up é que a temporalidade não está necessariamente ligada à sazonali-dade – são lojas que abrem em deter-minados dias para vender, por exemplo, roupas ou sapatos ou qualquer outro item durante um período determinado de tempo.

essa dinâmica da novidade por tem-po limitado gera no consumidor uma sensação que se ele não aproveitar para comprar aqueles produtos naquele mo-mento, enquanto a loja está aberta, pode não ter mais no futuro. A data definida para começar e acabar gera um senso de urgência em aproveitar para conhe-cer o que está sendo apresentado.

A pop up é uma ação que pode ou

não ter o lucro como objetivo. A mon-tagem da loja pode ter outras funções como testar a aceitação de um determi-nado mix de produtos ou inovação, pois sua proposta não exige continuidade mínima de reposição. O argumento tem-porário permite um tipo de operação diferente e parametriza as expectativas dos clientes. imagine-se entrando numa loja tradicional de sapatos e escutando do vendedor que os cinco modelos que você escolheu não estão disponíveis no seu número. existe uma grande chance de você avaliar mal essa loja e sair com a impressão de que a operação não é suficientemente eficiente para manter a grade necessária. Agora imagine a mes-ma situação ocorrendo numa pop up: existe grande chance de passar pela sua cabeça que você deveria ter ido antes ou que o produto deve ter vendido muito, já acabou, enfim, o conceito de “apro-veite enquanto tem” é muito forte.

O sucesso da pop up também está diretamente ligado à sua atratividade. A comunicação tem que ser muito efi-ciente para fazer o público-alvo agir rápido. Pensando nisso algumas pop ups escolhem um tema específico ou acontecem num espaço que contemple também apresentações musicais ou ex-

posições de arte.este conceito pode ser pensado para

vários segmentos, com inúmeras aplica-ções como bares e restaurantes. Enfim, o importante é conseguir a concentra-ção do público necessária em torno da instalação e cumprir o propósito da ação que deve ser temporária, não caindo na tentação de repetir à exaustão. Assim, as ações não se tornarão repetitivas, rotineiras e previsíveis, o que destruiria completamente o conceito pop up.

o importante é conseguir a concentração do público necessária em torno da instalação e cumprir o propósito da ação que deve ser temporária, sem cair na tentação de repetirà exaustão

Por Kátia belloKátia bello é arquiteta, especialista em comunicação estratégica de varejo e

sócia-diretora da Opus Design. [email protected]

B a n H o d e lo j a

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Parar de vez em quando para pensar que o seu tempo em equipe pode não ser o tempo do outro, deve ser uma ta-refa realmente árdua! Porque calcular o tempo, até onde entendi, é tarefa para físico, não para seres comuns. esta pode ser uma das explicações para o baixo en-tendimento desse enigma.

Desde cedo percebi que, quanto mais rápido decidisse algo, maior velocidade eu teria na corrida pelo aproveitamento do tempo, e, quanto antes pedisse algo para alguém me ajudar, mais tempo eu estaria dando para aquela pessoa desen-volver o trabalho para mim.

Procuro separar pressa versus prioridades, correria versus responsabilidade, decisão versus precipitação. Procurei com o tempo interpretar com maior percepção os momentos em que é necessário correr e os momentos em que realmente é necessário tempo para pensar

tempo versus tempo este pensamento de que tudo pode-

ria ser resolvido “rapidinho” me levou a algumas falhas graves, atropelos, deci-sões precipitadas, desesperos desneces-sários, afobação, ansiedade e diversos outros defeitos que assumo ter. Por ou-tro lado, criei em minha vida dinâmicas aceleradas que trouxeram, ao longo do tempo, alguns bons resultados.

Por muitos anos, por mais que eu corresse, os resultados não pareciam suficientes. Eu precisava de 30 horas por dia. Minha ânsia para que tudo ocorres-se em tempo recorde me fez sofrer com duas úlceras no duodeno aos 24 anos. Na época era muito difícil alguém conseguir fazer com que me acalmasse. estava sem-pre ligado no 220 V. somente os anos, o amadurecimento e muita autocrítica me fizeram diminuir um pouco a ansiedade. Pouco, porque a velocidade ainda faz parte da minha vida!

hoje faço um constante exercício: procuro separar pressa versus priorida-des, correria versus responsabilidade, decisão versus precipitação. Procurei com o tempo interpretar com maior per-cepção os momentos em que é necessá-rio correr e os momentos em que real-mente é necessário tempo para pensar. Acho que, intuitivamente, aprendi física, pois nos negócios necessariamente pre-cisamos trabalhar em equipe e, muitas vezes, o tempo que se demora para pas-sar um trabalho, discuti-lo, é exatamente o mesmo tempo que se tem para fazer o trabalho.

gosto de fazer analogia com carros e futebol. No carro as marchas são tro-cadas no momento da subida de giro. Quem as troca com mais eficácia acaba ganhando, seja na velocidade, seja na economia. No futebol, é preciso que o meio-campo coloque a bola imediata-mente aos pés do centroavante quando ele sai correndo… ela deve estar no ponto certo para o chute, a sincronia entre os dois deve ser perfeita para o

bom rendimento da partida…Nas empresas as coisas não são assim

tão visíveis nem tão sentidas. Quando a bola para, muitas vezes ninguém perce-be. O motor já está quase explodindo e o motorista nem se preocupa em trocar a marcha.

hoje, mais do que nunca, precisamos estar ligados, atentos, perceptivos aos movimentos. somos elos em diversos processos, e a capacidade de decisão e a velocidade de cada um interferem total-mente no resultado final.

Quando se trabalha em equipe é ne-cessário que todos estejam em perfeita sincronia: cada pessoa deve estar total-mente atenta ao tempo do jogo ou ao ru-ído do motor, se for o caso. Muitas vezes criticamos os pernas de pau e os braços duros sem antes avaliarmos como esta-mos diante dos movimentos conjuntos.

É importante não correr muito, para que os outros possam ter fôlego para ir no mesmo ritmo, mas também não se deve demorar muito, a ponto de emperrar a fila.

Tempo é tudo. Ou nada. Depende de quanto e como é utilizado.

e m P r e e n d e d o r i s m o j á . C o m t e m P o

por marcelo PonzoniPublicitário e diretor-executivo da

agência Rae,MP, que atua há 23 anos no mercado; e autor do livro Eu só queria

uma mesa, da editora saraiva. (11) 5070-1294 – [email protected]

www.raemp.com.br

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m e g a f o n e

Na vida de um empreendedor, a sociedade é um fator importante para atingir – ou não – o sucesso com rela-ção aos seus objetivos. Uma das tarefas mais difíceis e delicadas é a escolha do sócio. Ultimamente vejo pouco material de apoio para ajuda nesta etapa da vida empresarial. A escolha de um sócio com toda certeza é uma das atividades mais importantes do negócio. Não temos em nosso perfil todas as características empresariais que o mercado atual exige dos seus líderes. Nesse sentido, é muito importante quando os diferentes perfis se completam e somam para o sucesso da sociedade.

É justamente neste ponto que sur-ge a primeira pergunta básica: quais são as melhores características do meu perfil empresarial? esta é uma questão simples, mas, muitas vezes, difícil de ser respondida. Muitas pessoas não sabem o que fazem de melhor na vida profissio-nal. Um ditado pessoal e que ajuda mui-to nesta etapa e que brinco com meus colaboradores é: “Quem vende não en-trega e quem entrega não vende!” esta brincadeira pode ajudar você a identifi-car se o seu perfil é de um profissional que vai desempenhar um papel estraté-gico da porta para fora da empresa ou da porta para dentro.

este pode ser um bom ponto de par-tida! se a sua resposta for que o perfil de um dos sócios tem expertise da “porta para fora”, comece a refletir que uma sociedade possível do seu negócio é es-colher alguém com perfil da porta para dentro e vice-versa. sempre o oposto. No meu caso, sou um profissional da porta para fora e, na minha empresa, minha missão vital é manter o relacio-namento com os clientes, entender seus desafios e desenvolver ideias inovado-ras. já a minha sócia tem a capacidade de extrair as minhas ideias do papel e entregar com uma alta qualidade. e, des-

por rodrigo Geammalfundador e diretor-executivo da elos cross Marketing – agência brasileira

pioneira no marketing de resultados de vendas, que tem o esporte e o entreteni-

mento como conteúdo estratégico. [email protected]

www.eloscrossmarketing.com.br (11) 3432-2028

a importância da sociedade

Não temos em nosso perfil todas as características empresariais que o mercado atual exige dos seus

líderes. Nesse sentido, é muito importante quando os diferentes perfis se completam e somam para o

sucesso da sociedade

ta forma, conseguimos realizar projetos diferenciados neste atual mercado de grande concorrência.

Outro ponto importante após a esco-lha do seu sócio é estabelecer as regras. gosto muito do slogan do Arnaldo cesar coelho, que diz: “A regra é clara!” essa prática é fundamental na sociedade! ser transparente em relação aos objetivos de cada um, criar conceitos de interde-pendências e, acima de tudo, respeitar as áreas de cada um – são essenciais.

Quando a sociedade é familiar, esta-belecer as regras é extremamente fun-damental. Uma sugestão, nesse caso, é saber administrar para separar o lado pessoal do profissional, e não levar problema ou mesmo tratar de assun-tos de trabalho em casa. Também vale manter o alto respeito com seu sócio nas pequenas comunicações como, por exemplo, escrever da mesma forma que você escreve para um cliente. A manu-tenção do respeito é um exercício diá-rio e realizado nas pequenas atitudes. e, por fim, saber ouvir as ideias do seu sócio e respeitá-las é outro desafio im-portante. O diálogo é fundamental para encontrarmos as melhores soluções para a empresa e não para os desejos pessoais.

A sociedade pode ser maravilho-sa e fundamental para o negócio, mas também pode ser um pesadelo. Nem sempre a história pode ter um final fe-liz. Nesse sentido, pense muito bem na escolha, pois você pode terminar uma amizade de anos, um casamento e até mesmo um sonho por uma sociedade

mal escolhida. saiba que ter sócio é ter chefe, ter responsabilidade e, principal-mente, cumplicidade por tudo o que é combinado. Às vezes uma sociedade pode representar injeção de investi-mentos, mas também aumento de res-ponsabilidades. Quando a eleição do sócio para o negócio é feita da maneira certa, vale a pena – afinal, a vida só tem graça quando conseguimos comparti-lhar nossos sonhos e desejos. De qual-quer maneira, é necessário estar atento nos detalhes para conseguir ter uma sociedade de sucesso.

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P e n s e g r a n d e

virada. Quem avançou foi luís para a próxima porta.

Ao entrar na última consultoria, a de processos, seus neurônios já esta-vam querendo recuar, mas como bom empreendedor ele não desistiu. A moça alta e magra de óculos finos e verme-lhos que o atendeu diagnosticou que o que faltava para a empresa era a defi-nição dos processos, a padronização de procedimentos e o estabelecimento de indicadores, pois com isto reduziria o desperdício e tornaria a produção muito eficiente, podendo a empresa manter os preços atuais, pois eram supercompetitivos. luís saiu da última consultoria rodopiando como um pião lançado por uma corda – aqui cabe uma observação: esta história não é uma fic-ção, qualquer semelhança não é mera coincidência.

O desafio dele era saber que consul-toria contratar. e você, leitor, qual con-trataria? Para luís é quase impossível chegar à resposta certa sem ter alguém para ajudá-lo. ele está preso na crença de um empreendedorismo ultrapassa-do que sempre martelou em sua cabe-ça, que o importante era botar a mão na massa, fazer acontecer e trabalhar. O di-nheiro vinha como consequência. luís jamais teve noção e ninguém jamais lhe disse que tinha tanta coisa envolvida no simples ato de fazer torta e vender.

O novo empreendedorismo reco-nhece o alto grau de complexidade do ato de empreender, por mais simples que seja o empreendimento empresa-rial. Reconhece que tocar uma empresa da maneira certa exige o domínio do empreendimento em si (fazer a torta), o domínio da linguagem empresarial e a acumulação de reservas financeiras para sustentar o crescimento sadio do empreendimento. Reconhece que o

o novo empreendedorismo reconhece que não existe negócio certo. reconhece um novo modelo onde convivem simultaneamente três áreas distintas: o empreendedorismo (33%), a linguagem empresarial (33%),

o capital (33%) e a aleatoriedade (1%), na forma de sorte ou azar

Acompanhe o desafio de luís, dono de uma empresa produtora de tortas que está no mercado há 17 anos, tem uma dívida acumulada de R$ 350 mil e precisa descobrir onde está o pro-blema de sua empresa. luís entra num ambiente de hall circular com várias portas onde se lê em cada uma delas as seguintes designações: consultor de planejamento estratégico, consultor de finanças, consultor de marketing, con-sultor de recursos humanos, consultor de processos.

ele entrou na primeira porta e foi re-cebido pelo consultor de planejamento com um forte aperto de mão e um sorri-so leve, oferecido quase por obrigação. Após ouvir o relato do cliente o consul-tor afirmou de forma categórica que sua empresa está em situação difícil devido à falta de visão e de missão empresarial, as quais nunca foram definidas e por isso sua empresa ficou estagnada ao longo do tempo enquanto concorrentes mais modernos apareceram e tomaram boa parte de seu negócio. Recomendou a busca de um empréstimo de R$ 500 mil a juros menores que os atuais, quitan-do a dívida e disponibilizando R$ 150 mil para capital de giro para sustentar a operação. luís arqueou a sobrancelha direita, agradeceu, levantou-se e se diri-giu à próxima porta.

O consultor de finanças recebeu o cliente com um abraço aberto, porém formal. Após ouvir a história de luís e verificar os números da empresa, con-

2013, feliz novoempreendedorismo

cluiu que a operação era lucrativa; en-tretanto, as margens de contribuição eram muito pequenas. constatou que as prestações pagas às dívidas acumu-ladas ao longo dos anos drenavam todo o saldo operacional e punham em risco a operação, pois a empresa tinha difi-culdade de pagar os seus fornecedores. Recomendou uma forte alta dos preços para buscar um fôlego na operação. luís arqueou a sobrancelha esquerda, agradeceu sem sorrir e buscou a nova porta.

foi recebido pelo consultor de mar-keting com um largo sorriso no semblante e um forte abraço. luís retri-buiu a efusiva recepção com cautela. O profissional de marketing, após avaliar o contexto da situação, recomendou com entusiasmo que a empresa incre-mentasse suas tortas com muita inova-ção, baixasse os preços e fizesse uma promoção num dos sites de compras coletivas, pois a solução era triplicar as vendas. luís arqueou as duas sobrance-lhas simultaneamente e saiu com um sentimento indefinido em seu coração.

Ao entrar na consultoria de recur-sos humanos já estava meio tonto. A consultora, uma bela morena, vestida de amarelo-ouro, vaticinou que a chave de sucesso nas empresas eram as pes-soas. Recomendou um treinamento de desenvolvimento de equipes e um bom plano de cargos e salários, pois pessoas motivadas e bem remuneradas fariam a empresa avançar para um ponto de

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Por Joel FernandesAutor, entre outros, do livro

“Os segredos do Método do Presidente” e do site wwww.metododopresidente.com.br

empresário tem que aprender e querer crescer continuamente até o limite da riqueza. Reconhece que todas as fun-ções empresariais estão entrelaçadas e todos os consultores estavam certos em

suas recomendações, ou quase certos. O novo empreendedorismo reco-

nhece que não existe negócio certo. Reconhece um novo modelo onde con-vivem simultaneamente três áreas dis-

tintas: o empreendedorismo (33%), a linguagem empresarial

(33%), o capital (33%) e a aleatoriedade (1%),

na forma de sorte ou azar. Reco-

nhece que o empreende-

dor típico brasi le iro não tem conheci -m e n t o , nem con-d i ç õ e s e nem disciplina

para gerir as três refe-

ridas áreas. Na maioria

dos casos dis-põem de estima-

dos 41% de possi-bilidade de êxito (20%

empreendedorismo + 10% da linguagem empresarial +

10% do capital necessário + 1% de aleatoriedade), o que

significa que pode dar sorte no início do empreendimento, mas no médio e longo prazo a proba-bilidade se impõe e mais de 50% das empresas ficam na estrada, endividadas como luís.

O novo empreendedoris-mo propõe um modelo de gestão em que o empreen-dedor deixa de ser dono absoluto de sua empresa e se torna o seu executi-vo. Propõe a instalação de uma governança

corporativa intencio-nal na forma de um conselho de inves-tidores, formado pelos sócios pro-prietários, o seu contador, ou-

tros amigos empresários e consultores especialistas, para os quais o empresá-rio apresenta mensalmente um relató-rio de resultados e recebe apontamen-tos de distorções, de rumos e melhorias e definição de estratégias e metas.

O título desta coluna “Pense gran-de, empresário rico e feliz” é uma for-ma de mostrar a você leitor a proposta deste novo empreendedorismo. A pa-lavra ‘empresário’ deve lembrá-lo da necessidade de dominar a linguagem empresarial ou se cercar de gente capaz de ajudá-lo nesta disciplina. A palavra ‘rico’ é para lembrar que um investi-mento foi realizado e precisa retornar, multiplicado, o mais rápido possível. A palavra ‘feliz’ significa que o empre-endedor está empreendendo algo que ama e que está acumulando reservas financeiras, pois dívidas só trazem tor-mentos. e a expressão ‘pense grande’ é a semente da prosperidade até o limite da riqueza.

Portanto, caro leitor, em 2013 dese-jo que você (e todos os empreendedo-res brasileiros), que tem um potencial extraordinário de realização, supere o empreendedorismo ultrapassado e ado-te este novo empreendedorismo. Para se lembrar disso o ano inteiro tenha em mente tornar-se um ‘empresário rico e feliz’. Pense grande.

2013, feliz novo empreendedoris-mo.

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países, incluindo o brasil – que expor-ta commodities como café e soja, além de uma grande quantidade de suco de laranja –, terão a sua economia afetada. Porém, não é só isso. se olharmos mais a fundo, veremos que países como a china, que tem grande influência nas importações de minério do brasil, tam-bém tem grande parte do seu mercado movido pela economia americana; logo, devemos ter um efeito cascata, onde os problemas da economia americana acabariam impactando nas demais, ge-rando um efeito multiplicador que leva efeitos negativos do abismo fiscal para patamares superiores.

a n á l i s e e C o n ô m i C a

com a eterna guerra travada entre republicanos e democratas para decidir em que direção o governo deve cami-nhar, está difícil encontrar uma saída ou uma medida definitiva para combater o fantasma chamado “abismo fiscal” que vem assombrando a economia norte-americana nos últimos anos.

com um caminhão repleto de in-certezas, a preocupação de um cenário catastrófico com uma possível recessão dos estados Unidos em 2013, somado ao desenrolar da crise nos países perifé-ricos da zona do euro, está dificultando cada vez mais a vida dos investidores e profissionais do mercado financeiro que correm atrás do prejuízo para fechar o ano no positivo. Mesmo os estados Unidos estando no “olho do furacão”, investidores mais conservadores ainda consideram o dólar um investimento se-guro – sendo assim, mesmo que ocorra uma contração da economia americana, em determinado momento os investi-dores acabarão recorrendo novamente ao dólar por sua liquidez e “segurança”.

essa procura pelo dólar valoriza ain-da mais a moeda americana, tornando-a mais forte diante de outras moedas, o que inclui o real. com a nossa moeda enfraquecida, acentua a nossa perda de

competitividade ante o comércio exte-rior, a inflação acaba rompendo o teto da meta, o que por sua vez leva o ban-co central brasileiro a rever sua estra-tégia em segurar a taxa básica de juros (selic) no seu patamar atual, afetando diretamente nosso mercado interno e dificultando, por exemplo, na tomada de crédito para novos investimentos, o que desacelera a economia nacional.

À espera do dia 31 de dezembro, data marcada para o fim do prazo de negociação entre o presidente america-no barack Obama e o congresso para tentar um reajuste no teto da dívida dos estados Unidos, o mercado finan-ceiro mundial aguarda apreensivo para ver se a negociação terá sucesso ou se em janeiro de 2013 entrarão em vigor os aumentos de impostos e os cortes automáticos de custos dentro do terri-tório norte-americano. caso a segunda opção venha a se concretizar, ocorreria um aumento nas taxas de desemprego do país, o que levaria a uma queda de produção, retraindo o Pib dos estados Unidos.

hoje, os estados Unidos são os maiores importadores do mundo, o que nos leva a crer que caso realmente ocorra uma recessão americana, vários

O risco fiscal americanoe suas consequênciasa eterna guerra travada entre republicanos e democratas para decidir em que direção o governo deve caminhar aumenta as incertezas

por makian costa Pereiraleme investimentos

caso realmente ocorra uma recessão americana, devemos ter um efeito cascata, onde os problemas da economia americana acabariam impactando nas demais, gerando um efeito multiplicador que leva efeitos negativos do abismo fiscal para patamares superiores

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Carteira teórica ibovespa

All Amer lat ON 1,104 AçãoAmbev PN 0,979 Açãob2W Varejo ON 0,701 AçãobMf bovespa ON 3,902 Açãobradesco PN 3,130 Açãobradespar PN 0,993 Açãobrasil ON 2,726 Açãobrasil Telec PN 0,390 Açãobraskem PNA 0,596 AçãobRf foods ON 1,341 AçãoBrookfield ON 0,622 AçãoccR Rodovias ON 0,802 Açãocemig PN 1,134 Açãocesp PNb 0,685 Açãocielo ON 1,539 Açãocopel PNb 0,598 Açãocosan ON 0,784 AçãocPfl energia ON 0,441 Açãocyrela Realty ON 1,866 AçãoDuratex ON 0,589 Açãoecodiesel ON 1,311 Açãoeletrobras ON 0,890 Açãoeletrobras PNb 0,743 Açãoeletropaulo PNb 0,530 Açãoembraer ON 0,755 Açãofibria ON 1,498 AçãoGafisa ON 1,648 Açãogerdau PN 2,574 Açãogerdau Met PN 0,660 Açãogol PN 1,211 Açãoibovespa 100,000 Açãoitausa PN 2,315 AçãoitauUnibanco PN 4,015 Açãojbs ON 0,934 AçãoKlabin s/A PN 0,404 Açãolight s/A ON 0,541 Açãollx log ON 0,914 Açãolojas Americ PN 1,207 Açãolojas Renner ON 1,098 AçãoMarfrig ON 0,546 AçãoMMX Miner ON 1,440 AçãoMRV ON 1,233 AçãoNatura ON 0,845 AçãoOgX Petroleo ON 3,773 AçãoP.Açúcar-cbD PNA 0,808 AçãoPDg Realt ON 2,745 AçãoPetrobras PN 8,517 AçãoPetrobras ON 2,206 AçãoRedecard ON 1,283 AçãoRossi Resid ON 1,163 Açãosabesp ON 0,352 Açãosantander bR UNT N2 1,097 Açãosid Nacional ON 2,359 Açãosouza cruz ON 0,443 AçãoTam s/A PN 1,041 AçãoTelemar PN 0,923 AçãoTelemar ON 0,268 AçãoTelemar N l PNA 0,225 AçãoTelesp PN 0,155 AçãoTim Part s/A PN 0,840 AçãoTim Part s/A ON 0,125 AçãoTim Part s/A ON 0,170 9Tran Paulist PN 0,229 AçãoUltrapar PN 0,486 AçãoUsiminas PNA 2,462 AçãoUsiminas ON 0,592 AçãoVale PNA 11,956 AçãoVale ON 2,925 AçãoVivo PN 0,793 Ação

Inflação (%)

Índice 31/dezembro ano

IGP-m 0,68 7,81IGP-dI 0,77* 8,23IPca 0,69* 5,73IPc - Fipe 0,60* 4,92

juros/aplicação (%)

31/dezembro ano

cdI 0,53 8,40Selic 0,55 8,48Poupança 0,50 6,45ouro bm&F -6,41 15,27

indicadores imobiliários (%)

31/dezembro

juros/Crédito (%)

31/dezembro ano

cdI 0,53 8,40Selic 0,55 8,48Poupança 0,50 6,45ouro bm&F -6,41 15,27

Câmbio

mercados futuros

cotação

dólar comercial Ptax r$ 2,0435 euro uS$ 1,3198 Iene (uS$ 1,00) $ 86,1600

dólar r$ 2,061 r$ 2,011Juros dI 7,08% 7,12%

contratos mais líquidos 28/12/2012Ibovespa Futuro 61.220

Nome classe Participação tipo deação bovespa ativo

até 31/12/2012

até 31/12/2012

cub SP 0,04 tr 0,00

Fevereiro/2013 março/2013

até 31/12/2012

* os índices do IGP-dI, IPca e IPc-Fipe do mês de dezembro de 2012 foram obtidos através de estimativas do banco central do brasil, disponíveis na página oficial da instituição.

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R$ 1,5 bilhão e um público estimado de 55 milhões de pessoas. Acompanhan-do o ritmo de sucesso e expansão, a segunda edição do salão internacio-nal gospel em são Paulo agrupará em um mesmo espaço empresas fornece-doras, formadores de opinião, lojis-tas, músicos, membros de igrejas e o público em geral. O evento é uma óti-ma oportunidade para quem quer se comunicar de forma eficaz com este promissor segmento.

de 16/04/2013 a 18/04/2013feira e Conferência internacio-nal de segurançaexpo center Norte – São Paulo – SPwww.iscexpo.com.br

A isc brasil é considerada a mais importante feira e conferência de toda a indústria de segurança. foca-da nos últimos avanços de produtos, tendências e soluções de segurança, a isc brasil trará para os expositores e visitantes um evento dedicado a um dos mercados com mais rápido cres-cimento no mundo. O evento reunirá compradores de alto nível do brasil com fornecedores e fabricantes in-ternacionais de segurança, criando o maior e mais produtivo encontro da indústria de segurança no brasil.

de 18/04/2013 a 21/04/2013feira internacional detecnologias em fisioterapiacentro de exposições ImigrantesSão Paulo – SPwww.fisiotech.tmp.br

A fisiotech acontecerá simultane-amente à 12ª edição da feira interna-cional de Tecnologias de Reabilitação, inclusão e Acessibilidade, cujos visi-tantes se utilizam muito da fisiotera-pia em todas as suas variáveis, e os que aplicam visitam a feira e também buscam soluções em equipamentos e técnicas que poderão melhorar sua performance profissional. Os partici-pantes sairão mais preparados, mais integrados e atualizados com relação ao mundo da fisioterapia. A intenção é apresentar soluções para quem vi-sita a feira, para quem participa do seminário e para as empresas que ex-põem.

de 19/04/2013 a 21/04/20132º salão internacional gospelcentro de exposição ImigrantesSão Paulo – SPwww.salaointernacionalgospel.com.br

O evento representa um mercado que movimenta anualmente mais de

de 25/03/2013 a 27/03/20131ª feira de tecnologiado sono e Confortotransamerica expo centerSão Paulo – SPwww.feirasonotec.com.br

com o objetivo de fomentar o mer-cado colchoeiro, de travesseiros e rou-pas de cama, o evento será distinto e exclusivo a este setor, promovendo a capacidade industrial e comercial das empresas fabricantes e participantes e incrementando o conhecimento téc-nico e desenvolvimento do mercado nacional.

de 26/03/2013 a 27/03/2013vitafoods south america transamerica expo centerSão Paulo – SPwww.vitafoodssouthamerica.com.br

O Vitafoods south America é o úni-co evento focado no setor de funcionais e nutracêuticos da América do sul. A conferência chega à sua segunda edição com o propósito de ser o principal pon-to de atualização do mercado, com a presença de especialistas que vão com-partilhar os resultados de suas pesqui-sas. serão dois dias de congresso dividi-dos em duas salas: fórum de Marketing, Tendências e Regulação em Alimentos funcionais e o congresso científico.

de 12/04/2013 a 18/04/201312ª feira internacional deBeleza, Cabelos e estéticaexpo center Norte – São Paulo – SPwww.hairbrasil.com

A hair brasil é uma feira que lança novos produtos, sinaliza tendências e promove negócios na área de beleza. O evento une informação, gestão, moda e negócios num formato único, que rapi-damente se transformou em referência para todo o setor, no brasil e na Améri-ca latina. A feira traz novidades de 882 marcas de produtos para cabelos, esté-tica e spas, oferecendo aos profissionais a chance de conhecer o melhor da téc-nica mundial e conferir as novidades da indústria.

a g e n d a

de 12/03/2013 a 16/03/201319º salão internacionalda Construçãoanhembi Parque – São Paulo – SPwww.feicon.com.br

O feicon batimat é conside-rado o maior e mais conceituado salão da construção da América latina. com 21 anos de existên-cia, o evento surpreende a cada ano seus milhares de visitantes, apresentando em primeira mão os principais lançamentos e tendên-cias para todo o setor da cons-trução civil. O local reúne todos os grandes líderes do segmento em uma exclusiva exposição de produtos e serviços para todos os setores do ramo. Além disso, a feira conta com a conferência Núcleo de conteúdo feicon batimat, que possui ótimas palestras e debates, trazendo fortes tendências do mercado e renomados profissio-nais nacionais e internacionais.

País em Construção

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2a Feira Internacional de Edificações & Obras de InfraestruturaServiços, Materiais e Equipamentos.

www.constructionexpo.com.br

Construction Expo 2013 - De 5 a 8 de Junho de 2013 Centro de Exposições Imigrantes | São Paulo | Brasil

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