Empreendedorismo em enfermagem

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO EM ENFERMAGEM um Estudo de Caso Fernando de Cardoso de Sousa Florbela Nunes [email protected] UFPB/UNIPÊ João Pessoa, 22 Out 2013 VI FORUM INTERNACIONAL DE SAÚDE, ENVELHECIMENTO E REPRESENTAÇOES SOCIAIS Simpósio: Saúde e Formação de Recursos

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VI FORUM INTERNACIONAL DE SAÚDE, ENVELHECIMENTO E REPRESENTAÇOES SOCIAIS Simpósio: Saúde e Formação de Recursos EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO EM ENFERMAGEM um Estudo de Caso Fernando de Cardoso de Sousa Florbela Nunes [email protected] UFPB/UNIPÊ João Pessoa, 22 Out 2013

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

EM ENFERMAGEM

um Estudo de Caso

Fernando de Cardoso de Sousa

Florbela Nunes

[email protected]

UFPB/UNIPÊ João Pessoa, 22 Out 2013

VI FORUM INTERNACIONAL DE SAÚDE,

ENVELHECIMENTO E REPRESENTAÇOES

SOCIAIS

Simpósio: Saúde e Formação de Recursos

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Empreendedorismo em enfermagem é algo estranho à profissão:

A palavra empreendedorismo não faz parte do léxico tradicional da saúde (Hewinson, 2006)

Um estudo em Portugal revela que os finalistas do ensino superior, da área da saúde, foram os que mais referiram não possuir conhecimentos essenciais e ferramentas para montar um negócio (Rosário, 2007)

Mas:

• O índice de dependência pode duplicar em 25 anos e atingir 60% da população em 2050

• A área da enfermagem tem vindo a sofrer perda progressiva nos salários, vinculo laboral e horários

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A literatura evidencia a urgência da criatividade e da inovação nas organizações :

…para se manterem competitivas no mercado global, as organizações necessitam de desenvolver, continuamente, produtos e serviços inovadores e de elevada qualidade, e de renovar a forma como operam, com base na capacidade continuada dos seus colaboradores para inovar (Huhtala & Parzefal (2007; 302)

Apenas através da criação e sustentação de uma força de trabalho criativa a organização poderá desenvolver um potencial suscetível de ultrapassar problemas e situações difíceis, que não podem ser resolvidas exclusivamente através de investimentos (Cebon, Newton & Noble, 1999)

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OBJETIVO

Ilustrar até que ponto a lógica aparentemente desfavorável do empreendedorismo em enfermagem pode ser contrariada.

Mostrar a forma como uma empresa portuguesa desenvolve o seu sistema de inovação organizacional, isto é, a transformação da criatividade dos colaboradores em valor acrescentado para a organização.

REALIZOU-SE

Um estudo de caso, num lar de terceira idade, que se concentrou na análise da liderança e das práticas existentes, relativas à manutenção de um serviço de qualidade.

A recolha de elementos de informação assentou num conjunto de seis entrevistas a gestores, pessoal auxiliar, colaboradores externos e utentes empresa, entre Janeiro e Março de 2013.

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A EMPRESA E OS CLIENTES 22 Funcionários a tempo inteiro, com horários e funções rotativas Profissionais em regime de avença que asseguram serviços pessoais,

animação e lazer Formação em posto de trabalho assegurada pela empresária e

colaboradores Prestações fixas sem apoio da Segurança Social Horários de visita flexíveis Relação atenta com os stakeholders 52 Utentes em estado de debilitação avançado e com hábitos

conservadores Entendem o lar como a sua casa Vêem a empresária como membro da família

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A EMPRESÁRIA .Enfermeira de profissão .Funcionária pública com 20 anos de experiência clínica Alentejana, viveu e trabalhou nesta região .Tornou-se gestora quando, animada pelo marido, comprou um lar de idosos numa imobiliária .Entrega-se totalmente à gestão directa do lar e garante as tarefas de maior responsabilidade .Trata a empresa como trata os utentes: com dedicação, disciplina, respeito e paixão .Tem os olhos vivos e é despretensiosa na relação.

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RESULTADOS

Oportunidades e desafios

.Manter a qualidade da oferta

.Potenciar as parcerias existentes

.Apostar na divulgação boca-a-boca

.Acentuar a gestão de proximidade

.Reinvestir todos os recursos na empresa, dado que vive

exclusivamente dos clientes

.Ultrapassar os efeitos da crise, mantendo as oportunidades

criadas

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RESULTADOS

Fatores de Sucesso

.Sistema de parcerias diversificadas

.Empresa centrada nos utentes e no capital relacional

.Boa capacidade de análise e de resolução de problemas

.Estreita ligação com os colaboradores

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CONCLUSÃO

este caso sublinha que:

Contrariando a opinião expressa de que se torna fundamental

para o gestor dispor de uma formação sólida em áreas

como o marketing e a gestão (Ferreira, 2010), a

responsável pelo Lar é a expressão viva de que muitas das

premissas relativas à gestão, à inovação e ao

empreendedorismo podem não ser obrigatórias, desde que

a gestão se regule por uma honestidade e transparência

inquestionáveis perante os clientes, fornecedores e os

próprios colaboradores, complementadas por uma liderança

de proximidade e uma competência técnica em constante

atualização, partilhada com os colaboradores