Emprego Das Classes de Palavras
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Emprego das Classes de Palavras
1. Artigo
O artigo integra as dez classes gramaticais que conhecemos. É definindo como o termo que antepõe o substantivo
para determinar o gênero (masculino/feminino) e o número (singular/plural), de modo definido ou indefinido.
Artigos definidos – o, a, os, as.
Artigos indefinidos – um, uma, uns, umas.
Me empresta a caneta azul?
a -> Determina que o nome a que se refere será feminino e singular.(Qual caneta? Uma definida na frase, a azul.)
Me empresta a caneta?
(Qual caneta? Uma definida no contexto dos interlocutores, ex: a caneta que está em mãos / uma caneta sobre a
qual conversaram.)
Vai me devolver as canetas?
as -> Determina que o nome a que se refere será feminino e plural.(Quais canetas? Canetas definidas em momento
anterior pelos interlocutores.)
Me empresta uma caneta?
uma -> Determina que o nome a que se refere será feminino e singular.(Qual caneta? Qualquer
caneta, uma indefinida.)
Me empresta uma caneta azul?
(Qual caneta? Uma caneta azul qualquer, indefinida, isto é, não precisa ser uma caneta azul específica).
-Ficou sabendo que elefantes atacaram um carro e apertaram a buzina?
-Por que os elefantes atacaram os carros?
Observe que na primeira oração do diálogo, "elefantes" é usado sem artigo, isto é, em sentido genérico; "carro"
está indefinido e "buzina" está definida, pois se refere à uma específica, a do carro. Já na segunda oração,
"elefantes" e "carros" estão definidos, trata-se daqueles citados na oração anterior.
Uma vez elucidadas tais características, constatemos algumas circunstâncias especiais em que os artigos se
manifestam:
Alguns nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do artigo, outros não:
São Paulo
O Rio de Janeiro
Veneza
A Bahia
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Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo (o/a) para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso do artigo, o
pronome assume a noção de qualquer.
Toda a classe parabeniza o professor. (a totalidade da sala)
Toda classe parabeniza o professor. (qualquer sala)
Todo o time foi premiado. (os jogadores do time)Todo time foi premiado. (qualquer time)
Pode também indicar toda uma espécie:
O trabalho dignifica o homem.
A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de aproximação numérica:
O máximo que ele deve ter é uns vinte anos.
O artigo também é usado para substantivar palavras oriundas de outras classes gramaticais:
Não sei o porquê de tudo isso.
A casa é perfeita, tem apenas um senão.
Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral “ambos”:
Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo:
Adoro o meu vestido longo.
Adoro meu vestido longo.
OBS: Como consequência, a ocorrência de crase antes de pronome possessivo feminino é facultativa:
Vou a minha escola. (Artigo ausente)
Vou à (a+a) minha escola. (artigo presente)
Outra consequência é que palavras antecedidas por crase são sempre determinadas. Caso seja removido o sinal de
crase, a palavra deverá ser tomada em sentido genérico.
Não assisto à (a+a) novela. (Determinada novela)
Não assisto a novela. (Nenhuma novela)
No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do
artigo:Maria é a xodó da família.
A Maria é a xodó da família.
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OBS: O uso da crase será facultativo neste caso, tal qual o caso anterior.
Contei tudo à (a+a) Maria. (Existe familiaridade ou afetividade)
Contei tudo a Maria. (Maria não é próxima)
Fiz homenagem à Joana D’arc. (Errado)
Fiz homenagem a Joana D’arc. (Certo)
2. Numeral
3. Pronome
Pronome é classe de palavra (variável em gênero, número e pessoa) que acompanha ou representa o substantivo,
serve para apontar uma das três pessoas do discurso e situá-lo no espaço e no tempo. O pronome pode funcionar
como:
Pronome adjetivo: quando é modificador de substantivo.
Esta casa é antiga. (Não é qualquer casa, é esta.)
|____ ↑
Pronome substantivo: quando representa um substantivo.
Paulo é o melhor aluno, ele gabarita provas.
↑____________________|
1 - Pronome Pessoal
Pronomes pessoais são termos que substituem ou acompanham o substantivo e determinam as pessoas do
discurso, que são:
1ª pessoa…………a que fala
2ª pessoa…………com quem se fala
3ª pessoa…………de quem se fala
Classificam-se como:
Retos: atuam como sujeito da oração; Oblíquos: atuam como complemento (objeto direto ou indireto).
Pronomes Pessoais do Caso Reto
Singular Plural
1ª pessoa Eu Nós
2ª pessoa Tu Vós
3ª pessoa Ele/Ela Eles/Elas
Eu apreciarei o fervor do torcedor.
Nós honraremos o clamor do tricolor.
Tu serás o artilheiro.
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E ele será um paredão.
Vós sereis os guerreiros
que eles nunca esquecerão.
Pronomes Pessoais do Caso Oblíquo
Pessoas dodiscurso Átonos Tônicos
Singular
1ª pessoa Me mim, comigo
2ª pessoa Te ti, contigo
3ª pessoa se, o, a, lhe si, ele, consigo
Plural
1ª pessoa Nos nós, conosco
2ª pessoa Vos vós, convosco
3ª pessoa se, os, as, lhes si, eles, consigo
Pronomes oblíquos podem ser átonos, quando não estão acompanhados por preposição ou tônicos, em caso
contrário.
A torcida o amaldiçoou por todo o jogo.
Indaguei-lhe sobre o gol mal anulado.
[o, lhe = oblíquo átono da 3ª pessoa do singular ]
Indaguei a ele sobre o gol mal anulado.
Os árbitros carregarão a culpa consigo.
[ele, consigo = oblíquo tônico da 3ª pessoa do singular ]
Pronomes oblíquos podem exercer função de objeto direto ou indireto.
Os jogadores nos respeitam. (Respeitam-nos)
[quem respeita, respeita alguém]
Os jogadores nos obedecem. (obedecem a nós)
[quem obedece, obedece a alguém]
O adversário me atingiu com força. (atingiu-me)
[quem atinge, atinge algo ou alguém]
O adversário me visou na jogada. (visou a mim)
[quem visa(procura), visa a alguma coisa]
O goleiro machucou-se.
[quem machuca, machuca alguém]
O goleiro impôs-se uma dieta rígida. (impôs a si)
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[quem impõe, impõe algo a alguém]
OBS: A combinação entre alguns pronomes e a preposição com originou as formas
especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco, as quais costumam exercer função de adjunto adverbial de
companhia.
Ele carregava o documento consigo.
As formas [conosco] e [convosco] são substituídas por [com nós] e [comvós] quando os pronomes pessoais são
enfatizados por palavras como: outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Estive com vós outros nos piores momentos.
Ele disse que iria com nós três.
<eu> ou <mim> ?
Lembre-se que o pronome oblíquo <mim> é tônico e, portanto, só ocorrerá quando houver preposição, mas observea quem a preposição se refere, se for a um verbo, use <eu>; se for ao complemento, use <mim>. Saiba mais em:
http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/emprego-das-classes-preposicao.html
Associação de pronomes oblíquos a verbos:
Verbo terminado em: + Oblíquo Resultado
-r
-s
-z
a la
as las
o lo os los
Marcos quer surpreender a namorada dele.
Marcos quer surpreendê-la.
Associação de pronomes oblíquos a verbos:
Verbo terminado em: + Oblíquo Resultado
ditongo nasal
-am, -em, -ão, -õe
a na
as nas
o no os nos
Enviaram relatórios para o presidente.
Enviaram-nos para o presidente.
Os pronomes pessoais do caso oblíquo podem indicar reflexividade, no sentido de indicar que a ação praticada
pelo sujeito reflete nele mesmo. Trata-se dos pronomes reflexivos.
Eu não me orgulho disso.
Olhei para mim no reflexo da água. (Eu)
Tu te condenas mais e mais.
Conheça a ti mesmo. (Tu)
Atirou-se aos pés do pai. (Ele/Ela)
Ela impôs a si uma meta difícil.
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Conversava consigo mesma. (Ela)
Banhamo-nos nas águas rejuvenescedoras. (Nós)
Vós vos esquecestes daquele homem.
Eles se perderam pela floresta.
Em algumas circunstâncias, os pronomes reflexivos “nos, vos e se”, indicam que houve uma ação <entre> os
elementos do sujeito. Neste caso, são chamados de reflexivos recíprocos (ou apenas recíprocos).
Eu e ele nos cumprimentamos.Tu e ele vos tornardes servos fiéis.
Os meninos se ajudavam frequentemente.
OBS: Pode haver ambiguidade em alguns casos. Exemplo:
João e Maria enganaram-se.
Não sabemos, com certeza, se cada um enganou-se ou enganaram um ao outro. Para eliminar a ambiguidade, pode-
se acrescentar:
Para enfatizar ação reflexiva:a si mesmos, a nós mesmos, a vós mesmos.
Para enfatizar ação recíproca.
Um ao outro, uns aos outros, entre si, reciprocamente, mutuamente
João e Maria enganaram a si mesmos.
João e Maria enganaram-se um ao outro.
João e Maria enganaram-se entre si.
João e Maria enganaram-se mutuamente.
Pronomes de tratamento
São aqueles que substituem a terceira pessoa gramatical. Alguns são usados em tratamento cerimonioso e outros
em situações de intimidade.
Senhor (Sr.), senhora (Srª.): tratamento de respeito
senhorita (Srta.): moças solteiras
Você (v.): tratamento familiar (origem: Vossa Mercê; Mercê = graça, no sentido de benesse)
Vossa Senhoria (V.Sª.): para pessoa de cerimônia
Vossa Excelência (V.Exª.): para altas autoridades Vossa Reverendíssima (V. Revmª.): para sacerdotes
Vossa Eminência (V.Emª.): para cardeais
Vossa Santidade (V.S.): para o Papa
Vossa Majestade (V.M.): para reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial (V.M.I.): para imperadores
Vossa Alteza (V.A.): para príncipes, princesas e duques
Os pronomes de tratamento que começam com "vossa" fazem referência à qualidade da pessoa. Neste sentido,
"Vossa Santidade" é uma referência à santidade que há no Papa, não está o substituindo por "santidade". Deste
modo, os verbos ligados aos pronomes de tratamento devem estar na 3ª pessoa, concordando em gênero enúmero com a pessoa de quem ou com quem se está falando.
Vossa Excelência já terminastes a audiência? (Errado)
Vossa Excelência já terminou a audiência? (Correto)
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Quando fazemos referência a pessoas que merecem tais tratamentos, utilizamos o pronome "sua". Utilize o pronome
"Vossa" apenas quando tratar diretamente com tais pessoas.
Vossa Excelência já terminou a audiência? (Perguntando à pessoa)
Sua Excelência já terminou a audiência? (Perguntando sobre a pessoa)
Lembre-se!
"Doutor" não é um pronome de tratamento, é título acadêmico. De modo geral, evite utilizá-lo com profissionais tais
como médicos, advogados, enfermeiros e veterinários que tenham apenas terminado a graduação. Para estes casos,
pela regra geral, o correto é "senhor"
No entanto, havendo consentimento das partes, qualquer um pode ser chamado de qualquer coisa. Deste modo, não
é um erro utilizar "doutor"se houver consentimento das partes (assim como usamos "mestre" em "mestre de obras",
"mestre-sala", para o "mestre" que é educador..., mas exigir ser tratado por um título que não possui, ou aplicar tal
título em documentos oficiais, é uma demonstração de falta de conhecimento.
2 - Pronomes Possessivos
Indicam posse. Estabelecem relação entre a pessoa do discurso e algo que lhe pertence.
Singular Plural
1ª pessoa meu(s), minha(s) nosso(s), nossa(s)
2ª pessoa teu(s), tua(s) vosso(s), vossa(s)
3ª pessoa seu(s), sua(s) dele(s), dela(s)
3 - Pronomes Demonstrativos
Indicam a posição de algo em relação às pessoas do discurso.
Singular Plural
1ª pessoa este, esta, isto estes, estas
2ª pessoa esse, essa, isso esses, essas
3ª pessoa aquele, aquela, aquilo aqueles, aquelas
Pronomes Espaço Tempo Ao dito Enumeração
este(s) esta(s)
isto
Perto dequem fala.
(1ª pessoa)
Presente Referente aoque ainda
não foi dito.
Referente ao últimoelemento citado em
uma enumeração.
Exemplo:
Não
gosteidesta pintura
aqui.
Neste ano, viajei
para a Espanha.
Isto é o que nos
reserva: a vida
eterna.
A mulher e o
homem têm sorte,
mas estetem mais.
esse(s), essa(s)
isso
Perto de quemouve. (2ª pessoa)
Passado oufuturo próximo
Referente aquiloque já foi dito.
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Exemplo:
Não gostei
dessa
pintura que está
admirando.
Nesse mês,
realizei /
realizarei bons
negócios.
Ela conseguiu
passar no
vestibular. Issonão
me deixou surpreso.
aquele(s),
aquela(s), aquilo
Perto da 3ª
pessoa.
Passado ou
futuro remotos
Referente ao
primeiro elemento
citado em uma
enumeração.
Exemplo
Não gostei
daquela
pintura próxima ao
guia.
Naquele ano
profético,
começou /
começará uma
guerra mundial.
A mulher e o
homem têm sorte,
masaquela tem
menos.
4 - Pronomes IndefinidosSão imprecisos, vagos. Referem-se à 3ª pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando
quantidade indeterminada. De acordo com o contexto, os pronomes indefinidos podem ser substantivos ou adjetivos.
Indefinido
Substantivo
Algo Fulano Quem
Alguém Beltrano Nada
Ninguém Cicrano Tudo
Outrem
Indefinido AdjetivoCada
Certo(s)
Certa(s)
Indefinido
Substantivo
ou
Adjetivo
(dependendo do
contexto)
Bastante(s) Demais Qual
Mais Quanta(s) Que Menos Tal, Tais Todo(s), Toda(s)
Tanto(s) Tanta(s) Um(s)
Uma(s)
Vários
Várias
Outro(s)
Outra(s)
Pouco(s)
Pouca(s)
Qualquel
Quaisquer
Algun(s)
Alguma(s)
Nenhum
Nenhuma
Muito(s)
Muita(s)
Locução
Pronominal
Indefinida
Cada qual
Cada um Qualquer um Todo aquele(que)Tais e tais Tal qual Tal e /ou qual
Seja qual for Uma ou outra Nenhuma nemOutra
Seja quem for Quem quer que Quantos quer (que)
Pronome Indefinido Substantivo
Assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. No exemplo seguinte, não é difícil perceber
que < Alguém> indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma
palavra capaz de indicar um ser humano que seguramente existe, mas cuja identidade é indefinida.
Alguém entrou no santuário sem permissão
Quem avisa amigo é.
Algo o incomoda?
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Pronome Indefinido Adjetivo
Qualificam um nome.
Cada povo tem a sua história.
Certos homens são mais honrados.
Certas pedras são mais brilhantes.
Outros pronomes indefinidos podem ser substantivos ou adjetivos, conforme o contexto:
Alguns têm senso de humor. (Substantivo) Alguns homens têm senso de humor. (Adjetivo)
Diferenças entre pronome indefinido e advérbio
Algumas palavras como <muito, pouco, mais, menos, bastante, demais> podem ser pronome indefinido ou advérbio.
Para realizar a diferenciação, basta verificar que os pronomes indefinidos equivalentes variam em número ou gênero,
mas os advérbios não admitem tal variação (exceto <todo> com sentido de <completamente>).
Fiquei muito cansado.
Ficamos muito cansadas.
Conclusão: muito é advérbio, não varia.
Como muito tomate. (pronome indefinido)
Como muitas frutas. (pronome indefinido)Conclusão: muito é pronome, varia.
Percorri todo trajeto. (pronome indefinido)
Percorri toda jornada. (pronome indefinido)
Conclusão: todo é pronome, varia.
O roupão ficou todo molhado. (Exceção)Conclusão: todo com sentido de completamente é advérbio.
6 - Pronome Interrogativo
São empregados para formular perguntas diretas ou indiretas.
Quantos de vocês estudam diariamente?
Quem de vocês estuda diariamente?
Variáveis InvariáveisQuanto(s)
Quanta(s)
Qual
Quais
Que
Quem
7 - Pronome Relativo
São os que, em geral, relacionam uma oração a um substantivo. Também se classificam em variáveis e invariáveis.
Variáveis Invariáveiso qual
a qual
os quais
que
quem
onde
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as quais
quanto(s)
quanta(s)
cujo(s)
cuja(s)
Os pronomes relativos estarão precedidos de preposição se a regência assim determinar.
Havia condições a que nos opúnhamos.
(opor-se a)
Havia condições com que não concordávamos.
(concordar com)
Havia condições de que desconfiávamos.
(desconfiar de)
Havia condições - que nos prejudicavam.
Havia condições em que insistíamos.(insistir em)
Quando o pronome relativo quem se refere a uma pessoa ou a umacoisa personificada virá precedido de preposição.
João era o filho a quem ele amava.
Esse é o livro a quem prezo como companheiro.
Quando o relativo quem aparecer sem antecedente claro, é classificado como pronome relativo indefinido.
Foi multado quem não parou no sinal vermelho.
O pronome relativo que pode ter por antecedente os demonstrativos<o, a, os, as>.
Sei o que digo. (o pronome <o> equivale a <aquilo>)
Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de mais deuma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões).
Aquele é o machado com que trabalho.
Aquele é o empresário para o qual trabalho.
O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo. Equivale a <do qual, de que, de quem>. Deve concordar
com a coisa possuída.
Cortaram as árvores cujos troncos estavam podres.
OBS: Não se usa artigo <o(s),a(s)> após o pronome cujo.
Aquelas são as mulheres cujos os maridos são fiéis. (errado)
Aquelas são as mulheres cujos maridos são fiéis. (correto)
Os pronomes quanto(s), quanta(s) são relativos quando seguem os pronomes indefinidos tudo, todos ou todas.
Juntou tudo quanto pôde.
O relativo onde deve ser usado para indicar lugar e tem sentido aproximado de <em que, no qual>.
Esta é a terra onde habito.
Colocação pronominal
É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação
ao verbo. Os pronomes átonos podem ocupar três posições: antes do verbo (próclise), no meio doverbo (mesóclise)e depois do verbo (ênclise).
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Próclise – O pronome pode ser atraído por:
1. Palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém,nem, de modo algum.
Nada me perturba.
Ninguém se mexeu.
De modo algum me afastarei daqui.
Ela nem se simportou com meus problemas.
2. Conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme,embora, logo.Quando se trata de comida, ele é um “expert”.
É necessário que a deixe na escola.
Fiz a lista conforme me lembrava dos amigos sinceros.
3. Advérbios
Nem aqui se tem paz.
Sempre me dediquei aos estudos.
Talvez o veja na escola.
OBS: O pronome não será atraído se houver vírgula depois do advérbio, pois, neste caso, usa-se ênclise.
Aqui, trabalha-se.
4. Pronomes demonstrativos, indefinidos e relativos.
Isso me traz muita felicidade. (demonstrativo)
Alguém me ligou? (indefinido)
A pessoa que me ligou era minha amiga. (relativo)
5. Em frases interrogativas.
Quanto me cobrará pela tradução?
6. Em frases exclamativas.
Isso me deixou muito decepcionado!
7. Em frase optativa (que exprime desejo, previsão).
Deus o abençoe.
Que o futuro lhe traga melhor sorte.
8. Com verbo no gerúndio antecedido de preposição em.
Em se plantando, tudo dá.
Em se tratando de beleza, ele é campeão.
9. Com formas verbais proparoxítonas.
Nós o desprezávamos.
Mesóclise
1. No futuro do presente (que vai acontecer)
Convidar -me-ão para a festa.
2. No futuro do pretérito (que ia acontecer, mas não aconteceu).
Convidar -me-iam para a festa.
OBS: Se houver uma palavra atrativa, a próclise terá preferência.Não me convidarão para a festa.
Ênclise
1. Com o verbo no início da frase.
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Entregaram-me as camisas.
2. Com o verbo no imperativo afirmativo.
Quero que vocês comportem-se.
3. Com o verbo no infinitivo impessoal.
Convém contar -lhe tudo.
4. Com o verbo no gerúndio.
Venceu, deixando-nos orgulhosos.
OBS: se o gerúndio vier precedido de preposição em ou de palavra atrativa, ocorrerá a próclise:
Em se tratando de cinema, prefiro o suspense.
Assinou, não nos explicando seus motivos.
Colocação Pronominal nas locuções verbais
Verbo auxiliar + Particípio: o pronome deve ficar depois do verbo auxiliar . Se houver palavra atrativa,
o pronome deverá ficar antes doverbo auxiliar .
Havia-lhe contado a verdade.Não lhe Havia contado a verdade.
Verbo auxiliar + Gerúndio ou Infinitivo: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo poderá ficar depois
do verbo auxiliar ou do verbo principal.
Quero-lhe dizer o que aconteceu.
Quero dizer -lhe o que aconteceu.
Ia-lhe dizendo o que aconteceu.
Ia dizendo-lhe o que aconteceu.
OBS: Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
Não lhe quero dizer o que aconteceu.Não quero dizer -lhe o que aconteceu.
4. Substantivo Substantivo provém da mesma família de “substância, substancial”, ou seja, algo necessário, fundamental. Os
substantivos recebem classificações distintas, tendo em vista aspectos relacionados à formação e ao significado.
Quanto à formação, um substantivo pode ser formado por composição ou por derivação. Quanto ao processo de
composição, pode ser simples ou composto. Em relação ao processo de derivação, pode ser primitivo ou derivado.
No que tange à significação, cada substantivo tem um aspecto de generalização e um aspecto de abstração. Quanto
à generalização, pode ser comum (geral) ou próprio (específico). Em relação à abstração, pode
ser concreto ou abstrato.
Substantivos simples
São aqueles que apresentam um único radical em sua estrutura.
Tempo, roda, flor, sol, casa...
Substantivos compostos
São representados por aqueles que possuem pelo menos dois radicais em sua estrutura.
Passatempo, rodapé, couve-flor ...
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Substantivos primitivos
Classificam-se como aqueles que não derivam de outra palavra.
flor, pedra, gato, fogo...
Substantivos derivados
São aqueles que provêm de outras palavras já existentes.flor icultura, pedr eira, gatinho, fogaréu...
Substantivos concretos
Representam aqueles que possuem forma, seja real ou imaginária.
gato, flor, fogo, cidade, cimento, concreto, Deus, fada...
Substantivos abstratos
Representam aqueles que não possuem forma. Geralmente dão nome a estados, qualidades, sentimentos e ações.
amor, paixão, tristeza, honestidade, coragem, abstração...
Substantivos comuns
São aqueles que generalizam. Designam de modo geral seres, entidades e coisas diversas.
pessoa, animal, cidade, universidade, praça, planeta...
Substantivos próprios
São aqueles assim denominados pelo fato de designarem de forma particular seres, entidades e coisas diversas. São
iniciados com letra maiúscula.
Pedro, Spaik, Salvador, UFBA, Praça da Sé, Vênus...
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Aumentativo de alguns substantivos:
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Diminuitivo de alguns substantivos:
Plural de Substantivos
Terminados em ão: As palavras terminadas em –ão podem formar plural de três modos: -ões, -ãos ou –ães. Não há
uma regra específica a ser seguida para se fazer este plural, pois dependerá da origem da palavra, ou seja, de sua
etimologia.
A maioria dos substantivos e adjetivos que terminam em –ão faz o plural em –ões.
Balão – Balões
Botão - Botões
Cordão – Cordões
Estação - Estações
Limão – Limões
Paixão - Paixões
Visão – Visões
Razão – Razões
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Quando a terminação –ão recair sob a sílaba átona (pronunciada mais fracamente) o plural obedece a regra básica
de acrescentar-se “s” no final:
Bênção – Bênçãos
Órgão – Órgãos
Sótão – Sótãos
Observe que as palavras acima são paroxítonas. Mas algumas oxítonas também possuem a mesma formação deplural. Ex:
Mão – Mãos
Chão – Chãos
Gr ão - Gr ãos
Irmão – Irmãos
Artesão - Artesãos.
Poucos vocábulos têm seu plural em –ães. Ex:
Alemão - Alemães
Cão – Cães
Capitão – Capitães
Catalão – Catalães
Charlatão – Charlatães
Escrivão – Escrivães
Guardião – Guardiães
Pão – Pães
Sacristão – Sacristães
Tabelião – Tabeliães
Outras palavras aceitam mais de uma forma de se fazer o plural. Ex:
Aldeão: Aldeãos / Aldeães / Aldeões
Ancião: Anciãos / Anciães / Anciões
Ermitão: Ermitãos / Ermitães / Ermitões
Sultão: Sultãos / Sultães / Sultões
Alazão: Alazães / Alazões
Anão: Anãos / Anões
Artesão: Artesãos (profissional) /
Artesão: Artesões (enfeite de abóbora)
Cirurgião: Cirurgiães / Cirurgiões
Corrimão: Corrimãos / Corrimões
Deão: Deães / Deões
Faisão: Faisães / Faisões
Guardião: Guardiães / Guardiões
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Hortelão: Hortelãos / Hortelões
Refr ão: Refr ãos / Refr ães
Sacristão: Sacristãos / Sacristães
Ver ão: Ver ãos / Ver ões
Vilão: Vilãos / Vilões
Zangão: Zangãos / Zangões
5. Adjetivo Adjetivo é a classe de palavras variáveis que modificam um substantivo exprimindo as suas características. O
adjetivo pode ser:
Simples - possui apenas um radical, um só elemento.
· bonito
· azul
Composto – possui mais de um radical, mais de um elemento.
· azul-escuro
Primitivo – é aquele que não deriva de outra palavra; servindo de base para a formação de outras palavras.
· triste
· bom
· pobre
Derivado – é aquele que deriva de outras palavras, geralmente de substantivos e de verbos.
· tristonho
· bondoso
· pobretão
Grau do adjetivo
O adjetivo possui dois graus: comparativo e superlativo.
Grau comparativo: transmite a ideia de igualdade, superioridade ou inferioridade de um ser em relação a outro.
1. Comparativo de superioridade
· mais... que· mais... do que
João é mais feliz que Maria.
João é mais feliz do que Maria.
Alguns adjetivos possuem formas específicas para o comparativo de superioridade:
pequeno - menor / mais pequeno
grande - maior
bom - melhor
mau - pior
Enquanto o uso de <mais pequeno> é aceito, as formas <mais grande, mais bom, mais mau> só devem ser usadas
quando comparamos qualidades referentes a um mesmo ser (pessoa ou coisa).José é mais grande do que esperto.
Marta é mais má do que boa.
Ele é mais bom do que inteligente.
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Assim, nesse último exemplo, o uso do comparativo irregular “melhor” não seria apropriado para este contexto, pois o
que se pretende dizer é que ele possui a qualidade da bondade em quantidade superior relativamente à qualidade da
inteligência.
2. Comparativo de inferioridade
· menos... que
· menos... do que
Maria é menos feliz que João.Maria é menos feliz do que João.
3. Comparativo de igualdade:
· tão... quanto
· como
· tanto quanto (pospostos ao verbo)
Pedro é tão inteligente quanto você.
Márcia é feliz como Mariana.
Marcelo é alegre tanto quanto Júlia.
Grau superlativo: pode ser relativo ou absoluto.
Superlativo Relativo: quando se faz sobressair, com vantagem ou desvantagem, a qualidade de um ser em relação a
outros (a um conjunto de seres). Pode ser de superioridade ou de inferioridade.
Mateus é o mais inteligente da turma. (superioridade)
Mateus é o mais fraco da equipe. (inferioridade)
Superlativo absoluto – quando a qualidade de um ser é intensificada sem a relação com outros seres. Pode ser
analítico ou sintético.
· Analítico:Quando o adjetivo é modificado por advérbios como muito,extremamente, etc.
Marcos é muito inteligente.
Paula é extremamente bela.
· Sintético:
Quando se acrescenta o sufixo <-íssimo, -rimo, -imo> ao radical do adjetivo.
Conversa agradabilíssima.
É um celebér rimo convidado.
A prova estava dificílima.
· Ágil – agilíssimo, agílimo
· Agudo – acutíssimo
· Bom – boníssimo
· Célebre – celebérrimo
· Cruel – crudelíssimo, cruelíssimo
· Doce – docísssimo, docilíssimo
· Dócil – docílimo, docilíssimo
· Fácil – facílimo, facilíssimo
· Feio – feiíssimo
· Feliz – felicíssimo
· Fiel – fidelíssimo
· Livre – libérrimo, livríssimo
· Magnífico – magnificentíssimo
· Pobre – paupérrimo, pobríssimo
· Sábio – sapientíssimo
· São – saníssimo
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· Útil – utilíssimo
· Voraz – voracíssimo
Locução adjetiva
Chamamos de locução à reunião de duas ou mais palavras com o valor de uma só. Locução adjetiva é, portanto, a
união de duas ou mais palavras que equivalem a um adjetivo. Elas são usualmente formadas por:
· preposição + substantivo
· preposição + advérbio Dente de cão = dente canino
Conselho de mãe = conselho materno
Pneus de trás = pneus traseiros
Ataque de frente = ataque frontal
De aluno – discente
De abdômen – abdominal
De açúcar – sacarino
De anjo – angélico, angelical
De água – aquático, áqueo, hidráulico, hídrico
De ave – aviário, aviculário, orníticoDe cabeça – cefálico
De casamento – matrimonial, nupcial
De direito – jurídico
De estômago –estomacal, gástrico
De garganta – gutural
De intestino – celíaco, entérico, intestinal
De manhã – matinal, matutino, crástino
De mês – mensal
De pele – cutâneo
De peso – ponderalDe tarde – vesperal, vespertino
6. Verbo Classificação dos verbos
Verbos Regulares: são aqueles que não sofrem alterações no radical. Ex: cantar, vender, partir...
canto, cantei, cantaremos, cantaram.
Verbos Irregulares: são aqueles que não seguem o modelo de conjugação. Ex: Fazer
Eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos...
Verbos Irregulares Anômalos: são aqueles que apresentam mudanças significativas no radical. Ex: Ser, Ir
Sou, Ser ei, É, Era, Fui, Fomos.
vou, foste, irei, ides...
Verbos Defectivos: são aqueles que não possuem conjugação completa. Ex: falir, reaver, precaver.
Eu ---, Tu ---, Ele ---, nós falimos, vós falis, eles ---
Verbos Abundantes: são aqueles que apresentam duas formas de mesmo valor. Geralmente ocorrem no particípio.
aceitar: aceitado e aceito
acender: acendido e acesoeleger: elegido e eleito
entregar: entregado e entregue
enxugar: enxugado e enxuto
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imprimir: imprimido e impresso
limpar: limpado e limpo
Obs.: Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver e vir só possuem o particípio irregular: aberto, coberto,
dito, escrito, feito, posto, visto e vindo.
Vozes verbais
Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, recebe, ou pratica e recebe ao mesmo tempo a ação
verbal.
a) Voz Ativa: quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato.
Eles exigiram a presença da diretora.
A torcida aplaudiu os jogadores.
b) Voz Passiva: quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal do agente da passiva.
A presença da diretora foi exigida por eles.
Os jogadores foram aplaudidos pela torcida.
c) Reflexiva: quando o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, isto é, pratica e recebe a ação.
O menino feriu-se.
Formação da Voz Passiva: a voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
1- Voz Passiva Analítica
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal.
A escola será pintada. (sujeito paciente: a escola)
O trabalho é feito por ele. (sujeito paciente: o trabalho)Obs. : o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por , mas pode ocorrer a construção com a
preposição de.
A casa ficou cercada de soldados.
Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase.
A exposição será aberta amanhã.
A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar <SER>, pois o particípio é invariável. Observe a transformação das
frases seguintes:
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)
Nas frases com locuções verbais, o verbo <SER> assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
O vento ia levando as folhas. (gerúndio) As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
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2- Voz Passiva Sintética: a voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com verbo com transitividade direta na 3ª
pessoa, seguido do pronome apassivador SE.
Abriram-se as inscrições.
abrir (v.t.d.): quem abre, abre algo.
Admite voz analítica: As inscrições foram abertas.
Logo, a função do se é: pronome apassivador.
Sujeito paciente: as inscrições.
Obs.: o agente da passiva não costuma vir expresso na voz passiva sintética.
Erros comuns
Existem algumas variáveis na conjugação de alguns verbos. Os linguistas os chamam desvios de variáveis, enquanto
os gramáticos tratam-nos como erros.
verbo VER e derivados.
Forma popular: se eu ver , se eu rever , se eu revesse.
Forma padrão: se eu vir , se eu revir , se eu revisse.
verbo VIR e derivados.
Forma popular: se eu vir , se eu intervir , eu intervi, eleinterviu, eles proviram.
Forma padrão: se eu vier , se eu intervier , eu intervim, eleinterveio, eles provieram.
verbo TER e derivados.
Forma popular: quando eu obter , se eu mantesse, ele deteu.
Forma padrão: quando eu obtiver , se eu mantivesse, eledeteve.
verbo PÔR e derivados.
Forma popular: quando eu compor , se eu disposse, elesdisporam.
Forma padrão: quando eu compuser , se eu dispusesse, elesdispuseram.
verbo REAVER
Forma popular: eu reavi, eles reaveram, ela reavêu.
Forma padrão: eu reouve, eles reouveram, ela reouve.
7. Advérbio Na palavra advérbio, tal qual em adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade. Essa proximidade faz
referência ao processo verbal, indicando as circunstâncias em que esse processo verbal se desenvolve. Quandoacompanhado por preposição, é chamado de locução adverbial.
CLASSIFICAÇÃO DO ADVÉRBIO
De acordo com as circunstâncias que exprimem o advérbio, ou locução adverbial, possuem a seguinte classificação:
Afirmação
Quero sim.
Certamente venceremos.
Ele é realmente melhor.
Foi o que efetivamente disse.Decerto era gay.
Outros: deveras, decididamente, indubitavelmente.
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Negação
Não quero nem posso.
Nunca diga nunca.
De modo algum farei isso.
Outros: jamais, tampouco, de forma nenhuma, de jeito nenhum.
Dúvida Acaso é o servo maior que o mestre?
Porventura comeste tu do fruto proibido?
Talvez haja dez justos na cidade.
É difícil, quiçá impossível, desvencilha-se de todo orgulho.
Outros: possivelmente, provavelmente, casualmente, quem sabe.
Tempo
Logo anoitecerá, o sol já está se pondo.
Ninguém confia no PT hoje em dia. A mudança ocorrerá a qualquer momento.
De vez em quando todos nós erramos.
Ele morreu de repente.
Outros: antigamente, primeiramente, ontem, antes, dantes, cedo, tarde,ora, agora, imediatamente, já, sempre, consta
ntemente, às vezes,amanhã, depois, outrora, breve, provisoriamente, sucessivamente, à tarde, à noite, de manhã, de
repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, hoje em dia.
Lugar
Ela está ali.Coloque isso atrás do vaso, perto das flores.
Aconteceu à distância de 100 metros da escola.
Outros: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás,aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo,
aonde, longe, debaixo,defronte, adentro, afora, alhures, aquém, embaixo, externamente, a distancia, à distancia
de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta.
OBS: Três advérbios pronominais indefinidos de lugar vão caindo em desuso: algures, alhures e nenhures,
substituídos por em algum lugar , em outro lugar e em nenhum lugar ;
Modo
Eu te quero bem. (quero deste modo)
Eu te quero assim como é. (quero deste modo)
Está sempre saindo às pressas. (saindo deste modo)
Vai me matando aos poucos. (matando deste modo)
Terminou a redação calmamente. (terminou deste modo)
Desse jeito eu morro. (deste modo morro)
Foi tudo em vão. (foi deste modo)
Enfrentamo-nos frente a frente. (enfrentamo-nos deste modo)
Outros: mal, devagar , depressa, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondas, desse modo, dessa
maneira, lado a lado, a pé, de cor , e a maior parte dos que terminam em [-mente]: tristemente,
propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, bondosamente.
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OBS: Quando os advérbios terminados em -mente estiverem coordenados, é comum o uso do sufixo só no último.
Falou rápida e pausadamente.
Intensidade
Ele é muito bom.
Estudou pouco para fazer a prova.
Chutei mais forte.
Despejou água no copo em excesso.Tanto repetiu que acabou decorando.
Não sabia quão orgulhosa era ela.
Não é tão experto quanto pensa.
Ficamos noivos de pouco, nos conhecemos de muito.
Ele não é de todo ruim.
Outros: nada, menos, quase, mais, demais, bastante, demasiado, tudo, assaz, que (equivalente a
quão), bem (relativo a quantidade), por demais.
ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS
São advérbios interrogativos e podem aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto nas interrogativas indiretas:
Quando => se refere às circunstâncias de tempo
Como => se refere às circunstâncias de modo
Onde => se refere às circunstâncias de lugar
Por que => se referem às circunstâncias de causa
Circunstância Interrogativa Direta Interrogativa Indireta
Tempo Quando sairemos? Não sei quando sairemos.
Modo Como você caiu? Não sei como você caiu.
Lugar Onde você mora? Não sei onde você mora.
Causa Por que você não veio? Não sei por que você não veio.
ADJETIVOS ADVERBIALIZADOS
Consideramos adjetivos adverbializados aqueles empregados com valor de advérbio. Por isso, são mantidos
invariáveis, não sofrem flexão. As palavras destacadas nos exemplos seguintes são naturalmente adjetivos, mas
estão sendo usadas com o valor do advérbio em parêntesis, trata-se de adjetivos adverbializados.
A vida passa muito rápido. (rapidamente)
A seleção venceu fácil o jogo. (facilmente)
Esta cerveja desce redondo. (suavemente)
Alguns falam muito baixo e outras muito alto. (fracamente, fortemente)
ASSOCIAÇÃO DO ADVÉRBIO
O advérbio pode caracterizar verbo, adjetivo ou outro advérbio.
Advérbio associado a Verbo
A Bela Adormecida dormiu.
A Bela Adormecida dormiu profundamente.
Note que a palavra profundamente dá um significado maior à ação de dormir, e nos informa a intensidade com a qual
a Bela Adormecida dormia: profundamente.
Advérbio associado a Advérbio
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Minha mãe está bem.
Minha mãe está muito bem.
Neste exemplo, temos o advérbio de intensidade muito intensificando o advérbio de modo bem.
Advérbio associado a Adjetivo
Pedro estava apressado.
Pedro estava bastante apressado.
Pode-se perceber que na primeira frase tem-se apenas o adjetivo "apressado", que se refere ao sujeito Pedro. Já nasegunda frase, este adjetivo ganha intensidade devido à presença do advérbio de intensidade "bastante".
Dica de memorização
Lembre-se que Advérbio modifica Advér bio
Ad jetivo
ver bo
Advér bio
DISTINÇÃO ENTRE ADVÉRBIO E PRONOME INDEFINIDO
Alguns termos como: muito, menos, demais, bastante, etc., podem aparecer como advérbio ou como pronomeindefinido. Veja como diferenciá-las:
Advérbio: modifica Advér bio e não sofre flexão nem de gênero nem número.
Pronome indefinido: relaciona-se a substantivo e sofre flexões.
Existe muito homem frouxo e muita mulher valente.
Apenas com este exemplo já podemos perceber que o termo “muito” varia em gênero, logo é um pronome.
Muito trabalhador não tem carteira assinada.Muitos trabalhadores não têm carteira assinada.
Neste exemplo, podemos verificar que podemos flexionar o termo “muito” em número, logo é pronome.
Muito trabalho e não tenho carteira assinada.
Muito trabalhamos e não temos carteiras assinada.
Não flexiona, logo é advérbio.
FLEXÃO DE GRAU DO ADVÉRBIO
O advérbio é uma palavra invariável em número e gênero, mas é flexionado em grau. Igualmente aos adjetivos,
o advérbio admite dois graus: comparativo e superlativo.
GRAU COMPARATIVO
Igualdade: tão + advérbio + quanto
Roberto joga tão bem quanto Lúcio.
Ferrari anda tão depressa quanto Mclaren.
Inferioridade: menos + advérbio + que (do que)
Ele pensa menos orgulhosamente que ela.
Ele pensa menos orgulhosamente do que ela.
Superioridade
Analítico: mais + advérbio + que (do que)
Ele fala mais corretamente que os outros.
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Ele fala mais corretamente do que os outros.
Sintético: melhor que ou pior que.
Ele fala melhor que os outros.
Ele fala pior que os outros.
GRAU SUPERLATIVO ABSOLUTO
Analítico: acompanhado de outro advérbio.
Ele dirige bem.
Ele dirige muito bem.
Sintético: formado com sufixos.
Carlos fala baixíssimo.
Robson bebeu muitíssimo.
OBS: Na linguagem popular, alguns advérbios assumem forma diminutiva, mas com ideia de intensidade, a modo de
superlativo.Você precisa acordar cedinho amanhã.
O shopping fica pertinho do trabalho.
PALAVRAS E LOCUÇÕES DENOTATIVAS
As palavras e locuções denotativas são classificadas à parte pela NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira) porque
não se enquadram em nenhuma das dez classes gramaticais. Antigamente, eram consideradas advérbios, hoje são
classificadas de acordo com o significado que elas expressam; por isso chamadas palavras denotativas e exprimem:
adição: ainda, além disso etc.
Comeu tudo e ainda queria mais.
afastamento: embora.
Foi embora daqui.
aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de etc.
É quase 1h a pé.
designação: eis.
Eis nosso carro novo.
exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas etc.
Todos saíram, exceto ela
Não me descontou sequer um real;
explicação: isto é, por exemplo, a saber etc.
Li vários livros, a saber, os clássicos.
inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive etc.
Eu também vou.
Falta tudo, até água.
limitação: só, somente, unicamente, apenas etc.
Apenas um me respondeu.
Só ele veio à festa.
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realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque etc.
E você lá sabe essa questão?
retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes etc.
Somos três, ou melhor, quatro.
situação: então, mas, se, agora, afinal etc.
Afinal, quem perguntaria a ele?
8. Preposição Preposição vem do latim praepositio ( prae = diante de; positio = posição, colocação) se refere ao ato de prepor, de
pôr antes. É uma palavra invariável que serve para ligar dois termos de modo que um destes fique subordinado ao
outro. As preposições são muito importantes na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão textual e possuem
valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.
Semanticamente, as preposições podem indicar diversas circunstâncias:
Lugar = Estivemos em São Paulo.Origem = Essas maçãs vieram da Argentina.
Causa = Ele morreu por ter vivido demais.
Assunto = Conversamos bastante sobre você.
Meio = Passeei de bicicleta ontem.
Matéria = Comprei roupas de lã.
Sintaticamente, fazem parte de:
• Complementos verbais: obedeço “aos meus pais”. • Complementos nominais: sou obediente “aos meus pais”.
• Locuções adjetivas: É uma pessoa “de caráter”.
• Locuções adverbiais: Naquele momento agi “com cuidado”.
• Orações reduzidas: “ Ao chegar”, foi ovacionado.
Tipos de Preposição
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como
preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre,para, por , sem, sob, sobre, trás.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais quepodem atuar como
preposições: como, durante, exceto, fora, mediante,salvo, segundo, senão, visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma
preposição: atrás de, dentro de, abaixo de, acerca de,
acima de, ao lado de, a respeito de, àdistância de, de acordo com, em cima de,
embaixo de, em frente a, aoredor de, graças a, junto a, perto de, por causa de, por cima de, por trásde, para trás
de, para com.
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Combinação e Contração
Na combinação, a preposição se mantém inteiramente, não sofre alteração. Quando ocorre contração, a preposição
perde uma parte de si, isto é, se contrai.
PREPOSIÇÃO + ARTIGO (combinação)
a + o = ao
a + os = aos
PREPOSIÇÃO + ARTIGO (contração)
a + a(s) = à(s)
de + o(s) = do(s)
de + a(s) = da(s)
de + um = dum
de + uns = duns
de + uma(s) = duma(s)
em + o(s) = no(s)
em + a(s) = na(s)
em + um = num
em + uns = nuns
em + uma(s) = numa(s)
per + o = pelo(s)
per + a = pela(s)
PREPOSIÇÃO + ADVÉRBIO (combinação)
a + onde = aonde
PREPOSIÇÃO + ADVÉRBIO (contração)
de + aqui = daqui
de + aí = daí
de + ali = dali
PREPOSIÇÃO + PRONOME (contração)
a + aquele(s) = àquele(s)
a + aquela(s) = àquela(s)
a + aquilo = àquilo
de + ele(s) = dele(s)
de + ela(s) = dela(s)
de + este(s) = deste(s)
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de + esta(s) = desta(s)
de + esse(s) = desse(s)
de + essa(s) = dessa(s)
de + aquele(s) = daquele(s)
de + aquela(s) = daquela(s)
de + aquilo = daquilo
de + isto(s) = disto(s)
de + isso(s) = disso(s)
de + outro = doutro(s)
de + outra = doutra(s)
em + este(s) = neste(s)
em + esta(s) = nesta(s)
em + esse(s) = nesse(s)
em + aquele(s) = naquele(s)
em + aquela(s) = naquela(s)
em + aquilo = naquilo
em + isto = nisto em + isso = nisso
PREPOSIÇÃO + PREPOSIÇÃO (contração)
de + entre = dentre
OBSERVAÇÕES:
1. Não se deve contrair a preposição [ de ] com [ artigo ] que inicia o sujeito de um verbo, nem com os pronomes
[ ele(s), ela(s) ] quando estes funcionarem como sujeito. Por exemplo:
Isso não depende de o professor querer . (CERTO)
Isso não depende do professor querer . (ERRADO)
Isso não depende de ele querer . (CERTO)
Isso não depende dele querer . (ERRADO)
2. ONDE ou AONDE?
onde = em algum lugar
aonde = “a algum lugar”:
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Esta é a rua onde mora a família Costa.
(A família Costa mora na rua...)
Este é o cinema aonde fomos ontem.
(Ontem fomos ao cinema)
Onde você está? (quem está, está em algum lugar)
Aonde você vai? (quem vai, vai a algum lugar).
3. Uso da preposição entre:
a) Em referência a intervalo de quantidade, não usar a preposição [ a ] em lugar da conjunção [ e ] após a preposição
[ entre ]:
Errado: Entre 10 a 15 candidatos faltaram ao exame.
Correto: Entre 10 e 15 candidatos faltaram ao exame.
b) Não confundir entre com dentre.
dentre = combinação [de] + [entre]. Só se usa com verbos que exijam as duas preposições ao mesmo tempo, como
“retirar ”, “sair ”, “surgir ” e outros semelhantes. Veja os exemplos:
Correto: Retirar dentre as cópias aquelas que contêm falhas.
Correto: Surgiu, dentre os gravetos, uma cobra venenosa.
Errado: Havia, dentre os candidatos, um que era cego.
4. O uso de pronome após preposição pode trazer dúvidas: “para eu...” ou “para mim...”? Neste caso, devemos
observar se a preposição está regendo o pronome ou um verbo.
Quando a preposição está regendo o pronome, deve-se utilizar pronomeoblíquo após a preposição.
Errado: Este trabalho é para eu.
Certo: Este trabalho é para mim.
(preposição regendo pronome: para quem?)
Errado: Entre eu e você não há problemas.
Certo: Entre mim e você não há problemas.
Certo: Entre mim e vossa majestade não há problemas.
Certo: Entre mim e ti não há problemas.
(preposição regendo pronome: entre quem?)
Quando a preposição está regendo um verbo, deve-se utilizar pronome pessoal do caso reto (eu, tu...).
Errado: Este trabalho é para mim fazer .
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Certo: Este trabalho é para eu fazer .
Certo: Este trabalho é para fazer .
(preposição regendo verbo: para o que?)
Errado: Entre mim comprar e consumir existe muita diferença.
Correto: Entre eu comprar e consumir existe muita diferença.
Correto: Entre comprar e consumir existe muita diferença.
(preposição regendo verbo: entre o que?)
Errado: Vou falar pra tu, pra tu falar pra ela, pra ela falar com eu.
Certo: Vou falar para ti, para tu falares para ela, para ela falar comigo.
(preposição regendo verbo: para o que?)
(preposição regendo pronome: para quem? com quem?)
5. Preposição + Pronome Relativo
5.1 Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de mais
de uma sílaba, usa-se o qual (e flexões).
Aquele é o machado com que trabalho.
O trabalho para o qual me dedico é difícil.
5.2 O pronome relativo quem deve ser utilizado antecedido de preposição quando possuir o sentido de “o qual”, “aqual”:
A garota a quem conheci ontem está aqui.
A garota a qual conheci ontem está aqui.
9. Conjunção Conjunção: Do latim conjunctio (união). É o termo invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes da
mesma oração.
Antes de explicar as conjunções é preciso entender a composição de períodos. Período simples é uma oração que
possui apenas um verbo. O período composto é formado por duas ou mais orações, possuindo dois ou mais verbos.
(1) Hoje irei à praia.
(Período Simples, 1 oração)
(2) Hoje irei à praia, relaxarei e voltarei bronzeado.
(Período Composto, 3 orações independentes)
(3) Hoje irei à praia se fizer sol.(Período Composto, 2 orações – 1 independente e uma subordinada)
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Há dois tipos de relações que podem se estabelecer entre as orações de um período composto: coordenação ou
subordinação.
Orações coordenadas são independentes, isto é, podem existir de forma independente das outras. Por exemplo, o
exemplo 2 pode ser dividido em três orações isoladas:
(2.1) Hoje irei à praia.
(2.2) Relaxarei.(2.3) Voltarei bronzeado.
As orações podem estar coordenadas com ou sem o uso de um termo conector de orações (conjunção). Quando não
há conjunção, a coordenação é <assindética> e quando está presente, trata-se de coordenação <sindética>. No
exemplo 2, as duas primeiras orações estão coordenadas assindeticamente, enquanto a segunda e a terceira estão
sindeticamente coordenadas pela conjunção [ e ], classificada como conjunção coordenativa.
Ao contrário das orações coordenadas, as orações subordinadas são aquelas que não podem existir de forma
independente, de modo que dependem da existência de uma oração principal. No exemplo 3, podemos perceber que
uma das orações não pode existir sem a sua principal:
(3.1) Hoje irei à praia. (oração principal – independente)
(3.2) Se fizer sol. (o que acontece se fizer sol? Falta sentido)
Quando uma oração depende da existência de outra, é chamada de oração subordinada, como a oração 3.2. Uma
oração subordinada se liga a uma oração principal por meio do uso de um conector de orações –conjunção. No
exemplo acima, a conjunção se estabelece esta relação, logo é classificada como conjunção subordinativa.
Obs: Quando as conjunções são formadas por mais de um termo, são chamadas de locuções conjuntivas.
Conjunções Coordenativas
As conjunções que unem as orações coordenadas são classificadas em cinco tipos. Estas conjunções ligam as
orações das seguintes formas:
Aditiva: A segunda oração (ou termo) é adicionada à primeira.
Ela é bonita e gostosa.
Não sou bonito nem sou rico.
Gosto de comer legumes mas também de comer frutas.
Outras: como também, bem como, etc..
Adversativa: A segunda oração é uma ressalva à primeira.
Ela é bonita, mas é chata.
Não sou rico; tenho, porém, capacidade para ser.
Gosto de comer legumes, no entanto odeio brócolis.
Outras: todavia, contudo, entretanto, etc.
Alternativa: A segunda oração é uma alternativa à primeira.
Prefere namorar homens ou namorar mulheres?
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Com essa sorte, ou é muito bonito, ou é rico.
Come tudo, quer seja legume, quer seja carne.
Ora diz uma coisa, ora diz outra.
Outras: nem...nem, talvez...talvez etc.
Conclusiva: A segunda oração é uma conclusão da primeira.
Sou rico, logo sou pelo menos simpático.
Prefere namorar as inteligentes; é, pois, inteligente também.
Come tudo, por conseguinte também come brócolis.
Outras: portanto, assim, por isso, por consequência etc.
Explicativa: A segunda oração é uma explicação para a primeira.
Deixei de ser feio, porque fiquei rico.
Prefere namorar as inteligentes, pois inteligente também é.Come tudo, porquanto tem muita fome.
Espere um pouco, que ela já vai subir.
Outras: visto que, já que.
Conjunções Subordinativas Adverbiais
As conjunções subordinativas introduzem orações subordinadas adverbiais, exprimindo, portanto, várias
circunstâncias relacionadas ao advérbio. Analisemos, pois, como são classificadas:
Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal.Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.
Como não se interessa por arte, desistiu do curso.
Outras: que, porquanto, pois que, visto que, uma vez que, já que, desde que etc.
Concessivas: introduzem uma oração que expressa uma ressalva à oração principal.
Fomos visitá-lo embora fosse tarde.
Conquanto amava, não era amado.
Eu não desistirei mesmo que todos me abandonem.
Outras: ainda que, apesar de que, se bem que, por mais que, posto queetc.
Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal.
Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente.
Outras: caso, contanto que, salvo se, desde que, a menos que, sem que etc.
Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro.
O passeio ocorreu conforme havíamos planejado.
Eu fiz como ordenado.
Arrume a exposição segundo as ordens do professor.
Outras: consoante, etc.
Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal.
Toque o sinal para que todos entrem no salão.
Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor.
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Outras: que, para que, a fim de que, porque (= para que) etc.
Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da
principal.
O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam.
Quanto mais reclamava menos atenção recebia.
Outras: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais...(mais/menos), quanto
menos... (mais/menos) etc.
Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração
principal.
A briga começou assim que saímos da festa.
A cidade ficou mais triste depois que ele partiu.
Outras: quando, enquanto, antes que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, agora que, mal (=
assim que) etc.
Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal.
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.Vamos fazer como os cachorros (fazem).
Ele é preguiçoso tal qual o irmão (é).
Outras: assim como, tal como, como se, (tão)...como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, que
nem, mais/menos...que etc.
Consecutivas: introduzem uma oração que expressa consequência da principal.
A dor era tanta que a moça desmaiou.
Estudou excessivamente, de modo que ficou louco.
Outras: de sorte que, de forma que, de jeito que, sem que (= de modo que não), que (tendo como antecedente na
oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc.
Conjunções Subordinativas Integrantes
Introduzem uma oração - chamada de substantiva - que pode exercer as mesmas funções dos substantivos: sujeito,
objeto direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto e complemento nominal de outra oração. As
conjunções subordinativas integrantes são:
que: usa-se quando o verbo exprime uma certeza.
se: usa-se quando o verbo exprime uma possibilidade.
Afirmo que sou inteligente. (Afirmo ISSO)
Espero que você não demore. (Espero ISSO)
Não sei se existe céu ou inferno. (Não sei ISSO)
Uma forma de identificar o se e o que sendo empregados como conjunção integrante é substituí-los por "ISSO",
conforme os exemplos acima.
OBS: O que define a classificação de uma conjunção é o sentido com que esta é empregada.
Estudou muito e não foi aprovado.
(e = mas = conjunção adversativa)
Esfrega que esfrega, mas a mancha não sai.
(que = e = conjunção aditiva)
Diga-lhe que não irei.
(que = ISSO = conjunção integrante)
Onde estavas, que não te vi?
(que = de modo que = conjunção consecutiva)
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10. Interjeição Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito; ou que procura agir sobre o
interlocutor, levando-o a adotar certo entendimento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas
linguísticas mais elaboradas.
A compreensão de uma interjeição depende da análise do contexto em que ela aparece. Quando a interjeição é
expressa por mais de um vocábulo, recebe o nome de locução interjetiva.
Interjeições e locuções interjetivas podem expressar:
• Alegria: oh!, ah!, oba!, viva!
• Dor: ai!, ui!
• Espanto, surpresa: oh!, ah!, ih!, opa!, céus!, puxa!, porra!, chi!, gente!,hem?!, uai!, meu Deus! ora bolas!
• Chamamento: olá!, alô!, ô!, oi!, psiu!, psit!, ó!
• Medo: uh!, ai!, credo!, cruzes!, cruz credo!
• Desejo: tomara!, oxalá!, queira Deus!, se Deus quiser ! quem me dera!
• Pedido de silêncio: psiu!, quieto!, bico fechado!
• Estímulo: avante!, firme!, toca!
• Alívio: ufa!, uf!, safa! • Decepção: aff! valha-me Deus!
• Afugentamento: xô!, fora!, rua!, toca!, passa!, arreda!
OBS: A interjeição é considerada palavra-frase, caracterizando-se como uma estrutura à parte. Não desempenha
função sintática.