Empresa de Referência - ANEEL · O modelo considera que o atendente de Call Center trabalha 6...
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Empresa de Referência
Este capítulo trata da metodologia de cálculo dos custos operacionais eficientes. As
contribuições da Elektro não se restringem ao já exposto por meio das contribuições dessa
concessionária à AP 008/06, ou às suas manifestações durante o segundo ciclo de revisão
tarifária. Refere-se, em especial, aos parâmetros de entrada do modelo (tempo e freqüência
das atividades, equipes, entre outros), que foram abordados superficialmente, ou não
abordados, uma vez que naquela ocasião entendia não ser o momento adequado para sugerir
mudanças estruturais no modelo.
A Elektro enfatiza que endossa integralmente a contribuição da Abradee para a metodologia de
cálculo dos custos operacionais eficientes.
Esse capítulo está dividido em 7 partes, que seguem a mesma estrutura de valorização dos
processos constantes na metodologia de Empresa de Referência.
1. Processos comerciais
1.1. Tele atendimento
1.1.1. Número de chamadas
A curva de ligação definida pelo modelo é linear na determinação de atendentes, não levando
em consideração a sazonalidade diária e horária das chamadas. Assim, os dimensionamentos
das Posições de Atendimento (PA’s) e atendentes estão distantes da realidade.
As chamadas não entram uniformemente no Call Center ao longo das 24 horas de
atendimento. Existem os Horários de Maior Movimento (HMM), onde pode-se notar uma maior
concentração de chamadas. Os HMMs das duas maiores concentrações de atendimento
ocorrem em dois períodos: Emergência (HMM – 16h/22h) e Comercial (HMM - 9h/18h), o que
torna essa curva mais dilatada, prolongando o HMM do Call Center.
Portanto, para atender às determinações estabelecidas na RES 057/04, faz-se necessária
a utilização de curva de ligações que seja aderente à área da concessão e, como
conseqüência, o adequado dimensionamento de PA’s e atendentes.
1.1.2. Tempo de atendimento
O tempo de atendimento definido não reflete a realidade das concessionárias, estando aquém
do necessário. O novo modelo considera, à princípio, somente o tempo médio das chamadas
atendidas.
Ocorre que a operadora de telefonia tarifa, além das chamadas atendidas, as chamadas
abandonadas, as chamadas em fila de espera e a chamadas atendidas eletronicamente.
Portanto, solicita-se a utilização do tempo total de tratamento para o dimensionamento
de chamadas, ou seja, o tempo total de chamadas atendidas, abandonadas, em fila de
espera e abandonadas eletronicamente (URA).
1.1.3. Mix de ligações
O mix de ligação sugerido como 60% de ligações provenientes de telefones fixos e 40% de
celulares, pode não se adequar a área de concessão. Cita–se, por exemplo, o Estado de São
Paulo que entre dezembro de 2006 e dezembro de 2007, foi observado o crescimento da
telefonia móvel de 21,03%1. Este comportamento tem apresentado tendência de aumento dado
que a penetração de telefonia móvel continua crescendo significativamente.
Portanto, o mix de ligações deve refletir a realidade da concessão visando sua fixação
no momento da revisão tarifaria da concessionária.
1.1.4. Indisponibilidade
A indisponibilidade de 13% sugerida pela NT 352 não é suficiente. Há que se considerar as
férias definidas pela CLT, paradas obrigatórias definidas pela NR-172, e o absenteísmo
estrutural.
Portanto, 13% de indisponibilidade mostram-se insuficiente. Solicita-se que esse
parâmetro seja alterado para 20%:
1.1.5. Custos não dimensionados
O modelo não dimensionou os serviços de água e eletricidade, manutenção e limpeza
referentes à fração da área administrativa ocupada pelos funcionários do Call Center. Além
disso, o custo de telefonia para funcionários de cargos gerencial e supervisão também não está
sendo contemplado no modelo.
Solicita-se que estes custos sejam considerados.
1 www.teleco.com.br
2 O modelo considera que o atendente de Call Center trabalha 6 horas produtivas diárias. A NR-17 prevê pausa
obrigatória de 20 minutos para descanso. Portanto, solicita-se que sejam consideradas somente 5 horas e 40 minutos de carga horária para atendentes.
1.1.6. Estrutura de back-office (analista)
Outra questão relevante é que o Anexo XI da NT 352 define, na equação XI.7, que para cada
20 atendentes, haverá 1 analista comercial. Contudo, na planilha de dimensionamento, a
fórmula calcula 25 atendentes para 1 analista.
Solicita-se que a métrica definida na NT 352 (20 atendentes para 1 analista), seja
reproduzida no modelo.
1.1.7. Tratamento de chamadas
O novo modelo propõe que a concessionária possa escolher atender primeiro as chamadas
provenientes de celulares, por serem mais caras, e não por ordem de chegada. Isso fere os
princípios da isonomia no atendimento, princípio este estabelecido na RES 456/00, que trata
dos direitos e deveres dos consumidores.
Solicita-se que este tratamento diferenciado não seja considerado no modelo, e que as
chamadas sejam atendidas por ordem de chegada.
1.2. Perdas comerciais
1.2.1. Combate às perdas não técnicas em média tensão
O modelo considera equipes para combate e /ou manutenção das perdas não técnicas de
baixa tensão, mas não dimensiona custos para esse combate e ou manutenção em média
tensão. Verifica-se a ocorrência de irregularidades também nesse nível de tensão.
Portanto, faz-se necessário considerar os custos relacionados ao combate e /ou
manutenção de perdas não técnicas em média tensão, considerando as seguintes
equipes e veículos:
• Regularização: o 2 Eletricistas o 1 Técnico Especializado o 1 Operador o 1 Caminhão linha viva (VEC5)
• Inspeção: o 2 Técnicos Especializados o 1 caminhonete (VEC2)
1.2.2. Composição das equipes de baixa tensão
1.2.2.1. Regularização
A NT 352, no item III.4.5.4.3.2, define que a equipe de regularização é formada por um
eletricista, um auxiliar de eletricista e um veículo VEC10. Contudo, o modelo, na sua terceira
versão, considera a equipe 1 (dois eletricistas e um VEC10).
Entende-se que a alteração de equipe está parcialmente correta e atende às determinações da
Norma Regulamentadora nº. 10 (NR-10), aprovada pela Portaria nº. 598 de 7 de Dezembro de
20043.
Resta ainda ajustar o veículo da equipe. O VEC104 não comporta escada, para retirada dos
ramais de serviço, por exemplo. Além disso, é um veículo tipicamente urbano, que não se
adéqua às características rurais das áreas de concessão, exigindo veículos com tração nas
quatro rodas.
Solicita-se a substituição do VEC 10 pelo VEC2.
1.2.2.2. Inspeção
A sofisticação das fraudes implica a necessidade de técnicos com experiência e capacitados
para a atividade, além de uma freqüente atualização técnica.
A Inspeção é uma atividade onde a abordagem junto aos consumidores deve ser feita com
diplomacia, o que requer um profissional mais qualificado. Ademais, quando da constatação da
fraude, o laudo da ocorrência (TOI) deve ser lavrado de forma precisa para que seja
minimizado o risco de futuras contestações.
Portanto para a realização dessas atividades a proposta deve englobar duas equipes distintas,
para a média e baixa tensão.
• BAIXA TENSÃO:
o 1 Técnico Especializado
o 1 Eletricista
o 1 caminhonete (VEC2)
1.2.3. Efetividade da inspeção
O modelo pressupõe uma efetividade de inspeção, ou seja, total de irregularidades
encontradas por inspeções, de 25%.
3 A NR-10 determina que os serviços executados em instalações elétricas energizadas com tensão acima
de 1kV, sejam executados por duas pessoas treinadas e habilitadas, tanto em primeiros socorros como
em procedimentos técnicos. Logo, de acordo com a CLT, se esses desempenham funções iguais, devem
ter remunerações semelhantes. 4 Uno Mille
Entende-se que este parâmetro superestima a capacidade de acerto das concessionárias.
Sugere-se que este seja definido em conjunto da concessionária, após apresentação por
parte desta de seu plano de combate às perdas e seu estudo de características sócio
econômicas.
Atualmente, apesar do aprimoramento das técnicas e ferramentas para detecção de
procedimentos irregulares implementadas pela Elektro, a efetividade obtida é muito inferior ao
valor apresentado.
Portanto, solicita-se que esse parâmetro seja definido em conjunto com a
concessionária, no momento do seu processo de revisão tarifária.
1.2.4. Produtividade das equipes de inspeção
O modelo prevê uma produtividade de 15 inspeções diárias por equipe. Ou seja, o tempo de
inspeção somado ao seu respectivo deslocamento é de 30 minutos.
É tecnicamente inviável considerar que seja possível realizar 15 inspeções com deslocamento
em uma jornada de trabalho de 8 horas. Devem ser considerados o tempo de deslocamento e
as longas distâncias percorridas pelas equipes que realizam esta atividade, além dos aspectos
relacionados à segurança das atividades, condições de trafegabilidade e à qualidade dos
serviços.
Portanto, solicita-se que esse parâmetro seja definido em conjunto com a
concessionária, no momento do seu processo de revisão tarifária.
1.2.5. Crescimento e reincidência das perdas comerciais
O modelo considera o crescimento de perdas não técnicas decorrentes de novas fraudes
ocorridas no ano. Estas novas fraudes correspondem no modelo de 0 a 1,5% do mercado de
baixa tensão. Entende-se que esse crescimento depende do mercado da concessionária e das
características sócio econômicas, não devendo o modelo ter uma faixa de crescimento
espontâneo das perdas não técnicas definida previamente. Sugere-se que o índice seja
discutido com a distribuidora no processo de revisão tarifária.
Assim como o crescimento de perdas, o retorno dessas, ou seja, consumidores que foram
regularizados, mas que voltaram a fraudar, é específico para cada concessão. O modelo
considera 20%.
Sugere-se que o índice também seja discutido com a distribuidora no processo de
revisão tarifária.
1.3. Faturamento
1.3.1. Opções de leitura
O modelo prevê que as atividades de leitura sejam realizadas sem coletor, com coletor, com
coletor e impressão ou com coletor e inspeção. A especificação técnica do coletor a que se
refere a NT não é fornecida e, por conseguinte pode gerar dúvidas quando do enquadramento
das atividades de leitura. A Elektro entende e sugere que seja considerado como “coletor” o
equipamento com recursos de coleta de informações que dispensem a interação humana, ou
seja, aqueles que por meio de conexão física via cabo ou wireless obtenham de forma
automatizada os registros constantes do equipamento de medição. Cabe justificar que a
utilização de coletores sem esta funcionalidade não representa qualquer ganho de
produtividade já que depende da interação humana para transcrição das informações lidas no
medidor para o coletor, atividade idêntica a de transcrição que é feita para o papel.
Solicita-se que o percentual de tipos de leituras que será preenchido nas planilhas de
cálculo sejam discutidos previamente com as concessionárias, já que cada uma
apresenta uma realidade diferente.
1.3.2. Produtividade
O novo modelo propõe um aumento drástico de produtividade de leituras na área rural (sem
coletor). Solicita-se que esta produtividade seja revista, uma vez que superestima a capacidade
de leitura das empresas. A prática das concessionárias do sudeste encontra-se entre 50-60
leituras por dia.
Portanto, sugere-se a reavaliação da produtividade.
1.3.3. Veículos
O modelo considera que a utilização diária dos veículos relacionadas às atividades do
processo comercial regular (VEC12 e motocicleta) é de 12 horas. Utiliza-se o mesmo critério
dos veículos de O&M, que trabalham em turnos.
Ocorre que os leituristas e entregadores trabalham por 7,5 horas, e não há diferentes turnos.
Portanto, solicita-se que a utilização diária dos veículos seja adequada para 7,5 horas.
1.3.4. Impressão e envio de outros documentos
A NT 352 prevê somente 5% do volume de faturas para impressão e envio de outros
documentos. Já o modelo, em sua terceira versão, considera 10% do volume de faturas para
esse cálculo, o que é mais aderente a realidade das concessionárias.
Solicita-se a correção do texto da NT 352.
1.3.5. Custo da impressão
O modelo considera o custo de impressão igual à R$ 0,04 (20% do valor da impressão da
fatura). Esse valor é significativamente inferior ao praticado no mercado.
Solicita-se o aumento do custo da impressão para R$ 0,10, valor compatível com a
prática atual.
1.3.6. Ciclo de faturamento plurimensal
O modelo proposto considera que os processos de ciclo comercial regular de faturamento
(leitura de medidores, emissão e envio de fatura e outros documentos e cobrança) são
passíveis de serem realizados com periodicidade plurimensal (3 meses ).
Solicita-se que o modelo seja modificado de forma a permitir a entrada de informações
consonantes ao que estabelece a REN 456/00 que em seu Artigo 41 define que a adoção de
procedimentos de leituras e faturamentos em períodos plurimensais é de gerenciamento da
concessionária, podendo ou não ser por ela adotados, de forma parcial ou total.
“Art. 41. As leituras e os faturamentos de unidades consumidoras do Grupo “B” poderão ser efetuados em intervalos de até 3 (três) ciclos consecutivos, de acordo com o calendário próprio, nos seguintes casos: I - unidades consumidoras situadas em área rural; II - localidades com até 1000 (mil) unidades consumidoras; e III - unidades consumidoras com consumo médio mensal de energia elétrica ativa igual ou inferior a 50 kWh (cinqüenta quilowatts-hora). § 1º Quando for adotado intervalo plurimensal de leitura, o consumidor poderá fornecer a leitura mensal dos respectivos medidores, respeitadas as datas fixadas pela concessionária. § 2º A adoção de intervalo plurimensal de leitura e/ou de faturamento deverá ser precedida de divulgação aos consumidores, objetivando permitir aos mesmos o conhecimento do processo utilizado e os objetivos pretendidos com a medida.” (grifo nosso)
Ressalte que a adoção de periodicidade plurimensal pode ser feita distintamente para as
atividades de leitura e de faturamento, ou seja, pode-se ter leitura mensal e faturamento
plurimensal (aplicação do inciso III do Art.41), como se pode ter leitura trimestral com
faturamento mensal com base na auto-leitura fornecida pelo consumidor (aplicação do §1º. do
Art.41).
Portanto, solicita-se que esse parâmetro seja definido em conjunto com a
concessionária, no momento do seu processo de revisão tarifária.
1.4. Tarefas comerciais
A Elektro reconhece o aprimoramento da metodologia, ao se calcular os processos comerciais
de forma paramétrica. Entretanto existem ainda alguns pontos de aprimoramento.
1.4.1. Supervisão
O modelo não considera atividades de supervisão para todos os processos comerciais, à
exceção do tele-atendimento. São elas: atendimento personalizado, tarefas comerciais,
combate à perdas não técnicas e leitura e entrega de faturas (LEC). Essa função de supervisão
é necessária para garantir a qualidade, continuidade e segurança dos serviços comerciais.
Estes supervisores são responsáveis pela gestão diária de tarefas, registro e análise das
atividades e resolução de problemas específicos. Não devem ser confundidos com os
supervisores comerciais das Gerências Regionais, que tratam da supervisão e controle da
logística relacionada fundamentalmente aos almoxarifados, transporte e equipamentos, como
consta no item 228 da NT 352. Ainda que esses supervisores tivessem a incumbência de tratar
dos processos comerciais, a força de trabalho estaria significativamente subdimensionada.
Cita-se, por exemplo, a maior Gerência Regional (tipo 1), com apenas 5 supervisores
comerciais.
Conforme manifestação da Elektro à AP 008/06, solicitou-se que os processos comerciais
fossem calculados de forma paramétrica, mas também que as necessidades de chefias e
supervisores deveriam ser mantidas: para 5 operacionais5, 1 Supervisor e para 2 supervisores,
1 Chefe.
Portanto, a Elektro ratifica a solicitação acerca de supervisores e chefes para esses
processos.
1.4.2. Atendimento Comercial
1.4.2.1. Área de atendimento ao público
O modelo considera que os atendentes personalizados têm, assim como os outros funcionários
administrativos da Empresa de Referência, 10m2 de área de trabalho. Ocorre que este espaço
é suficiente somente para o atendente.
Faz-se necessário dimensionar um espaço para acomodação dos consumidores que procuram
o atendimento personalizado, em caso de fila.
Solicita-se que o espaço para atendentes personalizados seja aumentado de 10 m2 para
no mínimo 18m2.
1.4.3. Serviços comerciais
1.4.3.1. Escopo das tarefas
5 Atendentes, eletricistas, leituristas e entregadores.
Reconhece-se um grande avanço do modelo quando da definição das tarefas comercias.
Apesar de definidas, ainda faz-se necessário definir o escopo dessas, ou seja, definir qual é a
ação de início e qual é a ação final da tarefa.
1.4.3.2. Freqüência e produtividade das tarefas
Entende-se que a freqüência das tarefas comerciais estão subdimensionadas e não condizem
com o informado pela Elektro no Ofício Circular no 157/076, especialmente em relação às
atividades de corte e religação. Solicita-se a revisão do cluster. Vale lembrar, por exemplo, que
o nível de inadimplência depende diretamente da freqüência de corte. Caso essa freqüência
seja subdimensionada, haverá um aumento da inadimplência, comprometendo o equilíbrio
econômico financeiro da concessão.
Em relação à produtividade, entende-se que esta foi superdimensionada no modelo proposto.
A NT 352 menciona que algumas produtividades foram extraídas de contribuições das
concessionárias que passaram pelo processo tarifário em 2007. Vale lembrar que as
produtividades apresentadas pela Elektro em seu processo tarifário variaram de 8 a 12 tarefas
diárias, número significativamente menor que a produtividade média de 20 tarefas/dia das
atividades mais expressivas consideradas pelo modelo.
Portanto, solicita-se que a freqüência e produtividade das tarefas comerciais sejam
revistas.
Solicita-se, também, que seja dado um tratamento diferenciado para os consumidores de
AT, considerando freqüências e produtividades específicas daquelas definidas para o
BT, na medida em que as tarefas comerciais em AT apresentam maiores níveis de
complexidade.
1.4.3.3. Localização de unidades consumidoras
Propõe-se que o modelo para cálculo de tarefas comerciais considere, assim como o
modelo de O&M, a localização das unidades consumidoras (urbano e rural) e
conseqüentemente, o cluster definido para tempo médio de deslocamento (TMD).
1.4.3.4. Veículos
As tarefas comerciais são realizadas com o VEC10. Ocorre que esse veículo não comporta
escada, para retirada dos ramais de serviço, por exemplo. Além disso, é um veículo
6 Conforme NT 352, o regulador utilizou os dados do Ofício Circular n
o 157/07 para definir os clusters de
freqüências das tarefas comerciais.
tipicamente urbano, que não se adéqua às características rurais da área de concessão da
Elektro, exigindo veículos com tração nas quatro rodas.
Solicita-se a utilização de VEC2.
1.4.3.5. Tarefas comerciais não contempladas
Algumas tarefas inerentes ao processo de distribuição de energia elétrica não foram
contempladas no modelo de P&A comerciais, a saber:
• Alteração de Carga: esse serviço é prestado quando o cliente solicita alteração de
carga da unidade consumidora (aumento ou diminuição), podendo solicitar a alteração
do local de instalação do padrão dentro da propriedade. Consiste em:
o Troca ou reposicionamento do ramal de serviço, quando necessário.
o Troca das conexões junto à rede e ponto de entrega.
o Substituição do conjunto de medição, quando necessário.
o Abertura e fechamento de chave fusível do transformador, quando necessário.
• Reforma de Padrão: esse serviço é prestado quando o cliente reforma o padrão da
unidade consumidora, podendo solicitar a alteração do local de instalação do mesmo
dentro da propriedade. Consiste em:
o Troca ou reposicionamento do ramal de serviço, quando necessário.
o Troca das conexões junto à rede e ponto de entrega.
o Abertura e fechamento de chave fusível do transformador, quando necessário.
o Retirada e reinstalação do conjunto de medição
• Retirada do conjunto de medição: Esse serviço é realizado depois de decorridos 15
dias da suspensão do fornecimento, ou através de solicitação do cliente, com a
finalidade de retirar o medidor da unidade consumidora e encerrar as relações
contratuais com o cliente. Consiste em:
o Abrir / fechar chave do transformador, quando necessário.
o Desconexão do ramal de serviço da rede secundária.
o Retirada do conjunto de medição.
Portanto, propõe-se que essas atividades sejam consideradas no modelo, com os
seguintes parâmetros:
Tarefa Tempo
(minutos) Equipe Veículo Freqüência
Alteração de Carga 50 EQ1 VEC2 1,0 a 1,5%
Reforma de Padrão 26 EQ1 VEC2 0,5 a 1,0%
Retirada do conjunto de medição 23 EQ1 VEC2 5,0 a 7,0%
1.4.3.6. Serviços taxados
A incorporação dos serviços taxados na modelagem da Empresa de Referência foi uma atitude
louvável por parte da ANEEL, porém o modelo não separa tarefas de atendimento para
consumidores ligados em baixa e alta tensão. A diferenciação nos valores hoje cobrados é
justificada, pois as produtividades na execução das tarefas, em função da sua complexidade,
são diferenciadas em decorrência dos tempos de execução, das equipes e materiais
empregados.
Portanto, propõe-se que os serviços taxados sejam modelados levando-se em
consideração se são executados na baixa ou média tensão.
Cabe lembrar que as taxas hoje cobradas devem ser revertidas para a modicidade tarifária nas
mesmas quantidades dessas tarefas constantes da ER, e calculadas ex-ante.
1.5. Unidades consumidoras Cadastradas versus Faturadas
A NT 352 propõe a utilização de clientes faturados como dado de entrada do modelo. O
modelo vigente utiliza unidades consumidoras cadastrados.
A alteração proposta que deixa de considerar a quantidade de unidades consumidoras
cadastradas em prol das unidades consumidoras faturadas não atende a realidade das
concessionárias, pois parte significativa das atividades é realizada envolvendo unidades
consumidoras cadastradas, a saber:
• Atividades de O&M: a operação e manutenção da rede são realizadas independente da
unidade consumidora estar sendo faturada ou não.
• Tarefas comerciais: para as tarefas comerciais deve ser considerado o total de UC’s
cadastradas. O controle que envolve as atividades comerciais, do atendimento ao
consumidor, conexão e desconexão, passando pelo corte e religação, pressupõe a
manutenção de um banco de dados atualizado e concatenado com os sistemas
técnicos e comerciais. O processo de fiscalização e combate a perdas envolve
principalmente as UC´s não faturadas. A ativação destes clientes, mesmo não sendo
faturado, pode ser feita a qualquer momento, inclusive através de auto-religação. Esta
condição faz com que a empresa dimensione sua força de trabalho tendo estas
quantidades em consideração.
• Atividades de faturamento (leitura, emissão de faturas e entrega) devem ser
dimensionada com base no número de UC’s faturadas.
Para a validação do número de unidades consumidoras cadastradas, propõe-se que sejam
consideradas as unidades consumidoras ativas, somadas às unidades consumidoras que
tiveram pelo menos um faturamento nos últimos 24 meses. O prazo em questão é o prazo
médio dentro do qual as UC’s demandam atividades comerciais. A experiência das
distribuidoras considera que esse é o período médio em que há uma troca de titularidade nas
unidades consumidoras.
Exemplo emblemático dessa situação para o caso da Elektro é do atendimento em áreas
turísticas, como por exemplo, Guarujá (litoral) e Campos do Jordão (região serrana), onde a
população flutuante aumenta significativamente no verão e inverno respectivamente. Passada
a temporada, inúmeras unidades consumidoras tornam-se inadimplentes e são cortadas. Só
voltam a ser ligadas na próxima temporada, quando os consumidores retornam ao local.
Portanto, propõe-se que as atividades de faturamento sejam dimensionadas com base
no número de UC’s faturadas, e que as demais atividades (de O&M e comerciais), sejam
dimensionadas com base nas unidades consumidoras cadastradas.
2. Processos de O&M
2.1. Escopo das tarefas
Reconhece-se um grande avanço do modelo quando da definição das tarefas de O&M. Apesar
de definidas, ainda faz-se necessário definir o escopo das tarefas, ou seja, definir qual é a ação
de início e qual é a ação final da tarefa. Sem essa definição fica comprometida a discussão
aprofundada dos tempos de execução de tarefas. Não obstante, a Elektro analisou os tempos
de execução de acordo com seus procedimentos internos e suas práticas.
2.2. Atividades em redes e linhas
Observou-se que alguns parâmetros de entrada de algumas atividades não atendem a
realidade das concessionárias. Propõe-se as alterações descritas na tabela abaixo:
Tarefa Alteração ER PropostaPoda de árvores frequência 0,1 0,4
Poda de árvores equipe EQ1 EQ4
Poda de árvores tempo (min) 330 960
Inspeção visual de rede veículo VEC1 VEC2
Medição de aterramento veículo VEC10 VEC2
Adequação de aterramento veículo VEC1 VEC2
Retirar objetos da rede veículo VEC1 VEC2
Substituir cruzetas urbano frequência 0,0025 0,029
Substituir cruzetas rural frequência 0,0005 0,029
Substituir elo fusível frequência 0,3
Substituir pára raios frequência 0,08
Substituir transformador urbano frequência 0,028
Substituir transformador rural frequência 0,026
Disp. Inst. E manobras de rep. em serv. veículo VEC1 VEC2
Substituição de Espaçador - BT veículo VEC1 VEC2
Aprumar poste, Concretar Base e Aprumar e estaiar poste - BT veículo VEC3 VEC5
Aprumar poste, Concretar Base e Aprumar e estaiar poste - BT equipe EQ1 EQ11
Inspeção terrestre com Termovisor – MT - Urbana equipe EQ1
Inspeção terrestre com Termovisor – MT - Urbana veículo VEC1
Inspeção terrestre com Termovisor – MT - Urbana frequência 0,63
Inspeção/manutenção Indicador de Falta - MT equipe EQ1
Inspeção/manutenção Indicador de Falta - MT veículo VEC2
Inspeção/manutenção Indicador de Falta - MT frequência 1
2.3. Atividades em subestações e linhas de transmissão
Observou-se que alguns parâmetros de entrada de algumas atividades não atendem a
realidade das concessionárias.
Propõe-se as alterações descritas na tabela abaixo:
Tarefa Alteração ER PropostaInspeção com termovisor terrestreInspeção visual da Rede (km)Medir Aterramento
veículo VEC10 VEC2
Inspeção com termovisor terrestre frequência 2
Inspeção visual terrestre da Rede frequência0,5 rural1 urbano
Substituição de cadeia de Isoladores equipe EQ2 EQ3
Emenda de Condutor equipe EQ2 EQ3
Substituição de Jumper equipe EQ2 EQ3
Substituição de amortecedores equipe EQ2 EQ3
Substituição de Condutor equipe EQ2 EQ3
Retencionamento de cabo equipe EQ2 EQ3
Substituição de Grampo de suspensão equipe EQ2 EQ3
Substituir estrutura Metálica equipe EQ3 EQ13
Inspeção com termovisor terrestre veículo VEC10/12 VEC2
Medir Aterramento veículo VEC10/12 VEC3
Inspeção visual terrestre dos componentes mecanicos veículo VEC10/12 VEC4
Inspeção visual terrestre dos componentes elétricos veículo VEC10/12 VEC5
Inspeção visual terrestre das fundações das torres veículo VEC10/12 VEC6
Limpeza da faixa de servidão veículo VEC10/12 VEC7
Adequar aterramento veículo VEC10/12 VEC8
Inspeção com termovisor terrestre frequência 2
Inspeção visual terrestre dos componentes mecanicos Inspeção visual terrestre dos componentes elétricosInspeção visual terrestre das fundações das torres
frequência 0,5
Limpeza da faixa de servidão frequência 1
Substituição de Transformador de Força tempo 2400
Substituir chave e tripolar SFSubstituir ReguladorSubstituir ReligadorSubstituir Capacitor
tempo 75
2.4. Atividades em Linha Viva não reconhecidas
As tarefas de Linha Viva foram incorporadas ao modelo. Contudo, a proposta não considera
diversas atividades que são realizadas em Linha Viva pelas concessionárias.
Portanto, solicita-se que sejam consideradas as seguintes tarefas e seus respectivos
parâmetros:
DescriçãoFreqüência
AnualUN
Tempo
Unitário
(horas)
Tempo Total
(horas)
Bloquear equipamentos 1.488 un 0,17 248
Conexão em condutor nu 25.676 un 0,33 8.559
Desbloquear equipamentos 1.488 un 0,17 248
Executar reparo de condutor 635 un 1,00 635
Executar retensionamento de condutor 70 un 2,00 140
Inspeção de rede 14.758 un 0,25 3.690
Manutenção de chave faca unipolar 1.578 un 0,50 789
Manutenção de aterramento primário 20 un 0,33 7
Manutenção de chave fusível 1.662 un 0,33 554
Manutenção de estai de contra poste 29 un 0,25 7
Manutenção de estai poste a poste e cruzeta a poste 20 un 0,25 5
Manutenção de estrutura primaria (cruzeta, isolador, etc) 2.333 un 0,50 1.167
Manutenção em subestação 1.397 un 1,00 1.397
Poda de árvore 12.135 un 0,67 8.090
Reaperto de estrutura 1.742 un 0,50 871
Retensionamento de condutor 29 un 2,00 58
Retirar chave a óleo/gás tripolar 1 un 2,00 2
Retirar chave faca unipolar 332 un 0,83 277
Retirar chave fusível 1.227 un 0,67 818
Retirar chave tipo by-pass 6 un 1,00 6
Retirar chave unipolar 2.132 un 0,83 1.777
Retirar condutor un 413 un 0,83 344
Retirar conectores 68 un 0,25 17
Retirar estai de ancora 48 un 0,17 8
Retirar estrutura primaria 1.332 un 0,33 444
Retirar isolador pino ou disco 2.328 un 0,25 582
Retirar pára raios 523 un 0,33 174
Retirar poste 1.247 un 1,50 1.871
Retirar sinalizador de falta 52 un 0,08 4
Retirar tirante de estai 7 un 0,17 1
Substituição de bloqueio espera 6.977 un 0,17 1.163
Substituição de aterramento primário 10 un 1,00 10
Substituição de chave a óleo tripolar 154 un 2,00 308
Substituição de chave faca unipolar 862 un 0,83 718
Substituição de chave fusível 2.138 un 0,67 1.425
Substituição de elo fusível 499 un 0,25 125
Substituição de estrutura primaria (cruzeta, isolador, etc) 9.329 un 1,50 13.994
Substituir chave unipolar 2.688 un 0,67 1.792
Substituir conectores 3.670 un 0,50 1.835
Substituir isolador pino ou disco 2.810 un 0,33 937
Substituir pára-raios 4.874 un 0,33 1.625
Substituir porta fusível 101 un 0,25 25
Substituir tirante de estai 12 un 0,50 6
2.5. Outras atividades sub-dimensionadas
2.5.1. Subestação Móvel
O dimensionamento de subestações móveis, incorporado ao modelo foi claramente
subdimensionado. A Elektro solicita que o dimensionamento considere os recursos e
atividades, essenciais na utilização da subestação móvel para contingências ou manutenção.
Cada subestação móvel faz em média 21 instalações/desinstalações durante o ano
(considerando as instalações e desinstalações para plano verão e plano inverno) com um
tempo médio para cada instalação/desinstalação de:
• Instalação (posicionamento/montagem/Conexão):
o 5 Eletricistas de SE’s: 4 horas/eletricista (total: 20 horas)
o 2 Técnicos de Manutenção: 3 horas/técnico (Total: 6 horas)
o 5 Eletricistas de LT’s: 3 horas/ eletricista (Total: 15 horas)
• Transporte:
o 1 Motorista Eletricista: 16 horas
• Desinstalação(Desconexão/desmontagem/retirada):
o 5 Eletricistas de SE’s: 4 horas/eletricista (total: 20 horas)
o 2 Técnicos de Manutenção: 3 horas/técnico (Total: 6 horas)
o 5 Eletricistas de LT’s: 3 horas/ eletricista (Total: 15 horas)
Com base nessas informações, a Elektro solicita o ajuste no dimensionamento de
subestações móveis.
2.5.2. Medição de Fronteira
O dimensionamento das atividades de medição de fronteira foram claramente
subdimensionadas no modelo.
Dentre as principais responsabilidades e obrigações relativas aos sistemas de medição para
faturamento exigidas da ELEKTRO pelos Procedimentos de Rede – Módulo 12 – Medição para
Faturamento - estão:
• Manutenção preventiva:
o A manutenção preventiva é realizada pelos agentes conectantes de
distribuição, de geração, de transmissão detentor de interligação entre
submercados, importador, exportador ou autoprodutor responsáveis pelo SMF,
e também pelo agente conectado
o A periodicidade para a manutenção preventiva do agente responsável pelo
SMF é de no máximo 2 (dois) anos.
• Comissionamento de SMF
o Fiscalizar o comissionamento feito por agente responsável pelo SMF, quando
delegado pelo ONS
• Inspeção / manutenção corretiva
o Realizar manutenção corretiva, como agente de distribuição responsável pelo
SMF e como agente conectado, responsável pelo SMF, para os consumidores
livres
Volume das principais atividades de campo por ano:
Atividades Específicas Qtde Tempo Médio de
Execução (horas)
a) Manutenção Preventiva 270 8
b) Comissionamentos de SMF 9 40
c) Inspeções / Manutenções Corretivas 90 16
Nota: A equipe necessária para realizar estas atividades é constituída por dois
técnicos e uma caminhonete (V2).
Com base nessas informações, a Elektro solicita o ajuste no dimensionamento de
medição de fronteira.
Além disso, há que se considerar na estrutura central pessoal responsável por atender ao
Sistema de Medição para Faturamento SMF – CCEE/ONS
• Desenvolver as atividades de manutenção, de inspeção e de certificação de padrões
de trabalho e arcar com os ônus relativos a essas atividades.
• Elaborar o plano anual de manutenção preventiva dos SMF ou das inspeções das
medições e submetê-lo aos agentes conectados.
• Acordar com os agentes conectados o cronograma do plano anual de manutenção
preventiva dos SMF ou das inspeções e o do acompanhamento de manutenção
corretiva desses sistemas.
• Informar ao ONS, com justificativa, as eventuais reprogramações das manutenções
preventivas constantes no plano anual de manutenção preventiva do SMF.
• Planejar e fazer, quando necessárias, solicitações de intervenção em equipamentos
para possibilitar a manutenção ou a inspeção dos SMF em suas instalações.
• Emitir as notificações de manutenção, os boletins de ocorrência e os relatórios de
manutenção e de inspeção.
• Enviar à CCEE as notificações de manutenção, os boletins de ocorrência, os relatórios
de manutenção e de inspeção, bem como as solicitações de alteração do cadastro do
agente responsável pelo SMF decorrentes dessas manutenções ou inspeções.
• Guardar, por um período de 5 (cinco) anos, as leituras de medidores, os relatórios de
ocorrência e as alterações de cadastro decorrentes das manutenções ou das
inspeções.
• Atender aos pedidos de inspeção nos sistemas de medição, quando solicitados pelo
ONS e/ou pela CCEE.
• Desenvolver as atividades de instalação da medição – tais como aquisição de
equipamentos, projeto, montagem e comissionamento – e arcar com os ônus relativos
a essas atividades.
• Solicitar à CCEE o parecer de localização de pontos de medição.
• Submeter à CCEE, para aprovação, as informações relativas ao projeto de
comunicação com o SCDE.
• Solicitar ao agente conectado as informações sobre os equipamentos e instalações de
suas subestações necessárias para o projeto, bem como outras informações, como as
relativas à montagem e/ou aos equipamentos, que não constam na especificação
técnica das medições para faturamento aprovada pela CCEE e ONS.
• Elaborar e executar o projeto, adquirir os equipamentos e instalar o SMF, em
conformidade com o estabelecido na especificação técnica das medições para
faturamento.
• Executar as adequações necessárias nos sistemas de medição existentes, para
atender aos requisitos estabelecidos na especificação técnica das medições para
faturamento
• Submeter os projetos, equipamentos e montagem à pré-aprovação, inspeção e
acompanhamento do agente conectado.
• Solicitar aos agentes conectados o acesso de seu pessoal ou prepostos às instalações
pertencentes a esses agentes, para montagem ou comissionamento do SMF.
• Cumprir as normas e regulamentos dos agentes conectados quando da montagem de
SMF nas suas instalações ou quando da prestação de outros serviços de medição.
• Desenvolver as atividades de cadastro, coleta e ajuste de dados de medição conforme
estabelecido nos procedimentos de comercialização da CCEE.
• Enviar à CCEE o diagrama unifilar com os pontos de medição da instalação sinalizados
e os diagramas esquemáticos de CA e CC, de acordo com os procedimentos de
comercialização.
• Informar ao ONS a previsão de término da montagem.
• Cumprir as diferentes etapas do comissionamento do SMF
• Selar os pontos de lacre existentes nos sistemas de medição.
• Fornecer ao agente conectado e ao ONS o relatório do comissionamento.
3. Sistemas Centrais
3.1. Taxa de manutenção de Sistemas Centrais
Não resta dúvida que houve melhora na taxa de manutenção de sistemas centrais, que
aumentou de 10 para 18%. Contudo, as práticas de mercado, conforme pode ser observado na
manifestação da Elektro para a AP 028/2007, referenciam taxas de manutenção de 20 à 25%.
Solicita-se que o modelo adote as práticas de mercado, com taxa de manutenção média
de sistemas centrais de 22,5%.
3.2. Telecomunicações
A Elektro entende que os custos de telecomunicações deveriam ser dimensionados com
metodologia análoga a de sistemas centrais.
A metodologia proposta sugere que seja multiplicado um índice sobre o valor dos investimentos
de sistemas centrais para determinação dos investimentos em Telecomunicações. Tal proposta
não faz sentido uma vez que os ativos e tecnologias de telecomunicações não têm qualquer
relação com sistemas centrais. Solicita-se que sejam especificadas soluções típicas de
Telecomunicações para o dimensionamento dos investimentos associados.
Ademais, entende-se que os recursos reconhecidos no modelo são exclusivamente de capital
(remuneração do capital e quota de reintegração) sobre os ativos de telecomunicações, e não
consideram os custos de operação (aluguéis de linha digitais de transferência de dados e
manutenção dos ativos).
Solicita-se revisão da metodologia e consideração além dos custos de capital também
os custos de operação (aluguéis de linha digitais de transferência de dados e
manutenção dos ativos)
4. Estrutura Regional
4.1. Dimensionamento
Cabe ressaltar que a quantidade de regionais deve refletir as características específicas de
cada concessão, como por exemplo:
• Dispersão geográfica com áreas descontínuas e que eliminam possibilidades de
sinergia operacional. É necessário observar a indisponibilidade de rodovias de acesso,
obstáculos naturais tais como rios, serras e áreas preservadas;
• Grande volume de ativos em áreas rurais, que requerem longas viagens por estradas
secundárias não pavimentadas, para supervisão de serviços pelas regionais.
É necessário dimensionar o número de gerências regionais de modo que seja possível a
execução do volume de tarefas relativas à administração de pessoal, logística de
almoxarifados, transporte de equipamentos, das tarefas de supervisão e controle da
manutenção, que incluem a gestão direta das unidades de trabalho de campo, através da
equipe de supervisores, para trabalhos programados e não programados.
Portanto, solicita-se que a quantidade de regionais seja definida em conjunto com a
concessionária, após apresentação por parte desta da sua logística operacional. Além
disso, o dimensionamento de gerências regionais deve estar compatível com os clusters
de tempo médio de deslocamento.
4.2. Almoxarifados
O modelo proposto reduz drasticamente o número de almoxarifados. O dimensionamento no
modelo anterior previa almoxarifados em função dos escritórios comerciais, que por sua vez
era função do número de municípios.
O modelo novo propõe que os almoxarifados sejam calculados em função das gerências
regionais. Como o número de Gerências Regionais é significativamente menor que o número
de Escritórios Comerciais, nota-se uma redução drástica na área de almoxarifados, o que não
se adéqua à realidade das distribuidoras. Uma área subdimensionada também priva a
concessionária de escolher uma localização estratégica.
Os almoxarifados são utilizados para o armazenamento de materiais de giro rápido, que
representam quase a totalidade dos materiais comprados pela empresa. Este armazenamento
faz-se necessário para garantir a qualidade do serviço prestado, uma vez que tanto nas
atividades emergenciais quanto preventivas é necessário ter-se o material para imediata
reposição. Alinha–se ainda a necessidade de se manter um estoque estratégico considerando
os tempos de fabricação /reposição /utilização dos materiais.
Todos os esses aspectos evidenciam a necessidade da desvinculação do
dimensionamento dos depósitos com o numero de gerências e /ou escritórios regionais
e para tanto, sugere–se:
• Seleção dos materiais de reposição do tipo Postes, Transformadores até 25kV,
Medidores e Cabos como sendo aqueles que demandam dimensionamentos
específicos para estocagem. Os demais como: Cruzetas, Isoladores, conectores,
ferragens sucatas diversas etc, alem de materiais de subtransmissão, teriam as suas
áreas de estocagem determinadas em conjunto por um percentual de 10% aplicado
sobre a somatória das áreas dos materiais selecionados.
• Para todos os materiais selecionados consideração de área de circulação e manobra
de 50% da área destinada exclusivamente ao armazenamento
• Para os materiais selecionados adoção das seguintes premissas de dimensionamento:
o Postes
o Estoque de 4% da base física, conforme paramétrica do próprio modelo
para os serviços de substituição;
o Área de armazenagem de 3,15 m2 - Poste típico de 10,5 ms.
o Armazenamento em pilhas de 17 postes;
o Estoque estratégico de 45 dias equivalente a 12% do estoque normal de
giro
o Transformadores até 25kV
o Estoque de 2% da base física, conforme paramétrica do próprio modelo
para os serviços de substituição;
o Área de armazenagem 2 m2;
o Estoque estratégico de 45 dias equivalente a 12% do estoque normal de
giro
o Medidores
o Estoque de 1% da base física, conforme paramétrica do próprio modelo
para os serviços de substituição;
o Armazenamento em pallets com área de 1,82m2 com capacidade de
armazenar 200 medidores;
o Estoque estratégico de 90 dias equivalente a 24% do estoque normal de
giro
5. Estrutura Central
A Elektro entende que a quantidade e perfil dos funcionários lotados nos processos da
estrutura central serão definidos em conjunto com a concessionária em função de seu porte,
mercado e características específicas.
5.1. Marketing
O modelo não define o escopo das atividades de marketing. Contudo, uma distribuidora deve
atender às exigências da RES 456/00 e divulgar campanhas de informação7 e conscientização
para os clientes com mensagens de segurança e uso racional de energia elétrica, direitos e
deveres do consumidor, além de eventuais alterações na regulamentação do setor elétrico e no
Contrato de Concessão.
Essas veiculações são imprescindíveis para a educação e conscientização dos clientes da
empresa, que não têm acesso a orientações importantes para a sua segurança, como
prevenção a acidentes com energia elétrica, e para o uso racional de energia, sem abrir mão
do conforto proporcionado pela eletricidade.
As características das áreas de concessão da empresa também influenciam nos gastos. A
Elektro, dispersa geograficamente, requer maiores gastos com comunicação, já que há uma
variedade de canais de comunicação que precisam ser contratados localmente, como forma de
adequar a comunicação a uma população com cultura diversificada.
Ressalte-se ainda que o setor elétrico, desde 2005, não conta com a verba de 4% da receita
destinada à Eficientização Energética para a realização de campanhas de marketing para os
projetos e ações do programa, relevantes para a disseminação de informações e incentivo à
prática adequada no uso de energia elétrica pela população.
Portanto, solicita-se que além de definir o escopo dos gastos com comunicação, que o
cálculo destes seja adequado para cada área de concessão. Sugere-se um valor de R$
2,50 por cliente, para garantir uma comunicação adequada.
5.2. Publicações legais
Solicita-se que o valor a ser considerado na ER a título de publicações legais considere o
porte, localização e tipo de controle da empresa, para atender as particularidades de cada
uma.
7 Por exemplo aviso de desligamento programado.
Vale lembrar que as empresas que estão submetidas à Lei nº 6.404/1976 (Lei das S.A.’s)
necessitam publicar as seguintes informações:
• Demonstrações financeiras anuais
• Anúncios sobre atos societários, como:
o Atas de Reuniões do Conselho de Administração
o Editais de Convocação e Atas de Assembléias Gerais (Ordinárias e
Extraordinárias)
• Fatos Relevantes (obrigatório, conforme o assunto)
• Aviso aos Acionistas e Comunicados ao Mercado, em resposta a ofícios enviados à
ELEKTRO pela CVM e pela Bovespa.
Para garantir a transparência com a CVM, Bovespa e Mercado de Capitais e os acionistas a
empresa faz também as seguintes publicações:
• Aviso aos Acionistas e Comunicados ao Mercado sobre os diversos assuntos que
sejam de interesse dos acionistas minoritários que possuem ações de emissão da
empresa (Exemplo: Aviso aos Acionistas sobre o Pagamento de Dividendos).
• Publicação de Fatos Relevantes (opcional, conforme o assunto)
• Publicação do resumo do resultado da empresa.
Portanto, o custo com Publicações Legais deve ser considerado e estar adequado à realidade
das concessionárias.
5.3. Auditoria externa
É necessário definir o escopo da auditoria externa e quantificar adequadamente seu valor
monetário.
Cabe lembrar que a Elektro está sujeita às auditorias para atendimento a CVM, além da
certificação ISO 9001, entre outros.
Conforme resolução 024/2000, os processos de coleta de dados e de apuração de indicadores
individuais e coletivos (interrupções) devem ser certificados pela norma ISO 9001.
Portanto, solicita-se que essas despesas continuem sendo consideradas no modelo,
levando em conta os gastos incorridos pelas concessionárias.
6. Outros Ajustes
6.1. Gastos com limpeza e manutenção
São gastos destinados aos serviços gerais tais como limpeza, manutenção, segurança e
portaria. Essas despesas estão significativamente subdimensionadas no modelo. Na Elektro,
está rubrica chega a R$266,00 /funcionário /mês, valor significativamente maior que os
R$32,74 /funcionário /mês da Empresa de Referência.
Vale ressaltar a importância da segurança patrimonial armada e não armada, na qual todos os
profissionais devem ser portadores de curso de formação de vigilantes, além do monitoramento
eletrônico de Regionais, Depósitos e Sede e do armazenamento de documentos em área
dedicada e acondicionamento específico.
Solicita-se que este valor seja recalculado uma vez que nossa realidade apresenta valor
significativamente maior.
6.2. Manutenção de veículos
O modelo utiliza para fins de dimensionamento de custos, uma despesa horária para cada tipo
de veículo. Para cálculo da parcela de manutenção, considera-se unicamente o preço do
veículo, omitindo o custo de equipamentos complementares (cesta aérea, suporte de escada,
etc).
Contudo, para garantir o bom funcionamento do veículo é imprescindível prover manutenção
nesses equipamentos.
Solicita-se que essa taxa seja calculada considerando o preço do veículo, somado ao
custo de equipamentos complementares.
6.3. Estacionamento dos veículos
O modelo corretamente considera área de estacionamento para veículos da estrutura central e
escritórios regionais. Contudo, não considera área de estacionamento para os veículos
comerciais e de O&M.
Uma vez que os veículos de O&M e parte dos comerciais estão em atividade por em média 12
horas diárias, e os veículos do ciclo comercial regular por 7,5 horas diárias, no restante do dia
eles necessitam de área para estacionamento.
Portanto solicita-se que seja considerada área para estacionamento dos veículos
comerciais e de O&M.
6.4. Mobiliário
O modelo considera um valor por funcionário para suprimento de mobiliário. A Elektro entende
que esse valor está sub-dimensionado. Com o valor concedido, não é possível prover
mobiliário que observe o disposto na Norma Reguladora nº 17 – Ergonomia – estabelecida pela
Portaria nº 3.751 do Ministério do Trabalho. A NR-17 estabelece obrigações impostas ao
empregador relativas à ergonomia, para permitir a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores.
O item 17.3 da NR-17 obriga o empregador a disponibilizar mobiliário ergonomicamente
correto, reguláveis de acordo com a natureza da função exercida e com as características
individuais dos colaboradores, compreendendo:
• Trabalho em posição sentada, quando possível, em cadeiras ajustáveis e com
assentos de pouca ou nenhuma conformação;
• Encosto de assento com formato e altura adaptáveis ao corpo, visando proteção
lombar;
• Mobiliário e acessórios adequados a movimentos e angulação das várias partes do
corpo, de acordo com as características do trabalho a ser realizado;
• Bordas de mobiliário arredondadas;
• Suporte de apoio para ajuste de altura e distância dos pés;
• Assento para descanso durante pausas no caso de atividades que requeiram trabalho
em pé;
• Suporte de documentos para digitação.
A tabela abaixo mostra os valores de mercado do mobiliário típico para adequação dos
escritórios, laboratórios e equipamentos à NR-17:
PRODUTO VALOR
Básico 3.070,00
Mesa em L 1.750,00
Poltrona Giratória 1.320,00
Acessórios 100,00
Apoio para os pés 60,00
Outros 40,00
TOTAL 3.170,00
Para cálculo do valor mensal por m2, utilizou-se vida útil de 2 anos para os acessórios, 6 anos
para o mobiliário, WACC regulatório de 15,08% e 10 m2 por funcionário, conforme ilustrado na
tabela adiante.
PRODUTO VALOR UNITARIO VIDA UTIL CUSTO ANUAL CUSTO MES/m2
Básico 3.070,00 6,00 743,14 6,19
Acessórios 100,00 2,00 57,54 0,48
TOTAL 3.170,00 6,67
Portanto solicita-se que o valor de mobiliário seja adequado na faixa entre R$ 6 e R$ 7,
em função de características regionais, para refletir as orientações da NR-17 e os preços
praticados pelo mercado.
6.5. Treinamento
O modelo considera um percentual de 1,5% sobre o salário nominal para o cálculo dos custos
relativos às atividades treinamento e desenvolvimento dos funcionários. A Elektro entende que
esse percentual está sub-dimensionado. Esse percentual seria adequado apenas para
treinamentos voltados às mudanças organizacionais, introdução de novas tecnologias e novos
métodos de trabalho, sem abranger (ou comprometendo) as questões relacionadas com a
segurança do trabalho.
No caso especifico da questão em segurança do trabalho, a Norma Regulamentadora nº 10 –
Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, estabelece que trabalhadores que
realizam intervenções em instalações elétricas, com tensão igual ou superior a 50 Volts em
corrente alternada ou superior a 120 Volts em corrente contínua, devem receber treinamentos
específicos a cada dois anos, em média. (Fundamentação: Lei nº 6.514, de 22/12/1977, Norma
Regulamentadora nº 10 - Instalações e Serviços em Eletricidade).
A aplicação desta exigência, com reciclagem a cada dois anos, demanda da empresa
dispêndios contínuos com programas, locação de equipamentos, contratação de empresas
especializadas e preparação de apoio logístico para o curso de Capacitação de Segurança em
Instalações e Serviços Elétricos - NR-10 e seu módulo complementar.
Os programas de treinamento representam um custo de R$ 600,00 por aluno, a cada dois
anos, para a capacitação dos funcionários conforme a NR-10. Esse valor representa
aproximadamente 1,5% sobre o salário nominal de toda folha de pagamento8, que somados ao
1,5% já considerados no modelo, totaliza 3% sobre o salário nominal.
Portanto, solicita-se que o valor referente a treinamento seja adequado para 3% do
salário nominal da folha de pagamento total.
6.6. Exames Periódicos
8 Embora somente os cargos operacionais lotados nas gerências regionais e em campo realizem esse
treinamento em segurança, o valor total foi distribuído entre toda folha de pagamento, para ter a
mesma referência do percentual de treinamento genérico (novas tecnologias, mudanças
organizacionais, etc).
Apesar de conceitualmente o exame periódico ser destinado a todos os funcionários, a planilha
CUSTOS ADICIONAIS, do modelo calcula somente os custos desse exame para os
funcionários da estrutura central, estrutura regional e alguns funcionários de processos e
atividades. A planilha não considera atendentes comerciais, leituristas e entregadores,
eletricistas de combate a perdas não técnicas e o pessoal de Call Center. É necessária a
inclusão dessa força de trabalho no cálculo das despesas de exames médicos periódicos.
Além disso, o modelo considera um valor de R$ 70,00 por funcionário para fins de exame
periódico.
Ocorre que o valor adotado é insuficiente para o cumprimento da legislação vigente. A Portaria
nº 8, de 08 de maio de 1996, e a conseqüente Norma Regulamentadora – NR-7, tratam do
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO.
A obrigação imposta pelo PCMSO tem como objetivo monitorar, preservar e promover a saúde
do conjunto dos trabalhadores da empresa, utilizando métodos de estudo epidemiológico
prevencionistas, analisando os riscos ambientais a que às atividades laborativas expõem,
direta ou indiretamente, os referidos trabalhadores.
Além dos exames periódicos reconhecidos pelo modelo, faz-se necessário ainda à realização
de exames admissionais, demissionais, de retorno ao trabalho e de mudança de função, já que
o PCMSO tem diretrizes básicas que constam da própria redação da NR-7.
Todas essas obrigações excedem o previsto na ER. Para que qualquer empresa possa
cumprir todas essas diretrizes e agir de forma preventiva, faz-se necessário considerar o
custo de um exame periódico do PCMSO de R$ 145,00 por funcionário.
6.7. Materiais
É necessário um aprimoramento acerca da nomenclatura utilizada para materiais. Não foi
possível analisar a adequação de muitos preços de materiais, pois muitos não foram
identificados.
Em especial, o modelo apresenta “kits” de materiais, porém não descreve quais materiais
compõem o kit. Desta forma, não é possível avaliar se estes se adéquam à realidade do setor
elétrico.
Solicita-se um maior detalhamento das especificações técnicas dos materiais, bem como
a descrição da composição dos kits.
Alem disto, faz-se necessário o seguinte ajuste em relação aos preços de materiais:
• ICMS
Coerente com NT 3529, no modelo de ER, não está sendo incluída nos valores dos materiais,
utilizados nas Tarefas de O&M e nos Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva, a
alíquota de ICMS, dando a entender que há compensação do tributo, e portanto, deve ser
desconsiderado para valoração dos materiais.
O “caput” do art. 20 da Lei Complementar n° 87, de 13/09/96, que “dispõe sobre o imposto dos
Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, e dá
outras providências (Lei Kandir)” determina:
Art. 20. Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado ao sujeito
passivo o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de
que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento,
inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o
recebimento de serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de
comunicação.
No entanto, o art. 33 contrapõe:
Art. 33. Na aplicação do art. 20 observar-se-á o seguinte:
I - somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou consumo do
estabelecimento nele entradas a partir de 1° de janeiro de 2011; (Redação dada pela
Lei nº 122, de 2006).
Portanto, o crédito de ICMS só poderá ser considerado a partir de 2011.
9 No item 151, considera “...os preços dos materiais foram cotados FOB (material retirado de fábrica),
com todos os impostos inclusos (ICMS e IPI). Para aplicação do modelo de ER foi utilizado o preço com
IPI e, adicionalmente, foi considerado o frete da região de destino.”
7. Custos não contemplados
7.1. Conselho de Consumidores
É necessário considerar o custo referente à manutenção do conselho de consumidores, órgão
de caráter consultivo, criado por determinação da Lei 8.631/93 e regulamentado pelo Decreto
774/93, e ainda conforme Resolução ANEEL 138/2000.
7.2. Indenização de perdas e danos
É necessário considerar os custos relativos à indenização por perdas e danos incorridos pela
concessionária. Estas indenizações estão previstas na Resolução Normativa 61/2004,
decorrentes de perdas e danos de equipamentos elétricos por descargas atmosféricas ou
sobretensões, o que faz com que a concessionária seja obrigada a realizar estes desembolsos.
7.3. Especificidades
É sabido que cada concessão tem características específicas. Elas são atualmente
consideradas no modelo como custos adicionais. Entende-se que com o aprimoramento do
modelo, tais especificidades10
devem continuar sendo consideradas, mediante
apresentação do pleito da concessionária.
10
Por exemplo, no caso da Elektro, cabo submarino, manutenção de equipamentos em oficina, ensaios
de equipamentos e ferramentas especiais em oficinas e laboratórios, engenharia e supervisão de obras,
entre outros.