Encon To - Uma história de ficção-real

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  • 8/19/2019 Encon To - Uma história de ficção-real

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    Gnain

    Os dois se conheceram por um ímpeto, uma pulsão sexualengatilhada pelo aparato sensorial.

    Marcelo, estudante de engenharia na FUMEC,

    passeava pelo centro de Belo Horionte com sua moto C!"

     #itan $%&, 'nanciada em () vees, ap*s ter +e+ido algumas

    cerveas em um +ar pr*ximo ao viaduto -anta #erea. o

    caminho pra casa, encontra Marina, estagi/ria de umaconceituada corretora de im*veis da capital, sentada no

    ponto de 0ni+us, aguardando. Marcelo, ostentando seu

    papel de machão al1a 2 ou ao menos sustentando a

    apar3ncia de 2 alerta Marina de 4ue a re1erida /rea era

    5ponto de +icha e traveco6 e 4ue 5era perigoso pra uma

    mo7a +onita de 1amília estar na rua uma hora dessas6.

    Marina, meio sem eito, aca+a por aceitar a carona 4ue o

    mo7o aca+ou o1erecendo, ap*s o seu discurso depretensioso +om mo7o.

    8o chegar no edi1ício onde morava Marina, no +airro

    -anta E'g3nia, dona Matilde 2 mãe da dita cua 2 desce at9

    a portaria para +uscar e acompanhar a 'lha, agradecendo

    ao mo7o elegante por ser tão prestativo e por ter audado

    5sua menina6. Chama"o pra entrar e tomar um ca19inho,

    4uem sa+e uma +roa, um 5pão"de"4ueiinho6, o 4ue 9

    prontamente negado por Marcelo, 4ue tinha 4ue acordarcedo no dia seguinte para ir ao seu emprego de meio

    hor/rio na empreiteira 8ndrade !utierre. Marina, 4ue

    aca+ou por se interessar por esse homem desconhecido

    4ue usava a4uetas de couro, passou seu tele1one pra

    Marcelo.

    Marcelo, ap*s esperar alguns dias, 5coisa de macho,

    sa+e:6, diria, ligou para Marina, chamando"a para 54uemsa+e, tomar uma cervea e um caldo de mocot* no on06.

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    Marina riu um pouco por dentro, ao pensar 4ue nunca tinha

    comido tal iguaria do centro da capital, e se culpando um

    pouco por pensar 4ue o caldo cuo principal ingrediente

    eram os p9s do po+re animal era 5coisa de po+re6.

    Ultrapassado o primeiro momento, aca+aram por marcar nasexta"1eira, mas num +ar um pouco mais arrumadinho, na

    ;ra7a M ?8 ;8U-8 """"""""""""""

    agarra Marina, vira"a de costas, oga"a na parede e puxa

    pra +aixo sua calcinha, en'ando o *rgão 1/lico na cavidade

    vaginal, per1eccionando o 4ue os uristas chamam de

    conun7ão carnal 2 pros m9dicos, c*pula vagínica. Claro,

    sem camisinha, / 4ue Marcelo não podia esperar, tal 4ual o

    varão 4ue era.

    ?ois meses depois, ero liga7@es de Marcelo. EMarina: Bom, voc3s imaginam. Barriga aumentando, teste

    de 1arm/cia, cru, positivo, aimeudeus, canalha, maldito,

    'lho, desespero, a+orto. Marina então ligou pra Marcelo,

    pedindo auda 'nanceira e uma carona pra uma clínica de

    a+orto indicada por uma amiga de uma amiga. Marcelo

    'cou catat0nico com a desco+erta

    """"""""""""""""""""""""" ;8U-8 """"""""""""""""""""""

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    Marcelo, ao me contar sua versão do caso, me disse 5-a+e

    como 9 n9, minha vida ia virar de ca+e7a pra +aixo, mas eu

    me senti homem cara, eu podia 1aer um 'lho, me senti um

    animal, 9 assim 4ue a gente sente6

    """"""""""""""""""" F>M ?8 ;8U-8 """"""""""""""""""""

    ,como diem, a gravidade demorou a 1aer e1eito na 'cha.

    Marcelo decidiu pedir um empr9stimo no +anco, / 4ue sua

    1amília era do interior, / para a carona, a solu7ão 1oi pegar

    emprestado o 1usca do seu amigo A=nior.

    Ocorre 4ue, estando tudo pronto pro dia de ida

    clínica, Marina liga pra Marcelo e a'rma, categoricamente

    " ão vou a+ortar. Dou ter esse 'lho.

    Marcelo, agora desesperado de verdade, recorreu ao

    =nico a+orto possível, o a+orto masculino. ;ai ausente,

    demorou anos para reconhecer a 'lha Carina, se limitando

    a pagar uma mixaria por m3s, 4ue e4uivaleria a uns %

    do sal/rio mínimo, pra 5pensão alimentícia6, 4ue alimentar

    mesmo não alimenta nada. unca presente nosanivers/rios, momentos importantes, en'm, na vida da

    'lhaG Marcelo, / mais velho, con'denciava aos amigos 5Eu

    'co puto com a Carina, não me chamou nem pro

    casamento dela6.

    5Coitadinho6, pensava eu, em *+vio tom sarc/stico da

    minha vo mental interior.

    O mundo 9 cheio de Marcelos.

    Carina 9 minha irmã.