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Autoridades do setor produtivo na Bahia se unem para fortalecer representação empresarial e traçar estratégias em 2015 Empresários do comércio garantem representação nacional e acesso a benefícios Senac apresenta ações para 2015 em reunião no Rio de Janeiro Sesc terá seis novas unidades no interior até 2017 PASSOS CERTOS / Lise Weckerle conta a história de sucesso da Ótica Ernesto ENTREVISTA / Conheça os projetos do novo secretário geral da CNC, Marcos Arzua Revista do Sistema Fecomércio-BA | edição 06 | Março 2015 ENCONTRO DAS FEDERAÇÕES empresarial e traçar estratégi as em 2015 VERSÃO WEB

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01Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

Autoridades do setor produtivo na Bahia se unem para fortalecer representação empresarial e traçar estratégias em 2015

Empresários do comércio garantem representação

nacional e acesso a benefícios

Senac apresenta ações para 2015 em reunião

no Rio de Janeiro

Sesc terá seis novas unidades no interior

até 2017

PASSOS CERTOS / Lise Weckerle conta a história de sucesso da Ótica ErnestoENTREVISTA / Conheça os projetos do novo secretário geral da CNC, Marcos Arzua

Revista do Sistema Fecomércio-BA | edição 06 | Março 2015

ENCONTRO DAS FEDERAÇÕES

empresarial e traçar estratégias em 2015

VERSÃO WEB

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02 Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

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03Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

O primeiro trimestre está se encerrando com fatos que con-fi rmam as perspectivas anunciadas no fi nal de 2014. Esta-mos, sim, num ano difícil para a macroeconomia brasileira.

Infelizmente, o governo brasileiro continua adotando medidas de ajuste que penalizam o empresário e que colocam na conta do empregador e do contribuinte o ônus de ajustar a rota da economia nacional.

Por outro lado, nesta edição da Revista do Sistema Fecomércio-BA, mostramos que esse ano também será marcado pelo fortalecimento da representação empresarial em nosso estado. O Encontro das Federa-ções, que reuniu os presidentes da Federação das Indústrias, Federação da Agricultura e Pecuária e da Federação do Comércio de Bens, Servi-ços e Turismo foi um momento histórico para o setor produtivo baiano.

Nossa reportagem de capa mostra a opinião dos presidentes das entidades e relembra o cenário econômico que nos levou a situação atual. Além disso, ouvimos o economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fábio Bentes, para entender os principais impactos econômicos que estamos sentindo.

Mas 2015 também será o ano das mulheres. E, por isso, trazemos duas matérias especiais sobre elas. Em Passos Certos, ouvimos a empre-sária Lise Weckerle, que nos conta um pouco da sua trajetória de suces-so à frente da Ótica Ernesto. Além de Lise, trazemos depoimentos de Juranildes Araújo, empresária e diretora-secretária da Fecomércio-BA, e da empresária Avani Duran, que já foi indicada a assumir a coordenação da Câmara Empresarial de Turismo da Bahia. Essas mulheres fortes, em-preendedoras e trabalhadoras nos mostram a importância da criação de fóruns de debate, como a recém-criada Câmara da Mulher Empresária.

E é no caminho de fortalecer nossa representatividade que anuncia-mos também a chegada do Sindicato das Distribuidoras de Combustí-veis do Estado da Bahia (Sindicom-BA) ao Sistema Fecomércio-BA. O Sindicom é o 30º sindicato fi liado a nossa entidade e nos honra muito poder apoiar o setor em suas demandas junto à sociedade.

Na Entrevista, você conhecerá alguns projetos do novo secretário geral da CNC, Marcos Arzua, que nos conta ainda os desafi os do novo cargo.

Trazemos também artigos de opinião que vão ajudar você a traçar um planejamento para este ano, entendo melhor o cenário baiano, com ajuda de especialistas do setor público e privado.

Por fi m, apresentamos o projeto de interiorização das atividades do Sesc, que terá seis novas unidades no interior até 2017. Cidades como Porto Seguro, Ilhéus, Alagoinhas, Jacobina, Teixeira de Freitas e Feira de Santana estão contempladas no plano de expansão. Já no Senac, mos-tramos o alinhamento fi rmado com a diretoria nacional da instituição, que vem apoiando diretamente as ações locais.

Nosso intuito é oferecer informação de qualidade e relevância para que você, empresário, possa trabalhar e desenvolver seus negócios com qualidade, dinamismo e força. Apesar das difi culdades, a mensagem que queremos passar é que temos também oportunidades de repensar nossas ações, enxugar gastos e investir em qualifi cação profi ssional. Aprendizados que trouxemos da missão empresarial que acompanhou o maior evento de comércio varejista do mundo, a NRF, em Nova York. Temos muito trabalho pela frente e não podemos descuidar dos nossos negócios diariamente.

Boa leitura e bons negócios!

Carlos de Souza Andrade, presidente do Sistema Fecomércio-BA

MENSAGEM DO PRESIDENTE

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04 Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

SUMÁRIO

MULHERES p.08Empresárias baianas comemoram criação da Câmara da Mulher Empresária

SENAC p.27Ações do Senac na Bahia são apresentadas para o Nacional

PASSOS CERTOS p.18Conheça a história da Ótica Ernesto, que há 70 anos inova no mercado baiano

SESC p.28Sesc terá até 2017 seis novas unidades no interior baiano

FECOMÉRCIO p.24Grupo de empresários baianos participa de evento varejista em NY

SINDICATOS p.25Em 2014, os benefícios oferecidos aos sindicalizados cresceram em toda Bahia

CAPA p.14Encontro reuniu Fecomércio, Fieb e Faeb, em fevereiro

Foto: César Vilas Boas

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05Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

Presidente da Fecomércio-BACarlos de Souza AndradeVice-Presidentes1º Kelsor Gonçalves Fernandes, 2º José Carlos Moraes Lima, 3º Benedito Vieira dos Santos, Carlos Fernando Amaral, Francisco de Assis Ferreira, Isaque Neri Santiago Neto, Luiz Fernando Coelho Brandão, Marcos Anto-nio Lamego Mendonça, Roberto Brasileiro LimaDiretores-Secretários1º Juranildes Melo de Matos Araújo, 2º Herivaldo Bittencourt Nery, 3º João Luiz dos Santos JesusDiretores-Tesoureiros1º Arthur Guimarães Sampaio, 2º Antonio Augusto de Oliveira Lopes e Costa, 3º Antonio Chaves RodriguesDiretoresAlberto Vianna Braga Neto, Américo Soares Sales Campos, Ana Lúcia Dias dos Santos, Antonio Pithon Barreto Neto, Avani Perez Duran, Carlos Alberto Souto Silva, Cíntia Freitas Lima Modesto, Claudênio Barbosa de Sou-za, Edvaldo Lima de Oliveira, Hilton Morais Lima, Jesonias Telles Bastos, João Arthur Prudêncio Rêgo, José Carlos Boulhosa Baqueiro, Marcelo Ferraz Nascimento, Maria da Conceição Gomes Cardoso Valente, Maria José Carneiro Lima, Raimundo Jorge Dresselin, Raul Boullosa Y Baqueiro, Sérgio da Silva SampaioSuperintendente da Fecomércio-BAPaulo Studart

Sesc Bahia

Presidente do ConselhoCarlos de Souza AndradeDiretora RegionalCélia Batista

REALIZAÇÃOGerente de Comunicação e Marketing Fecomércio-BAMarcos Maciel

Assessora de Comunicação Fecomércio-BADélia Coutinho

Auxiliar AdministrativaEunice Ribeiro

Produção EditorialComunicativa Agência de Comunicação

Sindicatos fi liadosSindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios da Cidade do Salvador (Sindal), Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios da Cidade do Salvador (Sindalimentos), Sindicato do Comércio Atacadista de Materiais de Constru-ção da Cidade do Salvador (Sindamac), Sindicato do Comércio Atacadista de Drogas e Medicamentos da Cidade do Salvador (Sincamed), Sindicato do Comércio Patronal de Camaçari e Região (Sincomcam), Sindicato do Comércio Atacadista de Salvador (Sindacs), Sindicato do Comércio Atacadista de Tecidos, Armarinhos e Vestuário da Cidade do Salvador (Sindtav), Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Institutos de Beleza e Similares da Cidade do Salvador (Sindbeleza), Sindicato do Comércio Armazenador do Estado da Bahia (Sindarmazenador), Sindicato dos Lojistas do Comércio da Cidade do Salvador (Sindilojas), Sindicato dos Representantes Comerciais do Estado da Bahia (Sirceb), Sindicato dos Vendedores Ambulantes e dos Feirantes da Cidade do Salvador (Sindfeira), Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado da Bahia (Sincodiv), Sindicato do Comércio Varejista e dos Feirantes de Jequié (Sicomércio), Sindicato do Comércio Varejista de Irecê e Região (Sincom), Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico e Aparelhos de Eletrodoméstico da Cidade do Salvador (Sindeletro), Sindicato do Comércio Varejista de Santo Antônio de Jesus (Sincomsaj), Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Ribeira do Pombal e Região (Sincomvrpr), Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Jacobina e Região (Sindpat), Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sicomfs), Sindicato do Comércio Varejista de Alagoinhas e Região (Sicomercio Alagoinhas), Sindicato do Comércio Varejista de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália e Belmonte (Sindescobrimento), Sindicato das Em-presas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis da Cidade do Salvador (Secovi), Sindicato do Comércio de Vitória da Conquista (Sicomerciovc), Sindicato do Comércio Varejista de Ilhéus (Sicomercio Ilheús), Sindicato Patronal do Comércio de Paulo Afonso e Região (Sinpa), Sindicato do Comércio Varejista de Santo Amaro (Sindicom), Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes e dos Vendedores Ambulantes de Ilhéus (Sicovfamil), Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia (Sincofarba).

Contatos e sugestões: 71 [email protected]

Avenida Tancredo Neves, nº 1.109, Ed. Casa do Comércio, 9º andar, Pituba. CEP: 41820-210 Salvador - Bahia - Brasil

EXPEDIENTE

Projeto Gráfi coPerson Design

DiagramaçãoCarla Piaggio

RevisãoMoisés Brito

Tiragem 1.000 exemplares

CURTAS p.10

INSIGHTSPor Carlos Coutinho Como enfrentar 2015? p. 20

Por Artur Caldas Brandão e Alzir Antonio Mahl A inovação como diferencial na competição empresarial também no setor de Comércio e Serviçosp. 22

Por Marcos Costa Diretrizes do Governo da Bahia para o setor em 2015p. 23

CULTURA p.30Programação cultural e dicas de leitura

ERRAMOSNa edição anterior, na página 10, seção “Curtas”, nós dissemos que a foto do Curso de Gestão Sindical era da turma da cidade de Ilhéus. Na verdade, a foto era da turma que aconteceu em Salvador.Segue agora a foto correta do curso realizado em Ilhéus.

Senac Bahia

Presidente do ConselhoCarlos de Souza AndradeDiretora RegionalMarina Almeida

Cristina Maeda, Roberto Garcia, Antonio Costa,

Kelsor Fernandes, Jamil Chagouri Ocké

e Liana Brandão

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06 Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015 06

ENTREVISTA

“Queremos dar mais visibilidade e transparência à atuação da CNC”MARCOS ARZUA, SECRETÁRIO-GERAL DA ENTIDADE, ACREDITA QUE A INTEGRAÇÃO E A SINERGIA COM AS FEDERAÇÕES ESTADUAIS SÃO VITAIS PARA O FORTALECIMENTO DA CONFEDERAÇÃO

monial e tecnológica e da logística da CNC. Colabora na formulação da política de Recursos Humanos e no desenvolvimento organiza-cional da Confederação. Enfim, nossa função é contribuir para que a CNC tenha sempre um ótimo ambiente de atuação, produtivo, eficiente, estimulante e em sinto-nia com as demais entidades do nosso Sistema. Do ponto de vista estratégico, temos também um papel relevante a desempenhar

C onversamos com Marcos Arzua, novo secretário-geral da CNC, que nos contou como está encarando o desafio de assumir a função na entidade. Arzua foi diretor executivo da

Fecomércio-SC e assumiu a nova função no início deste ano. Nesta en-trevista, ele nos conta como pretende contribuir para dar mais visibi-lidade às ações da entidade e ressalta o papel das federações estaduais para consolidar a representatividade dos empresários do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do país.

Quais as atribuições do secretário-geral da CNC?A Secretaria-Geral da CNC está diretamente subordinada ao presi-dente da entidade, Antonio Oliveira Santos. É o órgão que cuida, entre outros pontos, do bom funcionamento da infraestrutura patri-

Foto: Divulgação

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07Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

no planejamento e nos programas externos para as entidades do Sistema, bem como na visibilidade e na transparência que queremos dar à atuação da CNC.

Como o senhor encara o desafi o de assumir essa função tão importante?O Sistema liderado pela CNC atravessa um momento de grande vitalidade. Para mim, é uma opor-tunidade de contribuir de forma ainda mais próxima e integrada para o processo de modernização e fortalecimento que a entidade e o nosso sistema estão experi-mentando. Espero poder oferecer à Confederação a experiência e o entusiasmo que tenho procurado imprimir em todos os trabalhos e projetos de que tenho participado. Contribuir para o fortalecimento da CNC é ajudar a tornar mais forte todo o nosso sistema.

Quais os principais projetos que o senhor pretende desenvolver em 2015?Queremos dar mais visibilidade e transparência à atuação da CNC. Mostrar ao empresário do comér-cio o nosso trabalho, para que ele deposite cada vez mais confiança no nosso sistema sindical. Uma das ações que vão permitir isso será o novo modelo de funcio-namento das Câmaras Brasilei-ras do Comércio. Elas vão atuar com nova dinâmica de reuniões, integradas com as áreas da CNC, buscando agilidade nos trabalhos, ampliação da comunicação e um alinhamento com as Câmaras Estaduais do Comércio. Temos o novo Segs, que inicia o Ciclo 2015 com melhorias fundamen-tais para a obtenção de resultados expressivos por parte das entida-des participantes. Tudo de forma alinhada com o planejamento es-tratégico do Sistema. Outras ações estão relacionadas à melhoria de

processos, ao aperfeiçoamento das ferramentas administrativas e à motivação da equipe da CNC, com o objetivo de ajudar a entidade a ampliar os níveis de eficiência e a capacidade de respostas rápidas às demandas crescentes que surgem em uma organização como a nossa. Mas todas as nossas ações são no sentido de elevar o nome da CNC na esfera de atuação que nos compete. Os resultados que a Diretoria deseja serão alcançados.

Como as federações estaduais, a exemplo da Fecomércio-BA, podem apoiar e se inserir nesses projetos?A parceria com as federações que compõem o nosso sistema é abso-lutamente vital para que a CNC possa cumprir o seu compromisso de defender os interesses dos empresários do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Trabalhar de forma cada vez mais integrada, construindo um ambiente de sinergia, ouvindo o que as entidades têm a dizer, buscando respostas e soluções para os desafios comuns é o caminho ideal para que possamos garantir o fortalecimento das nossas entida-des. A união dos empregadores é a chave para fortalecer o trabalho e obter melhores resultados.

Como o senhor avalia o momento de renovação que vive a Fecomércio-BA?É um momento importante, em que a nova gestão, na sequência de um trabalho sólido desenvolvido pelo presidente Carlos Amaral, define suas prioridades. O novo presidente, Carlos de Souza Andrade, atuando em um modelo de gestão profissional, está valorizando a aproximação com as demais entidades representativas do Estado da Bahia e com o empresariado do Comércio de Bens, Serviços e Turis-mo. Outro ponto que ressalto é o alinhamento do trabalho executivo da Fecomércio-BA com o que estamos desenvolvendo na CNC.

Foto: Divulgação

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08 Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

Empresárias baianas ganham espaço e representatividade

P restando uma homenagem a todas as mulhe-res que contribuem para o desenvolvimento das empresas e economia do estado, o Sistema

Fecomércio-BA oficializou a criação da Câmara da Mulher Empresária (CME). A ação faz parte das come-morações do Dia Internacional da Mulher, comemora-do em 8 de março.

Um dos principais objetivos da câmara, que foi aprovada na última reunião da diretoria da Fecomércio--BA, é formar e legitimar líderes empresárias, estimular a defesa de interesses do segmento, fomentando o espírito empreendedor da mulher empresária. Para o presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, a implementação da câmara é o reconheci-mento do esforço das mulheres baianas que estão à frente dos negócios. “A Câmara da Mulher concretiza o importante envolvimento das empresárias na Feco-mércio-BA. Nós iremos acolhê-las e apoia-las da melhor forma que pudermos”, garantiu Andrade.

Para Avani Perez Duran, diretora de conselho da Fecomércio-BA, a criação do órgão reafirma as polí-

ticas da entidade no sentindo de estabelecer uma posi-ção de maior valor para as empresárias. “A mulher mo-derna teve que assumir papéis bem variados: dona de casa, esposa, mãe etc. O papel de empresária entrou nesse filão e, por conta disso, tivemos que desenvolver uma metodologia para estudar, organizar a família e empreender, tudo ao mesmo tempo. Precisamos ter um conhecimento muito profundo do que estamos operando e ser muito assertivas. A câmara vem como uma forma de colocar isso em pauta, avaliar e forta-lecer o papel desenvolvido pela mulher no comércio”, argumenta a diretora.

A importância da ação também é reforçada nas palavras de Juranildes Araujo, diretora secretária da Fecomércio-BA. “A Câmara da Mulher irá nos proporcionar troca de experiências, além de agregar valores na parte empresarial, colocando a mulher em destaque. Temos a certeza de que todas as ações implementadas fortalecerão os negócios de cada empresária, colocando em evidência o nosso trabalho associativo”, conclui.

Foto: Sergey Nivens | @ Fotolia

CÂMARA DA MULHER EMPRESÁRIA (CME) FORTALECE PARTICIPAÇÃO FEMININA NOS DEBATES SOBRE O COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DA BAHIA

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09Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

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10 Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

CURTAS

Alexandre Sampaio e Carlos Andrade durante evento em Madri, na Espanha

LIQUIDA SALVADOR MOVIMENTA R$ 550 MILHÕES NO COMÉRCIOEntre os dias 27 de fevereiro e 9 de março, a Liquida Salvador agi-tou o comércio da capital no pós-Carnaval. Com um crescimento esperado em torno de 10% em relação ao ano passado, a Liquida Salvador teve adesão de 7500 lojas e aqueceu o mercado para con-sumidores e lojistas.

Segundo Frutos Dias Neto, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Salvador, o volume de venda de kits para os lo-jistas aumentou. “A Liquida Salvador é completamente benéfica para o comércio e, esse ano, os comerciantes foram mais agres-sivos nas promoções, o que tornou a ação bastante atrativa para os clientes”.

As premiações da Liquida Salvador em 2015 incluíram o sorteio de um automóvel Audi A3, três Toyotas Etios e 20 motocicletas.

TURISMO DE COMPRAS É DEBATIDO EM MADRI Com o objetivo de analisar e discutir as questões-chave em torno do Turismo de Compras e a perspectiva de parcerias público-privadas, o presidente Carlos de Souza Andrade participou da reunião da Organização Mundial de Turismo (OMT), que aconteceu em Madri, na Espanha.

O evento, que contou com a participação de representantes de 155 países, pro-moveu discussões e o intercâmbio de experiências e melhores práticas a serem aplicadas nos destinos turísticos em todo o mundo. “Nessa reunião tivemos a oportunidade de discutir e gerar conhecimento, além de contribuir com a promoção de políticas e instrumentos de apoio ao turismo no nosso estado”, ressaltou Carlos de Souza Andrade.

Representando a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Tu-rismo (CNC), Alexandre Sampaio de Abreu, presidente do Conselho Empresa-rial de Turismo e Hospitalidade (Cetur), também esteve presente.

BAHIA GANHA REPRESENTAÇÃO NA CÂMARA DA ANS

Foto: Divulgação

O presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, foi indicado para compor a Câmara de Saúde Suplementar, órgão de participação institucionalizada da sociedade na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Para Andrade, assumir o novo assento na ANS representa uma grande responsabilidade. “Sem dúvidas estou honrado em fazer parte da Câmara e continuarei trabalhando para representar o setor na saúde suplementar”, afi rma o presidente, que também é vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Entre as atribuições da Câmara de Saúde Suplementar estão acompanhar a elaboração de políticas no âmbito da saúde suplementar; discutir, analisar e sugerir medidas que possam melhorar as relações entre os diversos segmentos que compõem o setor; colaborar para as discussões e para os resultados das câmaras técnicas; e auxiliar a Diretoria Colegiada a aperfeiçoar o mercado de saúde suplementar.

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11Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

EMOÇÃO NA FINAL DO MISS BAHIA INTERCONTINENTAL No dia 27 de janeiro, o Teatro Sesc Casa do Comércio sediou a fi nal do concurso Miss Bahia Intercontinen-tal. O evento reuniu 27 candidatas baianas que disputaram o posto de mulher mais bonita do estado. Po-rém, itens como simpatia, comportamento e educação também foram avaliados pelos jurados. A vencedo-ra do concurso foi a representante do município de Macaúbas, Anne Anjos, de 25 anos, que irá representar a Bahia no concurso Miss Brasil Intercontinental 2016. A ganhadora tem um contrato de 1 ano como MissBahia Intercontinental, além de cumprir uma agenda de compromissos que incluem visitas aos patrocina-dores, casas de apoio, casas de repouso, orfanatos e escolas.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Anne Anjos, de Macaúbas,

é coroada Miss Bahia

Intercontinental

Escola Olodum, uma das instituições benefi ciadas do Mesa Brasil

PROGRAMA MESA BRASIL SESC DIVULGA BALANÇO ANUALO Sesc Bahia, através do Programa Mesa Brasil, arrecadou cerca de 970 toneladas de alimentos em 2014. Esses e outros dados foram divulgados no 11º Encon-tro Anual de Doadores e Instituições Sociais do Programa Mesa Brasil Sesc, que aconteceu no dia 28 de janeiro, no Teatro Sesc Casa do Comércio.

O evento teve como principal objetivo realizar a prestação de contas do ano, além de promover o encontro de doado-res, parceiros voluntários e instituições receptoras ao longo do ano de 2014.

FIQUE SABENDO!Mesa Brasil Sesc – Regional Bahia:• Alimentos arrecadados:

971.680,12 kg• Alimentos distribuídos:

963.983,39 kg• Refeições complementadas:

12.007.130

A programação, entre outras atra-ções, contou com uma brilhante apresentação da Escola Olodum, que é uma instituição assistida pelo Mesa Brasil.

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12 Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

CURTAS

SENAC EM FEIRA DE SANTANA PROMOVE ENCONTRO DE PARCEIROS 2015O Senac na Bahia, através do Centro de Educação Profissional em Feira de Santana, realizou, no dia 5 de janeiro, o Encontro de Parceiros 2015, com o ob-jetivo de renovar as parcerias de 2014 e concretizar novas alianças para este ano. Cerca de 120 partici-pantes, entre prefeitos e secretários dos municípios circunvizinhos, estiveram presentes e assistiram a palestra do Prof. Alexandre Correia, com o tema “Novas perspectivas e Novos Olhares para a Edu-cação Profissional”. Marcaram presença na ocasião o presidente do Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sicom-FS), José Carlos Moraes Lima, e a superintendente de Educação Profissional da insti-tuição, Liana Brandão.

UNIDADES DO SENAC NO INTERIOR REALIZAM JORNADA PEDAGÓGICAEm fevereiro, três unidades do Senac na Bahia promoveram encon-tros com intuito de estudar o novo modelo pedagógico proposto pela instituição. As Jornadas Pedagógicas aconteceram em Vitó-ria da Conquista, Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus, e contaram com a participação do corpo docente e das supervisoras pedagógicas das unidades. Entre as temáticas abordadas nos en-contros, estiveram a educação profi ssional por competências, atu-al proposta pedagógica da instituição, e as inovações do SEI – novo sistema acadêmico utilizado pelo Senac.

Foto: Divulgação

SINDPAT E SINDESCOBRIMENTO COMEMORAM ANIVERSÁRIOA Fecomércio-BA parabeniza o Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Jacobina e Região (Sindpat) pelos seus 17 anos, e o Sindicato do Comér-cio Varejista de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália e Belmonte (Sindes-cobrimento) pelos seus 11 anos, em seus respectivos aniversários nesse primeiro trimestre.

O presidente Carlos de Souza Andrade, enfatiza a importância do trabalho dos sindicatos para ampliar a representatividade das empresas. “Esperamos que esta data se perpetue por muitos anos. Estamos trabalhando para re-forçar ainda mais a nossa aproximação com os empresários, que ajudam a transformar crises em oportunidades”, afi rmou.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

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13Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

CURTAS – LEGISLATIVO

EMPRESÔMETRO: TUDO SOBRE MPES EM UM ÚNICO LUGARDesenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), espe-cialmente para a CNC e o Fórum das Micro e Pequenas Empresas, o Empresômetro das MPEs é uma importante ferramenta para a elaboração de políticas públicas e estratégias de mercado, além de possibilitar total transparência no fornecimento das informações públicas a quem elas pertencem por direito: a população. O por-tal Empresômetro das Micro e Pequenas Empresas já está no ar e contabiliza a abertura e fechamento das pequenas empresas, mostra o regime tributário e tam-bém a localização de todos os empreendimentos ativos. Com mais de 13 milhões de empreendimentos cadastrados, o sistema também serve como termômetro da economia brasileira, já que abrange 90% dos negócios ativos de todo o território nacional. Conheça a iniciativa em http://empresometro.cnc.org.br

NEGOCIAÇÕES COLETIVAS

A Divisão Sindical da CNC acaba de lançar o Sistema de Negociação Coletiva do Comércio (SNCC). O sistema é uma ferramenta com mais de oito mil cláusulas de negociação coletiva e que visa fornecer instrumentos de pes-quisa para auxiliar os empresários. O novo sistema permite a pesquisa de cláusulas e negociações por estado ou por área de atividade, além de gerar relatórios e indicadores. Saiba mais sobre o projeto no site www.cnc.org.br

TERCEIRIZAÇÃO EM PAUTA NO CONGRESSOO presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, comunicou aos presidentes e representan-tes das confederações patronais que, em 7 de abril, colocará em votação o pedido de urgência do Proje-to de Lei 4.330/2004, que trata dos serviços tercei-rizados. O anúncio foi feito em café da manhã em sua residência, durante encontro com lideranças empresariais. Em relação ao mérito, o parlamen-tar afi rmou haver alguns pontos que necessitam de consenso. Do lado empresarial, o pleito é so-licitar a todas as entidades que trabalhem junto aos parlamentares de suas bases para mostrar a relevância de se votar e aprovar o marco legal da terceirização o mais rápido possível.

Divisão Sindical da CNC apresenta o

Sistema de Negociação Coletiva do Comércio

(SNCC)

Foto: Ciéte Silvéria/Perspectiva

FECOMÉRCIO INTENSIFICA ATUAÇÃO NO CONGRESSONo Congresso Nacional, com a posse dos novos deputados, em fevereiro, a Fecomércio-BA vem atuando proativamen-te para a aprovação das novas regras do Simples Nacional. Além do fi m dos 10% do FGTS, foram discutidos temas que dizem respeito à atividade empresarial da Bahia e do Brasil. A instituição também se posicionou contrária a projetos que aumentam os tributos incidentes sobre a atividade eco-nômica, já que a alta carga de impostos vem impedindo o pleno desenvolvimento dos negócios. A Fecomércio-BA ain-da vem atuando junto ao Congresso para trazer a público o debate sobre a terceirização, assunto que representa um importante paradigma para a economia brasileira em mo-mento de crise internacional.

PRODUTIVIDADE EM PAUTA NA ASSEMBLEIAJá na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, a Fecomércio--BA vem apoiando projetos destinados a alavancar a economia do estado, em especial aqueles ligados ao empreendedorismo, à redução de impostos e à preservação do meio ambiente. Para os próximos quatro anos, a intenção da instituição é promover o de-bate de ações para superar os desafi os que afetam a produtividade das empresas do país, principalmente de projetos relacionados às áreas trabalhista, ambiental, tributária, econômica, de captação de recursos e de defesa do consumidor. “É nas casas legislativas que devem ser debatidos os temas que afetam a vida do empresário brasileiro. Por isso, temos uma equipe preparada para levar nossos anseios e demandas aos deputados estaduais, federais e senado-res”, avalia Carlos de Souza Andrade.

CURTAS – CNC

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CAPA

SETOR PRODUTIVO BAIANO UNIDO EM 2015

E m um momento de intensos debates e pre-visões no cenário econômico e político nacio-nal, os setores produtivos encaram novos de-

safi os e já sentem as pressões da economia em 2015. Com intuito de traçar estratégias e se posicionar proativamente nesse novo panorama, autoridades do Sistema Fecomércio-BA se reuniram com repre-sentantes da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e da Federação da Agricultura e Pecuária

do Estado da Bahia (Faeb), no “Primeiro Encontro das Federações”. O evento, uma ocasião inédita para os setores produtivos na Bahia, aconteceu na sede da Fieb, no dia 6 de fevereiro.

O presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, saudou os participantes do encontro e ressaltou a importância da reunião no cenário político e econômico atual. “Essa ocasião está sendo um marco histórico. Nós entendemos

Carlos de Souza Andrade (Fecomércio-BA), Antônio Ricardo Alban (Fieb) e João Martins (Faeb)

Foto: César Vilas Boas

LÍDERES DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO E AGRONEGÓCIO FORTALECEM REPRESENTATIVIDADE JUNTO AO PODER PÚBLICO PARA PRESSIONAR POR MEDIDAS MAIS EQUÂNIMES NA CONDUÇÃO DA ECONOMIA

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LINHA DO TEMPO

2001: Crise energética

2002: Crise de confi ança e crise cambial

2003: Surgimento da linha de crédito consignado

2005: Início do ciclo ampliação do crédito ao consumidor

2006 e 2007: IPCA abaixo do centro da meta de infl ação

2008: Crise fi nanceira internacional

que o Brasil está passando por um momento de descontrole e, como representantes dos setores produtivos, devemos cobrar respostas dos governantes que elegemos”, assegura.

Para João Martins, presidente da Faeb e da Confederação Na-cional da Agricultura (CNA), a reunião foi um ato de maturidade e deve ser repetido. “Nesse cenário econômico, percebemos ainda mais que as instituições são complementares. A Agricultura, a Indústria e o Comércio formam uma confluência de atividades e, como tal, devem procurar soluções que sejam eficazes em todos os níveis”, afirma Martins.

Para Antônio Ricardo Alvarez Alban, presidente da Fieb, a reunião das instituições resulta em uma representatividade maior dos setores junto ao governo. “Ficou claro que todos pensam da mesma forma so-bre a prudência e a necessidade de fazermos algo em conjunto. Nossas ações terão uma ressonância muito maior”, pontua Alban.

Além dos mais de 40 representantes das federações baianas, também participaram da conferência cientistas econômicos da CNC, CNA e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os três convida-dos apresentaram dados atuais sobre o cenário econômico em todo o país, relacionados ao Comércio, à Indústria e ao Agronegócio, e foram unânimes em afirmar que o momento é de cautela.

Diante do cenário apresentado pelos economistas e pelos dados levantados pelas próprias confederações, os presidentes da Feco-mércio-BA, da Fieb e Faeb reafirmaram a importância de estratégias conjuntas de atuação. “Os setores estão decidindo democraticamente um novo rumo, precisamos saber para onde vamos. Baseados nesse propósito, a nossa intenção é ouvir os empresários do segmento e co-meçar a movimentar a sociedade para cobrar ação dos governantes”, afirma Carlos de Souza Andrade.

ENTENDA O MOMENTOSegundo o economista da CNC, Fábio Bentes, o Brasil encontra-se, atu-almente, em uma espécie de armadilha econômica e precisa desenvolver uma nova estratégia política para evitar uma possível crise. “Além do colapso hídrico que estamos vivendo, temos que ir ainda mais longe para entender que há algo mais forte mudando o ritmo da atividade comercial no país”, pontua Bentes.

O cientista econômico explica que, entre 2004 e 2012, o comércio passou por um período de crescimento, quando houve uma popula-

“Os setores estão decidindo democraticamente um novo rumo, precisamos saber para onde vamos. Baseados nesse propósito, a nossa intenção é ouvir os empresários do segmento e começar a movimentar a sociedade para cobrar ação dos governantes.”

Carlos de Souza Andrade, presidente do Sistema Fecomércio-BA

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CAPA

rização do crédito, principalmente entre a classe média. “Nos dois úl-timos anos, no entanto, o governo vem promovendo uma qualificação dos gastos públicos e elevando a receita de empresas de serviços que ajudam a financiar o governo atra-vés do pagamento de impostos. Isso acaba prejudicando o consumidor, pois eleva o preço das contas de eletricidade, água, gás, combustível etc.”, esclarece.

Ainda de acordo com o repre-sentante da CNC, a elevação no preço dos serviços primários acaba impactando fortemente no comér-cio, pois tira o poder aquisitivo do consumidor. “As famílias brasileiras estão com um orçamento super

apertado e isso vai criando um ciclo vicioso difícil de ser quebrado”, completa Bentes.

De acordo com um relatório do Banco Central, divulgado em janeiro, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2015 subiu de 6,56% para 6,6% no primeiro mês do ano. A meta central de inflação para 2015 e para 2016 é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos. O teto do sistema de metas é de 6,5%. Deste modo, a previsão do mercado para o IPCA neste ano segue acima do teto. Em 2014, a inflação somou 6,41%, o maior valor desde 2011.

“Ficou claro que todos pensam da mesma forma sobre a prudência e a necessidade de fazermos algo em conjunto, nossas ações terão uma ressonância muito maior.”

Antonio Ricardo Alban, presidente da Fieb

“Nesse cenário econômico, percebemos ainda mais que as instituições são complementares. A Agricultura, a Indústria e o Comércio formam uma confl uência de atividades e, como tal, devem procurar soluções que sejam efi cazes em todos os níveis.”

João Martins, presidente da Faeb e CNA

EXPECTATIVAS

• IPCA:

6,6%O teto do sistema de metas é de 6,5%. Deste modo, a previsão do mercado para o IPCA neste ano segue acima do teto.

• Inflação:

4,5%Em 2014, a infl ação somou 6,41%, o maior valor desde 2011.

Fonte: Banco Central

2010: Guerra cambial internacional

2011: Fim do ciclo de valorização do Real

2012: Redução do IPI para veículos e linha branca

2014: Taxas de juros ao consu-midor e ao empresário atingem níveis recordes de alta

2013: Início do novo ciclo de aperto monetário

Fábio Bentes

Foto: Divulgação

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MEDIDA PROVISÓRIA 669 Em nota pública conjunta, os presidentes da Faeb, Fieb e Fecomércio-BA criticaram a publicação, pelo Governo Federal, da Medida Provisória 669. No documento, publicado no jornal A Tarde, os representantes do setor produtivo baiano afirmam que “ao elevar de maneira expressiva as alíquo-tas incidentes sobre a receita bruta das empresas, a MP 669 compromete ainda mais a competitividade das empresas brasileiras, ao retroceder na política de desoneração da folha de pagamento, iniciada em 2011 com o intuito de ajudar as empresas intensivas em mão de obra a manter postos de trabalho”.Quase um mês após o “Encontro das Federações”, a mobilização empresa-rial continuou. No dia 02 de março, os presidentes da Fieb e Fecomércio-BA receberam a imprensa para explicar as principais reivindicações dos empre-sários baianos e para manifestar o descontentamento com a publicação da MP 669. A coletiva recebeu o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb).“É preciso que todos contribuam com sua quota de sacrifício para que se crie um ambiente positivo, que mostre união nacional para enfrentar a crise econômica. A recessão este ano é inevitável e o ajuste fi scal é apenas uma medida pontual, que não sabemos se ajuda ou prejudica”, comentou o presidente da Fieb, Antonio Ricardo Alban.

Para o presidente da Fecomér-cio, Carlos Andrade, o Brasil precisa ter um planejamento de curto, médio e longo prazo. “O custo Brasil é assustador. Por essa razão é inadmissível que sejamos pegos de surpresa com a MP 669, que aumenta em 150% no recolhimento sobre a folha. O empresário brasileiro precisa de tranquilidade para trabalhar. É complicado con-tratar hoje para demitir cinco, seis meses depois”, disse em referência ao que acontece com o estaleiro Enseada Indústria Naval, em Maragogipe. An-drade observa que a MP 669 é prejudicial para a economia, especialmente para as empresas que mais empregam.

Foto: Divulgação

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PASSOS CERTOS

Fotos: Divulgação

cas e os oftalmologistas, naquele tempo, não tinham o conhecimento da tecnologia e meu pai, por sua vez, tinha se formado em óptica na Alemanha, na Zeiss, a melhor fabricante de lentes do mundo. Quando ele abriu a primeira loja, os médicos imedia-tamente reconheceram o potencial dele e entravam em contato para consultar sobre o tipo ideal de lente para cada paciente. Foi assim que ele ganhou mercado, com o serviço personalizado. Essa foi a demanda de mercado naquela ocasião e é o conceito que levamos até hoje: somos uma ótica que entende do que o médico está falando.

Esse é o grande diferencial da empresa?Sim, com certeza. Todos os nossos ge-rentes de loja fizeram curso de óptica. Formação e conhecimento são as essên-cias da nossa marca. O cliente sabe que pode nos procurar e que nós teremos a melhor solução para ele e com a melhor qualidade. Além disso, nossos clientes não vão às lojas somente para comprar óculos. Eles entram, conversam, tem uma relação de confiança. Esse é o nosso dife-rencial: estamos preocupados se o cliente está satisfeito e queremos que ele tenha a certeza que estaremos ali para resolver qualquer problema, que nós cuidamos dessa relação.

O empreendedorismo parece fazer parte do DNA da sua família. Como foi que você e seus irmãos decidiram assumir a empresa?Na verdade, não tivemos muitas opções. O que no final deu muito certo (risos). Quan-do concluí o colégio, meu pai me man-dou para Alemanha, onde as mulheres já estavam inseridas no mercado de trabalho, para estudar Ciências Econômicas. Meus dois irmãos fizeram Administração aqui no Brasil e, quando começamos a traba-lhar na ótica, sentimos que o mercado já estava mudando. Respeitando as vontades e aptidões individuais eu assumi a empresa como diretora de marketing, meu irmão

F undada na década de 40, a Ótica Ernesto é a maior empresa do ramo óptico da Bahia. Com mais de meio século de história, 13 lojas espalhadas pela grande

Salvador e duas grifes próprias — SV e Sunvilly — a empresa baiana de origem alemã consolidou-se como líder no mercado e hoje detém 40% da preferência local. Lise Weckerle, filha do fundador Ernst Weckerle, atualmente administra a loja com seus irmãos Wolfgang e Wilhelm e fala da história de sucesso da marca.

A Ótica Ernesto é o principal empreendimento de um gru-po familiar que tem mais de 70 anos de história. Qual a receita do sucesso?Essa receita tem muitos ingredientes. A realidade é muito diversa através de todo esse tempo e o mercado tem demandas diferentes em épocas tão distintas. Quando meu pai abriu a primeira ótica, na Piedade, ele fez o que sabia fazer de melhor: ser pioneiro. Era um período complicado, não havia lojas na Avenida Sete e todo comércio ficava na Rua Chile. Na verdade, ele apostou tudo no conhecimento que possuía da área. As óti-

A visão por trás da Ótica Ernesto

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Wolfgang como diretor financeiro, e Wilhelm como diretor comercial.

A marca Ótica Ernesto é muito forte. Todo mundo lembra e associa o “Ernesto, meu rapaz!”. Qual a estratégia de marketing da empresa?Quando assumi a empresa, fui para o balcão e para o contato com os médicos e com os clientes. Vendia os produtos e comecei a entender a necessidade real do mercado. Nessa época, outras óticas entraram como concorrentes e fomos despertando para o marketing em si, um conceito novo para o comércio. Essa divulgação não existia, fomos pioneiros nisso também. Foi quando surgiu o “Ernesto, meu rapaz!”. Mais do que saber que estávamos ali e o que vendíamos, as pessoas precisavam se sentir participantes do nosso negócio, amigas da nossa empresa. O público que via os anúncios sentia que a ótica era uma extensão dos seus próprios de-sejos. Hoje, temos cliente na terceira geração e que continuam fi éis, porque sempre foram tratados como parte do que somos.

Ano passado tivemos um período delicado para economia e, em 2015, já se fala em crise. Como empresária, qual a sua perspectiva para esse ano?Nosso grande desafi o na ótica é ser uma empresa média. Esse é um equilíbrio complicado de se estabelecer, já que não temos as benesses do micro empresário e, ao mesmo tempo, temos que responder como se fossemos grandes. Não dá pra fazer muitas previsões para esse ano, com esse tsunami econômico chegan-do, mas, como empresa familiar, nós continuaremos com o que o nosso pai nos passou: os valores de ética, honestidade, de ser correto com o cliente. Confi o muito no vínculo de credibilidade que já estabelecemos.

E para o Comércio, qual a sua avaliação sobre 2015?Diria que todas as empresas terão que se precaver e criar mecanismos de sobrevivência, serem criativas. Em toda minha caminhada, crises sempre existiram. Sempre havia algum economista dizendo: “Cuidado, estamos em crise!”. E sempre consideramos o conflito atual como o pior. O que estamos vivendo é sempre mais grave do que o que já superamos. No entanto, já estamos a 70 anos estabilizados no mercado. Tenho uma visão crítica da realidade, mas sou uma pessoa otimista, por isso acredito que, mais uma vez, iremos encon-trar um caminho de equilíbrio frente aos desafios econômicos e políticos.

“Formação e conhecimento são as essências da nossa marca. O cliente sabe que pode nos procurar e que nós teremos a melhor solução para ele e com a melhor qualidade. Além disso, nossos clientes não vão às lojas somente para comprar óculos. Eles entram, conversam, têm uma relação de confi ança.”

Praça da Piedade na década de 40

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INSIGHTS

Q ualquer economista que pro-cure enxergar as perspectivas

da nossa economia para o ano de 2015 terá facilidade em vaticinar que este será um ano muito difícil. Provavelmente mais difícil e com-plexo do que qualquer outro que o nosso país atravessou nos últimos 15 ou 20 anos. Por outro lado, ele estará certo também em afirmar que já passamos por períodos pio-res, bem piores.

Avançamos como sociedade de maneira contundente graças à capacidade de criar novas formas de trabalho e de convivência. Incorporamos tecnologia ao que fazemos, conquistamos a democra-cia e a possibilidade de ascensão social. Historicamente, optamos pelo caminho do Estado forte indutor de investimentos, base-ado nas premissas de proteger o mercado interno, prover crédito e dar liquidez ao sistema financeiro, estimular a aquisição de bens de consumo pelas famílias e incen-tivar a indústria da construção civil. Fortalecemos multinacionais brasileiras para que essas empre-sas fossem capazes de concorrer com os principais players globais do seu segmento. Não fomos os primeiros a fazer isso. O modelo de crescimento da Coréia do Sul, por exemplo, também foi assim.

Mesmo com esse cenário histó-rico é difícil não concordar que o ano de 2015 será repleto de desa-fios e de complexidade. E uma das explicações para esse cenário é que vivemos, no Brasil, uma situação paradoxal. Experimentamos as ta-

Como o comércio varejista pode enfrentar 2015?

xas de desemprego mais baixas da história no mesmo momento em que temos também taxas muito baixas de crescimento econômico. O que explica essa falsa dicotomia entre alto nível de emprego versus baixo crescimento econômico? Uma das respostas é a produtivi-dade do trabalho. Se a produtivi-dade não aumenta, os níveis altos de emprego em setores que não geram valor diferenciado não são capazes de gerar valor econômico que possibilite o crescimento do Produto Interno Bruto.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempre-

gados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged), no período compreendido entre 2004 a 2013, a economia brasileira gerou 13,4 milhões de empregos formais. Es-ses números, entretanto, quando desagregados, podem nos revelar outros aspectos, como a faixa salarial onde ocorreu o aumento. Ainda de acordo com o Caged, a criação líquida de empregos ocorreu na faixa salarial de 1 a 2 salários mínimos, ou seja, um aumento dos postos remunerados com salários menores e baixo grau de especialização requerida.

Outro estudo, realizado pelo IPEA, nos indica que a produtivi-dade brasileira no setor de Comér-cio e Serviços equivale a 26% da produtividade norte americana e que, neste quesito, estamos atrás de países como Argentina, Chile, Colômbia e México.

Esses aspectos ganham contor-nos ainda mais relevantes quando pensamos na participação que a produtividade terá no aumento do PIB per capita. Nos próximos 50 anos, o crescimento médio da economia global decorrerá princi-palmente do aumento da produti-vidade (87%). A expectativa é de que a taxa de ocupação — horas de trabalho — responderá por apenas 13% do crescimento da economia global. Se uma empresa ou uma economia não derem um salto de produtividade não estarão aptas a concorrer, gerar valor e crescer de forma sustentável.

Mas como dar o salto neces-sário na produtividade que o

“Nos próximos 50 anos, o crescimento médio da economia global decorrerá principalmente do aumento da produtividade (87%). A expectativa é de que a taxa de ocupação – horas de trabalho – responderá por apenas 13% do crescimento da economia global. Se uma empresa ou uma economia não derem um salto de produtividade não estarão aptas a concorrer, gerar valor e crescer de forma sustentável.”

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comércio varejista precisa? Sobre o assunto, uma pesquisa global da PwC. que abrangeu quase 20 mil consumidores em 19 países, incluindo o Brasil (e com um recor-te específico para o Nordeste), nos apontou alguns caminhos.

De acordo com as respostas desses consumidores existem quatro fatores que vão determinar a capacidade de crescimento, pro-dutividade e competitividade dos varejistas. São eles: (a) Utilização de dispositivos móveis; (b) Redes Sociais; (c) A evolução da loja física; e (d) Mudanças demográfi-cas. A capacidade de crescimento e de sobrevivência das empresas estaria, segundo se depreende das respostas desses consumidores, associada à capacidade do empre-sário em absorver essas tendên-cias e usá-las para criar valor no seu negócio.

Em relação aos dispositivos móveis, eles são cada vez mais utilizados para a realização de compras e, no futuro, tendem a ser o principal meio de compra utili-zado pelos consumidores. Outro elemento de disrupção extraordi-nária são as redes sociais. De fácil acesso, as redes sociais ampliaram as formas de relacionamento dos consumidores com o varejo e estão impactando diretamente as deci-sões dos consumidores. De acordo com a PwC, parte relevante dos entrevistados utiliza redes como Facebook (79%), Google (47%) e Youtube (39%) como parte da sua experiência de compras, lendo comentários de outros consumi-

Carlos Coutinho é economista e sócio da PwC Brasil, onde é responsável pelas áreas de Consultoria Societária e Tributária e Private Company Services (Family Business) para a região Nordeste.

dores, assistindo vídeos, sendo influenciado por amigos e por gen-te que ele nunca verá em toda sua vida. Através das redes sociais os consumidores estão descobrindo marcas novas, recebendo feedbacks sobre outras marcas, assistindo ví-deos e propagandas de novos pro-dutos e de novos mercados. Esse tipo de experiência tem impactado a formação dos interesses dos consumidores em novos produtos, no conhecimento de promoções — em qualquer lugar do mundo — e finalmente, na sua decisão de compra. Mas e as lojas físicas?

As lojas físicas precisam mudar e algumas já estão mudando. O principal agente dessa transfor-mação deve ser a tecnologia. No entendimento dos consumidores, será a tecnologia a responsável por tentar reduzir a distância entre a compra virtual e a compra física. Uma série de pontos foram levan-tados pelos consumidores como di-ferenciadores que podem ajudar as lojas físicas a se adequarem ao novo tipo de experiência de consumo. Entre esses destacamos a habilida-de em verifi car o estoque de outras lojas ou da loja on line de modo a viabilizar a disponibilidade do produto; o pagamento das compras sem a necessidade do vendedor (self service check out) ou o pagamento das compras sem a necessidade de se dirigir ao caixa, mas com o acom-panhamento do vendedor; ofertas personalizadas e em tempo real nas lojas físicas e Wi-Fi rápido, fácil de usar, no interior da loja, para pesquisar outros preços e outras

ofertas de modo a garantir que está fazendo a melhor compra.

Em todos esses casos, o que con-sumidor está dizendo é que precisa de agilidade. A mesma agilidade que ele encontra na loja on line ele quer encontrar na loja física. Trata-se, portanto, de um novo consumidor e que está, claramente, passando uma mensagem aos empresários. Se o ano de 2015 — e os próximos anos também — exigirá que os varejistas repensem a produtividade dos seus negócios, a resposta está em entender melhor a dinâmica de consumo dos novos clientes, investir em tecnologia e agregar canais de comunicação e venda.

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INSIGHTS

A inovação como diferencial na competição empresarial também no setor de Comércio e Serviços

entenderem que, dividir os riscos da inovação do negócio com o empre-endedor é um fator que pode trazer dividendos positivos para o desen-volvimento socioeconômico.

No Estado da Bahia, desde 2007 a Fapesb vem apoiando o setor em-presarial com recursos subvenciona-dos para a inovação. A Fapesb é mais um – e não o único – ator do Sistema Baiano de Inovação – SIB que possui atribuições e responsabilidades no apoio ao setor empresarial. Além disto, a Fapesb é pioneira na imple-mentação de ações diferenciadas, procurando não apenas estabelecer apoios tradicionais e sim, sempre se adequar as necessidades e demandas do segmento empresarial.

E foi desta maneira que a Fapesb foi provocada em 2013 – por outros atores do SIB como SECTI, SICM (à época), Sebrae, IEL e o Fórum Regional de Micro e Empresas de Pequeno Porte da Bahia –, a traba-lhar no sentido de implementar um apoio a inovação especifi camente para o segmento de comércio e serviços. Após muitas discussões e dúvidas, foi lançado no fi nal de 2014 o Edital Fapesb 021/2014 de Apoio à Inovação em Comércio e Serviços <http://www.fapesb.ba.gov.br/?page_id=16922>. Este Edital visa apoiar com recursos subvenciona-dos a pesquisa e o desenvolvimen-to de projetos de inovações em produtos, processos e serviços em empresas baianas dos segmentos de comércio e serviços, especifi ca-mente, empresas de Porte Micro, Pequeno Porte e Micro Empreende-dor Individual – MEI.

A inserção da inovação neste segmento ainda suscita dúvidas, devido ao caráter da necessidade da pesquisa, mas, é fato que, todas as empresas inseridas em comércio ou serviço realizam atividades de ino-vação. O que a Fapesb vislumbra é auxiliar as empresas na pesquisa de melhorias em produtos, processos, ambiente organizacional, prestação de serviços e demais melhorias que possam melhorar a competividade das empresas. Portanto, é um Edital pioneiro que tem como objetivo con-tribuir para a melhoria dos ganhos dos empreendedores locais.

É hora de inovar também no setor de comércio e serviços!

Artur Caldas Brandão é Diretor de Inovação na Fapesb

Alzir Antonio Mahl é Coordenador de Inovação para Competitividade Empresarial na DI-Fapesb

I novação é a palavra da “moda”. Assim, como a qualidade total e

os requisitos de gestão em tempos passados eram as coqueluches, a inovação no momento parece ser a solução para todos os problemas de um empreendimento empresarial. Mas não é bem assim!

Desapontando os mais confi an-tes, a atividade de inovação é de fato um elemento, dentre outros, para a melhoria da produtividade e conse-quente competitividade no mundo empresarial. Não existem milagres! Obter resultados que possam me-lhorar o ambiente corporativo não depende somente de implementar programas de gestão da inovação. Para tanto, a empresa precisa incor-porar em sua rotina um conjunto de elementos - uma efi ciente gestão da organização, recursos humanos qualifi cados, processo operacional atualizado, modelo de negócio cria-tivo e fi nanças equilibradas.

Assim, é fundamental que os empreendedores entendam que a inovação numa organização é um elemento a mais que pode sim, auxi-liar na busca incansável de melhores resultados e na redução dos riscos do negócio. Sim, um elemento a mais e não o único.

Tornar a inovação uma realida-de depende de ações efetivas das organizações empresarias e gover-namentais. Todos têm que fazer a sua parte. Nos últimos anos, os Governos vêem implementando Programas de Apoio à Melhoria da Competividade Empresarial, focando no aporte de recursos sob a forma de subvenção econômica, por

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23Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

M otivado, de um lado, pelos seus indicadores econômicos

de participação no PIB e estoque de empregos formais e, do outro lado, pela provocação do empresariado por uma mobilização estruturada do governo para apoio ao setor terciário, o Governo do Estado, a partir de 2009, consolidou, de fato, a estruturação da Superintendência de Comércio e Serviços na, à época, Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM), atualmente, Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).

É inegável a relevante importân-cia do setor terciário para a eco-nomia baiana, e também nacional, face os seus 67% de participação no PIB estadual e 77% do estoque de empregos formais que, por si só, sem mencionar outros indicadores de destaque, impõem a necessi-dade de uma atuação estruturada e articulada das administrações públicas, de um modo geral, para propor políticas de atendimento a esse segmento econômico.

Essa iniciativa se desdobrou na elaboração e lançamento, em parce-ria com a Fecomércio-BA, da Política Estadual de Comércio e Serviços, em 2012, documento propositivo de ei-xos e linhas de atuação estratégicas do governo para o setor terciário.

Os estudos para a elaboração desse instrumento orientador cha-maram a atenção para a necessidade profunda de promover uma melho-ria no ambiente de negócios para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, cujo universo repre-senta, segundo dados do Ministério

Diretrizes do Governo da Bahia para o setor em 2015

do Trabalho e Emprego (MTE), 98% das empresas do setor terciário no Brasil, principalmente em virtude da, à época já sancionada, Lei das Micro e Pequenas Empresas (Lei 123/2006), que, naquele momento, ainda carecia da devida efetividade.

Dentro desse cenário e motiva-dos pela nova percepção conceitual a respeito da dinâmica econômica, que estabelece para relação entre os setores industrial, agroindustrial e de Comércio e Serviços uma forma indissociável e interdependente – na medida em que a compreen-são passa a ser de que são elos de cadeias econômicas e não atores independentes – muitas iniciativas foram empreendidas com o objeti-vo de adensar cadeias produtivas, inserindo os pequenos negócios nas cadeias de fornecimento de grandes empreendimentos com projetos de encadeamento produtivo e realiza-ção de rodadas de negócios, projetos de qualifi cação de fornecedores, com apoio de parceiros do setor, dentre outras iniciativas.

O aumento exponencial no volume de investimentos privados no estado nos últimos anos poten-cializou essas ações de modo que a

atuação do Governo do Estado com esse propósito deverá ser ampliada ainda mais.

Por fi m, podemos dizer que, muito embora as previsões sobre a economia apontem para cenários não tão prósperos no curto prazo, em face do volume de investimen-tos previstos para o estado nos próximos anos, podemos visualizar arranjos, se não os mais promisso-res, mas, pelo menos, bem longe dos mais pessimistas para o setor terciário na Bahia.

Marcos Costa é Superintendente de Desenvolvimento Econômico do Estado da Bahia

“Muito embora as previsões sobre a economia apontem para cenários não tão prósperos no curto prazo, em face do volume de investimentos previstos para o estado nos próximos anos, podemos visualizar arranjos, se não os mais promissores, mas, pelo menos, bem longe dos mais pessimistas para o setor terciário na Bahia.”

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24 Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

Grupo de empresários baianos participa de feira sobre comércio varejista em NY

P ensando na inovação do varejo como um pilar de desen-volvimento, o Sistema Fecomércio-BA participou, entre os dias 10 e 16 de janeiro, da Convenção e Exposição

Anual da Federação Nacional de Varejo de Nova York (NRF), nos Estados Unidos. A delegação baiana foi composta por mais de 40 empresários, que participaram de uma série de palestras e reuniões com especialistas do varejo e dirigentes de grandes organizações do comércio dos Estados Unidos. Uma série de visitas técnicas também fi zeram parte da programação.

Fotos: Divulgação

Liderada pelo presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, a missão empresarial teve o intuito de trazer conhecimento e novas tecnologias e de fomentar o crescimento do comércio baia-no, gerando desenvolvimento. “Iniciativas como essa são importantes, pois impactam a cadeia produtiva do comércio em todas as fases. A missão proporcionou ao empre-sário um novo olhar sobre a sua empresa, agregando tecnologia e inovação à sua gestão, além de ampliar as oportunidades de negócios”, explica Andrade.

A diretora do Senac na Bahia, Marina Almeida, também participou da missão e avalia os ganhos para a classe empresarial baiana como positivos. “A NRF é a maior convenção de varejo do mundo e apresentou tudo que há de mais moderno acontecendo nesse setor. Fizemos muitas refl exões sobre o cenário nacional e sobre a Bahia, que ain-da opera num modelo mais antigo. Nossa expectativa é implementar todo o conheci-mento a que tivemos acesso à nossa realida-de, especialmente no momento econômico que vivemos”, afi rma a diretora.

A missão é uma realização da Fecomér-cio-BA, Fieb e Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado da Bahia (FCDL-BA), com apoio do Sebrae-BA.

SOBRE A NRFA NRF Big Show – Annual Convention & Expo é o maior e mais importante evento de tendências, tecnologias e inovações voltadas para o varejo mundial. Acontece anualmente em Nova York e reúne milhares de execu-tivos tomadores de decisão ao redor do mundo. São quatro dias de conteúdo (com palestras simultâneas), networking em todas as atividades e atualização de tendências, tecnologias e soluções.

Presidente Carlos de Souza Andrade e a delegação da Bahia durante reunião da NRF, em Nova York

FECOMÉRCIO

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SINDICATOS

Patronal de Camaçari e Região (Sincomcam) teve um aumento expressivo na contribuição.

Para Juranildes Araújo, presidente do sindicato, esse aumento não se justifi ca apenas pelos serviços oferecidos. “Estamos, no dia a dia, ao lado do comer-ciante, resolvendo as demandas com os empregados, promovendo campanhas sazonais, negociando com os shoppings, sempre buscando o fortalecimento da nossa categoria”, explica.

Já o Sindicato do Comércio Varejista de Ilhéus (Sicomércio Ilheús) também teve um grande aumen-to nos números da contribuição: 91% de cresci-mento quando comparado a 2013. O presidente do sindicato, Antônio Costa, afi rma que a ampliação nas contribuições se deve principalmente pela atualiza-ção no banco de dados. “Não se trata de um milagre, mas de trabalho sério e sistematizado. Organizamos nossa base de dados, fortalecemos nossa assistência jurídica e nossa representação junto ao Governo Municipal”, garante o presidente.

O pagamento da contribuição sindical é um importante instrumento para fortalecer a re-presentatividade dos empregadores, junto ao

estado e a própria sociedade. É através da contribuição dos sindicatos patronais que a Fecomércio-BA trabalha em defesa dos direitos e interesses dos empresários baia-nos. Com base nessas premissas, a Fecomércio-BA vem reforçando as ações de apoio aos comerciantes através dos 30 sindicatos fi liados à entidade.

Em 2014, os benefícios oferecidos aos sindicalizados cresceram em toda Bahia. Entre as principais ações de-senvolvidas pelos sindicatos, estão a Certifi cação Digital, a oferta de planos de saúde e a promoção de treinamen-tos, cursos e palestras. Cristina Maeda, gerente de Re-lacionamento Institucional Sindical da Fecomércio-BA, explica que o foco da instituição é atuar junto às esferas públicas no sentido de criar normas legais e decisões políticas mais amigáveis aos interesses dos empresários.

“Esse ano estamos operando proativamente, inclusi-ve em nível nacional, através da Confederação Nacional do Comércio, para trocar informações sobre a realidade dos sindicatos patronais em todo Brasil e para criar uma força mais coesa que nos represente”, explica.

Segundo dados da Fecomércio-BA referentes à contri-buição sindical no ano passado, o Sindicato do Comércio

Comerciantes garantem representação nacional e acesso a benefícios

Se você tem dúvidas sobre a contribuição sindical ou sobre os benefícios oferecidos pelo seu sindicato, entre em contato com a Fecomércio-BA através do telefone: (71) 3273-9817 ou visite o site www.fecomercioba.com.br

Fotos: Shutterstock

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SINDICATOS

patronal fi liado. Essa será uma das tônicas desse novo momento da Fecomércio: ampliar a representativida-de da entidade, agregando novos segmentos, forta-lecendo nossa presença no interior e lutando pelos interesses do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia”, afi rmou.

Para Ruy Argeu do Amaral Andrade, presidente do Sindicom-BA, a credibilidade da Fecomércio-BA e a re-presentatividade nacional da instituição foram fatores decisivos na fi liação. “A Fecomércio-BA conta com uma diretoria proativa. Nossa intenção agora é fortalecer e apoiar a federação, participando das missões e buscan-do novos mercados para Bahia”, afi rma Ruy.

F oi ofi cializada no dia 26 de fevereiro, durante a reunião de diretoria da Fecomércio-BA, a fi liação do Sindicato das Distribuidoras de Combustí-

veis do Estado da Bahia (Sindicom-BA). Apesar de já ter sido aprovado pela diretoria, tanto o sindicato quanto a Fecomércio-BA terão que aguardar a aprovação da CNC, que se dará através da Comissão de Enquadramento e Registro Sindical, conforme artigo 5º, parágrafo 1º do Estatuto da Federação.

Segundo o presidente da Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, a fi liação acontece em um momento im-portante e faz parte do planejamento estratégico desta gestão. “Com o Sindicom-BA, chegamos ao 30º sindicato

Sindicom é ofi cializado como novo fi liado da Fecomércio

Carlos de Souza Andrade, Maria Dulce Andrade, Luiz Gonzaga do Amaral Andrade,

Herivaldo Bittencourt Nery e Mauro MurakamiFoto: Divulgação

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27Revista do Sistema Fecomércio-BA MARÇO 2015

SENAC

Diálogo aberto

C om o objetivo de apresentar e discutir as ações do Senac na Bahia, o presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, juntamente com a diretora regional do Senac,

Marina Almeida, reuniu-se, em fevereiro, com o diretor geral do Senac Nacional, Sidney da Silva Cunha.

No encontro, que ocorreu na sede nacional do Senac, no Rio de Janeiro, os representantes baianos puderam expor os dados regionais da entidade e apresentar com mais detalhes os trabalhos desenvolvidos em todo o estado.

De acordo com Marina Almeida, a ocasião fortalece as relações da enti-dade baiana com o Senac Nacional em um momento importante, quando o Sistema Fecomércio-BA está iniciando uma nova gestão e com um novo plano estratégico.

“Esse diálogo, além de proporcionar uma grande troca de conhecimen-to, nos permite alinhar as ações e garantir que o Senac na Bahia esteja atuando em confl uência com as unidades de todo país”, garante a diretora.

O presidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, considera que o estreitamento das relações com a diretoria nacional do Senac é de grande importância nessa gestão. “O Senac é um grande polo de conhecimento para quem lida com o Comércio de Bens, Serviços e Turismo e, justamente por isso, precisamos estar alinhados com o que há de mais atual. O encontro nesse início de ano nos deu um novo fôlego para as ações que iremos implantar no decorrer de 2015”, explica Andrade.

Foto: Divulgação

“O Senac é um grande polo de conhecimento para quem lida com o Comércio de Bens, Serviços e Turismo e, justamente por isso, precisamos estar alinhados com o que há de mais atual. O encontro nesse início de ano nos deu um novo fôlego para as ações que iremos implantar no decorrer de 2015.”

Carlos de Souza Andrade, presidente do Sistema Fecomércio-BA

AS QUATRO PRINCIPAIS AÇÕES APRESENTADAS NO DEPARTAMENTO NACIONAL:

• Apresentação das Escolas Moduláveis;

• Plano de Ação do Departamento Nacional 2015;

• Programação de Comemoração Senac 70 anos;

• A situação do Senac-BA no cenário nacional.

Fachada do Departamento Nacional do Senac

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Seis novas unidades no interior até 2017

P romover inclusão social é uma das principais missões do Sesc na Bahia. Com esse intuito, a instituição planeja concretizar, até 2017, a inauguração de seis novas sedes em cidades do interior

do estado, oferecendo equipamentos de assistência, cultura e saúde com-pletos e modernos para a população baiana.

As cidades que receberão as novas unidades serão Jacobina, Ilhéus, Porto Seguro, Teixeira de Freitas, Alagoinhas e Feira de Santana, que ganhará uma segunda sede na área urbana. O processo de interiorização do Sesc já estava previsto no Plano Gestor da instituição desde 2010 e a implantação das unidades encontra-se atualmente em diferentes fases de licitação e planejamento.

Segundo a diretora regional do Sesc, Célia Batista, os novos equipa-mentos irão benefi ciar não somente as cidades-sedes, mas também as comunidades dos municípios circunvizinhos. “As unidades serão intei-ramente modernas, oferendo serviços de qualidade e gerando empregos para a população. Além de serem um local de cultura, educação, saúde e lazer para as famílias dos comerciários, as sedes do Sesc podem trans-formar a realidade de um bairro carente, como foi o caso do bairro do Tomba, em Feira de Santana”, explica a diretora.

As novas estruturas do Sesc devem contar com centros de atividades, restaurantes, teatros, bibliotecas, consultórios odontológicos, parques aquá-ticos, centros de hospedagem, centros educacionais e quadras poliesportivas.

Entre as atividades e serviços oferecidos à população estão ações comunitárias, educação infantil e fundamental, educação complementar, cursos de valorização social, apresentações artísticas, recreação, turismo social, consultas de nutrição e odontologia e educação em saúde.

Fotos: Divulgação

OBRAS EM JACOBINA CONTAM COM INVESTIMENTO DE R$ 18 MILHÕESE JÁ FORAM INICIADAS

OBRAS JÁ INICIADASEntre as seis cidades benefi ciadas com os novos equipamentos do Sesc, Jacobi-na será a primeira a inaugurar o espaço físico. Com investimento de R$ 18 mi-lhões, o Sesc em Jacobina irá contar com infraestrutura completa, em um terreno de quase 30 mil m², que atenderá todo o município e região.“O nosso principal objetivo é contribuir para o bem-estar social e a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, suas famílias e a comunidade em geral”, ressaltou Célia Batista. “A nossa expectativa é realmente promo-ver o desenvolvimento social de toda a cidade de Jacobina e regiões adjacentes, com o que há de mais moderno na área de esporte, cultura e lazer”, completou o pre-sidente do Sistema Fecomércio-BA, Carlos de Souza Andrade, que assinou contrato para construção da nova unidade. Isaque Neri, presidente do Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Jaco-bina e Região (Sindpat-BA), comemorou a iniciativa do Sesc. “A construção desse complexo é muito importante para a nossa cidade, porque, além de movimen-tar a economia, irá benefi ciar o comércio de toda a região”, comentou.

Assinatura do contrato

SESC

Masterplan de Jacobina

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CULTURA

Gestão de resíduos sólidos, o que diz a lei de Carlos Roberto Vieira da Silva Filho e Fabricio Dorado Soler

A dica é de Benedito Vieira, 3º vice-presidente da Fecomércio-BA e presidente do Sicomércio Alagoinhas

Dica de leitura

Apresenta abordagem didática e interpreta-ção concisa da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com defi nições, princípios, diretrizes, procedimentos, ações, incentivos, instrumentos econômicos e proibições relacio-nadas ao gerenciamento de resíduos. Trata-se de livro contemporâneo com o propósito de amparar o trabalho, o estudo e a pesquisa de profi ssionais das mais variadas formações, como Direito, Economia, Administração, Geologia, Engenharia Ambiental, Civil, Sani-tária, de Produção, de Materiais e da Gestão Ambiental, entre outras carreiras.

Guia para planejar, instalar, organizar e gerir uma adega. Apresenta as informações essenciais sobre os terroirs, as cepas, as diferentes vinifi cações, o tempo de guarda e a mutação do vinho. Orienta sobre a localização mais adequada para a instalação da adega e a melhor organização dos vinhos, bem como a escolha do vinho. Inclui fi chas para elaborar um inventário real da adega, classifi cando os vinhos e registrando as impressões de uma degustação.

LIVRO DA ADEGA

Título: Livro da AdegaEditora: Senac Edição: Vanessa Rodrigues

Cine Teatro Sesc Casa do Comérciopaisagens, fl ores, além de temas infantis. Todas buscam inspiração na beleza cotidiana.Período: 10 a 30/04 | segunda a quinta, 9h às 17h e sexta a domingo 14h às 21hLocal: Foyer térreo do Teatro

ESPETÁCULO: DUO ASSADFormado por Sérgio e Odair Assad, o duo viaja pelo Brasil entre 8 e 29 de abril para apresentar O Clássico Violão Popular Brasileiro, em turnê patrocinada pela Petrobras. O CD – que reúne João Pernambuco e Paulo Bellinati, Canhoto e Paulo Porto Alegre, entre outros eruditos e populares. O DUO ASSAD escolheu o Brasil para celebrar seus 50 anos de carreira e lançar o CD O Clássico Violão Popular Brasileiro.Período: 16/04 | 21hIngressos: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia) Classifi cação: LivreESPETÁCULO: ‘MAIS QUE DILMAIS’Em “Mais que Dilmais”, o ator e humorista Gustavo Mendes, que virou febre na internet, reúne, no palco, uma compilação dos seus melhores textos, piadas e performances musicais ousadas — como ver Maria Bethânia cantando funk, e Alcione, Roberto Carlos e Ana Carolina em situações engraçadas. Entre todas as suas performances de sucesso, o clímax da peça continua sendo o momento em que o ator imita a presidenta Dilma Rousseff .Período: 17 e 18/04 às 21h e 19/04 às 20hIngressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia) Classifi cação: 14 anos

ESPETÁCULO: QUINTETO DE SOPROS DA OSESPFormado por José Ananias Souza Lopes (fl auta), Sérgio Burgani (clarinete), Joel Gisiger (oboé), Alexandre Silvério (fagote) e Nikolai Alipiev (trompa), o Quinteto de Sopros da Osesp apresenta um programa com obras de Mozart, Eugéne Bozza, Malcom Arnold e Ronaldo Miranda. Durante a performance, os integrantes contam curiosidades sobre as peças e seus autores, explicam as características de seus instrumentos e comentam sobre os aspectos de suas vidas como instrumentistas, compartilhando com o público suas experiências musicais.Período: 26/04 às 20hIngressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia) Classifi cação: Livre

EXPOSIÇÃO: MARISE FERNANDES 70 ANOSAs telas retratam a sua história de vida em óleo sobre tela com muita saudade de um tempo que se foi da menina do interior, mas permanece na memória e nas suas pinturas. A artista conta através dos pinceis e tintas a sua trajetória de vida, suas viagens pelo mundo, sua vida de professora de matemática e de soprano do coral do Mosteiro de São Bento. São 23 obras em óleo sobre tela que contam a sua história.Período: 01 a 29/03 | segunda a quinta, 9h às 17h e sexta a domingo 14h às 21hLocal: Foyer térreo do Teatro

ESPETÁCULO: AMIGAS PERO NO MUCHOComédia sobre quatro mulheres que mantêm uma relação de amor e ódio e conta a história do encontro das quatro amigas em uma tarde de sábado, em que exibem suas dissimulações, seus devaneios e dores, tudo isso com pitadas de muito humor, ironia e irreverência. No palco, além de André Gonçalves, três atores baianos interpretarão as protagonistas: Agnaldo Lopes, Lucio Tranchesi e Widoto Áquila.Período: 01 a 29/03 (sábados e domingos) | 20hIngressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia) Classifi cação: 14 anos

ESPETÁCULO: JINGOBELA peça conta a história de uma solteirona que é abandonada por seu amante e tem seu relacionamento inesperadamente rompido por telefone. Deprimida e dominada pela fúria, ela acaba por transformar duas visitas inesperadas em reféns. Durante toda a noite, essas três mulheres passam por situações cômicas e mais que absurdas. Período: 06, 13, 20 e 27/03 (sextas) | 21hIngressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia) Classifi cação: 14 anos

EXPOSIÇÃO: RAIMUNDA RODRIGUESServidora do SESC há mais de 20 anos, sempre atuou no Centro de Formação Artesanal. Desde criança, sempre gostou de fazer trabalhos manuais, como bonecas, crochê, tricô, renda turca e bordados a mão. Atualmente, desenvolve diversos trabalhos com arte francesa e se inspira especialmente em temas africanos. Nesta exposição, que traz obras de Raimunda e convidadas, são apresentadas gravuras de mulheres africanas,

Fotos: Divulgação

Duo Assad Quinteto de Sopros da OSESP

Lançamento

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CULTURA

santas, intolerância de vários tipos são apenas alguns dos temas abordados.

Data: 25 e 26 de março | 19hClassifi cação: 14 anos

BARRINHO, O MENINO DE BARRO

Baseado na obra da escritora baiana Mabel Velloso, a peça conta a história de um menino que, brincando com o barro, cria um boneco, o Barrinho, que se torna o seu brinquedo mais querido. Após uma situação mágica, o boneco ganha vida e começa a falar. O espetáculo aborda temas e refl exões importantes para o entendimento da criança sobre o mundo. Os atores e bailarinos traduzem as cenas do espetáculo para Libras (Língua Brasileira de Sinais).

Data: 27 e 28 de março | 15h (sexta) e 16h (sábado)

$1,99 O PROCESSO E SEUS EFEITOS

O espetáculo solo escrito, dirigido e interpretado por Ricardo Castro comemora o dia internacional do teatro e dia nacional do circo no Teatro Sesc Pelourinho. O ator irá contar como foi o processo de criação do espetáculo e os efeitos que o mesmo causou na classe artística, na imprensa e principalmente como foi recebido pelas plateias dos lugares por onde passou, das grandes capitais às pequenas cidades do interior. Ricardo promete contar também momentos especiais como a comemoração dos cinco anos da peça quando trinta e seis artistas, entre eles Nilda Spencer e Wilson Melo, fi zeram a peça e outros momentos divertidos e emocionantes que o espetáculo colecionou ao longo desses quinze anos de sucesso.

O espetáculo será ao mesmo tempo uma palestra, um debate, uma aula e uma ode à criatividade e ao empreendedorismo.

Data: 27 e 28 de março | 20hClassifi cação: 14 anos

PROJETO PALCO GIRATÓRIO Na 18ª edição do Palco Giratório foram selecionados dois espetáculos do estado da Bahia, que circularão por 33 cidades de diferentes regiões do país: O PÁSSARO DO SOL do grupo A RODA e EXU, A BOCA DO

Teatro Sesc Senac Pelourinho

UNIVERSO do Núcleo Afrobrasileiro de Teatro de Alagoinhas.Na Bahia, o Teatro Sesc-Senac Pelourinho, em Salvador, e as unidades executivas de Feira de Santana, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus, Vitória da Conquista e Barreiras receberão o projeto, ao longo do ano.

1ª ETAPA: O SOM DAS CORES | CATIBRUM TEATRO DE BONECOS (MG)Paulo AfonsoData: 09/04 | 15hLocal: Salão Paroquial da Igreja São Francisco - CHESFFeira de SantanaData: 11 e 12/04 | 16hLocal: Teatro da Fundação Sr. dos PassosJequiéData: 15/04 | 20hLocal: Teatro SescSalvadorData: 17/04 | 15h e 18/04 | 16h Local: Teatro Sesc-Senac Pelourinho

ETAPA EXTRA: O SILÊNCIO E O CAOS | DIELSON PESSOA (PE)Feira de Santana – 18/04Salvador – 22/04

2ª ETAPA: GRUPO DE TEATRO DE PERNAS PRO AR (RS) COM OS ESPETÁCULOS:“O LANÇADOR DE FOGUETES”Paulo Afonso – 04/07 Feira de Santana – 07/07 Santo Antonio de Jesus – 10/07Jequié – 11/07 Vitória da Conquista – 12/07Salvador – 16 e 17/07

“MIRA – EXTRAORDINÁRIAS DIFERENÇAS, SUTIS IGUALDADES”Paulo Afonso – 05/07Feira de Santana – 08/07

3ª ETAPA: CIA. DE TEATRO NU ESCURO (GO) COM OS ESPETÁCULOS:“O CABRA QUE MATOU AS CABRAS”Barreiras – 18/08 Salvador – 21/08Paulo Afonso – 23/08Feira de Santana – 27/08 Santo Antonio de Jesus – 10/07Jequié – 11/07 Vitória da Conquista – 12/07

“PLURAL”Barreiras – 19/08Salvador – 22/08Paulo Afonso – 24/08Feira de Santana – 26/08 Jequié – 29/08

4ª ETAPA: TRAÇO CIA. DE TEATRO (SC) COM OS ESPETÁCULOS:“AS TRÊS IRMÃS”Barreiras – 03/10Salvador – 06/10Jequié – 09/10

“ESTARDALHAÇO”Barreiras – 04/10Salvador – 07/10Jequié – 10/10

Lelo Filho em Fora da Ordem

Foto: Divulgação

PROJETO VIVA TEATRO! VIVA O CIRCO! Na edição de 2015, compõem a programação espetáculos de teatro, adultos e infantis, assim como espetáculos circenses, além de ofi cinas voltadas tanto para a qualifi cação de novos profi ssionais das artes cênicas, de educadores de escolas públicas e sensibilização da comunidade infantil.

O PALHAÇO E A BAILARINA

O espetáculo traz para a cena números cômicos inspirados na tradição do circo brasileiro e novos como Lavadeiras da Seleção, Palhaço sem querer e Chapéu Vermelho de dança tribal. Com muita improvisação, interação, riso, circo, dança e música o espetáculo traz a alegria espontânea da palhaçaria e da dança para as praças da cidade.

Data: 20 de março | 15h e 21 de março | 19h

O MENINO DETRÁS DAS NUVENS

O garoto Zezinho se sentava todas as tardes na soleira da porta para olhar o infi nito. Seus olhinhos fi tavam a linha do horizonte e desejava saber se seria ali que ele cumpriria o seu destino. Mais novo, não sabia o que aquele sentimento signifi ca, mas sabia que teria que descobrir um dia. Ele transforma o dia a dia de uma cidade inteira, fazendo todos olharem a vida com outros olhos até que a perda de um amigo querido abala seu interesse pelo mundo. Apenas a chegada de um circo à cidade resgata sua alegria e é lá que ele se descobre artista, experimenta o amor pela primeira vez e volta a acreditar em seus sonhos.

Data: 24 de março | 09h e 15h

FORA DA ORDEM – CIA BAIANA DE PATIFARIA

Inspirado numa letra de Caetano Veloso, o espetáculo apresenta, em plena ditadura, um confl ito familiar entre um pai militar e quatro fi lhos que veem no golpe e na censura gerada por ele, uma forte agressão aos direitos civis.

Através desse núcleo familiar, a peça é uma metáfora das relações de poder já que tudo começa em 1968, dias depois de promulgado o AI-5, atravessando várias décadas até os dias de hoje. Ditadura, racismo, homofobia, violência, guerras

Ricardo Castro apresenta o projeto e bastidores de $ 1,99

Foto: Mercury

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