Endoparasitas e ectoparasitas em felinos

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Endoparasitas e Ectoparasitas em Felinos Tratamentos de Antiparasitários A Origem da espécie felina: O gato doméstico Introdução A sociedade cada vez mais vem adquirindo animais de estimação, em especial os felinos como os gatos domésticos a milhares de anos. E com isso, a população de gatos vem crescendo cada vez mais nas grandes cidades, onde a disponibilidade de água, alimento e abrigo oferecido sem restrição favorece o crescimento da população de diferentes espécies animais como roedores, insetos, pombos, morcegos e animais de estimação. Cada vez mais animais como os gatos vem sofrendo com infestação de endoparasitas e ectoparasitas, quando não há um manejo de bem estar e sanitário e profilaxia aos cuidados necessários para a saúde dos felinos. A Domesticação do Gato Segundo o Biólogo Greif (2010), a história da domesticação dos gatos surgiu no Oriente Médio, no Iraque, Síria e Israel, por de 9 a 10 mil anos atrás, associados ao início da agricultura, devido ao armazenamento de grãos que atraiam ratos, que por sua vez atraiam predadores como gatos selvagens entre outros. E com isso, o homem percebeu os benefícios trazidos por esses predadores próximos de suas casas, começou a oferecer alimentação a esses animais que deixariam de serem ariscos ao contato com o homem. No antigo Egito, os felinos deixaram as condições de gatos selvagens (Felis Silvestres Lybica), passando a ser comensais gatos domésticos (Felis catus), habitando efetivamente com o homem, eram considerados como divindades (Deusa Bastet), surgindo as leis especificas que proibiam o desrespeito e até exportá-los para fora do império. Mesmo assim, os gatos deixaram o Egito em navios fenícios, se espalharam pelo Mediterrâneo e Europa. No período de 2.500 anos, esses gatos

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Endoparasitas e Ectoparasitas em Felinos – Tratamentos de

Antiparasitários

A Origem da espécie felina: O gato doméstico

Introdução

A sociedade cada vez mais vem adquirindo animais de estimação, em

especial os felinos como os gatos domésticos a milhares de anos. E com isso, a

população de gatos vem crescendo cada vez mais nas grandes cidades, onde a

disponibilidade de água, alimento e abrigo oferecido sem restrição favorece o

crescimento da população de diferentes espécies animais como roedores,

insetos, pombos, morcegos e animais de estimação.

Cada vez mais animais como os gatos vem sofrendo com infestação de

endoparasitas e ectoparasitas, quando não há um manejo de bem estar e

sanitário e profilaxia aos cuidados necessários para a saúde dos felinos.

A Domesticação do Gato

Segundo o Biólogo Greif (2010), a história da domesticação dos gatos

surgiu no Oriente Médio, no Iraque, Síria e Israel, por de 9 a 10 mil anos atrás,

associados ao início da agricultura, devido ao armazenamento de grãos que

atraiam ratos, que por sua vez atraiam predadores como gatos selvagens entre

outros. E com isso, o homem percebeu os benefícios trazidos por esses

predadores próximos de suas casas, começou a oferecer alimentação a esses

animais que deixariam de serem ariscos ao contato com o homem.

No antigo Egito, os felinos deixaram as condições de gatos selvagens

(Felis Silvestres Lybica), passando a ser comensais gatos domésticos (Felis

catus), habitando efetivamente com o homem, eram considerados como

divindades (Deusa Bastet), surgindo as leis especificas que proibiam o

desrespeito e até exportá-los para fora do império.

Mesmo assim, os gatos deixaram o Egito em navios fenícios, se

espalharam pelo Mediterrâneo e Europa. No período de 2.500 anos, esses gatos

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foram levados para o Extremo Oriente, e sofreram isolamentos reprodutivos

dando a origem as novas linhagens (gatos siameses, gatos persas, etc.).

Não se sabe ao certo de como esses gatos chegaram na América, mas

o que se sabe que Cristóvão Quilombo e outros navegantes trouxeram gatos

abordos em navegações, com base na história natural do artista Harrison Wei,

alguns pesquisadores propuseram que grande intensidade das espécies de hoje

é o resultado de um processo de domesticação ocorrido nas Ilhas Britânicas, no

século 19, em 1871 houve a primeira exposição de gatos.

Os Parâmetros Fisiológicos Adequados dos Felinos

Segundo Nabais (2010), os felinos devem ter seus parâmetros

fisiológicos sempre bem avaliados seguindo todo o mecanismo semiológico para

aferir a temperatura normal para os gatos domésticos de 38 a 39º C, sua

frequência respiratória é de 20 a 30 movimentos respiratórios por minuto em

adultos, sua frequência cardíaca é de 110 a 130 em adultos e em filhotes de 180

a 200 batimentos por minutos.

A gata chega em sua maturidade sexual entre 4 a 10 meses, tendo seu

ciclo estral podendo chegar a ter 4 cios por, cada um durando de 4 a 7 dias, o

tempo de gestação das fêmeas variam de 58 a 70 ou em média de 63 a 65 dias,

podendo ter uma ninhada de 8 filhotes dependendo da raça e enquanto o macho

chega em sua maturidade sexual no período entre 5 a 7 meses de idade.

O peso variado dos gatos adultos chega de 2,5 a 8,0 quilos, e chegam a

viver em média de 15 a 20 anos de.

São animais mais independentes, podendo ser um pouco selvagens,

marcam seu território quando uma gata está no cio, e se tiver acesso no

ambiente, chegam até brigar com outros gatos.

As gatas são mais tranquilas e meigas, mas porém, quando estão no cio

tem um comportamento mais alterado, ficam mais inquietas, levantam o rabo a

todo momento quando chegamos mais perto e começa a roçar e vocalizam muito

em seu ciclo estral.

São animais limpos por natureza, não gostam de ambientes sujos,

procuram sempre a bandeja de areia limpa para fazer suas necessidades,

quando evacuam em seguida cobrem suas fezes para não ficar expostas devido

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odor ser muito forte, deve-se estar sempre limpando área higiênica e trocar a

toda a semana e fazer a lavagem da bandeja com água e sabão, não se deve

fazer o uso de detergente e desinfetantes para não provocar intoxicações e

alergias no gato.

Sua alimentação é muito importante sempre oferecer ração seca de boa

qualidade de preferência oferecer uma quantidade exata para o consumo

naquele momento para evitar restos com saliva que pode ocorrer cólicas

intestinais e sem corante para evitar problemas de pele e renal no gato, deve

sempre oferecer água sempre limpa deve-se estar sempre trocando.

A vacinação polivalente é muito importante para prevenir de doenças

comuns e patogênicas a partir das seis semanas de vida e a FELV que é

facultativa para evitar riscos de gatos de rua.

Mas hoje há uma grande preocupação em relação ao bem estar sobre

aos cuidados adequados com a saúde do gato doméstico criado como um animal

de estimação em casa.

Endoparasitas X Ectoparasitas

De acordo com Torres e Otranto (2014), os parasitas são seres vivos que

habitam, durante o seu tempo de vida no interior ou exterior de outro ser vivo de

outras espécies que se tornam hospedeiro, se tornando uma fonte de

alimentação para os parasitas e meio de proteção e condições ideais para se

reproduzirem e acabam provocando danos de maior ou menor gravidade nos

tecidos, órgãos e corrente sanguínea de seus hospedeiros.

A classe principais de parasitas que infectam os animais, em especial os

felinos são os grupos de protozoários, helmintos e artrópodes, que são divididos

em dois grupos: Parasitas externos ou ectoparasitas e parasitas internos ou

endoparasitas.

- Endoparasitas: são parasitas internos que habitam no interior do animal.

Geralmente as formas adultas dos parasitas são encontrados entre o

trato gastrointestinal e no pulmão, enquanto as formas de larvas se deslocam

dentro do organismo do hospedeiro, podendo ser encontrados no fígado,

pulmões, coração, rins e intestinos.

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Esses tipos de parasitas são vistos apenas microscopicamente, como

os coccídeos e as giárdias que vivem dentro do tubo digestivo. E os parasitas

macroscópicos podem ser visto a olho nu, como os nematódeos (lombrigas) e

os cestoides (tênias), que habitam no sistema gastrintestinal e os nematoides

(filárias) que são transmitidos por mosquitos, se hospedam nas artérias

pulmonares e no lado direito do coração.

De modo geral, os parasitas internos como lombrigas e tênias são

encontrados nas fezes, os gatos podem ser infectados através do colosso da

mãe, através da ingestão de pulgas, ovos de parasitas ou formas de larvas que

se encontra no meio ambiente como água suja, carnes ou vísceras de restos de

animais infectados e através de pele, chegando ocasionar riscos para o felino

causando sintomas como atraso de crescimento nos filhotes e emagrecimento

nos adultos, pele seca, pêlo áspero e quebradiço, abdome inchado e dor à

palpação.

Esses tipos de sintomas dependem da quantidade e do tipo de parasitas

internos presentes, da idade e do estado nutricional do animal.

- Ectoparasitas: são parasitas externos como pulgas, ácaros, carraças e

piolhos que vivem na pele dos animais como os gatos encontrados em peles,

pelos ou orelhas no canal auditivo.

Pulgas

A pulga do gato a Ctonocephalides felis é o principal parasita externo que

acomete os felinos domésticos, sendo um hospedeiro desejado deste tipo de

ectoparasita.

As pulgas se desenvolvem e se proliferam de forma rápida, desde que

tenham condições úmidas e temperatura, onde depositam seus ovos na pele do

felino, para cada 10 pulgas adultas em cerca de 90 formas de larvas no ambiente

e na pele infectada.

Esse ectoparasita produz lesões diretas na pele do gato infectado gerando

reações alérgicas como a Dermatite Alérgica por Picada de Pulga o DAPP, e

além disso, pode transmitir a tênia Dipylidium caninum, um endoparasita.

Ácaros

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É um ectoparasita não-permanentes podendo ser sistêmicos ou não,

responsável pelo aparecimento de sarna Otodectes que afetam mais em gatos

infectando o canal auditivo, vivem em pelos, nos folículos pilosos, glândula

sebáceas ou em galerias escavadas sob a epidermes.

Carraças e Mosquitos

As carraças são parasitas externos, artrópodes pertencem a ordem

Acarinas, que se alimentam com um sugador na pele do gato no local do pescoço

e cabeça sugando o sangue do hospedeiro provocando lesões e doenças ao

animal, depois de se alimentar do sangue se desprende da pele do gato caindo

ao solo para continuar seu ciclo.

Os mosquitos infectados por verme redondo Diriofilaria immitis

(microfilárias) depositam suas larvas que vivem debaixo da pele do gato podendo

causar desconforto e transmitem doenças parasitária graves na fase adulta

podem obstruir artérias e até o coração, causando sintomas como taquicardia,

perda de apetite e peso, insuficiência respiratório e vômitos intermitentes.

Fungos

Os gatos sofrem de Tinha (Dermatofitose) uma lesão infecciosa causada

por fungos sendo o mais comum encontrado o Microsporum canis e não por

verme, que alastrar em toda a pele podendo ser transmitida ocasionando a

alopecia (perda de pêlo) em pequenos lugares, podendo ser infectar o homem e

tem uma exigência de tratamento mais específico.

Quais os Tratamentos Farmacológicos Antiparasitários

Os gatos recém-nascidos devem ser vermifugados com Antiparasitários

para parasitas internos imediatamente, repetir passado por duas semanas de

três semanas a quinze a quinze dias até aos três meses de vidas, tem que

vermífugar uma vez por mês até 6 meses de idade, os adultos deve tratar

regularmente de 3 a 3 meses e as gatas que estão amamentando tem que

vermífugar junto com a ninhada em virtudes dos parasitas que constituem riscos

de saúde no coletivo.

Referências Bibliográficas

Page 6: Endoparasitas e ectoparasitas em felinos

DANTAS, Felipe Torres e OTRANTO, Domenico. Parasites & Vectors Cães,

gatos, parasitos e humanos no Brasil: abrindo a caixa preta. 7:22. 2014

http://www.parasitesandvectors.com/content/7/1/22

GREIF, Sérgio. Gatos? Claro... mas por que de raça? Olhar Animal -

www.olharanimal.net em 2010.

NABAIS, Simões. BÊ-A-BA DO GATO - LIVRO DO GATO – BAYER –

PARASITES SOLUTUTIONS, 2010.

http://www.livredeparasitas.com/static/documents/Livro_...