ENEM 2012 - PETRÓLEO E ENERGIA RENOVÁVEL

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REVISÃO 2012 anos 2 PETRÓLEO E ENERGIAS RENOVÁVEIS SALVADOR | QUINTA-FEIRA 30 DE AGOSTO DE 2012 PROJETO ESPECIAL DE MARKETING

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Segundo caderno especial do ENEM publicado pelo jornal Correio* em 30/08/2012. Temas abordados: Petróleo e energias renovávies

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Coordenação EditorialLaís Santos

Projeto GráficoJoão Soares

Tel.: (71) 3342.4440/[email protected] no jornal Correio. Não pode ser vendido separadamente.

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Qual a finalidade do enem?a finalidade primordial do enem é a avaliação do desempenho escolar e acadêmico ao fim do ensino médio. o enem serve também para a constituição de parâmetros para a autoavaliação do participante, com vistas à continuidade de sua formação e à sua inserção no mercado de trabalho.

o enem tem como objetivo o acesso à educação superior?essa não é a única, mas é uma das funções. o enem tem sido usado com sucesso como mecanismo de acesso à educação superior, tanto em programas do Ministério da educação – sisu e Prouni –, quanto em processos de permanência – Fies. também tem sido utilizado em processos de governos estaduais e da iniciativa privada.

o enem poderá ser usado para certificação no ensino médio?sim, a certificação é mais uma das possibilidades que o exame oferece. os participantes maiores de 18 anos que ainda não terminaram a escolarização básica podem participar do enem e pleitear a certificação no ensino médio junto a uma das instituições que aderem ao processo – secretarias estaduais de educação, os institutos federais e os centros federais. a lista das instituições conveniadas está no edital.

como será realizada a certificação de conclusão do ensino médio por meio do enem?No ato da inscrição o participante deve indicar a instituição certificadora onde irá solicitar a certificação para fins de conclusão do ensino médio. as instituições que firmaram acordo de Cooperação técnica para esse fim estão listadas no edital. a definição dos procedimentos para certificação é responsabilidade das instituições certificadoras

o participante deverá manter o número da senha gerada no ato de inscrição?sim, o número de inscrição e a senha deverão ser mantidos sob guarda do participante e são indispensáveis para o acompanhamento do processo de inscrição, para a obtenção dos resultados individuais via Internet e para a inscrição em programas de acesso ao ensino superior, programas de bolsa de estudos e de financiamento estudantil, entre outros programas do Ministério da educação. a senha de acesso ao sistema é pessoal, intransferível e de inteira responsabilidade do participante.

o participante receberá cartão de confirmação?sim, pelos Correios, no endereço informado no ato da inscrição. o cartão de confirmação poderá

também ser impresso na página de acompanhamento da inscrição do exame. esse documento contém o número de inscrição, data, hora e local onde serão realizadas as provas, a indicação dos atendimentos diferenciados ou específicos, da opção de língua estrangeira e da solicitação de certificação. Cabe ao participante acompanhar sua inscrição, por meio da página de acompanhamento.

em caso de perda, como recuperar a senha?a recuperação da senha é feita no endereço eletrônico http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricao e será encaminhada por e-mail ou sMs, informados pelo próprio participante no momento da inscrição. o participante deverá informar o número de seu CPF e sua data de nascimento.

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PREPARAçãO dEVE INTERcALAR ESTudOS E LAzER

Dicas De estuDo

RESULTADO MAIS DO QUE JUSTO.

A UNIFACS atingiu o melhor desempenho

entre todas as instituições de ensino

superior privadas do Norte/Nordeste no

último exame da OAB. Mais uma conquista

que representa o compromisso da UNIFACS

com a educação de qualidade e a formação

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Na preparação para o enem, o estudante não deve programar sua rotina em busca de memorização de fórmulas e temas tradicionais. as noites de sono não precisam ser substituídas por estudos de matemática, história e geografia. os estudos devem privilegiar temas cotidianos e ser intercalados com horas de lazer.

Misturar excessivas horas de estudo sem abrir espaço para o lazer resulta numa rotina pouco saudável, que nem sempre implica em bom rendimento na prova. apesar de ser natural que haja um aumento da carga horária dedi-cada aos estudos, deve haver uma ponderação para evitar estresse provocado pela preparação. Para diminuir as tensões, pode ser até necessário a realização de algum tipo de terapia.

as escolas têm um papel fundamental para evitar pos-síveis danos psicológicos para os estudantes. a ins-tituição de ensino não deve propor, por exemplo, uma carga horária elevada de aulas e reforços.

Para evitar correrias, o aluno deve começar sua preparação desde o início do ensino médio. a vida do estudante que se prepara para o enem tem que ser feita de outros elementos: um domingo à tarde no ci-nema, prática de atividades físicas e apoio da família.

a motivação pessoal é o primeiro passo. Para obter êxito nos estudos, você precisa ser dedicado, persistente, determinado e muito disciplinado. apenas desta forma, conseguirá construir hábitos de estudo saudáveis.

Programe suas atividades do dia a dia numa agenda ou mural, de modo que consiga se organizar e estabelecer diariamente horários fixos para investir em seu estudo.

organize seu ambiente de estudo. Verifique se o ambiente que você estuda oferece boas condições, tais como: iluminação adequada, temperatura ideal e silêncio (fator relativo para alguns). o local apropriado evita a dispersão e desorganização, resultando num melhor desempenho.

organize grupos de estudo com pessoas interessadas como você, pois a troca de conhecimentos e o enriquecimento de experiências estimulam o esforço, esclarece dúvidas e relativiza pontos de vista. Procure os amigos que tenham os mesmos objetivos que você.

Utilize todos os canais de comunicação para aprender. se o seu canal de comunicação preferido for a “visão” realize leituras, faça resumos no caderno

e leia os apontamentos; caso seja a “audição” leia o texto em voz alta para registrar as informações e absorvê-las; e, se for o “sinestésico”, procure

pessoas para conversar sobre os conteúdos e tirar suas dúvidas.

Invista em sua saúde. Caso esteja com dificuldades para estudar, devido ao cansaço físico e mental, com sensação de sonolência,

procure um nutricionista, investindo numa alimentação saudável e complementos nutricionais.

sua autocrítica é essencial. tenha senso de realismo, portanto, identifique seu ritmo de estudo e aprendizado percebendo as matérias que possui mais dificuldades.

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3. estados Unidos 10.088 barris/dia

6.Canadá 3.665 barris/dia

8. México2.959 barris/dia

13. Venezuela2.470 barris/dia

10. Brasil2.641 barris/dia

15. argélia1.884 barris/dia

2. Rússia 10.229 barris/dia

4. China 4.303 barris/dia

12. Nigéria2.528 barris/dia

14. Noruega 2.007 barris/dia

9. Kuwait 2.682 barris/dia

1. arábia saudita 11.153 barris/dia

11. Iraque 2.635 barris/dia

5. Irã 4.234 barris/dia

7. emirados Árabes 3.096 barris/dia

OuRO NEGRO é fONTE NãO RENOVÁVEL

PRé-SAL: tesouro em alto mar

substância oleosa e inflamável, o petróleo ainda é uma das principais fontes de energia do planeta. É re-sultado da ação da natureza, sendo formado há milhões de anos através da decomposição do material orgâ-nico depositado no fundo de antigos mares e lagos. assim como o pe-tróleo, o gás natural é resultado da transformação de fósseis de antigos seres vivos que existiram em nosso planeta na pré-história.

estima-se que as jazidas petro-

Há cinco anos, exatamente em 2007, a Petrobras anunciou a des-coberta no Brasil de grandes re-servatórios de petróleo na camada denominada Pré-sal. Posteriormente verificou-se ser um grande campo petrolífero, estendendo-se ao longo de 800 km na costa brasileira, do estado do espírito santo ao de santa Catarina. o primeiro óleo do pré-sal foi extraído em 2008 e alguns poços já estão em produção. as reservas in-cluíram o Brasil entre os dez maiores produtores do mundo.

líferas mais novas têm pelo menos dois milhões de anos, enquanto as mais antigas estão em reservatórios com cerca de 500 milhões de anos. segundo os geólogos, com o passar do tempo, outras camadas foram se depositando sobre esses restos de animais e vegetais. a ação de bac-térias, do calor e da pressão, causa-dos por esse empilhamento de no-vas camadas rochosas, transformou aquela matéria orgânica em petróleo, também chamado de “ouro negro”.

o que a natureza levou centenas de milhões de anos para gerar, a humanidade está consumindo de forma acelerada. Não haverá tem-po suficiente para que a mesma natureza reúna todas as condições necessárias para gerá-lo novamen-te. Por esse motivo, podemos con-siderar o petróleo como uma fonte energética não renovável, isto é, um dia ele vai acabar.

depois de um longo período de produção, as reservas de petróleo

estima-se que a extração de petró-leo e gás entre 5 mil e 7 mil metros de profundidade pode acrescentar de 70 bilhões a 107 bilhões de barris dos produtos às reservas brasileiras. o petróleo, que vai jorrar abaixo da camada de sal do oceano atlântico, pode gerar grandes transformações no país nas próximas décadas. Cifras astronômicas serão proporcionadas com o início da produção em águas profundas. tamanho otimismo fez o governo repensar a forma de explo-ração, o que determinou a criação de

Fonte: EIA 2011

fatalmente se esgotam. os prognós-ticos apontam que, daqui a 15 anos, poucos países terão a possibilidade de exportar petróleo. Isto caso não ocorram descobrimentos de novos campos da substância até lá.

antes que o petróleo chegue ao fim, buscam-se substitutos para as necessidades mundiais de energia. Mas não deixa de ser motivo para reflexão o fato de o homem ter esgo-tado, em dois ou três séculos, o que

a natureza levou muito mais tempo para criar.

além de fonte de energia, o pe-tróleo serve também como base para fabricação dos mais variados produtos, dentre os quais desta-cam-se as benzinas, diesel, gasoli-na, asfalto, querosene, nafta petro-química, entre outros. Já foi causa de muitas guerras e é a principal fonte de renda de muitos países, sobretudo no oriente Médio.

Maiores Produtores Mundiais

um novo marco regulatório, específi-co para a nova região exploratória.

as reservas brasileiras compro-vadas de petróleo fecharam 2011 em 15 bilhões de barris, segundo dados do anuário estatístico Brasi-leiro de Petróleo, gás Natural e Bio-combustíveis 2012, divulgados pela agência Nacional do Petróleo, gás Natural e Biocombustíveis (aNP). o crescimento foi de 5,6% em relação a 2010, o que colocou o país na 14ª posição mundial em volume de re-servas comprovadas.

até 2.000 barris/dia

2.001 a 3.000 barris/dia

3.001 a 4.000 barris/dia

4.001 a 5.000 barris/dia

acima de10.000 barris/dia

Ilustração: agência Petrobras

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Engenharia CivilEngenharia ElétricaLogística

Engenharia MecânicaPetróleo e GásSegurança do Trabalho

A hISTÓRIA dO PETRÓLEO

O PETRÓLEO é NOSSOem 3 de outubro de 1953, depois

de uma intensa campanha popular, o presidente getúlio Vargas assinou a Lei 2004, que instituiu o monopólio estatal da pesquisa e lavra, refino e transporte do petróleo e seus deriva-dos. também criou a Petróleo Bra-sileiro s.a. - Petrobras. em 1963, o monopólio passou a abranger as ati-vidades de importação e exportação de petróleo e derivados.

Um marco na história da Petro-bras foi a exploração de petróleo no mar. em 1968, a companhia iniciou as atividades de prospecção offsho-re, com a descoberta do campo de guaricema, em sergipe. entretanto, foi no litoral fluminense que a Petro-bras encontrou a Bacia de Campos, que se tornou a maior produtora de petróleo do país. o campo inicial foi o de garoupa, em 1974, seguido pelos campos gigantes de Marlim, albaco-ra, Barracuda e Roncador.

Há registros da utilização do pe-tróleo quatro mil anos antes de Cris-to. Povos da Mesopotâmia, Pérsia, egito e Judeia já utilizavam o betume para pavimentação de estradas, em grandes construções, no aqueci-mento e iluminação de casas, bem como lubrificantes e até laxativo. os chineses perfuravam poços, usando hastes de bambu, três séculos antes de Cristo. No início da era Cristã, ára-bes davam ao petróleo fins bélicos e de iluminação.

a indústria petrolífera, no entanto, data de meados do século XIX. em 1850, James Young criou proces-sos de refinação. o primeiro poço moderno foi perfurado no azerbai-jão, maior produtor no século XIX. Nas américas, o poço número 1 foi perfurado no Canadá, em 1858. em 1859, edwin drake fez a primei-ra perfuração nos estados Unidos, no estado da Pensilvânia. o poço revelou-se produtor e a data passou a ser considerada, pelos norte-ame-ricanos, a do nascimento da moder-na indústria petrolífera. a produção de óleo cru nos estados Unidos, de

dois mil barris em 1859, aumentou para aproximadamente três milhões em 1863, e para dez milhões em 1874. No oriente Médio, a história da exploração petrolífera nasceu da rivalidade entre a grã-Bretanha e o Império Russo. após a segunda guerra Mundial, o movimento pela descolonização foi seguido pelo di-reito das nações disporem livremen-te de seus recursos naturais. Nesse contexto, os países do golfo Pérsico passaram a manifestar o desejo de libertar-se das companhias petrolí-feras ocidentais. em 1940, o oriente Médio produzia 5% do petróleo mun-dial; em 1973, já atingia 36,9%.

brasil - No Brasil, a história do pe-tróleo teve início em 1858, na Bahia. Neste ano, o Marquês de olinda con-cedeu a José de Barros Pimentel o di-reito de extrair betume às margens do Rio Maraú. somente em 1930, após vários poços perfurados sem suces-so, o engenheiro agrônomo Manoel Inácio Bastos soube que moradores do Lobato, em salvador, usavam uma “lama preta”, oleosa, para iluminar

monopólio - a flexibilização do monopólio foi outro fato importante da história recente do petróleo no Brasil. No dia 6 de agosto de 1997, o presidente Fernando Henrique Car-doso sancionou a lei 9478 que per-mitiu a presença de outras empresas para competir com a Petrobras. Com a abertura do mercado, a Petrobras encontrou novos desafios e oportu-nidades.

alcançar a autossuficiência sem-pre foi uma meta para o Brasil. o objetivo era reduzir a vulnerabilidade do País às flutuações internacionais do mercado, ou seja, a Petrobras tem que sustentar sua produção acima da demanda a longo prazo. a trajetória até a autossuficiência foi marcada por altos investimentos em tecnologia e recordes de perfuração em águas profundas, além do aper-feiçoamento de diversas atividades da Companhia.

suas residências. a partir daí, foram realizadas várias pesquisas e coletas de amostras da “lama”. Bastos não obteve êxito em chamar a atenção de pessoas influentes, e chegou a ser considerado “maníaco”.

No entanto, não desistiu e, em 1932, foi recebido pelo presidente getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, e entregou um relatório sobre a presen-ça da substância no Lobato. a partir de então, e durante toda a década de 30, a nacionalização dos recursos do subsolo entrou na pauta das discus-

sões indicando uma tendência que viria a ser adotada. em 1938, toda a atividade petrolífera passou, por lei, a ser obrigatoriamente realizada por brasileiros. ainda nesse ano, em 29 de abril, foi criado o Conselho Nacio-nal do Petróleo (CNP), para avaliar os pedidos de pesquisa e lavra de jazi-das de petróleo.

Já sob jurisdição do recém-criado Conselho Nacional do Petróleo, os-car Cordeiro e Manoel Inácio Bastos deram início às pesquisas na região do Lobato. a perfuração do poço

dNPM-163 foi iniciada em 29 de ju-lho de 1938. somente no dia 21 de janeiro de 1939 o petróleo veio à tona. Mesmo sendo considerada subco-mercial, a descoberta incentivou no-vas pesquisas no Recôncavo Baiano. em 1941, um dos poços perfurados deu origem ao campo de Candeias, o primeiro a produzir comercialmen-te petróleo no Brasil. as descobertas prosseguiram na Bahia, enquanto o CNP estendia seus trabalhos a outros estados. a indústria nacional do pe-tróleo dava seus primeiros passos.

Manoel Inácio Bastos, 1931 Perfurações na Bahia, 1958Poço de Lobato, 1938 Plataforma P-1, 1968Getúlio Vargas, 1953

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ENERGIA SOLARa energia solar para geração térmica é uma tecnologia limpa e ainda pouco explorada no País, apesar de apresentar grande potencial, em função das características climáticas brasileiras e pelos resultados expressivos obtidos nos projetos que estão sendo implementados. Na atualidade, muitas empresas vêm identificando oportunidades, sobretudo na aplicação de aquecimento termossolar de água. a radiação, que incide sobre a superfície do planeta, é cerca de 10.000 vezes superior à demanda bruta de energia atual da humanidade.

BIOdIESEL Combustível derivado de oleaginosas, tais como soja, girassol, algodão, mamona, dendê, babaçu, gordura animal, entre outras, o biodiesel pode ser uma alternativa de combustível, através da adição ou substituição ao diesel de origem fóssil. Comparado ao diesel convencional, o biodiesel apresenta a vantagem de ser isento de enxofre, além do balanço favorável em termos de emissão de Co2. o biodiesel melhora a característica lubrificante do combustível. a sua utilização, além de propiciar uma melhoria significativa na redução da emissão de poluentes atmosféricos, como por exemplo enxofre, contribui significativamente na geração de empregos e renda.

ENERGIA EÓLIcAa energia eólica, resultante da força dos ventos, contribui para a preservação do meio ambiente, não requer água nem gera gases que provocam o efeito estufa. atualmente, é utilizada em larga escala no mundo e cresce no Brasil. Na última década, sua evolução demonstra sua aceitação como fonte geradora, com tendências de crescimento expressivo relativamente às matrizes energéticas dos países que a utilizam. a área ocupada com a instalação de cada turbina, incluindo as estradas de acesso, é de apenas 1% da área total reservada para cada unidade, considerado o espaçamento mínimo recomendável. os 99% restantes da área podem ser destinados para outros fins, como plantação de gramíneas, hortaliças e pastagem.

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umA NOVA mATRIz

ao longo dos últimos séculos, a composição da matriz energética mundial sempre esteve associada, sobretudo, aos combustíveis fós-seis, que são recursos não reno-váveis, tais como petróleo, carvão e gás. Porém, no século passado, o planeta começou a sentir os efei-tos da exploração de seus recursos naturais. Por outro lado, o petróleo, considerado fonte tradicional de energia, começa a se esgotar.

Para garantir o crescimento eco-nômico médio acima de 4% pelos próximos 20 anos, o Brasil vai pre-cisar incluir em sua capacidade de geração de energia atual mais três mil megawatts por ano. Com a crescente preocupação ambiental e o esgota-mento das fontes tradicionais naturais de energia, a sociedade busca esta-belecer uma nova matriz energética, que garanta mais sustentabilidade ao planeta e ofereça energia limpa e

suficiente para atender a demanda crescente.

o foco na atualidade são fontes alternativas, que, além de não prejudi-car a natureza, são renováveis, e, por isso, perenes. estão incluídas neste contexto a energia solar, a energia eólica, a energia hídrica, a biomassa e os biocombustíveis. o mercado mundial de energia renovável deve movimentar, até 2020, mais de Us$ 3 trilhões.

ETANOLa utilização do álcool como combustível teve início nos anos 30. Inicialmente, foi estabelecida a aquisição obrigatória de álcool anidro na proporção de 5% da gasolina. atualmente a mistura é de 20%, mas o governo já pensa em elevar o percentual para 25%. Com a implantação do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), em 1975, o álcool combustível teve um impulso. os primeiros veículos movidos a álcool hidratado chegaram às ruas em 1979. o mundo vivia a crise do petróleo e o Brasil lançava as raízes de um novo combustível. Hoje, milhões de veículos, movidos pelo chamado etanol, consomem bilhões de litros/ano. Nas últimas décadas, a substituição da gasolina pelo álcool registrou a economia de bilhões de dólares anualmente.

BIOmASSABiomassa é a denominação genérica para matérias de origem vegetal ou animal que são aproveitadas como fonte de produção de calor ou eletricidade. o Programa de Incentivo às Fontes alternativas de energia elétrica (Proinfa) prevê a geração de energia a partir de bagaço de cana, lixo e esgoto, contando com os benefícios do Protocolo de Quioto. a utilização do biogás proveniente de lixo e dejetos sanitários como insumo para produção de energia representa grande benefício socioambiental. esse tipo de projeto proporciona vantagens, principalmente para os grandes centros urbanos, devido à redução de emissões de poluentes, como o metano, gás de grande impacto no efeito estufa e que, em média, corresponde a 50% do volume do biogás.

cENTRAIS hIdRELéTRIcASas centrais hidrelétricas respondem pela maior parte da eletricidade gerada para o sistema Interligado Nacional. a energia hídrica brasileira tem grande potencial e baixo impacto ambiental. Com as tecnologias disponíveis, as centrais são competitivas no mercado nacional de energia e hoje são o principal recurso para geração de energia elétrica no Brasil.

ENERGéTIcABenefícios da energia alternativa

Reduz a dependência de fontes de combustíveis fósseis e de energia estrangeira

É um recurso de energia sustentável, evita a diminuição de recursos naturais das futuras gerações

evita e reduze emissões de óxido de nitrogênio, emissões de óxido de enxofre bem como emissões de dióxido de carbono

Pode reduzir o consumo de água, poluição termal, resíduos, ruído e impactos adversos do uso de terra

Produz economia de combustível em detrimento das suas vidas operacionais que cobre parte ou completamente os custos iniciais

Melhora a qualidade do ar e a visibilidade devido à combustão reduzida de combustíveis fósseis

Pode reduzir os custos do cumprimento da futura regulação ambiental

Pode reduzir riscos nas organizações, evitando crise de relações públicas e qualquer questão dispendiosa de controle de danos que dela possa advir

eleva a base fiscal, evita a subida ou variação de preços de combustível, reduz a dependência de fontes de energia estrangeiras

Proporciona uma nova via para o desenvolvimento econômico na área rural

Foto: Mateus Pereira/secom

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INVESTImENTO Em ENERGIAS LImPAS PREcISA dOBRAR

os investimentos em energias lim-pas deverão ser duplicados até 2020, para limitar a 2 graus Celsius (Cº) o aumento da temperatura global a lon-go prazo. a conclusão é do estudo Perspectivas tecnológicas de energia 2012: Caminhos para um sistema de energia Limpa, elaborado pela agên-cia Internacional de energia (aIe).

o estudo, apresentado pelo vice--diretor executivo da aIe, Richard Jones, mostra que é possível uma transformação tecnológica do siste-ma energético para permitir a redução da dependência em relação a com-bustíveis fósseis, além de aumentar a eficiência energética e reduzir as emissões nos setores da indústria, do transporte e da construção.

a definição de metas pelo go-verno federal para ampliar a parti-cipação das fontes renováveis al-ternativas em seus próximos leilões de energia, a adoção de cotas para cada uma dessas fontes e a revisão de sua política de subsídios para o setor energético são algumas das recomendações do estudo além de grandes Hidrelétricas, apresentado durante o 8º Congresso Brasileiro de Planejamento energético, que acon-teceu este mês em Curitiba.

encomendado pela organização não governamental (oNg) WWF Brasil, o trabalho envolve pesquisa-dores da Universidade de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal do aBC (UFaBC) e da oNg Interna-tional energy Initiative para a améri-ca Latina, entre outras instituições. o trabalho propõe ainda um aumento de 40% da participação das fontes eólica, de biomassa e das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) nos próximos leilões de energia nova, com um crescimento mínimo de 10% para cada tipo de fonte.

o documento também defende que a política de crédito e incentivos fiscais seja revista, de forma que os subsídios dados hoje às termelétri-cas sejam gradualmente transferidos para fontes renováveis. “a geração de energia por termelétricas é cara, poluidora e depende de contratos take-or-pay [preço fixo para a ener-gia, pago mesmo que ela não seja usada] para sobreviver”, diz.

a realização de leilões regionali-zados e o incentivo à pesquisa e à inovação em áreas como a de ener-gia solar, o que tende a diminuir o

ram crescimento global médio de 42% e 27%, respectivamente, por ano, nos últimos dez anos. “graças ao apoio de políticas estratégicas e sustentáveis nas fases iniciais de investigação, desenvolvimento, de-monstração e aplicação no mercado, essas tecnologias atingiram uma fase em que o setor privado pode ter um maior papel, permitindo a diminuição progressiva dos subsídios”.

Jones também informou que a aIe está trabalhando com o Brasil e outros parceiros na elaboração de um roteiro para o desenvolvimento sus-tentável de hidreletricidade, que deve estar pronto nos próximos meses.

o secretário adjunto de Planeja-mento e desenvolvimento energéti-co do ministério de Minas e energia, Moacir Bertol, destacou a situação favorável da matriz energética brasi-leira, que tem participação de 45% de energias renováveis, sendo que a mé-dia mundial é de cerca de 13%. se-gundo ele, a perspectiva do governo para 2020 é que a participação evolua para 47,7%, mantendo os altos níveis de uso de hidreletricidade e, simul-taneamente, com o crescimento de biomassa, biocombustíveis e energia eólica. (abr)

País deve definir metas para fontes alternativas

nováveis poderiam substituir as ter-melétricas na função complementar às usinas hidrelétricas, responsáveis por mais de três quartos da eletrici-dade gerada no país. “Fontes reno-váveis alternativas podem exercer o mesmo papel [das termelétricas], com custos mais baixos e com me-nores impactos sobre o meio am-biente”, diz o documento. “o período da seca, quando as hidrelétricas pro-

ATé 2020, O BRASIL dEVE REduzIR A EmISSãO dE

GASES dO EfEITO ESTufA Em ATé 38,9%

“fONTES RENOVÁVEIS ALTERNATIVAS POdEm ExERcER O mESmO PAPEL [dAS TERmELéTRIcAS],

cOm cuSTOS mAIS BAIxOS E cOm mENORES ImPAcTOS SOBRE O mEIO AmBIENTE”

custo dessas novas tecnologias, também são sugeridas pelo estudo.

“sem metas de inserção na matriz energética, o investidor inte-ressado em fontes renováveis alter-nativas não tem segurança”, disse o pesquisador Paulo Henrique de Mello sant’ana, da UFaBC, coorde-nador do trabalho. de acordo com sant’ana, o subsídio concedido às termelétricas movidas a carvão che-

gou a R$ 127,54 por megawatt-hora (MWh) em 2009. “Com um subsídio desses, poderíamos construir aero-geradores.”

dos 2,4 mil empreendimentos de geração de energia elétrica em ope-ração no país, 777 (32,4%) usam fontes renováveis alternativas. são 398 pequenas centrais hidrelétricas, 51 centrais eólicas e 328 centrais de biomassa que utilizam bagaço de cana-de-açúcar, conforme dados da agência Nacional de energia elétrica (aneel). Juntas, essas unidades se-riam capazes de produzir cerca de 12,3 milhões de quilowatts de potên-cia, o equivalente a 9% da produção nacional.

o estudo encomendado pela WWF Brasil aponta que as fontes re-

32,4% dOS EmPREENdImENTOS Em ENERGIA ELéTRIcA NO BRASIL uSAm fONTES RENOVÁVEIS ALTERNATIVAS

NA úLTImA décAdA, A ENERGIA SOLAR AVANçOu 42% NO

muNdO; E A EÓLIcA, 27%Uma das recomendações da aIe

para reduzir a emissão de carbono é diminuir progressivamente os sub-sídios aos combustíveis fósseis. a agência também recomenda a acele-ração em inovação energética, com o desenvolvimento de planos estratégi-cos e a melhoria da eficiência energé-tica em todos os setores de consumo de energia.

a publicação cita como exemplo as energias solar e eólica, que tive-

duzem menos, coincide justamente com a safra de cana-de-açúcar e com o período de maior incidência de ventos.”

o trabalho ressalta ainda que o Brasil assumiu em 2009 o compro-misso voluntário de diminuir suas emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9%, até 2020. e cobra do setor elétrico, que contri-bui com 9,2% das emissões brasi-leiras, o incentivo a tecnologias de baixa emissão. “apesar do sucesso dos últimos leilões de fontes alter-nativas em 2010 e 2011, não há na prática um compromisso do MMe [Ministério de Minas e energia] e da ePe [empresa de Pesquisa energé-tica] com a continuidade desses leilões”, aponta o estudo.

PETRÓLEO E ENERGIAS RENOVÁVEIS RE

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28 Salvador | quinta-feira30 de agosto de 2012PROJETO ESPECIAL DE MARKETING