Engajado liberdade X

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liberdade X igualdade Jean-Paul Sartre Existencialismo Ateísmo O ser humano é responsável por si, mas igualmente por toda a humanidade. NADIFICAÇÃO Não determinismo O ser Realidade humana Liberdade INVARIANTE UNVERSAL 1943 Engajado Artur Stamford da Silva Prof. Associado da UFPE

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liberdade X igualdade

Jean-Paul Sartre Existencialismo

Ateísmo

O ser humano é responsável por si, mas igualmente por toda a humanidade.

NADIFICAÇÃO

Não determinismo

O ser

Realidade humana

Liberdade

INVARIANTE

UNVERSAL

1943

Engajado

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Jean-Paul Sartre 1905-1980

A condição exigida para nadificação do nada, a

liberdade não é uma propriedade que pertença

entre outras coisas à essência do ser humano.

A liberdade não pode se diferenciar do ser da

realidade humana.

O homem não é primeiro para ser livre depois: não

há diferença entre o ser do homem e seu ser-livre.

1943

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estruturalismo

INVARIANTE

UNVERSAL

linguagem negociação social

não biologismo nem etnocentrismo moral

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Ferdnand Saussure 1857-1913

J. Lacan

1901-1981

Claude Lévi-Strauss 1908-2009

R. Barthes

1915-1980

1949 - As estruturas elementares do parentesco 1955 – Tristes trópicos 1958 – Antropologia estrutural 1964 – O cru e o cozido 1975 – O caminho das máscaras 1994 – Saudades do Brasil

1953 – Seminário 1 1979 – Seminário 26

1916 – Curso de linguística geral

1953 – O grau zero da escritura

1964 – Elementos da semiologia

1977 – Fragmentos de um discurso

apaixonado

Émile Benveniste 1902-1976

Roman Jakobson 1896-1982

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fenomenologia phainesthai - o que se apresenta / se mostra

significação = fenômenos da consciência

epoché = experiência de consciência

(suspensão do mundo) ≠

tempo/espaço percepção sensível

noesis = ato de perceber

noema = objeto da percepção

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construção social da realidade

Fenomenologia (E. Husserl)

Empirismo Dialético (Burke)

Pragmatismo Social (Cook)

Filosofia do comportamento social (Lewis)

Interacionismo Simbólico (G. Mead, Blumer/Goffman)

Mundo Social (Alfred Schutz)

Etnometodologia (Harold Garfinkel)

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George H. Mead 1863-1931

Alfred Schutz

1899-1959

E. Husserl

1859-1938

Harold Garfinkel

1917-2011

1932 - The Philosophy of the Present 1934 - Mind, Self, and Society

1932 – A estrutura significativa do mundo social 1967 – A fenomenologia do mundo social 1973 - Construção social da realidade (c/ Thomas Luckmann)

1901 – Investigações lógicas 1913 – Ideias para uma fenomenologia pura 1931 – Meditações cartesianas

1952 - Rumo a uma Teoria Sociológica da Informação 1967 – Estudos de etnometodologia 2006 - Vendo sociologicamente

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Page 8: Engajado liberdade X

Fenomenologia - conceitos básicos

filosofia da consciência

intencionalidade

consciência

intencionalidade da consciência

mundo

mundo da vida

intersubjetividade

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Edmund Husserl (1859-1938)

1901 1913

1931

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1) dualidade da consciência: a) psicologia pura - mundo da consciência b) mundo dos modos de conhecer 2) estudo das variantes fenomênicas da consciência) (HUSSERL, 1996, p. 87)

Fatos naturais – substituídos por intuição dos fatos Suspensão da tese da existência do mundo (HUSSERL, 1996, p. 122-123)

sempre há a intencionalidade no ato de conhecimento intencionalidade da consciência (HUSSERL, 1996, p. 95-99)

Edmund Husserl - Fenomenologia

redução eidetica epoché fenomenológica

Fenomenologia

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mundo da vida

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Mundo da vida

mundo da vida (HUSSERL) Alfred Schutz = mundo social (lebenswelt) = mundo intersubjetivo, das rotinas.

Realidade da vida cotidiana “O mundo intersubjetivo que comparto com os outros"

(BERGER E LUCKMANN, 1983, p. 40)

Realidade social = “soma total dos objetos e dos acontecimentos do mundo cultural e social, vivido pelo pensamento de senso comum de homens que vivem juntos numerosas relações de interação" (Schutz)

Mundo da vida = “mundo da vida diária”, “mundo do trabalho cotidiano”, “realidade mundana”, “mundo do sentido comum”, “realidade eminente da vida do sentido comum”

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George Mead Psicologia social

Interacionismo simbólico

1863-1931

1932

1934

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George Mead

Prioridade ao Social

psicologia social

do indivíduo ao social

do social ao indivíduo

Sociedade – espírito – mente - personalidade

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Page 16: Engajado liberdade X

George Mead

O ato

símbolos significantes

comunicação / linguagem

processos mentais

inteligencia

razão

impulsão percepção manipulação consumação

inteligencia = adaptação mútua dentre seres da mesma espécie

razão = capacidade mental de eleger e selecionar estímulos

base de toda emergência

Uma ocasião ou oportunidade. Não uma compulsão ou mandato.

O estímulo

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espírito, indivíduo, sociedade

significado não é um fenômeno psíquico ou uma ideia

relação entre gestos, condutas

capacidade de prever um ato social

a consciência (a mente) não é algo interno (cerebral) é um fenômeno social

conjunto de respostas dos indivíduos (self) aos estímulos sociedade

Instituição = resposta comum de uma sociedade = hábitos comuns internalizados no self

o processo social não é anterior nem produto da consciência É orientado à solução de problema (pragmática)

é a sociedade mesma

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interacionismo simbólico

1955 1956

1908

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Page 19: Engajado liberdade X

capacidade de pensar - modelada pela interação social

interacionismo simbólico

na interação social se aprende significados e símbolos

significados e símbolos permitem atuarmos

somos capazes de mudar significados e símbolos ao interpretar situações

somos capazes de examinar cursos de ação e valorar vantagens e desvantagens para eleger como atuar

as pautas entrelaçadas de ação e interação constituem a sociedade

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Cotidiano produção de significados das situações

Vida cotidiana Atividades mundanas e comuns que realizamos em sociedade

Significado

Produção da situação social

Vida cotidiana

Bases da investigação fenomenológica do social

SOCIOLOGIA FENOMENOLÓGICA

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negociação contínua entre os esquemas tipificadores das partes em interação, meu esquema com o do outro (BERGER E LUCKMANN, 1983, p. 49)

Construção social da realidade

A linguagem (corporal/aspecto facial; de

objetos/proclamam intenções subjetivas do meu semelhante; dos signos/produção de informações de uma intenção “SOS”; fala/expressão oral) é forma de coerção da

vida cotidiana Estamos limitados a seus efeitos, pois a linguagem nos obriga a adaptarmos às suas pautas (BERGER E LUCKMANN, 1983, p, 57)

Hábitos = “todos os atos que se repetem com frequência,

criam uma pauta que logo pode se reproduzir com economia de esforços e que ipso facto é apreendida como pauta por quem a executa" (BERGER E LUCKMANN, 1983, p. 57).

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Page 22: Engajado liberdade X

Alfred Schütz 1899-1959

Harold Garfinkel 1917-2011

1967

1962 1964 1966

1967

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Alfred Schütz – 1899-1959

1967

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Alfred Schütz – 1899-1959

intersubjetividade Como conhecemos outras mentes? Como se dá a reciprocidade de perspectivas? Como se produz compreensão e a comunicação recíproca?

o presente vivido

convivemos cotidianamente

compartimos tempo e espaço

influências recíprocas

compreendemos e somos compreendidos

somos reciprocamente vinculados uns aos outros

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Alfred Schütz – 1899-1959

tipificações

rotineiramente tipificamos os outros e a nós mesmos

atitudes, situações, coisas

tipificar caracterizar genericamente e homogêneas

linguagem

meio tipificador por excelência

uso da linguagem

sociedade

adquirimos e armazenamos tipificações por socialização

. Estoques de conhecimento

. Frames = quadros de interpretação

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Alfred Schütz – 1899-1959

frames técnicas para compreender ou

controlar aspectos da experiência (receitas intersubjetivas)

atividades diárias receituárias problemáticas

sistemas de relevâncias

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situações problemáicas

põem em questão a confiabilidade das receitas e das tipificações

Adaptamo-nos às circunstâncias imprevistas

inteligência prática

. capacidade para manejar situações imprevistas:

. linhas alternativas de ação

. novas fórmulas para manejar a situação

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mundo da vida lebenswelt

lugar da intersubjetividade da utilização das tipificações e receitas

características 1ª tensão entre consciências = estado de alerta 2ª não duvidamos da existência desse mundo 3ª é espaço do mundo do trabalho 4ª experimentar o próprio self através do seft trabalhador 5ª comunicação e ação social 6ª perspectiva temporal própria

construído por nossos predecessores

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Alfred Schütz – 1899-1959

Atores e estruturas se influem reciprocamente

Ex. o mundo cultural

é construído historicamente (passado e presente) ao mesmo tempo em que

é externo e coercitivo a nós

O mundo da vida contém um acervo de conhecimentos comuns (úteis, técnicos, habituais) que são adaptáveis em situações problemáticas

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REALIDADE SOCIAL

Fogelwelt

Vorwelt

dos sucessores

dos predecessores

futuro

passado

REINO RELAÇÃO

Umwelt

Mitwelt

diretamente experimentada

indiretamente experimentada

nós (eu+tu)

eles (eu+ele

Face-a-face/ conhecimento sobre o outro/ pomos à prova esse conhecimento/ comprovado ou engano

distanciamento tempo-espaço / anonimato / conhecemos posições e papéis do outro, das coletividades, das instituições, de mitos

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Alfred Schütz – 1899-1959

consciência não como processo mental, mas como construção social da realidade

significados

motivos

modo como determinamos que aspectos do mundo social são relevantes

razões que explicam as atitudes

1º objetivo 2º subjetivo

1º para 2º porque

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Alfred Schütz – 1899-1959

Estoques de conhecimento Sistemas de relevância

No plano dos motores subjetivos há as dimensões:

motivacional recursiva ou procedimental

Desejos, intenções e finalidades habilidades cognitivas, práticas e expressivas Intervenção no social Imprimir sua marca

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Harold Garfinkel – 1917-2011

ethno = os integrantes de uma sociedade têm disponíveis para seu uso certos conhecimentos que são do senso comum dessa sociedade (1996, p. IX)

ethnomethodology = investigação das propriedades racionais de expressões de indexação e outras ações de práticas contínuas e contingentes organizadas na vida cotidiana (GARFINKEL, 1968, p. 10-11)

Estudos etnometodológicos analisam atividades cotidianas como métodos que os integrantes de uma sociedade usam para fazer com que suas atividades sejam explicáveis (racionalmente-vissíveis-e-reportáveis-para-todos-os-efeitos-práticos)

(GARFINKEL, 1968, p. 1)

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Page 34: Engajado liberdade X

Etnometodologia

Fato sociais – não externos e coercitivos = realização prática

cotidiana constante = procedimentos, métodos e práticas durante o esforço constante de explicar algo.

Explicações – processos pelos quais buscamos dar sentido ao

mundo

Reflexividade – processos que realizamos ao criar a realidade

social mediante pensamentos e ações = processos aos que recorremos ao explicar nossas ações e opiniões.

ordem social – resulta da capacidade de reflexividade do ser

humano = é a consciência das opiniões e ações, é a capacidade de antecipar como os outros vão reagir ao que os outros dizem e fazem cotidianamente

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Page 35: Engajado liberdade X

etnometodologias aplicadas

pesquisa de ambientes institucionais

análise conversacional

dados = áudios e vídeos - falas, silêncios, risos, feição, olhar

recursos etnometodológicos utilizados na conversa

propriedades do contexto

organização sequencial da conversa

turnos e tomadas de turno

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