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na Bahia A ação decisiva dos principais líderes da cidade, em meados de 1850, A ação decisiva dos principais líderes da cidade, em meados de 1850, A ação decisiva dos principais líderes da cidade, em meados de 1850, A ação decisiva dos principais líderes da cidade, em meados de 1850, A ação decisiva dos principais líderes da cidade, em meados de 1850, fez com que a Vila Formosa do Senhor dos Passos fosse elevada a cidade. fez com que a Vila Formosa do Senhor dos Passos fosse elevada a cidade. fez com que a Vila Formosa do Senhor dos Passos fosse elevada a cidade. fez com que a Vila Formosa do Senhor dos Passos fosse elevada a cidade. fez com que a Vila Formosa do Senhor dos Passos fosse elevada a cidade. 48 48 48 48 48 48 48 48 48 48 Especial editado pelo Jornal Folha da Manhã e Fundação de Ensino Superior de Passos - FESP JORNAL FOLHA DA MANHÃ Carlos Antônio Alonso Parreira - Diretor Jornalístico Maria das Graças Lemos - Diretora Comercial FESP/UEMG Prof. Fábio Pimenta Esper Kallas - Presidente do Conselho Curador EDIÇÃO EDIÇÃO EDIÇÃO EDIÇÃO EDIÇÃO : : : : : Carlos Antônio Alonso Parreira/ Profª. Selma Tomé PESQUISA E REDAÇÃO: PESQUISA E REDAÇÃO: PESQUISA E REDAÇÃO: PESQUISA E REDAÇÃO: PESQUISA E REDAÇÃO: Profª. Leila Maria Suhadolnik Oli- veira Pádua Andrade REVISÃO: REVISÃO: REVISÃO: REVISÃO: REVISÃO: Prof. José dos Reis Santos IMA IMA IMA IMA IMA GENS E FO GENS E FO GENS E FO GENS E FO GENS E FO T T T OGRAFIA OGRAFIA OGRAFIA OGRAFIA OGRAFIA : : : Prof. Diego Vasconcelos PROJET PROJET PROJET PROJET PROJET O GRÁFICO/MONT O GRÁFICO/MONT O GRÁFICO/MONT O GRÁFICO/MONT O GRÁFICO/MONT A A A GEM: GEM: GEM: GEM: GEM: Profª. Heliza Faria Fascículo 04/10 - Junho de 2008 EXPEDIENTE EXPEDIENTE EXPEDIENTE EXPEDIENTE EXPEDIENTE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORGES, Sebastião Wenceslau. Memoriando. 3ed, Edito- ra São Paulo, 2003. DIAS, Adriana Oliveira. O terno de congo da Coroa de São Benedito em Passos (MG): imaginários e representações dos Congadeiros sob a perspectiva do pensamento com- plexo. Tese de mestrado, UNESP, 2008. FAUSTO, Boris. História do Brasil. EDUSP, 2ed, 1995. GRILO, Antonio Theodoro. Sindicato Rural de Passos. Edi- tora São Paulo, 2002. GRILO, Antonio Theodoro. Câmara Municipal 150 anos. Editora São Paulo, 1998. MACHADO, José Victor. Passos do Machado. Editora São Paulo, 2005. NORONHA, Washington. História da cidade de Passos, do Senhor Bom Jesus dos Passos, vol. 1 e 2. VASCONCELLOS, Elpídio Lemos de. Álbum de Passos 1920. UEMG. Construção de identidade e inclusão social do afro- brasileiro. III UEMG/ PROPEX, BH, Santa Clara Editora, 2007. Acervo Eurípedes Gaspar de Almeida. Fotos e documentos. Acervo Darci Morais. Fotos e documentos. Moeda com brasão do Segundo Império e efígie de D. Pedro II, no valor de 2 mil réis, do ano de 1888 Até final do século XIX e início do século XX, a Europa dominou o mundo. Lá, localizavam- se as universidades mais famosas e os técnicos europeus bem prepara- dos eram reconhecidos mundialmente. Vivia-se um clima de prosperidade e desen- volvimento técnico: uso do gás, eletricidade, te- lefone, difusão do automóvel e do cinema. É a chamada “belle époque”. As pessoas, particularmente as da burguesia, iam ao cinema, ópera, te- atro, cafés-concerto. A crise do Império - A crise do Império - A crise do Império - A crise do Império - A crise do Império - Desde a dé- cada de 1870 que a economia brasileira passava por rápidas transformações. O Enquanto isso, no Brasil e no Mundo... café era expor- tado a preços altos, e o Bra- sil era um dos maiores expor- tadores mundi- ais. Expandi- ram-se as fer- rovias, o co- mércio, a urba- nidade, a rede bancária. As indústrias co- meçaram a aparecer. O Brasil O Brasil O Brasil O Brasil O Brasil estava se mo- dernizando e, com isso, houve um alargamento do trabalho livre e um cresci- mento do mercado interno. Essas modificações eram mais acentuadas na região Sudeste, mas evidenciaram o descom- passo do sistema monárquico que não favorecia nem tinha mecanismos para atender as necessidades dos novos gru- pos sociais. Quando surgiram questões, como a abolicionista, a militar e a religiosa – que podiam ser facil- mente resolvidas –, cau- saram grandes proble- mas que levaram à pro- clamação inesperada da República, em 1889. A A A questão abolici- questão abolici- questão abolici- questão abolici- questão abolici- onista onista onista onista onista envolveu os inte- resses da Inglaterra, que pressionava o Império pela libertação dos escra- vos. As pressões internas também eram grandes. De um lado, os fazendei- ros tradicionais não acei- tavam perder o investi- mento feito em mão-de- obra; de outro lado, os fa- zendeiros do Oeste Pau- lista, que estavam se be- neficiando com a vinda de imigrantes, queriam a abolição. Nesse fogo cru- zado, a saída de D. Pedro II foi criar as “leis conta- gotas” – a abolição lenta com leis paliativas como a Lei Eusébio de Queiroz, a Lei do Ventre Livre, Lei dos Sexagenários e, finalmente, a Lei Áurea. Desgastada, a elite agrária engrossou a fileira do Partido Republicano. Na Na Na Na Na questão religiosa questão religiosa questão religiosa questão religiosa questão religiosa, a Igreja no Brasil confirmou a Bula Sylabus de 1864: estava proibida, pelo Papa, a maçonaria. Ora, até D. Pedro II era maçom e abriu-se uma contenda. O imperador não oficializou a bula papal, o que era inusi- tado, pois aqui existia o re- gime do Padroado. A Igre- ja, então, acabou apoiando a causa republicana e o Im- pério perdeu um ponto de apoio importante. A questão militar A questão militar A questão militar A questão militar A questão militar envolveu a filosofia positi- vista, que deu suporte aos militares. Estes, após a Guerra do Paraguai, queri- am poder, mas para isso o regime devia ser republi- cano. Os militares envol- veram-se em pequenos in- cidentes que D. Pedro II, doente, não teve a perspi- cácia de resolver a contento. Deodoro da Fonseca Deodoro da Fonseca Deodoro da Fonseca Deodoro da Fonseca Deodoro da Fonseca não perdeu tempo: procla- mou a República sem ne- nhuma reação dos poderes monárquicos. Como na In- dependência, o povo “as- sistiu bestializado”. A cultura dos escravos influenciou a sociedade de Passos e deu origem às festas A cultura dos escravos influenciou a sociedade de Passos e deu origem às festas A cultura dos escravos influenciou a sociedade de Passos e deu origem às festas A cultura dos escravos influenciou a sociedade de Passos e deu origem às festas A cultura dos escravos influenciou a sociedade de Passos e deu origem às festas populares. Na política, começava a disputa entre fazendeir populares. Na política, começava a disputa entre fazendeir populares. Na política, começava a disputa entre fazendeir populares. Na política, começava a disputa entre fazendeir populares. Na política, começava a disputa entre fazendeir os e comer os e comer os e comer os e comer os e comer ciantes. ciantes. ciantes. ciantes. ciantes.

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na Bahia

A ação decisiva dos principais líderes da cidade, em meados de 1850,A ação decisiva dos principais líderes da cidade, em meados de 1850,A ação decisiva dos principais líderes da cidade, em meados de 1850,A ação decisiva dos principais líderes da cidade, em meados de 1850,A ação decisiva dos principais líderes da cidade, em meados de 1850,fez com que a Vila Formosa do Senhor dos Passos fosse elevada a cidade.fez com que a Vila Formosa do Senhor dos Passos fosse elevada a cidade.fez com que a Vila Formosa do Senhor dos Passos fosse elevada a cidade.fez com que a Vila Formosa do Senhor dos Passos fosse elevada a cidade.fez com que a Vila Formosa do Senhor dos Passos fosse elevada a cidade.

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Especial editado pelo Jornal Folha da Manhã e Fundação deEnsino Superior de Passos - FESP

JORNAL FOLHA DA MANHÃCarlos Antônio Alonso Parreira - Diretor JornalísticoMaria das Graças Lemos - Diretora Comercial

FESP/UEMGProf. Fábio Pimenta Esper Kallas - Presidente do ConselhoCurador

EDIÇÃOEDIÇÃOEDIÇÃOEDIÇÃOEDIÇÃO: : : : : Carlos Antônio Alonso Parreira/ Profª. Selma ToméPESQUISA E REDAÇÃO:PESQUISA E REDAÇÃO:PESQUISA E REDAÇÃO:PESQUISA E REDAÇÃO:PESQUISA E REDAÇÃO: Profª. Leila Maria Suhadolnik Oli-veira Pádua AndradeREVISÃO:REVISÃO:REVISÃO:REVISÃO:REVISÃO: Prof. José dos Reis SantosIMAIMAIMAIMAIMAGENS E FOGENS E FOGENS E FOGENS E FOGENS E FOTTTTTOGRAFIAOGRAFIAOGRAFIAOGRAFIAOGRAFIA::::: Prof. Diego VasconcelosPROJETPROJETPROJETPROJETPROJETO GRÁFICO/MONTO GRÁFICO/MONTO GRÁFICO/MONTO GRÁFICO/MONTO GRÁFICO/MONTAAAAAGEM:GEM:GEM:GEM:GEM: Profª. Heliza Faria

Fascículo 04/10 - Junho de 2008

E X P E D I E N T EE X P E D I E N T EE X P E D I E N T EE X P E D I E N T EE X P E D I E N T E

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORGES, Sebastião Wenceslau. Memoriando. 3ed, Edito-ra São Paulo, 2003.DIAS, Adriana Oliveira. O terno de congo da Coroa de SãoBenedito em Passos (MG): imaginários e representaçõesdos Congadeiros sob a perspectiva do pensamento com-plexo. Tese de mestrado, UNESP, 2008.FAUSTO, Boris. História do Brasil. EDUSP, 2ed, 1995.GRILO, Antonio Theodoro. Sindicato Rural de Passos. Edi-tora São Paulo, 2002.GRILO, Antonio Theodoro. Câmara Municipal 150 anos.Editora São Paulo, 1998.MACHADO, José Victor. Passos do Machado. Editora SãoPaulo, 2005.NORONHA, Washington. História da cidade de Passos, doSenhor Bom Jesus dos Passos, vol. 1 e 2.VASCONCELLOS, Elpídio Lemos de. Álbum de Passos 1920.UEMG. Construção de identidade e inclusão social do afro-brasileiro. III UEMG/ PROPEX, BH, Santa Clara Editora, 2007.Acervo Eurípedes Gaspar de Almeida. Fotos e documentos.Acervo Darci Morais. Fotos e documentos.

Moeda combrasão do

Segundo Impérioe efígie de D.

Pedro II, no valorde 2 mil réis,

do ano de 1888

Até final do séculoXIX e início do séculoXX, a Europa dominou omundo. Lá, localizavam-se as universidades maisfamosas e os técnicoseuropeus bem prepara-dos eram reconhecidosmundialmente.

Vivia-se um clima deprosperidade e desen-volvimento técnico: usodo gás, eletricidade, te-lefone, difusão do automóvel e docinema. É a chamada “belle époque”.As pessoas, particularmente as daburguesia, iam ao cinema, ópera, te-atro, cafés-concerto.

A crise do Império - A crise do Império - A crise do Império - A crise do Império - A crise do Império - Desde a dé-cada de 1870 que a economia brasileirapassava por rápidas transformações. O

Enquanto isso, no Brasil e no Mundo...café era expor-tado a preçosaltos, e o Bra-sil era um dosmaiores expor-tadores mundi-ais. Expandi-ram-se as fer-rovias, o co-mércio, a urba-nidade, a redebancária. Asindústrias co-

meçaram a aparecer.O BrasilO BrasilO BrasilO BrasilO Brasil estava se mo-

dernizando e, com isso,houve um alargamento dotrabalho livre e um cresci-mento do mercado interno.Essas modificações erammais acentuadas na regiãoSudeste, mas evidenciaram o descom-passo do sistema monárquico que nãofavorecia nem tinha mecanismos paraatender as necessidades dos novos gru-pos sociais. Quando surgiram questões,como a abolicionista, amilitar e a religiosa –que podiam ser facil-mente resolvidas –, cau-saram grandes proble-mas que levaram à pro-clamação inesperada daRepública, em 1889.

AAAAA questão abolici-questão abolici-questão abolici-questão abolici-questão abolici-onistaonistaonistaonistaonista envolveu os inte-resses da Inglaterra, quepressionava o Impériopela libertação dos escra-vos. As pressões internastambém eram grandes.De um lado, os fazendei-ros tradicionais não acei-tavam perder o investi-mento feito em mão-de-obra; de outro lado, os fa-zendeiros do Oeste Pau-lista, que estavam se be-neficiando com a vinda deimigrantes, queriam aabolição. Nesse fogo cru-zado, a saída de D. PedroII foi criar as “leis conta-gotas” – a abolição lentacom leis paliativas como aLei Eusébio de Queiroz, aLei do Ventre Livre, Lei dos

Sexagenários e, finalmente, a Lei Áurea.Desgastada, a elite agrária engrossou afileira do Partido Republicano.

NaNaNaNaNa questão religiosaquestão religiosaquestão religiosaquestão religiosaquestão religiosa, a Igreja noBrasil confirmou a Bula Sylabus de

1864: estava proibida, peloPapa, a maçonaria. Ora, atéD. Pedro II era maçom eabriu-se uma contenda. Oimperador não oficializou abula papal, o que era inusi-tado, pois aqui existia o re-gime do Padroado. A Igre-ja, então, acabou apoiandoa causa republicana e o Im-pério perdeu um ponto deapoio importante.

A questão mi l i tarA questão mi l i tarA questão mi l i tarA questão mi l i tarA questão mi l i tarenvolveu a filosofia positi-vista, que deu suporte aosmilitares. Estes, após aGuerra do Paraguai, queri-am poder, mas para isso oregime devia ser republi-cano. Os militares envol-veram-se em pequenos in-cidentes que D. Pedro II,doente, não teve a perspi-cácia de resolver a contento.

Deodoro da FonsecaDeodoro da FonsecaDeodoro da FonsecaDeodoro da FonsecaDeodoro da Fonsecanão perdeu tempo: procla-mou a República sem ne-nhuma reação dos poderesmonárquicos. Como na In-dependência, o povo “as-sistiu bestializado”.

A cultura dos escravos influenciou a sociedade de Passos e deu origem às festasA cultura dos escravos influenciou a sociedade de Passos e deu origem às festasA cultura dos escravos influenciou a sociedade de Passos e deu origem às festasA cultura dos escravos influenciou a sociedade de Passos e deu origem às festasA cultura dos escravos influenciou a sociedade de Passos e deu origem às festaspopulares. Na política, começava a disputa entre fazendeirpopulares. Na política, começava a disputa entre fazendeirpopulares. Na política, começava a disputa entre fazendeirpopulares. Na política, começava a disputa entre fazendeirpopulares. Na política, começava a disputa entre fazendeiros e comeros e comeros e comeros e comeros e comerciantes.ciantes.ciantes.ciantes.ciantes.

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Em 1882, pormeio da CâmaraMunicipal de Passos,importaram-se mu-das de cana. Desdeo início da formaçãodas fazendas, há re-ferências aos enge-nhos domésticospara a fabricaçãoda rapadura, doaçúcar mascavo e dagarapa.

A partir da impor-tação das mudas, aprodução passou aser mais efetiva e vaise desenvolver cadavez mais, chegando àformação das UsinasAçucareiras.

Os coronéis abolicionistaslguns coronéis denossa cidade nãoaceitavam a escravi-dão e, antes mesmode a Lei Áurea sereditada, abraçaram a

luta abolicionista.O Coronel Joaquim Júlio Lemos, o

Quinca Lemos, é relembrado pelos seusdescendentes por ter alforriado seus es-cravos muito antes da Lei Áurea. O co-ronel e sua família acolheram os negrosfugitivos e os que foram alforriados pelaLei e abandonados por seus donos, semcondições de sobrevivência. Eram cha-

mados para recolher os negrosaté na região de São Sebasti-ão do Paraíso.

Outros abolicionistas foram oCoronel Joaquim Gomes de Sou-za Lemos, Dr. Cristiano Maurí-cio Stockler de Lima e GilAlves de Araújo. Continua-mente acolhiam os escravosfugidos e os encaminhavampara outros lugares longedos senhores.

Na década de 1870, algunsvereadores e os comerciantesda cidade aderiram à causaabolicionista denunciando osmaus tratos e sevícias pratica-dos contra os afrodescenden-tes e até cotizando-se para li-bertar alguns escravos.

Em 1888, quando a Lei Áurea foi de-cretada, a notícia chegou a Passos emmenos de dez dias. Muitas manifesta-ções aconteceram, os escravos vieram dazona rural, mais ou menos uns seis mil,para certificar-se do ocorrido, houve vi-vas e discursos.

O sino da Matriz rachou de tantoreceber badaladas, pois o padre Cincina-to do Carmo Chaves sempre lutou pelalibertação dos negros.

Após a abolição, assim como aconte-ceu em todo o Brasil, o afrodescenden-te passense liberto não teve alternativasenão aumentar a população dos bair-ros periféricos.

Sem experiência e especialização pro-fissional, passou a fazer bicos e engrossaras fileiras do jaguncismo.

A abolição

Esses fazendeiros eram também opoder público e legislavam em seu fa-vor. Passaram a ser conhecidos comoLavouristas por defenderem os interes-ses do campo emdesenvolvimento.

Gente vinda deoutras regiões mi-grou para a cidade,gerando assimuma diversidadesocial e um aumen-to da bandidagem.No período em queos trabalhadoresdo gado ficavamociosos, esperan-do o gado engordarpara levá-lo a TrêsCorações e Rio deJaneiro, cresciam aviolência, a jogati-na e as casas deprostituição nazona boêmia, espe-cialmente na “Ter-ceira Chapada”.Assim, nasceu o jaguncismo passense.Em 1875, a Câmara Municipal, por vári-as vezes, mostrou-se preocupada com o

Os partidos da Lavoura e do Comércioproblema da violência urbana, que cres-cia e assustava a população.

Na medida em que crescia a pecuária,desenvolvia-se o comércio urbano. As ca-

sas de comércio fo-ram invadindo a RuaDireita e ao redorda Praça do Rosá-rio. Várias casas de“secos e molha-dos”, de tecidos,padarias, serrarias,carpintarias, selari-as, casas de arti-gos de luxo prove-nientes da “Corte”vão se edificando eenriquecendo oscomerciantes, quecriaram um canalde reivindicação po-lítica: o Partido doComércio.

O crescimentoeconômico levou adivergências en-tre a elite e os

dois partidos – o Lavourista e o Moder-nista (ou Comercial), dando início a fer-renhas disputas por prestígio e poder.

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A influência negra nos costumesImpério Brasileiroiniciou-se com a In-dependência. OBrasil foi o únicopaís da América aadotar a Monarquia,

que durou 47 anos. Os outros paísestransformaram-se em Repúblicas oubreves monarquias. O Império nasceuelitista, pois conservou os grandes la-tifúndios, a dependência industrial ex-terna e o escravismo.

As primeiras fazendas dos Sertões doJacuhy e da Vila Formosa do Senhor dosPassos foram formadas com o trabalho es-cravo, usado na derrubada do mato, na ara-ção da terra, na construção das casas dafazenda e dos muros de demarcação daspropriedades. Em alguns lugares, aindapodemos perceber vestígios desses mu-ros e de ruas feitos com pedras sobre-postas umas às outras, sem argamassa.

Os afrodescendentes plantavam ar-roz, milho, feijão e cana. Faziam funci-onar o engenho, onde eram fabricadoso melado, a rapadura e a cachaça. Fabri-cavam farinha e sabão caseiros. As mu-lheres ajudavam na lida da casa lavando,passando roupa, limpando e cozinhan-

do. A “ama-de-leite” era freqüente: umamãe negra que amamentava os filhos docoronel. Na cozinha das fazendas, o cos-tume africano foi dando o tempero nacomida dos coronéis.

O negro introduziu na cozinha o leitede coco-da-baía e o azeite-de-dendê;confirmou a excelência da pimenta mala-gueta sobre a do reino; deu ao Brasil o

feijão preto e o quiabo; ensinou a fazervatapá, caruru, mungunzá, acarajé, angue pamonha. A palavra quitanda, por exem-plo, é de origem africana (quimbundo) esignificava, por lá, o tabuleiro de expormercadoria à venda, nas feiras. Em Mi-nas, a palavra é usada para toda varieda-de servida no lanche: bolos, biscoitos,pamonhas, pau-a-pique, etc.

A proximidade do afro-descendente com a eliteagrária e/ou mineradorafoi constante em MinasGerais. Durante os sécu-los XVII e XVIII, cerca dedois terços da populaçãomineira eram compostospor escravos, o que au-mentou a importância donegro na formação do povomineiro, da sua cultura eidentidade.

A população de Minase, se observarmos bem, asociedade passense, temna cor da sua pele o retratoda sua história – uma his-tória escrita pelo negro es-cravo que teve uma parti-cipação muito importante

O escravo fez a riqueza dos senhorescalidades, trouxe sua cultura e devoçõesque o negro foi incorporando. Os afrodes-cendentes que vieram das regiões mine-radoras já trouxeram estas influências.Podemos percebê-las em vários fatos navida da vila e da cidade como, por exem-plo, na devoção a Nossa Senhora do Rosá-rio e na formação das Irmandades.

A construção da Igreja Nossa Senhorado Rosário, em 1852, e a formação da Ir-mandade do Rosário foram as primeirasmanifestações organizadas dos afrodescen-dentes, com influência da fé na Virgem.Essa era uma devoção difundida em todo oBrasil e em alguns lugares, como na Bahia,acrescida da expressão dos Pretos: NossaSenhora do Rosário dos Pretos.

A capela – e depois a Igreja do Rosá-rio e o seu largo – era o local onde ocor-riam, desde o Império, os Reisados e oencontro dos congadeiros.

na construção da riqueza dos senhorescoronéis brancos.

Ao espalhar-se pelo Brasil, a culturados grupos de negros foi ganhando es-pecificidades e regionalidades, como asque encontramos em Passos. O sincre-tismo religioso encontrado em Minas nãoficou restrito a alguns grupos, como emoutras regiões brasileiras, mas dissemi-nou-se nas vilas e no gosto popular debrancos e negros. Nessa aculturação estáa especificidade da cultura brasileira.Assim, na representação do Congado,podemos encontrar características cultu-rais da tradição africana, européia e indí-gena nos instrumentos, na indumentária,nos rituais e nas danças. Em Minas Ge-rais, a tradição da Congada encontra suamais nítida expressão de africanidade.

Em Passos, aconteceu da mesma for-ma. O branco católico, vindo de várias lo-

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Expressão da africanidade passenseIrmandade do Rosário foi

fundada em nove de dezem-bro de 1871.

No livro de atas, assinado peloPadre Vigário Francisco de PaulaTrindade, estão os seguintes dize-

res: “Este livro há de servir para o lançamento dos reis erainhas e mais irmãos que hão de servir a Nossa Senho-ra do Rosário, nesta freguesia de Passos, vai por mimnumerado e rubricado com a rubrica Trindade – de quefaço uso, e no fim leva o termo de encerramento, o quepara constar faço este de abertura por mim assinado.”

Nessas atas, constatamos que a Igreja, seuspadres e vigários participavam das Irmanda-des e das escolhas de pessoas para repre-sentação e preparação para as festas de Rei-nado e Congadas. Os latifundiários, detentoresdo poder político – como João Pimenta de Abreu, osirmãos Antônio e José Caetano Machado e Tenente

Vasconcelos –, fizeram parte da Primeira Mesa da Irmandade.São Benedito contava com muitos devotos. Por isso, providen-

ciou-se a fundação de uma Irmandade em 25 de junho de 1889,quando foi eleita a primeira mesa administrativa com o objetivo deconstruir uma igreja. Durante os anos de 1890 a 1898, a Irmandaderecebeu contribuições para a construção da Igreja. No dia 7 denovembro de 1898 foi lançada a pedra fundamental.

A imagem de São Benedito foi transladada em 1901, commissa celebrada pelo Cônego João Pedro Ferreira Lopes. Entre osfundadores, vamos encontrar Joaquim Getúlio Monteiro de Men-donça, Joaquim Pedro de Alcântara, Manoel Lemos de Medeiros(Neca Medeiros), Vicente Rodrigues de Trindade, João Romeirode Souza Lima, Dimas Pires Batista de Moraes, José Elias RibeiroVianna, José Esteves Pereira de Mello, João Batista do Nascimen-to, Antonio Ferreira Bretas, Manoel Feliciano Pereira e ManoelBaptista da Silveira.

IRMANDADESIRMANDADESIRMANDADESIRMANDADESIRMANDADES E CONFRARIASE CONFRARIASE CONFRARIASE CONFRARIASE CONFRARIASEram instituições religiosas de cunho católico que se formaram no Brasilnos séculos XVIII e XIX; tinham regras rígidas, possuíam receita financeiraprópria que cobria as despesas com manutenção da capela, do capelão,

dos funerais dos membros e a organização de festas religiosas.Nos primeiros tempos do povoamento da vila, quando 33% da popula-

ção eram escravos e, principalmente, após a construção da igreja do Ro-sário e a fundação da Irmandade, os negros participavam ativamente dasfestas de Reinado e Congadas, que eram as mais expressivas da cidade.

O REINADOO REINADOO REINADOO REINADOO REINADOEm 1852, ano da construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o

pároco Francisco de Assis Cintra e alguns fazendeiros elegeram as pessoas queiriam participar do Reinado.

O rei, a rainha, o príncipe, a princesa e todos os outros integrantes do Reinadoeram escolhidos entre os escravos dos grandes fazendeiros da época.

Percebe-se que a elite religiosa e agrária apoiava e incentivava essas manifesta-ções populares, o que foi se perdendo com os anos.

Os negros eram trazidos daÁfrica e vendidos em merca-dos de escravos no Rio de Ja-neiro e Nordeste. Para MinasGerais, as principais etniasafricanas forçadas a vir foramos grupos de bantos e suda-neses.

Ao chegarem ao Brasil, de-pois de uma viagem carrega-da de desumanidade e maustratos, os negros eram presosem senzalas, recebiam inúme-ros castigos e não tinham li-berdade para exercer a suareligião.

Por isso, aproximaram-seda religião católica – que eraoficial – e assimilaram os cul-tos, sincretizando-os com an-tigos e tradicionais rituais afri-canos.

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A história da família Machado

talou um engenho, monjolos e tinha doiscarros de bois com os quais fazia carre-tos de Itaú a Passos, antes da chegada da

Mogiana. Fazia rapaduras, quei-jos, cachaça; plantava arroz, fei-jão e milho.

Quando começou a “febre”do zebu, Lucas Machado embar-cou na onda e conseguiu aumen-tar o patrimônio recebido. Alémdisso, sempre incentivou os fi-lhos a estudarem e conseguiremempregos públicos. Lucas Ma-chado recebeu o título de Te-nente em carta oficial do presi-dente Hermes da Fonseca.

Em 1943, quando morreu,deixou todos os 12 filhos comcasa própria, e José Vitor teveseus estudos pagos pelo pai. Es-tudou em bons colégios em Pas-sos e Guaxupé, acompanhandoa moda da elite passense queera mandar os filhos para estu-dar em internato.

Sr. Lucas e seu irmão Antô-nio faziam parte da Frente Ne-gra Brasileira (FNB). Em Pas-sos, além da FNB, também ha-via o Clube Recreativo 13 deMaio, que tinha os mesmosobjetivos de integrar o negrona sociedade e acabar com adiscriminação. Por intermédioda FNB de Guaxupé, o filhode seu Lucas, autor do livro,

pôde receber uma educação de quali-dade e realizar o sonho do pai – exceçãoentre os afrodescendentes.

O enriquecimento dos fazendeiroscom o gado de invernada trouxe muitasmodificações. Os fazendeiros deixaramuma agricultura e pecuária domésticase passaram a ser, ao mesmo tempo, ad-ministradores do negócio do campo. Issoexigia cada vez mais uma especializa-ção de tarefas a serem executadas nalida com o gado; tarefa para a qual onegro, que sempre viveu preso às sen-zalas, não estava preparado.

O fazendeiro não tinha segurança emmandar o negro para cuidar do gado, umaatividade com muita liberdade.

Os efeitos do avanço das invernadasPor isso, a passagem do

trabalho escravo para o livree a luta pelo abolicionismonão tiveram muito eco na nos-sa região. Compravam-secada vez menos negros. Osque estavam nas fazendasforam sendo alforriados e osfazendeiros precisavamcada vez mais da mão-de-obra dos vaqueiros, carrei-ros, capatazes, camaradas,tropeiros, que iam chegan-do de toda parte.

D. Geralda da Silva,moradora da Penha,esposa de um capitãode Moçambique, sou-be preservar a tradi-ção para as novasgerações. Ela relem-bra o canto que maisgostava:

“Preto velhovem de aruandaVem beirandobeira-marBota águanessas gungasDeixa as gungasserenarÔ serena,gungaserenaÔ serena,gungaserena!”

e s c r i t o rJosé Vitor Ma-chado resga-tou no seu li-vro “Passosdo Machado”

a trajetória de sua família afrodes-cendente, dizendo que fazia issopara: “lembrar a vida do meu sau-doso pai e para servir de estímuloa tantos jovens que, infelizmen-te, não têm até hoje um vulto his-tórico que lhes sirva de modelo.”.

É uma história diferente da his-tória dos afrodescendentes. Porisso, apesar do descompasso cro-nológico, será relatada integral-mente.

Tudo começou com MalaquiasCaetano Machado e Ignácia Mariade Jesus, escravos alforriados an-tes da Lei Áurea de 1888 peloCoronel Machado Curvelo (Nho-nhô Caetano) e sua esposa Leo-poldina Amélia de Oliveira Ma-chado. Além disso, por não teremfilhos, fizeram a adoção e deixa-ram todos os bens para os filhosadotivos, no caso todos os escra-vos da fazenda. Herdaram tambémo nome Machado.

Lucas Caetano Machado, paido escritor, foi criado “na cabeçado arreio” do coronel, isto é, comofilho e, no testamento, herdou a Fazen-da Paineiras. Nessa fazenda, Lucas ins-

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Moçambique tem fé e histórias ternos de Moçam-bique usam túnicasbrancas e faixasazuis na cintura ouno peito. Amarradasnos tornozelos usam

as gungas, latas com pedrinhas dentro,para fazer um batuque com os pés en-quanto andam. Comparados aos ter-nos de Congo, os de Moçambiquepassam uma imagem de simplicida-de. Os de Congo se enfeitam comcores radiantes como rosa, verde,azul ou vermelho, com muitas fitas eenfeites de cabeça.

De acordo com a tradição, observa-da com rigor, os ternos de Moçambiquesão os primeiros a entrar na igreja, ondeserá celebrado o Reinado, e podem le-var suas bandeiras. O Rei e a Rainha doCongo, o príncipe e a princesa do tronoentram com os moçambiqueiros, ficamno altar e os Congos dançam e cantamem sua homenagem.

Essa preferência nasceu de umalenda. Conta-se que no século XV, emArgel na África, uma imagem de Nos-sa Senhora do Rosário foi encontradana praia e levada para uma capela pe-los brancos colonizadores e caçado-res de escravos.

A santa sempre desaparecia da capela eera encontrada na praia. Os negros escra-vizados pediram para levá-la até a capela.

Nasceu uma igreja no alto da Penha

Vários grupostentaram comdanças, tambo-res e cantos (osCongos), po-rém a santacontinuou de-saparecendo dacapela e apare-cendo na praia.

Os negrospobres, vestin-do roupas sim-ples, chamadosmoçambiquei-ros, levaram asanta para a ca-pela e ela nãosumiu mais.

Por isso, osternos de Mo-çambique têmo privilégio deentrar na igre-ja, em primei-ro lugar e, por-tando bandei-ras, o que é proibido para os outros.

Outras festas populares ainda pre-servadas em Passos – como a Cava-lhada, Pastorinhas, Folia de Reis eFesta do Divino – são também muitoimportantes e representativas da in-fluência portuguesa e espanhola. To-

das elas têm uma grande participaçãode afrodescendentes.

Na simplicidade, ontem e hoje, os afro-descendentes lutam para preservar assuas e as nossas tradições, por meio dasfestas populares, dos usos e costumescomo benzeções, comidas, bebidas, etc.

e tem enquadramento em madeira. Afolha da porta tem estilo de almofadascom cravos de motivo floral. Acima daporta, evocando o estilo gótico, há umarosácea enquadrada em madeira e vi-dros coloridos.

Quando foi construída, a igreja tinhauma característica original marcante, queera o zimbório em vitral colorido. Delonge, podia ser avistado, pois refletiaas luzes do sol com muita beleza.

Por sua rara beleza, a igreja transfor-mou-se num dos símbolos mais queri-dos da cidade e, atualmente, passa poruma restauração.

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R e i n a d o ,Congada ou Congadoé a expressão usadapara as manifestaçõesdos congadeiros quedançam e cantam du-rante as festas natali-nas. Saem no mês dedezembro, do dia 25até dia 1º de janeiro.os congadeiros reú-nem-se e dançam ocongo, excepcional-mente em datas come-morativas como 13 demaio (Lei Áurea), 5 deoutubro (dia de São Be-nedito e Nossa Senho-ra do Rosário) e dia 20de novembro (Dia daConsciência Negra).

Congadas e congadeiros

As Congadas estão associadasà história de Chico Rei: rei africa-no do Reino de Congo dos Qui-cuios. O seu nome verdadeiro eraGanga Zumba Galanga. Ele foi es-cravizado e veio para Minas Ge-rais com o filho. Trabalhou duro.

Depois de muito tempo, conse-guiu a alforria da família, comprouuma mina de ouro e enriqueceu.Tentou reproduzir em Ouro Preto aestrutura hierárquica familiar trazi-da da África, daí o nome Irman-dade. Chico Rei liderou a prepara-ção de uma festa, no ano de 1747,apresentando-se com sua famíliacoroados e vestidos ricamente. Dan-çaram e cantaram. Na repetição

anual da festa, surgiu o Congadoou Reinado.

No Congado de Passos, apre-sentam-se sete Irmandades. Todairmandade deve ter terno de Mo-çambique e de Congo.

Cada Irmandade tem o seu rei,rainha, príncipe, princesa do ga-lho e comandante dos cavaleirosda guarda da Irmandade. É umaformação de modelo medieval queresguarda a hereditariedade.

Quando um capitão morre,faz-se um inventário de todos ospertences do terno (bastão, ban-deira, fardas, instrumentos) e pas-sa-se para o herdeiro, normal-mente seu filho.

Abeiud de Almeida era afro-descendente e veio para Passosem 1950 para trabalhar comoprofessor de música na Liga Ope-rária. Foi integrante da BandaSanta Cecília e ajudou a formara Escola de Samba Passense e aFanfarra do Colégio de Passos.Abeiud com suas habilidadescomeçou a ajudar na confecçãode chocalhos e tambores paraos congadeiros.

O professor Eurípedes Gas-par de Almeida herdou de seupai, Abeiud de Almeida, o títu-lo de Mordomo Geral das Ban-deiras do Congo e SegundoComandante das Cavalhadas.Por meio dessa hereditariedadee como inte-grante daAssociaçãoPassense deDefesa doF o l c l o r e(APDF), pro-cura manteras tradiçõesa f r i c a n a spassenses.Organizouum registroescrito dos integrantes dos ter-nos de Congo, no qual estãoos 11 ternos de Congo e setede Moçambique que existem emPassos, atualmente. Passos játeve 30 ternos de Congo.

Em 1885, o alemãoKarl Benz inventou o pri-meiro veículo autopro-pulsionado.

O modelo, tambémchamado de Patent, foia grande evolução deuma série de pesquisase experimentos que vi-nham sendo feitos naEuropa desde 1860.

É considerado o pri-meiro automóvel domundo.

Antonio de Faria Loulou e sua famíliaestavam em dificuldades e clamaram porNossa Senhora da Penha. Foram atendi-dos e prometeram construir uma igrejaem seu louvor.

A construção aconteceu entre osanos de 1863 e 1864, no alto da cida-de. É formada por nave, capela e sacris-tia transversal.

A nave é em estilo octogonal rarocom colunas, arco pleno e escadas quelevam ao mezanino superior: o coro.Os materiais que compõem o conjuntosão madeira e alvenaria. A porta prin-cipal volta-se para a Avenida da Penha