Ensaio Sobre Miscigenação

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  • 8/18/2019 Ensaio Sobre Miscigenação

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    Universidade Federal de Campina Grande

    Centro de Humanidades

    Unidade Acadêmica de História – UAHis

    Disciplina: Historiografia Brasileira

    Professor: os! "t#vio Aguiar 

     Aluno: $a%&ell Bar'osa $edeiros

    $atr(cula: ))**+,*--

    A Ótica de Aluísio de Azevedo sobre Miscigenação na obra “O Cortiço”

     A o'ra liter#ria ." Corti/o0 ! considerada um dos cl#ssicos de nossaliteratura1 2 de autoria de Alu(sio de A3evedo1 4ascido no $aran56o7 aos )-anos via8a para o 9io de aneiro7 para estudar na Academia mperial de Belas; Artes1 Al!m de escritor7 foi 8ornalista e tra'al5ou como diplomata1

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    le props;l5e morarem 8untos e ela concordou de 'ra/os a'ertos7feli3 em meter;se de novo com um português7 por?ue7 como toda acafu3a7Bertole3a n6o ?ueria su8eitar;se a negros e procurava instintivamenteo 5omem numa ra/a superior @ sua10

     

    Como vemos7 um mesti/o7 apesar de sua condi/6o de .ra/a0 diferenteda aceita na sociedade7 ainda assim se considerava superior a de um negropor conta de sua condi/6o distinta de nascimento1 " 5omem a ?ual Bertole3ase .amigara0 era o6o 9om6o7 português de nascimento7 e personagemprincipal do livro1 2 o primeiro caso de uni6o interracial mencionado no livro7mas n6o o nico1

    =111> a Augusta Carne;$ole7 'rasileira7 'ranca7 mul5er de Ale%andre7um mulato de ?uarenta anos7 soldado de policia7 pernóstico7 degrande 'igode preto7 ?uei%o sempre escan5oado e um lu%o de cal/as

    'rancas engomadas e 'otes limpos na farda7 ?uando estava deservi/o1 Eam'!m tin5am f il5os7 mas ainda pe?uenos7 um dos ?uais7 au8u7 vivia na cidade com a madrin5a ?ue se encarregava dela =111>1

    Como 8# antes mencionado7 o escritor por sua influência naturalista7 trata oam'iente da o'ra como um ecossistema7 onde a vida floresce e se desenvolve:

    na?uela terra enc5arcada e fumegante7 na?uela umidade ?uente e

    lodosa7 come/ou a min5ocar7 a esfervil5ar7 a crescer7 um mundo7 uma

    coisa viva7 uma gera/6o7 ?ue parecia 'rotar espontnea7 ali mesmo7

    da?uele lameiro7 e multiplicar;se como larvas no esterco1

     A id!ia de miscigena/6o ?ue se pode apreender do livro ! a?uela ?ue se

    'aseia na concep/6o naturalista de mundo1 "s seres estariam em um

    ecossistema em comum7 onde iriam conviver uns com os outros7 e sofreriam

    influência deste meio am'iente1 Um e%emplo ?ue podemos ver na o'ra est# na

    figura de ernimo7 tra'al5ador português7 esfor/ado7 ?ue passa a morar no

    corti/o após ser contratado por o6o 9om6o1

    =111> Uma transforma/6o7 lenta e profunda7 operava;se nele7 dia a dia7

    5ora a 5ora7 reviscerando;l5e o corpo e alando;l5e os sentidos7 num

    tra'al5o misterioso e surdo de cris#lida1 A sua energia afrou%ava

    lentamente: fa3ia;se contemplativo e amoroso1 A vida americana e a

    nature3a do Brasil patenteavam;l5e agora aspectos imprevistos e

    sedutores ?ue o comoviam es?uecia;se dos seus primitivos son5os

    de am'i/6o para ideali3ar felicidades novas7 picantes e violentas =111>1

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    sso difere um pouco da concep/6o de $iscigena/6o descrita por an

    $artius1