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ELABORADO POR GILBERTO OURIQUES 1
C E N T R O E S P Í R I T A A M O R E H U M I L D A D E D O A P Ó S T O L O
ENSAIO SOBRE
O PASSE E ÁGUA FLUIDIFICADA
DEPARTAMENTO DO PASSE
DIRIGENTE - GILBERTO ADJUNTO - ARLINDO
ELABORADO POR GILBERTO OURIQUES 2
A PRECE DE TODO MÉDIUM ESPÍRITA
ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão, Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé, Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança, Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado; compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se nasce para a vida eterna...
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CONCEITOS RELATIVOS AO PASSE
1.0 - O que é energia?
A energia de um corpo é a capacidade que este tem de gerar qualquer ação. Como há várias
formas de energia, pode haver várias formas de ação possíveis. À energia calorífica, uma ação
possível seria o aquecimento. À energia elétrica, uma ação possível seria a geração de corrente. À
energia magnética, uma ação possível seria a magnetização de outro corpo. Em geral os corpos têm
vários tipos de energia, e, por conseguinte, podem atuar no meio no qual estão inseridos de várias
formas. Por exemplo: o corpo humano é capaz de aquecer o ambiente – nesse caso é utilizada a
energia calorífica; é capaz de movimentar objetos – nesse caso é utilizada a energia mecânica; é
capaz realizar o processo da digestão – nesse caso, dentre outras, utiliza a energia química; e assim
por diante. No passe, os pensamentos do passista e da equipe de Espíritos, reunidos, formam a
energia espiritual que atua no paciente e diretamente nos fluidos, que são energia magnética,
dando-lhe características necessárias ao paciente. Assim, podemos dizer que a energia
relacionada ao passe é capaz de atuar diretamente no paciente.
1.1 - O que é fluido?
Fluido é substância sutil, maleável, imponderável, energética, que pode ser manipulada
pelo pensamento de Espíritos encarnados e desencarnados, que imprimem nele características
positivas ou negativas, conforme o teor do pensamento. No passe, utiliza-se o pensamento do
Espírito que coordena a tarefa, assim como do passista, de forma a impressionar
positivamente os fluidos que serão doados ao paciente. O fluido, em sua mais simples
expressão, é chamado de fluido cósmico universal, que representa a simplificação máxima da
matéria, que, manipulada pelo pensamento do Espírito, imprime-lhe variações de onde se originam os
diversos tipos de elementos hoje conhecidos.
1.2 O que é transubstanciação?
Transubstanciação é o efeito de se alterar uma ou mais qualidades que caracterizam
determinada substância. No passe, quando se altera diversas características dos fluidos, afim de doá-
los ao paciente, diz-se que os fluidos foram transubstanciados.
1.3 O que é fluido animal?
Fluido animal ou magnetismo animal é a parcela de energia vital doada pelo ser encarnado,
passista, no momento do passe. Tal fluido é inerente apenas a seres encarnados, sendo uma das
razões pelas quais que companheiros encarnados participam de tarefas aparentemente de cunho
apenas espiritual, tal como reuniões de “desobsessão”.
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1.4 O que é fluido vegetal?
Fluido energético exalado pelos seres vivos do reino vegetal.
1.5 O que é perispírito?
É o corpo intermediário entre o corpo físico e o Espírito, necessário à relação entre estes
dois últimos. É o laço que liga o corpo ao Espírito. Nos processos de reencarnação, é o molde
determinante das características do corpo físico do Espírito que renasce.
1.6 O que é duplo etérico?
O duplo etérico pode ser considerado um corpo físico menos denso, energético, de onde
dimanam as doações fluídicas animais (fluido animal) que o passista realiza durante a tarefa do
passe.
1.7 O que é centro vital?
Centro vital, ou centro de força é um ponto de convergência de energias captadas pelo
perispírito, posteriormente redistribuídas a todos os órgãos deste, assim como aos corpos “inferiores”
, tais como o físico e o duplo. Em geral estudam-se sete centros vitais, que se vinculam, no corpo
físico, a sete importantes centros do organismo humano: centro genésico ou básico, situado próximo
à região genésica; centro gástrico, situado próximo ao estômago; centro esplênico, situado próximo
ao baço; centro cardíaco, situado próximo ao coração; centro laríngeo, situado próximo à laringe;
centro frontal, situado entre os dois olhos e centro coronário, situado próximo à glândula pineal (ou
epífise), no cérebro.
1.8 O que é aura?
De forma geral, todo corpo emite energias. A emissão de tais energias se chama radiação.
Aura é o conjunto das radiações emitidas por determinado corpo, que o envolvem. A grosso modo,
podemos dizer que há duas auras bem características em cada indivíduo: a aura do perispírito, cuja
composição varia em função das aquisições milenárias do Espírito, e a aura do duplo etérico,
também conhecida como aura da saúde, cuja composição, forma e coloração apresentam
considerável variação mesmo ao longo dos minutos, pois reflete, quase que imediatamente, as
alterações psíquicas e orgânicas ocorridas no ser.
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CENTROS VITAIS, AURAS E CORPOS
2.0 O que é centro coronário?
Representado no corpo pela epífise. Supervisiona todos os demais centros de força,
pois é ela que recebe, em primeiro lugar, os estímulos do Espírito encarnado.
2.1 O que é centro frontal?
Relacionado com os lobos frontais do cérebro e a hipófise. Exerce influência decisiva
sobre os demais centros de força, sendo responsável pelo funcionamento do Sistema
Nervoso Central e dos centros superiores do processo intelectivo.
2.2 O que é centro laríngeo?
Relacionado ao plexo cervical. Regula os fenômenos vocais, bem como as funções
do timo e da tireóide.
2.3 O que é centro cardíaco?
Relacionado com o plexo cardíaco, no corpo físico; é responsável pelo
funcionamento do aparelho circulatório e pelo controle da emotividade.
2.4 O que é centro esplênico?
Relacionado com o plexo mesentérico e o baço. Regula a distribuição e a circulação
dos recursos vitais, bem como a formação e a reposição das defesas orgânicas através do
sangue.
2.5 O que é centro gástrico?
Relacionado com o plexo solar, responsável pelo funcionamento do aparelho
digestivo, pela assimilação de elementos nutritivos e reposição energética no organismo.
2.6 O que é centro genésico?
Relacionado aos plexos hipogástrico e sacral. Responsável pelo funcionamento dos
órgãos de reprodução, bem como das emoções sexuais e energias criativas.
2.7 Os centros vitais funcionam em conjunto?
Sim. Da mesma forma que os órgãos do corpo físico funcionam em conjunto.
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2.8 Para quê estudar os centros vitais?
No passe misto, o pensamento do passista desempenha papel importante, qual seja
o de imprimir as características que deseja aos fluidos que doa, em trabalho conjunto com a
Espiritualidade. Pelo conhecimento do funcionamento dos centros vitais, o passista pode
direcionar de forma mais adequada seus pensamentos, para que os fluidos atuem mais
propriamente em um ou outro centro de força do paciente, com base nas intuições que
recebe.
2.9 Temos várias auras?
Sim. Costuma-se encontrar na literatura espírita dois tipos distintos de aura,
residentes no perispírito e no duplo etérico, respectivamente. A aura do duplo etérico,
também conhecida como “aura da saúde”, pode ser visualizada pela fotografia Kirlian, ou
kirliangrafia, ao passo que a aura do perispírito, em situações normais, pode ser visualizada
pela faculdade de clarividência.
2.10 Temos vários corpos?
Sim. Os corpos mais amplamente tratados na literatura espírita são o físico, o duplo
etérico, e o perispírito. Os dois primeiros são ditos corpos materiais, pois são reciclados a
cada reencarnação, ao passo que o perispírito, também dito corpo espiritual, é classificado
como semimaterial, apresentando-se como corpo de transição entre o físico e o Espírito, que,
por não ter forma, não o consideramos como um corpo propriamente dito. Além disso,
encontramos raramente referências a outros corpos, que necessitam de mais amplo estudo e
entendimento, dentre os quais destaca-se o corpo mental. No entanto, para se abordar a
problemática do passe, cremos ser suficiente o conjunto de corpos físico, duplo e espiritual,
além – é claro – do Espírito.
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C E N T R O S D E F O R Ç A
PituitáriaPineal
Tireóide e
Paratireóide
Pâncreas
Supra-renais
Baço
Cóccix
Coração e
Timo
Frontal ou Cerebral
Coronário
Laríngeo
Cardíaco
Esplênico
Gástrico ou Umbilical
Genésico ou Básico
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O P A S S E
"E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia milagres extraordinários, a ponto de levarem aos
enfermos lenços e aventais do seu uso pessoal, diante dos quais as enfermidades fugiam das
suas vítimas, e os Espíritos malignos se retiravam" - (Atos, cap. 19 - 11 e 12).
3.0 - O QUE É O PASSE
Desde os tempos mais antigos, a imposição das mãos é uma das fórmulas usadas
pelas pessoas para auxiliar os enfermos ou afastar deles as más influências espirituais. Em
muitos trechos da Bíblia, vemos Jesus e seus discípulos imporem as mãos sobre os
necessitados, rogando a Deus que os curassem. Jesus fez largo uso dessa prática e disse
que, se quiséssemos, poderíamos fazer o mesmo. E desde aquele tempo o homem utiliza-se
desse recurso para aliviar, consolar, melhorar e até curar doenças físicas e espirituais.
Antes do advento do Espiritismo, sabia-se pouco sobre a prática desse costume. Os
fenômenos de curas eram envoltos em mistérios e tidos como acontecimentos sobrenaturais.
Ao menos publicamente, ninguém se aventurou a dar explicações para o estranho
poder que tinham as mãos para curar e aliviar os males físicos e espirituais. Com a chegada
da Doutrina Espírita, os Espíritos superiores explicaram o porquê das coisas. Ensinaram que
as mãos serviam como um instrumento para a projeção de fluidos magnetizados, doados
pelo operador, e fluidos espirituais, trazidos pelos Espíritos. Segundo eles, os fluidos
curativos eram absorvidos pela pessoa necessitada por meio dos centros vitais (chacras),
acumuladores e distribuidores de energias, localizados no perispírito e pelo próprio corpo
astral que age como uma esponja. Estavam assim explicadas, teoricamente, as curas
promovidas por Jesus e pelos curadores de todos os tempos.
Entre nós, seguidores de Allan Kardec, a imposição de mãos sobre uma criatura com
a intenção de aliviar sofrimentos, curá-la de algum mal, ou simplesmente fortalecê-la, ficou
conhecida como "passe".
O passe é um dos métodos utilizados nos centros espíritas para o alívio ou cura dos
sofrimentos das pessoas. Quando ministrado com fé, o passe é capaz de produzir
verdadeiros prodígios. Têm como objetivo o reequilíbrio do corpo físico e espiritual.
“O passe é uma ação dirigida dos fluidos, que são qualificados pelos Espíritos”. (Kardec
– O Livro dos Médiuns – Cap. XIV – item 176 – 2 perg)
“É a transferência de fluidos de perispírito para perispírito. ( A Gênese – Cap. XIV – item 31).
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No movimento espírita, existem outros conceitos, tais como:
“É uma transfusão de energias psíquicas ...” (Emmanuel – O Consolador - questão 99).
“...O passe é transfusão de energias físico-psiquicas, operação de boa vontade,
dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em teu benefício” (Emmanuel –
Segue-me – cap. O Passe).
3.1 - O P A S S I S T A
O passista é aquele que ministra o passe. Ser um passista espírita é uma tarefa de
grande responsabilidade, pois se trata de ajudar e abençoar as pessoas em nome de Deus.
Pessoas carentes e sedentas de melhoria procuram no centro espírita o recurso do passe
como forma de alívio das pressões psicológicas e sustentação para suas forças morais e
físicas.
O passista não precisa ser um santo, mas necessita esforçar-se na melhoria íntima e
no aprendizado intelectual. Armado do desejo sincero de servir, quase todos os iniciantes
podem trabalhar neste sagrado ministério. O passista deve procurar viver uma vida sadia,
tanto física quanto moralmente. Aos poucos, os vícios terrenos têm que ceder lugar às
virtudes. O uso do cigarro e da bebida deve ser evitado. Como o passista doa de si uma
parte dos fluidos que vão fortalecer o lado material e espiritual do necessitado, esses fluidos
precisam estar limpos de vibrações deletérias oriundas de vícios.
No aspecto mental, o passista deve cultivar bons pensamentos no seu dia-a-dia. O
orgulho, o egoísmo, a maledicência, a sensualidade exagerada e a violência nas atitudes
devem ser combatidos constantemente. A Espiritualidade superior associa equipes de Benfeitores
aos trabalhadores que se esforçam, multiplicando-lhes a capacidade de serviço.
A fé racional e a certeza no amparo dos bons Espíritos são sentimentos que devem estar
presentes no coração de todos os passistas. É fundamental no trabalho de passe, doar-se com
sinceridade à tarefa sob sua responsabilidade, vendo em todo sofredor uma alma carente de amparo
e orientação.
O passista não deve ter preferência por quem quer que seja. Seu auxílio deve ser igualmente
distribuído a todas as criaturas. As elevadas condições morais do passista são fundamentais para
que ele consiga obter um resultado satisfatório no serviço do passe.
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Portanto, todos podemos ministrar passes, porém é necessário um mínimo preparo moral a
fim de que a ajuda seja o mais eficaz possível. Como todas as tarefas realizadas dentro do centro
espírita, esta também carece de cuidados e atenção por parte de quem se propõe a executá-la.
"Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos, orar e querer o bem, muitas vezes
basta impor as mãos sobre a dor para a acalmar; é o que pode fazer qualquer um, se trouxer a
fé, o fervor, à vontade e a confiança em Deus" - (Allan Kardec - Revista Espírita, Setembro, 1865).
O QUE É NECESSÁRIO PARA SER UM BOM PASSISTA?
Allan Kardec nos instrui a respeito: "A primeira condição para isto é trabalhar em sua
própria depuração (moral e ética), a fim de não alterar os fluidos salutares que está
encarregado de transmitir. Esta condição não poderia ser executada sem o mais completo
desinteresse material e moral. O primeiro é o mais fácil, e o segundo é o mais raro, porque o
orgulho e o egoísmo são sentimentos difíceis de se extirpar, e porque várias causas
contribuem para os superexcitar nos médiuns" - (Allan Kardec - Revista Espírita, Novembro, 1866).
Condições básicas para o exercício do passe espírita:
- Fé; Amor ao próximo; Disciplina; Vontade; Conhecimento; Equilíbrio psíquico;
Humildade; Devotamento; Abnegação.
"Se pretendes, pois guardar as vantagens do passe, que em substância, é ato sublime
de fraternidade cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o cérebro" - (Espírito
Emmanuel, no livro Segue-me).
Fatores negativos físicos, que prejudicam os resultados do passe:
- Uso do fumo e do álcool; Desequilíbrio nervoso; Alimentos inadequados.
Fatores negativos espirituais/morais:
- Mágoas, más paixões, egoísmo, orgulho, vaidade, cupidez, vida desonesta,
adultério etc.
"O fluido humano está sempre mais ou menos impregnado de impurezas físicas e morais do
encarnado; o dos bons Espíritos é necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem propriedades mais
ativas, que acarretam uma cura mais pronta. Mas, passando através do encarnado pode alterar-se. Daí,
para todo médium curador, a necessidade de trabalhar para seu melhoramento moral" - (Allan Kardec -
Revista Espírita, Setembro, 1865).
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AS DUAS CONDIÇÕES BÁSICAS
A L I M E M T A Ç Ã O D O P A S S I S T A
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3.2 - T I P O S D E P A S S E S
Os passes podem ser classificados em três categorias: Passe magnético,
Passe espiritual e Passe misto.
A - P A S S E M A G N É T I C O
É um tipo de passe em que a pessoa doa apenas seus fluidos, utilizando a força
magnética existente no próprio corpo perispiritual. Pelo menos em tese, qualquer criatura
pode ministrá-lo. Suas qualidades variam segundo a condição moral do passista, sua
capacidade de doar fluidos e seu desejo sincero de amparar o próximo.
No passe magnético, geralmente se recebe assistência espiritual. Isso acontece
porque os Espíritos superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade,
atendem aos mais carentes. Lembramos aqui, que o socorro dos Benfeitores é independente
da crença que o passista ou magnetizador possa ter em Deus ou na Espiritualidade. Os
Espíritos disseram a Allan Kardec, em "O Livro dos Médiuns", questão 176 :
"...muito embora uma pessoa desejosa de fazer o bem não acredite em Deus,
Deus acredita nela".
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B - P A S S E E S P I R I T U A L
É uma espécie de magnetização feita pelos bons Espíritos, sem intermediários,
diretamente no perispírito das pessoas enfermas ou perturbadas. No passe espiritual o
necessitado não recebe fluidos magnéticos de médiuns, mas outros, mais finos e puros,
trazidos dos planos superiores da Vida, pelo Espírito que veio assisti-lo.
Pelo fato de não estar misturado ao fluido animalizado, o passe espiritual é bem mais
limitado que as outras modalidades de passes. Com isso, pode-se compreender que os
recursos oferecidos nas reuniões públicas de Espiritismo, onde participam grande quantidade
de encarnados e Espíritos desencarnados, são bem maiores do que aqueles que podemos
contar em nossas residências, só com a ajuda do anjo guardião.
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C - P A S S E M I S T O
É uma modalidade de passe onde se misturam os fluidos do passista com os da
Espiritualidade. A combinação é muito maior do que no passe puramente magnético e seus
efeitos bem mais salutares. Este é o tipo de passe que é aplicado nos centros espíritas,
contando com a ajuda de equipes espirituais que trabalham nessa área, para ajuda dos
necessitados.
Os benfeitores espirituais comparecem no momento do passe, atendendo aos
encarnados e também ministrando eficiente socorro às entidades do plano espiritual. Eles
agem aumentando, dirigindo e qualificando nossos fluidos.
Mas para que se possa contar sempre com a ajuda dos bons Espíritos, é necessário
observar os cuidados já ditos anteriormente sobre a depuração íntima de cada um dos que
estão imbuídos do desejo de fazer o bem.
"...Para curar pela ação fluídica, os fluidos mais depurados são os mais saudáveis; desde que
esses fluidos benéficos são dos Espíritos superiores, então é o concurso deles que é preciso obter. Por
isto a prece e a evocação são necessárias. Mas para orar e, sobretudo, orar com fervor, é preciso fé.
Para que a prece seja escutada é preciso que seja feita com humildade e dilatada por um real sentimento
de benevolência e de caridade. Ora, não há verdadeira caridade sem devotamento, nem devotamento
sem desinteresse" - (Allan Kardec - Revista Espírita, Janeiro, 1864).
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D - P A S S E A D I S T Â N C I A
3.3 - O PASSE NO CENTRO ESPÍRITA
O passe destina-se ao tratamento e profilaxia de enfermidades físicas e espirituais
junto aos necessitados que procuram o centro espírita. A equipe de passistas deve estar
alinhada no mesmo pensamento de ajudar essas pessoas carentes de amparo.
O serviço de aplicação do passe requer critério, discernimento, responsabilidade e
conhecimento doutrinário. É um complemento aos recursos de automelhoramento e de
reeducação espiritual utilizados normalmente.
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A - A TÉCNICA DO PASSE ESPÍRITA
Há uma certa discussão no meio espírita sobre como deveria ser aplicado o passe.
Alguns defendem a tese de que os passes deveriam ser ministrados movimentando-se as
mãos ao redor do corpo do indivíduo, de modo que as energias espirituais pudessem melhor
atingir seus objetivos de cura. Outros acham que o ato de apenas impor as mãos sobre a
cabeça de quem vai receber o passe já é suficiente.
André Luiz nos informa em "Conduta Espírita" que o passe dispensa qualquer
recurso espetacular.
José Herculano Pires, no livro "Mediunidade", diz que o passe é tão simples
que não se pode fazer nada mais do que dá-lo.
Allan Kardec, referindo-se ao assunto na Revista Espírita, número de Setembro
de 1865, diz aos médiuns que: "Apenas sua ignorância lhes faz crer na influência desta
ou daquela forma. Às vezes, mesmo, a isto misturam práticas evidentemente
supersticiosas, às quais se deve emprestar o valor que merecem".
Oficialmente, a Doutrina Espírita não prescreve uma metodologia para o passe. Cada
grupo é livre para se posicionar de um modo ou de outro, desde que sem exageros.
A técnica deve ser o mais simples possível, evitando-se fórmulas, exageros e
gesticulação em torno do paciente. Cada grupo deve ter o bom senso de trabalhar da forma
que achar mais conveniente desde que dentro de uma fundamentação doutrinária lógica.
O que é preciso levar em conta é que nenhuma das duas formas de aplicar o passe surtirá efeito se o
médium não tiver dentro de si à vontade de ajudar e condições morais salutares para concretizá-lo. Mesmo que
se aplique a melhor metodologia, não se conseguirão bons resultados se o passista for pessoa de má índole.
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B - COMO APLICAR PASSE
C - QUANDO O PASSE DEVE SER APLICADO?
A variação das condições fluídicas perispirituais de qualquer criatura viva produz
desequilíbrios orgânicos e psicológicos, que podem dar origem a enfermidades. Alterações
psicológicas ou traumas orgânicos podem provocar mudanças fluídicas na camada exterior
do perispírito, agravando doenças ou iniciando estados mórbidos. Daí, a importância da
terapia energética dos passes como tratamento, mas principalmente como profilaxia das
enfermidades. Por isso o passe deve ser aplicado regularmente, desde que seja esclarecido
que o procedimento não é obrigatório, para desvinculá-lo de ritual ou dogma.
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D - OS QUATRO TEMPOS DO PASSE
1º TEMPO 2º TEMPO
CONCENTRAÇÃO
3º TEMPO 4º TEMPO
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4 - ÁGUA FLUIDIFICADA
A água fluidificada é um dos mais notáveis coadjuvantes dos tratamentos fluidoterápicos.
Importa muitas vezes ao organismo a ingestão direta dos fluidos pelas vias orgânicas internas, e, para isso, a água é não apenas formidável, mas, diríamos, incomparáveis.
A água e os líquidos em geral conservam a magnetização durante longo tempo, anos mesmo.
Como bem conclui o Dr. Bezerra de Menezes, “ A água, em face da constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a bioenergia que é ministrada. Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com fluido de que se faz portadora”.
De todos os corpos da Natureza, a água é o que mais completamente recebe o fluido magnético, e o recebe de maneira a chegar facilmente ao estado de saturação.
4.0 - A TÉCNICA DE FLUIDIFICAÇÃO
A Origem do Fluído: Se espiritual, os próprios Espíritos fluidificarão nossa água, quer
atendendo nossas orações, quer durante as reuniões de evangelização.
Se humano ou misto, teremos necessidade, como médiuns, de nos recolhermos através da oração e, impondo as mãos (indiferente se uma ou duas) sobre o(s) recipientes que contem a água, deixarmos fluir nossas energias, nossos fluidos magnéticos, direcionando-os por nossa vontade, mas sujeitando-as, pela prece, à Vontade Maior.
Quanto à questão dos vasilhames estarem abertos ou fechados, não faz a menor diferença, pois nenhuma matéria, até onde todas as pesquisas científicas e espíritas já chegaram, é capaz de deter ou opor obstáculos à transmissão fluídica; prova-o os atendimentos a distancia.
Um outro detalhe diz respeito ao material do vasilhame. Nada, neste sentido, importa à fluidificação. Os recipientes podem ser de vidro, plástico, alumínio, cobre, latão, escuros, claros, opacos, transparentes... Deve-se cuidar, todavia, para que os mesmos estejam limpos e isentos de impurezas que possam vir a contaminar a água.
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4.1 - A TEMPERATURA DA ÁGUA
Vejamos a explicação de Gabriel Delanne sobre os fluidos perispirituais a fim de compormos um raciocínio: “ ... Os Espíritos têm um corpo fluídico, que nenhuma das formas de energia pode influenciar. Nem os frios intensos dos espaços interplanetários, que chegam a 273 graus abaixo de zero, nem a temperatura de muitos milhares de graus dos sóis qualquer influência exercem sobre a matéria perispirítica. É que esse invólucro da alma procede do fluido cósmico universal ...”.
Por este raciocínio podemos concluir que as diferenças de temperatura não devem influir substancialmente no comportamento fluídico da água.
A síntese do Espírito Emmanuel nos fala claro:
“Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de tuas necessidades fisiopsíquicas ou nos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações, e espera e confia. O orvalho do Plano Divino magnetizará o líquido, com raios de amor, em forma de bênçãos...”.
4.2 - A FLUIDIFICAÇÃO ESPECÍFICA OU GERAL
Perguntou Chico Xavier a Emmanuel:
“ No tratamento ministrado pelos Espíritos amigos, a água fluidificada, para um doente, terá o mesmo efeito em outro enfermo?”
R – “ A água poder ser fluidificada, de modo geral, em beneficio de todos; todavia, pode sê-lo em caráter particular para determinado enfermo, e, neste caso, é conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo”.
Então, se os Espíritos que orientam e manipulam os fluidos dessas fluidificações sabem que a água é para uso geral e não individual, põem ali vários tipos de combinações fluídicas ou propiciam campo a várias delas, prevendo o atendimento de várias necessidades, pois seus “relativos excedentes” fluídicos não serão absorvidos nem provocarão desarranjos nos que os ingerirem sem deles precisarem já que a assimilação fluídica, em termos “físicos”, se dá por afinidade, ou seja, o órgão, a molécula deficiente, atrairá o correspondente fluídico que lhe restituirá a normalidade.
Quanto à fluidificação específica, ela é possível e utilizável para atendimentos igualmente específicos. Quando tal se dá, o agente fluidificador dará informações neste sentido a fim de que a paciente a quem foi dirigida a fluidificação, e só ele, a absorve. Não que haja prejuízo fluídico a outra pessoa que venha a ingerir aquela água magnetizada, mas simplesmente não lhe fará efeito posto que lhe será inócua; o prejuízo maior será a falta que fará ao paciente.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Melo, Jacob, - O passe : seu estudo, suas técnicas, sua prática.
Junior, Lysei, Eugênio : O passe – Respostas às Perguntas mais Freguentes – Casa do Caminho – Sabará 1ª Edição.
Outros....
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AMARÁS SERVINDO
Amarás servindo.
Ainda quando escutes alusões em torno da suposta decadência dos valores humanos, exaltando as forças das trevas, farás da própria alma lâmpada acesa para o caminho.
Mesmo quando a ambição e o orgulho te golpeiem de suspeitas e de rancores o espírito desprevenido, amarás servindo sempre.
Quando alguém te aponte os males do mundo, lembrar-te-ás dos que te suportaram as fraquezas da infância, dos que te auxiliaram a pronunciar a primeira oração, dos que te encorajaram os ideais de bondade no nascedouro, e daqueles outros que partiram da Terra, abençoando-te o nome, depois de repetidos exemplos de sacrifício para que pudesses livremente viver. Recordarás os benfeitores anônimos que te deram entendimento e esperança, prosseguindo fiel ao apostolado do amor e serviço que te legaram...
Para isso, não te deterás na superfície das palavras.
Colocar-te-ás na posição dos que sofrem, a fim de que faças por eles tudo aquilo que desejarias se te fizesse nas mesmas circunstâncias.
Ante as vítimas da penúria, imagina o que seria de ti nos refúgios de ninguém, sob a ventania da noite, carregando o corpo exausto e dolorido a que o pão mendigado não forneceu suficiente alimentação; renteando com os doentes desamparados, reflete quanto te doeria o abandono sob o guante da enfermidade, sem a presença sequer de um amigo para minorar-te o peso da angústia; à frente das crianças despejadas na rua, pensa nos filhos amados que aconchegas ao peito, e mentaliza o reconhecimento que experimentarias por alguém que os socorresse se estivessem desvalidos na via pública; e, perante os irmãos caídos em criminalidade, avalia o suplício oculto que te rasgarias entranhas da consciência, se ocupasses o lugar deles, e medita no agradecimento que passarias a consagrar aos que te perdoassem os erros, escorando-te o passo, das sombras para a luz.
Ainda mesmo quando te vejas absolutamente a sós, no trabalho de bem, sob a zombaria dos que se tresmalham temporariamente no nevoeiro da negação e do egoísmo, não esmorecerás. Crendo na misericórdia da Providência Divina e nas infinitas possibilidades de renovação do homem, seguirás Jesus, o Mestre e Senhor, que, entre a humildade e a abnegação, nos ensinou a todos que o amor e o serviço ao próximo são as únicas forças capazes de sublimar a inteligência para que o Reino de Deus se estabeleça em definitivo nos domínios do coração.
Obra: “Alma e Coração”, Francisco Candido Xavier , pelo Espírito Emmanuel