Ensinador Cristao 60

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Ano 15 - N° 60 - www.cpad.com.br - R$ 8,90 Espiritual í& .Ü& ÍP . < fe Oaúk ji /»"■era fgrrja Ho je Confira as novidade 8o Congresso Nacional da AD em Marcos Parente (PI investe em Projeto Crescendo com Deus Gincanas e ação social estimulam a frequência na ED da AD em Candeias (BA) Entrevista Luis Ángel Diaz-Pabón autor da "Bíblia do Pescador”, fala sobre conversão e a importância da ED para o crescimento cristão Suplemento do professor Compreendendo os aspectos físicos, sociais e emocionais da adolescência. Elaine Cruz Módulo II Reportagem 0 momento de contar histórias nas ^ classes infàntis deve ser tratado com seriedade è dedicação, e seu efeito será profundo e duradouro. Subsídio semanal 0 Livro de Daniel 0 Legado de Integridade Mor e Espiritual para a Igreja

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Ano 15 - N° 60 - www.cpad.com .br - R$ 8,90

Espiritualí&.Ü&ÍP. <fe Oaúkji/»"■era fgrrja HojeConfira as novidade8o Congresso Nacional da

AD em Marcos Parente (PIinveste em Projeto Crescendo com Deus

Gincanas e ação social estimulam a frequência na ED

da AD em Candeias (BA)

EntrevistaLuis Ángel Diaz-Pabón

autor da "Bíblia do Pescador”, fala

sobre conversão e a importância da ED para o crescimento cristão

Suplemento doprofessor

Compreendendo os aspectos físicos,

sociais e emocionais da adolescência.

Elaine Cruz Módulo II

Reportagem0 momento de contar histórias nas classes infàntis deve ser tratado com seriedade èdedicação, e seu efeito será profundo e duradouro.

Subsídio semanal0 Livro de Daniel

0 Legado de Integridade Mor e Espiritual para a Igreja

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Chegou a REDE que todo PESCADOR de homens esperavaComo responder sobre seitas sem ter um manual de religiões à mão? Como dar um conselho bíblico sobre depressão, ansiedade ou drogas? Como explicar o que a Bíblia diz sobre adoração, pecado ou Igreja?

A Bíblia do Pescador oferece estas e muitas outras respostas úteis para todo aquele que milita no ministério do evangelismo pessoal. Através de mais de 500 notas de versículos, aborda de forma acessível conceitos fundamentais que tornam simples e claro a evangelização, o discipulado e o aconselhamento de pessoas em nosso dia a dia.

Nela você encontrará temas e artigos sobre

Apologética

Evangelismo

X Igreja

é Devocional

m Doutrina cristã

V Aconselhamento

C0O

Então, vamos lançar a

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d a REDAÇAOPo r G il d a

Ensinador na sua maturidade

Aleluia! Chegamos à edição 60 da revista Ensinador Cristão. Na contagem da vida humana, este é o número de transição para a terceira idade, ou seja, a Melhor Idade. É a fase do conhecimento consolidado, da experiência e da sabedoria. Cremos que, ao chegar à edição 60, a revista chegou à sua maturidade. E para celebrar essa nova etapa, nada melhor do que um artigo de reflexão sobre a responsabilidade da liderança com a Escola Dominical.

Esta edição também conta com temas de despertamento à Igreja para melhorar ainda mais seu trabalho, porque entendemos que ensinar exige dedicação, esforço, amor, entre outras qualidades, como, por exemplo, criatividade, principalmente quando se trata de juventude. Para não deixar a mocidade na rotina, a Ensinador traz umas dicas ex­celentes para os educadores que lidam com esta faixa etária. O artigo contém diversas sugestões para você deixar sua aula dinâmica e a juventude estimulada.

Nesta edição, trazemos uma histporia do interior piauiense: o Pro­je to Crescendo com Deus. Lá, os professores vão buscar as crianças não crentes em casa para a ED. O trabalho fez tanto sucesso que foi necessário alugar três vans para transportar a garotada para a Escola.

E por falar em pequeninos, a reportagem desta edição está imper- dível. A matéria mostra que o momento de contar histórias nas classes infantis deve ser tratado com seriedade e dedicação. A narração de histórias é um método de ensino infantil que exige técnica, empenho e responsabilidade.

Estas e outras matérias você só encontra na revista Ensinador Cristão.

Boa leitura e um feliz 20151

Um abraço!

Gilda Júlio [email protected]

Presidente da Convenção Geral José Wellington Bezerra da Costa

Presidente do Conselho Administrativo José Wellington Costa Júnior

Diretor-executivo Ronaldo Rodrigues de Souza

Editor-chefe Silas Daniel

Editora Gilda Júlio

Gerente de Publicações Alexandre Claudino Coelho

Gerente FinanceiroJosafá Franklin Santos Bomfim

Gerente Comercial Cícero da Silva

Gerente de Produção e Arte Design Jarbas Ramires Silva

Chefe de Arte Design Wagner de Almeida

Design, diagramação e capa Suzane Barboza

FotosLucyano Correia e Shutterstock

Tratamento de imagem Djalma Cardoso

0800 - [email protected]

Atendimento para assinaturas Fones: 21 2406-7416 e 2406-7418 [email protected] .brSAC - Serviço de atendimento ao consumidor

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Ouvidoriaouvidoria(ãicpad.com.br

Ano 1 5 - n” 60 - out/nov/dez de 2 0 14

Núm ero avulso: R $ 8.90 A ssinatura bianual: R $ 7 1,20

Ensinador Cristão - revista evangélica trimes­tral lançada em novembro de 1999, editada pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus.

Correspondência para publicação deve ser endereçada ao Departamento de Jornalismo. As rem essas de valor (pagamento de assi­natura, publicidade etc.) exclusivam ente à CPAD. A direção é responsável perante a Lei por toda matéria publicada. Perante a igreja, os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não representando necessa­riamente a opinião da revista. Assegura-se a publicação, apenas, das'colaborações solici­tadas. O mesmo princípio vale para anúncios.

CASA PUBLICADORA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUSAv. Brasil, 34.401 - Bangu CEP 21852-002 - Rio de Janeiro - RJ Fone 2 124 0 6 -7371 - Fax 212^06-7370 [email protected]

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SUMARIO

Artigos06 A R esp on sab ilid ad e da

lideran ça em re lação à E sco la D om in ical

14 D aniel, u m p ro fe ta c o n te m p o râ n e o

184 8

A s cartas que en sin am

Q u al a m e lh o r fo rm a de fa z e r m a rk e tin g da E sc o la D o m in ica l

05 Espaço do Leitor

10 ED em Foco

11 C o n versa Franca

17 Exem plo de M estre

22 R eportagem

29 Sa la de Leitura

30 0 P ro fe sso r R esponde

31 Boas Ideias

44 P ro fe sso r em Ação

46 Em Evidência

ps 19t i

O18

*

A Responsa­bilidade da Liderança em relação à Escola Dominical

Daniel, um profeta contemporâneo

As cartas que ensinam

Qual a melhor forma de fazer marketing da ED

SU BSÍD IO S PARA0 livro de Daniel0 legado de Integridade M oral e Espiritual para a Igreja

►Divulgue as atividades

Reclamação, críticado Departamento deensino de sua igreja e/ou sugestão? Ligue:Entre em contato com

Ensinador Cristão 21 2406-7/4.6 / 2406-7418Avenida Brasil, 34.401 • Bangu SETOR DE ASSINATURAS

Rio de Janeiro • RJ • CEP 21852-002 Atendimento a todosTelefone 2 1 2406-7371 os nossos periódicos

Fax 212406-7370 Mensageiro da Paz • Manual do [email protected] GeraçãoJC • Ensinador Cristão

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Subsidio semanal0 Uvro de Oame! . 0 legado & M;

Por carta: Av. Brasil, 34-401 - Bangu 21852-002 - Rio de Janeiro/RJ

Por fax: 2 1240 6 -7370 Por emaíl: [email protected]

Departamento de Educação Crista da CPADExpresse sua opinião e esclareça suas dúvidas sobre as Lições Bíblicas do trimestre

escoladom inicaL(â)cpad.com .br

j f è A m ortu amo a revista

Ensinador Cristão, pois as « matérias nos auxiliam muito

como professor não somen­te na área espiritual, mas também na área pedagógica, ensinando sobre a inclusão de crianças especiais, como tratá-las na Escola Dominical e na igreja de modo geral. A Ensinador traz ainda dinâ­micas para serem aplicadas nas salas de aula, e eu, como professora de Departamento Infantil, consigo ficar informa­da com as lições de adultos e adolescentes. Ou seja, o aprendizado é constante e temos como aproveitar as

i lições de adultos.

Jusab Tatiana Silva Por e-mail.

F erram en ta de ■■ excelên cia

Desejo parabenizar a toda a equipe da revista Ensina­dor Cristão pela elevada qualidade de seu trabalho e dedicação.Com temas sempre atuais, esse periódico contribui para equipar nossos ensinadores

I com ferramentas de exce­lência.

Jorge Augusto Martins Por e-m ail

E stratégiaSou professora da

classe dos juvenis em cidade de Itamari (BA). Os jovens daqui da igreja gostam muito das dinâmicas relacionadas às lições publicadas na revista. Essa estratégia é muito boa para chamar a atenção deles. Continuem a nos ajudar com

a tarefa por meio desta

seção. E também quero parabenizá-los pelo excelente trabalho da revista Ensinador. Tenho tirado bastante provei­to dela. Desde já agradeço.

Adriele Almeida Por e-m ail

AgradáveLA revista Ensinador

é interessante do ponto de vista da abordagem de assuntos variados e atuais.Ela equilibra qualidade com a quantidade de material. Além de te r um design mara­vilhoso e muito profissional. Com ela, eu consigo unir o útil ao agradável, ou seja, ela é prazerosa para ler, mantém conteúdo bom e auxilia nas aulas da Escola Dominical.

Jessika Maya Por e-mail.

EquipeAgradeço a Deus pela

equipe da revista Ensinador Cristão, pois sinto-me aben­çoada quando leio suas pá­ginas. Esta revista nos ajuda e enriquece o nosso aprendi­zado, trazendo informações atuais para todas as idades. Deus abençoe toda a equipe e faça prosperar o trabalho de vocês da CPAD, que é muito importante. Para a me­ditação da equipe Ensinador, Josué 1. 9. Sempre oro por vocês. Um grande abraço!

Ana Dalva Beloto Por e-m ail

M elhor produtoSou pastor na Assem­

bleia de Deus em Cuiabá (MT) e, em minha opinião, a Ensinador Cristão é a melhor

COMUNIQUE-SE COM AENSINADOR CRISTÃO

Sua opinião é importante para nós!

Devido às lim itaçõ es de espaço, as cartas serão selecionadas e transcritas na íntegra ou em trechos considerados m ais significativos. Serão publicadas a s c o rre sp o n d ê n c ia s a s s in a d a s e que con ten h am nom e e en d ereço com pletos e legíveis. No caso de uso de fax ou e-m aíl, só serão publicadas as cartas que inform arem tam bém a cidade e 0 Estado onde 0 leitor reside.

revista que tenho lido nos tempos atuais. Sempre a l i e tenho certeza que este pro­duto publicado pela CPAD não pode sair do mercado.Ela tem contribuído com o ensino cristão e auxiliado nossos professores e educa­dores que militam nesta área.

Francisco Fernando Viana Por e-maiL

Q ualidadePrimeiro quero

parabenizá-los pela nova apresentação da nossa revista Ensinador Cristão. Como sempre, a CPAD está trabalhando para melhorar a qualidade do ensino, tanto em qualidade como em beleza. As matérias servem para incentivo tanto dos pro­fessores como dos alunos, onde estes poderão saber se são vocacionados para o ministério do ensino. Sobre o Suplemento do Professor, gostaria de saber se é pos­sível enviar as respostas dos cursos anteriores e receber os referidos certificados. Deus abençoe a todos!

M aria Assunção Rodrigues Por e-m ail

R esposta En sin adorCara Maria Rodrigues, a Paz!Você pode enviar as respostas dos módulos anteriores, mas os certificados só serão entregues mediante envio do questionário preenchido corretamente. E não são aceitas cópias, arquivos digitalizados ou respostas enviadas por e-mail.Deus abençoe e obrigada pela participação!

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Há algum tempo fui convida­do para ministrar em uma Escola Bíblica para Obreiros (EBO) em ou tro Estado da Federação. Durante dois dias discorri sobre o tema sugerido pela liderança para um auditório que se encon­trava sempre lotado. As palestras produziram o eco esperado pela organização do evento, de forma que ao térm ino do evento fui convidado por um dos obreiros membros da equipe organiza­dora a visitar a igreja sob os seus cuidados pastorais. O seu desejo era que eu ministrasse uma palestra sobre a importância da Escola Dominical.

A minha fala chamara a aten­ção daque le pasto r quando durante as palestras eu havia me referido à crise de valores como sendo uma crise da Educação. Na verdade a consequência, e até mesmo um efeito colateral dessa crise. Em uma época de verdades relativas; teorias transitórias; fragmentação ética; pensamento sistêmico e um mundo que está em constante holomovimento a

ENSINADOR V CRISTÃO

Por J o s é G o n ç a l v e s

A responsabilidade da Liderança em relação àEscola Dominical0 bom desempenho da ED passa pela qualificação dos professores

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educação passa a se tornar a sua principa! caixa de ressonância. Eu havia alertado àqueles líderes que a igreja, como uma organização cultural e formadora de valores, não estava imune a essa crise paradigmática! Alertei-os com mais ênfase ainda que a resposta a essa crise no contexto evangélico passava necessariamente pela Escola Dominical.

Pois bem, foi aí que aquele companheiro ainda durante o percurso rumo à sua casa contou-me o que estava vivenciando na igreja da qual servia como um pastor auxiliar. Disse-me que das mais de vinte igrejas filiadas ao campo do qual fazia parte, havia Escola Dominical somente em duas ou três delas! Fiquei espantado com essa revela­ção! "Como assim?" Indaguei. Ele passou então a enumerar dezenas de motivos, desculpas etc., que supostamente justificariam esse fracasso da EBD. Todavia o seu semblante demonstrava que nem ele mesmo parecia acreditar naquelas explicações!

Depois de ouvir aquele obreiro com bastante atenção e poste­riormente ministrar para umas poucas pessoas convocadas por ele, ficou meridiana- mente claro para mim que a crise da EBD ali era pri­meiramente uma crise de liderança! Não necessariamente a liderança daquele obreiro, que estava procurando fazer a sua parte, mas a liderança central a qual ele esta­va subordinado.Ficou visível que a liderança cen­tral demonstrava pouco caso com a Escola Dominical e a consequência disso se refletia numa total desmotivação e dispersão por parte da membresia. Nesse con­texto se torna muito mais atrativo e tentador ir à praia ou ao shopping durante o do­mingo do que ir à Escola Dominical, uma vez que nem mesmo seus líderes demonstram interesse por ela.

Faço parte das Assembleias de Deus há mais de trinta anos e quase metade desses anos sirvo como pastor de tem po integral. Durante todo esse tem po sempre mantive uma proxim idade muito grande com a Escola Dominical, quer como aluno, quer como professor ou como pastor que a supervisiona. Foi exatamente como pastor que a minha experiência com a Escola Dominical se enriqueceu mais ainda. Já pastoreei igrejas tanto no interior como na capital do meu estado e durante esse tempo procurei não apenas otimizar a EBD, mas sobretudo conduzi-la a excelência. Foi nesse ponto que, de forma paradoxal, observei que algumas coisas tidas como variáveis pareciam se mostrar sempre constantes! Em outras palavras, o sucesso ou fracasso de uma EBD se mostravam diretam ente ligados à observância ou não de determinadas normas e princípios.

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O líder deve, portanto, procurar levar a EBD a crescer não apenas quantitativamente, mas também qualitativamente. Procurar fazer com que ela no seu ministério se torne relevante! Evidentemente que o êxito não vem em curto prazo, mas, sobre­tudo com muito empenho, trabalho e dedicação. Mas os resultados compensam o esforço gasto. Atualm ente na AD de Água Branca (PI), onde estou pastoreando há exatos dois anos, vi a EBD dar um salto de crescimento. Dados levantados pelo Departamento de EBD relativo ao ano de 2013 revelaram um crescimento de 130%!

Nesse artigo desejo, portanto, compartilhar o que a meu ver é o responsável pelo bom desem­penho de uma EBD.

1. Liderança comprometida"Pastor ausente, rebanho disperso!" Escrevi

esta frase em 2009 no livro de minha autoria, inti­tulado: As Ovelhas Também Gemem! (CPAD). Se uma igreja fica dispersa por conta da ausência de seu líder, o mesmo acontece com a EBD. O pastor que não gosta de EBD, e há muitos que inven­tam qualquer coisa no horário da EBD somente para não assisti-la, levará esse importantíssimo instrumento de discipulado ao fracasso. O preço será alto, visto que a igreja não demonstrará um crescimento, mas apenas um inchamento. A Bí­blia diz que "todo o Israel e Judá amavam Davi, porquanto fazia saídas e entradas militares diante deles" (1 Sm18.16). Davi estava com o povo! Ra­ramente me ausento da EBD, e quando o faço é

para cumprir alguma agenda em outro Estado.Mesmo sendo um dos comentaristas das

Lições Bíblicas de Jovens e Adultos da CPAD nunca deixei de ser aluno. Não

vejo nenhum demérito em assistir um dos nossos professores mi­

nistrar sua aula. A propósito, a última aula ministrada pelo

professor Jandeon Pereira, da classe de Jovens eAdultos, foi maravilho­

samente edificante e enriquecedora!

2. Qualificação de professores

O bom desem­penho de uma EBD passa necessaria­mente pela quali­ficação dos profes­sores. A EBD não é apenas um departa­mento da igreja, mas

uma equipe que deve trabalhar de forma co­

esa visando alcançar a excelência! Para que

esse alvo seja alcançado é necessário o líder inves­

tir em treinamento dos seus liderados. Uma das primeiras

coisas que um líder deve fazer ao assumir uma igreja é promover

o tre inam ento de líderes locais. Os professores estão inseridos dentro desse

contexto. Nas igrejas que pastoreio costumo

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gastar algumas semanas promo­vendo palestras para a liderança local, cujo objetivo é descobrir suas potencia lidades e fazer com que elas sejam otimizadas ao máximo. Sem investimentos na liderança local não se pode esperar resultados satisfatórios.

Dentro desse program a é im prescindível tam bém p ro ­mover cursos de capacitação de professores. É possível ver o desempenho dos professo­res por um sim ples teste de avaliação pedagógica e a partir daí se pode pontuar os proble­mas que demandam uma maior atenção. Em um desses testes de nivelamento, organizado e ap licado por um dos nossos Superintendentes, professor e pedagogo Francisco Barbosa, foi possível detectarmos áreas que exigiam mudanças urgentes. Foi o que foi fe ito e os resultados mostraram-se animadores.

3. Estrutura adequada

Um dos problemas crônicos enfrentados pelo Departamento de EBD é de ordem estrutural. Geralmente os espaços, quando existem, são inadequados. Mais uma vez a questão passa pela liderança local da igreja. Por que o Departamento de Educação Cristã é tão mal estruturado? Porque falta visão no líder, que quando projeta um prédio para acom odar a igreja pensa em tudo , menos na EBD. Não é incomum encontrarm os EBD funcionando em colégios da rede municipal ou estadual de educação ou em outra forma de estrutura im provisada! O resultado é a desmotivação e o baixo rendimento no apren­dizado. A Bíblia nos informa que os discípulos dos profetas procuraram o profeta Eliseu para informá-lo que "o lugar em que habitamos con tigo é estreito

demais para nós" (2 Rs 6.1). Para corrig ir o problema o profeta Eliseu, supervisor daquela escola de profetas, mandou construir uma estrutura adequada (2 Rs 6.2,3). Encontrei lugares onde crianças assistiam aulas senta­das na calçada do lado de fora do tem p lo porque não havia espaço para elas! Resolvemos o problema construindo um prédio com toda a estrutura adequada. Por outro lado, faz parte dessa estruturação equipar as classes com os materiais de apoio didá­ticos necessários, tais como Data Show, quadros de acrílico etc.

4. Criação de incentivos e Reconhecimento

Outra forma simples, porém eficaz de fazer a EBD ser otim i­zada é a criação de incentivos tanto para o educador como

para o educando. É uma forma de demonstrar reconhecimento para com aqueles que formam a EBD. Trimestralmente pode-se fazer um café da manhã ou um almoço para toda a EBD, onde se cria um sistema de premiação para com aqueles que foram mais assíduos ou que mais se destacaram durante o trimestre. Existem, é claro, outras formas de incentivo e a criatividade de cada líder dará o norte a ser seguido.

E impossível, portanto, se chegar a excelência na EBD semo envolvimento do líder da igreja. A Escritura diz que "não havendo sábia direção, cai o povo" (Pv 11.14). O líder que não veste a camisa da sua igreja, que não se envolve em seus projetos, forçosamente fracassará! Cai o povo e ele cairá junto!

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ED em FOCOW È É &

W B yPo r Ro b e r t a M a r a s s i

Congresso Nacional de EDSaiba como participar do evento que acontece em março do próximo ano

Falta pouco para o 8o Congres­so Nacional de Escola Dominical. Ele acontece de 12 a 15 de março de 2015, no novo templo da As­sembleia de Deus no Belenzinho (SP). Para esta edição, alguns renomados preletores nacionais e internacionais já estão confirma­dos. Ministrando sobre variados temas, atuais e específicos na área da educação cristã, são eles pastor Antonio Gilberto, professora Mar- lene LeFever (EUA), pastor Stan Toller (EUA) e doutora Michelle Anthony (EUA); pastor Elienai Cabral, pastor C laudionor de Andrade, professora Elaine Cruz, professora Joane Bentes, pastor César Moisés, pastor Marcos Tuler, professora Helena Figueiredo e pastor Eliezer Moraes, dentre outros.

As inscrições começaram em meados de junho, mas ainda dá tem po de você garantir a sua vaga e/ou de sua caravana. Você pode optar por incluir alimen­tação ou não. Se quiser incluir, até o dia 31 de outubro será R$ 190; e a partir de novembro, R$ 240,00. Caso contrário, até o dia

i 31 de outubro, R$ 100; e a partir de novembro, R$ 150.

Como nos outros anos, haverá í premiação para a maior caravana

e para a caravana mais distante. Para efe ito de avaliação, será considerada a cidade de domicí-

| lio do líder da caravana. E ainda ocorrerão sorteios de tab le ts entre os líderes partic ipantes que inscreverem suas caravanas.

O líder que formar sua carava­na com o mínimo de 30 pessoas não pagará sua inscrição com alimentação. E aqueles que for­marem sua caravana com mais de 50 pessoas receberão um vale-compras no valor de R$ 150 para ser trocado por produtos da CPAD no estande da editora, que será montado durante o 8o Congresso Nacional de Escola Dominical, além de estarem isen­tos do pagamento da inscrição.

Pastor José Wellington Junior, presidente do Conselho Adm i­nistrativo da CPAD, fala sobre a expectativa para o Congresso: "Nós, pastores aqui na capital paulista, estamos entusiasmados, sabendo que, um Congresso de Escola Dominical sempre resulta em novidades para esse departa­mento, motivando os professores com novas técnicas aprendidas. Quem ganha com isso é a Igreja, com o aprimoramento do ensino na Escola Dominical, e, sem dú­vida, também os alunos".

O coordenador geral do Depar­tamento de Educação Cristã (DEC) da AD em Rio Branco (AC), liderada pelo pastor Luiz Gonzaga de Lima, Cláudio Barbosa, participa dos eventos nacionais promovidos pela CPAD desde 2002. Irmão Cláudio falou também da sua expectatriva para o evento: "Aprender sempre é uma notável e inspiradora lição, que aprendemos com o nosso pastor Luiz Gonzaga, sem dúvida, o maior entusiasta da Educação Cristã no Estado do Acre. Ele nos

incentiva e oferece as condições necessárias para participarmos dos eventos alusivos à educação cristã promovidos pela CPAD, salientando sempre que 'atualizar constantemente os obreiros e professores da Escola Dominical é condição indispensável para se alcançar a educação cristã de qua­lidade que todos almejamos'. Por essa razão, já estamos realizando os preparativos para participarmos do 8o Congresso Nacional da Es­cola Dominical da CPAD".

Ele ainda deixa um recado para os leitores da Ensinador Cristão: "Aproveitando o ense­jo, convidamos a todos os que amam a Palavra de Deus, es­pecialmente os professores da Escola Dominical, a participarem desse imperdível evento da CPAD. Aprendemos que, por força da sua natureza - sal da terra e luz do mundo - , e da sua missão - fazer discípulos a Igreja é uma entidade educadora". &

ONDE SE HOSPEDAR?HOTEL BLUE TREE TOWERS ANALIA FRANCO

DISTÂNCIA DO LOCAL EVENTO 4,5 Km LOCALIZAÇÃO Jardim Analia Franco Proximo do Shopping Analia Franco

HOTEL TRYPTATUAPÉDISTÂNCIA DO LOCAL EVENTO 3 KmLOCALIZAÇÃO TatuapéProximo da Estação Tatuapé do M etrô

HOTEL SAN MICHELDISTÂNCIA DO LOCAL EVENTO 9 KmLOCALIZAÇÃO CentroProximo da Estação República do M etrô

HOTEL CONFORT DOWNTOWNDISTÂNCIA DO LOCAL EVENTO 8,5 KmLOCALIZAÇÃO CentroProximo da Estação República do M etrô

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CONVERSAFranca

Da REDAção

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Pastor Luis Ángel Díaz-Pabón é autor da "Bíblia do Pescador", um best-seller no mercado evangélico latino. Ele é também presidente da Sociedade Missionária Global e dirige vários ministérios, dentre eles a Igreja Capela do Rei (Iglesia Capilla Del Rei - The King's Cha­pei), em Miami, Flórida, Estados Unidos. Pastor Diaz-Pabon nasceu em uma família cristã, mas aceitou Jesus como seu Salvador aos 15 anos. Em 1973, começou seu ministério como evangelista em Porto Rico. Deus deu-lhe o privilégio de viajar por toda a América Latina, Estados Unidos e Europa, e desenvolver um ministério evangelístico que ajuda a atender às necessidades sociais e espirituais do povo latino. Suas cruzadas evangelísticas pela América Latina chegaram a levar às ruas mais de 60 mil pessoas em uma única noite. Milhares de vidas renderam-se a Cristo nesses eventos. Durante todo o seu m inistério, ele tem sido ativo no mundo da comunicação escrita, escrevendo para várias revistas. Também tem se apresentado em programas de rádio e televisão.

Sua paixão pelas almas o mantém em variadas atividade. A tual­mente, ele utiliza a tecnologia para manter contato com a família da fé através da Internet.

Luis Ángel Díaz Pabón torna-se o primeiro Latino-americano a desenvolver a nova

edição em castelhano das Escrituras, com base em

versões existentes.

' E N S IN A D O RCRISTÃO ./ i-i-J

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Lançada em po rtuguês pela CPAD, a "Bíblia do Pescador" é uma ferramenta prática para qualquer cristão que deseja dar testemunho de Jesus Cristo. E uma ferramenta exclusivamente para evangelizado­res, porque nela você vai encontrar respostas e versículos da Bíblia ade­quados para quase qualquer situação de evangelização, para auxiliar os evangelizadores a ganharem vidas para Cristo. Durante sua visita ao Brasil para a d ivulgação da obra, pastor Luis Angel Díaz-Pabón con­versou com a equipe de reportagem da revista Ensinador Cristão.

Como se deu sua conversão e chamada ministerial.?

Nasci em ambiente cristão, em meio a uma família que frequentava a igreja. Congrego desde criança. Isso não significa que fosse salvo.

Significa que eu tinha uma religião. Porém, foi aos 15 anos que eu tive minha experiência de conversão. Conheci Jesus justam ente lendo uma Bíblia. Quando estava lendo o Evangelho de João e cheguei ao capítulo 14, fui im pactado por Deus ao descobrir que Jesus disse ali que iria para a casa do Seu Pai preparar um lugar para mim. Então me decidi e disse a Jesus: eu quero morar contigo na casa do Teu Pai. Entreguei meu coração a C risto e, de imediato, comecei a ganhar almas. No dia seguinte, já estava testificando a todo mundo que Jesus Cristo é o Senhor que queria salvá- -los. A partir dali, me converti e me tornei um ganhador de almas até o dia de hoje.

Por que o nome Bíblia do pescador?

Eu acho que o sonho de um pescador deve ser "La Pesca Mila­grosa". Então, sinto-me como um pescador que prenuncia a maior história de pesca. Por essa razão, esta Bíblia será chamada "Bíb lia do Pescador". Será um instrumento formidável na vida de cada filho de Deus. Você pode encontrar os versos apropriados para cada ocasião e explicações simples que o ajudarão a compartilhá-los.

Como o senhor avalia o ensino cristão no Brasil?

Eu estou im pressionado, pois esta é a primeira vez que venho ao Brasil. Impressiona-me a maneira como os pastores falam de Escola Dominical, falam de estudos bíblicos, falam de ensinar a Bíblia. No Brasil há uma comunidade cristã compro­metida com as Sagradas Escrituras, e isso é algo que se destaca do que tenho visto em muitos outros países. Sinto-me contente em poder para­benizar os pastores brasileiros. Não obstante, vivemos a mesma ameaça que em outros lugares. A ameaça de que o povo, gradualmente, vá se desconectando das Sagradas Escrituras. Que o Brasil não perca este maravilhoso compromisso que tem com a Bíblia. Compromisso com a Palavra é garantia de maturidade, garantia de crescimento e garantia de perseverança.

QuaL a importância da Es­cola Dominical na sua vida espiritual?

Eu sou produto da Escola Do­minical. Durante minha infância fui aluno. Nos Estados Unidos, se diz que 95% dos pastores são produtos da Escola Dominical. Foram crianças que a frequentaram. Os versículos bíblicos que sei de memória, aprendi lá. Mem orizei esses versículos na infância. O fato de eu ter me fam i­liarizado com a Bíblia na infância afetou minha vida. Na adolescência, nos anos de rebeldia, nos anos que vivia fazendo coisas que não devia, esses versículos da Bíblia ardiam em meu coração. Quando estava em um ambiente de pecado, sentia a voz de Deus em meu coração dizendo: "isso não se faz. Não continue nesta dire­ção". Esta foi a razão pela qual, aos meus 15 anos de idade, apaixonei-me pela Bíblia e por sua leitura. Tudo foi produto daquela Palavra que eu tinha aprendido na Escola Dominical. Ela é determinante!

0 que aconteceria com a Igreja caso a Escola Dominical fosse extinta?

O que aconteceria a um pere­grino que perde um mapa? O que aconteceria a um viajante que perde a bússola? O mais espantoso que pode acontecer a uma pessoa é ter um instrumento tão extraordinário como este e deixá-lo cair, deixá-lo desaparecer. Isso é tr is te ! Nem sempre existiu a Escola Dominical, mas existiam em outros países outras versões. Um recurso, um mecanismo para ensinar a Bíblia é indispensável. A Escola D om inical é ideal para isso. Por que não aproveitamos o m om ento para ensinar a Bíblia, e ensiná-la de maneira profunda? A Bíblia é medular na vida do cristão. Posso até dizer nessa época que a Escola Bíblica é a coluna vertebral da Igreja.

Em sua opinião, quais re­quisitos básicos um professor da Escola Dominical precisa ter?

Os requisitos que um professor deve ter não são diferentes dos que a Bíblia descreve para um diácono,

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um bispo, um pastor, um ministro. Enfatizo a palavra paixão. Um pro­fessor de Escola Dominical deve ter paixão pela Palavra de Deus. Paixão pelo ensinamento, pela vida de seus alunos, dos seus discípulos. Paixão deve caracterizar o professor.

Deixe uma palavra para 0 senhor acredita que a fé está disponível para todos, é um segredo, ou é algo a ser descoberto?

A fé é algo como herança que é recebida. É nosso, mas nós fazemos alguns papeis de possuir e desfrutar de seus benefícios. É como uma caixa que tem sido dada a nos cheia de uma grande fortuna. Um tesouro contendo salvação, cura, vida em abundância, prosperidade, e muito mais. Como eu descubro o conteúdo deste tesouro, eu tenho a vantagem de desfrutar dele. Mas se eu ignorá- -lo, eu perco.

0 senhor é também autor da obra 0 Segredo da Fé. Al­gum fato referente ao livro o marcou de forma especial?

Desde o lançamento dos primei­ros exemplares de Segredos da Fé temos recebidos cartas, e-mails de pessoas que viveram experiências maravilhosas durante a leitura do livro. Na cidade de Boston (EUA), por exemplo, uma mãe leu em voz alta o livro para a filha que estava em coma, enquanto viajava numa ambulância para operar o cérebro. No trajeto ela surpreendeu sua mãe, mas ainda mais o médico que ao fazer os últimos exames antes da cirurgia constatou que não havia nenhum coágulo no cérebro da jovem.

os crentes e liderança das Assembleias de Deus no Brasil.

Minha experiência nesse primeiro contato com os irmãos aqui no Brasil foi fascinante. Vi uma liderança vi­brante, dedicada e comprometida nas Assembleias de Deus. Realmente estou impressionado. Digo a essa liderança para seguir adiante e ter ânimo, pois o que vocês estão fa­zendo é pelo futuro dessa nação, e esse fu turo depende de vocês Sigam adiante!

“T E N S I N A D O R 0C R IST Ã O , ...... i - L J

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ARTIGO

Po r El ie n a i C a b r a l

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Para falar de profecia, o livro de Daniel ganha um espaço especial no campo escatológico. Existe uma marcada diferença entre a profecia bíblica que se cumpriu em algum momento do passado, a qual se denomina como "histórica" e a profecia que ainda não se cumpriu. Esta última denominamos "escatológica" porque se refere ao futuro. A lição que aprendemos com as profecias bíblicas é que as profecias passadas garantem as futuras.

Daniel é um pro fe ta con tem porâneo no sentido de que sua profecia não ficou restrita somente ao povo de Israel e à sua história. Sua profecia é contemporânea porque alcança os tempos atuais e visualiza o futuro com as profe-j cias a serem cumpridas. A escatologia do livro j de Daniel envolve uma parte cumprida e outra a cumprir-se. O referencial é o povo de Israel.1 E como olhar o tempo pelo relógio de Deus.

Profecia, do pon to de vista da Bíblia, é ai revelação da mensagem de Deus e da sua vontade aos homens através do profeta que se coloca entre Deus e o homem para transmissão da mensagem divina. O apóstolo Paulo escreveu J a T im oteo 2 Tm 3.16,17. Portanto, a profecia

; bíblica tem sua base na revelação divina. SuasI íí predições são confiáveis e verdadeiras, porque

| tem o testemunho daquelas que já tiveram o cumprimento. Na verdade, Daniel nos faz ver a história de antemão. Aprendemos com Ele sobre

â os impérios mundiais que se levantam e os que j caem, bem como o Reino vindouro de Deus.

Daniel é um profeta contemporâneo porque sua mensagem revela o plano de Deus para

! com o povo de Israel através da história com eventos já cum pridos e outros que apontam

| para o futuro. A relação da profecia de Daniel com a Igreja é da maior importância, porque é como olhar para o relógio do tempo. A ênfase e o lugar que Israel ocupa como povo de Deus,1 objeto direto da profecia de Daniel e de outros

literal, nem tom ar o espiritual e interpretá literalmente. A linguagem, literal ou figurada, tem de ser interpretada de acordo com o seu contexto. Por isso, o texto do livro de Daniel contém ambas as linguagens, literal e figurada, e faremos uma interpretação acurada e respon­sável com o máximo cuidado e temor do Senhor.

Ao longo da história da Igreja as profecias bíblicas sempre atraíram os estudiosos. A inter­pretação da profecia obedece a critérios herme­nêuticos quanto à linguagem literal ou figurada, bem como a sua relação ao contexto da profecia, envolvendo aspectos históricos, geográficos, culturais e, acima de tudo, o alcance escatológico da profecia. Nos primórdios da Igreja de Cristo no prim eiro século da Era Cristã, os assuntos escatológicos eram pouco discutidos. Assim que foram surgindo escritos de caráter profético criou- -se a dificuldade quanto a interpretação literal ou figurada. Os escritos reconhecidos como inspi­rados do Novo Testamento sempre abordaram temas da volta de Cristo e muitos naquela época entendiam que a 2a. Vinda de Cristo iniciava com a instalação do período milenar. Alguns interpre­tavam literalmente a profecia. Outros, a partir do 2o. e do 3o. Século, influenciados por uma escola herética de teologia em Alexandria, no Egito, passaram a interpretar a profecia com sentido apenas alegórico. Houve uma rejeição da igreja! da época dessa forma errônea de interpretação do sistema alexandrino. Os estudiosos da época I entenderam que aquela escola havia subvertido a forma correta de interpretar as Escrituras, suas ; doutrinas e a profecia.

A construção da teologia cristã ainda estava em desenvolvimento naqueles primeiros séculos, por isso, a igreja teve muita dificuldade em esta­belecer uma única interpretação da escatologia bíblica. Várias escolas de interpretação surgiram e a discussão das doutrinas nos vários concílios eclesiásticos acabou por admitir que "na reve­lação divina das Escrituras a profecia tem sua evidência na história e no futuro".

Ê N S I N A D Ó r ' C T i- Y í cRisTÀ_o_..1 lgJJ

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A interpretaçao dos textos proféticos nas Escrituras

Pastor Elienai Cabral é líder

da Assembleia de Deus em Sobradinho

(DF), articulista, escritor e

comentarista da lição deste

trimestre.

Quando a literatura escatoló- gica começou a aparecer nos três primeiros séculos da Era Cristã e analisadas para sua aceitação no canon do Novo Testamento, os livros proféticos do Antigo Testamento já haviam sido reco­nhecidos como inspirados pelo Espirito Santo. Os estudiosos e analistas bíblicos entenderam que a questão do método em­pregado na interpretação das Escrituras era de fundamental importância. Então, começou haver diferentes métodos de in­terpretação os quais produziram várias posições e concepções escatológicas e cada sistema de interpretação defendia seus pontos de vista de acordo com as diversas concepções adota­das. Quatro escolas básicas se tornaram fortes na interpretação escatológica com os defensores do pre-milenismo e o pós-mile- nismo e, também, os defensores das teorias do pré-tribulacionista e pós-tribulacionista acerca do

arrebtamento da igreja. A discus­são das diferenças de opiniões de in terpre tação entre estas escolas envolve os aspectos futuros das profecias, tanto do A n tigo Testamento como do Novo Testamento. Nesta d is­cussão temos a interpretação literal e a interpretação alegó­rica, principalmente, acerca do reino milenial. Os pre-milenistas entendem que, com a igreja arrebatada, o reino milenial terá a primazia dos judeus num reino judaico terreno estabelecido pelo Messias em Jerusalém.

Existe uma distinta diferença entre a profecia bíblica cumprida historicamente e a tratamos como profecia histórica e a profecia escatológica que aponta para o futuro e que está para acontecer. Ora, se sabemos que escatologia é o estudo das profecias que tem a ver com os acontecimentos do futuro, não duvidamos que as profecias bíblicas, históricas ou escatológicas, não são meras

especulações místicas. Na ver­dade, temos na profecia bíblica as revelações preditivas que anunciam eventos, personagens e coisas para um tempo futuro, assim como as tivemos na histó­ria das Sagradas Escrituras. Por esse modo, entendemos que as profecias passadas garantem as futuras. Temos uma profecia no livro de Isaias que é, tanto histórica como futura, porque seu cumprimento aconteceu. E uma profecia que Isaias falou a Ciro da Pérsia, aproximadamente no ano 750 a.C., Isa 45.1. Esta profecia se cumpriu através de Ciro quando libertou aos judeus no ano 536 a.C., depois que estes judeus cumpriram os setenta anos do cativeiro na Babilônia, como havia sido anunciado e profetizado pelo profeta Jeremias (Jr 25.12). Ora, entendemos então que as profecias dos livros de Daniel e Apocalipse são de caráter escato- lógico, porque seu cumprimento ainda não aconteceu. ^

O pano de fundo do Livro de DanielAo estudar o livro de Daniel torna-se necessário

estudar o "o pano de fundo" do livro, isto é, o seu contexto geográfico, histórico e cultural. O ivro de Daniel não é diferente dos demais livros proféticos. Há eventos tão somente históricos que já aconteceram e há eventos proféticos com inguagem metafórica para tempos futuros. De modo geral, grande parte das profecias bíblicas cumpriu-se pouco depois de transm itidas aos profetas, porque tinham um caráter temporal e presente à vida do povo de Deus naqueles tem ­pos. Outras, entretanto, são profecias com um caráter futuro de longo alcance, especialmente as profecias apocalípticas, tais com o Daniel, Ezequiel e Apocalipse.

Neste livro, o nosso personagem é o profeta Daniel e as revelações que Deus lhe deu acer­ca do "tem po do Fim", em cuja profecia está revelado o tratamento de Deus com o povo de

Israel ( Dn 8.17,18; 10.14; 11.35; 12.4; Ap 1.3) e o resto do mundo.

O livro de Daniel não é essencialmente um livro histórico, embora comece com uma histó­ria, o livro é uma profecia progressiva que vai acontecendo dentro da história que se evidencia naquele mesmo tem po, mas tem continuidade à frente do tem po de Daniel e aponta para o futuro. É, na verdade, o desvendamento da his­tória com o cumprimento da profecia revelada para tempos futuros conforme os desígnios de Deus na vida do seu povo Israel e da Igreja de Cristo no futuro.

O livro de Daniel é sem dúvida o apocalipse do Antigo Testamento. Ele revela fatos e acon­tecim entos futuros os quais se evidenciam na atualidade. Na verdade, nenhum outro livro pro­fético se ajusta tão perfeitamente às evidências atuais como o livro de Daniel. &

ím m

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Por Ed u a r d o A r a ú j o

a jovem foi batizada pelo pastor Lewi Pethrus e, pouco tem po depois recebeu o batismo no Es­pírito Santo e posteriormente o dom de profecia.

Depois que recebeu o batismo no Espírito Santo, sentiu a chamada aos campos missionários que, por sinal, estava despontando em seu país. Comunicou ao pastor Pethrus que o Senhor a chamara para o campo missionário brasileiro e, logo ingressou num curso bíblico de oito meses no Instituto Bíblico na cidade de Gõtabro, província de Nárkre.

O jornal sueco Evangelli Hárold publicou no dia 31 de maio de 1917, n° 22, uma reportagem sobre a viagem missionária de Frida para o Brasil pela Igreja Filadélfia de Estocolmo e sua principal tarefa era atuar como uma "bibelkvinna" (profes­sora ou ensinadora da Bíblia).

Foi neste período que ela conheceu aquele com quem dividiria as alegrias e tristezas na divulgação do Evangelho no Brasil. Gunnar Vingren encontrou- -se com Frida enquanto recuperava suas forças na Suécia após longo período de evangelismo entre os brasileiros. Eles casaram-se em 16 de outubro de 1917.

F rV i

1 dr e

Uma mulher dinâmica e talentosa

Quando a missionária sueca desem­barcou no Brasil, no dia 12 de junho de 1917, certamente não sabia a dimensão que a sua capacidade como educadora contribuiria naquela que viria a ser a maior denominação evangélica na nação tupiniquim. Frida Maria Starandberg nasceu em 9 de junho de 1891, em Sjálevad, Vàsternorrlands, região norte da Suécia. Ela era filha dos luteranos Jonas Strandberg e Kristina Margareta Sundelin. Enquanto viveu no país natal, Frida fez curso universitário de Enfermagem, depois exerceu o cargo de chefe da seção de enfermaria no Hospital onde trabalhou em Estocolmo, capital da Suécia. Frida dedicou-se também à arte fotográfica.

A menina Frida foi educada e, em um ambiente cristão e mais tarde tornou-se membro da Igreja Filadélfia de Estocolmo. Em 24 de janeiro de 1917,

A contribuição de Frida Vingren foi inestimável porque entre outros talentos, a missionária possuía sur­preendente noção da palavra escrita, e graças a este talento, destacou-se como uma importante colaboradora dos jornais Boa Semente, O Som Ale­gre e Mensageiro da Paz. Destaque também para seus comentários nas Li­ções Bíblicas da Escola Dominical, cuja publicação remonta a década de 1930. Além disso, a missionária escreveu profundas mensagens evangelísticas, doutrinárias e de exortação, além de

compor belos hinos de adoração ao Senhor e fazer traduções. A Harpa Cristã exibe em suas páginas 24 hinos com seu nome (16 versões e oito autorias).

A missionária, educadora, enfermeira e tradu­tora Frida Vingren faleceu no dia 30 de setembro de 1940, em Estocolmo, Suécia aos 49 anos, sete anos após o falecimento de Gunnar Vingren. A sua atuação no cenário evangélico ainda é lembrado como um exem plo a ser seguido pelas atuais gerações de evangélicos. $

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Po r D o u g l a s Ro b e r t o B a p t is t a

Cartas que Ensinam. Paulo, o Apóstolo dos Gentios

v-cy

+Q p sst® livros.

de Cartas . ^ ^ Tarso era um g nasdm ento (AtTurquia (At 9. , • recebeu cidadania romana p stados. Istoe universitário Paulo recebeu e abastado^ ^ ^

22 8) Sua família era for rpceber o nome romano _moso

P K P 3 d Z Z Õ transform ou o * resPef

5 £ : ^ 2 S r - = . ^ ~

n (G11 17) Visita Jerusalem ( permanece em AntioDamasco vo' _ (At n .25, Gl 1 ./» • ren donativosna Síria e em sua ci a vig-a a Jerusalem para viagensnuia com Bamabe (At I .â>j Antioauia, inicia tres 9rana^; í 30) A partir da cidade de Antl° ^ elecendo lideres (At 13-21).

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Page 19: Ensinador Cristao 60

r iu + a s cuia mensagem

s r ' • - - * / L2; " ,e Salvador". Duran da ,ei para a ,gre^ ^com o tema Cnst , oSj com a mensagem missionária e

cidade de R _u rp missão de ensinar. pccreve as chama-de cumprir sua n nto em Roma, Pau apresentam

Neste primeiro f - 0 Efésios e Colossenses que ap^

d? ' f T s t r i o r 1do Universo e da da Alegria no"Cristo, o Se com 0 tem a _Cnst , ^ Rom a_ 0aos Filipenses ^ primeira prisão de ^ ministério na

Tolo receb e liberdade e dá “ ’T u iberciade, Paulo escreve Apostolo re ,~rAr ia Neste período ae orientam aÁsia Menor e ™ f * “ ha„ ad as "Cartas ^ l ^ d e quatro anosr TimAteo ® Trto, a ^ da ,greja de Cnsto . C « Evange,ho (2Tm "Vida e o Ministe ^ presQ por causa ^ se gunda

depois, o ApoS?° denado e martirizado em o ■ «Guardando1.8). Desta vez e con^dena^ ^ ^ carta, cujo tema e ^ ^ ^ ^prisão escreve 2 £xemp lo ". Suas ultim P atuais:

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n Peri&o da falsa c\ência e das filosofias

,v antibíblicas

Douglas

Roberto de

Almeida Baptista é líder da

Assembleia de

Deus de Missão do Distrito Federal

e do Conselho de Educação

e Cultura daCGADB.Licenciado

ern Filosofia QEducação

Religiosa,

Especialista em

Docência, Mestre e Doutor em

Teologia.

n r , E N S IN A D O R^ CR ISTÃ O

- ■ oc rln Novo Testam entoNaS P3 os^sérias advertências acercaencontramos s ^ alertou

dos perigos do falso er gsobre o surgim ento d e falsos ^

falsos profetas' ^ ^ J h i d o s (Mt tentariam enga Timóteo sobre o24.24). Paulo quefalso e contraditorio ens 9 alegava elevadc»conhecimento 0 O apóstolo Pedro avis<du que W i s ^ tores introduziriam ere (2Pe 2.1). O apostolo Joaoenpara não ser enganado, Oba . s , ^ ssão

provar °s espin os ^ demais textosdeDeusCIJo • arerca do realbíblicos alertam o cre ensinos,perigo que rep resen ta -« ^ . r a r a vi-

Avisado, o crista . . j^is-gl,ánda quanto ao (a|sorooucon tem p,a_

' “ $ " o S * ™ enganoso deságua em çao. O misticibi » 0 emcontradições e Pertu* * ' 0“ |t0 aos anjos Colossos envolveu-se e místicas.baseada em « £ £ £ £ ç o ^ ^Os irmãos foram dur „ ^ suaPaulo que os consi^ erou ^ nossoscarnal compreensão (C' ■dias não são incorouns « P « « « Tomàs

cas Pue co" * 27p“ qrogularoentou estasdeAqU'n° I com a eguintes regras: 1) experienaas com 9 e coptradizer as

nenhuma visão Será válidaEscrituras, 2) nenhu imora|idade,se ,ot imoral ou eneor») ^ ^ ^ a

e 31 "vT He da Iqreja- pau'o ensinou que averdadeira experiência mística glorifica a

Cristo (1Co 14.25). envolve a prá-Outro perigoso engane e n ,

ti ca do ocultismo, ou 'u|^ mo divide-secreto ou escondido O ocu P■se em trés diferentes » « s . 1)epSPfe m o .

21 “ « a T c o m u n ic a ç ã o com os mortosacompanhada da teoria da reencarnaçao.

Dentro Cristão,

^ ^ t a V o m a d e e U — A

Bíblia Sagrada c ,quer

“ m « d ° ad e d e r encarnação (Hb 9.27).possibilidade a adivinhagao, taisA cartomancia envolve^ ^ do

c o m o , leitura de ^ num er0|0gia. Astaro, bola de cr ática de adivi-Escrituras re p u d ia m ^ como

nhaçao (Dt 18.1 inno (At 16.16-18). Aobra de espínto mal.gno IM magia é considerada c e 0

de controlar m "g P0Uenvo|vidos neste m e i o ambien • arlim ba o vodu eato o satanismO/ ^ istra ;.bert ãoa fe itiçaria. A biD^ yi dg Efgso

egradnd« ; u e 0se9 - - d e s mágicas quando muitos q ^ ^ queimaram

e m p r a ç a púb ica na presença de todos

,M ^ r h e Í e ms iÍsaHeresiã Í to d ° asutil ensino de aauilo que éidéia que nao con^ 3qu se;3i a doutrinaconsiderado orto o , cristãos

^ a ^ a c o m O e u s e m tro c a d e s u c e s s o ,Triun fa lism o(utop ,a i O ueocremaidis6M

prosperar semp j . Jesus naohereditarias lc° astutos ensi-qUeb- : r s S a d o s c o m o ~ h e r e s ias d enos sao class Senhor que nosperdição, que nega ^ s

resgatou (2Pe 2- bíblico: "...perigos, eníat^ a írito» (1 Jo 4.1) enão creiais a todo o esp ainda "Examina, t u d o . Retende

(1Ts 5.21). J

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Treinador de Líderes - Stan Toler e Larry Gilbert

Este livro compartilha informações que o ajudarão a estimu­lar sua congregação para o ministério ativo, e você aprende­rá a filosofia do ministério das equipes de ação que revolu­cionará sua igreja local.Aprenda a ver você mesmo não só como jogador, mas tam­bém como treinador que pode revelar os dons de seus com­panheiros de equipe.

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?£- * iv. 0~u

0 maior dos mestres ensinava a mensagem de Deus com esse recurso. E você?

Veja como usá-lo com a mesma eficácia

Você já se deu conta da importância do seu chamado? Jesus, o maior educador de todos os tempos, o achava tão im portante, que não cessava de exercê-lo. Mesmo longe da multidão, quer com palavras, quer com ações, Ele estava sempre ensinando e até hoje seus ensinamentos permanecem ecoando na Terra, por mais de dois mil anos. Segundo o doutor no ensino das Es­crituras, pastor Antônio Gilberto, a narração de histórias é um método de ensino sempre exitoso entre todas as culturas, em todos os lugares, em todos os tempos. Seu efeito é altamente pene­trante, profundo e duradouro, principalmente para as crianças da primeira e segunda infância. Mas para quem pensa que esse é um momento lúdico de "descontração", cuidado! Trata-se na verdade de uma das mais importantes missões da Igreja (1Co 12:28). Não é à toa, acerca dos dons espirituais, o Senhor alerta: "se é ensinar, haja DEDICAÇÃO ao ensino" (Rm 12:7).

De ensinador para ensinadorAnita Oyaizu, professora e Orientadora Peda­

gógica no IBTAL (Instituto Bíblico de Treinamento Avançado para Líderes), há 30 anos exerce com zelo esse chamado. Ela, que é superintendente de ED da Assembleia de Deus Ministério Belém, explica a importância dessa técnica:

"A narração de histórias é bíblica, uma práti­ca estabelecida por Deus desde o princípio das primeiras civilizações bíblicas, como podemos ver em Deuteronômio 6: 6-9; 20-23. Ou seja, o 'contar histórias' iniciou-se assim, sob a instrução do próprio Deus, em casa, com os pais como os primeiros professores de seus filhos".

A Educadora especializada em Evangelismo, Discipulado e Psicologia Infantil, frisa que hoje uma carência da Igreja vem sendo preenchida com o crescimento das classes de ED e os cultos infantis, porém surge outra urgente: a preparação e capacitação espiritual e intelectual de pessoas para a continuidade desta prática tão importante.

"Os contadores de história tem uma respon­sabilidade muito maior do que se imagina. São transmissores da verdade divina, colocadores de cercas em abismos, para que pequeninos não caiam, se firam, ou morram espiritualmente. Contar histórias é uma estratégia excelente de Jesus, o Mestre dos mestres, que em sua sabedoria, a usava para levar milhares de pessoas ao conhecimento de Deus e à salvação", frisa.

Metodologia e TécnicasA educadora lembra que há diversos recursos

eficazes que podem ser utilizados com o mesmo propósito de salvação, aprendizado e edificação

.22 E N S IN A D O R ' " ' ,

REPORTAGEM

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ao contar histórias. Tais como: monólogos, pan­tomimas, música, poesias, teatro, ilustrações, brinquedos, flaneiógrafos, projeções de multimídia, fantoches, uso de elementos da natureza etc.

Quando você, professor, for escolher um re­curso, deve antes de tudo analisar quem serão os seus ouvintes, que mensagem bíblica quer transmitir, estudar a mesma nas Escrituras, qual a faixa etária de seus alunos, que linguagem deve usar para alcançá-los, que espaço tem para trabalhar e, principalmente, fazer os ensaios com antecedência, para que não haja jamais improvi­sações, pois como a professora Anita alerta, isto causa demasiados danos no ensino. O importante é entender que, para um bom desempenho de nossos métodos e recursos a serem expostos, é necessário um prévio planejamento, domínio da história, lições e objetivos que focamos alcançar.

História que muda históriasAlém desses motivos pedagógicos, que por

si só já seriam suficientes para a utilização desse recurso ao levar a mensagem do Evangelho, Anita Oyazu tem mais um motivo especial. Afinal través deste instrumento, a professora, que também trabalha há muitos anos com Capelania Hospitalar, vem tendo experiências tremendas dentro e fora das salas de ED. A começar pela experiência que desencade tudo isto. Como nasceu o Verbalino. Você quer conhecer a emocionante história do Verbalino?

Há aproximadamente 25 anos, a professora sentiu no coração de utilizar o fantoche para facilitar que a mensagem da salvação chegasse até as crianças. Entretanto, naquela época, enfrentou muitas bar­reiras por parte de líderes que ainda não tinham tido a visão do valor desta ferramenta. Deus, no entanto, a confirmou de uma forma indiscutível.

Após muitas visitações de evangelismo a uma família com cinco filhos, em que todas se entre­garam a Jesus, o recurso parecia mais do que aprovado. Mas não parou por aí. Uma das crianças possuía uma deficiência física em ambas as pernas e, para se locomover, arrastava-se pelo chão. Nessa época, a garotinha, tinha aproximadamente sete aninhos. Anita e seu esposo sempre os buscavam na Kombi da igreja para as classes da ED e de­mais atividades da igreja, levando-a no colo. Um dia, com a ajuda dos irmãos, vieram a conseguir uma cadeira de rodas e uma cirurgia na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Quando a "tia Anita" foi visitar a pequenina no hospital levou para ela uma surpresa que ainda glorificaria muito o nome de Jesus - o Verbalino.

Contar histórias com fantoche é um dos meios que mais empolga e prende a atenção das crianças, adolescentes e até mesmo dos adultos. Tal recurso envolve um processo criativo que estimula o desenvolvimento da linguagem, do pensamento; possibilita o aprendizado.

Um ministério diferenteJá aos 14 anos de idade o contador de histórias,

pastor Jorge Oliveira, foi chamado pelo Senhor para lecionar na ED a crianças e adolescentes. Essa fora a sua primeira classe, chamada Emanuel, nome que deu origem ao seu frutífero ministério de 30 anos operando proezas no ensino da Palavra de Deus.

"Não imaginava que ali, com aqueles 11 alunos, estava começando meu Ministério como pastor de crianças, pré-adolescentes e adolescentes. Fui professor daquela classe durante quinze anos. Mais de duas centenas de alunos por ali passaram no decorrer deste tempo. E a turma só crescia. Já não dava mais aula em uma sala, mas em um salão social. O Ministério já estava consolidado e eu precisava cumprir o 'Ide', atender ao chama­do missionário. Assim se oficializou o Ministério Emanuel", conta.

Todas as técnicas são bem-vindas, quando não se limita as ações do Espírito Santo. Não pode haver ensino sem preparo, sem conhecimento, sem comprometimento, sem experi­ência ou sem amor

rWsi^ÁDÕR __ C R IS T Ã O ____ ,,

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Bacheral em teologia, jornalista, Pós-Graduado em Sexualidade de Crianças e Adolescentes, Mestrando em Psicanálise Clínica, Conferencista em diferentes seguimentos de sua formação, o currículo desse servo de Deus, mesmo impressio­nante, não é maior do que seu amor pelas almas. E nesse recurso, ele descobriu um meio de Deus usá-lo para ganhá-las para Cristo.

Ele conta que tudo começou com um traba­lho para cumprir às exigências da disciplina de Evangelismo Infantil do Seminário. "Precisávamos realizar um culto infantil com história missionária e fazer apelo de salvação às crianças no final. Foi tão surpreendente ver a espontaneidade dos pequenos em receber Jesus como Senhor e salvador que o Espirito Santo, naquela noite, gerou em meu coração o desejo de continuar esse trabalho como pastor de Crianças", recorda.

Hoje, já são 25 anos contando histórias, inú­meras almas ganhas para Jesus e, sobretudo, incontáveis discípulos - crianças que os ouviram uma vez e fazem agora o mesmo trabalho missio­nário: impactam vidas contando histórias.

Fale outro "id iom a"O pastor explica que uma linguagem direcionada

para cada público é extremamente necessário na hora de ensinar, de contar uma história. O contexto, entendimento, rotina, aprendizado de uma criança é totalmente diferente das de um adulto, assim como das de um adolescente. É como se falassem idiomas diferentes e, para a aprendizagem da mensagem transmitida nas histórias, é preciso escolher a língua apropriada para cada um desses grupos. Ele ilustra: "Um dia no pré-escolar é diferente de um dia na faculdade. Portanto, quando falamos com as crianças

é necessário usar os tipos de técnicas de ensino que aproveitam seu estilo de aprendizagem.

Histórias atravessam continentesComo podemos ver, a arte de contar histórias

rompe infinitas barreiras, inclusive geográficas e culturais. Assim tem sido no ministério de 48 anos da missionária na África, Marlene Alves, da Assembleia de Deus de Porto Alegre, presidida pelo pastor Ubiratan Job. Ela que usa a poesia e a música para contar histórias bíblicas tem visto crianças se renderem a Cristo, a despeito das diferenças com relação à língua e costumes locais.

Desde criança, através do exemplo de sua pro­fessora na ED, a missionária Marlene já se sentia vocacionada ao ensino. Aos 14 anos, após Deus confirmar em profecia seu chamado, ela cursou 2° grau normal, para formação de professores, foi para Missões Transculturais e, em uma segunda fase de sua vida, já ao lado do esposo em 1991, foi para Cabo Verde, país insular africano, onde mergulhou de vez em missões. Contando histórias bíblicas e com princípios cristãos, ela ganhou mui­tas vidas para Cristo, além de edificar professores e missionários de diferentes locais espalhados pelo mundo: Mali, Guiné Bissau, Senegal, Egito, Etiópia, Paraguai, Bolívia, Estados Unidos etc.

"Pela misericórdia de Jesus Cristo, tenho contado as Histórias Bíblicas nos mais diferentes contextos para poucas ou muitas crianças, em igrejas não só do Brasil, mas também da África. E uma coisa que observo e repasso: precisamos sempre estar na dependência do Espírito Santo, planejar e conhecer o assunto e o público alvo para o qual contaremos a história", afirma a missionária formada em Le­tras, Licenciatura Plena, Bacharelada em Música, Pós- Graduada em Folclore Brasileiro e atualmente estudante de Hebraico pelo Eteacher Biblical.

Ela nos conta que um dos muitos frutos desse trabalho árduo, mas imensamente gratificante no Senhor, foi resultado de um trabalho em Guiné Bissau, no ano de 1992.

Sem templo no local, uma "tenda" com capaci­dade para mil pessoas era o espaço disponível para desenvolver todas as atividades. Pela manhã ela e seu grupo evangelizavam mais de cem crianças, que não conheciam absolutamente nada da Palavra.

Passados 12 anos, em 2004, quando ela volta à Guiné Bissau para fazer um trabalho com Crianças e o Círculo de Oração, o irmão que era seu intérprete lhe pergunta: "Irmã, a senhora não se lembra de mim? Eu sou um dos meninos daquela 'tenda'. Hoje eu sou pastor e muitos outros daqueles meninos também são obreiros no Reino do Senhor".

Sem templo no locai, uma "tenda" com capacidade para mil pessoas era o espaço disponí­vel para desenvolver todas as atividades. Peia manhã ela e seu grupo evangelizavam mais de cem crianças, que não conheciam absolutamente nada da Palavra

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1940/20!5

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NO/ SEUS SONHOSÉ IMPOSSÍVEL E QUE OS OBSTÁCULOS SÁOMAIORES QUE O MONTE EVEREST?NÂO SE DEIXE ABATER,

VOCEE MAIS FORTE DO QUE PENSA!

VOCÊ É MAISFORTEDO QUE PENSA ÆkA FORÇA PARA FAZER 0 QUE VOCÊ ACHA QUE NÃO CONSEGUE

Com a ajuda doDr. Les Parrottvocê irá descobrir que mudando o seu modo de pensar, entendendo o que sente e usando o que está no profundo de sua alma, será mais fácil reunir forças que não sabia que tinha. Transforme sua fraqueza em ânimo e comece a viver

EM TODAS AS LIVRARIAS 0 8 0 0 0 2 1 7 3 7 3w w w . c p a d . c o m . b r

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A adoLescência é um período importante de autoafirmação, quando cada indivíduo cria padrões internos particulares, ao mesmo tempo em que precisa estar conectado cognitivamente e inserido socialmente no mundo

que o cerca. Para ajudar os alunos, os professores de adolescentes precisam conhecer os aspectos físicos, sociais e emocionais mais

importantes do desenvolvimento nesta faixa etária.Na primeira parte do curso analisamos os aspectos físicos - Conquista de

papéis sociais masculinos e femininos e Aceitação da conformação física. Hoje vamos conhecer os aspectos sociais e emocionais mais importantes

a serem conhecidos e trabalhados pelo professor em classe.

Afirmação interna do conjunto de valores e de um sistema ético para nortear o compor­tamento

Desde o nascimento vamos internalizando conceitos e valo­res ensinados por outros - pais, professores da ED e seculares, parentela e amigos, dentre ouros. Vamos constru indo um sistema particular de valores, elaborando gostos pessoais e sociais, reforçan­do padrões de comportam ento assimilados, desenvolvendo, assim, nossa personalidade.

Ao mesmo tem po, enquanto vamos defin indo o conjunto de

normas pessoais que regulam o com portam ento do homem em sociedade a partir da educação re­cebida, vamos também montando nosso sistema ético - conjunto de valores que orientam o compor­tam ento do homem em relação aos outros na sociedade em que vive, garantindo, igualmente, o bem-estar social. A ética investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalm ente por convicção e inteligência.

Ao final da adolescência valores e principais conceitos sobre a va­

lorização da vida, sobre si mesmo e os outros já estão form ados. Portanto, cabe ao professor de adolescentes a difícil tarefa de aperfeiçoar este tema, estudá-lo com seus alunos e construir com eles o sistema ético, com base secular e bíblica.

Vale lembrar que a ética cristã tem elementos distintos em relação a ética secular. As regras para a ética secular baseiam-se nos costu­mes sociais, na cultura envolvente, em leis humanas, muitas vezes definidas por grupos religiosos e/ou políticos. Já as Escrituras do Antigo e do Novo Testamento, en-

S IN A D O R C R iS T A O

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Aspectos do desenv emocional dos adolescentes

Conquista da independência emocional

Nascemos inseridos no meio sóc io -cu ltu ra l, e nosso desen­volvimento nos propicia crescer, amadurecer, internalizando concei­tos e valores e construindo nossa personalidade única e particular.

Na vida adulta, por mais que precisemos dos outros para trocas afetivas e cognitivas, bem como de Deus, ainda assim precisamos estar independentes, física, social, financeira e espiritualmente. Se não houver alguém por perto a quem recorrer no momento de uma decisão séria, precisamos ter as bases conceituais e éticas de vida bem formadas e fundamentadas.

Isto significa que a adolescência é a ultima estação para aprofun­darmos estas questões. Professores precisam ser maduros e respon­sáveis, exemplos de cidadania e de evangélicos, espelhos para seus alunos enxergarem o quanto podem vencer tentações e proble­mas, mesmo sozinhos, pois, sabem quem são e em quem creem.

Assunção de papéis sociais e familiares

Amadurecer significa estar pron­to para assumir papéis sociais, como os de maridos, esposas, noivos, pro­fissionais, genros, noras, sócios etc.

Se na infância os exem plos de família são confusos, na ado­lescência outros parâmetros de com portamento são idealizados e percebidos - até que cada um chegue a um padrão para si.

O ensino b íb lico , inclusive dentro da Escola Bíblica Domini­cal, deve ajudar a construir estes

modelos de papeis sociais. A Bí­blia ensina a todos: filhos devem honrar a seus pais (Ef 6.1,2), ma­ridos devem amar e tratar suas esposas com carinho (Ef 5.25-33), esposas devem respeitar e honrar seus maridos (Ef 5.22-24), chefes e subalternos devem conviver em harmonia e respeito, precisamos pagar impostos e respeitar autori­dades governamentais (Rm 13.1-7), crentes devem respeitar e honrar seus pastores (Hb 13.17).

Em um mundo tão destituído de valores morais e éticos, com a mídia destruindo os princípios familiares elementares, a igreja muitas vezes funciona com o o único espaço de aprendizagem e construção para papéis sociais e familiares corretos, que garantem felicidade conjugal, harmonia no trabalho e boa convivência social.

Construção do pensamento em perspectiva

Há perguntas que nós adultos já nos fizemos - alguns ainda as fazem - mas que são do universo da adolescência: Quem sou eu? De onde vim e para onde vou? Por que nasci e para que vivo? Por que vou morrer? O que me reserva o futuro? Qual o verdadeiro sentido e razão da vida?

A verdade é que não nos conhe­cemos. Não sabemos quem somos. Nossa vontade e querer nos traem, nosso intelecto e nossas emoções nos enganam: "Enganoso é o co­ração, mais do que todas as coisas e incorrigível. Quem o conhecerá?" (Jeremias 17.9), "O que faço não entendo. Pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.... Pois não faço o bem que quero, mas

o mal que não quero, esse faço." (Romanos 7.15,19).

Entretanto, por mais que per­guntas sejam importantes em vários momentos da vida, é importante pensar e decidir sobre questões práticas, sobre o que escolher na vida profissional, aonde trabalhar, que tipos de amizade construir, que traços de personalidade modificar ou aprofundar. Até porque, é pre­ciso pensar nas consequências das nossas escolhas.

Adolescentes não podem ser inconsequentes, sem conseguir imaginar o resultado de suas es­colhas e ações em perspectiva, vislumbrando o que cada ato pode gerar no futuro. Aliás, este ensino deve fazer parte da mais tenra ida­de, pois um bebê de seis meses, quando chora de manha no berço, já sabe exatamente que pretende ganhar o colo dos pais.

A Bíblia é cheia de exemplos de homens que agiram de forma inconsequente. Uns conseguiram se arrepender e reorganizar suas vidas, como Sansão e Davi, mas outros não tiveram esta chance, como Caim e Judas. Como profes­sor, seja exemplo de ponderação, analise muito bem as consequên­cias de seus atos e palavras, e ajude seus alunos a serem conscientes, a pensar no futuro, sabedores de que o futuro começa hoje.

Capacidade de dialogar e ne­gociar acordos

Domínio próprio, mansidão, temperança, sobriedade - frutos a plantar em nossa vida, habilidades a construir, que podem mudar o rumo de uma discussão, de rela­cionamentos, de ministérios.

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W ^^Ê H Ê Ê K Ê Ê Ê M S m Ê m S Ê Ê Ê ^K Ê K ^

gggg Todos têm assistido adolescen­tes e jovens que se envolvem em discussões, que geram desavenças,

mmmm que suscitam brigas e atos violen­tos que muitas vezes terminam em

ammm morte e desgraça. Até porque osimpasses não devem ser resolvidos no braço, mas na habilidade de se fazer acordos, negociações, acer­tos e diálogos elucidativos. E por esta razão que todo professor de

mmmm adolescentes deve saber discutirsem brigar, convencer sem ser rude, analisar sem esbravejar, mandar sem ser autoritário - verdadeiros mestres e moderadores.

■«—» Deus dialoga conosco - a Pala­vra dele, a Bíblia, é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pen­samentos e intenções do coração.(Hb 4.12). E por mais que os princí-

nmwt pios divinos sejam justos, absolutose duros, ainda assim Sua Palavra gera paz, traz conforto, alimenta

IZZT nossas emoções e transforma nossoraciocínio e caráter.

Anulação de carências afetivas

Muitos adolescentes têm uma visão negativa deles. Pode ser

• que tenham pais distantes, quenunca tenham recebido atenção e

matmm carinho, que achem sua aparênciahorrível, que tenham uma dúzia de complexos e se sintam incom-

HSS preendidos e carentes, aponto dese envolverem com afetivamente com qualquer pessoa, ou serem levados por pessoas de conduta repreensível. Neste caso é impor-

^ o —. tante, que você, professor, seja umafigura de afeto confiável, além de ser instrumento de autoafirmação

ZÜTT de valores e de amor.Em aula, faça-os entender que

crer no amor de Deus e no sacrifício aamtm de Jesus nos faz conhecer e acre­

ditar em verdades fundamentais — — que respondem e suprem as nossas

necessidades inatas e básicas.

1. Quais as diferenças entre ética secu lar e bíblica?

2. Dentro da perspectiva bíblia, quais atitudes sociais deve­m os aprender?

3. Qual a diferença entre inteligência e sabedoria?

' mwS

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4. Por que é im portante pensar em perspectiva?

5. Que princípios bíblicos devem ser internalizados para nos ajudar a elim inar possíveis carências afetivas?

CB®

MÓDULO IS

Compreendendo os aspectos físicos, sociais e emocionais da adolescência.

A spectos do desenvolvim ento social dos adolescentes.

Elaine Cruz é psicóloga, mestre em educação, conferencista internacional e escritora.

Deus nos aceita como somos. Foi Ele quem nos criou e nos ama de form a incondicional, o que significa que não impõe condi­ções. Ele não nos ama pelo que podemos fazer por Ele e para Ele.

Deus dá significado à vida. Ele dá importância ao que somos. Ele nos formou de um modo maravi­lhoso e traçou uma vida plena e feliz para nós, uma vida cheia de significado (Salmo 139.14-16; Is 55.9).

Deus nos protege. Ele ordena anjos para nos guardar e tem o controle de todos os nossos pas­sos. Nada pode nos atingir ou ferir. Com Deus podemos estar seguros e viver sem medo, pois nosso futuro estará sendo controlado por Ele.

O Senhor nos quer - podemos pertencer a Ele. Acreditar nisto é dar adeus à solidão, à visão que Deus tem sobre nós, de indivíduos capazes, promissores, amados, vitoriosos e felizes. &

Í

Há muitos desafios que um pro­fessor da EBD de adolescentes deve considerar, de m odo a fornecer m otivação para que os alunos possam projetar me­tas para o futuro, de m odo a construírem uma vida saudável, realizada e feliz. Contudo, a melhor proposta educacional será sempre a de conduzi-los a se expressarem com sua forma peculiar de testemunhar e de louvar a Deus - e isto só se con segu e com um professor que saiba usar a Bíblia com o Manual Doutrinário, aplicando-a com sabedoria e de forma con- textualizada, mas sem perder o foco nas doutrinas universais e divinais, que precisam fun­dam entar os sen tim en tos e com portam entos dos alunos, até que a vida secular seja es­pelhada na vida eterna.

1

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Destaque as respostas deste encarte * •seu nome e e n d e r encarte e envie com

l a m e n t o d e ^ K ^

3ToVJZZ\crT 2 1 8 5 2 - ° 0 2

S oTre%eosatSasCtnvfadarqUÍVOS dÍgÍtaÜ2adosCertificados só serão in , P° P e' mails'

enviarem as respostas de to d f ^ alunos <7ue^ u s dados preenchtd ° ° S mÓdulos P eenchidos corretamente.

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CBOw w w . c p a d . c o m . b r

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Por S u s a n a d o s Sa n t o s B e n e d it o C ir q u e ir a

A h ! Se os nossos jovens em nossas classes da Escola Dominical fossem mais envolvidos e d inâ ­micos, atuantes na casa cie Deus! Com certeza esse tem sido o desejo e motivo de orações entre professores que trabalham com essa faixa etária.

A correria da vicia moderna, faculdades, traba­lhos, relacionamentos e ainda diversão ocupam um maior tem po no dia a dia dessa juventude que na dúvida do que priorizar acaba por deixar emsegundo plano a vida espiritua l e as condições que ela exige para se tornar frutífera e abençoada.

E claro que períodos im portantes de nossas vidas necessitam de empenho e dedicação como a form ação e a qualificação para o mercado de traba lho . Também um investim ento adequado deverá ser fe ito no quesito re lacionam ento com o p ropósito de construir, segundo o coração de Deus, os a licerces de uma fu tu ra fam ília , mas nunca se esquecendo cia área mais im portan te da qual retiramos força, graça e direção, que é a comunhão com o Senhor!

Urna vez tendo clara essa necessidade, o profes­sor de Escola Dominical torna-se um colaborador na harmonia entre esses departam entos na vida desses jovens, orientando-os, tendo a Bíblia corno ferramenta para que se desenvolvam, conquistem e sejam felizes sempre agradando a Deus!

E as orientações com relação à salvação desses jovens, o crescimento espiritual e a disponibilidade para o serviço na obra de Deus vão além da sala de aula. A Escola D om in ica l, com essa tríp lice tarefa (salvação-crescimento-serviço) tem papel im portante no despertar do desejo nos corações

desses jovens de se envolverem com o crescimento e aperfeiçoamento da igreja. Seja ganhando almas para Cristo ou transm itindo os conhecimentos ad­quiridos ern classe para outros, a verdade é que, após uma aula dinâmica e irnpactante, espera-se que os alunos das Escola Dominical fortaleçam-se e saiam de entre as quatro paredes de suas igrejas e façam aquilo para o que foram chamados.

E en tão surge a pe rgun ta : O que fazer? O que p ro p o r aos meus a lunos com o a tiv id ad e extraclasse? M uitos professores se conten tam ern apenas transm itir os tóp icos das revistas de mestre e alguns o fazem de maneira apenas ex- positiva, sem comentários adicionais pertinentes ao tema, sem participação dos alunos, sem vida! Aquela aula rnonótona e desinteressante. E isso é uma pena porque há tan to a pesquisar sobre cada tem a e m uitos professores esquecem que os conteúdos expostos pelos comentaristas são apenas um com eço para uma jornada de conhe­c im entos in findos sobre a Palavra de Deus. O interessante é ern cada aula p ropo r que to d o o assunto d iscutido e aprendido se estenda à vida diária de cada aluno. Desaíiá-los a aprofundarem

' E N S IN A D O R , n-,C R ISTÃO j /

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Susana dos Santos Benedito

Cirqueira é pedagoga, coordenadora geral

do Departamento Infantil “Crescendo

com Cristo", professora de Evangelização

infantil da Escola de Missões das

Assembleias de Deus (Emad), coordenadora

do Curso de Ensino para Professores

Evangelista de Crianças (Cepec)

e membro da Assembleia de Deus

em Jundiai (SP).

J)

mais o conhecimento sobre o tema, compartilhar o que descobriram e contagiarem amigos com esse am or à Palavra.

A criação de uma página na in te rne t para e xpo r com en tá rios e troca r conhec im en tos sobre a Escola D om in ica l, ad ic ionar am igos e evange lizá-los. Os jovens passam grande q uan tidade de horas d ian te do co m p u ta d o r falando, compartilhando, acessando e trocando informações, numa porcentagem alarmante de conteúdos nada convenientes a um cristão. Mas essa conectividade pocle se tornar ferramenta valiosíssima (e já tem s ido !) na com unicação das ve rdades b íb licas . O p ro fesso r p od e rá m anter contato com os alunos para incentivá­-los à frequência e ao estudo da Bíblia durante a semana. Quantos alunos estudam a lição da Escola Dominical durante a semana? Poucos! Essa comunicação semanal auxiliará nesse propósito.

O utra a tiv idade interessante para p ro po r aos alunos é a coleta de livros para a criação de uma b ib lio teca em sua igreja. Muitas pessoas possuem livros em casa que acabam encaixo­tados em algum lugar. Esses livros organizados servirão para estudos em grupo e até mesmo para pesquisas dos p ro fesso res de Escola Dom inical. E claro que a in terne t tem sido de grande auxílio na construção do conhecimento, mas te r bons livros à mão é indispensável! O livro "A dm in is tração Eclesiástica" pub licado pela CPAD dá excelentes o rien tações sobre com o organizar corretam ente uma b ib lio teca.

A organ ização de debates b íb licos entre congregações sobre os ternas estudados durante

o trim estre é urna boa opção para incentivar o estudo minucioso das lições. Entrega de troféus e encerramento com confraternização promovem a amizade e relacionam entos saudáveis entre os jovens cristãos. A lém disso, esse t ip o de atividade auxilia no entrosamento de líderes de jovens, superintendentes de Escola Dominical, professores e pastores. Todos unidos em prol da juventude da igreja.

A ED também pode sair do ambiente "igreja" e ir ao encontro daqueles que necessitam apren­der a Palavra de Deus e estão incapacitados. Grupos de estudos em asilos e abrigos seriam urna o p o rtu n id a d e de levar, além da Bíblia, carinho e atenção a pessoas tão carentes do amor cie Deus. O professor poderá pesquisar em sua cidade sobre a existência dessas entidades, organizar jun to a seus alunos a arrecadação de produtos de higiene, livros, Bíblias, roupas, de acordo com a necessidade de cada local. Uma pesquisa com antecedência sobre normas e exigências se fará necessária.

É cie grande importância tam bém a criação de urn grupo, e esse deverá ser fo rm ado com os alunos assíduos da Escola Dom inical, para v is itaçã o e transm issão dos ens ina m en tos o b tid os ern sala de aula, a alunos im poss ib i­litados de ir à igreja po r m otivo de traba lho, enferm idade, entre outros. Jovens m oradores de áreas afastadas da igreja tam bém poderão ser alcançados pela Escola Dom inical. Classes formadas em vilarejos distantes tornam possível a aprendizagem sistemática da Palavra de Deus a quem antes não tinha essa oportunidade.

3

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Três Regras Simples

A HORA MAIS IMPORTANTE

LES & LESLIE PARROT COM STEPHANIE ALLEN E TINA KUNAPesquisadores estão descobrindo que uma hora ã volta da mesa de jantar pode realmente unir a família e ajudar a criar filhos mais saudáveis e felizes.A Hora Mais Importante mostra como alimentar e nutrir a família através do momento da refeição. Um livro inspirador e prático, repleto das coisas que você necessita para tirar o máximo

Hora Mais Importante inclui:• Receitas inéditas;• Dicas e idéias de especialistas da cozinha;

• Fotos das refeições favoritas da família;

• Dúzias de gatilhos de conversa para manter seus filhos conversando à mesa.

John Wesley, proporciona amor ao próximo, união e um relacionamento profundo e diário com Deus. Leia e experimente, ainda hoje, uma mudança real de vida.

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0 LIVRO DE DANIEL

ELIENAI CABRALDaniel, cujo nome significa “Deus é meu juiz", é tanto o personagem principal como o autor do livro que leva o seu nome. O livro tem como tema central “Deus é soberano e tem o controle dos homens e da história” , O livro pode ser dividido em duas partes principais; Capítulo 1 a 6 que discorre sobre as histórias do profeta, e do 7 ao 12 que são dedicados às profecias, Daniel é o tema da revista Lições Bíblicas deste trimestre da Escola Dominical da CPAD e esta obra é o livro-texto oficial da revista. O livro contém preciosidades que vai ajudá- lo a se aprofundar no tema da lição. É uma excelente oportunidade de atualizar e relembrar seus conhecimentos,

O Espírito possui todos os atributos da divindade:“Tudo o que v ocê já ouviu falar sob re Deus sua onipotência, sua onisciência- tam bém é válido para o seu Espírito, Então, quando você

precisar de força, o Espírito estará pronto a lhe fornecer, Quando v o cê precisar d e confiança, fé, conforto ... saiba qu e v o cê pod e obter tudo isso a partir do Espírito d e D eus”.

TRECHO DO LIVROA b raçado peto Espírito

C harles Swindoll, página 2 1

“Uma decisão errada abre as portas para outras d ec isõ es

erradas e o círculo vicioso fo g e d e nosso controle até que, no

d esespero , a s p e sso a s são levadas a pedir ajuda. Só que o retorno ao

cam inho certo, normalmente, é difícil quando já desperd içam os grande parte da nossa vida. As

boas-novas, entretanto, são que ainda é possível, Não importa o

qu e acon teceu ontem, o am anhã sem pre pode ser diferente".

TRECHO DO LIVROFazendo o Melhor depois d e D ecisões

Erradas, Erwin Lutzer, página 33

“ Um ministério d e equipes de ação eficaz, no entanto, encara o p ro cesso d e crescim ento de form a realista. Por exem plo, no

primeiro ano d e m udança para as atividades do ministério de equipes d e ação, há em geral indefinição e

h esitação ," página 82, Treinador de Líderes. D esenvolvendo equipes

ministeriais eficazes -

TRECHO DO LIVROTreinador d e Líderes Stan Toler &

Larry Gilbert - CPAD.

/ f N S n T Ã D O R' c r i s t ã o < ^ y

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Celxna Tavares é pedagoga,

psicopedagoga e coordenadora

pedagógica da EscoLa Dominical naAD em

Aribiri (ES).

PROFESSORRESPONDE

*• y ?? - I L _

Po r C e l m a T a v a r e s

í ó t e ^ - t o ó .

U /r\

p o r c-arta

Prezados parceiros da ED, primeiro quero para­benizá-los pela preocupação nas ações docentes da ED. Isso mostra que existem educadores que primam pela qualidade do ensino. Devemos bus­car a excelência, pois estamos moldando o caráter, formando opiniões.

A ação do educador vai além do conhecimento teológico, dos apontamentos diários e da prepara-

Em cada aula, o aluno precisa ser surpreendido,

seduzido pela palavra ministrada

anterior foi apreendido. Precisamos focar os nossos objetivos. Quais são eles? Formar o caráter cristão ou dar ao aluno somente o conhecimento teórico? O conhecimento teórico está ao alcance de quem o desejar, mas, para lapidar o caráter cristão é necessário o fator "tempo" que nada mais é "processo", e, se é um processo, pressupõe paciência e estratégias. Portanto, rever os pontos relevantes da aula anterior, faz parte do planejamento da aula. Essa ação faz com que o educador avalie o conhecimento adquirido e o grau de aprendizagem dos alunos, tirando-lhes as dúvidas. Essa ação é chamada de "avaliação da aprendizagem". Portanto, é correto rever os conteúdos da aula anterior antes de ministrar outro tema. Vamos compartilhar algumas dinâmicas que possibilitam essa ação de forma criativa e participativa. Podemos utilizar o método de perguntas e respostas.

CuidadolNão abuse da quantidade. Seja sensato e formule no mínimo três perguntas que sejam rele­vantes para obter respostas desejadas. Seja criativo! De acordo com cada faixa etária você poderá está criando formas atrativas de revisão. As perguntas podem estar em forma de pescaria, atrás de um marcador de Bíblia, debaixo de uma guloseima... O importante é inovar! Outro método de revisão é oportunizar os alunos, alguns minutos para relatarem

ção da lição. Ele precisa lançar mão de estratégias para inovar e dinamizar suas aulas para que não caiam na monotonia. A rotina na classe colabora para a evasão na ED e o raquitismo espiritual.

Em cada aula, o aluno precisa ser surpreendi­do, seduzido pela palavra ministrada. Eis o grande desafio! Chamar a atenção de uma classe para o tema abordado e fazer com que todos participem e compreendam os ensinamentos. Para que haja aprendizado, deve-se ter um bom planejamento. Essa tarefa não é tão simples assim. Ela requer do professor metodologias, dinâmicas, envolvimento, tempo, comprometimento, paixão, amor. Mas, para tanto, aferir o conhecimento adquirido é um ato primordial para dar continuidade dos temas que fazem parte do currículo de cada faixa etária. Há educadores que se preocupam em desenvolver bemo tema do dia do que avaliar antes se o conhecimento

os pontos que foram relevantes para eles Distribui pequenas tiras de papel colorido e peça que escrevam uma palavra que remete a lição anterior. Em círculo ou em semicírculo o educador oportuniza os alunos a mostrarem suas palavras e explicarem o porquê daquela escolha. Nesse momento, o educador avaliará o grau de aprendizagem e fará intervenções utilizando a leitura bíblica para sanar as dúvidas. Outra estratégia de revisão é arrumar a sala em círculo e, no meio, colocar no chão um pedaço de qualquer tecido, que seja liso e de cor clara. Sobre o tecido, distribui fichas com palavras, versículos, ou frases da lição anterior. Num dado momento o ensinador pede aos alunos que peguem uma ficha. O aluno deverá ler o que está escrito e relatar se faz ou não, parte da lição anterior. E assim, a cada encontro, o educador iniciará sua aula revisando o que foi aprendido e iniciando um novo tema.

f. E N S IN A D O R ^J U v.CRISTÃO j)

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1 BOAS . . I1 IDEIAS : ( h i

Por T e l m a Bu e n o

Integridade Moral e Espiritual de Daniel

Professor. Use as dinâmicas para fixar melhor os temas debatidos em classe

DANIEL, NOSSO “CONTEMPORÂNEO

Neste trimestre estudaremos a respeito do livro de Daniel. Este, com certeza, é um dos livros proféticos mais lidos do Antigo Testamento. Daniel viveu como exilado em meio a uma cultura pagã, todavia ele manteve a sua verdadeira identidade israelita e permaneceu fiel a Deus.

Material: Papel ofício, caneta, folha de papel pardo com o quadro, fita adesiva, quadro branco.

Procedim ento: Apresente a nova revista e0 tema do trimestre aos alunos. Depois faça a seguinte indagação: "O que você espera deste trimestre?" Em seguida, diga que Daniel é um dos últimos profetas do Antigo Testamento e que o livro pode ser dividido em duas partes principais:1 — 6 histórias de Daniel e 7— 12 as profecias. Em seguida, escreva no quadro as seguintes ques­tões: "Quem é o autor do livro?" (Daniel). "Qual o tema central do livro?" (Deus é soberano e tem o controle dos homens e da história.) "Em que ano foi escrito e qual o seu gênero literário?" (Foi escrito em cerca de 536 - 530 a.C.. O gênero em que foi escrito é apocalíptico.) Depois, peça que os alunos se reúnam formando quatro grupos. Cada grupo deverá ficar com uma questão para que respondam. Em seguida, reúna os alunos no­vamente formando um único grupo. Explique que para estudar os livros da Bíblia de modo efetivo precisamos responder a essas questões. Depois, juntamente com os alunos, complete o quadro.

Autoria Daniel (Dn 12.4)

Tema central Deus é soberano e tem o controle dos homens e da história.

Ano em que foi escrito Cerca de 536 - 530 a.C.

Gênero Apocalíptico

A FIRMEZA DO CARÁTER MORAL

E ESPIRITUAL DE DANIEL

Daniel é um exemplo de fidelidade a Deus, ele abriu mão dos prazeres da vida palaciana, porém não abriu mão dos princípios divinos que lhe foram ensinados por seus pais e seus professores.

Material: Uma folha de papel sulfite na cor branca e outra na cor preta, cola.

Procedimento: Inicie a aula fazendo a seguinte indagação: "Como se manter puro, íntegro, vi­vendo em meio a uma sociedade idolatra, pagã e maligna?" Ouça os alunos com atenção. Diga que podemos encontrar a reposta dessa indagação observando a vida de Daniel. Em seguida, pegue a folha de papel sulfite branca. Mostre a folha e diga que o crente precisa viver neste mundo corrupto de forma íntegra, santa, e para isso ele não pode abrir mão dos princípios da Palavra de Deus. O crente precisa ser como uma folha em branco, sem mancha, mácula ou ruga. Depois, passe cola na folha toda e, em seguida cole a outra folha (cor preta). Diga que quando acaba­mos por nos aculturar e viver segundo a filosofia deste mundo ficamos unidos a ele. Todavia, a amizade deste mundo é inimizade contra Deus (Tg 4.4). Como igreja do Senhor, temos que ir contra a maneira de pensar deste mundo. Leia Romanos 12.2. Depois peça que um aluno, sem rasgar as folhas, tente separá-las. Mostre que é impossível separar as folhas sem rasgá-la. Assim, é impossível o crente viver segundo a filosofia deste mundo e não se contaminar, nem se ferir ou ferir o seu próximo.

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ÆA PROVIDENCIA

DIVINA NA FIDELIDADE

HUMANA

Deus é fiel e soberano. Os jovens hebreus que foram levados para a Babilônia tinham con­vicção dessa verdade; por isso, se recusaram a se prostrar diante de uma estátua maléfica de ouro. A estátua que Nabucodonosor mandou construir era símbolo do seu império e da sua arrogância. Aprendemos com o capítulo 3 de Daniel que muitas vezes nossa fé é provada, mas se permanecermos fiéis, Deus nos livra, como fez com os jovens hebreus.

Objetivo: Conscientizá-los da soberania e pro­vidência de Deus para com aqueles que são fiéis.

Material: Folha de papel pardo com o quadro (ver foto) e caneta.

Procedimento: Divida a turma em dois grupos. Entregue a cada grupo uma folha de papel pardo e caneta com o quadro abaixo (sem as respostas). Explique que assim como os amigos de Daniel foram provados na fornalha, nós, servos do Senhor, também temos a nossa fé provada em muitas ocasiões. Todavia, Deus é fiel e nos livra do mal. As provações têm o objetivo de fortalecer a nossa fé e revelar a grandeza do Deus a quem servimos. Os amigos de Daniel deram um testemunho vivo da soberania e providência do Todo-Poderoso. Em seguida, peça que, em grupo, os alunos completem o quadro dizendo as "fornalhas" que enfrentamos em nossa vida e as promessas de livramento que encontramos na Palavra de Deus. Explique que a nossa ífé nas promessas divinas, nos dá coragem para resistir e não se dobrar diante daquilo que quer nos tirar da presença de Deus. Depois que todos concluírem, reúna os alunos formando um só grupo. Leia os quadros que os alunos completaram. Explique que muitas são as "fornalhas" que enfrentamos, mas para cada uma delas Deus tem um livramento. Ele é fiel!

"FORNALHAS" QUE ENFRENTAMOS

DEUS ABOMINA A SOBERBA

"FORNALHAS" PROMESSA BÍBLICA

Enfermidades "[...] po rque eu sou o Senhor que te sara" (Êx 15.26).

Medo

"Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus.Eu o fortalecerei e o ajudarei;eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa" (Is 41.10).

Depressão" Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face" (SI 42.5).

Viuvez"O Senhor guarda os estrangeiros; sustém o órfão e a viúva, mas transtorna o caminho dos ímpios" (SI 146.9).

O reino de Nabucodonosor era próspero e temido, o que fez com que seu coração se tor­nasse altivo. A soberba do rei evidenciou a sua falta de temor ao Todo-Poderoso e sua insensatez. Ele aprendeu que o Todo-Poderoso abomina o orgulho de uma forma bem difícil. Teve que perder a sanidade para reconhecer que o poder e a glória pertencem a Deus.

O bjetivo: Conscientizar os alunos de que Deus abomina a altivez.

Material: Cartões conforme o modelo (ver foto).Procedimento: Inicie e dinâmica fazendo a

seguinte indagação: "O sofrimento pode gerar arrependimento e bênçãos maiores?" Explique que Nabucodonosor teve que perder sua consciência e ser afastado do convívio social para se arrepen­der da sua altivez. Muitas vezes, Deus permite as dores e os sofrimentos para que venhamos nos arrepender de nossos erros e sermos depois abençoados. Deus é misericordioso e bondoso, todavia Ele abomina o orgulho. Peça que um aluno leia Provérbios 6.16. Explique que o orgulho conduz à queda, à desgraça e ao abatimento. Em seguida, espalhe sobre uma mesa ou no chão da classe os cartões contendo as consequências do orgulho e os cartões com as referências bíblicas. Peça aos alunos que encontrem a referência certa para cada uma das consequências formando pares. Depois que todos os pares de cartões forem for­mados, leia as referências com os alunos. Conclua a atividade orando com os alunos, pedindo que o Senhor nos guarde de toda altivez.

A ALTIVEZ CONDUZ À DESGRAÇA

PROVÉRBIOS 11.2 A ALTIVEZ GERA CONTENDAS

PROVÉRBIOS 13.10

A ALTIVEZ CONDUZ AO ABATIMENTC

PROVÉRBIOS 18.12 A ALTIVEZ CONDUZ AO CASTIGO

PROVÉRBIOS 13.10 A ALTIVEZ GERA CONTENDAS

PROVÉRBIOS 16.5

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AS SETENTASEMANAS SERVIR A DEUS

No capítulo 9 do livro de Daniel, encontramos a grande profecia a respeito das 70 semanas. Deus desvendou ao profeta o que aconteceria no futuro a Israel e às demais nações. Avinda de Cristo se dará em breve, e a Igreja deve estar preparada para se encontrar com o Noivo.

Objetivo: Compreender que os sinais para a vinda de Cristo já estão se cumprindo.

Material: Lousa ou flip-chart.Procedimento: Converse com seus alunos ex­

plicando que em breve Jesus Cristo voltará. Diga que nem Daniel nem pessoa alguma sabe o dia ou a hora em que Jesus virá. Por isso, precisamos vigiar, estar sempre alertas. Todavia, nas Escrituras Sagradas, Deus nos deixou algumas pistas (sinais) a respeito de acontecimentos que precederiam a segunda vinda do seu Filho. Depois, escreva na lousa ou flip-chart os sinais relacionados abaixo. Discuta com os alunos estes sinais e em seguida divida a turma formando dois grupos (cada grupo ficará com três sinais). Depois, peça que os grupos encontrem passagens bíblicas que confirmem os sinais. Depois de encontrar as referências, solicite que confirmem essas afirmativas bíblicas mediante fatos ocorridos em nossos dias.

1 GUERRAS E RUMORES DE GUERRAS.2 FOME EM VÁRIOS LUGARES.3. TERREMOTOS.k. SURGIMENTO DE FALSOS PROFETAS.5. APOSTASIAS.6. GANÂNCIA SOBERBA, BLASFÊMIA ESFRIAMENTO DO AMOR.

O tema do trimestre da classe de Primários é "A alegria de servir a Deus". Seus alunos, ainda na infância, já podem ser incentivados a servirem ao Senhor. Eles podem servir orando, cantando, com as suas ofertas etc. Que seus alunos possam dizer como o salmista: "Servi ao Senhor com ale­gria e apresentai-vos a ele com canto" (SI 100.2).

Objetivo: Mostrar às crianças que podemos servir a Deus em todo o tempo.

Material: Bolas de festa.Atividade: Sente-se em círculo com as crianças

no chão da classe. Converse com elas e apresente o tema do trimestre e a nova revista de aluno. Diga o quanto é bom servir ao Senhor. Em seguida peça que os alunos citem algumas atividades que eles podem fazer para servir ao Senhor. Exemplo: orar pela igreja, entregar a oferta, entregar um folheto para um colega não crente etc. Depois, pegue os três balões (já cheios). Diga aos alunos que você vai jogar os balões e eles não podem deixar que os mesmos caia no chão. Conclua a atividade mostrando que assim como eles se esforçaram para não deixar os balões caírem, nós, os amigos de Jesus, temos que também nos esforçar para servir ao Senhor com alegria. Na igreja cada um precisa fazer a sua parte, assim como cada um se esforçou para não deixar os balões caírem.

í f ENSIN AD OR\ C R I S T Ã O j

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Professor, neste trimestre os juniores vão estu­dar a respeito do livro de Atos. Para introduzir o tema do trimestre de modo divertido, sugerimos uma atividade onde os juniores terão que decifrar as letras, como um código secreto.

Justificativa: É importante que os juniores conheçam os principais ensinos do livro de Atos.

Objetivo: Introduzir, de modo criativo, o tema geral do trimestre.

M aterial: Folhas de papel ofício e caneta hidrocor.

Atividade: Sente-se com seus alunos em cír­culo no chão da classe. Converse a respeito do tema geral do trimestre. Comente que eles vão estudar o livro de Atos. Em seguida apresente a nova revista de aluno. Depois, divida a classe em dois grupos (meninas x meninos). Explique que você fará uma pergunta para cada grupo e que vão encontrar as respostas nas folhas que estão no chão da classe. As respostas estão em forma de código. Elas estão invertidas, por isso, os alunos terão que ler de trás para frente, como num código secreto. Sugestão de perguntas:1. Quem é o autor do livro de Atos? (Na folha

deverá estar escrito SACLU- Lucas.)2. Quem era o destinatário do livro de Atos (a

quem seria enviado)? (OLIFÓET - Teófilo).3. Qual o nome da cidade que as pessoas estavam

quando foram batizadas com o Espírito Santo? (MÉLASUREJ - Jerusalém)

4. Quem orou pelo coxo na porta do Templo Formosa? (ORDEP E OÃOJ - Pedro e João)

5. Quem foi o primeiro mártir da igreja? (OAVETSE)6. Quem viu a Jesus no caminho de Damasco e

depois se tornou um importante missionário? (OLUAP)

Neste trimestre os pré-adolescentes vão estu­dar a respeito da Igreja de Cristo. Atualmente o número de "desigrejados" vem crescendo mui­to. São muitos os que se dizem decepcionados com a igreja. Então, aproveite a oportunidade para mostrar aos alunos que a Igreja não é uma instituição qualquer, ela é "o corpo de Cristo" aqui na terra.

Justificativa: É importante que os pré-ado­lescentes tenham consciência da importância da Igreja de Cristo na terra.

Objetivo: Mostrar o que pode manchar a igreja e impedir a comunhão entre os irmãos.

Material: Jarra com água e bolinhas de papel crepom de cores fortes.

Atividade: Sente-se com os seus alunos em círculo e apresente o tema do trimestre à turma. Em seguida diga que a igreja é um local de co­munhão, envolvimento e adoração. Em seguida faça a seguinte indagação: "O comparecimento à igreja é opcional?" Ouça os alunos e diga que não, pois a Bíblia mostra em Hebreus 10.25 que não podemos deixar a nossa congregação. Não podemos, como cristãos, viver de forma isolada. Todavia, às vezes a convivência na igreja é preju­dica. Mostre o vidro com água. Diga que a igreja precisa ser como a água do vidro, pura, limpa, cristalina. A igreja deve ser um local onde o sedento por Jesus pode saciar a sua sede. Um lugar de acolhimento, amor, companheirismo... Entretanto, quando os membros da igreja começam a dar lugar a fofoca, a intriga... Peça que os alunos citem o que atrapalha a comunhão e a vida na igreja. À medida que eles forem falando, vá colocando as bolinhas de papel na água. Depois, mostre a jarra com a água e pergunte: "Alguém gostaria de beber esta água?" Não! Não podemos bebê-la porque está impura, imprópria para o consumo. Assim acontece com a igreja quando permitimos que aquilo que não agrada a Deus comece a fazer parte da nossa congregação. Conclua orando em favor da unidade e santidade da sua igreja.

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CARTAS QUE ENSINAM

Neste trimestre os adolescentes vão ter a oportunidade ímpar de estudar a respeito das Epístolas Paulinas. Muitas destas cartas foram escritas da prisão, o que mostra que nada pôde impedir Paulo de cumprir com a sua missão.

Justificativa: Os adolescentes precisam estar conscientes de que podemos encontrar nas epís­tolas de Paulo diversos assuntos que são úteis para a igreja atual.

Objetivo: Relacionar as Epístolas Paulinas para introduzir o tema do trimestre.

Material: Quadro branco, papel com as ques­tões e caneta.

Atividade: Sente-se com os alunos em círculo. Leia, juntamente com eles, o título das lições e faça um comentário geral a respeito do tema do trimestre. Explique que ao ler uma epístola precisamos fazer duas indagações essenciais: "Para quem a carta foi endereçada?"; "Por que o autor precisou escrever?" Comente que as epístolas de Paulo não foram colocadas na Bíblia na ordem cronológica. Elas foram agrupadas pelo tamanho do texto, logo as cartas maiores vêm primeiro. Em seguida faça a seguinte indaga­ção: "Qual é a ordem cronológica das cartas?" Ouça os alunos e em seguida peça que formem duplas. Distribua para as duplas as folhas com as epístolas e peça que eles tentem colocá-las na ordem cronológica. Depois que todos terminarem faça a correção colocando o gabarito no quadro. Conclua propondo um desafio para a classe: ler durante o trimestre todas as Epístolas Paulinas em ordem cronológica.

0 PERIGO DAS FALSAS CIÊNCIAS

Neste trimestre o tema da revista de Juvenis é "O perigo da falsa ciência e das filosofias antibí- blicas". O objetivo do trimestre é tratar a respeito das seitas que estão espalhando as mentiras de Satanás pelo mundo e levando muitos ao erro.

Justificativa: Conscientizar os jovens do perigo das seitas.

O bjetivo: Mostrar aos jovens o perigo das práticas ocultistas e das supertições.

Atividade: Para abertura do trimestre, sente-se com seus alunos em círculo. Leia juntamente com eles, os títulos das lições e faça um comentário geral a respeito do tema do trimestre. Em seguida explique que você vai escolher alguns alunos e fazer algumas perguntas. Eles terão que respon­der, mas não poderão dizer nem "sim" e nem "não". Exemplo de pergunta: "Você é casado?" Diga que é difícil responder algumas perguntas sem poder dizer essas duas palavrinhas, "sim" ou "não". Explique que para as práticas ocultistas temos que dizer somente não. "Por que dizer não?" Porque em toda a Bíblia o ocultismo é condenado pelo Senhor, pois ele mancha, cor­rompe o homem. As práticas ocultistas, como a astrologia, são abomináveis diante de Deus. No Antigo Testamento, quem as praticava era mor­to. Peça que leiam Levítico 20.27 e em seguida Deuteronômio 18.10-13. O Novo Testamento, afirma que quem praticar tais ações não entrará no Reino de Deus. Peça que leiam Gálatas 5.20,21 e Apocalipse 21.8 e 22.15.

(1) 1 Tessalonicenses

(2) 2 Tessalonicenses

(3) 1 Coríntios

(4) 2 Coríntios

(5) Gálatas

(6) Romanos

(7) Colossenses

(8) Efésios

(9) Filipenses

(10) Filemom

(11)1 Timóteo

(12) Tito

(13) 2 Timóteo

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M a r c F'1 o d e O l iv e ir a e O l iv e ir a

Ir tegridade Le

i ïtual0 legado do Livro de Daniel para a igreja hoje

O livro de Daniel foi (e talvez ainda seja) objeto de algumas controvérsias entre os teólogos. Não por acaso, um crente batista, Willian Miller (ou Guilherme Miller), no ano de 1831, através de uma série de cál­culos, popularizou a interpretação de Daniel 8.14 cujo resultado previa a volta de Jesus em 22 de Outubro de 1844. Miller errou na interpretação e até hoje o nosso Senhor não veio!

Anteriores a Willian Miller, outros intérpretes che­garam às conclusões semelhantes: o Jesuíta Manuel Lacunza (1731-1801); o jurista mexicano, Gutierry de Rozas (1835); Adam Burwell, missionário canadense da sociedade para propagação do Evangelho (1835); R. Scott, padre anglicano e, em seguida, pastor Batista (1834); o missionário inglês, Joseph W olff (1829). Por que um livro bíblico, a Palavra de Deus, traria tantas discrepâncias?

O problema não está na Bíblia, mas em quem a interpreta. Por isso, devemos considerar algumas informações ao iniciar o nosso estudo em Daniel:

Um relato histórico. O conceito conversador e tra­dicional de que o livro de Daniel é histórico e remonta os próprios dias do profeta era unânime até aparecer a crítica moderna da Bíblia. Ainda assim, não temos razões para mudar este conceito hoje.

O livro. O texto foi escrito em hebraico, entretan­to, os capítulos da seção 2.4 a 7.28 foram redigidos em aramaico. Derivado da Caldeia, o aramaico era um idioma popular das relações internacionais do período imperial babilónico.

O Esboço. Este nos ajuda a compreender a unidade literária do livro de Daniel. A estrutura da obra bíblica consta assim: (I) História [1—6] e (II) Profecia [7— 12],

(I) História: Daniel na Babilônia [1]; as duas imagens— o sonho e a estátua de Nabucodonosor [2 e 3]; Dois reis sob disciplina — o orgulho de Nabudonosor e a profanação de Belsazar [4 e 5]; O decreto de Dario [6].

(II) Profecia: As duas visões dos animais-impérios— os quatro animais / o bode e o carneiro [7 e 8]; A explicação das duas profecias — os 70 anos de Jeremias e os acontecimentos dos últimos tempos [9— 12],

Propósito: Revelar o escape de Deus para o Seu povo, apesar das injustiças promovidas pelos impérios pagãos. O profeta Daniel mostra que o Senhor julgará os poderes políticos do mundo que institucionalizam a injustiça. Quando entendemos a unidade literária de Daniel os símbolos e as figuras apresentadas no livro tornam-se complementos do assunto central: a Soberania de Deus.

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Quem era o jovem Daniel? Quem eram Hananias, Misael e Azarias, seus amigos? O livro de Daniel inicia a história desses jovens situando-os no processo de deportação de Jerusalém para a Babilônia de Nabudonosor. A respeito desses quatro jovens, a Bíblia descreve cinco características importantes: Eram "de linhagem real, dos nobres"; "sem defeito algum"; "formosos de aparência"; "instruídos em toda a sabedoria"; "sábios em ciência".

A identidade dos quatro jovensFlávio Josefo, historiador judeu de linhagem sa­

cerdotal (37-103 d.C), em sua célebre obra, História dos Hebreus, editada pela CPAD, confirma a linhagem real e nobre de Daniel e dos seus três amigos: "Dentre todos os filhos da nação judaica, parentes do rei Zede- quias e outros de origem mais ilustre, Nabucodonosor escolheu os que eram mais perfeitos e competentes". Outro apontamento de Josefo chama-nos a atenção: "Dentre os moços que eram parentes de Zedequias, havia quatro perfeitamente honestos e inteligentes: Daniel, Hananias, Misael e Azarias". Tanto pela Bíblia quanto por fonte extra, está claro que esses jovens pertenciam à realeza e à nobreza de Israel. Ambos eram parentes do rei Zedequias. Entretanto, as carac­terísticas mais importantes destacada pela Bíblia e, igualmente por Josefo, eram a honestidade, firmeza e integridade no caráter.

Educados na Lei de Deus, os jovens levavam a sério a ética social da Torá na cultura paganizada da Babilônia. Prova disso foi a tentativa de Nabudonosor em apagar a identidade social e religiosa deles. Ele trocou os nomes dos rapazes para nomenclaturas pagãs: a Daniel deu o nome de Beltessazar; Hananias o chamou Sadraque; a Misael, Mesaque; a Azarias, Abede-Nego.

A firmeza do caráterFrequentemente, o termo caráter é conceituado

como um tipo ou sinal convencionado numa sociedade. Refere-se à índole, ao temperamento e a forma moral. A família, a escola e a religião de um grupo social contribuem para formar o caráter de uma pessoa.

Ao impor a troca dos nomes de Daniel e os seus três amigos o rei Nabucodonosor estava "mudando" a identidade deles, tanto cultural quanto religiosa, advinda da Lei de Deus. Mas o que fizeram os jovens rapazes? Resistiram sabiamente, propondo outra estratégia para viverem no palácio da Babilônia sem desonrar a Deus e conservando a integridade de caráter herdado do seu povo.

O livro do profeta Daniel, através do sonho do rei Nabucodonosor, resume os grandes impérios do mundo: Babilônia, Média/Persia, Grécia e Roma. O capítulo dois se divide em Introdução, Três episódios e Conclusão.

Introdução (v.1)O primeiro versículo introduz o sonho de Nabuco­

donosor como ocorrência do segundo ano de reinado. Os estudiosos do Antigo Testamento concordam que neste tempo o profeta Daniel era bem jovem e há três anos ele fora deportado para a Babilônia.

Primeiro Episódio (vv.2-13)O primeiro relato do sonho imperial revela Nabu­

codonosor chamando os Magos, os Astrólogos, os Encantadores, e os Caldeus, isto é, todos os sábios e os feiticeiros do império para interpretarem o sonho. Os intérpretes pediram ao rei que lhes contasse o sonho para em seguida o decifrarem. Nabudonosor recusou afirmando: "se me não fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas um monturo". O rei não se contentava somente com a interpretação, pois os adivinhadores teriam também de prenunciar o sonho.

Segundo Episódio (vv.14.24)O capitão da guarda do rei, Arioque, saiu para

matar os sábios. Quando Daniel prudentemente o interrogou sobre a ordem imperial. Recebendo a ex­plicação de Arioque o profeta solicitou uma audiência ao rei e pediu um tempo para contar o sonho e dar a interpretação. Daniel procurou os seus amigos para buscarem a Deus. O Senhor os respondeu!

Terceiro e Ultimo Episódio (vv.25-45)Levado por Arioque ao rei Nabucodonosor, Daniel

lhe contou o sonho e o interpretou. Chocado, o rei da Babilônia prostrou-se aos pés de Daniel e reconheceu a sabedoria que lhe fora dada pelo Deus de Israel.

Conclusão (vv.46-49)A conclusão do capítulo dois é surpreendente.

Nabucodonosor promoveu Daniel ao mais alto cargo imperial e a pedido do profeta elevou os seus amigos Sadraque, Mesaque e Abede-Nego às altas posições.

O segundo capítulo revela-nos que o Reino de Deus não se confunde com o reino dos homens. Segundo o conselho da sua soberania, o Eterno intervém na história humana. Ele trabalha a fim de que todos os moradores da Terra reconheçam a sua majestade e, em Cristo, resistamos as injustiças do governo humano.

' Í É N S IN À D O R ' . C r !S T J O . .. ó/j

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A Providência Divina Deus abominana Fidelidade Humana a soberba

O primeiro tópico da quarta lição, sob o título "a tentativa de se instituir uma religião mundial" leva-nos a pensar o assunto do Ecumenismo e do Diálogo Inter-Religioso. Uma característica da sociedade bra­sileira é a pluralidade das religiões e dos costumes. Igualmente, as denominações cristãs no Brasil são plurais. Por isso é importante definirmos expressões tão mal compreendidas no meio evangélico como o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso.

EcumenismoEm primeiro lugar começaremos dizendo o que não

é o Ecumenismo. Ele não é a tentativa de reunir várias religiões numa só. Há muitas afirmações equivocadas sobre o conceito de Ecumenismo. Em parte, devido a propagação de um conceito errôneo da própria mídia brasileira. Entretanto, a palavra Ecumenismo provém da grega oikouméne que designa a ideia de "toda a terra habitada". Em outras palavras, do ponto de vista da Teologia Cristã, e segundo o pastor Claudionor de Andrade, Ecumenismo é "a concretização do ideal apostólico de agregação de todos os que professam o nome de Cristo". Isto é, um movimento dialogai e cooperativo entre as igrejas cristãs, especificamente, "a Igreja Católica, a Igreja Ortodoxa e a Igreja Protestante". Devido aos muitos aspectos culturais e teológicos, o ecumenismo cristão até agora não foi possível.

Diálogo Inter-ReligiosoO Dicionário Teológico do pastor Claudionor de

Andrade, acerca do termo Ecumenismo diz que "com o passar dos tempos, porém, a palavra foi sendo des­virtuada até ser tomada como um perfeito sinônimo para o sincretismo religioso". O termo passou por uma série de evoluções tanto no cenário religioso quanto no secular. Entretanto, os conceitos modernos da Teologia vêm resgatando a ideia do diálogo entre as igrejas de tradição cristã como sendo a identidade do Ecumenismo. Por outro lado, a expressão Diálogo Inter-Religioso dará conta da tentativa de se agregar as diversas religiões da sociedade. Ou seja, o Diálogo Inter-Religioso reúne os representantes das diversas religiões para dialogarem. Portanto, quando você assiste a um sacerdote, um pastor, um rabino e um imã (o dirigente muçulmano) reunidos num mesmo lugar o que ocorre ali não é um ato ecumênico, mas o diálogo inter-religioso. Entretanto, a tradição reformada e a pentecostal, ambas de tradição cristã, entendem as Escrituras como exclusivistas em matéria de fé e prá­tica, por isso, ambas rejeitam o diálogo entre religiões

Imagine um rei que controla as vidas das pessoas e decide se elas vivem ou morrem, mas de repente, de uma hora para outra se tornar um louco, um lu­nático e um irracional? Este rei foi Nabucodonosor.

O capítulo 4 de Daniel traz a imagem de uma árvore florescente representando a figura de Nabu­codonosor, o imperador da Babilônia. Num belo dia o rei olhou para todas as criações do seu império e, consigo mesmo, viveu a síndrome de Narciso: pen­sou que era o responsável por todas as realizações do império babilónico. Na imagem apresentada a Nabucodonosor um homem anuncia que a árvore seria cortada e ficariam apenas as raízes. Esta árvore era o rei Nabucodonosor. Daniel foi corajoso em anunciar isso a ele!

O conceito de soberbaO relato do quarto capítulo de Daniel demonstra

o sutil, mas desastroso, efeito da soberba. Um com­portamento excessivamente orgulhoso, arrogante e presunçoso caracteriza o sentimento da soberba. A ideia de poder sobre os outros por si só é uma loucura. Segundo a psicóloga Rosemeire Zago, "a soberba leva o homem a desprezar os superiores e a desobedecer as leis. Ela nada mais é que o desejo distorcido de grandeza" e completa: "a pessoa que manifesta a soberba atribui apenas a si próprio os bens que possui. Tem ligação direta com a ambição desmedida, a vanglória, a hipocrisia, a ostentação, a presunção, a arrogância, a altivez, a vaidade, e o orgulho excessivo, com conceito elevado ou exa­gerado de si próprio". Nabucodonosor concentrou todas estas características perdendo-se em si mesmo no mundo obscuro do orgulho.

Não percamos a lucidezQuantas vezes sentimos a síndrome de narciso

como a que se abateu sobre Nabucodonosor? Pre­tendemos usar o nosso raio de influência para fazer um pequeno império onde nós determinamos, im­pomos e mandamos sobre o "destino" das pessoas. Por isso que Tomás de Aquino atribuiu a soberba um pecado específico, embora, como bem retratou a psicóloga Rosemeire Zago, num artigo publicado no UOL, a soberba apareça em outros pecados. A soberba adoece a alma. Não fomos chamados para ser irracionais ou lunáticos no exercício das nossas funções humanas. Por isso, o verdadeiro antídoto contra as ambições das nossas almas é Jesus de Nazaré, o homem "manso e humilde de coração".

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A Queda do Império Babilónico

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1 LIÇAO |7

Integridade em tempos de crise

"MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM." Era o queestava escrito na parede revestida por estuque do palácio real. Uma imagem assombrosa e amedron- tadora que colocou ponto final na festa do palácio. Deus estava falando que chegara ao fim o espetáculo do deboche da fé alheia.

O capítulo cinco de Daniel retrata a imagem de uma festa no Palácio do Co-Regente da Babilônia. Belsazar havia ordenado aos seus subordinados que trouxessem os utensílios de ouro deportados do templo de Jerusalém. Com estes utensílios o rei promoveria uma festa regada a vinhos para os convivas. Era a festa do deboche! Do deboche da fé de um povo. Do deboche dos costumes e hábitos de uma nação. Do deboche da cultura religiosa de um povo. Do deboche do Deus de uma nação.

A ação divinaO quinto capítulo do livro de Daniel demonstra um

Deus soberano que perscruta a motivação do coração humano. Ele fez isso com o rei Belsazar. Este caiu na mesma tentação do seu avô, Nabucodonozor. E ado­eceu de alma pensando fazer com o poder imperial o que bem entendesse sem ser alvejado pelas suas escolhas. Belsazar escolheu o caminho mais sórdido e absurdo: o da profanação da identidade religiosa e cultural de um povo, e das coisas consagradas a Deus. Somente para mostrar que ele, Belsazar, era mais importante que o Deus de Israel. Entretanto, o rei mal sabia que estava sob o olhar desse Deus.

Para a motivação de Belsazar foi dado um xeque mate: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. Estas pa­lavras são a mensagem de Deus revelada a Daniel: "Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança e foste achado em falta. PERES: D ividido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas". Naquela noite o Deus de Israel acabara com a festa do deboche das coisas consagradas a Deus e do Seu povo. E Belsazar morreu ali mesmo.

Um cuidado na interpretação do textoAo lermos este texto temos de ter o cuidado de não

fazermos interpretações a fim de colocarmos os utensílios dos nossos cultos hoje acima das pessoas. No Antigo Testamento o povo de Israel, os profetas e as lideranças judaicas não haviam conhecido a revelação de Jesus de Nazaré. Isto é um dado muito importante! Não podemos ler o Antigo Testamento sem considerar o Evangelho ensinado por Jesus de Nazaré, o Deus encarnado em Pessoa, e as cartas apostólicas: O Novo Testamento.

É possível ser íntegro em meio à corrupção? É pos­sível sujeitar-se a Deus quando ao nosso redor estamos cercados de exemplos contrários ao ideal divino? Estas são as perguntas norteadoras desta sétima lição.

A históriaO capítulo seis de Daniel revela que o profeta fora

colocado como um alto oficial do Império de Babilônia no governo de Nabucodonosor e, posteriormente, Dario o assentara como líder de governo do império Medo-Persa. Dario dividiu a escala de poder do im­pério Medo-Persa da seguinte maneira: três príncipes supervisionavam os 120 presidentes constituídos nas províncias do império (w. 1,2). Daniel era um dos príncipes. Mas entre os três o profeta se destacara.

Os príncipes e os presidentes armaram uma ci­lada política envolvendo a religião do império. Não podiam sujar o caráter de Daniel nas esferas sociais, morais e políticas, então os príncipes e presidentes do império usaram a religião para atingir a vida de Daniel. O plano: durante trinta dias quem dirigisse uma prece a Deus ou a um homem seria lançado na cova dos leões. Ainda assim, o profeta Daniel não alterou a sua rotina. Todos os dias, Daniel dirigia-se para uma sala no andar superior da sua casa, onde se punha de joelhos para orar (além de ajoelhar-se, os judeus ficavam de pé com as mãos erguidas para o céu e tam bém prostravam-se como diante de Deus). Até que foi denunciado pelos seus colegas de governo e Daniel condenado a cova dos leões.

Política e ReligiãoA história da humanidade registra testemunhos

contundentes acerca da mistura entre a religião e a política. A exemplo dos inimigos de Daniel, muitos usaram a religião para se beneficiarem politicamente. Eles não criam em nada: no culto que praticavam e no deus que diziam servir. Apenas usavam e abusavam desses expedientes da religião com o fim de colocar os seus interesses políticos em primeiro lugar. A história da igreja confirma a tragédia do Corpo Institucional de Cristo quando se misturou o poder temporal e o espi­ritual. "O meu Reino não é deste mundo" disse Jesus.

A Igreja Católica Romana perdeu-se no caminho por se achar detentora do poder temporal do "Sacro Império Romano". Algumas Igrejas Protestantes se amalgamaram com o Estado. Vide a divisão da Anglicana, Luterana e Reformada na Europa! O que dizer das igrejas brasileiras envolvidas com a política partidária?

' e n s i n a d o r \ c r i s t A o ~ j c S y

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Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias

Prezado professor, a partir deste capítulo, o sete, iniciaremos outro gênero de narrações sobre o profeta Daniel e os seus amigos. Até o capítulo seis o gênero predominante no livro é classificado como história. Mas a partir do capítulo sete, o gênero que passa a dominar a obra é o das visões de Daniel. Uma série de visões dadas por Deus ao profeta é revelada a respeito do futuro do mundo e do Reino de Deus.

OrientaçõesProfessor, para explicar didaticamente o primeiro

tópico da lição recomendamos que ministrasse a aula de acordo com a descrição do tópico I: a descrição da visão e, posteriormente, a interpretação da visão. Descreva o primeiro animal, o segundo, o terceiro e o quarto. Então, em seguida, trabalhe a questão da interpretação destes animais. Leve em conta que a interpretação evangélica conservadora tende a compreender estes quatro animais como sendo os quatro impérios do mundo: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. Estes impérios representam o período de tempo desde Daniel até a segunda vinda de Cristo.

Considere também que os muitos interpretes de Daniel tendem a colocar a profecia do capítulo 7 e 8 como uma continuação do capítulo 2. Lembra do que trata este capítulo? Os impérios são representados por uma grande estátua com cabeça de ouro; peito e braços de prata; ventre e quadris de bronze; pés de ferro e de barro. Entretanto, a estátua é derrubada por uma pedra. Esta pedra é o Reino de Deus des­truindo toda a concepção humana de imperialismo.

Além do primeiro, do segundo e do terceiro, o quarto animal traz algo bastante específico: "dez chifres" e um "chifre pequeno". Quando o professor explicar estes elementos considere que ao longo dos anos muitas especulações foram feitas a respeito dessas duas figuras. Não vá além do que menciona o texto bíblico.

No passado, muitos crentes sinceros conside­raram Hitler o pequeno chifre, isto é, o Anticristo. Outros consideraram Stalin o líder mundial. Alguns disseram que o Comunismo iria gerar o Anticristo. Outros ainda compreenderam que o papa João Paulo II era o Anticristo. A história provou que todas estas especulações não se sustentaram. Não sabemos a respeito do Anticristo porque simplesmente a sua identidade não foi ainda declarada. Ao que parece, nem saberemos. Não seremos arrebatados antes? Boa aula!

0 Prenúncio do Tempo do Fim

O oitavo capítulo de Daniel retrata os impérios Medo-Persa e Grego respectivamente. O carneiro de dois chifres representa o império Medo-Persa. O Bode é figura do império Grego e o grande chifre do bode refere-se a Alexandre Magno, o mais célebre conquistador do Mundo Antigo.

Alexandre humilhou o império Medo-Persa sem compaixão e piedade. Representado pelo grande chifre do bode que foi quebrado, o imperador grego morreu prematuramente. A visão de Daniel apresenta mais quatro chifres que cresceram no seu lugar. Eles representavam os quatro generais que dividiram o império Grego em quatro regiões, após a morte de Alexandre, isto é, Macedônia, Ásia Menor, Síria-Babilônia e Egito. Entretanto, desses quatro chifres cresceu um pequeno chifre que foi visto na figura de Antíoco Epífanes, o rei da Dinastia Selêucida que governou a Síria entre 174 e 164 a.C.

Antíoco Epífanes atacou as quatro regiões e suas res­pectivas potências militares. A história confirma também o assassinato do sumo-sacerdote judeu Onias em 170 d.C e a profanação do templo de Jerusalém. Daniel teve uma visão extensa e assustadora ao ponto de lhe tirar a força física para fazer as coisas mais básicas da vida. Mas era uma visão que devia ser guardada em segredo.

Muitos estudiosos concordam que o capítulo oito de Daniel traz um testemunho de uma profecia histórica que se cumpriu parcialmente. A história teria testemunhado os acontecimentos que os santos pro­fetas, sem os conhecerem de antemão, profetizaram em nome do Senhor. É bem verdade que o nosso Deus zela pela sua Palavra.

A Bíblia diz que o espírito do anticristo opera no mundo. De acordo com a crueldade, a ignomínia e a covardia de Antíoco Epifânio muitos estudiosos o rela­cionam como um tipo do Anticristo de que fala o Novo Testamento. Mas enquadrá-lo como Anticristo ainda passa por especulação. Todavia, o que deve alegrar o crente são as vidas que abrem os olhos espirituais e percebem por si mesma o benefício de crermos na graça preciosa e suficiente de Deus, o nosso bendito e eterno Pai.

Aproveite a aula de hoje para mostrar aos alunos como o nosso Deus relaciona-se com o Seu povo es­colhido. Somos a igreja de Deus, um povo escolhido e chamado por Ele para anunciar as boas novas da vida eterna. Não permita que o seu aluno deixe a aula sem este esclarecimento: o de que o Senhor, através do Seu Filho Jesus, e na força do Espírito Santo, tem cuidado de nós.

, ENSINÂDOFTÍ 14 U \ CRISTÃO J

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O capítulo nove de Daniel é um dos mais contro­vertidos e especulados da Bíblia. Quantas datas foram marcadas para a vinda de Jesus a partir desse capítulo? Quantas pessoas pensaram que o Anticristo foi o Hitler? Ou o Papa? Tudo a partir da leitura desse capítulo.

O que se tem no capítulo nove é a terceira visão dos mistérios proféticos a respeito do tempo do fim onde de forma direta e através do anjo Gabriel o profeta Daniel recebeu de Deus tais informações. Duas divisões naturais aparecem neste capítulo: a oração de Daniel (vv.3-19) e a resposta divina trans­mitida pelo anjo Gabriel (vv.20-27).

A respeito da oração de Daniel é importante que o professor considere algumas questões importantes:

1. A oração de Daniel fo i motivada por uma reflexão acerca das profecias de Jeremias. O povo judeu passaria setenta anos cativo e desolado (v.2);

2. Enquanto empenhava-se por entender a men­sagem do profeta Jeremias, Daniel humilhou-se na presença de Deus e jejuou (v.3);

3. Daniel suplica ao Senhor confessando o pecado do povo e colocando-se, juntamente com o povo cativo, responsável por aquele pecado (vv.4-14);

4. Suplicou também pela misericórdia divina lem­brando esta mesma misericórdia quando o Senhor livrou o Seu povo do Egito e, igualmente, usou de justiça para castigar o pecado de Jerusalém (vv.15,16).

5. Por fim, Daniel pede a Deus para libertar a cidade santa, Jerusalém, e a nação cujo Deus é o Senhor (vv.17-19);

6. O anjo Gabriel responde a Daniel após o pro­cesso de busca por resposta divina. É interessante destacar que é a primeira vez que um anjo aparece se locomovendo no Antigo Testamento. Antes, outros anjos apenas apareciam.

O capítulo pelo qual estamos estudando revela a disposição e a motivação de Daniel em buscar os desígnios de Deus. Embora não seja, neste espaço, a nossa intenção criar uma espécie de receita de bolo para buscarmos a Deus, pois entendemos que as experiências espirituais são de caráter subjetivo, cada pessoa tem a sua experiência com o Pai, mas é impossível não observarmos algumas características que chama-nos atenção na atitude de Daniel: a sua sede de conhecer a vontade de Deus, a humildade; a sinceridade; a disposição em orar e jejuar. Que a atitude de Daniel estimule-nos a buscarmos a vontade de Deus para a nossa vida!

O capítulo que ora vamos estudar encontra-se numa seção que se destaca dos capítulos sete a nove: a de dez a doze. Estes aparecem como profecia que os remete a uma retrospectiva histórica dos capítulos sete a nove. A seção dos capítulos dez a doze dividi- -se basicamente em três partes: introdução longa que descreve a aparição do emissário divino para Daniel (cap. 10); a revelação que envolve a história dos quatro impérios mencionados em profecias anteriores (11.1— 12.4); a consumação dos segredos divinos até o tem po do fim (12.5-13).

O capítulo dez retrata o envio de um emissário celestial, conhecido como o homem vestido de linho, que trouxe uma mensagem a Daniel acerca do futuro das nações e do povo de Israel. O profeta Daniel esgotou-se fisicamente diante da realidade espiritual permeada na batalha entre anjos cuja maioria dos estudiosos conservadores diz serem aqueles anjos guardiões das nações que habitavam a região da Palestina e adjacências.

Mais importante é destacar que neste capítulo os anjos aparecem com uma missão específica em relação ao desenrolar da história revelada em visão a Daniel. Os seres espirituais são enviados pela parte de Deus para auxiliar o profeta concernente a inter­pretação de algo que Daniel buscava compreender. Perceba que em nenhum momento há uma atitude de deslumbramento por parte do profeta com rela­ção aos seres espirituais. Pois o seu desgaste físico tem haver com a dimensão do mundo espiritual que ele viu-se imerso. Por isso, não podemos usar este texto para justificar os movimentos contemporâneos de "cair no espírito". É um "assalto" hermenêutico utilizar textos como este de Daniel para justificar movimentos que nada tem haver com o desenrolar do futuro das nações onde Deus se predispõe a revelar os mistérios divinos.

Não se pode deixar de apontar também que no nascimento de Jesus de Nazaré esta dimensão ce­lestial foi novamente representada através dos anjos. O anjo Gabriel anunciou o advento do Messias. Na tentação de Jesus, após Ele ser provado e ter vencido as tentações, anjos o serviram. O apóstolo Paulo nos falou que a nossa luta não é contra carne e sangue, mas contra as potestades nas regiões celestiais. Os anjos são reais, o mundo espiritual é real e, por isso, não podem ser banalizados por meninices e falta de bom senso e respeito às coisas de Deus.

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I M Q f lUm tipo do futuro anticristo

0 Tempo da Profecia de Daniel

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Antíoco IV Epifânio foi um déspota selêucida cruel, vingativo e opressor. Para a aula do capítulo 11 do livro de Daniel, precisamos conhecer um pouco mais sobre as ações desse rei que procurou "helenizar" a Palestina entre 168-164 a.C.

A história nos conta que a partir das rixas locais em Jerusalém — Jasão, por exemplo, tentou se reconduzir ao cargo de Sumo-Sacerdote matando partidários de Menelau — Antíoco Epifânio invadiu a Cidade Santa massacrando muitos judeus, saqueando o Templo e reempossando Menelau a função de Sumo-Sacerdote. Note que o Sumo-Sacerdócio há muito havia deixado de ser uma instituição nomeada por Deus. Era uma instituição marcada pela conquista do poder pelo poder. Essa cultura permaneceria assim com o advento do Senhor Jesus. Através dessa cultura de poder o nosso Senhor foi assassinado em plena Palestina.

Anos mais tarde Antíoco Epifânio voltou a atacar a Palestina. Dentre as suas intenções para com aquela região estava não somente o ataque, mas a mudança da mentalidade cultural dos judeus, da sua religião e da sua identidade como povo. Veja as seguintes ações de Epifânio:

1. Forçou a aculturação dos judeus na cultura helénica.

2. Ordenou uma perseguição amarga e sangrenta aos que resistiram à cultura e à religião helenísticas na Palestina.

3. Em 167 a.C., erigiu um ídolo consagrado a Zeus e sacrificou porcos sobre o altar no Templo de Jerusalém.

4. Proclamou-se divino. Seu sobrenome, "Epifâ­nio", significa "deus manifestado".

A figura de Antíoco Epifânio representa o ápice do cumprimento da profecia bíblica. Foi um ser cruel e histórico. Entrou no lugar santo o blasfemou. Voltou-se contra o Deus de Israel profanando o altar do Templo. Antíoco Epifânio é uma prova de como uma profecia bíblica cumpri-se na história. Mostra como Deus é ^temporal e encontra-se para além da história. De acordo com os estudiosos da linha dispensasionalis- ta, até o versículo trinta e cinco do capítulo onze de Daniel vemos a exata descrição de Antíoco Epifânio.

Pelo caráter traiçoeiro, cruel, astuto e enganador de Antíoco Epifânio é que muitos estudiosos colocam como um tipo do Anticristo de acordo com o Novo Testamento. Estudar a história de um povo para compreendermos o todo de uma profecia é uma tarefa importantíssima.

Prezado professor, a décima terceira lição marca o final de mais um trimestre. E neste caso, o final de mais um ano. Época de avaliarmos o nosso ano educativo como educadores cristãos. Como se deu o ensino? Os objetivos propostos foram alcançados? O que os alunos acharam dos métodos pedagógicos usados? São perguntas que valem a pena ser feitas. Então o professor poderá fazer uma avaliação honesta e sincera, consigo mesmo.

Como estamos na última lição é importante o prezado professor fazer uma revisão do conteúdo aplicado ao longo deste quarto trimestre. Em seu plano de aula para ministrar a terceira lição desta­que os assuntos considerados mais importantes. Aqui, você poderá relembrar a condição de cativos do profeta Daniel e dos seus amigos; o sonho de Nabucodonozor; a estátua que o rei da Babilônia erigiu etc. Enfim, assuntos não faltam.

O livro de Daniel encerra descrevendo um tempo de angústia, sofrimento, engano, genocídios e atro­cidades perpetradas por ímpios que não conhecem a Deus e não respeitam a dignidade humana. Mas em meio a esse tem po de angústia há promessa de intervenção divina na história (12.10).

Três versículos devem nos chamar atenção: "E tu, Daniei, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tem po" (v.4); "Vai, Daniel, porque estas pala­vras estão fechadas e seladas até ao tem po do fim" (v.9); "Tu, porém, vai até ao fim; porque repousarás e estarás na tua sorte, no fim dos dias" (v. 12). Estes versículos demonstram o conselho de Deus para o profeta Daniel. Diante da visão que ele recebera era natural o profeta ter uma atitude de medo acerca do futuro. Mas a palavra de Deus encorajou o profeta, que por certo estava no final da vida, a "ir" até ao fim da existência vivendo em confiança em Deus.

A Escatologia Bíblica não pode paralisar a vida. Quando as profecias concernentes ao futuro foram escritas Deus inspirou os autores com o objetivo de nos trazer esperança. A escatologia não pode fazer terrorismo às pessoas. Quando João recebe a revelação mediante Jesus triunfante, era para lembrar as igrejas que apesar do mal aparente o Senhor nosso Deus é o dono da história e nunca será pego de surpresa, A vida é dom de Deus! Por isso, temos de vivê-la alegremente. Enquanto o nosso Senhor não vem, vivamos a vida com fé, amor (amando a Deus e o próximo) e esperança no aparecimento glorioso do Senhor e Salvador Jesus Cristo!

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Fundamenta3rátiro e

Neste livro, o teólogo Louis Berkhof investiga a história e o propósito dos Evangelhos e Epístolas do Novo Testamento. Repleto de referências dos mais diversos estudiosos do Novo Testamento, incluindo os primeiros pais da igreja, é de fácil leitura e navegação.Uma obra ideal para estudos bíblicos e utilização em sala de aula.

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PROFESSOR em AÇÃO

mm

Marcos TuLeré pastor, pedagogo,

escritor e reitor da Faculdade

Evangélica de Ciência e Tecnologia das

Assembleias de Deus (Faecad)

Por M a r c o s T u le r

Condições para o estudo das Lições Bíblicas

O que você faz quando precisa estudar algum assunto ou maté­ria? Apenas reúne alguns livros e começa imediatamente, em qualquer lugar? Você seria capaz de estudar em um ambiente baru­lhento e desconfortável? Estudaria mesmo se estivesse com muita dor de cabeça ou com algum tipo de preocupação? Estudar implica aproveitamento.

Estudar não é apenas ler tre­chos de um bom livro, copiar artigos da internet, ou compendiar conhecimentos prontos. Estudar requer muita concentração, tempo, ambiente apropriado, força de vontade e abnegação. Para que o professor de ED estude com boas possibilidades de sucesso é preciso que algumas condições sejam atendidas, satisfatoriamente. Essas condições podem ser classificadas em "extrínsecas e intrínsecas".

I. Condições ExtrínsecasAs condições extrínsecas de

estudos são aquelas que não se relacionam com a pessoa de quem estuda. Referem-se àque­las circunstâncias materiais e de ambiente, quais sejam: local, con­forto, material de estudo, ordem, interrupções, períodos de estudo e horas de estudo.

1. Local.É importante que se estabeleça

um local de estudo isolado do burburinho da rua ou da casa. E aconselhável que o local não seja utilizado para outros fins, tendo em vista estabelecer condicionamento

propício às atitudes de estudo. Assim, o local não deve ser utili­zado para outras práticas que não estejam relacionadas ao estudo.

O local deve ser suficiente­mente iluminado, devendo vir a luz, tanto natural como artificial, da esquerda para a direita, com relação à posição do estudante. Sempre que possível, dar prefe­rência a luz natural.

E conveniente afastar da vis­ta do estudante, coisas que lhe possam desviar a atenção, como fotos, revistas, televisão e mesmo evitar a permanência no local, de pessoas que, entretidas em ou­tras atividades, possam roubar a atenção de quem deseja estudar.

2. Conforto.O local de estudos requer

condições mínimas de conforto e higiene, como cadeira e mesa ade­quadas, luminosidade e tempera­tura satisfatórias. Estes elementos, quando adequados, contribuem para diminuir a fadiga e aumentar a concentração mental.

Posição física incorreta pode, em pouco tempo, determinar can­saço muscular, acarretando, queda no rendimento intelectual. É claro que outros prejuízos físicos podem advir da má postura na cadeira.

A iluminação, também, pode acarretar, quando inadequada, fadiga mental, além de outros prejuízos para a própria vista.

3. Material de Estudo.

Todo estudo requer um mí­nimo de material informativo

que permita esclarecimentos e aprofundamentos referentes aos temas estudados.

Assim, claro é que, para es­tudar, é necessário que haja ao alcance das mãos, enciclopédias, dicionários de língua portuguesa, dicionários bíblicos, atlas geo­gráfico bíblico, concordâncias, manuais bíblicos, compêndios, caderno de apontamentos, além dos livros específicos referentes ao tema que esteja sendo estudado.

4. Ordem.Todo material deve estar sepa­

rado e selecionado quanto ao tipo de informes que possa oferecer. Devem ser providenciadas fichas e pastas referentes a temas em geral e especificamente para cada tema, que contenham indicações biblio­gráficas, anotações, indicações de fontes de estudos, resumos e todo tipo de notas, a fim de não sobrecarregar a memória.

Importante, também, anotar as dúvidas, conceitos, comen­tários ou informações, logo que forem surgindo, não deixando para depois, quando poderá ser tarde, devido a possíveis falhas de memória. Quando estiver lendo e encontrar uma palavra que não conheça, sublinhe e consulte o dicionário assim que puder.

5. Interrupções.É aconselhável interromper

o estudo aos primeiros sintomas de cansaço, com descanso de alguns minutos, pondo o corpo em movimento, respirando fundo

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ou relaxando os músculos, vol­tando, a seguir, ao trabalho. De pouco adianta teimar a continuar estudando, sentindo cansaço, porque haverá maior dispêndio de energia, com mínimo ou nenhum rendimento.

É aconselhável, também, se­gundo condições pessoais, realizar interrupções nos trabalhos de estudo, de trinta em trinta minutos ou de hora em hora, para evitar que a fadiga maior se manifeste. Parece que é ideal a pausa de uns dez minutos, após um período de quarenta e cinco ou cinqüenta minutos de estudo.

ó. Período de Estudo.O período do dia mais favo­

rável para estudar depende de uma série de circunstâncias, como d isponib ilidade de tem po do estudioso ou estudante, hábitos de vida, etc. Depende, também, de certa inclinação pessoal para estudar neste ou naquele período.

Tudo indica, no entanto, que as melhores horas para o estudo são as da manhã. O período da manhã, assim, é o mais indicado para estudar. Em época de calor, as horas da manhã e da tardinha são as mais recomendadas.

De modo geral, se possível, se­ria interessante enfrentar situações novas de estudos, pela manhã e revê-las, para efeito de fixação e integração da aprendizagem, à tarde.

Sempre que possível, evite estudar à noite, período em que o esforço a empregar é sempre maior e sem garantias de bons resultados.

7. Horas de Estudo.Não há número determinado

de horas que possa ser conside­rado satisfatório. Cada estudante deve estabelecer um "quantum" de tempo, por dia, que lhe seja necessário para vencer satisfato­riamente suas tarefas. Este "quan­tum " está na dependência da

capacidade de concentração mental, da motivação e das ne­cessidades de cada um.

II. Condições IntrínsecasAs condições intrínsecas são

aquelas que mais se relacionam com a pessoa do estudante. Re­ferem-se àquelas circunstâncias mais de caráter pessoal, como: saúde, nível mental, tema de estudo, vontade de estudar, nível de aspiração, ausência de preocu­pações, ausência de distrações, e ausência de preconceitos.

1. Saúde.Boa saúde é condição básica

para estudar. E difícil a uma pes­soa poder dedicar-se ao estudo ou ao que quer que seja se não estiver gozando de boa saúde. O depauperamento provocado por moléstia e, principalmente, preocupação com a mesma, re­tiram as possibilidades de êxito nos estudos.

Das condições de boa dis­posição para os estudos, uma se destaca dentre as demais, é o repouso pelo sono. O estudante deve evitar perder horas de sono, pois esta falta passa a refletir na disposição e rendimento dos estudos. É preciso evitar sono atra­sado, que é verdadeiro antídoto contra a disposição de estudar.

O dormir demais, no entanto, é tão prejudicial quanto o dormir pouco.

2. Nível Mental.O nível mental é, certamente,

uma das condições básicas para saber-se o tipo de estudos a que um indivíduo pode dedicar-se.

Nível mental baixo é sempre um obstáculo para os estudos, uma vez que os resultados serão precários, o que acaba levando ao desânimo e à perda de con­fiança em si

Assim, antes de se fazer qual­quer exigência com relação aos estudos, é bom saber-se o que

ele pode estudar e até que pro­fundidade o poderá fazer.

É altamente prejudicial so­licitar a um estudante mais do que ele possa dar, bem como, é prejudicial solicitar menos do que possa realizar.

3. Tema de Estudo.Se for dado a escolher o tema

de estudo, é aconselhável fazê-lo no setor que mais interesse ao es­tudante e para o qual revele mais aptidões. Assim procedendo, o pró­prio estudo será fonte de constante e autêntica motivação, ao mesmo tempo que as possibilidades de melhores resultados serão maiores.

4. Vontade de Estudar.Esta condição é básica, pois,

mesmo com todas as demais condições satisfeitas ou favoráveis, não havendo vontade de estudar, os resultados serão mínimos e mesmo nulos.

Daí a importância da escolha ou da indicação de temas para estudo que estejam de acordo com as aptidões e que atendam a necessidades, aspirações ou preferências de quem vai estudar.

Quando iniciar um estudo, iniciá-lo mesmo, com o máximo de energia e determinação, pois, caso contrário, o esforço irá se tornando molesto, o trabalho pouco ou nada progredirá e o estudante cairá, facilmente, em estado de fadiga e desânimo.

5. Nível de Aspiração.O nível de aspiração joga pa­

pel importante, uma vez que pode reforçar ou diminuir a disposição para estudar.

O nível da aspiração repre­senta o que o indivíduo pretende ou se supõe capaz de alcançar no desempenho de uma tarefa, que pode traduzir-se em atitude de excessiva, pouco ou normal confiança em si, esperando muito, pouco ou normal rendimento, com relação às suas possibilidades,

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em EVIDENCIA _■ r ‘ ....... .......................

P o r Da ie n e C a r d o s o

ED com a missão de conduzir

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Hoje o projeto atende

aproximadamente 170 rianças, e 99% delás, são filhos de

pais não evangélicos”

f, C ÍNsTnÃDÕr\M O CRISTÃO

:as ao Reino dos Cém

"Através do ensino sis­temático da Palavra de Deus, estamos investin­do em nossas crianças"

Com o ob je tivo de trazer todas as crianças para casa do Senhor, afastá-las do ambientes de prostituição, pornografia, pe- dofilia e impedir que elas sejam influenciadas pelas maldades deste mundo, a Assembléia de Deus Marcos Parente (PI), presi­dida pelo pastor Valdir Borges, decid iu colocar em prática o projeto Crescendo com Deus.

O projeto foi idealizado pelo irmão Edson Nunes, mas, ao ser im plantado em setembro de 2012 na AD Marcos Parente, logo recebeu a colaboração de vários irmãos, e dos professores do Departamento Infantil da ED.

A igreja se mobilizou para praticar o conselho deixado por Deus em Provérbios 22.6, que diz: "Ensina a criança no cami­nho em que deve andar", e foi em busca de alcançar o maior número possível de crianças de idade entre 3 e 12 anos, afim de ensiná-las a Palavra de Deus.

Hoje o projeto já atende apro­ximadamente 170 alunos, e 99% deles, são filhos de pais não evan­gélicos. A professora da Escola Dominical, Edilza Santos, fala como foi para conseguir alcançar todas essas crianças matriculadas. "No início do projeto saímos à procura de pais que quisessem matricular seus filhos na Escola

o o o u u u u oDominical, pouco tempo depois a situação se inverteu, hoje são os pais que nos procuram para matricular seus filhos." conta ela.

Os encontros acontecem todo domingo, às 9h, mas as crianças já começam a ser levadas para a igreja a partir das 8h. Após as aulas da ED é servido um lanche e depois as crianças são conduzidas de volta para casa.

Os professores contam as dificuldades que enfrentaram desde o começo para realizar o transporte das crianças, e mesmo assim não deixaram de buscar os alunos para participar da clas­se. "Quando tínhamos poucas crianças, vínhamos caminhando, porém , quando chegamos a marca de 15, conseguimos com o pastor Eli Santos que nos ajudasse a transportá-las em seu veículo. Com 30 crianças, tivemos que locar uma van, que

logo ficou insuficiente, pois au­mentou o número de crianças. A prefeitura nos cedeu um ônibus escolar, mas mediante denuncia e críticas foi retirado pela ges­tão municipal." Conta o pastor Valdir Borges que afirma que hoje, com mais de 170 alunos, a igreja segue com duas vans fretadas e o apoio dos veículos cedidos pelos irmãos.

A professora Edilza diz que se orgulha em participar do projeto Crescendo com Deus, pois essa é uma oportunidade de ajudar crianças a seguirem o caminho certo, por meio do ensino bíblico, que as levará ao Reino de Deus. E pede a nossa ajuda em oração para que este projeto continue dando bons frutos. "Vivemos numa cidade muito carente e necessitamos das orações de outros servos de Deus por este projeto", intercede ela.

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Caminhada e ação social no interior baiano

n o o r> o o

u u o w u u u oPara dinamizar, integrar e incentivar a partici­

pação e o interesse dos alunos na ED e motivá- -los a adquirir bons hábitos na área espiritual, o Departamento de Educação Cristã, da AD em Candeias (BA), tem experimentado diversos tipos de estratégias. Como, por exemplo, a caminhada para homenagear o Dia Nacional da Escola Dominical.

Segundo o coordenador Elder Sena, o evento impactou a comunidade. "No dia Nacional da ED, a igreja em Candeias contou com a participação de várias congregações dos bairros vizinhos, que caminharam nas ruas centrais da Urbis 2 e Areia para celebrar a data, que é a melhor Escola de todos os tempos ensinando a Palavra de Deus", conta Elder.

Na programação foi usado um trio elétrico, banners com versículos bíblicos e louvor. Todas estavam caracterizadas representando uma história e um personagem da Bíblia.

As gincanas bíblicas no fim de cada trimestre também fazem parte do kit das atividades de estímu­los para os alunos frequentar a ED. Antes,o número de alunos matriculado eram 68 e, atualmente, é 160. "Contamos com a participação de todas as classes. Uma das primeiras tarefas das equipes foi criar o nome, bandeiras, e uma música (parodia) das equipes. As classes ganhavam pontos diferenciado quando traziam visitantes não evangélicos e por alunos matriculados", diz coordenador.

A ED ganhou vigor e, desta vez, foi para as ruas com uma ação social e, evangelismo.

Elder disse que o trabalho não para. "Estamosplanejando um novo projeto social e desta vez,vamos contar com algumas parcerias para levarum caminhão móvel Odontológico e Clinico Geralpara atender as pessoas que tem difícil acesso aoposto médico e clinicas no centro da cidade, apósos atendimentos durante o dia finalizaremos com

atesta Elder. n o o o

um culto evangelístico", o O o o

y uCom os recursos arrecadados na gincana, a Escola Dominical montou uma brinquedoteca para o Departa­mento Infantil da igreja

u u u uUma das tarefas da gincana arrecadou cerca de duas tone­ladas de alimentos em apenas uma semana.

tC urso de Capacitação.^qua

, ~ _ulidade no ensino

m o o u u u u u uCom o objetivo de contribuir com a qualificação

dos professores da Escola Dominical e ressaltar na igreja a importância da ED, durante uma se­mana, no primeiro semestre de 2014, mais de 60 educadores estiveram reunidos para aprimorar na àrea da Educação CRistã. O evento ocorreu na Assembleia de Deus em Centenário, dirigida pelo pastor local Rivaldo Belmiro, e filiada ao campo de Duque de Caxias (RJ), presidido pelo pastor Francisco Libório.

Segundo o coordenação da 2 Semana de Capacitação Professores para a Escola Dominical (Secaped),Charles Washington os temas abordados foram de relevância na área da Educação Cristã, entre eles, A importância do Ensino Bíblico, o professor na Pós-Modernidade, a produção de um ensino relevante aos jovens, o combate a evasão na ED e a influência da ED na formação do caráter.

Para o líder da igreja o evento superou as expectativas. "Ele veio para reforçar ainda mais a qualidade do ensino bíblico nas igrejas dos parti­cipantes e também dá mais visibilidade, além de mostrar a importância da Escola Dominical para a igreja", atesta pastor Rivaldo Belmiro.

A qualidade e organização da Secaped agra­daram aos participantes. "Foi muito proveitoso e produtivo participar da Secaped. Este ano assumi a função de Superintendente da Escola Domini­cal, e veio em uma hora em que necessitava de aperfeiçoamento e qualificação para a função. Uma boa iniciativa que nos faz descobrir novos horizontes e ampliar nossos conhecimentos." relata Alex Bento, participante do evento.

Durante a Secaped, ministraram os pastores jGermanos Soares, Marcelino César, Jorge Rolando,evangelista Rafael Luz e o presbítero Marcelo deOliveira.-^

O f> o o

horário noturno e durante uma semana, todos os dias

do evento a presença dos inscritos era expressiva.

Muitos chegavam direto do trabalho e permaneciam nas

aulas até o final

-^e n s i n a d o r ' ,C R I S T Ã O J 4 /

y oDurante a caminha­da os evangélicos, além das mensagens com versículos bíblicos, cobraram das autoridades mais segurança pública e resgate da unidade familiar

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 Escola Dominical não precisa de marketing, e sim de exemplos!

Penso que uma das grandes preocupações de pastores que têm sob sua responsabilidade uma congregação ou de superintendentes da Escola Dominical, seja a baixa frequência na ED. Muitas vezes, a grande pergunta é: "o que fazer para motivar as pessoas?". Não há uma resposta direta ou "milagrosa" para esta pergunta. Percebo, porém, que estamos focados em pontos materiais e deixamos de lado o fator humano.

Pensando na pluralidade das várias igrejas da nossa denominação no Brasil, com diferentes características regionais e sociais, proponho uma reflexão prática sobre um tema simples, porém de extrema profundidade.

Conversando com superintendentes e pastores de igrejas, percebi que o exemplo é um fator para motivação enquanto que a falta dele é um fator claro para desmotivação.

A primeira observação está no âmago da família cristã. Os pais precisam dar o exemplo a seus filhos, participando da Escola Dominical. Mas participar não é apenas comparecer na Escola Dominical, ouvir alguma informação, levantar e ir embora. É mais do que isto!

As crianças e adolescentes observam seus pais e os imitam. Então, os pais precisam ir até a Escola Dominical, motivados a aprender. Aprender é diferente de ser informado. Aprender é quando aquilo em que ao estudar por meio formal ou informal, o objeto do estudo causa algum tipo de mudança naquele que aprende. Esta é uma definição "clássica" da Pedagogia e essencial para a vida cristã. Logo, se eu vou a Escola Do-

4 3 , ENSINADOR .CR STÃO

Por A b im a e l O l iv e ir a

Como motivar as pessoas para a ED?

minical e nada muda em mim, então eu não estou aprendendo, eu estou sendo apenas informado.

Os pais dão o exemplo quando demonstram que tem vontade em aprender e também "celebram" este aprendizado com mudanças que são observadas por seus filhos. Pequenas ações os marcarão como fator de motiva­ção. Citando algumas: ao voltarem para

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casa após a Escola Dominical, os pais podem demonstrar como aprenderam o novo assunto ministrado ou podem comentar durante a refeição sobre o tema da lição, explicando aos seus filhos (observando a linguagem para cada faixa etária). Também seus filhos devem ver seus pais estudando a lição durante a semana. Os pais também dão exemplo com atitudes práti­cas. Primeiramente, devem

levantar-se cedo no domingo, com tempo hábil para uma refeição agradável, e para que os filhos tenham tem­

po para "acordar" ade­quadamente para irem

a Escola Dominical. Não se deve ini­

ciar o domingo com g rito s

para acor­

dar um ou outro, e os pais de­vem estar alegres em levantar para irem a igreja. O domingo precisa ser lembrado pela alegria em ir à Casa do Senhor para aprender (SI 122.1, SI 84.10).

Outro ponto importante é a manifestação dos pais quanto ao aprendizado de seus filhos. Algumas igrejas (penso que a maioria) efetua encerramento da Escola Dominical, onde as classes, principalmente de crian­ças, apresentam o Texto Áureo e também apresentam algum cântico ou algo assim. Neste momento, sugiro que os pais mostrem que estão assistindo as crianças, tirem fotografias, façam filmagem, "vibrem" com seus filhos, porque eles estão aprendendo a Palavra de Deus, na linguagem deles, dojeitinho deles, mas certamente estão

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aprendendo. Quando os filhos são maiores, como pré-adoles- centes, adolescentes e jovens, os pais podem perguntar sobre o que os filhos aprenderam na. ED, inclusive durante a semana, podem estudar com seus filhos, ajudando-os a decorarem textos bíblicos. Parece que estamos mais preocupados com o en­sino secular (que é importante obviamente) do que com o en­sino bíblico de nossos filhos. Ir à Escola Dominical é quase que uma obrigação. Será que não es­tamos justamente passando uma mensagem a nossos filhos de que a Casa de Deus ou aprender de Deus não é tão importante? Que Deus tenha misericórdia de nós!

Os professores têm um papel importantíssimo e são fatores para motivação, mas também devem dar o exem plo como membros fiéis e comprometidos com o Senhor. Suas atitudes fora da ED são observadas, principal­mente pelas crianças. Devem estar preparados para dar aula, mas suas vidas deve ser um grande exemplo aos alunos.

Por último, mas não menos importante, estão o pastor ou dirigente da igreja e seus obreiros auxiliares. Infelizmente tenho ob­servado pastores e obreiros que não estão presentes na Escola Do­minical, inclusive aparentemente até agem com um certo desdém

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plano ou sem importância. E esta importância deve ser demonstra­da pelos obreiros, como um dos principais elementos da igreja evangélica, porque através dela os membros aprendem mais da Palavra do Senhor. Além disto, a ED é um espaço para diálogo. E o momento em que as pessoas podem fazer perguntas sobre assuntos específicos, que (usu­almente) não são feitas durante os cultos.

Mesmo em tempos de Pós- -Modernidade, o fator humano é o mais importante para a Escola Dominical, portanto, pastores e líderes dando exemplo e pais e mães sendo referência para seus filhos são fatores de moti­vação direta para a Escola Bíblica Dominical. Estes dois itens são aplicáveis em qualquer região, cultura e classe social.

Apliquemo-nos a conhecer o Senhor; sua vinda é certa como a da aurora; ele virá a nós como a chuva, como a chuva da prima- vera que irriga a terra, sr

quanto a Escola Dominical, como se não fosse importante.

O líder, pastor ou dirigente deve ser o exemplo para a igreja conforme nos orienta Paulo (Tt 2.7,1 Tm 4.12, 2 Ts 3.9), incluindo comparecer assiduamente na ED. Dentro da Escola Dominical, o pastor ou dirigente pode ser alu­no ou professor. Se ele for aluno, ele deve ajudar o professor da classe em que está matriculado em questões polêmicas ou "de­licadas" que possam surgir, mas os alunos devem ter liberdade para questionarem.

O pastor deve estar cedo na Escola Dominical, preferencial­mente recebendo os irmãos. O pastor também pode visitar as classes das crianças, adolescentes e jovens e nestas classes, uma boa prática é fazer a oração que inicia a aula, abençoando os alunos e o professor da classe. São pequenas coisa que o pastor pode fazer e que será guardadas na memória dos membros como demonstra­ção de amor pelo rebanho.

O pastor deve ressaltar que a Escola Dominical é importante para a vida prática dos membros e deve ser tratada como algo importante para a família e para o ministério local. Ela não pode ser relegada a algo em segundo

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