ENSINANDO SOBRE PLANTAS MEDICINAIS NA ESCOLA · Conhecimento de estudantes brasileiros sobre...
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Maria das Graças Lins Brandão
Museu de História Natural e Jardim Botânico
Universidade Federal de Minas Gerais
Belo Horizonte - Brasil
ENSINANDO SOBRE PLANTAS
MEDICINAIS NA ESCOLA
Validação
Plantas Medicinais
↓
MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS
(EXTRATOS PADRONIZADOS, MISTURAS)
Eficácia
Segurança
Qualidade
COLETA E IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA E
MOLECULAR
Biologia molecular
Barcode
Exsicatas botânicas
Variações fenotípicas
iii. ENSAIOS BIOLÓGICOS/ FARMACOLÓGICOS
(RE 90/04)
Verificação da eficácia in vitro
Screening
ensaios de genotoxicidade
mutagenicidade
iv. FARMACOLOGIA E TOXICOLOGIA CLÍNICA
Fase I = voluntários audáveis:
estudo da toxicidade e segurança
Fase II = número reduzido de
pacientes: eficácia e segurança
Fase III = multicêntrico:
comprovação da Eicácia
Fase IV = vigilância pós-
comercialização
Plantas exóticas e importadas
Aloe vera
Cynara scolymus
Calendula officinalis
Ginkgo biloba
Peumus boldus
Raras espécies nativas são pouco conhecidas e
usadas para preparar medicamentos
Mikania glomerata
GUACO
Maytenus ilicifolia
ESPINHEIRA SANTA
Ciclos econômicos
(para suprir o mercado internacional)
Caesalpinea echinata (pau-brasil)
cana-de-açúcar
ouro
café
borracha
Hoje: exportação de carne, grãos (soja) e minério de ferro
Distrubuição Etária dos Homens
3 6
36
78
23
5
0
20
40
60
80
100
20-35 36-50 51-65 66-80 81-90 91+
Grupos Etários
En
trevis
tad
os
Distribuição Etárias das Mulheres
3
11
20
11
1
8
0
5
10
15
20
25
35-50 51-60 61-70 71-80 81-90 91+
Grupos Etários
En
trevis
tad
as
Estrada Real
Conhecimento de estudantes brasileiros
sobre plantas medicinais nativas
Geographic region States Number of cities Number (%) students Total (%) in region
Minas Gerais 07 907 (44.2%)
Southeastern São Paulo 07 482 (23.5%) 1490 (72.6%)
Rio de Janeiro 01 101 (4.9%)
Goiás 01 161 (7.8%) 253 (12.0%)
Mato Grosso do Sul 01 92 (4.5%)
Southern Rio Grande do Sul 02 105 (5.1%) 158 (7.7%)
Santa Catarina 01 53 (2.6%)
Tocantins 02 70 (3.4%)
Northern Amapá 01 28 (1.4%) 134 (6.5%)
Pará 01 24 (1.2%)
Amazonas 01 11 (0.5%)
Northeast Bahia 01 18 (0.9) 18 (0.9)
Total 12 26 2053 (100) 2053 (100)
Table 1. Distribution of the respondents in the five geographic regions of Brazil
Tabela: Freqüên
carqueja 348
arnica 316
guaco 261
quebra pedra 211
maracujá 206
macela 137
guaraná 126
espinheira santa 111
picão 85
sucupira 75
chapéu de couro 74
pata de vaca 73
erva mate 58
barbatimão 54
jaborandi 50
0 100 200 300 400
Pla
nta
s n
ati
va
s c
ita
da
s
Número de citações
TOTAL DE CITAÇÕES: 9263
ord
44,142,9
40,5
3433
32,3
29,9
22,1
16,1
10,1
8,37,3
3,42,3
0
10
20
30
40
50
60
Nu
mb
er
of cit
ati
on
s (%
)
Words cited
preservation
information/dissemination
scientific research
awareness
comman knowledge
scientifc knowledge
avoid deforestation
valorization
avoid burning
interest in the theme
environmental policing/monitoring
cultivation of medicinal plants
new medicines
reforesting
forest reserves
Opinião dos estudantes sobre o que é importante para se
preservar as plantas medicinais brasileiras
…recuperação e divulgação de dados e imagens
de informações primárias sobre as plantas
Ameríndias a partir de materiais históricos
√ proteger a cultura Amerindia
√ valorar a biodiversidade
√ reduzir a erosão cultural
√ direcionar pesquisas farmacológicas
√ direcionar políticas públicas
√ inspirar jovens estudantes a se
tornarem cientistas
“Embaíba é uma árvore comprida e delgada, que faz uma copa em cima de
pouca rama; a folha é como de figueira, mas tão áspera que os índios cepilham
com ellas os seus arcos e hastes de dardos, com a qual se põe a madeira melhor
que com pelle de lixa... Tem o olho d’ esta árvore grandes virtudes para com ele
curarem feridas, o qual depois de pisado se põe sobre feridas mortaes, e se curam
com elle com muita brevidade, sem outros ungüentos; e o entrecasco d’ este olho
tem ainda mais virtude, com o que também se curam feridas e chagas velhas, e
taes curas se fazem com o olho d’ esta árvore, e com o óleo de copaíba, que se
não ocupam na Bahia cirurgiões, porque cada um o é em sua casa.”
Gabriel Soares de Souza,
Tratado Descritivo do Brasil, 1587
Trabalho de campo: localização das plantas registradas no
Plantas Usuais dos Brasileiros, caminhos percorridos por Saint-
Hilaire (Exsicatas & Droga Vegetal)
“Usos. A acreditar nos agricultores do interior do
Brasil, a raiz dessa planta seria própria para curar
todos os males. Eles a empregam particularmente nas
febres intermitentes, na cólicas, na diarréia;
pretendem que ela é boa contra a mordida de
serpentes; dizem que ela fortifica o estômago, os
intestinos, etc. Não se poderia acreditar em tantas
virtudes diferentes reunidas num só vegetal, e,
infelizmente, a analogia não pode aqui nos ajudar a
descobrir a verdade, porque até o presente, como bem
observaram Candole e Martius, nenhuma planta da
família das Amarantáceas tinha sido assinalada por
suas propriedades medicinais. Por outro lado,
entretanto, a raiz do Paratudo é geralmente louvada
demais para que não tenha, em certos casos,
produzido efeitos: logo, é de se desejar que algum
médico instruído faça experiências sistemáticas com
a planta em questão, e que procure distinguir o que
há de verdade nos relatos maravilhosos sobre as
curas atribuídas a essa mesma planta.”
A. Saint-Hilaire 1824
Gomphrena officinalis
Amaranthaceae
Usos: Existe nas florestas do Brasil um monte de árvores
cuja casca, tenaz e flexível, é empregada pelos habitantes
para fazer cordas, e poderia fornecer amarras e
excelentes cordames. Faz parte desse conjunto a espécie
que acaba de ser descrita. No entanto, não seria
recomendável empregá-la para esse uso, porque ela pode
ser ainda muito mais útil, e em lugar de destruí-la - o que
seria preciso fazer para despojá-la de sua casca - dever-
se-ia tratar de multiplicá-la. Na realidade, seus frutos,
muito aromáticos, têm o odor da pimenta do reino; e se o
sabor não é tão forte, eles são, no entanto, mais
agradáveis. Se fossem mais conhecidos, esses frutos
seriam certamente procurados como especiaria, e
poderiam dar lugar a um novo ramo do
comércio; mas, infelizmente, os brasileiros se
acostumaram a desdenhar todas as vantagens que a
natureza lhes prodigou, e na destruição das florestas, que
progride tão rapidamente, a árvore que acabo de analisar
não está sendo menos poupada do que tantas outras
espécies preciosas, que acabarão talvez por desaparecer
totalmente. Xylopia aromatica
Annonaceae A. Saint-Hilaire 1824
Ninguém protege o que não conhece
É necessário educar a população sobre a
importância da biodiversidade, do
conhecimento tradicional associado e da
da ciência na transformação das plantas
em produtos
Expositions in conservation areas
(Parks) in order to show the
importance of biodiversity and
science for transfoming plants in
products with similar economic
value as soyabean and iron ore,
for example
Painéis em locais públicos
Identificação de flavonóides
1. MATERIAIS PARA A EXPERIÊNCIA:
1.1 PLANTAS - Flores de camomila;
- Casca de laranja seca e triturada;
- Flores de macela do campo.
Camomila (flores) laranja (casca seca triturada) macela-do-campo (flores)
Identificação de saponinas 2. PROCEDIMENTOS 2.1 Tome duas colheres de sopa de raízes secas e picadas de uma das plantas, adicione meio copo de água e cozinhe por 5 minutos (decocção). 2. 2 Deixe esfriar e coloque o líquido em um tubo de ensaio. 2.3 Agite vigorosamente o tubo por 1 minuto. Deixe repousar por 30 minutos e observe o resultado.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO As saponinas são substâncias tensoativas e, à semelhança dos sabões e detergentes, formam espuma após agitação, que na realidade é uma mistura de água e ar.
Agitação do tubo
Formação de espuma
www.ceplamt.org.br
Museu de História Natural e Jardim Botânico – UFMG