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RICARDO ARIAS ENSINO DE CONCEITOS DE VIBRAÇÕES MECÂNICAS UTILIZANDO A SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL APOIADA NA PLATAFORMA SCILAB/MATLAB: UMA APLICAÇÃO NO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA Itajaí (SC), novembro de 2017

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RICARDO ARIAS

ENSINO DE CONCEITOS DE VIBRAÇÕES MECÂNICAS UTILIZANDO A SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL APOIADA NA

PLATAFORMA SCILAB/MATLAB: UMA APLICAÇÃO NO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Itajaí (SC), novembro de 2017

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO EM

COMPUTAÇÃO APLICADA

ENSINO DE CONCEITOS DE VIBRAÇÕES MECÂNICAS UTILIZANDO A SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL APOIADA NA

PLATAFORMA SCILAB/MATLAB: UMA APLICAÇÃO NO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

por

Ricardo Arias Dissertação apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre em Computação Aplicada. Orientador: Alejandro Rafael Garcia Ramirez, Dr.

Itajaí (SC), novembro de 2017

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Esta página é reservada para inclusão da folha de assinaturas, a ser disponibilizada pela

Secretaria do Curso para coleta da assinatura no ato da defesa.

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Dedico este trabalho, em especial ao meu tio Vladimiro Remondini, pela compreensão e paciência, pois confiou em mim e me ajudou a concretizar um sonho da minha vida.

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“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes. ” Albert Einstein

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AGRADECIMENTOS

Ao Dr. Alejandro Rafael Garcia Ramirez por ter assumido ser o orientador, direcionando-me

e auxiliando-me nas dificuldades e dúvidas que tive ao longo do desenvolvimento deste trabalho.

Aos professores com os quais tive a honra de aprender.

Aos colegas de mestrado, Alex Luciano Roesler Rese e Guilherme Passero, com os quais tive

a oportunidade de conviver e compartilhar conquistas e desafios.

Um agradecimento especial para meu grande mestre e amigo, o Prof. Alecir Pedro da Cunha,

pela sua presença e por você ter cedido suas turmas para que eu pudesse desenvolver essa pesquisa.

Além de ser minha fonte de inspiração e motivação constante. Contigo aprendi muito e continuo a

aprender a cada dia que passa.

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ENSINO DE CONCEITOS DE VIBRAÇÕES MECÂNICAS UTILIZANDO A SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL APOIADA NA

PLATAFORMA SCILAB/MATLAB: UMA APLICAÇÃO NO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Ricardo Arias

Novembro / 2017

Orientador: Alejandro Rafael Garcia Ramirez, Dr.

Área de Concentração: Computação Aplicada

Linha de Pesquisa: Sistemas Embarcados e Distribuídos

Palavras-chave: Vibrações mecânicas, Simulação, Absorvedores dinâmicos, Ensino-aprendizagem.

Número de páginas: 129

RESUMO

O uso adequado de recursos tecnológicos no processo educacional permite aprimorar as estratégias de ensino tradicionais, a qualidade da aprendizagem significativa e viabiliza que os alunos desenvolvam habilidades complementares. Entre as aplicações da tecnologia da informação na educação, destacam-se os ambientes de simulação. Estima-se que um elevado número de estudantes que escolhem engenharia não se gradua, porque apresentam dificuldades para acompanhar as disciplinas como cálculo e física, além da desmotivação diante de números e fórmulas, levando a evasão ao longo do curso. Nesse contexto, estudos demonstram que há uma melhoria significativa na aprendizagem quando utilizados os ambientes de simulação. Este é o caso do ensino de dinâmica e vibrações com o uso de softwares computacionais. Neste estudo se propõe verificar se o uso de uma ferramenta computacional para a análise de vibrações mecânicas estimula a melhoria do desempenho acadêmico quanto ao ensino e aprendizado. O desenvolvimento da ferramenta foi realizado no Scilab e no Matlab e levou em conta o modelo massa-mola, minimizando os efeitos das vibrações através do método de controle do absorvedor dinâmico. A avaliação da pesquisa foi efetuada pela comparação entre alunos que utilizaram e os que não utilizaram a ferramenta computacional. Foi empregada a análise quantitativa utilizando o histórico das avaliações da disciplina de Sistemas Dinâmicos para o grupo de controle considerando os períodos 2016/1 e 2016/2. Já no grupo experimental foi empregada a análise quantitativa utilizando dois testes de avaliação e a observação. A análise qualitativa foi realizada por meio da entrevista e um questionário que foi aplicado somente no grupo experimental. Foram registradas evidências estatísticas significativas na qual a utilização da simulação computacional, apoiada da plataforma Scilab/Matlab produziu uma melhoria no desempenho acadêmico dos alunos expostos a este método. Isto constata-se na comparação da média final de ambos os grupos, na qual se obteve um aumento de 14,3 %. Por outro lado, a análise qualitativa forneceu elementos importantes para este estudo, tal como, estender o tempo dedicado à simulação, a importância dos debates realizados ao finalizar cada um dos procedimentos e as lições aprendidas.

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TEACHING OF MECHANICAL VIBRATIONS CONCEPTS USING THE COMPUTATIONAL SIMULATION SUPPORTED BY THE

SCILAB / MATLAB PLATFORM: AN APPLICATION IN THE MECHANICAL ENGINEERING COURSE

Ricardo Arias

November / 2017

Advisor: Alejandro Rafael Garcia Ramirez, Dr.

Area of Concentration: Applied Computer Science

Research Line: Embedded and Distributed Systems

Keywords: Mechanical vibrations, Simulation, Dynamic absorbers, Teaching and learning

Number of pages: 129

ABSTRACT

The adequate use of technological resources in the educational process enables traditional teaching strategies, and the quality of meaningful learning, to be improved and enables students to develop complementary skills. One of the applications of information technology in education is simulation environments. It is estimated that a high number of students who choose engineering do not graduate because they have difficulty keeping up in disciplines such as calculus and physics, and become discouraged when faced with lots of numbers and formulas, leading to significant drop-out rates during the course. In this context, studies show that learning improves significantly with the use of simulation environments. Such environments involve the teaching of dynamics and vibrations using computer software. This study investigates whether the use of a computational tool for analyzing mechanical vibrations leads to improved academic performance in teaching and learning. The tool was developed in the Scilab/Matlab platform, and took into account the mass-spring model, minimizing the effects of vibrations through the dynamic absorber control method. The research was evaluated by comparing students who used the computational tool with those who did not. Quantitative analysis was employed, using the assessment history of the discipline Dynamics Systems for the control group, and considering the periods 2016/1 and 2016/2. In the experimental group, quantitative analysis was used, through the evaluation tests and observation. Qualitative analysis was performed through the interview and a questionnaire that was applied only in the experimental group. Significant statistical evidence was recorded to show that the use of computer simulation, supported by the Scilab/Matlab platform, led to an improvement in the academic performance of students exposed to this method. As shown in the comparison of final mean scores of both groups, a 14.3% improvement was obtained using the tool. Meanwhile, the qualitative analysis provided important elements for this study, such as extending the time spent on the simulation, the importance of the discussions at the end of each procedure, and the lessons learned.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Conjunto do limpador e velocidade do conjunto ................................................................ 27 Figura 2. Modelo virtual do mecanismo ............................................................................................ 27 Figura 3. Sistema primário em ressonância ....................................................................................... 28 Figura 4. À esquerda, o local de trabalho virtual para perfuração e montagem. À direita, a

manipulação no local de trabalho com aplicação de rastreamento manual e luvas de reconhecimento de gestos .......................................................................................................... 29 

Figura 5. Modelo e animação no Matlab de dois giroscópios ligados ............................................... 30 Figura 6. Técnicas de animação auxiliam o cálculo de forças e momentos atuando sobre uma

estrutura ...................................................................................................................................... 31 Figura 7. Animação mostrando o efeito do golpe de aríete ............................................................... 31 Figura 8. Interface da ferramenta Scilab ............................................................................................ 33 Figura 9. Scilab na plataforma virtual rollApp .................................................................................. 34 Figura 10. Scilab na nuvem ................................................................................................................ 34 Figura 11. Interface da ferramenta Matlab ......................................................................................... 35 Figura 12. Animação no Matlab ........................................................................................................ 36 Figura 13. Nível de ensino dos integrantes nos trabalhos analisados ................................................ 40 Figura 14. Tecnologias digitais de aprendizagem utilizadas nos trabalhos analisados ..................... 40 Figura 15. Instrumentos de avaliação empregados nos trabalhos analisados .................................... 41 Figura 16. Quantidade de instrumentos de avaliação utilizados nos trabalhos analisados ................ 41 Figura 17. Software utilizados nos trabalhos analisados ................................................................... 42 Figura 18. Dinâmica do sistema primário sem absorvedor no ambiente de aprendizagem ............... 45 Figura 19. Exemplos de aplicações práticas ...................................................................................... 49 Figura 20. Exemplo de polinômios no console do Scilab .................................................................. 50 Figura 21. Exemplo do fator de amortecimento ................................................................................ 53 Figura 22. Exemplo do fenômeno de batimento ................................................................................ 54 Figura 23. Exemplo de resposta temporal aplicando o absorvedor dinâmico ................................... 55 Figura 24. Comparativo entre grupo de controle e experimental ...................................................... 61 Figura 25. Absorvedor dinâmico sem amortecimento ....................................................................... 84 Figura 26. Absorvedor dinâmico com amortecimento....................................................................... 86 Figura 27. Projeto do absorvedor ....................................................................................................... 89 Figura 28. Dinâmica do sistema primário sem absorvedor ................................................................ 89 Figura 29. Parâmetros do absorvedor ................................................................................................ 90 Figura 30. Comparação entre o sistema primário com e sem absorvedor ......................................... 90  Quadro 1. Resumo comparativo entre recursos didáticos complementares utilizados na educação . 32 Quadro 2. Cronograma de realização dos procedimentos .................................................................. 48 Quadro 3. Relação dos trabalhos selecionados e analisados, com a extração de dados realizada. .... 94 

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Quantidade de trabalhos relacionados sobre a busca 38 Tabela 2. Teste de Shapiro-Wilk com grupo de controle e experimental 58 Tabela 3. Resultado teste t-Student da disciplina de Cálculo III 58 Tabela 4. Valores obtidos nas avaliações do grupo de controle 59 Tabela 5. Valores obtidos nas avaliações do grupo experimental 60 Tabela 6. Teste de normalidade grupo de controle e experimental 62 Tabela 7. Resultado teste t-Student da disciplina de Sistemas Dinâmicos 62 Tabela 8. Resultados de satisfação/insatisfação em % de cada pergunta e seu RM 64 

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACM Association for Computing Machinery CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior FOSSEE Free and Open Source Software in Education IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers INRIA Instituto Nacional de Pesquisa em Automação e Informática da França MCA Mestrado em Computação Aplicada UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí

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SUMÁRIO

1  INTRODUÇÃO .................................................................................. 14 

1.1  PROBLEMA DE PESQUISA........................................................................... 15 1.1.1  Delimitação de Escopo .................................................................................... 16 1.1.2  Justificativa ...................................................................................................... 17 1.2  OBJETIVOS ...................................................................................................... 18 1.2.1  Objetivo Geral ................................................................................................. 18 1.2.2  Objetivos Específicos ...................................................................................... 18 1.3  METODOLOGIA .............................................................................................. 18 1.3.1  Metodologia da Pesquisa ................................................................................ 18 1.3.2  Procedimentos Metodológicos ........................................................................ 19 1.4  ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ................................................................ 20 

2  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................... 21 

2.1  VIBRAÇÃO MECÂNICA ................................................................................ 21 2.1.1  Causas das vibrações ...................................................................................... 21 2.1.2  Efeitos das vibrações ....................................................................................... 22 2.1.3  Controle das vibrações .................................................................................... 23 2.2  APRENDIZAGEM ............................................................................................ 23 2.2.1  Aprendizagem significativa ............................................................................ 24 2.2.2  Aprendizagem cooperativa ............................................................................. 25 2.2.3  Construcionismo .............................................................................................. 25 2.3  AMBIENTES DIGITAIS DE APRENDIZAGEM ......................................... 26 2.3.1  Simulação ......................................................................................................... 26 2.3.2  Animações ........................................................................................................ 30 2.3.3  Análise comparativa ....................................................................................... 32 2.4  A FERRAMENTA SCILAB ............................................................................. 33 2.4.1  Scilab na nuvem .............................................................................................. 33 2.5  A FERRAMENTA MATLAB .......................................................................... 35 

3  TRABALHOS RELACIONADOS ................................................... 37 

3.1  PROTOCOLO DE BUSCA .............................................................................. 37 3.2  SÍNTESE DOS TRABALHOS RELACIONADOS ....................................... 39 3.3  CONSIDERAÇÕES .......................................................................................... 42 

4  DESENVOLVIMENTO ..................................................................... 44 

4.1  ESTRUTURA DO AMBIENTE DE APRENDIZAGEM .............................. 45 4.2  PROCEDIMENTOS E ATIVIDADES ............................................................ 46 4.3  INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO ............................................................ 47 4.4  CRONOGRAMA ............................................................................................... 48 4.4.1  Descrição dos procedimentos ......................................................................... 48 

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4.5  CONSIDERAÇÕES .......................................................................................... 56 

5  RESULTADOS ................................................................................... 57 

5.1  ANÁLISE DE EQUIVALÊNCIA DO GRUPO DE CONTROLE E EXPERIMENTAL .................................................................................................... 57 5.2  DADOS OBTIDOS DOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ............................. 59 5.3  RESULTADOS DO GRUPO DE CONTROLE E EXPERIMENTAL ....... 61 5.4  RESULTADOS QUESTIONÁRIO ................................................................. 63 5.5  ENTREVISTAS ................................................................................................. 65 5.5.1  Entrevista ao professor ................................................................................... 65 5.5.2  Entrevista aos alunos ...................................................................................... 67 5.6  AMEAÇAS À VALIDADE ............................................................................... 71 5.7  CONSIDERAÇÕES .......................................................................................... 72 

6  CONCLUSÕES................................................................................... 73 

6.1  CONTRIBUIÇÕES DA DISSERTAÇÃO ...................................................... 75 6.2  TRABALHOS FUTUROS ................................................................................ 75 

REFERÊNCIAS ...................................................................................... 77 

APÊNDICE A –  TÉCNICAS PARA A ANÁLISE DE SINAIS ...... 83 

A.  ANÁLISE DO SINAL NO TEMPO ................................................................ 83 B.  NÍVEL DE VIBRAÇÃO OVERALL (GLOBAL) ........................................... 83 C.  ANÁLISE DE ESPECTRO DE FREQUÊNCIA ............................................ 83 D.  DETERMINAÇÃO DOS NÍVEIS DE VIBRAÇÃO ...................................... 83 CONTROLE DE VIBRAÇÃO PASSIVO .............................................................. 84 ABSORVEDOR DINÂMICO NÃO AMORTECIDO DE VIBRAÇÃO ............. 84 ABSORVEDOR DINÂMICO AMORTECIDO DE VIBRAÇÃO ....................... 85 

APÊNDICE B –  TUTORIAL PARA PROJETO DE SISTEMA MASSA-MOLA PRIMÁRIO COM ISOLAMENTO VIA ABSORVEDOR DINÂMICO DE VIBRAÇÃO SEM AMORTECIMENTO ............................................................................. 88 

APÊNDICE C –  PROTOCOLO DE BUSCA ................................... 91 

APÊNDICE D –  TRABALHOS RELACIONADOS ........................ 94 

APÊNDICE E –  PLANO DE AULA PROCEDIMENTO 1 .......... 101 

APÊNDICE F –  PLANO DE AULA PROCEDIMENTO 2 .......... 103 

APÊNDICE G –  PLANO DE AULA PROCEDIMENTO 3 .......... 105 

APÊNDICE H –  PLANO DE AULA PROCEDIMENTO 4 .......... 107 

APÊNDICE I –  PLANO DE AULA PROCEDIMENTO 5 ........... 109 

APÊNDICE J –  DESAFIO 1 ............................................................ 111 

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APÊNDICE K –  DESAFIO 2 ........................................................... 112 

APÊNDICE L –  DESAFIO 3 ............................................................ 113 

APÊNDICE M –  DESAFIO 4 .......................................................... 114 

APÊNDICE N –  DESAFIO 5 ........................................................... 115 

APÊNDICE O –  TESTE DE AVALIAÇÃO 1 ................................ 117 

APÊNDICE P –  TESTE DE AVALIAÇÃO 2 ................................. 119 

APÊNDICE Q –  OBSERVAÇÃO .................................................... 121 

APÊNDICE R –  QUESTIONÁRIO ................................................. 122 

APÊNDICE S –  ROTEIRO DAS ENTREVISTAS ........................ 124 

QUESTÕES AO PROFESSOR ............................................................................. 124 QUESTÕES AOS ALUNOS .................................................................................. 124 

ANEXO A –  PLANO DE ENSINO CÁLCULO III ....................... 126 

ANEXO B –  PLANO DE ENSINO SISTEMAS DINÂMICOS .... 128 

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1 INTRODUÇÃO

As vibrações mecânicas podem causar prejuízos econômicos afetando a qualidade e a

produtividade, seja por problemas materiais ou humanos. Toda estrutura ou equipamento mecânico

móvel, ou com componentes móveis está sujeito à vibração, seja por problemas de projeto, ou

construção, ou instalação ou ainda deterioração.

Para minimizar ou eliminar ruídos, desgastes, diminuição de rendimento e garantir a vida útil

de equipamentos, seu projeto deve analisar as forças envolvidas, os movimentos e as formas de

mitigá-los. O problema de vibrações mecânicas é determinar a dinâmica de um sistema mecânico, ao

ser submetido a forças impostas na forma de energias (potencial e/ou cinética), ou em forma de

excitações externas (BALACHANDRAN e MAGRAB, 2011).

A análise e o tratamento de vibrações em máquinas e equipamentos aumentam sua qualidade

e produtividade. Para isto, é necessário detalhar os diferentes processos usados na minimização de

vibrações indesejadas na sua redução e controle. Diversas são as aplicações da vibração na área da

engenharia, como no projeto de máquinas, fundações, estruturas, motores, turbinas e sistemas de

controle.

Para modelar a vibração utiliza-se o sistema conhecido como massa-mola (RAO, 2008). Por

outro lado, ambientes de aprendizagem digitais podem contribuir para que o ensino dos

comportamentos de sistemas massa-mola-amortecedor seja mais intuitivo, disponibilizando ao

professor material colaborativo e aos alunos conteúdos e simulações que poderão ser utilizados para

consolidar o conhecimento.

Os ambientes de simulação possibilitam ao aluno a ampliação de sua capacidade em formular

perguntas e não simplesmente em encontrar respostas (FERRACIOLI, 1999).

A utilização de ambientes computacionais, na prática da sala de aula, pode ser desenvolvida

a partir do estudo de tópicos de conteúdo específicos em ciências, sendo esta utilizada como uma

abordagem alternativa. Assim, uma vez apresentado o modelo de estudo de caso ao aluno, este pode

ser simulado, permitindo a ampliação do estudo do problema em análise.

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O objetivo desta pesquisa consiste em verificar a melhoria do desempenho acadêmico, quanto

ao ensino e aprendizado de conceitos sobre vibrações mecânicas, por meio de simulação

computacional, auxiliada na plataforma Scilab e Matlab, aplicada no curso da Engenharia Mecânica,

UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí.

Com o propósito de determinar o conhecimento do estudo de campo, foram realizadas duas

entrevistas, uma com o professor da disciplina de Sistemas Dinâmicos e a outra com os alunos que

cursaram a disciplina previamente. Desta maneira, procurou-se identificar os sentimentos e as

percepções relacionadas às dificuldades e a importância da disciplina de Sistemas Dinâmicos no curso

da Engenharia Mecânica. Além disso, as entrevistas permitiram realizar ajustes nas estratégias desta

pesquisa e nos direcionamentos com base na identificação dos alunos que obtiveram desempenho

fraco.

Desta maneira, apoiando-se nos resultados coletados e análise, se obtiveram indícios de que a

simulação traz benefícios, podendo ser encontradas prováveis explicações de porquê melhorou a

aprendizagem dos alunos nos tópicos abordados da disciplina de Sistemas Dinâmicos.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

A Infosys anuncia os resultados da pesquisa que fornece Insights sobre uma geração que está

confiante na tecnologia, mas insatisfeita com sua educação profissional. No Brasil, 78% dos jovens

de 16 a 25 anos estão dispostos a fazer uma reciclagem educacional completa se necessário. Cerca de

80% dos jovens em todos os mercados concordam que o desenvolvimento contínuo de habilidades é

essencial para ter sucesso no trabalho (BRASSCOM, 2016).

Estima-se que 40% dos estudantes que escolhem engenharia não se graduam, porque têm

dificuldades para acompanhar as disciplinas como cálculo e física, além da desmotivação diante de

números e fórmulas levando a evasão ao longo do curso (IETEC, 2012).

Segundo Ha e Fang (2013) o uso da simulação e da animação por computador no ensino em

cursos de Engenharia Mecânica, particularmente em estática e dinâmica, traz diversos benefícios. O

estudo revelou que houve uma melhoria significativa na aprendizagem, aumentando também a

capacidade de visualização espacial dos estudantes.

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Em particular, estudos realizados em 2011 e em 2013, mostraram a eficácia e a importância

no ensino de dinâmica e vibrações com o uso de softwares computacionais (AL-MAGHRABI; EL-

ABBASY, 2014).

No curso da Engenharia Mecânica na UNIVALI, percebe-se que os alunos possuem

dificuldades de aprendizado, desmotivação e desistência na disciplina de Sistemas Dinâmicos, que

de certo modo, acarreta a dificuldade de compreensão nos conceitos relacionados as vibrações

mecânicas, veja no Anexo B.

Diante deste cenário, este estudo se propõe responder a seguinte questão de pesquisa: O uso

de simulação computacional, apoiada na plataforma Scilab e Matlab, incentiva os alunos, facilitando

a aprendizagem dos conceitos sobre vibrações mecânicas, gerando uma melhoria no desempenho

acadêmico?

Dessa maneira, direciona-se a formular a hipótese de pesquisa deste trabalho: O ensino-

aprendizagem da disciplina de Sistemas Dinâmicos pode contribuir na melhoria do desempenho

acadêmico dos alunos, se vinculado com a simulação computacional, aplicando os conceitos de

vibrações mecânicas.

1.1.1 Delimitação de Escopo

O presente trabalho foi desenvolvido com os alunos do curso de Engenharia Mecânica da

UNIVALI, com uma turma de 22 alunos. A pesquisa tem como foco trabalhar sobre o ensino-

aprendizagem de conceitos de vibrações mecânicas, que consiste na utilização da simulação

computacional.

Neste trabalho científico, procura-se analisar o efeito da simulação computacional no processo

de ensino-aprendizagem pelos acadêmicos em comparação com os resultados das avaliações sem o

com uso da mesma. Além da análise quantitativa realizada por intermédio das avaliações, também

foi efetuada uma análise qualitativa por meio de um questionário, entrevistas e observação para obter

o ponto de vista dos alunos.

Para tal fim, foram abordados os tópicos relacionados aos conceitos das vibrações mecânicas

em sistemas mecânicos.

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Para a avaliação dos resultados da pesquisa foi desenvolvido um ambiente de simulação que

possibilite a execução das atividades com os alunos da disciplina de Sistemas Dinâmicos do curso da

Engenharia Mecânica da Univali-Itajaí. Salienta-se que não forma parte do escopo desta pesquisa a

análise de outros temas que não seja o das vibrações mecânicas.

1.1.2 Justificativa

A qualidade da educação é uma exigência crescente da sociedade. Nesse contexto, o aluno

precisa atender ao contínuo aumento das exigências e das competências produtivas e tecnológicas

demandadas pela modernização e competitividade.

Para que a aprendizagem seja significativa, três condições devem ser satisfeitas: a disposição

para aprender, conceitos relevantes da cognição do aluno e material educacional que tenha significado

lógico e psicológico (GARIGLIO; BURNIER, 2012).

Segundo Ha e Fang (2013) uma análise realizada a partir de onze estudos publicados sobre o

desenvolvimento e a avaliação do uso da simulação e da animação por computador no ensino em

cursos de Engenharia Mecânica, particularmente em estática e dinâmica, revelou que houve 91% de

melhoria na aprendizagem e em 82% dos casos, a capacidade de visualização espacial dos estudantes

foi incrementada.

A eficácia e a importância no ensino de dinâmica e vibrações com o uso de softwares

computacionais são mostradas pelos estudos realizados em 2011 e 2013 que compara o

aproveitamento pelos alunos que utilizaram um software computacional com os alunos que não

utilizaram (AL-MAGHRABI; EL- ABBASY, 2014).

O uso de ferramentas computacionais estimula e incentiva os alunos, o que minimiza as

dificuldades de aprendizagem apoiando o desenvolvimento do pensamento computacional nos jovens

(BRENNAN; RESNICK, 2012).

O estudo das vibrações constitui um tópico complexo nos cursos das Engenharias, exigindo

recursos laboratoriais caros de modo que poucas universidades estão adequadamente equipadas para

abordar esta temática (AL-MAGHRABI; EL- ABBASY, 2014).

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1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Avaliar a melhoria no desempenho acadêmico quanto ao aprendizado dos conceitos sobre

vibrações mecânicas por meio da utilização de simulação computacional, assistida na plataforma

Scilab e Matlab.

1.2.2 Objetivos Específicos

1. Investigar as metodologias de ensino propostas para o ensino dos conceitos de vibrações

mecânicas empregando simulação computacional, por meio do levantamento bibliográfico

da área de pesquisa;

2. Planejar procedimentos na metodologia de ensino dos conceitos de vibrações mecânicas

na disciplina de Sistemas Dinâmicos;

3. Implementar os procedimentos planejados empregando a simulação computacional;

4. Avaliar a metodologia proposta, com alunos do curso de Engenharia Mecânica da Univali-

Itajaí.

1.3 METODOLOGIA

O método de pesquisa compõe-se de uma sucessão de estágios usados para verificar que o

objetivo proposto foi alcançado (WAZLAWICK, 2009). Esta seção apresenta a metodologia de

pesquisa adotada neste projeto de dissertação, sendo dividida em: metodologia de pesquisa e

procedimentos metodológicos.

1.3.1 Metodologia da Pesquisa

Durante o desenvolvimento do trabalho, foi utilizado o método indutivo, que consiste na

adoção da seguinte linha de raciocínio, descrita por Marconi e Lakatos (2003): “a indução científica

fundamenta-se na causa ou na lei que rege o fenômeno ou fato, constatada em um número

significativo de casos (um ou mais) mas não em todos”. Conforme Gil (2008) inicia-se da observação

de fatos ou fenômenos cujas causas se deseja conhecer. Logo, busca-se compará-los com o propósito

de descobrir as relações existentes entre eles.

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Este trabalho, sob o ponto de vista de sua natureza, é classificado como pesquisa aplicada. De

acordo com Silva e Menezes (2001) a pesquisa aplicada “objetiva gerar conhecimentos para aplicação

prática dirigidos à solução de problemas específicos, envolvendo verdades e interesses locais”.

A pesquisa tem uma forma de abordagem principalmente qualitativa e secundariamente

quantitativa, visto que tem como objetivo analisar e comparar o desempenho de alunos com e sem a

utilização do ambiente computacional didático pedagógico proposto.

Sob o ponto de vista dos objetivos esta pesquisa é classificada como pesquisa exploratória,

caracterizada pela abordagem do pesquisador e a coleta de dados aplicada a estudos de casos, com o

objetivo de proporcionar uma visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado fato. Segundo

Silva e Meneses (2001) a pesquisa exploratória envolve entrevistas com pessoas que tiveram

experiências práticas com o problema pesquisado e geralmente assume as formas de pesquisas

bibliográficas e estudos de casos.

Esta pesquisa foi realizada inicialmente com o levantamento bibliográfico, por meio de livros,

teses, dissertações, surveys, artigos de periódicos, conferências e simpósio da área de pesquisa do

trabalho, visando uma melhor compreensão do problema proposto.

1.3.2 Procedimentos Metodológicos

Para alcançar os objetivos estabelecidos, os métodos de pesquisa empregados neste trabalho

científico, são apresentados nesta seção:

Pesquisa bibliográfica: o levantamento de informações bibliográficas teve por objetivo

prover conhecimento e suporte teórico para o desenvolvimento da solução proposta,

buscando o estado da arte do ensino das vibrações mecânicas e testes aplicando

simulação computacional como abordagem complementar.

Pesquisa documental: como complemento a leitura dos trabalhos correlatos, foi

realizada uma busca e leitura de ensino da disciplina de sistemas dinâmicos, mais

especificamente, no tópico de vibrações mecânicas, a fim de verificar as dificuldades

na compreensão do assunto.

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Pesquisa experimental: visa utilizar um ambiente computacional necessário para a

realização dos testes práticos de desempenho dos alunos em cenários didáticos

pedagógicos no tópico escolhido.

Estudo de caso: é baseado na análise dos dados colhidos, após os testes realizados a

duas turmas do curso de Engenharia Mecânica.

1.4 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

O trabalho está estruturado em seis capítulos vinculados. Este Capítulo, Introdução, mostra,

por meio da contextualização de vibrações mecânicas. Assim, foram determinados os resultados

almejados mediante a exposição de seus objetivos e denotadas as limitações do trabalho.

O Capítulo 2, Fundamentação Teórica, aborda os conceitos relacionados as vibrações

mecânicas em sistemas mecânicos, suas causas e consequências. Ainda são analisadas as técnicas de

controle das vibrações mecânicas e as particularidades sobre abordagens educacionais.

O Capítulo 3 apresenta um repositório de trabalhos relacionados a este tema de pesquisa, de

onde foram analisados e retirados alguns dados, com o propósito de analisa-los. Todos os trabalhos

levantados são similares, pois utilizam a simulação computacional para o ensino dos conceitos das

vibrações mecânicas.

No Capítulo 4 é especificado como foram executados os procedimentos deste trabalho, através

de um estudo piloto, assim como os detalhamentos das atividades em que constituem cada

abordagem. Assim também, os métodos de avaliação empregados são exibidos. Em seguida, mostra-

se o ambiente de simulação empregado para os procedimentos e atividades complementares. Já no

final, exibe-se o cronograma de execução das atividades.

O Capítulo 5 apresenta os dados coletados pelos métodos de avaliações empregados e a análise

estatística desses. Além disto, é apresentada a análise dos resultados obtidos com o questionário de

avaliação e a entrevista.

Por fim, o Capítulo 6 apresenta as conclusões deste trabalho e as possibilidades de trabalhos

futuros.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo refere-se aos temas de pesquisa deste trabalho. São apresentados os conceitos

gerais das vibrações mecânicas e a utilização de alguns métodos de controle para sua mitigação.

Também, a utilização da simulação computacional na educação, com destaque na plataforma Scilab

e Matlab.

2.1 VIBRAÇÃO MECÂNICA

A vibração mecânica consiste em toda variação no tempo, de uma magnitude que descreve o

movimento ou a posição de um sistema mecânico, quando essa magnitude é alternadamente maior ou

menor que certo valor padrão ou referência (ISO 2041-2009).

Segundo Rao (2011) as vibrações mecânicas, podem se classificar a partir de diferentes pontos

de vistas dependendo: da excitação; da dissipação de energia; da linearidade dos elementos; das

características do sinal.

2.1.1 Causas das vibrações

O desbalanceamento é uma das causas mais comuns de vibrações em máquinas e existe

quando a distribuição de massas de um rotor não é uniforme em relação a um eixo de inércia. Outra

causa que produz desgaste de componentes de máquinas é o desalinhamento. Apesar do uso de

mancais auto-compensadores ou acoplamentos flexíveis é difícil alinhar dois eixos e seus mancais de

forma que não atuem forças que causem vibrações (MARINESCU; ISPAS; BOBOC, 2002).

Quando o centro de rotação não coincide com o centro geométrico em uma polia ou

engrenagem, disse-se de ter problemas de excentricidade (SCHEFFER; GIRDHAR, 2004).

Já a folga estrutural (TAYLOR, 1994) origina-se pelo amolecimento ou deficiência do pé da

máquina, folga nos parafusos da fundação ou danos nos elementos de fixação. Na engrenagem se

produz devido ao desgaste excessivo ou imperfeições dos dentes, lubrificação deficiente ou elementos

estranhos entre os dentes.

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Falhas na pista do anel interno ou externo como trincas ou arranhões no material, erros de

montagem, esforços anormais, corrosão, partículas externas ou lubrificação deficiente são causas

originadas nos rolamentos (WHITE, 2010).

As maiores amplitudes de vibrações de uma máquina ocorrem com oscilações próximas da

frequência de ressonância em resposta a uma força de excitação. As altas amplitudes de vibração

podem ser catastróficas para qualquer sistema e deve ser evitado a todo custo. Como a frequência

natural de um sistema não pode ser eliminada, técnicas que a desloquem para outro valor devem ser

aplicadas (BRAUN; EWINS; RAO, 2002).

2.1.2 Efeitos das vibrações

A vibração causada pelo desbalanceamento aumenta a carga dinâmica nos mancais das

máquinas, seu desgaste e diminui sua vida útil. Também causa fraturas por fadiga, podendo quebrar

peças rotativas, especialmente se a máquina passa por frequências ressonantes.

Se a massa de um corpo rotativo não estiver distribuída uniformemente, este estado gera forças

centrífugas, vibrações e ruídos durante a rotação, aumentando à medida que a velocidade subir. Eixos

desalinhados, que excedam os limites toleráveis, resultam em danos aos mancais, deformação e até

fratura do eixo.

Parafusos, pinos e chavetas se soltam aos poucos devido a vibração excessiva, podendo

destruir a máquina, se eles se soltarem. A vibração, ao reduzir o torque de aperto em elementos de

fixação, também pode levar a folga nos componentes, funcionamento inadequado de componentes

elétricos e danos em cabos e conexões.

Também não se pode exigir alta precisão de uma ferramenta com vibração. Essa vibração, em

máquinas e ferramentas, pode ainda causar lesões por esforços repetitivos e aumento de fadiga dos

operadores, submetidos a um estresse operacional maior. Operações suaves e baixo ruído indicam a

qualidade de um produto. Logo, se ele tem fortes vibrações será mais difícil de ser vendido. A

vibração indesejada diminui a vida útil e paralisa a produção significando tanto um desastre

econômico para a sua empresa como um risco de acidente ou mesmo morte (FLUKE

CORPORATION, 2010).

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2.1.3 Controle das vibrações

Um método eficaz para reduzir a vibração é bloquear ou modificar sua fonte. Se isto não pode

ser feito, cria-se um sistema de isolamento de vibrações para separar a fonte de vibração do sistema

de interesse. Assim, as formas para o controle da vibração podem ser:

Controle da excitação - quando pode-se eliminar ou reduzir a excitação externa.

Controle dos parâmetros do sistema - a resposta em sistemas com um grau de

liberdade é função da sua inércia, amortecimento e rigidez. Mudar seus parâmetros

altera a amplitude de estado estacionário. Conhecendo-se a excitação, então se pode

projetá-lo de modo a tornar a amplitude no estado estacionário aceitável.

Mudança na configuração do sistema - Para um sistema com um grau de liberdade

agrega-se uma estrutura massa-mola auxiliar (absorvedor de vibração),

transformando-o em dois graus de liberdade. O projeto desse absorvedor torna suas

frequências naturais (dos dois graus de liberdade) diferentes da frequência de

excitação. Logo, altera a resposta em frequência da massa original, podendo fazer com

que as vibrações no estado estacionário da máquina original possam ser até mesmo

eliminadas (KELLY, 2000).

Redução da força ou da transmissão do movimento - um isolador pode reduzir a

transmissão de força entre uma máquina e sua base quando ela estiver sujeita a uma

excitação harmônica, como também, podem ser projetados para proteger a base de

forças impulsivas experimentadas durante seu funcionamento.

Frequências naturais - conhecer e controlar as frequências naturais do sistema evita

a presença de ressonâncias, reduzindo a ação de excitações externas.

2.2 APRENDIZAGEM

A aprendizagem é um processo de mudança permanente no comportamento de uma pessoa,

gerado pela experiência. Ela envolve a mudança de comportamento ou a mudança na capacidade

comportamental. Esta mudança deve ser mantida ao longo do tempo por meio da prática ou outras

formas de experiência como, por exemplo, observando outras pessoas. Logo, a aprendizagem é um

processo pelo qual o indivíduo, por meio da experiência, da manipulação de objetos, interage com as

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pessoas, gera ou constrói conhecimento, modificando, ativamente seus esquemas cognitivos que

cercam o mundo por meio do processo de assimilação e acomodação (PIAGET, 1999).

A aprendizagem é um processo ativo no qual os alunos constroem ou encontram novas ideias

ou conceitos, com base no conhecimento do passado e do presente ou uma estrutura cognitiva,

esquema ou modelo mental, pela seleção, transformação de informações, construção de hipóteses,

tomada de decisão, gestão de dados para ir além deles (BRUNER, 1999).

Uma forma de colaborar no processo de construção de conhecimento pode ser possível por

meio do uso do computador. Desta maneira, as simulações, modelagens e jogos, entre outros,

mostram particularidades que podem ajudar o desenvolvimento da construção do conhecimento

(VALENTE, 1999).

2.2.1 Aprendizagem significativa

A teoria de Ausubel diz respeito a processos de compreensão, de processamento, de

armazenagem e de utilização de informações envolvidos na cognição. Esta teoria vincula-se aos

pontos de vista atuais da filosofia construtivista que vê a ciência como algo dinâmico, não estático,

com base na crença de que nós estruturamos nosso mundo por meio das percepções de nossas

experiências, assim como, uma forma de evoluir com base em novas descobertas (AUSUBEL, 2000).

Quando novas informações se tornam significativas para o indivíduo, por meio de interação

com os conceitos existentes, é chamado aprendizagem significativa. A aquisição pelo aluno de um

conhecimento claro, estável e organizado é o principal objetivo da sala de aula, porque, uma vez

adquirido, este conhecimento torna-se um fator significativo que influência a aquisição de novos

conhecimentos na mesma área (AUSUBEL, 2000).

Desta forma, em uma aula em que o aluno adquire algum conhecimento e não consegue fazer

uma ligação com algum conhecimento anterior, este não é fixado. Apenas permanece memorizado

por algum tempo, mas perde-se logo depois, pois não há onde se prender, o que é denominado de

aprendizagem mecânica.

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2.2.2 Aprendizagem cooperativa

Na aprendizagem cooperativa utiliza-se de pequenos grupos no ensino, para que os alunos

trabalhem em conjunto, proporcionando aos mesmos as ferramentas para aprender efetivamente uns

com os outros (SMITH, 1996). Neste contexto, os alunos devem trabalhar juntos em uma tarefa

comum, compartilhar informações e se apoiarem mutuamente, sendo uma abordagem em equipe,

onde o sucesso do grupo depende de todos convergirem para o mesmo lado.

A cooperação não é fazer com que os alunos façam uma tarefa individualmente e, em seguida, ter aqueles que terminam primeiro ajudem os alunos mais lentos. A cooperação é muito mais do que estar fisicamente perto de outros alunos, discutir material com outros alunos, ajudar outros alunos ou compartilhar material entre os alunos, embora cada um deles seja importante na aprendizagem cooperativa (SMITH, 1996).

Já o professor conserva a dupla função tradicional de profissional no assunto e autoridade na

sala de aula. Assim como, preparar e atribuir tarefas aos grupos, controlar o tempo e materiais, e

supervisionar a aprendizagem do aluno.

2.2.3 Construcionismo

A teoria de Papert, o Construcionismo, baseia-se no Construtivismo de Piaget e defende que

a construção do conhecimento acontece de maneira especialmente eficaz quando os alunos constroem

e compartilham objetos publicamente (BLIKSTEIN, 2016).

Papert considera que o conhecimento é construído, não transmitido, ou seja, é construído por

meio da aprendizagem interativa, significativa e prática. As simulações serão importantes para o

construcionismo, e especialmente para a sua implementação com tecnologias.

Em função disso, por exemplo, com o software Scratch pode-se construir uma simulação dos

diferentes processos reais, mas com tamanho reduzido e conseguir coletar dados numéricos. O

programa provoca ganhos, tal como ser divertido, motivador, além de criar sua própria manipulação

do ambiente e experimentação, além de conseguir resolver problemas. Deste modo, o Scratch auxilia

os adolescentes a pensarem de forma criativa, a raciocinar sistematicamente e a trabalhar

colaborativamente (BRENNAN; RESNICK, 2012).

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2.3 AMBIENTES DIGITAIS DE APRENDIZAGEM

As três formas de resolver os problemas científicos, seja, experimental, teórica e

computacional, não estão isolados uns dos outros, sendo que a interação entre eles é crucial para o

avanço do conhecimento. A partir da abordagem experimental são realizados experimentos para

extrair informações sobre o sistema em estudo, e por meio da abordagem teórica, os modelos são

construídos a partir de princípios e leis pré-existentes.

No entanto, em quase todos os campos da física, a análise teórica tradicional de uma situação

física representa uma descrição matemática. Onde alguns destes modelos podem ser resolvidos

exatamente, mas na maioria dos casos isto não é possível e devem ser feitas aproximações, por sua

vez, nem sempre são viáveis a ser resolvidos analiticamente (KORN, 2007).

O papel dos recursos da Tecnologia da Informação – TI, no desenvolvimento de várias

disciplinas científicas, levou a novas abordagens no tratamento e resolução de problemas das mesmas.

Em consequência, existem alguns métodos com fins educacionais, tais como a simulação, a animação

e a gamificação, que foram projetados inicialmente para melhorar a compreensão e a motivação dos

alunos, enquanto aprendem conceitos como leis físicas (REINERS; WOOD, 2015).

2.3.1 Simulação

As simulações são modelos computacionais de situações reais ou hipotéticas, ou ainda, de

fenômenos naturais que permitem aos usuários explorar, manipular ou modificar parâmetros dentro

deles. Assim como, as simulações permitem aos usuários observar e interagir com representações de

processos que de outra forma seriam invisíveis ou irrealizáveis.

Em Dong, Mazzei e Echempati (2012) utilizaram-se as capacidades de simulação do

SIEMENS PLM SOFTWARE – NX para melhorar o ambiente de ensino e os resultados de

aprendizagem dos alunos do curso de engenharia gráfica. Os autores mostram como os alunos se

beneficiam da simulação, entendendo o comportamento cinemático e dinâmico do mecanismo e

também verificando a análise de estresse de membros críticos por meio de cálculos simples.

Na Figura 1 observa-se uma simulação aplicada a um mecanismo com o propósito de obter a

magnitude cinemática da velocidade do centro de massa.

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Figura 1. Conjunto do limpador e velocidade do conjunto

Fonte: Dong, Mazzei e Echempati (2012).

À direita da simulação, sua velocidade pode ser determinada pela definição de um marcador

no centro de massa da ligação e traçando a sua velocidade para um ciclo de movimento. Deste modo,

o valor obtido na simulação pode ser conferido através do cálculo manual.

De acordo com Monkova, Monka, Hutyrova e Cizikova (2015) o projeto de uma máquina,

mecanismo ou qualquer sistema mecânico em movimento sempre começa com uma consideração

cinemática, para logo, desenvolver algum conceito inicial de como a máquina irá operar.

Uma vez montado o sistema, através da simulação de movimentos cinemáticos, os alunos

podem observar como seus projetos de mecanismo se comportarão geometricamente. Uma vez

preparado o mecanismo para análise cinemática, também é possível usar a análise dinâmica e calcular

o valor da força F2 aplicada na biela do mecanismo, veja a Figura 2.

Figura 2. Modelo virtual do mecanismo

Fonte: Monkova, Monka, Hutyrova e Cizikova (2015).

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No processo de simulação são apresentados características das vibrações em sistemas

mecânicos e os resultados obtidos com a sua utilização.

Para Silva (2005), como o sistema massa-mola primário possui apenas um grau de liberdade,

sua frequência natural é dada . Se a frequência de operação do sistema primário coincide

com a sua frequência natural ( ), o mesmo entra em ressonância e se torna instável, de modo que o

sistema oscila havendo aumento contínuo da sua amplitude a cada oscilação.

Por meio de simulações, nota-se que quanto mais próximo da frequência de ressonância do

sistema for a frequência de excitação, maior é a amplitude de oscilação, ou seja, maior é a sua

amplitude de vibração. Veja a simulação no domínio do tempo, neste caso, na Figura 3.

Figura 3. Sistema primário em ressonância

Logo, este problema que traz deterioração, quebras, distúrbio e perdas econômicas no

equipamento ou maquinário, pode ser minimizado por meio da implementação de um isolamento no

sistema primário.

As simulações imersivas educacionais de condições de um local de trabalho, para operações

de montagem com auxílio de sistemas tácteis e realidade virtual, estão sendo utilizadas para testar sua

qualidade ergonômica sem a necessidade de construir um protótipo físico (GRAJEWSKI; GÓRSKI;

HAMROL; ZAWADZKI, 2015).

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Em vista disso, essas simulações podem ser usadas para treinamento efetivo de futuros

operadores de um determinado local de trabalho. Neste caso, a Figura 4 mostra um modelo interativo

dos dois locais de trabalho unidos, um para perfuração e montagem manual e outro constituído com

sistemas de rastreio e reconhecimento de gestos.

Figura 4. À esquerda, o local de trabalho virtual para perfuração e montagem. À direita, a manipulação no local de trabalho com aplicação de rastreamento manual e luvas de reconhecimento de gestos

Fonte: Grajewski, Górski, Hamrol e Zawadzki (2015).

A simulação é uma estratégia que pretende representar situações da vida real em que os

estudantes possam resolver um problema ou simplesmente experimentar uma situação particular

envolvida. Deste modo, permite que os alunos sejam confrontados com situações que podem ocorrer

no local de trabalho, assim poder desenvolver estratégias de prevenção e tomada de decisão eficaz.

Dentro do processo educacional, tem um papel fundamental a utilização de materiais didáticos

digitais, que são usados para melhorar a compreensão, para exercitar e avaliar o conteúdo das

disciplinas em estudo. Um problema detectado é que existem softwares que exigem computadores

potentes (por exemplo, CATIA, ANSYS, etc.), além do custo. Porém encontram-se softwares

alternativos como Scilab ou Matlab, com suas limitações, onde podem ser realizadas simulações de

modo educacional.

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2.3.2 Animações

O conceito de animação refere-se a uma técnica de movimento que é aplicado a um elemento

ou indivíduo. Deste modo, representa desenhar objetos geométricos simples cuja coordenada e cor

dependem das variáveis dinâmicas que sejam integradas (ERMENTROUT, 2002).

A utilização da animação pode ser usada para demonstrações de sala de aula e problemas de

pesquisa. A modo de exemplo, a Figura 5 ilustra o modelo de dois giroscópios ligados com o objetivo

de demonstrar o comportamento em espaço tridimensional, com o efeito giroscópio

(WOLFSTEINER, 2012).

Figura 5. Modelo e animação no Matlab de dois giroscópios ligados

Fonte: Wolfsteiner (2012).

A Figura 5 apresenta o modelo (à esquerda) com dois giroscópios (1) e (2) ligados em B com

uma articulação esférica e ligados ao plano X1–Y1 em A com 6 graus de liberdade. À direita da

Figura 5 se observa uma imagem da animação no Matlab.

Ha e Fang (2013) apontam o resultado do uso de simulações e animações com alunos, que

demostraram uma melhora na habilidade de visualização espacial, além disso, facilitou a

compreensão do assunto.

Fenômenos complexos e relações entre vários componentes de um sistema ao longo do tempo

e do espaço se consegue por meio da funcionalidade interativa dos botões de navegação para mostrar

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passo a passo o processo de derivação de equações matemáticas juntamente com gráficos animados

no estudo da análise estrutural, percebe-se na Figura 6.

Figura 6. Técnicas de animação auxiliam o cálculo de forças e momentos atuando sobre uma estrutura

Fonte: Há e Fang (2013).

Nos Estados Unidos, Hodge e Mahajan (2013) relatam a experiência do uso da animação em

um curso de design de sistemas térmicos do programa de Engenharia Mecânica. A Figura 7 mostra

uma captura de tela da animação quando a onda do golpe de aríete se encontra no meio caminho entre

a válvula e a entrada do tubo. Neste ponto ilustrado a onda move-se da válvula para o ponto médio

do tubo, sendo inicialmente as primeiras exibições de animação com uma velocidade lenta para que

o instrutor possa explicar os efeitos envolvidos.

Figura 7. Animação mostrando o efeito do golpe de aríete

Fonte: Hodge e Mahajan (2013).

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2.3.3 Análise comparativa

O Quadro 1 apresenta o resumo entre algumas estratégias digitais utilizadas na educação,

como material complementar visando aprendizagem e motivação.

Estratégias Digitais na Educação Áreas de interesse Resultado / Expectativa

Simulação

Engenharia Espacial Engenharia Aeronáutica Engenharia Mecânica Automobilística Robótica Engenharia Civil Engenharia da Produção Logística Biologia Medicina Matemáticas Economia Comunicações Ergonomia Gerenciamento de projetos Clima Esportes Militar, Marítima Antropologia Jogos Digitais Segurança

Favorece a visualização espacial Aprimora a aprendizagem É fator de motivação Permite o treinamento Ajuda na retenção do aprendizado É material de ajuda ao professor Pode levar ao pensamento crítico e reflexivo Desenvolve o raciocínio Realiza a aprendizagem cooperativa Promove uma realidade trabalhista e profissional

Animação

Engenharia Espacial Engenharia Aeronáutica Engenharia Mecânica Robótica Mecatrônica Engenharia Civil Engenharia da Produção Logística Biologia Medicina Matemáticas Comunicações Ergonomia Clima Cinematografia

Favorece a visualização espacial Aprimora a aprendizagem Motivação Material complementar de ajuda ao professor Pensamento crítico e reflexivo

Gamificação

Marketing Saúde Economia Design de jogos Engenharia Mecânica Engenharia de software Engenharia da Produção Matemáticas Historia, Geografia Planejamento urbano

Inspiração Motivação Envolvimento Cognição Estimula desafios Aprendizagem agradável Experiência emocional

Quadro 1. Resumo comparativo entre recursos didáticos complementares utilizados na educação

Fonte: Kelton, Sadowski e Sturrock (2006); Reiners e Wood (2015); Moore (2015).

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2.4 A FERRAMENTA SCILAB

Scilab é um pacote de software gratuito, com código aberto, para computação científica,

orientada para cálculo numérico, operações matriciais e, para aplicações científicas e de engenharia.

Figura 8. Interface da ferramenta Scilab

Pode ser usado como uma calculadora no modo console, bem como permite aos usuários

escrever seus próprios scripts, ou seja, seus próprios algoritmos, conforme ilustrado na Figura 8.

Também possui toolboxes que adicionam funcionalidades especializadas. Além disso, dispõe

de um conjunto de demonstrações, geralmente com o seu código, que podem ajudar a aprendizagem

da ferramenta (CAMPBELL; CHANCELIER; NIKOUKHAH, 2010).

2.4.1 Scilab na nuvem

Uma utilidade que oferecem as tecnologias é a “Cloud Computing”, ou seja, processamento e

armazenamento de dados em servidores da web, que permitem acessar as informações de qualquer

lugar e a qualquer hora. Em geral, estas aplicações não precisam ser instaladas no seu computador.

Deste modo, a computação em nuvem envolve mover parte do trabalho de seu computador local ou

rede de computadores para servidores remotos.

A partir da necessidade de possuir outras alternativas de acesso ao Scilab, o rollApp constrói

uma plataforma de virtualização on-line, que permite executá-lo em qualquer dispositivo com apenas

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um navegador da web (ROLLAPP, 2017). Portanto, comporta-se como se fosse instalado localmente.

A Figura 9 apresenta a plataforma virtual rollApp sendo executada na nuvem.

Figura 9. Scilab na plataforma virtual rollApp

Fonte: RollApp (2017).

Outra solução em nuvem que fornece acesso ao Scilab via internet é a plataforma virtual Scilab

on Cloud (FOSSEE, 2017). O Scilab Cloud permite aos usuários centralizar dados e algoritmos,

facilitando o controle de sua implantação, veja na Figura 10.

Figura 10. Scilab na nuvem

Fonte: Fossee (2017).

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Nos tempos atuais percebe-se uma tendência em trabalhar na nuvem devido a esses aplicativos

permitem acessar as informações de qualquer lugar e a qualquer hora, facilitado a forma como

lidamos com a tecnologia da informação.

2.5 A FERRAMENTA MATLAB

Esta ferramenta oferece um ambiente de desenvolvimento integrado com sua própria

linguagem de programação de alto nível, sendo um software criado para cálculos numéricos

complexos e visualização de dados. Seu elemento básico de trabalho são as matrizes, uma vez que

são muito eficientes na descrição e representação de funções lineares, com grande contribuição em

aplicações na engenharia, como a simulação de modelos matemáticos (MOORE, 2015).

O ambiente de trabalho no Matlab pode ser efetuado pelo modo console na qual se insere

comandos em modo texto. Além disso, possui várias janelas separadas, contendo cada, uma barra de

menu que controla sua funcionalidade. Já por meio do editor (Script) é possível criar linhas de

comandos e executar programas, veja a Figura 11.

Figura 11. Interface da ferramenta Matlab

Deste modo é considerada como uma ferramenta de pesquisa, pois encontram-se uma série de

toolboxes, especificamente voltados para a engenharia e a modelagem de sistemas dinâmicos. Além

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disso, possui uma programação gráfica chamada Simulink que é uma extensão do Matlab, que suporta

a simulação de sistemas tanto lineares como não-lineares (LYNCH, 2014).

Este software requer recursos, em termos financeiros, além da aquisição principalmente dos

toolboxes, ao contrário do software Scilab que é gratuito. Por isso, a seleção da ferramenta de

simulação, considerando-se as características e as aplicações que se pretende desenvolver, passou a

considerar o Scilab, sendo utilizado o Matlab apenas para fins de animação e como complemento na

introdução ao tema das vibrações.

Figura 12. Animação no Matlab

Na Figura 12 observa-se um exemplo de animação efetuado no Matlab onde o sistema

mecânico tem um comportamento dinâmico oscilante. Por meio da animação é possível analisar a

resposta do sistema massa-mola para as diferentes posições no tempo. Os resultados da animação

permitem aos alunos compreender melhor o que está acontecendo em uma expressão analítica,

possibilitando a comparação do comportamento do modelo com o do sistema real.

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3 TRABALHOS RELACIONADOS

Neste capítulo apresenta uma análise sobre os trabalhos relacionados com o tema de pesquisa

desta dissertação. Primeiramente é discutido sobre o protocolo de busca utilizado. Logo depois, é

efetuada uma síntese dos trabalhos correlatos. No final são discutidas as considerações deste capítulo.

3.1 PROTOCOLO DE BUSCA

Para identificar os trabalhos relacionados ao assunto da pesquisa foi implementado um

mapeamento sistemático com base no protocolo de busca, sendo selecionados os trabalhos que

abordam a utilização da simulação computacional no ensino das vibrações mecânicas.

Neste contexto, foi estabelecida a seguinte pergunta, que foi respondida através da revisão

sistemática realizada, cumprindo este protocolo de busca:

Que tipos de abordagens (técnicas, métodos, processos, ferramentas, características ou

ambientes) podem ser empregadas para o ensino aprendizagem das vibrações

mecânicas?

Para implementar o mapeamento sistemático dos trabalhos foi efetuado um protocolo de

busca, com as palavras chaves do tema de pesquisa. O protocolo de busca utilizou os seguintes termos:

((simulation OR computing environment) AND (mechanical vibrations OR mechanical engineering)

AND (education OR learning OR teaching)). Também, foi restringida a data de publicação, sendo

consideradas válidas as datas de Janeiro de 2010 até Maio de 2017.

Sendo efetuadas as pesquisas em seis bases de dados online, entre as quais se encontram: a

IEEE Xplore Digital Library, Wiley Online Library, ACM Digital Library, ScienceDirect, o Portal

de Periódicos da CAPES/MEC e a American Society for Engineering Education. O principal motivo

dessa apuração é devido que nessas bases de dados concentram-se os principias periódicos e anais de

conferências relacionadas ao tema de pesquisa desta dissertação. Deste modo houve necessidade se

adaptar o protocolo de busca, aplicando alguns filtros disponíveis para refiná-la. O protocolo de

busca encontra-se no Apêndice C e dispõe os termos utilizados em cada uma das bases de dados.

Para a escolha dos trabalhos, foram empregados os seguintes critérios de inclusão:

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Analisar se o título ou palavras-chaves mostram algum dos termos de busca;

Publicações a partir de 2010 até 2017;

Analisar se o resumo denota um cenário geral do trabalho com contextualização do

problema, a metodologia utilizada e os resultados obtidos. As conclusões do trabalho

foram analisadas para verificar a sua contribuição;

Publicações que informam uso de ambientes computacionais para o ensino de

vibrações mecânicas.

Adotou-se os seguintes critérios de exclusão:

Publicações que apresentam utilização de ambientes computacionais, mas sem relação

à ensino;

Trabalhos com títulos e resumos em desacordo;

Trabalhos sem resultados práticos entre ambientes computacionais e vibrações

mecânicas;

Indisponível para acesso ou download.

Uma relação das quantidades de trabalhos encontrados em cada base de dados pesquisada,

assim como os trabalhos analisados e eliminados são apresentados na Tabela 1.

Tabela 1. Quantidade de trabalhos relacionados sobre a busca

Base de dados Trabalhos encontrados Trabalhos eliminados Trabalhos analisados

IEEE 116 111 5

Wiley 187 171 16

ACM 73 72 1

ScienceDirect 97 95 2

CAPES 91 90 1

ASEE 138 134 4

Total 702 673 29

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Posteriormente, procedeu-se a leitura e análise dos trabalhos selecionados, efetuando-se a

extração dos seguintes dados:

Título, Autores e ano do trabalho;

O nível de estudo para mostrar qual o nível de estudo dos integrantes do trabalho;

Principais objetivos denotando o propósito do trabalho;

A tecnologia utilizada, seja simulação computacional, animação ou jogo educacional,

empregada no trabalho;

Software utilizado para ensinar;

Instrumentos de avaliação empregados para avaliar a amostra do trabalho;

A amostra mostrando quantos integrantes participaram na realização do trabalho;

Os resultados mostrando quais foram os benefícios atingidos com a realização do

trabalho.

Desta maneira, nos trabalhos analisados durante a pesquisa, usou-se os argumentos de

extração mostrados, assim como nas bases apresentadas da Quadro 3, veja os detalhes no Apêndice

D. Seguidamente serão analisados os principais resultados da pesquisa efetuada.

3.2 SÍNTESE DOS TRABALHOS RELACIONADOS

A partir da análise dos trabalhos pode-se observar que vários deles não têm como objetivo

direto o ensino-aprendizagem das vibrações mecânicas por meio de ambientes digitais de

aprendizagem, mas sim, fomentar o produto para venda. Também se notou a falta de argumentos para

constatar a pesquisa realizada em algum deles, bem como, sendo focado em diferentes áreas distantes

da educação.

Nos trabalhos analisados nesta pesquisa, observou-se que o ensino de vibrações mecânicas e

assuntos relacionados a engenharia mecânica que empregam ambientes digitais de aprendizagem

aplicado em nível de graduação denota pouco mais de 77%, no nível de ensino médio com 19%, em

que algumas escolas estão adotando as novas tecnologias digitais como um tipo de estratégia para

melhorar o processo de ensino-aprendizagem, assim também para motivar o ingresso de alunos aos

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cursos de tecnologia e engenharias. Já em menor medida, apenas 3% é aplicado ao nível de pós-

graduação, conforme pode ser observado na Figura 13.

Figura 13. Nível de ensino dos integrantes nos trabalhos analisados

A Figura 14 mostra as tecnologias digitais utilizadas na aprendizagem nos trabalhos

analisados. Denota-se a predominância da simulação computacional utilizada em 22 dos 29 trabalhos

levantados. Uma alternativa é o uso da animação, com suas limitações, empregada em 5 trabalhos. Já

a utilização do jogo educacional e a simulação de realidade virtual é menos usada nesta área de estudo.

Figura 14. Tecnologias digitais de aprendizagem utilizadas nos trabalhos analisados

19,35%

77,42%

3,23%

NÍVEL DE ENSINO

Ensino médio Graduação Pós‐graduação

22

5

3

1

Simulação

Animação

Jogo educacional

Simulação de realidade virtual

TECNOLOGIA UTILIZADA

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O questionário foi o principal instrumento usado para a coleta de dados dos trabalhos. Como

segunda alternativa colocada em prática encontra-se o uso de pré-teste e pós-teste. A análise de

conteúdo é usada em menor medida, bem como o feedback onde os participantes manifestaram o grau

de satisfação do ambiente digital de aprendizagem empregado, veja a Figura 15.

Figura 15. Instrumentos de avaliação empregados nos trabalhos analisados

Na análise dos trabalhos foi observado que os autores estabeleceram a utilização do

instrumento de coleta de dados em quantidades similares, sendo que para um instrumento recebeu

52%. Já, quando foi empregado dois instrumentos recebeu 48%, percebe-se na Figura 16.

Figura 16. Quantidade de instrumentos de avaliação utilizados nos trabalhos analisados

17

5

3

4

3

11

Questionário

Análise de conteúdo

Observação

Feedback

Entrevistas

Pré e pós‐teste

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO

52%48%

QUANTIDADE DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO POR TRABALHO

1 instrumento 2 instrumentos

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No aspecto relacionado ao software utilizado dos trabalhos analisados, constata-se o domínio

da ferramenta educacional Matlab. Em segundo aparece a ferramenta LabView onde não se precisa

de certo nível de programação porque está se baseia em símbolos gráficos em vez de linguagem

escrita. Os resultados da pesquisa são evidenciados na Figura 17.

Figura 17. Software utilizados nos trabalhos analisados

3.3 CONSIDERAÇÕES

Neste capítulo foi mostrado o protocolo de busca empregado para a realização da pesquisa

nas bases de dados online, assim como os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos para a seleção

dos trabalhos a serem analisados. No total, foram analisados 29 trabalhos que possuem como tema o

ensino das vibrações mecânicas e temas relacionados a engenharia mecânica com a utilização de

ambientes digitais de aprendizagem, abordando uma aplicação pedagógica, com resultados práticos.

A partir da análise de cada trabalho, foi efetuada a extração dos dados e a sua avaliação, conforme

apresentado no Apêndice C.

Por meio da análise, pode-se observar que o ensino de vibrações mecânicas e temas

relacionados a engenharia mecânica empregando ambientes digitais de aprendizagem está sendo

focado principalmente em nível de estudo na graduação. No entanto, em nível de ensino médio o

objetivo baseia-se em métodos e ferramentas diferentes, a fim de motivar o ensino-aprendizagem em

áreas de tecnologia. Este trabalho foi concentrado para alunos da graduação, que segundo os trabalhos

pesquisados representa pouco mais de 77% do público-alvo. Em grande parte dos trabalhos analisados

1

1

1

1

1

1

6

1

1

1

1

3

1

SIEMENS PLM SOFTWARE® ‐ NX

PTC CREO

MECAGENIUS

NIU‐TORCS

ACTIONSCRIPT e Banco de Dados…

MICROWORLD SIMULATIONS

MATLAB

AUTODESK INVENTOR PUBLISHER

Visual BASIC

ELECTRICITY EXPLORATION

JAVA

LABVIEW

VIRTUAL BEAD LOOM

SOFTWARE UTILIZADO

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utilizou-se a ferramenta Matlab, o qual disponibiliza uma linguagem de programação para

computação técnica e científica em geral, integrando a capacidade de fazer cálculos, visualização

gráfica e programação com alto nível de abstração.

Neste trabalho optou-se por desenvolver um ambiente de simulação didático, utilizando a

plataforma Scilab, que permite ao aluno testar diferentes situações ou comportamentos dinâmicos de

sistemas mecânicos idealizados. No entanto, o Matlab foi utilizado apenas para fins de animação

como complemento na introdução ao tema de vibrações.

Entre os diferentes métodos de avaliação utilizados pelos trabalhos analisados encontram-se

os questionários como os de maior frequência, seguidos dos pré-teste e pós-teste. Em menor

quantidade se posicionam as análises de conteúdo. Por meio deles pode-se obter um ganho no

desempenho acadêmico no ensino de vibrações mecânicas, promovendo a motivação dos alunos.

Empregaram-se, nesta pesquisa, como métodos de avaliação: teste de avaliação, observação,

o questionário e a entrevista, sendo utilizado um grupo experimental. Como grupo de controle foram

empregadas as turmas dos períodos passados. Logo, o trabalho emprega procedimentos quantitativos

para a análise do desempenho dos alunos.

Cabe ressaltar que não foi possível a análise de alguns dos trabalhos selecionados pelo

mapeamento sistemático, decorrente do fato de não se obter o mesmo na base de pesquisa, ou

então, apresentarem restrição ao seu acesso ou download, como ilustrado no Apêndice C. A

seguir é apresentado o desenvolvimento das atividades deste tema de pesquisa.

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4 DESENVOLVIMENTO

O trabalho de campo do tema desta pesquisa foi desenvolvido em “duas” turmas do curso de

Engenharia Mecânica, da UNIVALI-Itajaí, que tiveram o mesmo professor. A turma de controle foi

incorporada a partir das turmas que cursaram previamente a disciplina de Sistemas Dinâmicos e que

não tiveram convivência com o ambiente digital de aprendizagem. A turma experimental foi a turma

do primeiro semestre de 2017.

As experiências foram realizadas na disciplina de Sistemas Dinâmicos, sendo escolhida

devido ao grau de dificuldade na compreensão das matérias envolvidas e a importância do conteúdo

para o curso da Engenharia Mecânica. No grupo experimental participaram da amostra 22 alunos,

enquanto que no grupo de controle participaram 29 alunos, que cursaram a matéria em 2016/1 e

2016/2, sendo que ambos os grupos seguiram o mesmo plano de ensino.

Concernente às características do grupo de controle e do grupo experimental, as idades dos

alunos oscilam entre 20 e 23 anos. Uma das dificuldades encontrada é que alguns alunos cursam a

disciplina sem terem visto as matérias relacionadas e/ou se encontram em diferentes fases do curso.

Assim, foram excluídos do grupo de estudo os alunos que desistiram da disciplina e/ou aqueles que

foram reprovados e estão assistindo a disciplina por segunda ou terceira vez.

Com o objetivo de disponibilizar uma linguagem de programação para computação técnica e

científica, nas aulas sobre vibrações mecânicas utilizou-se as ferramentas Scilab e Matlab para

complementar a assimilação do conteúdo. Seus ambientes integram a realização de cálculos,

visualização gráfica e programação com alto nível de abstração. Desta maneira, os conhecimentos

foram transmitidos por meio da análise e do desenvolvimento de cálculos analíticos e representação

gráfica, ou seja, alternando a teoria com exercícios e a simulação computacional.

Nas seções seguintes mostra-se a estrutura do ambiente de aprendizagem utilizado, explica-se

os procedimentos utilizados para a realização dos experimentos, assim como as atividades e os

instrumentos de avaliação. Finalmente são apresentados o cronograma e o detalhamento de cada

procedimento realizado no grupo experimental.

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4.1 ESTRUTURA DO AMBIENTE DE APRENDIZAGEM

O ambiente de aprendizagem desenvolvido na plataforma Scilab abrange vários aspectos:

Possui uma interface gráfica user friendly; faz a análise de modelos de sistemas mecânicos primários

com vibrações livres e ou forçadas além de se poder usar ou não um sistema absorvedor.

O ambiente de aprendizagem, utilizado no decorrer das explicações dos conceitos de vibrações

mecânicas, durante os procedimentos e na realização das etapas do desafio, foi baseado na plataforma

Scilab. Já o uso da ferramenta Matlab foi empregada apenas para complementar e melhorar o estudo

do fenômeno vibratório nos sistemas mecânicos por meio das animações, visto que esta permite

visualizar o comportamento do sistema pausando a simulação. A animação visou facilitar a maneira

de reter e compreender as informações apresentadas no estudo. Tratando-se que a animação não é

uma imagem estática e isolada, é uma forma de reprodução da realidade que dá vida ao inanimado

por meio de uma sequência (WELLS, 1998).

A partir dos conceitos de vibrações mecânicas apresentados, o aluno pode conferir, utilizando

simulação computacional, os aspectos dinâmicos e os fenômenos que ocorrem dependendo da

frequência de excitação e da frequência natural do modelo do sistema mecânico em estudo.

Figura 18. Dinâmica do sistema primário sem absorvedor no ambiente de aprendizagem

Uma das possibilidades do ambiente de aprendizagem é permitir obter a resposta temporal

para o sistema primário sem o absorvedor, devido ao sinal de excitação, para identificar as amplitudes

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de oscilação do sistema primário. Como exemplo, é apresentado o ambiente de suporte para

minimização de vibrações, utilizando a técnica do absorvedor dinâmico sem amortecimento,

ilustrado na Figura 18, veja os detalhes no Apêndice B.

4.2 PROCEDIMENTOS E ATIVIDADES

Os procedimentos aconteceram na disciplina de Sistemas Dinâmicos, devido ao grau de

dificuldade na compreensão dos temas que compõem o plano de estudo da disciplina. Geralmente, os

alunos não conseguem associar a teoria com a prática. Várias vezes os alunos não conseguem

desenvolver as atividades devido à falta de visualização espacial.

Ambientes de aprendizagem digitais podem contribuir para que o processo de ensino-

aprendizagem do comportamento dinâmico de sistemas massa-mola-amortecedor seja mais intuitivo,

disponibilizando ao professor material colaborativo e aos alunos conteúdos e simulações

computacionais que poderão ser utilizados para consolidar o conhecimento. Desta mesma maneira,

admite-se que a utilização da simulação computacional, desenvolvida na plataforma Scilab, facilita

pedagogicamente a compreensão e motiva os alunos diante dos conceitos de vibrações mecânicas,

permitindo-os relacionarem a teoria com atividades práticas e visuais.

Neste sentido a verificação do processo ensino aprendizagem foi realizada por meio de cinco

procedimentos em momentos distintos. Inicialmente foi estudado o Scilab, explicando o ambiente e

exercitando vários tipos comandos do mesmo, posteriormente os conceitos de função de transferência

para identificar a relação da saída e entrada de um sistema dinâmico, o fator de amortecimento, além

do reconhecimento dos fenômenos envolvidos nas vibrações mecânicas e finalmente, os métodos de

controle ativo, semi-ativo e passivo.

Todos os procedimentos foram focados na realização de atividades de simulação

computacional, sendo apresentado aos alunos um desafio. Para a realização das atividades foi

concebido a criação de grupos de dois ou três integrantes.

O professor se movimentou durante a realização, de modo a apoiar e resolver as dúvidas. Ao

final de cada desafio, o professor realizava a verificação e a avaliação da solução ao problema

proposto segundo critérios estabelecidos, veja no Apêndice Q.

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4.3 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Para avaliar o desempenho da amostra selecionada foram usados quatro instrumentos de

avaliação: teste de avaliação, observação, questionário e entrevista. Todas as avaliações foram

individuais e elaboradas juntamente com o professor da disciplina. Cabe ressaltar que tanto a

observação quanto o questionário e a entrevista somente foram aplicados no grupo experimental.

Decidiu-se decompor em duas partes o teste de avaliação para facilitar a avaliação do

desempenho dos acadêmicos. Na primeira etapa avaliou-se o conceito de função de transferência, ou

seja, o conceito de representação de sistemas por meio da relação entrada-saída e além da análise dos

tipos de comportamento que um sistema de 2ª ordem estável pode ter conforme o valor do fator de

amortecimento. Esta avaliação possui duas questões de interpretação, uma de correspondência, uma

questão para determinar, uma de verdadeiro ou falso e uma questão dissertativa, conforme

apresentado no Apêndice O.

Na segunda etapa, avaliou-se os conceitos fundamentais das vibrações mecânicas, técnicas de

isolamento e controle passivo por meio da utilização de absorvedores dinâmicos. Esta avaliação

possui uma questão de múltipla escolha, quatro questões de verdadeiro ou falso e duas questões de

completar, conforme apresentado no Apêndice P. Em ambos testes de avaliação definiu-se um peso

para cada questão, tal qual, atribuído conforme seu nível de dificuldade e encontra-se ao início de

cada enunciado.

O instrumento de observação do professor foi utilizado para avaliar os desafios desenvolvidos

pelos alunos, analisando o conteúdo desenvolvido pelo grupo e a execução das etapas dos desafios.

Deste modo, foram feitas várias simulações, com distintos elementos, para obter comportamentos

dinâmicos diferentes do sistema mecânico. Por exemplo, na simulação um sistema responde a um

sinal de perturbação e ao se aplicar um sinal de perturbação diferente, ele responde com o mesmo

comportamento. Neste instante, surge o questionamento e entendimento de conteúdo do aluno, para,

na sequência, poder responder às perguntas. Este processo foi feito em várias etapas, ou seja, em cada

procedimento. Consequentemente, o professor levantava uma nota parcial para cada procedimento,

para assim, no final, compor uma média que correspondeu à avaliação pela observação. Cada

critério foi definido com base em sua importância, conforme apresentado no Apêndice Q.

Também foi aplicado ao final do último procedimento, um questionário, mostrado

no Apêndice R, utilizando a escala de Likert (LIKERT, 1932). Desta maneira, os alunos tinham a

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possibilidade de exporem sua percepção e a satisfação diante das atividades realizadas em todas os

procedimentos. Este formulário foi composto por quatorze questões, que utilizaram a escala de Likert,

com preenchimento opcional de alguma observação ou justificativa, e uma de resposta aberta e

opcional para exporem um comentário complementar. Além disso, as observações realizadas durante

o curso mostraram que a aprendizagem por cooperação começou em sala de aula pela realização dos

exercícios propostos e a percepção dos alunos foi verificada pelo questionário, conforme na Tabela

8.

Por último foram realizadas entrevistas informais com o professor da disciplina de Sistemas

Dinâmicos e com os 15 alunos participantes, observe-se no Apêndice S. A entrevista informal

permite explorar mais amplamente um assunto abordando realidades pouco conhecidas pelo

pesquisador (DIEHL; TATIM, 2004). Os alunos foram entrevistados em grupos de 3 considerando

os que evoluíram melhor e os que evoluíram menos. Segundo Gil (2008) as entrevistas podem ser

realizadas individualmente ou em grupo com o objetivo de ampliar a compreensão do assunto,

assim como ser empregadas para investigar em profundidade. As entrevistas foram gravadas para

que se pudesse fazer uma análise crítica do conteúdo adquirido.

4.4 CRONOGRAMA

O Quadro 2 mostra o cronograma dos procedimentos deste trabalho de pesquisa na disciplina

de Sistemas Dinâmicos.

Quadro 2. Cronograma de realização dos procedimentos

Data Atividade Ambiente 24/03/2017 Procedimento 1 Laboratório de Informática – Lab. 04 07/04/2017 Procedimento 2 Sala de Aula 206 – D5 05/05/2017 Procedimento 3 Sala de Aula 206 – D5 02/06/2017 Procedimento 4 Sala de Aula 206 – D5 16/06/2017 Procedimento 5 Sala de Aula 206 – D5

4.4.1 Descrição dos procedimentos

Esta seção apresenta a descrição dos procedimentos realizadas, abordando as diversas

situações ocorridas durante as mesmas. Elas expressam a interação professor-aluno e aluno-professor,

os temas estudados e as questões levantadas pelos discentes durante a realização das etapas do desafio.

Cabe ressaltar que, nos procedimentos, as aulas foram ministradas em conjunto, professor e

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pesquisador. Sendo que a missão teórica analítica foi realizada pelo professor e a simulação

computacional pelo pesquisador. Ao final de cada procedimento foram provocados debates com o

propósito de incentivar o aluno para que este manifestasse seu ponto de vista e, para finalizar a aula,

foram identificadas as lições aprendidas.

Procedimento 1 – 24/03/2017:

Neste primeiro procedimento foi solicitado a colaboração dos acadêmicos na participação em

uma pesquisa a ser realizada em cinco procedimentos. Este primeiro procedimento foi realizado após

a apresentação do ambiente de programação Scilab no laboratório de informática pelo professor,

veja no Apêndice E.

Durante a etapa da ambientação com a ferramenta de programação, foram passados exemplos

de aplicações práticas na engenharia mecânica de modo a motivar o interesse dos alunos, veja Figura

19.

Figura 19. Exemplos de aplicações práticas

Fonte: Adaptado de Rao (2008).

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Nesta aula foi feita uma introdução, passo a passo, explicando e exercitando vários tipos

comandos do ambiente, os conceitos de entrada, de processamento e de saída de dados, aplicando

linearização de expressões, assim como foram demonstradas as configurações básicas para a

realização da compilação em modo calculadora e em modo script. Com o decorrer da aula, os alunos

acompanhavam a aula compilando exemplos simples de modo a eliminar possíveis dificuldades na

confecção das linhas de código dos problemas apresentados, percebe-se no Apêndice J . Foi

percebido, pelos alunos, a diferenciação entre as letras maiúscula e minúsculas realizada pelo

software.

Assim, apresentou os elementos de controle de fluxo para programação no modo script ou de

programação. Ou seja, as estruturas de decisão e de repetição além do processo de modularização.

Nesta primeira atividade, observou-se que alguns alunos tinham mais habilidades na hora da

programação, enquanto que outros tinham maior dificuldade para relacionar a lógica dos comandos

para resolverem os problemas apresentados.

Figura 20. Exemplo de polinômios no console do Scilab

Na Figura 20 é apresentado um exemplo de como pode ser definido um polinômio no console

do Scilab, ou seja, tem duas formas de ser criado: uma a partir das suas raízes e a outra a partir de

seus coeficientes.

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Procedimento 2 – 07/04/2017:

O segundo procedimento partiu do conceito de representação de sistemas por meio da relação

entrada-saída, ou seja, a definição de função de transferência. O professor explicou que a interação

de um sistema com o meio ambiente ocorre pelos sinais de entrada-saída. Ele apresentou a definição

de função de transferência e mostrou que ela equivale a resposta do sistema ao impulso. Além disso,

explicou como obter a dinâmica de um sistema a partir de uma entrada no sistema, ilustrado no

Apêndice F.

Após está demonstração, foram passadas as orientações para a realização da atividade

proposta. Foi pedido que a turma se organizasse em grupos, passando em seguida as instruções sobre

a atividade a ser realizada.

A representação de um sistema dinâmico por meio da função de transferência é útil nos

ensaios de vibração para medir a resposta dinâmica e para identificar sistemas. No caso de um sistema,

cujos parâmetros como a massa (m), constante de amortecimento (c) e a rigidez da mola (k), não são

conhecidos, a função de transferência é determinada experimentalmente por meio da medição da

resposta ou de saída para uma entrada conhecido. Tendo determinado a função de transferência,

descreve completamente as características dinâmicas do sistema, apresentado no Apêndice K.

Durante está atividade, observou-se um compartilhamento de ideias entre os grupos, alguns

grupos possuíam algumas dúvidas em relação a representação do sistema mecânico a ser modelado.

O professor movimentou-se durante a realização desta atividade, acompanhando e sanando as dúvidas

dos grupos.

Neste procedimento, pode-se citar como benefícios para os alunos: a identificação do

comportamento do sistema, permitindo a criação do seu modelo e o respectivo conhecimento da

dinâmica do sistema por meio da simulação deste modelo. Ou seja, a partir do sistema real, criar um

modelo que imite seu comportamento por meio da simulação. Desta forma, torna-se possível analisar

o projeto em estudo.

Também se pode, a partir dos cálculos analíticos, realizar a análise. Entretanto, é uma forma

mais lenta, devido à complexidade dos cálculos envolvidos e da realização dos gráficos.

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Procedimento 3 – 05/05/2017

Neste procedimento, o professor apresentou os tipos de comportamento que um sistema de 2ª

ordem estável pode ter, que é identificado pelo valor do fator de amortecimento. Assim, um sistema

pode ser subamortecido, ser superamortecido ou com amortecimento crítico. Ele mostrou que estas

características também são identificadas pelos valores dos polos, ilustrado no Apêndice G. Um

sistema subamortecido tem fator de amortecimento 1 /2 / e valores

de polos complexos conjugados. Um sistema superamortecido tem fator de amortecimento

1 /2 / e valores de polos reais e distintas. Já, um sistema criticamente

amortecido tem fator de amortecimento 1 /2 / e valores de polos

iguais. Deste modo, pode-se constatar como será o comportamento dinâmico do sistema mecânico

apenas analisando o fator de amortecimento e ou os polos do sistema.

A seguir os acadêmicos foram orientados sobre a realização da atividade proposta. Foi pedido

que a turma se organizasse em grupos, passando-se, em seguida, para as instruções sobre a atividade

a ser realizada.

Assim como na teoria, na realização das simulações, foram comparados os comportamentos

dinâmicos obtidos com as características identificadas considerando os valores dos polos e do fator

de amortecimento dos sistemas, ou seja, a teoria com a prática, veja no Apêndice L. No processo de

realização das simulações os acadêmicos tiveram dúvidas sobre como realizar a programação de

cada um dos sistemas fornecidos na atividade. Foram passadas dicas dos vários caminhos possíveis

para conseguir o objetivo desejado. Observou-se durante a realização da atividade um melhor

engajamento dos alunos do grupo, pois estavam mais ativos e interessados na solução do problema

proposto. O professor movimentou-se durante a realização desta atividade, acompanhando e

sanando as dúvidas dos grupos.

Como exemplo é apresentado a capacidade de dissipar energia do sistema por meio da

utilização do amortecimento. Assim, na Figura 21 se percebe a comparação dos diferentes tipos de

amortecimento para vibrações livres considerando como condições iniciais 0 e

0 .

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Figura 21. Exemplo do fator de amortecimento

Fonte: Adaptado de Rao (2011).

A partir do estudo do fator de amortecimento, com o auxílio da simulação, os alunos podem

identificar os elementos do sistema que influenciam o amortecimento e, consequentemente, seu

comportamento, ou seja, de que forma o mesmo responde com a modificação dos parâmetros. Além

de entender o que está acontecendo. De que depende o amortecimento? Quais são os parâmetros que

influenciam o amortecimento? De que forma? Quais são os valores e relações para que o sistema

oscile ou não oscile? etc. Desta forma, o acadêmico só precisa mudar os valores dos parâmetros, no

ambiente computacional, para visualizar os resultados indicando as dinâmicas correspondentes do

sistema.

Procedimento 4 – 02/06/2017

No quarto procedimento, o professor iniciou com os conceitos fundamentais das vibrações

mecânicas abrangendo: frequência natural, ressonância e batimento, percebe-se no Apêndice H. A

partir de uma perturbação inicial, se um sistema continuar a vibrar por si próprio sem a ação de

forças externas, a frequência com que ele oscila é conhecida como sua frequência natural. Assim

como, sempre que a frequência natural de vibração de uma máquina ou estrutura coincidir com a

frequência da excitação externa, ocorre um fenômeno denominado ressonância, de tal maneira que a

resposta do estado estacionário aumenta linearmente no tempo sem limite.

O fenômeno de batimento ocorre quando a frequência de excitação estiver próxima à

frequência natural do sistema. Nesse tipo de vibração, além da oscilação normal, a variação da

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amplitude máxima também oscila com uma frequência diferente com a amplitude aumentando e

diminuindo segundo um padrão regular.

Finalizada a parte teórica orientou-se a realização da atividade proposta, veja no Apêndice

M. Esta foi a quarta etapa do desafio, a qual consistiu na assimilação do conteúdo passado

por meio da simulação computacional. Desta maneira, o professor se movimentou durante a

realização, permitindo assim ajudar e resolver as dúvidas dos grupos.

Figura 22. Exemplo do fenômeno de batimento

Para melhorar o entendimento dos conceitos fundamentais das vibrações mecânicas utilizando

simulação, são empregados exercícios com excitações cuja dinâmica do sistema apresente os

fenômenos relacionados, observe-se na Figura 22. Assim, as perguntas realizadas estão relacionadas

a esses fenômenos, e o aluno precisa raciocinar o que ocorre na teoria e comprovar pela simulação.

Procedimento 5 – 16/06/2017

O quinto procedimento partiu dos conceitos até agora passados e a importância da

minimização das vibrações mecânicas, ilustrado no Apêndice I. Para garantir o funcionamento

correto das máquinas em ambientes industriais, existem várias técnicas para a análise e

minimização dos efeitos da vibração. Um tipo de controle passivo de vibrações mecânicas é

utilizando um absorvedor dinâmico de vibração ou absorvedor de Frahm. Ou seja, é um oscilador

massa-mola com coeficiente de amortecimento reduzido que quando sintonizado para uma

frequência de vibração de

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um sistema mecânico, é capaz de receber uma parte significativa da energia de vibração a partir do

sistema primário para essa frequência.

Foi pedido que a turma se organizasse em grupos, passando em seguida as instruções sobre

a atividade a ser realizada, veja no Apêndice N. Posteriormente os alunos observaram o efeito da

aplicação de este método de minimização de vibrações mecânicas na simulação computacional. A

partir daí surgiram as primeiras dúvidas e questionamentos de onde podia ser utilizado na pratica ou

se este método era efetivo em qual condição. Também como, a viabilidade do uso de absorvedor

dinâmico não amortecido ou absorvedor dinâmico amortecido, todas questões sendo esclarecidas

pelo professor.

Figura 23. Exemplo de resposta temporal aplicando o absorvedor dinâmico

Já neste procedimento, o aluno trata a questão da mitigação de vibração mecânica. Pode ser

por meio da colocação de outros elementos básicos, massa, mola ou amortecedor; ou, até mesmo por

meio da alteração valores dos parâmetros do próprio sistema mecânico. Por exemplo, tem-se um

sistema com uma mola de determinado coeficiente. E altera-se o valor do coeficiente ao acrescentar

uma nova mola, o que modifica a frequência de ressonância do sistema, permitindo reduzir os níveis

de vibração. Assim como com outras técnicas de isolamento pode-se reduzir ainda mais a vibração.

O propósito neste assunto é reduzir os níveis de vibração de forma acentuada para evitar desgastes

nos equipamentos, como mostra a Figura 23.

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56

4.5 CONSIDERAÇÕES

Este capítulo apresentou como foram realizados os procedimentos junto à turma de Sistemas

Dinâmicos da Engenharia Mecânica, da UNIVALI-Itajaí, bem como a descrição, a explicação e a

observação das atividades realizadas em cada procedimento. Apresentou-se o cronograma com as

datas de realização dos procedimentos, tendo um relato do autor deste trabalho de como se procedeu

e se observaram as atividades realizadas.

No decorrer desta seção, demonstraram-se os métodos de avaliação empregados, sendo

utilizados dois testes de avaliação para examinar o conhecimento individual de cada integrante da

amostra, e uma observação do professor, derivado das dificuldades apresentadas nas simulações

computacionais. Ao finalizar, os alunos foram guiados a responder um formulário, a fim de analisar

o índice de satisfação dos mesmos.

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5 RESULTADOS

Esta seção apresenta os resultados do trabalho, baseados no uso de métodos estatísticos.

5.1 ANÁLISE DE EQUIVALÊNCIA DO GRUPO DE CONTROLE E EXPERIMENTAL

Para analisar a equivalência entre o grupo de controle e o experimental, foi selecionada a

disciplina do curso identificada como pré-requisito para o adequado desenvolvimento da disciplina

de Sistemas Dinâmicos do curso da Engenharia Mecânica. A disciplina escolhida é Cálculo III, onde

aborda os conceitos das equações diferenciais ordinárias, bem como a transformada de Laplace. O

conteúdo detalhado da disciplina encontra-se no Anexo A.

A disciplina, em estudo, ocorre no 4° período do curso e possui o mesmo professor tanto no

grupo de controle como no grupo experimental. Devido ao conteúdo abordado na disciplina de

Cálculo III resulta de sustento essencial ser cursada antes da disciplina de Sistemas Dinâmicos, assim

como existe pré-requisito estabelecido entre as disciplinas, e um perfilhamento da coordenação para

que elas ocorram em uma ordem lógica.

Como passo preliminar, antes de realizar a análise de equivalência aplicou-se o teste Shapiro-

Wilk, com o propósito de testar-se a normalidade das amostras. Isto é um teste de aderência, em que

é possível verificar-se a normalidade da amostra desejada (RODRIGUES e IEMMA, 2015). Deste

modo, permite analisar a distribuição da amostra, desta forma identificando se é significativamente

diferente de uma distribuição normal (p < 0,05) (FIELD, 2009). Desta maneira, este teste foi aplicado

tanto no grupo de controle como experimental da disciplina de Cálculo III do curso da Engenharia

Mecânica.

Apresenta-se os resultados da aplicação do teste de Shapiro-Wilk com o grupo de controle e

experimental na disciplina de Cálculo III do curso de Engenharia Mecânica, veja a Tabela 2. É

possível perceber que ambos grupos possuem uma distribuição normal. Este teste foi efetuado com o

auxílio do software Action Stat (ESTATCAMP, 2017) com um nível de confiança de 95%.

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Tabela 2. Teste de Shapiro-Wilk com grupo de controle e experimental

Dados do processo Grupo de Controle Grupo Experimental Cálculo III

0,8612 0,0506

Cálculo III 0,9218 0,0562

Estatística: Shapiro-Wilk P-valor

Logo de ser confrontadas as amostras com o teste de Shapiro-Wilk demonstraram ser de

distribuição normal (p > 0,05). Partiu-se para efetuar o teste t-Student independente, para analisar a

significância estatísticas entre os grupos. O teste paramétrico t-Student é apoiado na distribuição

normal e divide-se em dois tipos de teste: com amostras independentes, aplicado quando existem duas

condições experimentais e diferentes participantes, e com amostras dependentes, utilizado quando

existem duas condições com os mesmos participantes (FIELD, 2009). De acordo com Rodrigues e

Iemma (2015) para a realização de um teste bilateral, com teste t-Student, é necessário definir as

hipóteses estatísticas, sendo H0: µ1 = µ2 a hipótese nula e H1: µ1 ≠ µ2 a hipótese alternativa. Desta

forma, definiu-se com os grupos de controle e experimental, na disciplina de Cálculo III, as seguintes

hipóteses:

H0: As médias da disciplina de Cálculo III do grupo de controle e experimental são

iguais;

H1: As médias da disciplina de Cálculo III do grupo de controle e experimental são

diferentes.

Com o auxílio do software Microsoft Office Excel 2013 foi possível constatar o resultado do

teste, veja a Tabela 3. Corrobora-se que o teste t-Student não apresentou significância estatística

(tteste = 1,0071 ; tcrítico = 2,0301). Deste modo, não se rejeita a hipótese nula (H0), em que as médias

são iguais, a um nível de significância de 95%.

Tabela 3. Resultado teste t-Student da disciplina de Cálculo III

Informações Grupo de Controle Grupo Experimental Média 6,5 6,06

Variância 1,5454 1,5483 Observações 12 25

Graus de liberdade 35 t 1,0071

p-valor 0,3207 t crítico 2,0301

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Os valores das médias dos grupos de controle e experimental não discrepam estatisticamente

ao nível de significância de 95% pelo teste t-Student, conforme a Tabela 3.

Estes resultados, obtidos através dos métodos estatísticos empregados, demonstraram que as

turmas de controle e experimental são equivalentes.

5.2 DADOS OBTIDOS DOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

Para avaliar o desempenho das amostras foram utilizados quatro métodos de avaliação, o teste

de avaliação, a observação, o questionário e a entrevista. Estes métodos só foram realizados com o

grupo experimental constituído de 22 alunos. Para compor os dados do grupo de controle foram

consideradas as notas correspondentes as médias M1, M2 e M3 das turmas que cursaram previamente

a disciplina de Sistemas Dinâmicos no período 2016/1 e 2016/2.

Tabela 4. Valores obtidos nas avaliações do grupo de controle

Aluno Teste de Avalição 1 Teste de avaliação 2 Observação Média 1 8,5 8,5 6 7,67 2 4,5 7,5 8,5 6,83 3 0 8 7 5,00 4 7 8 6 7,00 5 6,5 8 7,5 7,33 6 4,5 6,5 8 6,33 7 8 4 6 6,00 8 7,5 8 8 7,83 9 8,5 8,5 4,5 7,17

10 9,5 7,5 5 7,33 11 5 4,5 7 5,50 12 7 7 0 4,67 13 6,5 8 7,5 7,33 14 9,5 7,5 5 7,33 15 4,5 6,5 8 6,33 16 9,5 4 0 4,50 17 9,5 4 5 6,17 18 10 0 8 6,00 19 7 7,5 7 7,17 20 3 3 4 3,33 21 6 8 5,5 6,50 22 4,5 7,5 8,5 6,83 23 6 8 3,5 5,83 24 7,2 8,5 9 8,23 25 7 7 0 4,67 26 7 7,5 7 7,17 27 6,5 7 8,5 7,33 28 4,5 7 8,5 6,67 29 9 7 0 5,33

Média 6,68 6,69 5,81 6,39 Desvio Padrão 2,27 1,99 2,79 2,35

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Deste modo apresenta-se as respectivas notas obtidas em cada avaliação realizada com o grupo

de controle, além disto, a média de cada aluno e a média e o desvio padrão do grupo em cada

avaliação, veja na Tabela 4.

Cabe ressaltar que a avaliação pela observação, no grupo de controle, foi realizada a partir de

uma atividade expositiva a ser cumprida em um prazo de duas semanas. Assim, ao avaliar o

professor atendeu os critérios do Apêndice Q. Já no grupo experimental, o professor levantava uma

nota parcial para cada procedimento, para assim, no final, compor a média que correspondeu à

avaliação pela observação.

Entretanto, apresenta-se as respectivas notas obtidas em cada avaliação realizada com o grupo

experimental, também, a média de cada aluno e a média e o desvio padrão do grupo em cada

avaliação, veja na Tabela 5.

Tabela 5. Valores obtidos nas avaliações do grupo experimental

Aluno Teste de Avalição 1 Teste de avaliação 2 Observação Média 1 3,5 6 8,5 6,00 2 4 6 8,5 6,17 3 9 9,6 9 9,20 4 4,5 8,7 7,5 6,90 5 4,5 9,2 7,5 7,07 6 3,5 8,6 7 6,37 7 10 9,6 9 9,53 8 4,3 9,2 6 6,50 9 5 9,6 9 7,87

10 7,7 8,6 7 7,77 11 7,5 7 6 6,83 12 3,2 8,5 8 6,57 13 4,5 9,2 7,5 7,07 14 3,5 8,6 7 6,37 15 6,5 8,5 8 7,67 16 9,8 8,5 8 8,77 17 3,5 0 8 3,83 18 10 7,5 8 8,50 19 7,5 7,5 8 7,67 20 7 8,7 7,5 7,73 21 8,5 8,7 7,5 8,23 22 9 7,5 8 8,17

Média 6,20 7,97 7,75 7,31 Desvio Padrão 2,45 2,06 0,83 1,78

Salienta-se que as notas com valor “zero” correspondem aos alunos que obtiveram

aproveitamento nulo nas atividades. Cabe salientar que foram desconsiderados os alunos que

desistiram, ficaram ausentes ou fizeram a disciplina pela segunda ou terceira vez.

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Finalmente, apresenta-se as médias obtidas em cada avaliação aplicada no grupo de controle e

experimental, ilustrada na Figura 24. Pode-se observar um progresso em todas as avaliações do grupo

experimental, que foi submetido às atividades propostas deste trabalho em relação ao grupo de

controle, ao qual foi aplicado o método tradicional. Também, apresenta-se a média final obtida em

cada grupo, onde pode-se observar uma diferença de 14,3 % em relação do grupo experimental ao de

grupo de controle.

Figura 24. Comparativo entre grupo de controle e experimental

Cabe ressaltar que na comparação da nota da primeira avaliação mostra como atravessaram

os alunos no começo. Ao aprender o conteúdo da matéria mais o ambiente de simulação, foram

encontradas dificuldades, pelos alunos. Mas depois a circunstância inverteu, os acadêmicos realmente

gostaram do cenário.

5.3 RESULTADOS DO GRUPO DE CONTROLE E EXPERIMENTAL

Aplicou-se o teste de Shapiro-Wilk sobre as médias obtidas na disciplina de Sistemas

Dinâmicos, tanto do grupo de controle quanto no experimental. Desta maneira, apresenta-se os

resultados desse teste, sendo que é possível observar que ambos os grupos de controle e experimental

possuem uma distribuição normal. Este teste foi realizado com o software Action Stat

(ESTATCAMP, 2017) com um nível de confiança de 95%.

6,68 6,69

5,816,396,2

7,97 7,757,31

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Avaliação 1 Avaliação 2 Avaliação 3 Média

Comparativo entre grupo de controle e experimental

Grupo deControle

GrupoExperimental

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Tabela 6. Teste de normalidade grupo de controle e experimental

Dados do Processo Grupo de Controle Grupo Experimental

Estatística: Shapiro-Wilk 0,9385 0,9552 P-valor 0,0917 0,3996

Em seguida de ser confrontadas as amostras com o teste de Shapiro-Wilk demonstraram ser

de distribuição normal (p > 0,05). Encaminha-se para realizar o teste t-Student independente, para

analisar a significância estatísticas entre os grupos. Em conformidade com Rodrigues e Iemma (2015)

para a realização de um teste bilateral, com teste t-Student, é necessário definir as hipóteses

estatísticas, sendo H0: µ1 = µ2 a hipótese nula e H1: µ1 ≠ µ2 a hipótese alternativa. Desta forma,

definiu-se com os grupos de controle e experimental, na disciplina de Sistemas Dinâmicos, as

seguintes hipóteses:

H0: As médias da disciplina de Sistemas Dinâmicos do grupo de controle e

experimental são iguais;

H1: As médias da disciplina de Sistemas Dinâmicos do grupo de controle e

experimental são diferentes.

Com o auxílio do software Microsoft Office Excel 2013 foi possível constatar o resultado do

teste, veja a Tabela 7. Corrobora-se que o teste t-Student não apresentou significância estatística

(tteste = -2,6909; tcrítico = 2,00958). Deste modo, se rejeita a hipótese nula (H0), em que as médias são

diferentes, a um nível de significância de 95%.

Tabela 7. Resultado teste t-Student da disciplina de Sistemas Dinâmicos

Informações Grupo de Controle Grupo Experimental Média 6,39 7,31

Variância 1,3424 1,5811 Observações 29 22

Graus de liberdade 49 t -2,6909

p-valor 0,00972 t crítico 2,00958

Os valores das médias dos grupos de controle e experimental discrepam estatisticamente ao

nível de significância de 95% pelo teste t-Student, conforme a Tabela 7.

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O resultado mostra que as duas turmas não possuem médias iguais, do ponto de vista

estatístico, sendo assim, pode-se concluir que através das notas obtidas elas não são equivalentes.

5.4 RESULTADOS QUESTIONÁRIO

O questionário foi aplicado apenas ao grupo experimental e para sua análise empregou-se o

uso do cálculo do Ranking Médio (RM) proposto por Oliveira (2005). Participaram desta pesquisa

22 alunos e com base nas respostas do formulário, utilizou-se o valor respectivo da escala de Likert

e a frequência atribuída de cada resposta a cada item, dessa forma, é possível calcular a média

ponderada de cada pergunta.

De acordo com Oliveira (2005) obtiveram-se os valores do Ranking Médio da seguinte forma:

ValorrespectivodeLikert ∗ frequênciaatribuídadecadarespostaàcadaitem

númerodeparticipantes

A partir das respostas coletadas apresenta-se as porcentagens médias obtidas em cada item de

cada questão, veja a Tabela 8. Como pode se observar foi atribuído o valor de satisfação de modo

crescente para cada questão. Ou seja, o valor 1 para totalmente insatisfeito até o valor 5 para

totalmente satisfeito.

A partir dos resultados obtidos, aplicando o Ranking Médio para cada questão, analisa-se o

cenário. Pode-se observar que a Questão 1 (4,48) e Questão 2 (4,4), refere-se a disciplina de Sistemas

Dinâmicos quanto a complexidade e importância para o curso de Engenharia Mecânica. Isto evidencia

a relevância deste estudo de pesquisa.

Na análise das Questão 3 (4,48), Questão 4 (4,56) e Questão 5 (4,24) visaram analisar a

utilização da simulação computacional em vários aspectos. Percebe-se que a maior pontuação se

atribui a Questão 4 (4,56), em qual situa-se o assunto do aproveitamento e/ou ganho na visualização

espacial. Assim como a simulação, a animação também visou facilitar a maneira de reter e

compreender as informações apresentadas no estudo.

Nas seguintes perguntas revelam que na Questão 6 (4,36), Questão 7 (4,76), Questão 8 (4,8)

e Questão 9 (4,48) propõe-se analisar o grau de incentivo dos alunos relacionado as vivências com a

simulação computacional através das aulas e os desafios propostos. Identifica-se a importância da

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incorporação dos debates Questão 8 (4,8) e as atividades práticas Questão 7 (4,76) com a intenção de

incentivar os alunos.

Tabela 8. Resultados de satisfação/insatisfação em % de cada pergunta e seu RM

Questão 1 2 3 4 5 RM 1. Importância da disciplina no curso. 0 % 0 %  4 % 44 %  52 %  4,48 

2. Qual o grau de complexidade da disciplina?

0 % 0 %  12 % 36 %  52 %  4,4 

3. A utilização de simulações/animações contribuiu para compreender o assunto estudado?

0 % 0 %  12 % 28 %   60 %  4,48 

4. O uso de simulações/animações melhora a visualização espacial?

0 % 0 %  4 % 36 %  60 %  4,56 

5. Simulações/animações ajudam na retenção do aprendizado?

0 % 0 %  20 % 36 %  44 %  4,24 

6. A utilização do ambiente de simulação como ferramenta de análise incentiva o aluno?

0 % 0 %  12 % 40 %  48 %  4,36 

7. A utilização de atividades práticas incentiva o aluno?

0 % 0 %  0 % 24 %  76 %  4,76 

8. O aluno se sentiu incentivado na realização dos debates em cada procedimento?

0 % 0 %  0 % 20 %  80 %  4,8 

9. Houve algo interessante em alguma atividade que capturou minha atenção?

0 % 0 %  0 % 52 %  48 %  4,48 

10. Prefiro atividades em equipes. 8 % 16 %  12 % 28 %  36 %  3,68 

11. Prefiro atividades em grupos de 2 do que 4 ou mais alunos.

0 % 24 %  16 % 20 %  40 %  3,76 

12. Os tópicos foram mais fáceis de entender em grupos de 2 alunos?

0 % 0 %  8 % 40 %  52 %  4,44 

13. Os tópicos eram mais fáceis de entender sozinhos?

32 % 40 %  16 % 4 %  8 %  2,16 

14. Eu aprendi mais em trabalhos de grupo de 2 alunos do que em trabalhos individuais.

0 % 4 %  8 % 28 %  60 %  4,44 

1 = insatisfação total; 2 = insatisfação; 3 = nem insatisfação nem satisfação; 4 = satisfação; 5 = satisfação total

No entanto, na análise das Questão 10 (3,68), Questão 11 (3,76), Questão 12 (4,44), Questão

13 (2,16) e Questão 14 (4,44) que visam analisar a percepção dos alunos enfrente a conformação de

grupos para a realização das atividades. Nesta analise revela-se como os alunos se vem favorecidos

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na conformação de grupos reduzidos, ou seja, de 2 ou 3 alunos, considerando-se ganhos na

aprendizagem.

Como a Questão 15 é de resposta aberta e opcional apresenta-se algumas respostas adquiridas,

transcrevidas da forma original em que se encontra no formulário:

“Acredito que a simulação ajuda muito”;

“Simulações tornam mais interessantes as análises de comportamentos”;

“As simulações contribuíram muito para o aprendizado”.

5.5 ENTREVISTAS

As entrevistas foram realizadas com o professor da disciplina de Sistemas Dinâmicos e com

uma amostra de 15 alunos participantes. Os alunos foram entrevistados em grupos de 3. O principal

propósito foi conhecer os sentimentos e as percepções dos alunos sobre as dificuldades apresentadas

no transcurso da disciplina de Sistemas Dinâmicos, além do ponto de vista do professor.

Os conteúdos adquiridos por meio das entrevistas gravadas foram primeiramente transcritos

na sua íntegra. Assim levantados, procedeu-se a análise de todo o material, feita por meio da leitura

crítica de seus conteúdos.

5.5.1 Entrevista ao professor

No primeiro momento foi realizada uma entrevista com o professor Alecir Pedro da Cunha,

docente titular da disciplina de Sistemas Dinâmicos. Na entrevista, foram formuladas as seguintes

perguntas com a intenção de que o professor apresentasse suas percepções livremente, abrindo espaço

para a interpretação:

O quanto e por que considera importante a disciplina de Sistemas Dinâmicos no curso

de Engenharia Mecânica?

Esta disciplina permite ao acadêmico a identificação e modelagem matemática de sistemas dinâmicos em geral, principalmente sistemas mecânicos. Neste sentido, ela permite determinar a dinâmica dos sistemas e servir de base para projetos dos mais variados tipos de equipamentos mecânicos e os possíveis problemas de vibrações e acústica que possam aparecer. Além disso, ela fornece a base para o estudo de vibrações e técnicas para a sua mitigação em equipamentos e/ou instalação destes.

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Na sua opinião, onde encontra-se a dificuldade da disciplina de Sistemas Dinâmicos?

Esta disciplina exige o domínio da matemática básica, o pré-cálculo, além dos conteúdos do cálculo: limites, derivadas, integrais e equações diferenciais. Ela também exige o conhecimento visto das disciplinas de física. A identificação do contexto do problema, sua formulação, análise, modelagem e resolução exigem vasto conhecimento, a aplicação de metodologias, técnicas e bom raciocínio. Infelizmente, em geral, os acadêmicos estão chegando sem base para a disciplina, e com falta de prática na resolução de exercícios que exigem interpretação e raciocínio.

Concorda, que além da teoria, o uso da simulação pode ajudar a incentivar os alunos?

Os exemplos colocados na disciplina visam obter vários tipos de comportamento, permitindo ao professor realizar questionamentos pertinentes com vários os aspectos da teoria. Por exemplo, por meio da simulação computacional os alunos verificam com facilidade os fenômenos envolvidos incentivando-os e despertando sua curiosidade sobre o assunto. Desta forma os alunos associam a teoria com a prática, sendo capacitados minimizar os problemas de vibrações mecânicas em problemas reais.

Você poderia me dizer quais são os problemas que apresentam os alunos que cursam

a disciplina de Sistemas Dinâmicos?

Percebo no começo do semestre que os alunos não conhecem o jargão técnico, assim, decido relembrar e explicar um conjunto de termos técnicos. Outro problema identificado é que os alunos não conseguem entender o que a matemática esta te dizendo, para reconhecer o fenômeno envolvido. Além disso, reparo que os alunos não têm a base matemática e física suficiente e há falta de comprometimento com a disciplina.

O que pode argumentar sobre a dificuldade das questões, assunto e matéria passado

em diferentes semestres, no decorrer da disciplina de Sistemas Dinâmicos?

Em cada semestre, os tópicos sempre foram os mesmos e o assunto da disciplina tratado de maneira similar. Desta forma, as questões são semelhantes com nível de dificuldade variável e crescente conforme as atividades realizadas ao longo do semestre. Este processo se repete nos outros semestres de forma consistente e com grau de dificuldade similar em relação à matéria apresentada na teoria e nos exercícios ou atividades.

De certa forma ao modificar a disciplina, o professor deve ter um olhar crítico sobre a mudança

em relação da disciplina. Nesse sentido foi pedida uma avaliação ao professor da disciplina para que

emitisse um parecer sobre isso:

Segundo seu parecer, os alunos gostaram, aprenderam melhor? Como sentiu a

mudança na disciplina?

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Com o Ricardo, como voluntário, desenvolvemos o ambiente para ajudar na disciplina. Na época, como foi projetada essa parte aí. Também queria que os acadêmicos fizessem algumas modificações. Então, eu tive que ensinar um pouco do ambiente. Aí eu acho que como tiveram que aprender o conteúdo mais o ambiente foi onde essa situação complicou para os acadêmicos. Mas depois a coisa inverteu novamente, eles realmente gostaram da coisa. Teve gente que começou a utilizar para outras disciplinas, como criou alguns módulos lá.

Os acadêmicos conseguiram fazer, não tinham falta de programação no contato com o

ambiente de simulação?

No Scilab você trabalha com o ambiente calculadora e de programação. Então, há um pouco em comum e eles acabaram utilizando em outras disciplinas. A grande vantagem é que se pode trabalhar com exemplos mais complexos, pode trabalhar com toda uma variação das propriedades de vibrações. Apresentar várias situações e fazer principalmente que eles trabalhem na interpretação física da coisa, na análise física, tanto na questão da prevenção quanto na questão de tratamento. Essa parte aí ficou bem legal e os acadêmicos acharam do mesmo modo. Tiveram uma evolução bastante grande em função de conseguirem trabalhar muito mais. Você ganha muito tempo quando trabalha com essas ferramentas, principalmente quando você tem uma estrutura pré-montada como foi o caso. A utilização do ambiente ampliou o trabalho com os alunos, com aplicação de um conteúdo mais aprofundado e trabalhado.

5.5.2 Entrevista aos alunos

Antes de dar início a entrevista foi realizada uma conversa com os alunos explicando a

necessidade de respostas livres e espontâneas, que manifestassem seu ponto de vista de maneira

responsável. Também foi solicitada a permissão para gravar o áudio da entrevista, informando que

não teriam implicância direta pelo fato de efetuar-se de modo anônimo, ou seja, o registro do áudio

seria só para garantir o colhimento das informações de forma consistentes.

Na sequência foram formuladas as seguintes perguntas para conhecer o âmbito e aprofundar

as situações e/ou problemáticas envolvidas no transcurso da disciplina de Sistemas Dinâmicos:

Qual o grau de importância da disciplina de Sistemas Dinâmicos no curso da

Engenharia Mecânica?

Neste caso, percebi que tem dois grupos. Os alunos que consideram a disciplina relevante e

os que não a consideram relevante.

Os alunos que a consideram relevante, querem trabalhar na área de projetos mecânicos e

precisam aprender a modelar e simular os sistemas e trabalhar com vibrações mecânicas, veja as

respostas:

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“Muito importante porque gosto da área de projetos mecânicos. ”

“Para um futuro engenheiro mecânico é importante porque consegue entender a

dinâmica de um sistema mecânico. ”

“Essa disciplina, apesar de ser complicada, encontra-se entre as mais interessantes

do curso. ”

Por outro lado, os alunos que não consideram a disciplina relevante não estão comprometidos,

só querem passar. Isto porque seu interesse é trabalhar em uma outra área, como por exemplo:

administrativa, recursos humanos ou na produção, conforme suas respostas mostram:

“Não acho interessante a disciplina, eu quero só passar. Estou fazendo pela segunda,

terceira vez a matéria. ”

“Eu prefiro a área de gestão de recursos humanos, área administrativa. ”

Segundo seu parecer, qual o grau de dificuldade da disciplina de Sistemas Dinâmicos?

Nesta situação, o aluno tem que saber interpretar o assunto, saber montar o problema, fazer

relações, perceber identificar os dados, e assim por diante. Entre as respostas encontradas, apenas

analisando um grupo que a tem base de conhecimentos para frequentar a disciplina, eles expressam:

“Não achei muito difícil, me dou bem com o cálculo e a física. ”

Já os demais grupos têm base deficiente, por isso a acham difícil. Isto porque a disciplina

exige raciocínio, interpretação do problema dentro do contexto com todos os elementos que pede. Por

exemplo, um exercício que pede calcular algum item ou a partir de uma determinada situação

minimizar a vibração em X por cento. Estes grupos argumentaram da seguinte forma:

“Não dedicar tempo e não dar a devida importância à disciplina. ”

“Há um salto grande entre as disciplinas até chegar em Sistemas Dinâmicos. ”

“Consegue passar no limite as disciplinas de física e cálculo. Venho com base

deficiente desde o ensino médio. ”

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“Não tenho feito todas as disciplinas relacionadas para o bom andamento de

Sistemas Dinâmicos. É complicado lidar com cálculos algébricos. ”

Na sua opinião, gostou do método de aprendizagem aplicado na disciplina? Por que?

A partir das respostas é evidente que a disciplina precisa de mais carga horária para trabalhar

melhor o conteúdo, com mais atividades e laboratório. Isto porque ela tem um conteúdo enorme, de

modo que todos os alunos concordaram que:

“Sim, porque a disciplina é muito teórica, precisando mais de simulação. ”

“Sim, porque a parte teórica se torna mais entendível com o uso da simulação. ”

“Adorei este método de estudo, gostaria de ter mais carga horária. ”

“Eu prefiro mais simulações e animações do que a teoria porque a partir delas

consigo visualizar o que está acontecendo na dinâmica do sistema. ”

“Achei pouco tempo explorando as simulações, deveria dedicar mais tempo com

exemplos práticos. ”

A utilização do ambiente de simulação computacional como ferramenta de análise

incentiva o aluno?

Quando interrogados sobre se estão incentivados, dos quinze entrevistados, apenas três

responderam que não perceberam diferença mantendo-se indiferente. As justificativas dos que

responderam não se sentirem incentivados estão relacionadas com o grau de desinteresse

demonstrado pela disciplina:

“Não tenho nenhum interesse na disciplina, eu quero só passar. ”

“Eu estou atraído com as disciplinas relacionadas a área de produção. ”

No entanto, o restante alunos demonstraram interesse na utilização do ambiente

computacional manifestando interesse aprender mais:

“O fato de poder testar várias situações e visualizar o resultado me desperta

curiosidade. ”

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“É interessante porque me permite conferir o resultado do comportamento dinâmico

de forma analítica com o prático por meio da simulação. ”

O que pode relatar sobre as vantagens dos debates e lições aprendidas comentados no

final de cada procedimento?

Todos os alunos consideraram interessante incorporar os debates, assim como, foram

exploradas as principais ideias das aulas. Podem ser conferidas na sequência:

“Achei interessantes os debates porque é possível confrontar ideias, pontos de vista

diferentes e incentivar o diálogo. ”

“As lições aprendidas me fazem refletir e consigo compreender possíveis dúvidas no

decorrer da aula sentindo-me motivado no transcurso da disciplina. ”

Qual seu ponto de vista, na utilização do score de participação com o fim de melhorar

a aptidão do aluno?

A maioria dos entrevistados apresenta grande dificuldade o conteúdo da disciplina, então é

interessante a possibilidade de ter um incentivo, conforme se corrobora nas falas:

“Devido às minhas dificuldades com o assunto abrangido me sinto incentivado ao

contar com uma nota de participação em cada procedimento. ”

“Estando motivado pela nota posso conseguir melhorar meu desempenho. ”

“Valorizo a boa ação do professor para incentivar o aluno. Com certeza estaria

precisando de nota para aprovar. ”

Os dois alunos que tinham bom desempenho, consideraram que é boa a atitude tomada, mas

o importante é aprender, confirmado na fala a seguir:

“Boa atitude, mas gostei mais a ideia de podermos exibir e debater os vários assuntos

tratados, nas diferentes etapas dos procedimentos, e ter a possibilidade de melhorar

a aprendizagem. ”

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5.6 AMEAÇAS À VALIDADE

Por mais que a tarefa de planejar um experimento esteja refinado e seja viável, o pesquisador

deve estar ciente das possíveis ameaças (COZBY, 2003).

O problema das amostras e o fato de responder o questionário quando o aluno não participou,

ou participou parcialmente dos procedimentos, foi eliminado considerando apenas os alunos que

participaram de todos os procedimentos.

Para minimizar as respostas inadequadas dos alunos, os mesmos foram incentivados tomando

medidas como, conversando com eles e procurando fazer com que respondessem de maneira

responsável, avisando que nas respostas não seriam identificados os autores e que auxiliaria na

melhoria da disciplina.

A ameaça da observação do professor foi minimizada sustentando a ideia de reagir de forma

consistente e coerente com o critério de como foi apresentado o conteúdo. Tendo em vista, que os

tópicos foram os mesmos, o assunto tratado foi de maneira similar com questões de nível de

dificuldade parecido.

Outra ameaça que pode ocorrer durante os procedimentos realizados foi a de não estarem de

acordo com o conteúdo ou não serem consistentes com a matéria apresentada. Esse problema foi

reduzido devido ao desenvolvimento dos procedimentos e orientações serem realizadas junto com o

professor da disciplina de Sistemas Dinâmicos.

A circunstância de que o pesquisador realizasse a entrevista cria uma ameaça que pode ser

diminuída realizando-a seguindo o mesmo protocolo. Também há o fato de tolerar a recusa do

entrevistado em responder uma pergunta sem demostrar irritação e aprofundar de forma não diretiva

(GRAY, 2012).

A ameaça de não poder continuar com os procedimentos, no semestre 2017/2, devido à

ausência do professor da disciplina, foi minimizada aplicando entrevistas aos alunos. O fato de não

poder fazer mais uma experimentação impediu o incremento do número das amostras.

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5.7 CONSIDERAÇÕES

Este capítulo apresentou os dados obtidos através dos métodos de avaliação escolhidos, os

procedimentos estatísticos aplicados para análise destes dados e consequentemente os resultados

obtidos.

Primeiramente analisou-se a equivalência entre o grupo de controle e experimental por meio

das médias obtidas pelos alunos participantes na disciplina de Cálculo III. Devido a formação não

aleatória destes grupos utilizados na inferência dos procedimentos e coleta de dados, fez-se necessário

este tipo de abordagem. A análise efetuada por meio do teste t-Student revelou que ambos os grupos

foram equivalentes em ambas as disciplinas.

Seguindo a mesma lógica, com base na análise de equivalência, analisou-se os resultados

estatísticos obtidos na disciplina de Sistemas Dinâmicos por meio do teste t-Student, o qual revelou

que os grupos de controle e experimental são diferentes. Conclui-se que os procedimentos produziram

uma diferença estatisticamente significante no grupo experimental, sendo que por meio das médias

de cada grupo em cada avaliação apresentou prevalência do grupo experimental em relação ao grupo

de controle.

A continuação apresentou-se os resultados do questionário de satisfação/insatisfação, aplicado

ao final do último procedimento. O objetivo deste questionário é averiguar as percepções que

manifestam os alunos diante das atividades realizadas em todas os procedimentos, assim como, no

andamento das aulas. Observou-se as dificuldades que os alunos enfrentam na aprendizagem

tradicional e a necessidade de “adotar” uma estratégia complementar para facilitar a compreensão dos

assuntos abordados. Assim como, a utilização da simulação computacional dá indícios que melhora

o desempenho acadêmico. Também foi identificado a preferência dos alunos para conformar turmas

reduzidas e consequentemente obter ganhos na aprendizagem.

Finalmente, foram realizadas as entrevistas com o professor da disciplina de Sistemas

Dinâmicos e com uma amostra de 15 alunos participantes. Primeiramente, o professor deu a conhecer

as limitações enfrentadas pelos alunos no transcurso da disciplina. Também foi constatado por parte

dos alunos a grande dificuldade com o conteúdo da disciplina devido a que precisam saber interpretar

o assunto, saber montar o problema, fazer relações, perceber identificar os dados, e assim por diante.

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6 CONCLUSÕES

Esta pesquisa teve como objetivo geral avaliar a melhoria no desempenho acadêmico quanto

ao aprendizado dos conceitos sobre vibrações mecânicas por meio da utilização de simulação

computacional, assistida na plataforma Scilab e Matlab.

Com o intuito de atingir este objetivo efetuou-se, inicialmente, uma pesquisa e análise dos

trabalhos relacionados a este tema de pesquisa, permitindo analisar as tecnologias e os métodos de

avaliações empregados. Em seguida, aprofundou-se o estudo sobre a tecnologia definida, nesta

circunstância, a plataforma Scilab, além de algumas práticas utilizando a plataforma Matlab. O

desenvolvimento do ambiente de aprendizagem assistida na plataforma Scilab foi um projeto de

pesquisa elaborado pelo Prof. Alecir Pedro da Cunha. O desenvolvimento do ambiente se deu em

conjunto comigo, como pesquisador voluntário no ano de 2015.

Logo assim, iniciaram-se os procedimentos com o grupo experimental 2017/1 da disciplina

de Sistemas Dinâmicos. Desta maneira, foi explicado aos alunos o estudo das vibrações mecânicas

com o auxílio da simulação computacional. Durante os procedimentos foi necessário aplicar os

métodos de avaliação adotados, permitindo a apreciação do grau de aprendizado do grupo

experimental comparado com o grupo de controle.

A partir dos métodos de avaliação aplicados com o grupo experimental, foram encontradas

evidências estatísticas significativas. Na qual a utilização da simulação computacional, apoiada da

plataforma Scilab e Matlab produziu uma melhoria no desempenho acadêmico dos alunos expostos a

este método. Constata-se na comparação da média final de ambos os grupos, na qual se obteve um

aumento de 14,3 %.

Por meio do questionário de satisfação, foram levantadas as percepções dos alunos diante o

andamento das aulas e as realizações dos desafios. Demonstrou-se a dificuldade dos alunos para

compreender os assuntos envolvidos na disciplina. Verificou-se que o emprego da simulação forneceu

indícios de melhoria na compreensão da matéria. Também foi identificado a preferência dos alunos

para conformar turmas reduzidas e consequentemente obter ganhos na aprendizagem.

Por outro lado, a análise qualitativa das entrevistas e o questionário forneceram elementos

importantes para este estudo, tal como foram explicados pelos alunos, na possibilidade de estender o

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tempo dedicado à simulação, a importância dos debates realizados ao finalizar cada um dos

procedimentos e as lições aprendidas que permitem refletir e conseguir compreender possíveis

dúvidas no decorrer das aulas.

A partir dos resultados mostrados no capítulo anterior, é possível responder à pergunta de

pesquisa inicialmente formulada: O uso de simulação computacional, apoiada na plataforma Scilab e

Matlab, incentiva os alunos, facilitando a aprendizagem dos conceitos sobre vibrações mecânicas,

gerando uma melhoria no desempenho acadêmico?

A utilização da simulação computacional, apoiada na plataforma Scilab e Matlab,

produziu uma melhora significativa no desempenho acadêmico dos alunos expostos a

este método, nos procedimentos efetuados na disciplina de Sistemas Dinâmicos.

Constata-se na comparação da média final de ambos os grupos, onde o grupo

experimental se desenvolveu melhor em relação ao grupo de controle.

Percebe-se que todos os objetivos específicos estabelecidos para esta pesquisa foram

alcançados, mostrados a seguir:

Investigar as metodologias de ensino propostas para o ensino dos conceitos de

vibrações mecânicas empregando simulação computacional, por meio do

levantamento bibliográfico da área de pesquisa. Cumpriu-se o objetivo por meio da

realização de um mapeamento sistemático de trabalhos relacionados ao tema de ensino

de conceitos de vibrações mecânicas por meio do uso da simulação computacional, de

acordo com o capítulo 3.

Planejar procedimentos na metodologia de ensino dos conceitos de vibrações

mecânicas na disciplina de Sistemas Dinâmicos. Cumpriu-se o objetivo por meio da

elaboração dos planos de aula para cada procedimento. Da mesma forma, o

planejamento de realização destas atividades durante a disciplina de Sistemas

Dinâmicos, conforme mostrado no Capítulo 4.

Implementar os procedimentos planejados empregando a simulação computacional.

Cumpriu-se o objetivo por meio da aplicação do cronograma planejado de prática dos

procedimentos, seguindo os planos de aula definidos e apresentados no Capítulo 4.

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Avaliar a metodologia proposta, com alunos do curso de Engenharia Mecânica da

Univali-Itajaí. Cumpriu-se o objetivo por meio da aplicação dos métodos de avaliação

especificados, mostrados no Capítulo 4. Consequentemente procedeu-se para a coleta

dos dados e à avaliação estatística dos resultados conseguidos, sendo exibidos no

Capítulo 5.

6.1 CONTRIBUIÇÕES DA DISSERTAÇÃO

Uma significativa contribuição desta pesquisa foi uma aplicação prática pedagógica, por meio

da simulação computacional, para o ensino de vibrações mecânicas. Assim, por meio dos

levantamentos e avaliações efetuadas constataram-se benefícios da utilização da simulação

computacional no ensino aprendizagem de conceitos de vibrações mecânicas.

A partir da utilização do ambiente de simulação como ferramenta de análise consegue-se

realizar variados aspectos no estudo. Desta forma, a partir da variação dos parâmetros se consegue

mudar a dinâmica e ter comportamentos diferentes do sistema no mesmo instante em que estes são

aplicados. Consequentemente, isto viabiliza trabalhar com mais exemplos de dinâmica e

complexidades diferentes, consolidando os conhecimentos dos alunos.

Uma maneira bastante intuitiva de facilitar o entendimento do assunto é com o uso do

ambiente computacional, por meio da visualização da dinâmica, e seu comportamento, a partir da

análise do resultado gráfico. Além disso, há a possibilidade de trabalhar com sistemas mais

complexos, mais próximos da realidade do engenheiro, analisando o que ocorre com sua dinâmica.

Finalmente, ressalta-se como “nova” esta modalidade de ensino-aprendizagem aplicada na

disciplina de Sistemas Dinâmicos, já mais empregada anteriormente no que se refere a UNIVALI-

Itajaí. Portanto, os procedimentos metodológicos adotados na pesquisa podem servir como base para

outras investigações na qual se pretende definir o procedimento de novas práticas pedagógicas na

aprendizagem. Como também, adotados para que possam ser seguidos e/ou aperfeiçoados.

6.2 TRABALHOS FUTUROS

Como trabalhos futuros recomenda-se a realização das atividades desta pesquisa com novas

turmas, assim aumentar o número de amostras do grupo experimental, em relação a este estudo. Deste

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modo, possibilitaria analisar se os resultados conseguidos geram novas evidencias. Da mesma forma,

podem-se empregar novos instrumentos de avaliação, buscando demonstrar alguma particularidade

de conhecimento não cumprido com esta pesquisa.

Uma nova proposta poderia ser, desenvolver mais ferramentas especificas para ajudar no

processo de simulação, que sejam mais práticas, melhorando a interface com o aluno, com elementos

e características complementares que auxiliem na aprendizagem das vibrações mecânicas.

Outra melhoria que pode ser considerada é a utilização de conteúdos mais variados, fazer mais

simulações e não realizar o experimento apenas com um único assunto, o que poderia expandir a

motivação dos alunos.

Uma nova possibilidade pode ser a aplicação destas atividades por outros professores de níveis

de estudo diferentes, como por exemplo, em cursos técnicos ou de engenharia civil utilizados para o

estudo de análise das estruturas. Dessa maneira, possibilitar a expansão do estudo efetuado,

ampliando a população de interesse da pesquisa.

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APÊNDICE A – TÉCNICAS PARA A ANÁLISE DE SINAIS

Tendo identificado um problema devido aos níveis de vibração, a determinação das causas

dessa vibração pode ser facilitada se for aplicado os fundamentos de análise de vibração.

A. ANÁLISE DO SINAL NO TEMPO

Um sinal no tempo descreve o comportamento da vibração no transcorrer do tempo.

Independentemente deste sinal não ser tão útil como o que se obtém de outros formatos, a análise de

sinal no tempo pode fornecer um indício da condição da máquina que nem sempre é notório no

espectro de frequência.

B. NÍVEL DE VIBRAÇÃO OVERALL (GLOBAL)

O nível de vibração overall é a medida total da energia associada com todas as frequências

que compõem o espectro da vibração (SCHEFFER; GIRDHAR, 2004). O valor da vibração overall

é comparado com o valor de referência da máquina em boas condições de operação e com os valores

de alarmes estabelecidos de modo a determinar se a máquina está vibrando mais do que deveria.

C. ANÁLISE DE ESPECTRO DE FREQUÊNCIA

O método de análise espectral é recomendado para resolver os problemas de vibração, pois

eles quase sempre acontecem a diferentes frequências. Pela análise espectral se determinam as causas

da vibração e examinando a tendência se conhecerá quando esses problemas se converteram em

problemas críticos.

A análise espectral é a decomposição do valor overall nas diferentes frequências que compõem

o sinal, as quais correspondem aos harmônicos de um movimento periódico (BRAUN; EWINS; RAO,

2002).

D. DETERMINAÇÃO DOS NÍVEIS DE VIBRAÇÃO

A determinação dos níveis normais de vibração é importante para o diagnóstico preditivo das

vibrações mecânicas na indústria. Uma decisão equivocada sobre este parâmetro pode acarretar

consequências adversas para a máquina e a indústria em geral.

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Um método para obter os níveis normais de vibração é o de análise de tendência, que é baseado

em um gráfico dos parâmetros vibracionais da máquina durante seu funcionamento (WHITE, 2010).

CONTROLE DE VIBRAÇÃO PASSIVO

Não requer alimentação externa para funcionar, tal como o absorvedor de vibração

(absorvedor dinâmico ou absorvedor Frahm) e o amortecedor. Um absorvedor de Frahm é um

mecanismo tipo massa-mola com pouco ou nenhum amortecimento que dissipa a excitação de

vibração pela transferência de energia para ele, reduzindo as vibrações do sistema primário.

ABSORVEDOR DINÂMICO NÃO AMORTECIDO DE VIBRAÇÃO

Um absorvedor dinâmico de vibração ou absorvedor de Frahm é um oscilador massa-mola

com coeficiente de amortecimento reduzido. Quando sintonizado para uma frequência de vibração de

um sistema mecânico, é capaz de receber uma parte significativa da energia de vibração a partir do

sistema primário para essa frequência (SILVA, 2005). Assim, a amplitude do estado estacionário de

um sistema é reduzida, alterando-se sua configuração pela adição do absorvedor de Frahm, conforme

mostra a Figura 25.

Figura 25. Absorvedor dinâmico sem amortecimento

Fonte: Adaptado de Kelly (1996).

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Onde: F(t) = força de excitação.

m1 = massa do sistema primário.

x1(t) = amplitude do sistema primário.

k1 = mola do sistema primário.

m2 = massa do sistema absorvedor.

x2(t) = amplitude do sistema absorvedor.

k2 = mola do sistema absorvedor.

Logo, as características de um absorvedor dinâmico não amortecido de vibração são:

Só tem efeito para uma frequência de excitação (excitação senoidal).

Para obter o melhor efeito, ele deve ser sintonizado de tal modo que a sua frequência

natural seja igual à frequência de excitação.

Para vibrações forçadas, um absorvedor idealmente sintonizado zera a resposta

vibratória do sistema primário e a força vibratória transmitida à estrutura de apoio.

Opera por meio da obtenção da energia de vibração a partir do sistema primário,

armazene-o na forma de energia cinética da massa ou como energia potencial da mola,

ao invés de atuar diretamente na dissipação de energia.

Funciona pela aplicação de uma força de vibração para o sistema primário que é igual

e oposta à força de excitação, neutralizando a excitação.

A amplitude do movimento do absorvedor de vibração é proporcional à amplitude de

excitação e inversamente proporcional à sua rigidez. A frequência do movimento de

absorção é a mesma da frequência de excitação.

ABSORVEDOR DINÂMICO AMORTECIDO DE VIBRAÇÃO

O absorvedor dinâmico não amortecido elimina o pico de ressonância original na curva de

resposta do sistema, mas introduz dois novos picos de ressonância provocando amplitudes de

vibração nos inícios e paradas do sistema (RAO, 2008). Pode-se reduzir esse problema pela adição

de um amortecedor específico (B2), veja a Figura 26.

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Onde: B2 = amortecedor do sistema absorvedor.

Figura 26. Absorvedor dinâmico com amortecimento

Fonte: Adaptado de Kelly (1996).

Neste caso, deve-se verificar (RAO, 2011):

Se o amortecimento inserido é nulo, ou seja, 2= 2=0 então ocorre ressonância nas

duas frequências de ressonância não amortecidas.

Se o amortecimento tende a infinito 2→∞, as duas massas 1 2 estariam

praticamente unidas rigidamente e o sistema se comportaria como um sistema de um

grau de liberdade de massa 1+ 2 e rigidez k1 com uma ressonância, quando x1→∞,

de valor de

Onde é a razão de frequência forçada. Assim, o pico de x1 é infinito para 2= 0, do mesmo

modo que 2=∞. Quando o pico de x1, entre esses limites, for ínfimo, o absorvedor dinâmico

amortecido estará sintonizado de forma ótima.

Considere no projeto deste tipo de absorvedor:

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A amplitude do movimento vibratório da massa do absorvedor sempre será maior do

que a amplitude do movimento da massa principal do sistema. Portanto, o projeto

deverá considerar este fato de modo a viabilizar a amplitude de vibração do

absorvedor.

Uma vez que as amplitudes dos movimentos da massa 2 sejam consideráveis, a mola

do absorvedor k2 terá que ser projetada considerando a resistência à fadiga.

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APÊNDICE B – TUTORIAL PARA PROJETO DE SISTEMA MASSA-MOLA PRIMÁRIO COM ISOLAMENTO VIA ABSORVEDOR DINÂMICO DE VIBRAÇÃO SEM AMORTECIMENTO

Este material é parte do projeto de pesquisa voluntário, denominado “Um processo para

projetar absorvedores dinâmicos sem amortecimento para mitigar vibrações em sistemas mecânicos

massa-mola com um grau de liberdade apoiado por um software desenvolvido com o Scilab” que foi

realizado em conjunto com o Prof. Alecir Pedro da Cunha, no ano 2015.

Este tutorial visa apoiar o projeto de sistemas absorvedores massa-mola (não amortecido) para

isolamento de vibração de sistemas primários modelados fisicamente como um sistema massa-mola.

Desta forma o objetivo é definir os valores da mola (Ka) e da massa (Ma) do absorvedor. A sua

realização consiste nas seguintes etapas:

a) Obter os parâmetros massa (Ms) e mola (Ks) do sistema primário;

b) Calcular a frequência de ressonância do sistema primário;

c) Obter as características do sinal de excitação;

d) Obter a resposta temporal para o sistema primário sem absorvedor devido ao sinal de

excitação para identificar as amplitudes de oscilação do sistema primário;

e) Com base na frequência de excitação e nos parâmetros do sistema primário calcular e

apresentar a variação de amplitude de oscilação do sistema primário com absorvedor,

variando a massa do sistema absorvedor em relação à massa o sistema primário e a

variação de amplitude desejada;

f) Com base na curva, estabelecer o percentual de redução da amplitude máxima e obter os

parâmetros do absorvedor;

g) Simular o comportamento do sistema com absorvedor e verificar ser a redução é adequada.

Se não for voltar ao passo e);

h) Tendo os valores dos parâmetros massa e mola do absorvedor, levantar os elementos os

valores comerciais correspondentes, principalmente da mola e simular o comportamento

dinâmico do sistema completo novamente para validar o projeto;

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i) Implantar o projeto;

j) Testar o sistema para verificar se está consistente os resultados esperados.

Como exemplo é apresentado o ambiente de suporte para minimização de vibrações utilizando

a técnica de absorvedor dinâmico sem amortecimento, veja Figura 27.

Figura 27. Projeto do absorvedor

Pode-se observar que foram colocados valores default nos parâmetros do sistema primário.

Na sequência, se obtém a resposta temporal para o sistema primário sem absorvedor devido ao sinal

de excitação para identificar as amplitudes de oscilação do sistema primário, exibida na Figura 28.

Figura 28. Dinâmica do sistema primário sem absorvedor

Logo, com base na frequência de excitação e nos parâmetros do sistema primário calcular e

apresentar a variação de amplitude de oscilação do sistema primário com absorvedor, variando a

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massa do sistema absorvedor em relação à massa o sistema primário e a variação de amplitude

desejada. Com base na curva, estabelecer o percentual de redução da amplitude máxima e obter os

parâmetros do absorvedor, observada na Figura 29.

Figura 29. Parâmetros do absorvedor

Finalmente, simular o comportamento do sistema com absorvedor e verificar ser a

redução é adequada, veja Figura 30.

Figura 30. Comparação entre o sistema primário com e sem absorvedor

Assim, levantar os valores comerciais correspondentes, principalmente da mola e simular o

comportamento dinâmico do sistema completo novamente para validar o projeto.

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APÊNDICE C – PROTOCOLO DE BUSCA

A.1. OBJETIVO DO ESTUDO

Efetuar um levantamento bibliográfico sistemático cujo objetivo é identificar, analisar e

avaliar trabalhos que apresentam a utilização de ambientes computacionais para o ensino de vibrações

mecânicas.

A.2. PROCESSO DE BUSCA

Busca de artigos disponíveis em base de dados, relacionados à pesquisa, por meio de termos

de buscas.

A.3. ESTRATÉGIA DE BUSCA

Como estratégia de busca mostra-se na sequência as palavras-chaves empregadas nos termos

de busca, assim como cada termo utilizado nas diferentes bases de pesquisas.

A.3.1. Fontes de pesquisa

IEEE: http://ieeexplore.ieee.org

Wiley: http://onlinelibrary.wiley.com/

ACM: http://portal.acm.org

ScienceDirect: http://www.sciencedirect.com/

CAPES: http://www.periodicos.capes.gov.br

ASEE: https://www.asee.org/

A.3.2. Palavres chaves

Education, learning, teaching, simulation, computing environment, mechanical vibrations,

mechanical engineering, Matlab, Scilab.

A.3.3. Termos de busca

Em seguida é mostrado o termo de busca empregado nas bases de pesquisas levantadas e a

aplicação de alguns filtros disponíveis para refinar esta busca.

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A.3.3.1. IEEE

((simulation OR computing environment) AND (mechanical vibrations OR mechanical

engineering) AND (education OR learning OR teaching))

A.3.3.2. Wiley

Mechanical vibrations AND simulation AND (education OR learning OR teaching)

A.3.3.3. ACM

recordAbstract:((simulation "computing environment" ) AND (mechanical vibrations) AND

(education learning teaching))

A.3.3.4. ScienceDirect

TITLE-ABSTR-KEY((simulation OR computing environment) AND (mechanical vibrations

OR mechanical engineering)) and TITLE-ABSTR-KEY( (education OR learning OR

teaching ))

A.3.3.5. CAPES

(education OR learning OR teaching) AND (mechanical vibrations OR mechanical

engineering) AND (simulation OR computing environment)

A.3.3.6. ASEE

(education OR learning OR teaching) AND (mechanical vibrations OR mechanical

engineering) AND (simulation OR computing environment)

A.4. CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

Para a seleção dos trabalhos utilizou-se os seguintes critérios de inclusão:

Analisar se o título ou palavras-chaves mostram algum dos termos de busca;

Publicações a partir de 2010 até 2017;

Analisar se o resumo denota um cenário geral do trabalho com contextualização do

problema, a metodologia utilizada e os resultados obtidos. As conclusões do trabalho

foram analisadas para verificar a sua contribuição;

Publicações que informam uso de ambientes computacionais para o ensino de

vibrações mecânicas.

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A.5. CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Adotou-se os seguintes critérios de exclusão:

Publicações que apresentam utilização de ambientes computacionais, mas sem relação

à ensino;

Trabalhos com títulos e resumos em desacordo;

Trabalhos sem resultados práticos entre ambientes computacionais e vibrações

mecânicas;

Indisponível para acesso ou download.

A.6. EXTRAÇÃO DE DADOS

Os dados extraídos serão organizados podendo assim identificar quais estudos possuem o

maior impacto a partir dos seguintes critérios:

Título;

Autores e Ano;

Número de citações;

Conceito do periódico (Qualis);

Problema abordado;

Metodologia e materiais utilizados;

Instrumento de avaliação;

Amostra;

Resultados obtidos;

Contribuições.

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urse

PO

TIE

R, V

icto

r;

LA

GA

RR

IGU

E,

Pie

rre;

L

EL

AR

DE

UX

, C

athe

rine

Pon

s;

LA

LA

NN

E,

Mic

hele

; GA

LA

UP

, M

iche

l, 20

16.

Ens

ino

méd

io e

gr

adua

ção

Obs

erva

r e

anal

isar

as

dife

renç

as e

ntre

o u

so

de jo

go e

duca

cion

al

com

para

do c

om

cond

içõe

s re

ais

de

apre

ndiz

agem

.

Jogo

ed

ucac

iona

l M

EC

AG

EN

IUS

O

bser

vaçã

o e

entr

evis

tas.

95

M

ostr

a um

de

senv

olvi

men

to d

e co

oper

ação

na

apre

ndiz

agem

ent

re o

s al

unos

.

Eff

ecti

vene

ss

of u

sing

a

vide

o ga

me

to

teac

h a

cour

se

in m

echa

nica

l en

gine

erin

g

CO

LL

ER

, B. D

.; S

CO

TT

, M. J

, 200

9.

Gra

duaç

ão

Com

para

ção

dos

resu

ltado

s de

ap

rend

izag

em

utili

zand

o jo

gos

e aq

uele

s co

m e

nsin

o tr

adic

iona

l.

Jogo

ed

ucac

iona

l N

IU-T

OR

CS

Pré

e p

ós-t

este

.

86

Est

imul

ou a

impo

rtân

cia

da p

rogr

amaç

ão d

e co

mpu

tado

r el

emen

tar.

O

s al

unos

que

usa

ram

jo

gos

tive

ram

mai

or

dese

mpe

nho

no c

urso

de

prog

ram

ação

inic

ial.

Noi

se a

nd

vibr

atio

n ri

sk

prev

entio

n vi

rtua

l web

for

Ubi

quito

us

Tra

inin

g

RE

DE

L-M

AC

ÍAS,

M

. D.;

CU

BE

RO

-A

TIE

NZ

A, A

. J.;

MA

RT

ÍNE

Z-

VA

LL

E, J

. M.;

PE

DR

ÓS

-PÉ

RE

Z,

G.;

MA

RT

ÍNE

Z-

JIM

ÉN

EZ

, M.,

2015

.

Gra

duaç

ão

Des

envo

lver

um

a re

de o

nipr

esen

te q

ue

faci

lite

a f

orm

ação

de

futu

ros

espe

cial

ista

s em

pre

venç

ão d

e ri

scos

ocu

paci

onai

s at

ravé

s do

uso

de

labo

rató

rios

vir

tuai

s.

Sim

ulaç

ão

AC

TIO

NS

CR

IPT

e

Ban

co d

e D

ados

M

YSQ

L

Que

stio

nári

o.

39

Úti

l par

a co

mpr

eend

er

mel

hor

os p

rinc

ipai

s co

ncei

tos

e tó

pico

s ne

sta

área

. Aju

dou

a m

elho

rar

as n

otas

das

pro

vas

e re

duzi

u a

desi

stên

cia.

New

sim

ulat

ion

tool

for

te

achi

ng-

lear

ning

pr

oces

ses

in

engi

neer

ing

educ

atio

n

AK

KO

YU

N, O

zgur

, 20

17

Gra

duaç

ão

e E

nsin

o m

édio

Intr

oduz

ir u

m

soft

war

e ba

sead

o em

si

mul

ação

com

o f

im

educ

acio

nal

Sim

ulaç

ão

- F

eedb

ack.

45

F

oram

obs

erva

dos

uma

mel

hora

na

com

pree

nsão

e

mot

ivaç

ão p

elos

alu

nos

Cha

lleng

ing

lear

ning

goa

ls

impr

ove

perf

orm

ance

in

dyna

mic

ally

co

mpl

ex

Mic

row

orld

S

imul

atio

ns

YA

NG

, M; J

IAN

G,

H.;

GA

RY

, M. S

., 20

17.

Gra

duaç

ão

Ana

lisa

r os

res

ulta

dos

obtid

os a

trav

és d

o us

o do

Mic

row

orld

S

imul

atio

n

Sim

ulaç

ão

MIC

RO

WO

RL

D

SIM

UL

AT

ION

S O

bser

vaçã

o.

70

A a

trib

uiçã

o de

met

as

desa

fiad

oras

nos

es

tági

os in

icia

is d

a ap

rend

izag

em a

juda

pa

ra a

lcan

çar

um m

aior

de

sem

penh

o no

est

ágio

po

ster

ior.

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96

Mod

elin

g an

d si

mul

atio

n pr

acti

ces

for

a co

mpu

taci

onal

th

inki

ng-

enab

led

engi

neer

ing

wor

kfor

ce

MA

GA

NA

, A. J

.; S

ILV

A

CO

UT

INH

O, G

., 20

16.

Gra

duaç

ão

A c

ombi

naçã

o de

si

mul

ação

e

apre

ndiz

agem

di

scip

linar

par

a tir

ar

prov

eito

do

pens

amen

to

com

puta

cion

al n

a ed

ucaç

ão.

Sim

ulaç

ão

- Q

uest

ioná

rio.

37

M

odel

agem

e s

imul

ação

po

de te

r um

efe

ito

peda

gógi

co, a

o pr

opor

cion

ar u

m

ambi

ente

de

apre

ndiz

agem

mai

s ap

licad

o qu

e pr

omov

e a

inte

graç

ão d

os a

luno

s de

m

últip

los

conc

eito

s e

habi

lidad

es.

Inte

ract

ive

com

pute

r si

mul

atio

n an

d an

imat

ion

for

impr

ovin

g st

uden

t le

arni

ng o

f pa

rtic

le k

inet

ics

FA

NG

, N.;

GU

O,

Y.,

2016

. G

radu

ação

M

elho

rar

a ap

rend

izag

em d

os

alun

os e

m d

inâm

ica

de e

ngen

hari

a,

dese

nvol

vend

o,

impl

emen

tand

o e

aval

iand

o um

nov

o m

ódul

o de

sim

ulaç

ão

com

puta

cion

al e

an

imaç

ão.

Sim

ulaç

ão e

an

imaç

ão

- P

ré e

pós

-tes

te e

qu

estio

nári

o.

142

Aju

da a

iden

tifi

car

e re

duzi

r er

ros

com

uns.

Impr

ovem

ent

of th

e re

flec

tive

le

arni

ng in

en

gine

erin

g ed

ucat

ion

usin

g M

atla

b fo

r pr

oble

ms

solv

ing

VIC

ÉN

S, J

. L.;

ZA

MO

RA

, B.;

OJA

DO

S, D

., 20

16.

Gra

duaç

ão

Com

plem

enta

r um

co

nhec

imen

to

abra

ngen

te u

sand

o M

atla

b pa

ra v

isar

a

auto

apre

ndiz

agem

e

mot

ivaç

ão.

Sim

ulaç

ão

MA

TL

AB

Q

uest

ioná

rio.

-

O m

étod

o in

crem

ento

u a

sati

sfaç

ão d

os a

luno

s.

Des

ign

and

impl

emen

tatio

n of

an

inte

ract

ive

virt

ual c

ontr

ol

labo

rato

ry

usin

g ha

ptic

in

terf

ace

for

unde

rgra

duat

e en

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erin

g st

uden

ts

AM

IRK

HA

NI,

S

aeed

; NA

HV

I, A

li,

2016

.

Gra

duaç

ão

Des

enho

e

impl

emen

taçã

o de

la

bora

tóri

os v

irtu

ais

inte

rativ

os c

om o

ob

jetiv

o de

ens

inar

co

ncei

tos

de c

ontr

ole

de c

urso

de

grad

uaçã

o.

Sim

ulaç

ão

de r

eali

dade

vi

rtua

l

MA

TL

AB

P

ré e

pós

-tes

te e

qu

estio

nári

o.

30

A p

ontu

ação

méd

ia d

o pó

s-te

ste

foi 2

1% m

aior

e

do p

ré-t

este

18%

m

aior

par

a os

alu

nos

do

grup

o ex

peri

men

tal q

ue

tom

ou o

pro

gram

a de

co

ntro

le v

irtu

al

inte

rativ

o em

co

mpa

raçã

o co

m o

gr

upo

cont

role

.

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97

Rol

e of

In

tera

ctiv

ity

in

Lea

rnin

g fr

om

Eng

inee

ring

A

nim

atio

ns

PE

DR

A, A

gnal

do;

MA

YE

R, R

icha

rd

E.;

AL

BE

RT

IN,

Alb

erto

L.,

2015

.

Gra

duaç

ão

Ava

liar

o v

alor

pe

dagó

gico

de

inco

rpor

ar

cara

cter

ísti

cas

de

inte

rativ

idad

e co

mpa

rado

s co

m a

ap

rend

izag

em

trad

icio

nal.

Ani

maç

ão

AU

TO

DE

SK

IN

VE

NT

OR

P

UB

LIS

HE

R

Que

stio

nári

o.

148

Tan

to c

om e

não

es

tuda

ntes

de

enge

nhar

ia, u

sand

o in

tera

tivid

ade

em s

ala

de

aula

, per

cebe

-se

mai

or

inte

ress

e, m

as n

ão

mel

hor

apre

ndiz

agem

.

A c

ompu

ter

sim

ulat

ion

in

mec

hani

cs

teac

hing

and

le

arni

ng -

A

case

stu

dy in

ci

rcul

ar

mot

ions

.

LE

E, W

ei-P

in;

HW

AN

, Chu

ng-L

i, 20

15.

Gra

duaç

ão

Des

envo

lver

um

a si

mul

ação

co

mpu

taci

onal

sob

re

mov

imen

tos

circ

ular

es, n

o en

sino

de

mec

ânic

a ap

lica

da

e an

alis

ar o

s re

sulta

dos.

Sim

ulaç

ão

Vis

ual B

AS

IC

Que

stio

nári

o.

244

Mos

trou

que

a

sim

ulaç

ão

com

puta

cion

al

bene

fici

ou o

s al

unos

na

com

pree

nsão

dos

co

ncei

tos

de

mov

imen

tos

circ

ular

es.

Eff

ects

of

abst

ract

and

co

ncre

te

sim

ulat

ion

elem

ent o

n sc

ienc

e le

arni

ng

JAA

KK

OL

A, T

.; V

EE

RM

AN

S, K

., 20

14.

Ens

ino

méd

io

Com

para

r os

efe

itos

e

inve

stig

ar s

e es

tes

são

sem

elha

ntes

ou

dife

rent

es d

aque

les

enco

ntra

dos

em

vári

os c

onte

xtos

un

iver

sitá

rios

da

apre

ndiz

agem

com

si

mul

ação

.

Sim

ulaç

ão

EL

EC

TR

ICIT

Y

EX

PL

OR

AT

ION

T

OO

L

Pré

e p

ós-t

este

. 52

O

s al

unos

obt

iver

am

uma

mel

hor

com

pree

nsão

dos

ci

rcui

tos

apre

nden

do

com

ele

men

tos

de

sim

ulaç

ão d

o qu

e du

rant

e o

apre

ndiz

ado

trad

icio

nal.

A c

ompa

riso

n of

stu

dent

s’

appr

oach

es to

in

quir

y co

ncep

tual

le

arni

ng, a

nd

attit

udes

in

sim

ulat

ion-

base

d an

d m

icro

com

pute

r-b

ased

la

bora

tori

es

CH

EN

, Suf

en;

CH

AN

G, W

en-H

ua;

LA

I, C

hih-

Hun

g;

TS

AI,

Che

ng-Y

ue,

2014

.

Ens

ino

méd

io

Inve

stig

ar o

s ef

eito

s da

man

ipul

ação

vi

rtua

l ver

sus

físi

ca

usan

do u

ma

ativ

idad

e la

bora

tori

al b

asea

da

em s

imul

ação

(S

BL

) e

uma

ativ

idad

e la

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tori

al b

asea

da

em m

icro

com

puta

dor

(MB

L).

Sim

ulaç

ão

- E

ntre

vist

a

Pré

e p

ós-t

este

. 68

O

s re

sulta

dos

dest

e es

tudo

e e

stud

os

ante

rior

es s

uger

em q

ue

os e

stím

ulos

pal

páve

is

pare

cem

não

ser

ne

cess

ário

s pa

ra a

ap

rend

izag

em d

e co

ncei

tos

de f

ísic

a. A

s no

tas

dos

alun

os d

o S

BL

no

s te

stes

pos

teri

ores

o sã

o in

feri

ores

às

dos

grup

os d

e co

mpa

raçã

o.

Lea

rnin

g fr

om

narr

ated

an

imat

ions

w

ith

diff

eren

t

SK

UB

AL

LA

, Ire

ne

T.;

SC

HW

ON

KE

, R

olf;

RE

NK

L,

Ale

xand

er, 2

012.

Gra

duaç

ão

Ana

lisa

r do

is

proc

edim

ento

s de

ap

oio

para

apr

ende

r a

part

ir d

e an

imaç

ões

Ani

maç

ão

- P

ré e

pós

-tes

te e

qu

estio

nári

o.

66

O g

rupo

sem

apo

io

mos

trou

mai

s di

ficu

ldad

es d

o qu

e os

gr

upos

apo

iado

s.

Page 99: ENSINO DE CONCEITOS DE VIBRAÇÕES MECÂNICAS …siaibib01.univali.br/pdf/Ricardo Arias.pdf · ricardo arias ensino de conceitos de vibraÇÕes mecÂnicas utilizando a simulaÇÃo

98

supp

ort

proc

edur

es -

W

orki

ng

mem

ory

capa

city

m

atte

rs

em c

ompa

raçã

o co

m

uma

cond

ição

sem

su

port

e.

Enc

ontr

ou-s

e um

efe

ito

posi

tivo

indi

reto

de

foco

s em

res

ulta

dos

de

apre

ndiz

agem

atr

avés

da

anim

ação

.

A te

achi

ng-

lear

ning

m

etho

d M

atla

b pr

ogra

mm

ing

for

hydr

auli

c m

achi

nery

co

urse

s

VIC

ÉN

S, J

. L.;

ZA

MO

RA

, B.,

2012

.

Pós

-gr

adua

ção

Apl

icaç

ão d

o C

ompu

tatio

nal F

luid

D

ynam

ics

com

o fe

rram

enta

de

ensi

no-

apre

ndiz

agem

par

a m

elho

rar

a ed

ucaç

ão

de e

ngen

hari

a.

Sim

ulaç

ão

MA

TL

AB

Q

uest

ioná

rio.

-

Os

resu

ltad

os o

btid

os

atra

vés

de p

esqu

isas

de

sati

sfaç

ão, m

ostr

am q

ue

90%

dos

alu

nos

cons

ider

aram

que

a n

ova

met

odol

ogia

aju

dou

a m

elho

rar

o de

sem

penh

o ac

adêm

ico.

B

eadL

oom

G

ame:

usi

ng

gam

e el

emen

ts

to in

crea

se

mot

ivat

ion

and

lear

ning

BO

YC

E, A

cey;

B

AR

NE

S, T

iffa

ny,

2010

.

Ens

ino

méd

io

Ava

liar

a

com

pree

nsão

dos

al

unos

sob

re

conc

eito

s de

m

atem

átic

a.

Jogo

ed

ucac

iona

l V

IRT

UA

L B

EA

D

LO

OM

P

ré e

pós

-tes

te e

qu

estio

nári

o.

36

Obt

ive-

se u

ma

méd

ia d

e 4,

28 d

e 5

refe

rent

e a

part

e ed

ucat

iva

e sa

tisf

ação

. Já

os

resu

ltad

os d

o pr

é-te

ste

e pó

s-te

ste

indi

cam

um

a m

elho

ra e

m 0

,77

no

desv

io p

adrã

o.

A M

atla

b-ba

sed

educ

atio

nal t

ool

for

the

seis

mic

de

sign

of

flex

ibly

su

ppor

ted

RC

bu

ildin

gs

KA

TS

AN

OS

, E. I

.; T

ASK

AR

I, O

. N.;

SE

XT

OS,

A. G

., 20

11.

Gra

duaç

ão

Impl

emen

taçã

o de

so

ftw

are

educ

acio

nal

em s

ala

de a

ula

e an

ális

e do

fee

dbac

k re

cebi

do.

Sim

ulaç

ão

MA

TL

AB

Q

uest

ioná

rio

e fe

edba

ck.

105

Por

mei

o do

s re

sulta

dos

obte

ve-s

e 30

% c

omo

utili

dade

máx

ima

e 46

,67%

com

o ut

ilid

ade

sign

ific

ativ

a.

Des

ign

of a

L

abvi

ew

appl

icat

ion

for

the

teac

hing

of

mec

hani

cal

vibr

atio

ns in

a

Mec

hatr

onic

s E

ngin

eeri

ng

Pro

gram

ES

PIN

O, P

iero

; R

EN

N, J

.; V

AL

DE

Z, J

.; D

AV

IZÓ

N, Y

.; N

EZ

, J.;

HIN

OJO

SA

, C.,

2015

.

Gra

duaç

ão

Ava

liar

o p

roce

sso

de

apre

ndiz

agem

das

vi

braç

ões

mec

ânic

as

por

mei

o da

im

plem

enta

ção

e us

o de

inte

rfac

es g

ráfi

cas

dese

nvol

vida

s no

L

abV

iew

.

Sim

ulaç

ão

Lab

VIE

W

Que

stio

nári

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APÊNDICE E – PLANO DE AULA PROCEDIMENTO 1

Identificação

Procedimento: Procedimento 1 – Introdução ao Scilab

Curso: Engenharia Mecânica

Unidade Curricular:

Sistemas dinâmicos

Turma: 5° Período Carga horária: 4 h Ano/Semestre: 2017/1

Informações do plano de aula

Descrição

Nesta primeira sessão será apresentado aos alunos da turma de Sistemas Dinâmicos do curso de Engenharia Mecânica, o software de simulação Scilab. Este software será utilizado para demonstrar o comportamento dinâmico dos sistemas por meio dos elementos utilizados para a construção do modelo físico e matemático a ser simulado. A fim de envolvê-los neste cenário, os alunos acompanharão a aula seguindo um guia passo a passo. Após está etapa, os alunos observarão exemplos de utilização na engenharia mecânica e alguns recursos de simulação do software, com objetivo de despertar o interesse pelos objetos de ensino. A partir dos conhecimentos adquiridos na teoria, começa-se a simulação para comparar os resultados em ambos casos. Em seguida, será disponibilizado os comandos essenciais para desenvolvimento do desafio. Na sequência os alunos serão guiados para resolverem o desafio proposto.

Objetivo Geral

Reconhecer as características básicas do comportamento de sistemas dinâmicos aplicando simulação, e prover o ensino do conceito prático de entrada, processamento e saída de dados, bem como a aplicação de linearização de expressões.

Conteúdo

O ambiente de programação do Scilab;

Interação do sistema com o ambiente;  Elementos físicos idealizados de um sistema mecânico e seus modelos matemáticos;

Estudo de casos de sistemas mecânicos. 

Cronograma da aula Ambiente de programação (modo console e modo script)

Tempo estimado: 20 min. Estratégia: Aula expositiva e dialogada com utilização do computador. Avaliação: Respostas as perguntas de forma oral.

Comandos e funções de programação para Simulação de sistemas dinâmicos Tempo estimado: 120 min. Estratégia: Aula expositiva e dialogada com utilização do computador. Avaliação: Respostas as perguntas de forma oral.

Elementos físicos idealizados de sistemas mecânicos e seus modelos matemáticos

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Cronograma da aula Tempo estimado: 20 min. Estratégia: Aula expositiva e dialogada com utilização do quadro. Avaliação: Respostas as perguntas de forma oral.

Estudo de Casos de Simulação de sistemas dinâmicos mecânicos Tempo estimado: 15 min. Estratégia: Aula expositiva e dialogada com utilização do computador. Avaliação: Respostas as perguntas de forma oral.

Realização do desafio 1 Tempo estimado: 25 min. Estratégia: Disponibilização do enunciado do desafio e correção pelo professor. Avaliação: Desenvolvimento do script, trabalho em equipe e organização.

Bibliografia

BAUDIN, Michaël. Introduction to Scilab. Le Chesnay: Consortium Scilab, c2010. 87 p. INRIA - Unité de Recherche de Rocquencourt . Scilab Reference Manual. Le Chesnay: Novatec, c1997. 699 p. DA MOTTA PIRES, Paulo Sérgio. Introdução ao Scilab - Versão 3. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, c2004. 129 p.

 

   

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APÊNDICE F – PLANO DE AULA PROCEDIMENTO 2

Identificação

Procedimento: Procedimento 2 – Modelagem matemática e elementos físicos idealizados de sistemas mecânicos

Curso: Engenharia Mecânica

Unidade Curricular:

Sistemas dinâmicos

Turma: 5° Período Carga horária: 4 h Ano/Semestre: 2017/1

Informações do plano de aula

Descrição

Nesta segunda sessão será apresentado aos alunos da turma de Sistemas Dinâmicos do curso de Engenharia Mecânica, a modelagem matemática utilizando elementos físicos idealizados de sistemas mecânicos. Deste modo será explicado de forma teórica, o comportamento dinâmico dos sistemas mecânicos por meio dos elementos utilizados (massa, mola, amortecedor) para um e dois graus de liberdade. A fim de envolvê-los neste cenário, os alunos observarão exemplos de utilização na engenharia mecânica, com objetivo de despertar o interesse pelos objetos de ensino. Na sequência, a partir dos conhecimentos adquiridos na teoria, começa-se o desafio proposto onde os alunos serão guiados para resolverem o exercício pretendido.

Objetivo Geral

Identificar as características do comportamento de sistemas dinâmicos mecânicos por meios da aplicação do processo de modelagem matemática com a utilização de exemplos de sistemas com massa, mola e amortecedor.

Conteúdo

Elementos físicos idealizados; Modelagem matemática de sistemas mecânicos;

Comportamento dinâmico de sistemas mecânicos; 

Função de transferência. 

Cronograma da aula Modelagem matemática de sistemas mecânicos.

Tempo estimado: 160 min. Estratégia: Aula expositiva e dialogada analisando comportamentos dinâmicos. Avaliação: Respostas as perguntas de forma oral.

Realização do desafio 2 Tempo estimado: 40 min. Estratégia: Disponibilização do enunciado do desafio e correção pelo professor.

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Cronograma da aula Avaliação: Desenvolvimento e análise do assunto abordado.

Bibliografia

NISE, Norman S.; Engenharia de sistemas de controle. 6° edição. Rio de Janeiro: LTC (Livros Técnicos e Científicos), c2012. 745 p. DORF, Richard C.; BISHOP, Robert H.; Sistemas de controle modernos. 12° edição. Rio de Janeiro: LTC (Livros Técnicos e Científicos), c2013. 838 p.

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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APÊNDICE G – PLANO DE AULA PROCEDIMENTO 3

Identificação

Procedimento: Procedimento 3 – A modelagem matemática de sistemas dinâmicos mecânicos a partir de elementos físicos idealizados

Curso: Engenharia Mecânica

Unidade Curricular:

Sistemas dinâmicos

Turma: 5° Período Carga horária: 4 h Ano/Semestre: 2017/1

Informações do plano de aula

Descrição

Nesta sessão será apresentado aos alunos da turma de Sistemas Dinâmicos do curso de Engenharia Mecânica, os tipos de comportamento que um sistema de 2ª ordem estável pode ter, que é identificado pelo valor do fator de amortecimento. Deste modo será explicado quando um sistema pode ser: subamortecido, superamortecido e criticamente amortecido. Desta maneira, pode-se constatar como será o comportamento dinâmico do sistema mecânico apenas analisando o fator de amortecimento e ou os polos do sistema. Na sequência, a partir dos exemplos passados, começa-se o desafio proposto onde os alunos serão guiados para resolverem o exercício pretendido.

Objetivo Geral

Por meio da identificação do sistema mecânico segundo o valor do seu fator de amortecimento, constatar como será o comportamento dinâmico dele mesmo.

Conteúdo

Tipos de comportamento possíveis do sistema de 2ª ordem estável;

Vibrações livres com amortecimento viscoso;  Fator de amortecimento;

Estudo de casos dos sistemas mecânicos conforme o fator de amortecimento. 

Cronograma da aula Tipos de comportamentos conforme fator de amortecimento

Tempo estimado: 90 min. Estratégia: Aula expositiva e dialogada. Avaliação: Respostas as perguntas de forma oral.

Vibrações livres com amortecimento viscoso Tempo estimado: 70 min. Estratégia: Aula expositiva e dialogada. Avaliação: Respostas as perguntas de forma oral.

Realização do desafio 3

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Cronograma da aula Tempo estimado: 40 min. Estratégia: Disponibilização do enunciado do desafio e correção pelo professor. Avaliação: Análise do assunto abordado, trabalho em equipe e organização.

Bibliografia

BAUDIN, Michaël. Introduction to Scilab. Le Chesnay: Consortium Scilab, c2010. 87 p. DORF, Richard C.; BISHOP, Robert H.; Sistemas de controle modernos. 12° edição. Rio de Janeiro: LTC (Livros Técnicos e Científicos), c2013. 838 p. RAO, Singiresu S.; Mechanical vibrations. 5th ed. New Jersey: Pearson Education, c2011. 1104 p.

 

   

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APÊNDICE H – PLANO DE AULA PROCEDIMENTO 4

Identificação

Procedimento: Procedimento 4 – Frequência natural, ressonância e batimento na vibração de sistemas mecânicos

Curso: Engenharia Mecânica

Unidade Curricular:

Sistemas dinâmicos

Turma: 5° Período Carga horária: 4 h Ano/Semestre: 2017/1

Informações do plano de aula

Descrição

Nesta quarta sessão será apresentado aos alunos da turma de Sistemas Dinâmicos do curso de Engenharia Mecânica, os conceitos básicos de vibrações mecânicas. Deste modo conhecer os fenômenos que acontecem quando a frequência de excitação se encontra igual a frequência natural do sistema em estudo. Bem como quando se encontra próxima a frequência natural do sistema analisado. Será explicado de forma teórica, o comportamento dinâmico dos sistemas mecânicos por meio dos elementos utilizados (massa, mola, amortecedor) para um grau de liberdade. Na sequência, a partir dos conhecimentos adquiridos na teoria, começa-se o desafio proposto empregando a simulação onde os alunos serão guiados para resolverem o exercício pretendido.

Objetivo Geral

Identificar as características básicas do comportamento de sistemas dinâmicos mecânicos com massa, mola e amortecedor por meio da teoria e da simulação em situação de ressonância ou próximas ao este fenômeno.

Conteúdo

Características básicas de vibrações de sistemas mecânicos;

Comportamento dinâmico de sistemas mecânicos;  Forma analítica e simulação de sistemas mecânicos com massa, mola e amortecedor idealizados.

Cronograma da aula Características básicas de vibrações de sistemas mecânicos.

Tempo estimado: 60 min. Estratégia: Aula expositiva e dialogada. Avaliação: Respostas as perguntas de forma oral.

Comportamento dinâmico de sistemas mecânicos. Tempo estimado: 100 min. Estratégia: Aula expositiva e dialogada analisando comportamentos dinâmicos.

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Cronograma da aula Avaliação: Respostas as perguntas de forma oral.

Realização do desafio 4 Tempo estimado: 40 min. Estratégia: Disponibilização do enunciado do desafio e correção pelo professor. Avaliação: Desenvolvimento e análise do assunto abordado.

Bibliografia

INMAN, Daniel J.; Engineering vibration. 4th ed. New Jersey: Pearson Education, c2013. 720 p. KELLY, S. Graham. Mechanical vibrations: theory and applications. 1st ed. Cengage Learning, 2012. 896 p. RAO, Singiresu S.; Mechanical vibrations. 5th ed. New Jersey: Pearson Education, c2011. 1104 p.

  

 

   

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APÊNDICE I – PLANO DE AULA PROCEDIMENTO 5

Identificação

Procedimento: Procedimento 5 – Controle das vibrações mecânicas por meio de absorvedor dinâmico

Curso: Engenharia Mecânica

Unidade Curricular:

Sistemas dinâmicos

Turma: 5° Período Carga horária: 4 h Ano/Semestre: 2017/1

Informações do plano de aula

Descrição

Nesta sessão é apresentado aos alunos da turma de Sistemas Dinâmicos do curso de Engenharia Mecânica, o controle das vibrações mecânicas em sistemas mecânicos empregando absorvedores dinâmicos não amortecidos e absorvedores dinâmicos amortecidos. A partir dos conhecimentos da teoria, se realiza a simulação e compara-se os resultados em ambos os casos. Em seguida, é disponibilizado aos alunos os comandos essenciais para desenvolvimento do desafio. Na sequência os alunos são guiados para resolverem o desafio proposto.

Objetivo Geral

Reconhecer a importância da minimização de vibrações mecânicas para garantir o correto funcionamento e sua vida útil de toda estrutura ou equipamento mecânico móvel.

Conteúdo

Controle das vibrações mecânicas;

Controle ativo e semi-ativo;  Controle passivo: isolamento e absorvedores dinâmicos;

Estudo de casos de minimização de vibrações mecânicas em sistemas mecânicos. 

Cronograma da aula Controle das vibrações mecânicas

Tempo estimado: 100 min. Estratégia: Aula expositiva e dialogada. Avaliação: Respostas as perguntas de forma oral.

Estudo de casos de minimização de vibrações mecânicas em sistemas mecânicos Tempo estimado: 60 min. Estratégia: Aula expositiva e dialogada com utilização do computador. Avaliação: Respostas as perguntas de forma oral.

Realização do desafio 4 Tempo estimado: 40 min. Estratégia: Disponibilização do enunciado do desafio e correção pelo professor. Avaliação: Desenvolvimento do script, trabalho em equipe e organização.

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Bibliografia

INMAN, Daniel J.; Engineering vibration. 4th ed. New Jersey: Pearson Education, c2013. 720 p. KELLY, S. Graham. Mechanical vibrations: theory and applications. 1st ed. Cengage Learning, 2012. 896 p. RAO, Singiresu S.; Mechanical vibrations. 5th ed. New Jersey: Pearson Education, c2011. 1104 p.

 

   

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APÊNDICE J – DESAFIO 1

Nesta aula foi feita uma introdução passo a passo explicando e exercitando vários tipos comandos do

ambiente, os conceitos de entrada, de processamento e de saída de dados, aplicando linearização de

expressões, assim como foram demonstradas as configurações básicas para a realização da

compilação em modo calculadora e em modo script.

Após está etapa da ambientação com a ferramenta de programação, foi passado exemplos de

aplicações práticas na engenharia mecânica de modo a motivar o interesse no assunto abordado.

No primeiro desafio envolve despertar a motivação do uso da simulação computacional.

O professor se movimentou durante a realização, permitindo assim ajudar e resolver as dúvidas.

Ao finalizar o desafio, o professor passa para verificar e avaliar.

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APÊNDICE K – DESAFIO 2

O desafio 2 abrange o assunto da função de transferência em sistemas mecânicos. Na teoria foi

passado as equações diferenciais que descrevem o comportamento dinâmico de sistemas mecânicos.

Estas equações podem ser usadas para obter a função de transferência, ou seja, a relação da

transformada de Laplace entre a saída e a entrada com condições iniciais nulas. Com isso, é possível

determinar a resposta temporal de um sistema verificando como o mesmo vibra.

O desafio proposto é a representação de um sistema dinâmico por meio da função de transferência

com o uso da simulação computacional. Também mostrar que estas características também são

identificadas pelos valores dos polos.

Ao finalizar o desafio, o professor passa para verificar e avaliar.

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APÊNDICE L – DESAFIO 3

Nesta atividade trata-se dos tipos diferentes de amortecimento das vibrações livres com

amortecimento viscoso. O fator de amortecimento é a razão entre a constante de amortecimento

e o amortecimento crítico .

O objetivo deste desafio consiste em comparar diferentes tipos de amortecimento para vibrações

livres considerando a existência de condições iniciais 0 e 0 . Mostrar as

simulações computacionais para cada caso. Debater e discutir as aplicações dos tipos diferentes de

amortecimento na prática.

Ao finalizar o desafio, o professor passa para verificar e avaliar.

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APÊNDICE M – DESAFIO 4

No desafio a seguir, a experiência abrange os fundamentos das vibrações mecânicas. A partir das

causas que originam essas oscilações, que aparecem ao se deslocar um elemento de inércia da sua

posição de equilíbrio, surge a curiosidade de conhecer seus efeitos. Isto é um elemento inerente ao

ambiente da engenharia mecânica que provoca ruídos, desgastes, diminuição de rendimento e da vida

útil dos equipamentos.

Para a realização das simulações é empregado o ambiente de simulação desenvolvido.

O objetivo do desafio é, a partir do sistema mecânico proposto, conferir sua frequência natural e

ressonância conforme uma frequência de operação igual, próxima e afastada da frequência natural do

sistema. Analisar e dialogar sobre as variações dos níveis de amplitude nos diferentes casos.

O sistema apresenta como parâmetros uma massa de 3 , uma mola 174 , uma mola

120 e uma mola 294 .

Ao finalizar o desafio, o professor passa para verificar e avaliar.

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APÊNDICE N – DESAFIO 5

Este desafio aborda o assunto da minimização das vibrações mecânicas, utilizando o controle passivo

por meio do absorvedor dinâmico. A partir dos conhecimentos adquiridos na teoria, começa-se a

simular empregando o ambiente de simulação desenvolvido.

O objetivo do desafio é analisar o comportamento dinâmico do sistema mecânico massa, mola e

amortecedor com ênfase nas amplitudes resultantes e frequências naturais para cada sistema com e

sem uso do absorvedor dinâmico.

A atividade foi efetuada em duas partes:

1) Aplicando o absorvedor dinâmico não amortecido ao sistema dinâmico massa-mola com

parâmetros: massa de 3 e mola 147 . O absorvedor dinâmico não

amortecido foi dimensionado com uma massa de 2,5 e uma mola 10 .

2) Aplicando o absorvedor dinâmico amortecido ao sistema dinâmico massa-mola com

parâmetros: massa de 3 e uma mola 147 com 7. O absorvedor

dinâmico amortecido foi dimensionado com uma massa de 2,5 , um amortecedor

de 10 e uma mola 10 .

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Ao finalizar o desafio, o professor passa para verificar e avaliar.

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APÊNDICE O – TESTE DE AVALIAÇÃO 1

1. (2,0) (RAO, 2011) Associe os tipos de sistema com os fatores de amortecimento correspondente

a. Sistema superamortecido      (   )   1   /2 /  

b. Sistema subamortecido      (   )   1 /2 /  

c. Sistema crítico        (   )   1 

d. Sistema instável        (   )   1 /2 /  

2. (1,5) Identifique os tipos de sistema para os gráficos da resposta temporal ao degrau.

3. (1,5) Identifique a função de transferência subamortecida

12

17 2

12

12

4. (2,0) Determine o valor do fator de amortecimento para o sistema representado pela função

de transferência: 1

6

5. (1,0) (RAO, 2008) Para qualquer sistema amortecido, o fator de amortecimento é definido como a razão entre a constante de amortecimento crítico e a constante de amortecimento.

( ) verdadeiro ( ) falso

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6. (2,0) (RAO, 2008) O que é amortecimento viscoso equivalente? O fator de amortecimento viscoso equivalente é uma constante?

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APÊNDICE P – TESTE DE AVALIAÇÃO 2

1. (1,0) (RAO, 2011) Nas vibrações mecânicas ocorrem fenômenos relacionados com sua frequência característica. Assinale a alternativa que corresponde a estes fenômenos.

a. Absorvedor dinâmico, frequência natural, oscilações b. Batimento, frequência natural, ressonância c. Amortecedor, oscilações, absorvedor dinâmico d. Batimento, ressonância, amortecedor

2. (2,5) (KELLY, 2000) Identifique as palavras faltantes, escrevendo no campo vazio.

Um ................. eficaz para reduzir a vibração é bloquear ou modificar sua ............. Se isto não pode ser feito, cria-se um sistema de ................... de vibrações para separar a fonte de .............. do sistema de interesse. Conhecer e controlar as frequências ................. do sistema evita a presença de ...................., reduzindo a ação de excitações externas. 3. (0,5) (KELLY, 2000) Um absorvedor dinâmico de vibração ou absorvedor de Gram é um

oscilador massa-mola com coeficiente de amortecimento reduzido.

( ) verdadeiro ( ) falso 4. (2,0) (SILVA,2005) Complete com (V)erdadeiro ou (F)also. As características de um

absorvedor dinâmico não amortecido de vibração são: ( ) Tem efeito para várias frequências de excitação. ( ) Para obter o melhor efeito, ele deve ser sintonizado de tal modo que a sua frequência natural seja igual à sua frequência de excitação. ( ) Funciona pela aplicação de uma força de vibração para o sistema primário que é igual e oposta à força de excitação, neutralizando a excitação.

5. (1,5) (SILVA, 2005) Quanto ao absorvedor dinâmico amortecido de vibração. Justifique a

resposta.

( ) verdadeiro ( ) falso Se o amortecimento tende a infinito, as duas massas estariam praticamente unidas rigidamente e o sistema se comportaria como um sistema de um grau de liberdade de massa .

6. (1,5) (RAO, 2011) Identifique as palavras faltantes, escrevendo no campo vazio:

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120

O controle passivo tem um elemento ................... e um ................... Sua efetividade é definida pela sua .......................... que é a razão entre a amplitude da força transmitida e a força de excitação.

7. (1,0) (RAO, 2011) A resposta em sistemas com um grau de liberdade é função da sua inércia, amortecimento e rigidez. Mudar seus parâmetros muda a amplitude de estado estacionário.

( ) verdadeiro ( ) falso

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121

APÊNDICE Q – OBSERVAÇÃO

Critério Peso Nota

Etapas dos desafios

Identificou o sistema e organizou as estratégias 1,00

Interpretou de forma correta a lógica dos desafios 1,00

Utilizou corretamente os comandos no Scilab 1,00

Finalizou e entregou o código da programação sem erros 2,00

Demonstrou domínio teórico na realização dos desafios 2,00

Demonstrou interesse na realização dos desafios 1,00

Implementou as simulações na tela de forma correta 1,00

Conseguiu relacionar a teoria com as simulações 1,00

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APÊNDICE R – QUESTIONÁRIO

Assinale com X a opção que melhor descreve cada item a ser avaliado. Sendo que 5 indica a nota máxima e 1 a mínima.

Item a ser avaliado Mínimo  1 2  3  4  5  Máximo 

1. Importância da disciplina no curso

Nenhuma           Muita 

 

2. Qual o grau de complexidade da disciplina?

Nenhuma           Muita 

 

3. A utilização de simulações/animações contribuiu para compreender o assunto estudado?

Pouco             Bastante

Observações/Justificativa (preenchimento opcional):

 

4. O uso de simulações/animações melhora a visualização espacial?

Pouco            Bastante

Observações/Justificativa (preenchimento opcional):

 

5. Simulações/animações ajudam na retenção do aprendizado?

Pouco            Bastante

Observações/Justificativa (preenchimento opcional):

 

6. A utilização do ambiente de simulação como ferramenta de análise incentiva o aluno?

Pouco            Bastante

Observações/Justificativa (preenchimento opcional):

 

7. A utilização de atividades práticas incentiva o aluno?

Pouco            Bastante

Observações/Justificativa (preenchimento opcional): 

 

8. O aluno se sentiu incentivado na realização dos debates em cada procedimento?

Pouco            Bastante

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Observações/Justificativa (preenchimento opcional):

 

9. Houve algo interessante em alguma atividade que capturou minha atenção?

Pouco            Bastante

Observações/Justificativa (preenchimento opcional):

 

10. Prefiro atividades em equipes? Pouco            Muito 

Observações/Justificativa (preenchimento opcional):

 

11. Prefiro atividades em grupos de 2 do que 4 ou mais alunos?

Pouco            Muito 

Observações/Justificativa (preenchimento opcional):

 

12. Os tópicos foram mais fáceis de entender em grupos de 2 alunos?

Pouco            Muito 

Observações/Justificativa (preenchimento opcional):

 

13. Os tópicos eram mais fáceis de entender sozinhos? Pouco            Muito 

Observações/Justificativa (preenchimento opcional):

 

14. Eu aprendi mais em trabalhos de grupo de 2 alunos do que em trabalhos individuais?

Pouco            Muito 

Observações/Justificativa (preenchimento opcional):

 

15. Comentários finais

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APÊNDICE S – ROTEIRO DAS ENTREVISTAS

QUESTÕES AO PROFESSOR

1) O quanto e por que considera importante a disciplina de Sistemas Dinâmicos no curso

de Engenharia Mecânica?

2) Na sua opinião, onde encontra-se a dificuldade da disciplina de Sistemas Dinâmicos?

3) Concorda, que além da teoria, o uso da simulação pode ajudar a incentivar os alunos?

4) Você poderia me dizer quais são os problemas que apresentam os alunos que cursam

a disciplina de Sistemas Dinâmicos?

5) O que pode argumentar sobre a dificuldade das questões, assunto e matéria passado

em diferentes semestres, no decorrer da disciplina de Sistemas Dinâmicos?

6) Segundo seu parecer, os alunos gostaram, aprenderam melhor? Como sentiu a

mudança na disciplina?

7) Os acadêmicos conseguiram fazer, não tinham falta de programação no contato com

o ambiente de simulação?

QUESTÕES AOS ALUNOS

1) Qual o grau de importância da disciplina de Sistemas Dinâmicos no curso da

Engenharia Mecânica?

2) Segundo seu parecer, qual o grau de dificuldade da disciplina de Sistemas Dinâmicos?

3) Na sua opinião, gostou do método de aprendizagem aplicado na disciplina? Por que?

4) A utilização do ambiente de simulação computacional como ferramenta de análise

incentiva o aluno?

5) O que pode relatar sobre as vantagens dos debates e lições aprendidas comentados no

final de cada procedimento?

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6) Qual seu ponto de vista, na utilização do score de participação com o fim de melhorar

a aptidão do aluno?

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ANEXO A – PLANO DE ENSINO CÁLCULO III

PROGRAMA DA DISCIPLINA

IDENTIFICAÇÃO

Curso: ENGENHARIA MECÂNICA

Disciplina: CÁLCULO III

Período: 4º Ano/Sem.: 2017 / 1

CH Teórica: 60 (72 horas-aula) CH Prática: 0 (0 horas-aula) CH Total: 60 (72 horas-aula)

Créditos: 4

OBJETIVO GERAL Reconhecer uma equação diferencial, identificar o tipo, o grau para aplicar os vários métodos de resolução

analítica além de determinar se uma função dada é solução de uma equação diferencial.

EMENTA

Equações diferenciais ordinárias de 1ª ordem. Equações diferencias ordinárias de 2ª ordem. Solução de Equações

por séries de potências. Equações diferenciais por Transformada de Laplace. Equações diferenciais parciais.  

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIDADE 1 - Equações diferenciais ordinárias de 1ª ordem. 1. Apresentação do plano de ensino e cronograma das atividades. Revisão de derivada e integral 2. Definição, classificação e solução de uma EDO 3. EDO diretamente integrável 4. Equações separáveis 5. Equações exatas 6. Equações homogêneas 7. Fatores integrantes 8. Equações lineares

UNIDADE 2 - Equações diferencias ordinárias de 2ª ordem.

1. Soluções fundamentais da equação homogênea

2. Independência linear

3. Redução de ordem

4. Equações homogêneas com coeficientes constantes

5. Equações não homogêneas

6. Método dos coeficientes indeterminados

7. Método da variação dos parâmetros

UNIDADE 3 - Solução de Equações por séries de potências.

1. Revisão das séries de potência

2. Soluções em torno de pontos ordinários

3. Soluções em torno de pontos singulares

UNIDADE 4 - Equações diferenciais por Transformada de Laplace.

1. Definição

2. Tabela de Transformada de Laplace

3. Transformadas inversa de Laplace

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UNIDADE 5 - Equações diferenciais parciais. 1. Separação de variáveis 2. Equações clássicas e problemas de valores de contorno

UNIDADE 6 - Resolução e aplicação das equações diferenciais.

1. Resolução de problemas envolvendo equações diferenciais  

REFERÊNCIAS BÁSICAS

0 ZILL, Dennis G.; CULLEN, Michael R. Equações diferenciais. 3. ed. São Paulo, SP: Makron Books,

 2001. 2 v ISBN 8534612919 (broch.).

0 BOYCE, William E; DIPRIMA, Richard C. Equações diferenciais elementares e

problemas de valores de contorno. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ: Livros Técnicos e

Científicos, c2006. xvi, 434 p. ISBN 8521614993.

0 EDWARDS, C. H. (Charles Henry); PENNEY, David E. Equacões diferenciais elementares

com problemas de contorno. 3. ed. Rio de Janeiro, RJ: Prentice-Hall do Brasil,

c1995. 643p ISBN 8570540574 (broch.).

0 BRONSON, Richard. Equações diferenciais. 3. ed. Porto Alegre, RS: Bookman,

2008. viii, 400 p. (Schaum) ISBN 9788577801831.

0 ZILL, Dennis G. Equações diferenciais com aplicações em modelagem. São Paulo, SP: Cengage Learning,

  

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES INTERNAS (disponível no sistema de biblioteca da Univali – SIBIUN)

0 DIACU, Florin. Introdução a equações diferenciais: teoria e aplicações. Rio de

Janeiro, RJ: Livros Técnicos e Científicos, 2004. xii, 262 p. ISBN 8521614039.

0 LEIGHTON, Walter. Equações diferenciais ordinárias : Walter Leighton. 2.ed. Rio

de Janeiro, RJ: Livros Técnicos e Científicos, 1978. 294 p.

0 BRAUN, Martin. Equações diferenciais e suas aplicações. Rio de Janeiro, RJ: Campus, 1979. 378 p.

 0 AYRES, Frank. Equações diferenciais: resumo da teoria, 560 problemas

resolvidos, 509 problemas propostos. São Paulo, SP: McGraw-Hill

Interamericana do Brasil, 1981. 400p

0 ABUNAHMAN, Sérgio Antonio. Equações diferenciais: [destinado aos cursos de

engenharia, física, química e matemática]. Rio de Janeiro, RJ; São Paulo, SP:

Livros Técnicos e Científicos, c1979. 321 p. ISBN 8521600046.

0 BASSANEZI, Rodney Carlos; FERREIRA JUNIOR, Wilson Castro. Equações diferenciais: com aplicações.

 São Paulo, SP: HARBRA, 1988. 572 p

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ANEXO B – PLANO DE ENSINO SISTEMAS DINÂMICOS

PROGRAMA DA DISCIPLINA

IDENTIFICAÇÃO

Curso: ENGENHARIA MECÂNICA

Disciplina: SISTEMAS DINÂMICOS

Período: 5 º Ano/Sem.: 2017 / 1

CH Teórica: 30 (36 horas-aula) CH Prática: 30 (36 horas-aula) CH Total: 60 (72 horas-aula)

Créditos: 4

OBJETIVO GERAL Aplicar técnicas de identificação de sistemas dinâmicos para obter sua representação matemática pela análise

de seu comportamento dinâmico e vibrações mecânicas.

EMENTA

Propriedades, classificação. Representação e sinais. Modelagem matemática e analogia de sistemas físicos.

Vibrações mecânicas.  

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIDADE 1 - Propriedades, classificação 1. Taxonomias de sistemas dinâmicos 2. Variáveis de sistema

UNIDADE 2 - Representação e sinais

1. Representação por diagrama de blocos

2. Representação por diagrama de fluxo

3. Representação por função de transferência

4. Representação por espaço de estado

5. Resposta temporal de sistemas de 1a ordem

6. Resposta temporal de sistemas de 2a ordem

UNIDADE 3 - Modelagem matemática e analogia de sistemas físicos

1. Modelagem matemática de sistemas mecânicos de Translação

2. Modelagem matemática de sistemas mecânicos de Rotacional

3. Modelagem matemática de sistemas elétricos

4. Modelagem matemática de sistemas térmicos

5. Modelagem matemática de sistemas hidráulicos

6. Modelagem matemática de sistemas pneumáticos

7. Sistemas dinâmicos análogos

UNIDADE 4 - Vibrações mecânicas

1. Sistemas com vibrações livres

2. Sistemas com vibrações forçadas

3. Vibrações mecânicas em sistemas com múltiplos graus de liberdade

4. Técnicas para tratamento dos problemas de vibrações mecânicas

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REFERÊNCIAS BÁSICAS

0 NISE, Norman S. Engenharia de sistemas de controle. 6. ed. Rio de Janeiro, RJ:

Livros Técnicos e Científicos, c2012. xiv, 745 p. ISBN 9788521621355.

0 GARCIA, Claudio. Modelagem e simulação de processos industriais e de sistemas

eletromecânicos. 2 ed. rev. e ampl. São Paulo, SP: USP, c2005. 678p. (Acadêmica;

11) ISBN 8531409047.

0 DORF, Richard C; BISHOP, Robert H. Sistemas de controle modernos. 12. ed. Rio de

Janeiro, RJ:Livros Técnicos e Científicos, c2013. xx, 814 p. ISBN 9788521619956.

0 GEROMEL, José Claúdio; PALHARES, Álvaro G. B. Análise linear de sistemas

dinâmicos: teoria, ensaios práticos e exercícios. 2ed. São Paulo,SP: Blucher,2011

 

 

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES INTERNAS (disponível no sistema de biblioteca da Univali – SIBIUN)

0 BARCZAK, Czeslau L. (Czeslau Lubomiro). Controle digital de sistemas dinâmicos:

projeto e análise. São Paulo, SP: Blucher, c1995. 295 p. ISBN 8521200021.

0 HAMERLY, Elder Moreira. Controle por computador de sistemas dinâmicos. São

Paulo, SP: Blucher, c1996. x, 249p

0 OGATA, Katsuhiko. Solução de problemas de engenharia de controle com MATLAB. Rio

de Janeiro, RJ: Prentice-Hall do Brasil, c1997. 330 p ISBN 8570540639 (broch.).

0 ALMEIDA, Marcio Tadeu de. Vibrações mecânicas para engenheiros. 2. ed. São

Paulo, SP: Blucher, c1990. 445 p il ISBN - (Broch.).

0 FEINSTEIN, Jaime. Teoria dos sistemas de controle: enfoque por variáveis de

estado. Rio de Janeiro, RJ: Campus, 1978/79. 316p

0 GOLNARAGHI, M. F; KUO, Benjamin C. Sistemas de controle automático. 9. ed. Rio

de Janeiro, RJ: Livros Técnicos e Científicos, c2012. xviii, 694 p. ISBN

9788521606727.

0 OGATA, Katsuhiko. Engenharia de controle moderno. 5.ed. São Paulo, SP: Pearson

Education, c2011.[809] p. ISBN 9788576058106.

45781 BALACHANDRAN, Balakumar; MAGRAD, Edward B. Vibrações mecânicas. São Paulo:

Cengage Learning. 2011.

46460 FRANKLIN, Gene F.; POWELL, J. David; EMAMI-NAEINI, Abbas. Sistemas de

controle para engenharia. Porto Alegre: Bookman, 2013.