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ENSINO DE HISTÓRIA E INTERNET: ONDE OS MESMOS SE ENCONTRAM? 1 Nuadson Herculano dos Santos 2 Resumo: O advento das novas tecnologias e a inserção de computadores com acesso à internet nas escolas tem tornado a produção de conhecimento ainda mais diversa e imediata. Essa maior facilidade na busca de informações tem levado muitos professores a rever a sua prática na sala de aula, adotando outras metodologias no processo de ensino. Referente à disciplina História, por exemplo, não tem sido diferente. Temos visto professores se esforçando em buscar novas formas de atrair seus alunos para suas aulas, inclusive com o uso da internet. Foi a partir dessa constatação que resolvemos pesquisar a relação do uso da internet no dia a dia do Colégio Estadual Josevaldo Lima, no município de Serrinha-Ba. Utilizando entrevistas, aplicação de questionários e observações procuramos compreender como os professores daquela instituição estão fazendo uso da internet para o desenvolvimento das suas aulas. Essa iniciativa implicou em entender, também, a relação dos alunos com essa ferramenta, em alguns casos, já tão familiar para muitos. Palavras-chave: Internet. Ensino de História. Novas tecnologias. Abstract: The advent of new technologies and the integration of computers with Internet access in schools have made the production of knowledge even more diverse and immediate. This greater ease in finding information has led many teachers to review their practice in the classroom, adopting other methodologies in the discipline process ensino. Referente history, for example, has not been different. We have seen teachers striving to find new ways to attract students to their classes, including the use of the internet. It was from this observation we decided to investigate the relationship of Internet use on a daily Josevaldo State College Lima, the city of Ba- Serrinha. Using me for interviews, questionnaires and observations seek to understand how teachers of that institution are making use of the Internet to develop their lessons. This initiative led to understand, also, the ratio of students with this tool, some cases, already so familiar to many. Keywords: Internet. Teaching of History. New technologies. 1 Artigo apresentado ao Colegiado do Curso de Licenciatura em História, Campus XIV, Conceição do Coité-Bahia, como requisito final para aprovação no referido Curso. Trabalho orientado pelo professor Ms. Antonio Vilas Boas. 2 Graduando em Licenciatura em História pela Universidade do Estado da Bahia, Campus XIV, Conceição do Coité.

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ENSINO DE HISTÓRIA E INTERNET: ONDE OS MESMOS SE ENCONTRAM?1

Nuadson Herculano dos Santos2

Resumo: O advento das novas tecnologias e a inserção de computadores com acesso à internet nas escolas tem tornado a produção de conhecimento ainda mais diversa e imediata. Essa maior facilidade na busca de informações tem levado muitos professores a rever a sua prática na sala de aula, adotando outras metodologias no processo de ensino. Referente à disciplina História, por exemplo, não tem sido diferente. Temos visto professores se esforçando em buscar novas formas de atrair seus alunos para suas aulas, inclusive com o uso da internet. Foi a partir dessa constatação que resolvemos pesquisar a relação do uso da internet no dia a dia do Colégio Estadual Josevaldo Lima, no município de Serrinha-Ba. Utilizando entrevistas, aplicação de questionários e observações procuramos compreender como os professores daquela instituição estão fazendo uso da internet para o desenvolvimento das suas aulas. Essa iniciativa implicou em entender, também, a relação dos alunos com essa ferramenta, em alguns casos, já tão familiar para muitos. Palavras-chave: Internet. Ensino de História. Novas tecnologias.

Abstract: The advent of new technologies and the integration of computers

with Internet access in schools have made the production of knowledge even more

diverse and immediate. This greater ease in finding information has led

many teachers to review their practice in the classroom, adopting other

methodologies in the discipline process ensino. Referente history, for example, has

not been different. We have seen teachers striving to find new ways to

attract students to their classes, including the use of the internet. It was from this

observation we decided to investigate the relationship of Internet use on a daily

Josevaldo State College Lima, the city of Ba- Serrinha. Using me for interviews,

questionnaires and observations seek to understand how teachers of that

institution are making use of the Internet to develop their lessons. This initiative led to

understand, also, the ratio of students with this tool, some cases, already so familiar

to many.

Keywords: Internet. Teaching of History. New technologies.

1 Artigo apresentado ao Colegiado do Curso de Licenciatura em História, Campus XIV, Conceição do Coité-Bahia, como requisito final para aprovação no referido Curso. Trabalho orientado pelo professor Ms. Antonio Vilas Boas. 2 Graduando em Licenciatura em História pela Universidade do Estado da Bahia, Campus XIV,

Conceição do Coité.

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INTRODUÇÃO

Estamos vivendo em uma era, denominada por muitos de a era da

informação, na qual o imediatismo no campo das comunicações se tornou algo já

bastante habitual. Nesse contexto, as notícias, a divulgação de dados, pesquisas,

etc. chegam até muitos de nós em uma velocidade jamais vista, proporcionando

que, aos poucos, outros canais de comunicação se juntem aos já existentes,

popularizando-se. A rede mundial de computadores, ou a internet, como é

conhecida, é um exemplo.

Perceber a expansão da tecnologia e mais especificadamente da internet nos

nossos dias não é tão difícil. Apesar de não ser ainda um equipamento acessível a

todas as camadas da população, o computador tem mudado o cotidiano de muitos

adolescentes, jovens e outros personagens de outras idades. O fenômeno das redes

sociais e a possibilidade de interação através dos espaços virtuais é algo que não

passa despercebido pela maioria da nossa população.

As consequências dessas “novas rotinas” também têm afetado outros

campos. Na educação, ou no processo de ensino-prendizagem, é cada vez mais

perceptível que o professor não deve mais ser apenas um transmissor de

conhecimento, naquele sentido bancário tão criticado por Freire (1985), mas precisa,

mais do que em qualquer outro momento, estar atualizado, manejar outras

ferramentas e inserir-se no cotidiano tecnológico, pois caso contrário corre o risco de

tornar-se obsoleto.

Foi justamente desse cotidiano que surgiram as inquietações para o

desenvolvimento dessa pesquisa. Como estagiário do curso de Licenciatura em

História tive a oportunidade de ter contato com o universo do ensino público nas

escolas da Rede Estadual do Estado da Bahia, mais precisamente no município de

Serrinha-Bahia.

Do meu dia-a-dia vieram as primeiras análises acerca da relação que,

principalmente, os adolescentes/jovens mantêm com a internet, tornando-a tão

popular. Já no espaço escolar, verifiquei a existência de laboratório de informática

conectado à internet, elemento esse capaz de propiciar ao aluno o acesso ao mundo

virtual.

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Essas duas constatações nos levaram a pensar numa investigação que

tivesse como objetivo geral analisar como os professores de História do Colégio

Estadual Josevaldo Lima estão fazendo uso da internet para o desenvolvimento das

suas atividades. Especificadamente, e para tentar dar conta do objetivo acima,

procuramos observar as ações empreendidas pelo professor para fazer com que os

alunos utilizem a internet como fonte de aprendizado. Além desse, compreender

como os alunos fazem uso da internet no seu dia-a-dia foi outro objetivo.

Sabendo do crescente desenvolvimento tecnológico nos dias atuais e da

utilização dos mesmos no processo ensino-aprendizagem, cremos que essa

pesquisa se justificou pela possibilidade que a mesma teve de conhecer o cotidiano

da utilização da internet dentro do Colégio Estadual Josevaldo Lima e, a partir daí, e

da análise dos dados encontrados, apontar outras possibilidades de uso desse

recurso, além daquelas já existentes.

A nossa inquietação traduz-se na seguinte questão: como os professores

de História do Colégio Estadual Josevaldo Lima, localizado no município de

Serrinha-Bahia, fazem uso da internet nas aulas de História?

Para desenvolvermos a nossa pesquisa, utilizamo-nos de vários

instrumentos, dentre eles, a aplicação de questionários junto aos alunos da citada

instituição; entrevista com professores e coordenadores da Unidade Escolar em

questão, além da observação das atividades desenvolvidas pelos professores de

História com seus respectivos alunos.

1- O ENSINO DE HISTÓRIA: UM POUCO DA SUA HISTÓRIA

Ao longo dos tempos, a inserção das metodologias ou a incorporação de

diferentes linguagens no ensino de História, bem como a consideração e valorização

das mesmas no contexto da pesquisa científica ficaram atreladas às perspectivas

teóricas defendidas pelas diferentes correntes de pensadores que definiram o que

seria a História e como a mesma deveria ser ensinada; como seria empreendida a

investigação acerca da mesma; quais objetos seriam considerados como passiveis

de serem pesquisados; além de se definir as fontes para pesquisa, dentre outros

aspectos.

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Partindo-se dessa analogia não haveria espaço para a consideração das

diferentes linguagens, bem como o uso das mesmas num cotidiano marcado por

concepções positivistas nas quais o documento era visto como a única garantia de

validação dos registros históricos.

O privilégio atribuído ao documento, e este de natureza oficial, se constitui

numa clara demonstração do reducionismo imposto às diversas formas de se pensar

a história, simplificação essa que, como não poderia deixar de ser, resvala para a

marginalização das diferentes linguagens, o que encontra inteira correspondência

num projeto de construção que mantêm afastadas das suas narrativas os sujeitos que

difundem o seu pensar a partir, também, de determinadas especificidades linguísticas.

Por trás desse discurso de fidelização do documento, nutria-se a ideia de que

a análise do mesmo, bem como a consequente extração das informações ali contidas,

garantiria a objetividade dos relatos históricos. Dentro dessa lógica, excluía-se o

contraditório, fruto do devir que caracteriza a relação entre os homens.

Caudatário da visão historiográfica do século XIX (SCHMIDT; CANELLI,

2004), coube ao ensino de História externalizar e difundir uma história linear,

narrativa, cronológica e supostamente imparcial. A essa postura, deve-se

compreender que “quando a História iniciou a sua trajetória como conhecimento, o

documento escrito oficial era a essência da sua veracidade, afirmação que atingiu seu

auge no século XIX” (CARVALHO, 2010, p. XI).

O século não é mais o mesmo citado pelos autores acima, mas na grande

maioria das escolas, o ensino de História, ainda praticado cotidianamente, privilegia a

fala do professor e uma suposta aquiescência do aluno, isso em meio a um contexto

onde prolifera o uso dos artefatos tecnológicos, principalmente entre adolescentes e

jovens, muitos dos quais alunos de escolas públicas.

2- POR UMA OUTRA HISTÓRIA

As possibilidades de rupturas com o pensamento tradicional – como

costumeiramente era denominado – e, a partir daí, a inserção de novas linguagens

no ensino de História ganham maior consistência a partir da renovação

historiográfica empreendida pela escola francesa ocorrida no século XX. A partir de

então, a noção de fidedignidade do documento, bem como o primado do mesmo,

começaram a ser contestados, abrindo assim, espaço para a inserção de novas

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fontes e, com o passar do tempo, solidificou-se a construção historiográfica por meio

da pluralidade tipológica das fontes (CARVALHO, 2010, p. 1).

Definir o que seja a nova história não tem sido algo fácil. Sua compreensão se

tornará mais fácil a partir da observação dos pressupostos que a diferenciam de uma

história considerada tradicional, positivista. Opor-se a uma história única, exclusiva e

submetida aos parâmetros políticos se constitui como uma das primeiras

características da nova história (FONSECA, 2003, p.41).

Ao se interessar por outras narrativas, que não especificadamente à política,

a nova história rompe com a ditadura das fontes, desconstruindo com o privilégio das

grandes narrativas e, ao mesmo tempo, incorpora vozes antes consideradas

marginais nas construções historiográficas. Isso implicará, consequentemente, em

outras formas de ensino de História no dia-a-dia das salas de aulas. Além disso,

“essa concepção nova ampliou as fontes de estudo, passando a utilizar também as

fontes orais (entrevistas, depoimentos, narrativas), as fontes audiovisuais (fotografias,

discos, filmes, programas de televisão etc.)” (FONSECA, 2003, p. 42).

Entretanto, a renovação nas concepções acerca das fontes, personagens e

relações com outras ciências parecem ter encontrado dificuldades para inserir-se no

cotidiano das salas de aula, situação essa que leva os adolescentes a repudiarem a

História (MENDES, 1935), mostrando, dessa forma, o esgotamento do modelo

adotado (NADAI, 1992).

Pela afirmação da pesquisadora acima, infere-se que os trabalhos de

construção do conhecimento histórico nas escolas ainda estão bastante limitados a

figura do professor e a existência do livro didático como único suporte.

Nos dias atuais mostra-se cada vez mais imprescindível a necessidade de

rompermos com esse modelo de ensino que ignora a existência de outros recursos,

bem como de novas linguagens que muito poderiam contribuir para o enriquecimento

da promoção do saber em sala de aula.

Perceber a necessidade da inserção de novas linguagens e tecnologias no

ensino de História é algo que pode ser feito, simplesmente, à medida que o professor

observe o cotidiano a sua volta. Dispor dessa sensibilidade permitiria aos docentes

enxergar a gama de recursos e linguagens que estão a povoar o dia a dia das

pessoas, principalmente dos adolescentes e jovens que serão os potenciais alunos de

História e o quanto elas são influenciadas e influenciam através das mesmas.

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Contrariamente a isso, o que se percebe é que ao chegar ao ambiente

escolar, o aluno sente-se deslocado da realidade, visto que o que lhes é apresentado

ou oferecido mantém pouca ou nenhuma correspondência com o seu mundo

cotidiano. Um bom exemplo dessa situação pode ser dado a partir da música.

Pergunta-se: qual dos jovens na atualidade não se envolve com um determinado

ritmo musical? Pois é, apesar dessa situação, a música é muito pouca utilizada nas

atividades escolares.

Fonseca (2003, p.164), salienta que “o professor, no exercício cotidiano de

seu ofício, incorpora noções, representações, linguagens do mundo vivido fora da

escola, na família, no trabalho, nos espaços de lazer” e que essa apropriação não

pode ser desconsiderada pelo professor, logo, ainda segundo Fonseca (2003, p. 164),

“todas as linguagens, todos os veículos e materiais, frutos de múltiplas experiências

culturais, contribuem com a produção/difusão de saberes históricos”.

Não se trata de propugnar pela transformação das salas de aulas em espaços

considerados como show de calouros, mas, sim, o de se compreender o quanto a

familiaridade que os adolescentes tem com os novos artefatos tecnológicos pode

transformar esses em grandes aliados da escola e principalmente da disciplina

História, no trato com os conteúdos.

3- AS NOVAS TECNOLOGIAS E O ENSINO DE HISTÓRIA

Antes de se pensar em utilizar a internet nas salas de aula, deve-se reportar

primeiro a utilização do computador, ainda mais da informática, para o contexto de

ensino-aprendizagem. Assim como o fenômeno da tv nas escolas, a inserção de

computadores trouxe muitas questões, dúvidas, afinal, a simples inserção dos

artefatos tecnológicos nos ambientes escolares não significa que os problemas de

ensino-aprendizagem estejam resolvidos, pois “o sucesso [...] depende de como a

tecnologia é usada. Não adianta trocar o caderno por notebook ou tablet sem ter

estratégias e conteúdo para usá-los” (GUIMARÃES, 2011, p.83).

O que se consegue perceber é que devem estar associados à introdução dos

computadores em sala de aula, planejamento e posturas metodológicas também

diferenciadas e capazes de auxiliar nesse processo, pois contrariamente ao que se

possam imaginar, os efeitos podem ser perversos. Alguns resultados de investigações

revelam essa situação.

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O Banco Mundial divulgou, no fim do ano passado, a avaliação de um programa do governo colombiano que distribuiu máquinas para 2 milhões de alunos. O impacto nas notas de espanhol e matemática foi próximo de zero. Em alguns casos, as notas até pioram depois da chegada dos aparelhos. Em 2007, uma pesquisa do Ministério da Educação do Brasil mostrou que alunos que estudaram, por três anos, em escolas com computador estavam pelo menos seis meses atrasados no aprendizado em relação aos outros (GUIMARÃES, 2011, p.83).

Um fato, contudo, é consensual: a chegada dessas novas tecnologias não

pode passar despercebida dos professores. Bittencourt (2004, p.108) argumenta

que, “os computadores revolucionaram ou estão revolucionando, mais do que a

televisão, as formas de conhecimento escolar, por sua capacidade e poder de

estabelecer comunicações mais pessoais e interativas”.

No Brasil, a entrada da informática se deu através da aprovação da lei n°

7.232, em 1984, que dispunha sobre a Política Nacional de Informática (BRASIL,

1984). A lei passava a definir de que forma o governo interviria no setor de

informática. Antes disso, outros setores, como o militar, por exemplo, buscaram estar

no “controle” da informática. Porém não buscarei aqui tratar disto profundamente. Na

verdade a lei de informática visava mais o crescimento econômico do país,

especificamente da indústria. Contudo, com a necessidade de “formar os recursos

humanos altamente capacitados para o sistema de ciência e tecnologia” (PIRAGIBE,

1986, p. 110) foram escolhidas as universidades para tal papel.

Como forma de contribuir nesta perspectiva, o setor da educação foi escolhido como um dos prioritários para a garantia da Política Nacional de Informática. A partir daí, surge um novo capítulo na história da educação brasileira, caracterizada por ações do governo federal visando levar computadores às escolas públicas de educação básica, constituindo assim, a política brasileira de Informática Educativa. (OLIVEIRA, 2003, p. 27.)

Como passo oficial para que se levassem computadores às escolas públicas

foi criado o projeto EDUCOM – Educação com Computadores – que foi definido pelo

MEC desta forma:

Um experimento de natureza intersetorial de caráter essencialmente educacional, onde cada entidade pública federal participa, não apenas custeando parte dos recursos estimados, mas também acompanhando o seu planejamento, a sua execução e avaliação, de acordo com a sua vocação institucional, conjugando esforços para garantia de maior impacto dos objetivos pretendidos. (FUNTEVÊ 1985, p. 11-12).

Este projeto foi aplicado em cinco Universidades dos estados de São Paulo,

Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pernambuco. A partir daí vários

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outros passos foram dados e outros projetos criados visando cada vez mais uma

definição de como se utilizaria computadores nas escolas.

Voltando agora para a perspectiva do ensino de história, a informática

juntamente com a internet, ou seja, as novas tecnologias, tem se constituído como

ferramenta para professores da área. É claro que a utilização destes requer muitos

cuidados, pois segundo Bittencourt “Utilizar as informações da mídia televisiva ou as

provenientes da internet é fundamental na escola, mas o risco de, por conta disso, se

criar pessoas alienadas não pode ser ignorado” (BITTENCOURT, 2004, p.109).

Bittencourt ainda salienta que o uso das diversas tecnologias da constituição

de uma cultura de massa pode gerar uma formação cultural alienante e submissa a

determinados interesses, em sintonia com a lógica consumista e produtora de

comportamentos individualistas e alta competitividade. Isso nos leva a concordar que

“torna-se fundamental o cuidado com o método de leitura dos meios de comunicação

e do uso da informática, de maneira que se propicie uma análise crítica das

informações e do próprio suporte de comunicação” (BITTENCOURT, 2004, 109).

Não podemos também deixar passar despercebido outro problema apontado

por Bittencourt. Este estaria relacionado às “desigualdades das condições de trabalho

e da realidade escolar brasileira”. Segundo ela,

o uso de computadores, notadamente, pode transformar-se em mais um meio para erguer barreiras entre os que têm acesso a esses produtos e os demais alunos das precárias escolas públicas das periferias das grandes cidades a das áreas mais carentes do país ( BITTENCOURT, 2004, p. 110).

Esta realidade não difere muito da escola em que foi desenvolvida esta

pesquisa, pois há uma diversidade considerável entre os conhecimentos dos alunos

referentes às novas tecnologias. Há alunos com um alto nível de conhecimento e

disponibilidade para acesso as novas tecnologias, da mesma forma que existe um

número bem maior de alunos que não dispõe de nenhum acesso fora da escola a

essas novas tecnologias.

Mesmo frente a tantos dilemas na utilização da internet para o ensino de

história, existem sim várias maneiras de utilizá-las para um melhor aprendizado do

aluno.

Existem muitas possibilidades de integração e envolvimento com essa ferramenta, como acesso a uma riqueza de recursos que são os sons e as imagens, possibilitando maiores explorações e integrações de ideias por parte dos alunos nas questões conceituais. E ainda mediação nos papéis

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dos professores e métodos de ensino, bem como a facilitação na busca de dados de natureza histórica, direcionando-se nas propostas da concepção da “História Nova”. (FRANÇA; SIMOM, [2009?], p.8).

Fazendo coro com as propostas acima citadas, Figueiredo (1997) diz que a

“utilização de programas, onde a forma de navegação depende exclusivamente do

usuário, a linearidade da informação imposta pelo livro é eliminada e o ensino,

individualizado, segundo as necessidades de cada educando”.

Há ainda outras maneiras de se apropriar da internet para o ensino de história.

O computador deve ser utilizado de maneira muito criativa, através de pesquisas em sites[...], como visitas em museus, consulta a arquivos históricos, propiciando momentos jamais alcançados anteriormente e transformando a disciplina de história dinâmica e atrativa. Assim o aluno tem condições de entrar em contato com outras pessoas, trocar experiências, construir conceitos coletivamente, a partir do contato com diversos sujeitos, onde o virtual invade as emoções e domina as curiosidades”. (FRANÇA; SIMOM, [2009?], p. 8).

Desta forma, notamos que as possibilidades de uso das novas tecnologias no

contexto do ensino são inúmeras e mais especificamente no de História, cabendo ao

professor, contudo, o direcionamento necessário, já que muitas escolas já possuem

os recursos para que os alunos se beneficiem desta ferramenta.

4- O USO DA INTERNET E A REALIDADE ENCONTRADA

O Colégio Estadual Josevaldo Lima, lócus de realização da nossa pesquisa,

está situado no povoado de Saco do Correio, na zona rural do município de

Serrinha. O colégio, comparado com outros da mesma rede, possui uma ótima

estrutura física, o que inclui uma quadra de futsal, um laboratório de informática com

18 equipamentos e que permite, também, o acesso à internet, Tv, e uma biblioteca.

Possui, também, doze salas de aula, 26 professores e 446 alunos divididos entre os

turnos matutino e vespertino.

Do quantitativo de professores que compõem o quadro de profissionais da

escola, 90% deles tem formação superior e os demais estão inclusos na categoria

de estagiários e que prestam, via contratos, serviços ao Colégio. Além disso, o

Colégio tem uma diretora, e um vice diretor. Na secretaria da referida instituição

trabalham três profissionais em cada turno e que dão suporte às atividades didático-

pedagógicas do Colégio.

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Foto 1- Fachada do Colégio Estadual Josevaldo Lima.

Fonte: Nuadson Herculano dos Santos

Foto 2- Laboratório de Informática do Colégio Estadual Josevaldo Lima.

Fonte: Nuadson Herculano dos Santos.

Foi nos espaços do Colégio Estadual Josevaldo Lima que, depois de

autorizados, realizamos a nossa investigação. Utilizando-nos, incialmente, dos

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questionários3, selecionamos alunos da 6ª, 7ª e 8ª séries, correspondendo

respectivamente aos 7º, 8º e 9º ano do ensino fundamental. Além desse universo

para amostragem, ampliamos o mesmo com a inclusão de alunos do 2º ano do

ensino médio. 4

Uma das questões iniciais versava sobre a existência ou não de

computadores na escola e se os mesmos tinham conexão com a internet. Nesse

quesito, todos os entrevistados confirmaram a existência do laboratório na escola,

entretanto, não souberam precisar o número de máquinas existentes. Quanto ao

número de computadores no laboratório, as respostas dos alunos mostraram que

nenhum deles sabia exatamente quantos computadores existiam no laboratório.

Chama-nos atenção esse fato, pois se a utilização dos laboratórios é feita

com frequência, conhecer o número de equipamentos disponíveis parecia-nos ser

algo natural para os frequentadores do laboratório, fato que não veio acontecer, o

que nos leva a inferir pela pouca familiaridade dos alunos com o espaço e

equipamentos em questão.

Essa pouca familiaridade por nós referida pode ser constatada pelo

percentual de alunos que acorrem ao laboratório semanalmente. 80% deles afirmam

que vão lá somente uma vez por semana, sendo que desse universo, 90%

salientaram que, geralmente, demoravam em média, menos de cinquenta minutos5

dentro do laboratório.

3 Foram elaboradas 13 (treze) questões para serem respondidas pelos alunos selecionados, sendo

duas delas abertas e as demais objetivas. 4 Vale salientar da dificuldade encontrada para aplicação dos questionários, visto que se aproximava

o fim do ano letivo, e a escola estava movimentada para a realização da feira de conhecimento. A agitação e falta de tempo dos professores foi um fator que implicou em algumas dificuldades. 5 Utilizamos cinquenta minutos, pois é a carga de uma hora aula nas escolas públicas do Estado da

Bahia.

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Gráfico 1- Frequência ao Laboratório de Informática.

Fonte: Alunos do Colégio Estadual Josevaldo Lima. Elaboração: Nuadson Herculano dos Santos.

A partir desses dados alguns questionamentos podem ser levantados, como

por exemplo: em menos de cinquenta minutos o acesso do aluno à internet é

suficiente para interagir com o mundo virtual e estabelecer correspondência com os

assuntos debatidos em sala de aula?

Nas idas e vindas que o aluno do Colégio Estadual Josevaldo Lima faz ao

Laboratório de Informática geralmente eles são acompanhados por um professor de

uma determinada disciplina e que fica responsável pela turma. Isso, pelo menos, foi

o que tivemos condições de aferir quando questionamos aos mesmos acerca de

quem os acompanhava no momento de ir ao Laboratório. Outra parte de alunos

respondeu que era acompanhada por um funcionário, o que indica uma atuação por

certa autonomia por parte dos mesmos, ou seja, não fica somente à espera do

professor para que o mesmo os acompanhe, num determinado momento, ao

laboratório.

O acesso à internet, como inclusive já foi citado acima, é disponibilizado pelo

Colégio, pois 90% dos entrevistados confirmaram ter acesso à mesma no

Laboratório de Informática e o restante, cerca de 10% disseram não ter acesso a

essa ferramenta.

Neste momento da pesquisa nos perguntamos por que esses 10%

responderam não ter acesso à internet no laboratório da escola, sendo que o mesmo

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é disponibilizado naquele espaço. Seria a falta de conhecimento em manusear com

esta ferramenta que os leva a não fazer uso da mesma?

Mas, de posse desses resultados, algumas indagações devem ser feitas, tais

como: se o aluno não é familiar com a internet, mas esse mesmo aluno frequenta

um laboratório, dentro da escola, e que lhe possibilita esse contato, por que o

professor responsável pelo acompanhamento desse aluno a esse ambiente não

propicia um novo conhecimento para esse aluno ensinando-lhe como ter contato

com os recursos da WEB?

A falta de conhecimento pode ser considerada em razão da carência

financeira da maioria dos alunos que frequentam o Colégio Estadual Josevaldo

Lima. É bom lembrar, conforme relatamos acima, que essa Unidade Escolar está

localizada e atende uma grande parte de alunos oriundos da zona rural do município

de Serrinha, portanto, alunos que tem dificuldade em ter acesso a uma lanhouse

para, consequentemente, acessar a internet.

A familiaridade com os recursos da internet pode ser comprovada pelo gráfico

abaixo, entretanto, mostra que uma parcela que consideramos elevada não

consegue ter contato mais intenso, pois ficou caracterizado que 40% dos alunos do

Colégio Estadual Josevaldo Lima só tem acesso à internet na escola. Esse

percentual, para os dias atuais, pode ser considerado como extremamente elevado.

Para aqueles que acessam a internet, os números revelam um pouco das

condições sócio econômicas dessa fatia de alunos. Quase metade deles acessa a

internet na casa de amigos, o que se por um lado revela a intensificação da

solidariedade, por outro lado demonstra também a falta de condições em adquirir um

equipamento ou mesmo de pagar pelo serviço numa lanhouse.

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Gráfico 2- Acesso à internet fora da escola.

Fonte: Alunos do Colégio Estadual Josevaldo Lima. Elaboração: Nuadson Herculano dos Santos.

Em se tratando das condições socioeconômicas Pretto (2006, p. 16) aponta

para o aprofundamento do fosso entre pobres e ricos.

De novo, corremos o risco de alimentar o fosso entre pobres e ricos, já que os jovens que possuem acesso individualizado em casa – muitas vezes em banda larga – interagem plenamente om a cibercultura vivendo, em seus guetos fechados, todas as possibilidades, da cópia e manipulação de música (como os já famosos mp3 e ogg), vídeos, bate papos e sítios de toda natureza. Enquanto isso aos filhos dos pobres... aulas de informática!!!

Do universo de alunos pesquisados, 42,8% dos mesmos disseram passar

menos de uma hora acessando os conteúdos oferecidos pela internet. Levando-se

em consideração que muitos deles tem acesso a essa ferramenta através de

amigos, isso pode implicar na questão do tempo que os mesmos dispendem para

ficar à frente do computador e em contato com o mundo virtual. Por outro lado,

28,6% dos alunos entrevistados afirmaram passar mais de uma hora acessando a

internet. Complementando os dados relativos a essa questão, 14,3% afirmaram

passar mais de duas horas “surfando” nos ambientes virtuais. Mesmo percentual

para aqueles que ficam mais de três horas.

Mas, afinal de contas qual o interesse desses alunos quando estão em

contato com a internet? Um porcentual elevadíssimo, em torno de 85%, disse que a

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primeira coisa que mais fazem é acessar as páginas das redes sociais como Orkut e

Facebook, além, é claro, do MSN. Os outros 15% disseram que se divertem com os

vídeos e e-mail.

O interessante desses dados é perceber que a internet pode ser utilizada para

aproximar o diálogo entre as pessoas e, como tal, incentivar a cooperação, a

solidariedade e o compartilhar das informações. É claro que muitas das vezes ela é

utilizada de forma perversa, fator que torna cada vez mais preponderante o trabalho

do professor em sala de aula no sentido de discutir com os alunos as várias facetas

desse instrumento.

Vale salientar da importância do papel do professor neste processo educativo.

O papel do professor consiste em mediar à pesquisa e a apresentação dos resultados, que pode ocorrer até em grupos. Entretanto, aparece o problema dos embasamentos teóricos e metodológicos do professor, uma vez que só orienta aquele que domina conteúdos e a prática pedagógica, caso contrário, vira uma panaceia na cabeça do docente, que ao invés de facilitar, complica mais sua vida, porque aquele que não é flexível, inovador, disposto a ouvir e trocar informações com seus alunos, bem como interagir, está simplesmente obsoleto na sociedade do conhecimento. (FRANÇA;SIMOM, [2009?], p10).

No tocante à realização de tarefas escolares, geralmente denominadas de

pesquisas, os estudantes que responderam ao nosso questionário afirmaram que o

professor que mais solicitou pesquisas na internet foi o da disciplina de Geografia,

seguidos do professor da disciplina de História. Entretanto, quando questionados

quem mais os acompanhou ao laboratório e, consequentemente, à internet, metade

dos alunos afirmou ser o professor de História e a outra metade ficou entre os

professores de Sociologia, Geografia e Filosofia.

A crença na internet como uma ferramenta que pode contribuir para o

aprendizado dos alunos é um dos motivos que faz com que as professoras

incentivem o acesso à mesma. Isso segundo a professora “deve ser proporcionado

por meio de pesquisas de conteúdos, imagens, charges, textos informativos e outros

conteúdos6”.

Quanto à frequência com que usavam o laboratório, uma professora

respondeu ir uma vez por semana e a outra três vezes por semana. O tempo médio

da primeira é de menos de uma hora e da segunda mais de uma hora. As duas

disseram utilizar-se da internet para elaborar seus planejamentos. Apenas uma

6 Relato de uma das professoras entrevistadas durante o trabalho de investigação.

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soube dizer alguns sites que indicavam para os alunos. Os sites citados foram

Historia net, Revista de História da Biblioteca Nacional e outros sites acadêmicos

com artigos relacionados aos conteúdos da disciplina.

CONCLUSÃO

Ao analisar os dados podemos perceber certa discrepância entre o que foi

relatado pelos professores e o que foi dito pelos alunos. Por exemplo, ao perguntar

informalmente aos alunos quantas vezes eles frequentavam o laboratório, alguns

alunos responderam que já tinha bastante tempo que o professor os levou, já outros

diziam nunca ter ido ao laboratório. No caso das professoras, estas relataram levar

os alunos ao laboratório no mínimo uma vez por semana.

Percebe-se, que de acordo com as professoras, a internet tem sido uma

ferramenta, com seus recursos audiovisuais como vídeos, textos, imagens e

charges, muito útil contribuindo assim para o aprendizado dos alunos referente a

disciplina história.

Entretanto, percebemos uma carência muito grande do uso da internet no

tocante à questão do planejamento. O simples pedido de uma “pesquisa” sobre

determinado tema não significa, necessariamente, que o aluno esteja usando-a de

forma adequada, afinal, utilizando-se dos recursos do computador, o aluno poderá

copiar o texto e depois colar o mesmo e imprimi-lo, portanto, a educação continuará

tão bancária quanta aquela que obriga o aluno a ouvir e copiar.

Isso nos remete a outra questão, qual seja a da formação dos professores. É

preciso que os currículos dos cursos de formação de professores estejam abertos a

essas novas perspectivas e diálogos proporcionados pelas tecnologias. Um

professor com uma formação que contemple, também, o universo tecnológico,

saberá como orientar melhor os seus alunos em sala de aula e tornar cada vez mais

possível o encontro, não somente no laboratório de informática, do ensino de história

e da internet.

Page 17: Ensino de história e internet onde os mesmos se encontram.pdf.

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REFERÊNCIAS

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de história: fundamentos e

métodos. São Paulo: Cortez, 2004. (Coleção docência em formação. Série ensino fundamental). BRASIL. Lei nº 7.232/84, de 29 de outubro de 1984. Dispõe sobre a Política Nacional de Informática, e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, n. 248, 30out. 1984. Seção 1, p. 15.841. Disponível em: http://www.sefaz.am.gov.br/areas/opcaosistemas/silt/normas/Legisla%C3%A7%C3%A3o%20Federal/Lei%20Federal/Ano%201984/Arquivo/LF%207232%2084.htm. Acesso em: 30. Set. 2011. CARVALHO, Ana Maria Pessoa de (Org.). Ensino de História. São Paulo, Cengage

Learning, 2010. (Coleção ideias em ação). FIGUEIREDO, Luciano. História e Informática: o uso do computador. In: CARDOSO, Ciro F. e VAINFAS, Ronaldo (Org.). Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997. FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história: experiências, reflexões e aprendizados. 2. ed. Campinas, SP: Papirus, 2003. FRANÇA, Cyntia Simioni. SIMOM, Cristiano Biazzo. Como conciliar ensino de história e novas tecnologias?. Londrina, [2009?]. Disponível em

http://www.uel.br/eventos/sepech/arqtxt/resumos-anais/CyntiaSFranca.pdf. Acesso em

11/11/2011. FREIRE, Paulo; FAUNDEZ, Antonio. Por uma pedagogia da pergunta.6.ed. Rio de

Janeiro: Paz e Terra, 1985. (Coleção Educação e comunicação). FUNTEVÊ. Educação e informática 1: O projeto Educom – Ano 1. Rio de Janeiro,

Funtevê, 1985. GUIMARÃES, Camila. A lição digital: do computador à lousa digital, pesquisas inéditas mostram quando e como a tecnologia realmente funciona na escola. Época. São Paulo, n.683, p. 80-88, 20 jun. 2011.

Page 18: Ensino de história e internet onde os mesmos se encontram.pdf.

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MENDES, Murilo. A História no Curso Secundário. São Paulo: Gráfica Paulista, 1935, p. 41. NADAI Elza. O ensino de História no Brasil: trajetórias e perspectivas. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 13, nº 25/26, p. 143-162, set. 92/ago. 93.

OLIVEIRA, Ramon de. Informática educativa: os planos e discursos à sala de aula. 8.ed. Campinas, SP: Papirus, 2003. PIRAGIBE, Clélia Virgínia. Avaliação e perspectiva da política brasileira de informática: um estudo comparativo. Rio de Janeiro, IPEA/INPES, 1986.

PRETTO, Nelson de Luca. Políticas públicas educacionais no mundo contemporâneo. Liinc em revista, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, mar. 2006. Disponível

em: http://www.ibict.br/liinc. Acesso em 21/02/2012. SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo:

Scipione, 2004. (Pensamento e ação no magistério).

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ANEXOS

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV- CONCEIÇÃO DO COITÉ.

COLETA DE DADOS PARA ELABORAÇÃO DE TCC.

Questionário

1- Na escola onde você estuda existe laboratório de informática?

a)sim ( )

b)não( )

2- Quantos computadores existem no laboratório de informática da sua escola?

( )mais de 10

( )mais de 20

( )mais de 30

( )menos de 10

3- Com que frequência você utilizava o laboratório de informática?

( )uma vez por semana

( )duas vezes por semana

( )três vezes por semana

( )mais de três vezes por semana.

4- Cada vez que você visitava o laboratório, você ficava por lá...

( )menos de 1 hora

( )mais de 1 hora

5- Geralmente, às vezes que você visitava o laboratório de informática da sua escola, você

( )era acompanhado por um professor

( )era acompanhado por um funcionário da escola

( )não era acompanhado nem por professores e nem por funcionários

6- No laboratório você tinha acesso à internet?

( )sim

( )não

7- Fora da escola, você costuma usar a internet?

( )sim

( )não

8- Caso você tenha respondido sim para a pergunta acima (7), onde você costuma usar a

internet?

( )na casa de amigos

( )lan house

Page 21: Ensino de história e internet onde os mesmos se encontram.pdf.

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( )na minha casa

9- Quando você usa a internet, o que você faz primeiro?

( )olha o Orkut/Facebook

( )olha o email.

( )faz pesquisas.

10- Com qual frequência você usa a net por dia?

( )mais de uma hora

( )menos de uma hora

( )mais de 2 horas

( )mais de três horas

11- Cite três coisas que mais lhe atrai na internet.

_____________________________________

_____________________________________

_____________________________________

12- Qual das disciplinas abaixo o professor já solicitou a realização de pesquisas na net?

( )Física

( )História

( )Matemática

( )Geografia

( )Língua Portuguesa

( )Artes

( )Biologia

13- Durante o ano letivo de 2011, qual o professor (e de qual disciplina) que mais lhe fez

trabalhos com você no laboratório de informática da sua escola?

_____________________________________/________________________________

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS XIV- CONCEIÇÃO DO COITÉ.

COLETA DE DADOS PARA ELABORAÇÃO DE TCC.

1- Na escola onde você TRABALHA existe laboratório de informática?

a)sim ( )

b)não( )

2- Quantos computadores existem no laboratório de informática da sua escola?

( )mais de 10

( )mais de 20

( )mais de 30

( )menos de 10

3- Com que frequência você utiliza o laboratório de informática DA ESCOLA ONDE VOCÊ

TRABALHA?

( )uma vez por semana

( )duas vezes por semana

( )três vezes por semana

( )mais de três vezes por semana.

4- Qual o tempo médio que você costuma ficar no laboratório de informática da sua escola

cada vez que você o visita?

( )menos de 1 hora

( )mais de 1 hora

5- No laboratório de informática da sua escola é possível acessar a internet?

( )sim

( )não

6- Quando do seu planejamento, você utiliza a internet para auxiliá-lo (a)

( )sim

( )não

7- Se você costuma indicar algum site para os seus alunos relacione abaixo:

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

8- Você acredita que a internet pode contribuir para o ensino da disciplina história? De que

forma?______________________________________________________________________

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