ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO FUNDAMENTA Anos Iniciais · são marcantes as influências da arte...
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5-º ano ENSINO FUNDAMENTAL
Anos Iniciais
Curitiba — 2020
Maíra Weber
ENSINO FUNDAMENTAAnos Iniciais
Arte
Para visualizar este livro em formato digital, digite no site
http://maiscores.editorapositivo.com.br/ a chave de acesso que está localizada na primeira página do livro de Língua Portuguesa.
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) (Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
©Positivo Soluções Didáticas Ltda., 2020
W373 Weber, Maíra.
Mais cores : solução educacional : 5º. ano : arte / Maíra Weber ; ilustrações Babi W. Steinberg, Cacá França, Elias Aleixo Dalhke . – Curitiba : Positivo Soluções Didáticas, 2020.
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ISBN: 978-65-81560-06-5 (Livro do aluno) ISBN: 978-65-81560-05-8 (Livro do professor)
1. Educação. 2. Arte. 3. Ensino fundamental. I. Steinberg, Babi W. II. França, Cacá. III. Dalhke, Elias Aleixo. III. Título.
CDD 370
Diretor-GeralDaniel Gonçalves Manaia Moreira
Diretor EditorialJoseph Razouk Junior
Gerente EditorialJúlio Röcker Neto
Gerente de Produção EditorialCláudio Espósito Godoy
Coordenação EditorialSilvia Eliana Dumont
Coordenação de ArteElvira Fogaça Cilka
Coordenação de IconografiaJanine Perucci
AutoriaMaíra Weber
EdiçãoAnparo – Consultoria Pedagógica Ltda.
RevisãoAnparo – Consultoria Pedagógica Ltda.
Edição de ArteBianca Propst
Marcelo de Oliveira
Projeto GráficoFlávia Vianna
Imagens: ShutterStock/Penguin_house; Shutterstock/Faenkova Elena
EditoraçãoYAN Comunicação
IlustraçõesBabi W. Steinberg, Cacá França,
Elias Aleixo Dalhke
Pesquisa IconográficaGraziela Zilli Braga
Engenharia de ProdutoSolange Szabelski Druszcz
ProduçãoPositivo Soluções Didáticas Ltda.
Rua Major Heitor Guimarães, 174 – Seminário80440-120 – Curitiba – PR
Tel.: (0xx41) 3312-3500Site: www.editorapositivo.com.br/maiscores
Impressão e acabamentoGráfica e Editora Posigraf Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 431/500 – CIC81310-000 – Curitiba – PR
Tel.: (0xx41) 3212-5451E-mail: [email protected]
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Babi W. Steinberg. 2016. Técnica mista.
ARTE
SUMÁRIO
1. Ponto, linha, plano e volume 5Ponto e linha ........................................................................................ 6Plano e volume .................................................................................... 10
2. Leitura de imagem 13Apreciação de uma obra de arte ................................................... 14
3. Equilíbrio 18Simetria .................................................................................................. 19
4. Proporção 25Tridimensional ..................................................................................... 26
5. Festas populares brasileiras 31Brasil em festa ...................................................................................... 32Festa Junina .......................................................................................... 33Carimbó ................................................................................................. 44Folia de Reis .......................................................................................... 49Bumba Meu Boi ................................................................................... 55
6. Fazendo teatro 61Dramaturgia ......................................................................................... 62
Cacá França. 2016. Recorte de papel.
1. Ponto, linha, plano e volume
QUAL É A IDEIA?
» Você se lembra de que já estudamos sobre a linha em anos anteriores?
» Você acha que a linha é um elemento importante para fazer obras de arte visuais?
» Observe como o artista Pablo Picasso utilizou linhas para criar as compo-sições a seguir. Que tipos de linha ele utilizou?
PICASSO, Pablo. Esboço para a capa da partitura Ragtime, de Igor Stravinski: violinista e tocador de banjo. 1919. 1 nanquim e lápis. Museu Picasso, Barcelona.
PICASSO, Pablo. Pierrô e Arlequim. 1 lápis. Catálogo Zervos.
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PARA APRENDER
Ponto e linha
A linha é uma marca contínua, sem dimensão específica. Sua principal característica é definir as formas.
PICASSO, Pablo. Estudos para Mercure. 1924. 1 pastel e lápis. Catálogo Zervos.
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Observe mais uma obra de Picasso. Que tipos de linha você consegue identificar nesta imagem?
Tente seguir o traçado de Picasso sem tirar o lápis do pa-pel e converse com o professor e os colegas sobre quais seriam os pontos inicial e final da obra.
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Ensino Fundamental 5o. Ano
1 Inspire-se nas obras de Picasso feitas com linhas e, sem tirar o lápis do papel, crie um desenho no espaço a seguir.
ATIVIDADES
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2 Agora, crie desenhos a partir das linhas ilustradas abaixo.
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3 Desenhe uma linha com as características que preferir. Em seguida, troque livros com um colega para que ele continue seu desenho e você o dele.
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Plano e volume2
PARA APRENDER
O plano é a superfície com apenas duas dimensões, largura e altura, sem profundidade.
O que caracteriza o volume é a existência de três dimensões: altura, largura e profundidade. As esculturas são tridimensionais, por isso têm volume.
Esculturas de Pablo Picasso em exposição no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, Estados Unidos
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Observe as esculturas que representam bustos e tente reproduzir as ex-pressões faciais delas. Perceba, por exemplo, se a boca e os olhos estão abertos ou fechados.
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» Pablo Picasso fez esculturas utilizando diferentes materiais. Modelou em gesso, esculpiu em madeira, recortou diferentes materiais e utilizou formas de bolo, sapatos velhos, peneiras, banco de bicicleta, bolinhas de pingue-pongue, carrinhos de brinquedos, entre outros.
a) Agora, reúna-se com os colegas e, juntos, criem um busto com materiais de sucata. Depois, deem um título para a obra. Registre os materiais que vocês utilizaram.
b) Desenhe a escultura que vocês construíram.
ATIVIDADES
De frente
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Mais Cores Arte
Pablo Picasso nasceu em 1881, em Málaga, Espanha. Considerado por muitos estudiosos o maior pintor do século XX, iniciou seus estudos na Escola de Belas Artes de São Fernando, em Madri. Em 1900, instalou
seu ateliê em Paris. Oito anos depois, tornou-se líder do movimento cubista, com seu amigo Georges Braque. Nos anos seguintes, seus trabalhos passaram por di-versas transformações. Em 1937, pintou sua obra mais famosa, Guernica. Desse período em diante, Picasso tornou-se um artista muito prestigiado. Em 1958, pintou um painel para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a Unesco. Em 1959, retirou-se para o Castelo de Vauvenargues, próximo de Aix-en-Provence, na França. Picasso também foi escultor, desenhista, gravador e ceramista. Em suas esculturas, são marcantes as influências da arte primitiva africana, da arte pré-colombiana e do estilo clássico. Morreu em 8 de abril de 1973, em Mougins, Riviera Francesa.
UM POUCO MAIS
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De trás
2. Leitura de imagem
QUAL É A IDEIA?
» Vamos aprofundar o que já estudamos sobre ritmo, cor, luz e sombra?
» Tente perceber de que modo cor, luz e sombra aparecem nas obras abaixo. Converse com os colegas sobre suas observações.
MURILLO, Bartolomé Esteban. Meninos jogando dados. [1675-1680]. 1 óleo sobre tela, color., 146 cm × 108,5 cm. Antiga Pinacoteca, Munique, Alemanha.
MANET, Édouard. As bolas de sabão. 1867. 1 óleo sobre tela, color., 100,5 cm × 81,4 cm. Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal.
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Apreciação de uma obra de arte
PARA APRENDER
Uma obra de arte pode representar muitas coisas, entre elas, o fragmento de um período histórico. Analisando muitas obras de arte de um mesmo pe-ríodo, podemos reunir todos os fragmentos e, assim, ter uma ideia do todo, ou seja, conhecer como era o jeito de pensar e agir no mundo no período em que as obras foram feitas.
Não existe um único caminho para apreciar ou interpretar um objeto artís-tico. O roteiro a seguir sugere alguns “olhares” que podemos lançar sobre uma obra de arte.
Cinco olhares
1. Observe a obra.
2. Perceba os elementos que delineiam a obra, como linhas, volumes, cores e texturas, ou seja, seus elementos formais.
3. Identifique outros elementos relacionados à obra, como título, tema, vida do artista, contexto his-tórico, crítica, etc., pois eles ajudam a entender a men-sagem que ela transmite.
4. Procure visualizar a organi-zação dos elementos formais na obra, como eles dão a ela ritmo, proporção, simetria, profundidade, sensação de movimento, etc., e como eles contribuem para expressar a ideia da obra.
5. Ao interpretar a obra, procure integrar todos esses elementos predominantes nela. Lembre--se de que uma obra de arte é aberta, ou seja, permite mais de uma interpretação.
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1 Observe a obra a seguir utilizando os cinco olhares sugeridos anteriormente. Depois, escreva suas impressões sobre ela.
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DA PAZ, Rosa Maria. Barquinhos de papel. 1 técnica mista, 70 cm × 140 cm.
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2 Observe mais uma obra a seguir utilizando os cinco olhares sugeridos ante-riormente. Depois, escreva suas impressões sobre ela.
COURBET, Gustave. O homem desesperado. [1843-1845]. 1 óleo sobre tela, color., 45 cm × 54 cm. Coleção particular.
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3 Courbet pintava expressões que observava no dia a dia. Você já observou a expressão de alguma pessoa que te chamou a atenção? Desenhe o rosto com o sentimento que você escolheu representar.
a) Agora, crie um título para sua produção.
b) Troque livros com um colega e para que ele preencha as linhas a seguir.
Eu vejo
Eu sinto
3. Equilíbrio
QUAL É A IDEIA?
» Você sabe o que é equilíbrio em uma obra de arte?
» Observe a obra de Alexander Calder.
Nesse móbile, o artista trabalha o delicado equilíbrio e o movimento das formas de metal ao reproduzir a imagem de uma armadilha de lagostas, de um peixe colorido e, aparentemente, do esqueleto de outro peixe. Esses elementos se movem de maneira independente, lentamente, apenas com as correntes de ar do ambiente.
CALDER, Alexander. Armadilha de lagosta e cauda de peixe. 1939. 1 arame de aço e chapa de alumínio pintada, 2,60 m × 2,90 m. Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, Estados Unidos.
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Simetria
PARA APRENDER
A simetria é uma das formas de atribuir equilíbrio a uma composição que transmite a sensação de estabilidade. Para saber se um forma é simétrica ou não, devemos identificar seu eixo – linha imaginária ou concreta que divide uma forma em partes iguais. Os eixos podem estar nas posições horizontal, vertical, diagonal ou inclinada (conforme você pode observar nas figuras dos quadrados a seguir).
Pirâmide de Kukulcán, nas ruínas de Chichén Itzá, México Torre de Pisa, Itália
A percepção das formas é um fenômeno que leva os seres humanos a reconhecer ime-diatamente se há equilíbrio ou instabilidade em uma composição visual. Quando um con-junto se apresenta em equilíbrio, nosso cérebro registra estabilidade; caso contrário, indica que há algo fora do lugar, ou seja, que as forças de atração visual não estão se compensando.
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Observe a simetria nas imagens a seguir.
Taj Mahal, Agra, Índia
Museu Paulista da Universidade de São Paulo, mais conhecido como Museu do Ipiranga
Cristo Redentor, Rio de Janeiro, Brasil Torre Eiffel, Paris, França
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1 Escolha uma imagem de revista ou jornal que tenha simetria e recorte-a, acompanhando eixo, em duas partes.
Escolha uma dessas partes e cole-a no espaço abaixo. Em seguida, complete a imagem com um desenho, criando equilíbrio e simetria.
ATIVIDADES
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2 Observe um elemento da natureza que seja simétrico. Depois identifique seu eixo de simetria e desenhe o objeto aqui.
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Alexander Calder criou estruturas em que o equilíbrio acontece tanto na forma visual quanto na forma física. Os pesos visuais em suas composições são distribuídos de maneira que, mesmo em movimento, o conjunto permaneça perfeitamente estável.
UM POUCO MAIS
O estadunidense Alexander Calder (1898-1976) foi um artista que se dedicou à forma e ao equilíbrio. Com chapas metálicas e arame, criou escul-turas em movimento, conhecidos como móbiles. Calder estudou Engenharia no Stevens Institute of Technology, em Nova Jérsei, e, em seguida, frequen-tou a Art Students League, em Nova Iorque. Foi muitas vezes a Paris, onde manteve contato com Piet Mondrian, Joan Miró, Jean Arp, Fernand Léger – artistas que influenciaram sua obra. O foco do trabalho de Calder está no movimento associado ao equilíbrio.
CALDER, Alexander. [Sem título]. 1939. 1 arame de aço e chapa de alumínio pintada, color., 37,1 m × 22,8 × 27,5 cm. Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, Estados Unidos.
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1 Inspire-se nos móbiles de Calder e crie um móbile com a turma para expor na sala de aula.
2 Registre, por meio de desenho, como ficou o móbile da turma.
ATIVIDADES
4. Proporção
QUAL É A IDEIA?
» Você já ouviu falar sobre proporção?
» Converse com os colegas e responda: você acha que as proporções dessa obra de Candido Portinari correspondem à realidade?
O artista brasileiro Candido Portinari (1903-1962) retratou temas como a fome, a miséria, a mortalidade, a seca e o trabalho, utilizando tamanhos e formas desproporcionais, que não correspondem à realidade.
PORTINARI, Candido. Lavrador de café. 1934. 1 óleo sobre tela, color., 100 cm × 81 cm. Museu de Arte de São Paulo, Brasil.
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Tridimensional
PARA APRENDER
Proporção é a relação entre as partes e o todo que provoca um sentimento estético de equilíbrio.
CÓPIA romana de Afrodite de Cápua, de Lísipo. Séc. II d. C. 1 esculture mármore, 120 cm. Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, Itália.
O escultor grego Lísipo criou uma regra de proporção de uma escultura da figura hu-mana (cânone das oito cabeças) segundo a qual o corpo deve ser dividido em oito partes de altura igual à de sua cabeça.
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1 Observe as imagens das esculturas e relacione, nas linhas da próxima página, o que elas têm em comum e no que se diferenciam.
ATIVIDADES
BOCCIONI, Umberto. Formas únicas de continuidade no espaço. 1913. 1 escultura em bronze, 111 cm de altura. Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, Estados Unidos.
DEGAS, Edgar. A Pequena Dançarina de Quatorze Anos. 1879-1881.
1 escultura de cera, 98 cm. Galeria Nacional de Arte, Washington, D.C.
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28 VITÓRIA de Samotrácia. [ca. 190 a.C]. 1 escultura em mármore,
275 cm de altura. Museu do Louvre, Paris, França.
CLAUDEL, Camille. A velha Hélène. [ca. 1864-1943]. 1 escultura em terracota, 28 cm × 20 cm × 18,5 cm. Museu Camille Claudel, Nogent-sur-Seine, França.
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2 É hora de modelar! Mas antes é preciso preparar a argila ou massa de modelar.
Materiais
» argila (ou massa de modelar)
» instrumentos, como palito de sorvete e tampa de caneta
Como fazer
1. Retire a argila da embalagem e comece a amassar até que ela fique macia. Se necessário, acrescente um pouco de água limpa. Cuidado para a argila não ficar muito mole.
2. Depois de bem amassada, prepare a base de sustentação do trabalho. Você pode utilizar um pedaço de papelão resistente ou um pedaço de madeira. Forre esse suporte com jornal.
3. Planeje a forma que deseja modelar. É importante saber que todas as formas podem ser modeladas a partir de formas básicas.
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a) Agora, faça um esboço do que você pretende modelar.
b) Depois que a escultura estiver pronta, faça um desenho dela.
5. Festas populares brasileiras
QUAL É A IDEIA?
» Observe as imagens. Você conhece estas festas populares ?
» Quais festas populares são comemoradas na cidade onde você mora?
Folia de Reis: festa folclórica de origem
católica
Bumba Meu Boi: dança do folclore brasileiro com personagens humanos e animais
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Brasil em festa
1 Você já participou de festas populares? Descreva aquilo de que você se lembra dessas ocasiões.
2 Pergunte a pessoas mais velhas da escola ou de sua família quais são as festas que existem na comunidade onde vocês vivem. Peça a elas que descrevam como são essas festas de forma detalhada e anote tudo nas linhas a seguir.
ATIVIDADES
Há muitas festas populares por todo o Brasil: Festa Junina, Carimbó, Folia de Reis, Bumba Meu Boi, Carnaval e várias outras.
Muitas de nossas festas populares são conhecidas no mundo inteiro.
PARA APRENDER
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Festa Junina
PARA APRENDER
Nas festas populares brasileiras, além de muita diversão, existem várias linguagens artísticas.
Em uma Festa Junina, por exemplo, não falta música!
As músicas de Festa Junina são muito animadas, boas para dançar, e têm letras bem-humoradas. Você conhece alguma?
Além da música, na Festa Junina também há muita dança! Grupos de dançarinos formam as quadrilhas. Seus integrantes dançam aos pares, reali-zando uma série de movimentos ensaiados que correspondem às falas de um narrador. Por exemplo: quando o narrador diz “Olha a cobra!”, o movimento dos dançarinos representa a reação deles ao que foi falado.
Assim, os dançarinos seguem uma coreografia de gestos ritmados que representam situações divertidas: um passeio pela roça, os cumprimentos entre damas e cavalheiros, uma tentativa de se proteger da chuva ou de uma cobra, entre outras.
Algumas frases são muito usadas nas quadrilhas de todo o Brasil.
Olha o passeio na roça!
Balancê!
Damas de um lado, cavalheiros de outro.
As damas cumprimentam os cavalheiros.
Os cavalheiros cumprimentam as damas.
Olha a chuva! É mentira...
Olha a cobra! É mentira... ©Pulsar Imagens/João Prudente©Pulsar Imagens/João Prudente
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1 Pesquise algumas letras de músicas de Festa Junina e escreva aqui a que você achou mais divertida.
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2 Com os colegas, crie uma coreografia de Festa Junina. Comece inventando falas divertidas para o narrador. Escreva-as no espaço a seguir.
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3 Agora, criem os movimentos da coreografia correspondentes a cada fala do narrador. Imaginem maneiras de representá-los e desenhem-nos no espaço abaixo, criando uma partitura.
4 Ensaiem os movimentos criados e, quando tudo estiver pronto, apresentem a dança para outras turmas.
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5 Como as pessoas que vão a uma Festa Junina se vestem? Elas usam roupas do dia a dia ou colocam alguma roupa diferente, exclusivamente para esse evento?
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6 Que outras festas você conhece em que é necessário vestir roupas especiais? Descreva uma delas nas linhas a seguir.
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ATIVIDADES
1 Observe as obras de artistas brasileiros que retrataram a Festa Junina. Depois, converse com o professor e os colegas sobre os elementos típicos desta festa e registre abaixo de cada obra.
STEFANO, Nunciata. Festa Junina. s.d. 1 óleo sobre tela, color. Coleção Jacques Ardies.
DO VALE, Rosina Becker. Festa Junina. 1993. 1 óleo sobre tela, color., 40 cm × 50 cm.
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2 Observe as silhuetas do menino e da menina a seguir. Depois, complete os desenhos com detalhes típicos de uma Festa Junina, criados com diferentes materiais.
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Além de músicas, danças, roupas, maquiagens e adereços, há outras ex-pressões da cultura do povo nas festas populares brasileiras.
Por exemplo, você já reparou que várias comidas são preparadas para as Festas Juninas? É um cardápio rico de sabores tipicamente brasileiros.
Você gosta das comidas de Festa Junina? Tem alguma preferência?
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1 Experimente a arte da culinária que faz parte da cultura popular. Peça a uma pessoa mais velha de sua família a receita de um gostoso quitute de Festa Junina. Escreva a receita no espaço abaixo e crie uma ilustração para ela.
2 Se possível, prepare esse prato com a ajuda de um adulto. Depois, leve-o para a turma experimentar.
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Outra expressão artística encontrada em várias Festas Juninas é o teatro, presente, por exemplo, na encenação do casamento caipira.
A cena varia de festa para festa. Os personagens que geralmente aparecem são o noivo e a noiva, os pais do noivo e da noiva, o padre e os padrinhos e as madrinhas. O público que assiste à apresentação normalmente é incluído na cena como convidado do casamento.
Quanto mais complicada a situação encenada (o pai da noiva pode estar obrigando o noivo a casar, mas a noiva pode se apaixonar pelo padre durante o casamento, por exemplo), mais engraçada pode ficar a cena!
1 Escreva uma cena engraçada de casamento caipira no espaço a seguir.
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2 Em grupo, escolham uma das cenas escritas pelos integrantes. Represente a cena por meio de desenhos.
3 Ensaie a cena com seu grupo e apresente-a para a turma.
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Carimbó
PARA APRENDER
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Várias danças e músicas de festas brasileiras têm origem nas manifestações culturais dos povos africanos trazidos para o Brasil como escravizados e dos povos indígenas que habitavam o território antes da chegada dos portugueses.
O Carimbó, que nasceu há cerca de 300 anos na região amazônica, onde hoje é o estado do Pará, é resultado dessa mistura de elementos africanos, indígenas e europeus.
O nome Carimbó remete à palavra curimbó, da língua tupi, que significa pau que produz som, ou seja, tambor.
Uma das músicas mais famosas do Carimbó ensina como dançar esse ritmo brasileiro.
Dança do Carimbó Dona Maria
Que dança é essa Que a gente dança só?
Dona Maria Que dança é essa?
É Carimbó, é Carimbó.
Braço pra cima, Braço pra baixo, Agora eu já sei Como é que é.
Só falta bater a mão, Batendo também o pé.
PINDUCA. Dança do Carimbó. In: ______. No embalo do Pinduca. Belém: Apce Studio, 2016.
Disponível em: <http://www.pinduca.art.br/>. Acesso em: 25 jan. 2020.
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1 Observe alguns instrumentos musicais muito usados no Carimbó. Depois ligue-os ao nome correspondente.
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2 Circule o instrumento de sopro da atividade 1. Você conhece outros instru-mentos de sopro? Converse com o professor e colegas e desenhe dois deles.
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Além do tambor, do clarinete, do ganzá e do banjo, vários outros instru-mentos são utilizados para tocar o Carimbó.
UM POUCO MAIS
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Na dança do Carimbó, as mulheres vestem saias compridas bem rodadas e os homens vestem calças de pescador.
A batida dos pés no chão marca o ritmo da música. Os dançarinos pisam para a frente e depois para trás, mexendo os quadris. Quando a música diz "bra-ço pra cima", os dançarinos levantam os braços. Quando diz "braço pra baixo", eles abaixam os braços. Em "só falta bater a mão", todos batem duas palmas. No trecho "batendo também o pé", todos batem os pés duas vezes no chão.
1 Dancem e se divirtam com o Carimbó!
2 No espaço a seguir, crie uma pauta sonora com a representação do som da batida dos pés no chão e das palmas conforme o ritmo da dança do Carimbó.
ATIVIDADES
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Ensino Fundamental 5o. Ano
Folia de ReisA festa de Folia de Reis, também conhecida como Reisado, é um folguedo do
ciclo natalino, ou seja, é a encenação do trajeto da viagem dos Três Reis Magos a Belém para visitar o menino Jesus.
Os participantes da festa juntam-se a cantores, músicos e bailarinos e passam pelas casas da cidade onde acontece a encenação, muitas vezes a cavalo. Eles cantam, dançam e pedem contribuições para os mais necessitados, portando mensagens de paz e bênçãos aos moradores.
A Folia de Reis é dividida em algumas partes:
» abertura de portas;
» entrada;
» louvação ao divino;
» chamada dos reis;
» danças;
» cantos.
» Observe as máscaras usadas na Folia de Reis. Em que outras festas fazemos uso de máscaras? Registre e desenhe um exemplo de máscara usada em uma dessas festas.
PARA APRENDER
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Os instrumentos utilizados na Folia de Reis são:
» sanfona;
» viola;
» pandeiro;
» ganzá;
» zabumba.
Sanfona
Zabumba
Viola
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Pandeiro
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Ensino Fundamental 5o. Ano
O trecho da música que você vai conhecer marca a abertura da Folia de Reis. Quando os músicos e dançarinos chegam a uma casa, seus moradores abrem as portas para que eles entrem cantando e dançando.
Reisado a São JoséÔ de casa, ô de fora, Ô de casa, ô de fora,
Maria, vai ver quem é, Maria, vai ver quem é.
Somos cantador de Reis, Somos cantador de Reis.
Quem mandou foi São José, Quem mandou foi São José.
Ô Senhor, dono da casa, Ô Senhor, dono da casa,
Alegrai seu coração, Alegrai seu coração.
SANTO, Raimundo Monte. Reisado a São José. In: ______ TATIT, Ana; LOUREIRO, Maristela. Festas e danças brasileiras. São Paulo: Melhoramentos, 2016. p. 40-41. (Brinco e Canto).
ATIVIDADES
1 Com base no que você aprendeu sobre a Folia de Reis, ilustre o texto a seguir.
Mais Cores Arte
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2 Depois de pesquisar em livros e na internet, com a turma, crie uma letra de música para uma Folia de Reis que vocês vão encenar na escola. Registre a letra final no espaço a seguir.
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3 Os músicos e dançarinos da Folia de Reis usam máscaras muito enfeitadas para brincar na festa. Observe a máscara a seguir.
Máscaras da Folia de Reis
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4 Crie uma máscara bem enfeitada para uma Folia de Reis a ser encenada na escola.
Materiais
» papel tipo cartolina
» tesoura
» tinta
» lantejoulas
» cola branca
» fitas coloridas
5 Ensaie com a turma a música que criaram, usem figurinos coloridos e as más-caras e façam uma festa na escola, dançando e cantando.
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Mais Cores Arte
6 Agora, no espaço a seguir, cole fotos do evento ou faça desenhos para registrá-lo.
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Ensino Fundamental 5o. Ano
Bumba Meu Boi
Pai Francisco e Catirina são um casal que trabalha em uma fazenda. Catirina está grávida e tem desejo de comer o boi de lá. O marido mata o boi. Quando o fazendeiro descobre, uma mágica acontece e o boi renasce. Pai Francisco e Catirina se arrependem e são perdoados. Tudo vira uma grande festa!
Bumba Meu Boi
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PARA APRENDER
A festa do Bumba Meu Boi (ou Boi de Mamão, ou Boi-Bumbá, entre outros nomes) acontece em diferentes partes do país e une teatro e música para contar uma história.
No Maranhão, a lenda do boi é assim:
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Conheça uma das músicas cantadas na festa:
UM POUCO MAIS
Vem, meu boi bonito Vem, meu boi bonito Vem, meu boi bonito,
Vem dançar agora. Já deu meia-noite,
Já rompeu a aurora. (3 vezes)
Vem, meu boi bonito, Vem, vamos embora.
Já deu meia-noite, Já rompeu a aurora. (3 vezes)
O meu boi morreu O que será de mim?
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______. Vem, meu boi bonito. In: TATIT, Ana; LOUREIRO, Maristela. Festas e danças brasileiras. São Paulo: Melhoramentos, 2016. p. 35. (Brinco e Canto).
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1 Pesquise com a turma mais informações sobre o Bumba Meu Boi e juntos criem uma coreografia para dançar a música do boi da página anterior. Registre os passos da dança e os movimentos criados no espaço a seguir.
ATIVIDADES
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2 Agora, que tal construir um boi e brincar de Bumba Meu Boi? Veja como se faz.
Materiais » 1 caixa de papelão para cada aluno
» cartolinas coloridas
» 1 caixa de sapato para cada aluno
» fita isolante
» cola branca
» tesoura
» papéis coloridos (crepom, TNT ou outros)
» fitas de cetim coloridas
Como fazer
1. Encape a caixa de sapato com um papel colorido (que será a cabeça do boi).
2. Use papéis de outras cores para fazer o nariz e os olhos do boi e cole-os na caixa.
3. Encape a caixa de papelão (que será o corpo do boi).
4. Decore seu boi de um jeito bem colorido, fazendo uma espécie de saia nele.
5. Faça duas faixas de fitas coloridas de cetim (de aproximadamente 5 cm) para que o boi possa ser pendurado em seus ombros.
6. Desenhe um par de chifres, recorte-o e cole-o na cabeça do boi.
7. Junte as partes do boi com fita isolante. Pronto! ©
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3 Faça um desenho que represente o boi que você criou, com as cores e os detalhes escolhidos. detalhes escol
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4 Agora é hora de brincar de Boi-Bumbá. Vista-se com seu boi e, com os colegas, faça a coreografia e a encenação da história do boi.
5 Depois de brincar, cole fotos da festa ou faça desenhos no espaço a seguir. g
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6. Fazendo teatro
QUAL É A IDEIA?
» Você já parou para pensar que o teatro é uma linguagem da arte que conta uma história?
» Já reparou que toda peça teatral parte de alguma situação da vida para contar algo real ou inventado?
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PARA APRENDER
Dramaturgia é o nome dado aos textos de teatro. Esses textos são escritos para serem transformados em ação, ou seja, encenados por atores.
Uma das características importantes da dramaturgia são as rubricas – textos que orientam sobre como devem ser expressas as emoções dos personagens, dão informações sobre o cenário, os figurinos e o que é pretendido em cada cena e fala. Outra marca forte dos textos dramatúrgicos são os diálogos dos personagens, ou seja, as falas.
Entra Nhô Mozarte com seu livro embaixo do braço olhando em sua volta e fala em voz alta:
Nhô Mozarte: Aqui está bem mais tranquilo. Pelo menos não tem nenhuma obra por perto, com aquele barulho danado das máquinas eu não estava conseguindo me concentrar.
(Em seguida se senta no banco da praça e começa a ler).Zé Betovi: Tchau mãe, tô indo lá na praça tocar um pouco.
(Zé Betovi caminha em direção a praça com seu violino na mão e resolve se sentar perto de uma árvore, pois o calor estava muito grande naquele dia. Nem notou a presença de Nhô Mozarte sentado no banco, entretido, lendo seu livro e começa a tocar. Quando Nhô Mozarte escuta a música, para de ler e procura ver de onde vem aquele som. Avista Zé Betovi senta-do tocando. Então se levanta devagar procurando não fazer barulho, e vai em direção a ele. Quando Zé Betovi acaba de tocar aplaude com entusiasmo, e diz:)
Nhô Mozarte: Bravo meu jovem! Que maravilha! Estou admirado de ver um garoto de sua idade tocando violino. É um instrumento que não é fácil. Os jovens assim como você, principalmente nos dias de hoje, preferem as guitarras, baterias, violão.
Zé Betovi: Obrigado. É mesmo... Eu também gosto dos outros instrumentos. Tenho violão e teclado e toco de vez em quando, mais o meu preferido mesmo é esse aqui (mostra o violino).
Nhô Mozarte: Um artista completo! (Admiração). Então se você toca violino é porque aprecia a música clássica.
Zé Betovi: Gosto. E nem tinha como eu não gostar. Lá em casa tanto meu pai como minha mãe adoram. Na verdade, eu cresci ouvindo. Meu avô, o pai de minha mãe tocava muito bem de ouvido e nem sabia ler partitura.
Conheça um trecho de um texto dramatúrgico: Zé Betovi e Nhô Mozarte.
Dramaturgia
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Mais Cores Arte
CARVALHO, Marluzi Moreira de. Zé Betovi e Nhô Mozarte. Disponível em: <https://www.teatronaescola.com/index.php/banco-de-pecas/item/ze-betovi-e-nho-mozarte>. Acesso em: 17 jun. 2019.
1 Circule no texto todas as rubricas.
2 Quais são os personagens que fazem parte deste texto dramatúrgico?
3 Escolha um diálogo do texto e insira mais algumas rubricas. Registre-as abaixo.
ATIVIDADES
Nhô Mozarte: E você? Toca de ouvido como seu avô?
Zé Betovi: Das duas formas. Minha mãe me colocou em aulas de música desde que eu era bem pequeno. Ela achou que ia ser bom pra mim. E quando eu fiz seis anos escolhi o violino.
Nhô Mozarte: Sua mãe fez muito bem. A música é importante na vida de todo mundo. Ela nos ajuda em tantas coisas... Mas me diga meu rapaz, você sabe quem é o autor da música que estava tocando há pouco?
Zé Betovi: Villa Lobos.
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4 Agora imagine o figurino dos personagens e desenhe no espaço a seguir.
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5 Em grupo, criem um texto dramatúrgico com diálogos e rubricas.
» Criem cenas para que todos os membros do grupo possam atuar como personagens.
» Registrem o texto e leiam para ver se contempla todos os itens de um texto dramatúrgico.
» Agora, encenem o texto criado.
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6 Represente por meio de desenho o cenário que você e sua equipe montaram para a apresentação da peça.
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7 Acompanhe a leitura do texto a seguir, que já foi lido em Língua Portuguesa.
[...]
– Isabel, eu mostrei à turma o retrato de sua bisavó e todo mundo começou a trazer retratos dos bisavós também. Então, resolvemos fazer uma pesquisa sobre o tempo em que eles viveram. Vamos passar algumas semanas estudando esse tempo, o final do século passado, o começo deste. Que é que você acha?
Eu estava tão feliz de ter achado o retrato de Bisa Bia que não conseguia achar nada para falar. Ainda mais agora, com essa boa ideia, de ficar sabendo montes de coisas do tempo dela, ah! Ia ser ótimo!... Foi me dando um nó na garganta, uma vontade de chorar de alegria, de emoção, sei lá, nem consigo explicar. Aí, de repente, reparei que Vítor, o novo aluno, também estava disfarçando e enxugando uma lágrima no canto do olho. Não entendi porquê. Ainda bem que Dona Sônia não esperou minha resposta nem reparou no choro do Vítor (que menino mais esquisito... será que ele nunca ouviu falar que homem não chora?) e foi começando a aula, contando que havia escravos no tempo da minha bisavó, que os escravos tinham donos, como se fossem coisas, trabalhavam a vida inteira sem descanso, não tinham salário, não tinham direitos, enfim, uma porção de coisas assim, algumas até que a gente já tinha ouvido falar, mas nunca tinha reparado direito.
De repente, quando ela perguntou se alguém tinha alguma dúvida, queria fazer uma pergunta ou algum comentário, o Vítor levantou a mão e, ainda com um jeito bem emo-cionado, começou a falar:
– Sabe, Dona Sônia, me deu um aperto no coração quando a senhora começou a falar da bisavó dela, porque eu comecei a pensar no meu avô e descobri que estou com muita vontade de falar dele. Posso?
– Claro que pode, Vítor.
– Vocês sabem que nós moramos muito tempo fora do Brasil. Por isso, eu conheci pouco o meu avô, porque ele ficou aqui. Mas o conheci muito bem. Quando nós fomos para o exílio, éramos muito pequenos e não nos lembramos de quase nada. Mas ele foi lá nos visitar algumas vezes. Depois, a gente sempre se escrevia, às vezes falava no telefone. E ele morreu enquanto nós estávamos lá longe, nunca deu para a gente curtir o avô direito, e isso dá muita saudade, muita tristeza, essa vontade de chorar, até hoje.
Puxa! Ele enxugou outra lágrima! Não tinha medo de que ninguém risse dele... Na mesma hora descobri que o Vítor era o menino mais corajoso que eu já tinha conhecido. Tinha até coragem de chorar na frente da turma toda!
Mas ele continuava:
– Lembro-me de uma noite, quando nós estávamos em Roma e ele tinha ido nos visitar. Era na véspera do embarque dele de volta para o Brasil. Maria e eu queríamos viajar com
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MACHADO, Ana M. Bisa Bia, Bisa Bel. 24. ed. Rio de Janeiro: Salamandra, 2000. p. 58-62.
ele, queríamos que papai e mamãe também voltassem para a terra da gente, estávamos todos meio tristes.... Eu não entendia direito por que não podíamos voltar. Aí vovô explicou que um dia íamos poder, mas falou que quem quer construir os tempos novos geralmente não é compreendido, é perseguido e sofre muito, e era isso que estava acontecendo com meus pais. Aí ele contou muita coisa da História do Brasil e do mundo. Disse que no tempo dele já tinha sido melhor do que no tempo do pai dele, não tinha mais escravos, os trabalhadores já recebiam salário, mas ele se lembrava de que, quando era pequeno, na cidade dele (que era cheia de fábricas), os trabalhadores ficavam nas máquinas catorze ou dezesseis horas por dia – nem lembro mais – e não podiam fazer greve também, criança pequena trabalhava, uma porção de coisas assim. Eu não lembro direito, porque isso tudo ficou muito misturado na minha cabeça, quer dizer, os detalhes da conversa, quando foi que cada coisa foi mudan-do. Conversamos muito sobre isso e não dá para lembrar tudo. Mas nunca vou esquecer o brilho dos olhos do meu avô quando me falava dessas coisas. Nem vou esquecer também que essa foi a primeira vez que eu vi meu pai chorar, enquanto escutava o papo do vovô.
Até na gente, que não era da família nem nada, estava dando uma vontade de chorar. Era só ouvir o jeito emocionado do Vítor contando essas coisas acontecidas há alguns anos numa noite fria, lá longe do Brasil, no outro lado do mar, numa conversa com um velho que não existia mais.
– Nesse dia eu entendi que vovô ia sempre existir dentro de mim – continuava ele, como se estivesse lendo meus pensamentos. – Depois de muito papo, vovô disse que cada vez nós tínhamos que fazer força para melhorar, para deixar um mundo melhor para nossos filhos, como papai fazia no trabalho de jornalista, e como mamãe fazia dando as aulas dela. Disse que estava muito orgulhoso dos meus pais e que o exílio estava sendo uma espécie de preço que a gente estava pagando para que o futuro fosse melhor, que havia muita gente pagando esse preço e outros preços mais duros ainda, mas que ia valer a pena.... Agora, quando a gente estava falando da bisavó da Isabel, fiquei com saudade do meu avô, com pena de pensar que ele morreu antes da festa da nossa volta. Mas eu vi também como, em algumas coisas, nosso tem-po já está sendo melhor do que o dele. E fiquei pensando nisso: como vai ser o mundo dos nos-sos netos? E dos nossos bisnetos? Acho que a gente podia pesquisar isso também.
Era isso o que eu queria dizer.
Disse. E sentou. [...]
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8 Depois de reler o texto (e, se possível, o livro inteiro Bisa Bia, Bisa Bel ), monte uma peça ou uma cena inspirada pela história. Você e sua turma podem conversar e resgatar um fato interessante que cada um viveu com os avós ou parentes mais velhos e criar uma sequência de cenas retratando essas histórias.
9 Escreva a cena em que você representa um fato vivido com seus avós ou pa-rentes mais velhos.
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10 Distribuam os papéis e as demais funções: maquiador, cenógrafo, figurinista, iluminador, etc. Montem a peça e convidem familiares e outras turmas da escola para assistir.
11 No espaço a seguir, cole fotos da apresentação ou represente-a por meio de desenho.
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12 Acompanhe a leitura do texto a seguir, que já foi lido em Língua Portuguesa.
A Noite dos EspetáculosA Noite dos Espetáculos só acontecia de cinco em cinco anos, quando o elefante branco
fazia aniversário.
O Rei, a Rainha e a Princesa se sentariam nos tronos para ver as danças, as acrobacias e as lutas, até chegar o elefante branco, conduzido por um menino.
O elefante branco deveria se ajoelhar diante do Grande Rei, levantar a cabeça e emitir um grito. Assim faziam os elefantes brancos desde os tempos do avô do Grande Rei.
Quando a festa começou, o Palácio parecia estar em chamas de tantas luzes. Escravos e escravas corriam de um lado para outro, trazendo ou levando coisas. Baita, com dois cães, estava ao lado do trono vazio esperando a hora de o Rei chegar.
De repente, soaram trombetas, a multidão abriu caminho e passou um elefante trazendo a Rainha. A Rainha desceu, foi até o trono e sentou.
De novo soaram as trombetas. Era o animal trazendo a Princesa para a cerimônia.
Mas algo parecia errado, ele começou a balançar, uma tragédia estava para acontecer.
Do lado do trono vazio, esperando o Rei, com um cachorro em cada mão, Baita percebeu logo o perigo. Ele conhecia os elefantes como se fosse um deles.
Percebeu que o que trazia a Princesa era uma fêmea grávida. E sabia que as fêmeas grávidas têm medo de fogo.
Desatou dos pulsos as coleiras dos cachorros e saltou para o pátio, correndo para o animal enfurecido como se corresse para seu grande destino.
A multidão tinha se afastado. Parecia que a Princesa ia cair a qualquer momento da cesta.
Baita chegou diante da elefanta, jogou-se no chão e se encolheu como um caramujo. Ela ainda se agitou um pouco. Mas logo parou e estendeu a tromba para acariciar as costas do Mestre dos Cachorros. Dava para ouvir uma mosca voar no imenso pátio do Palácio.
Tudo voltou ao normal, as pessoas voltaram a murmurar e a respirar. A Princesa desceu sob os aplausos e o som das trombetas.
Agora só faltava o Grande Rei.
Sua entrada foi precedida de acordes de música e trombetas, coros de vozes masculinas e femininas e gritos ritmados da multidão. Seu elefante era o maior de todos, um macho gigantesco que entrou majestoso no pátio. A figura do Rei estava encoberta por um véu de seda, já que era crime ver seu rosto. O Grande Rei era, sobretudo, uma voz.
E assim que se sentou no trono, a voz falou:
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Mais Cores Arte
LEMINSKI, Paulo. Guerra dentro da gente. São Paulo: Scipione, 2006. p. 61-64.
13 Depois de reler o texto, organize uma contação da história com a turma.
» Cada aluno lê um parágrafo do texto.
» Em seguida, cada um deve memorizar o trecho que leu.
» Agora, a turma narra a história novamente, desta vez, recitando o texto de cor (cada um recita o parágrafo que memorizou).
» Apresentem a narração da histórias para outras turmas.
14 Com a turma, monte uma peça que tenha um circo como tema. Aproveite para inserir cenas de palhaços, malabaristas, bailarinos e acrobatas. No espaço a seguir, desenhe a cena que você vai representar.
– Na Noite dos Espetáculos, sempre acontecem coisas. Hoje vimos um oficial da Guarda acalmar um elefante furioso. Que pode um homem contra um elefante? Um elefante é o mar, um homem é uma gota-d’água. Mas este homem pôde com um elefante. Não fosse ele, estaríamos chorando a morte da Princesa.
Este homem que tem poderes sobre os elefantes é, a partir de agora, meu novo Chefe da Guarda. Ele é agora o Mestre dos Elefantes.
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15 Agora, escreva de memória o trecho do texto que você recitou. Depois, trans-forme o trecho em um texto dramatúrgico.
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16 Acompanhe a leitura do texto a seguir, que já foi lido em Língua Portuguesa.
Piririca da Serra é uma localidade criada pela escritora de histórias infantis Eva Furnari. Nessa cidadezinha, há um jornal – o Correio de Piririca. Leia a primeira página desse jornal e saiba o que aconteceu na cidade.
FURNARI, Eva. Mundrackz. São Paulo: Ática, 1996. p. 38.
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17 Agora, que tal criar uma notícia para um telejornal? Em grupo, criem uma notícia divertida e façam uma entrevista com um possível morador de Piririca da Serra. Depois, registre o texto nas linhas a seguir e, juntos, compartilhem a entrevista criada por vocês.
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18 Montem cenas teatrais com base nas notícias do jornal criado por Eva Furnari e dos textos escritos por vocês. Depois, escolha uma cena criada para representar, por meio de desenho, o cenário, os personagens e os figurinos correspondentes.
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19 Agora, recorte de um jornal uma notícia recente sobre algum fato que seja de seu interesse e cole-a no espaço a seguir.
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20 Crie uma cena de teatro baseada na notícia que você escolheu, transforman-do-a em diálogos e rubricas. Escreva a cena no espaço a seguir. Depois, ensaie e apresente a cena aos colegas.
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21 Escreva um texto contando o que você fez em Arte durante este ano letivo. Destaque o que foi mais especial dentre tantas atividades e descobertas.
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22 Com a turma, organize uma exposição reunindo os trabalhos produzidos ao longo do ano. Escolham um dia para apresentar uma das peças criadas a fa-miliares e outras turmas da escola.
23 Para finalizar, faça uma pintura inspirada em todo o conhecimento que você adquiriu durante este ano.