Ensino Médio -...
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Aluno (a): ______________________________________________ Nº: ______
Questão 01. (Unicamp 2016) As revoluções de
independência na América hispânica foram, ao
mesmo tempo, um conflito militar, um processo de
mudança política e uma rebelião popular. (Rafael Rojas, Las repúblicas de aire. Buenos Aires: Taurus, 2010,
p. 11.)
São características dos processos de independência
nas ex-colônias espanholas na América:
a) o descontentamento com o domínio colonial e a
agregação de grupos que expressavam a
heterogeneidade étnica, regional, econômica e
cultural do continente.
b) o caudilhismo, sob a liderança política criolla, e o
discurso revolucionário de uma nova ordem
política, que assegurou profundas transformações
econômicas na América.
c) o uso dos princípios liberais de organização
política republicana e a criação imediata de
exércitos nacionais que lutaram contra as forças
espanholas.
d) a participação de indígenas e camponeses,
determinante para a consolidação do processo de
independência em regiões como o México, e sua
ausência nas ações comandadas por Bolívar.
Questão 02. (Unicamp 2014) Desde o período
neolítico, os povos de distintas partes do mundo
desenvolveram sistemas agrários próprios
aproveitando as condições naturais de seus habitats
e do conhecimento adquirido e transmitido entre os
membros da comunidade.
Assinale a alternativa que estabelece corretamente a
relação entre o povo habitante de uma determinada
área, o sistema produtivo por ele desenvolvido, as
condições naturais aproveitadas e os produtos
cultivados.
a) Egípcios; uso da irrigação e drenagem; planícies
úmidas e férteis dos rios Tigres e Eufrates; arroz e
café.
b) Incas; uso de terraços com técnicas de curvas de
nível e irrigação de vales; aproveitamento dos
altiplanos andinos; batata e milho.
c) Chineses; uso intensivo dos terraços das altas
montanhas; planalto de Anatólia no extremo leste
da Ásia; café e cacau.
d) Mesopotâmicos; uso de cultivos de inundação e de
regadio; vales férteis dos rios Ganges e Amarelo;
cana-de-açúcar e feijão.
Questão 03. (Enem 2013) O canto triste dos
conquistados: os últimos dias de Tenochtitlán
Nos caminhos jazem dardos quebrados;
os cabelos estão espalhados.
Destelhadas estão as casas,
Vermelhas estão as águas, os rios, como se alguém
as tivesse tingido,
Nos escudos esteve nosso resguardo,
mas os escudos não detêm a desolação…
PINSKY, J. et al. História da América através de textos. São Paulo:
Contexto, 2007 (fragmento).
O texto é um registro asteca, cujo sentido está
relacionado ao(à)
a) tragédia causada pela destruição da cultura desse
povo.
b) tentativa frustrada de resistência a um poder
considerado superior.
c) extermínio das populações indígenas pelo Exército
espanhol.
d) dissolução da memória sobre os feitos de seus
antepassados.
e) profetização das consequências da colonização da
América.
Questão 04. (Enem 2012) Mas uma coisa ouso
afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi
nesta terra de Veragua [Panamá] maiores indícios de
ouro nos dois primeiros dias do que na Hispaniola
em quatro anos, e que as terras da região não podem
ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se
quiserem podem mandar extrair à vontade.
Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud
AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos
anos depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado).
Disciplina:
História
Atividade Complementar Professor (a):
Data:
____/____/____
Ensino Médio
Turma: ª série___ Bimestre: º
O documento permite identificar um interesse
econômico espanhol na colonização da América a
partir do século XV. A implicação desse interesse na
ocupação do espaço americano está indicada na
a) expulsão dos indígenas para fortalecer o clero
católico.
b) promoção das guerras justas para conquistar o
território.
c) imposição da catequese para explorar o trabalho
africano.
d) opção pela policultura para garantir o povoamento
ibérico.
e) fundação de cidades para controlar a circulação
de riquezas.
Questão 05. (Uff 2010) A DESCOBERTA DA
AMÉRICA E A BARBÁRIE DOS CIVILIZADOS
– A conquista da América pelos europeus foi uma
tragédia sangrenta. A ferro e fogo! Era a divisa dos
cristianizadores. Mataram à vontade, destruíram
tudo e levaram todo ouro que havia.
Outro espanhol, de nome Pizarro, fez no Peru coisa
idêntica com os incas, um povo de civilização muito
adiantada que lá existia. Pizarro chegou e disse ao
imperador inca que o papa havia dado aquele país
aos espanhóis e ele viera tomar conta. O imperador
inca, que não sabia quem era o papa, ficou de boca
aberta, e muito naturalmente não se submeteu.
Então Pizarro, bem armado de canhões conquistou e
saqueou o Peru.
– Mas que diferença há, vovó, entre estes homens e
aquele Átila ou aquele Gengis-Cã que marchou para
o ocidente com os terríveis tártaros, matando,
arrasando e saqueando tudo?
– A diferença única é que a história é escrita pelos
ocidentais e por isso torcida a nosso favor.
Vem daí considerarmos como feras aos tártaros de
Gengis-Cã e como heróis com monumentos em toda
parte, aos célebres “conquistadores” brancos. A
verdade, porém, manda dizer que tanto uns como
outros nunca passaram de monstros feitos da
mesmíssima massa, na mesmíssima forma. Gengis-
Cã construiu pirâmides enormes com cabeças
cortadas aos prisioneiros. Vasco da Gama encontrou
na Índia vários navios árabes carregados de arroz,
aprisionou-os, cortou as orelhas e as mãos de
oitocentos homens da equipagem e depois queimou
os pobres mutilados dentro dos seus navios.
Monteiro Lobato, História do mundo para crianças. Capítulo LX
O texto de Monteiro Lobato expressa a dificuldade de
definirmos quem é civilizado e quem é bárbaro. Mas
isso à parte, pensando a atuação europeia nos
séculos XVI e XVII nas áreas americanas, um
número razoável dessas visões equivocadas
justificou o avanço espanhol e a destruição dos
astecas, maias e incas explicados por:
a) necessidades sociais impostas pelas
características culturais do território espanhol e
pela presença muçulmana que limitava as
condições de enriquecimento da monarquia,
levando à conquista da América e à constituição
de uma base política iluminista.
b) necessidades religiosas decorrentes da perda de
poder da Igreja Católica frente ao avanço das
reformas protestantes e das alianças com as
potências ibéricas para estabelecer o Império da
Cristandade, baseado na Escolástica.
c) necessidades políticas oriundas das tensões na
Península Ibérica que levaram a Espanha a
organizar o processo de conquista do Novo Mundo
como única alternativa para sua unidade política,
utilizando para isso o apoio do Papado e da França
de Francisco I.
d) necessidades econômicas provenientes da divisão
do território espanhol, fruto da diversidade
cultural e étnica, e das disputas pelo poder entre
Madri e Barcelona, ampliadas pelas vitórias
portuguesas na África e na Ásia e pelo
desenvolvimento da economia do açúcar no Brasil.
e) necessidades econômicas, políticas e religiosas
dos recém-centralizados estados modernos,
através do mercantilismo metalista que inundou a
Europa de prata e de ouro, levando em seguida a
uma revolução nos preços, que provocou inflação,
e ao avanço de novas formas de desenvolvimento
da agricultura.
Questão 06. (Enem 2010) O Império Inca, que
corresponde principalmente aos territórios da
Bolívia e do Peru, chegou a englobar enorme
contingente populacional. Cuzco, a cidade sagrada,
era o centro administrativo, com uma sociedade
fortemente estratificada e composta por
imperadores, nobres, sacerdotes, funcionários do
governo, artesãos, camponeses, escravos e soldados.
A religião contava com vários deuses, e a base da
economia era a agricultura. principalmente o cultivo
da batata e do milho.
A principal característica da sociedade inca era a
a) ditadura teocrática, que igualava a todos.
b) existência da igualdade social e da coletivização
da terra.
c) estrutura social desigual compensada pela
coletivização de todos os bens.
d) existência de mobilidade social, o que levou à
composição da elite pelo mérito.
e) impossibilidade de se mudar de extrato social e a
existência de uma aristocracia hereditária.
Questão 07. (Enem 2008) Na América inglesa, não
houve nenhum processo sistemático de catequese e
de conversão dos índios ao cristianismo, apesar de
algumas iniciativas nesse sentido. Brancos e índios
confrontaram-se muitas vezes e mantiveram-se
separados. Na América portuguesa, a catequese dos
índios começou com o próprio processo de
colonização, e a mestiçagem teve dimensões
significativas. Tanto na América inglesa quanto na
portuguesa, as populações indígenas foram muito
sacrificadas. Os índios não tinham defesas contra as
doenças trazidas pelos brancos, foram derrotados
pelas armas de fogo destes últimos e, muitas vezes,
escravizados.
No processo de colonização das Américas, as
populações indígenas da América portuguesa
a) foram submetidas a um processo de doutrinação
religiosa que não ocorreu com os indígenas da
América inglesa.
b) mantiveram sua cultura tão intacta quanto a dos
indígenas da América inglesa.
c) passaram pelo processo de mestiçagem, que
ocorreu amplamente com os indígenas da América
inglesa.
d) diferenciaram-se dos indígenas da América
inglesa por terem suas terras devolvidas.
e) resistiram, como os indígenas da América inglesa,
às doenças trazidas pelos brancos.
Questão 08. (Uff 2006) Os depósitos de diamante e
ouro na Nigéria - fontes de riquezas e recursos -
estimularam a ocupação do território africano,
provocada pela ganância que trouxe à luz a face
cruel do Imperialismo.
fonte: "Isto É - Dinheiro" - 25/02/04
Assinale a opção que melhor indica a ocupação
imperialista da África, no final do século XIX e nas
primeiras décadas do século XX.
a) A Alemanha, impulsionada pelo seu
desenvolvimento industrial pós 1870, não aceitou
participar da corrida imperialista na África,
privilegiando a ocupação dos territórios europeus,
como a Polônia.
b) A guerra dos bôeres foi o conflito entre os colonos
holandeses e os africanos do sul, interessados em
preservar o domínio francês sob o seu território.
c) A Conferência de Berlim, ocorrida entre 1885-
1887 pretendeu fixar as regras da partilha
territorial da África, atendendo às reivindicações
dos nativos.
d) O desenvolvimento tecnológico europeu
necessitou de matérias primas encontradas nas
regiões africanas. Por isso, deve-se considerar que
o Imperialismo foi um fenômeno exclusivamente
econômico.
e) A colônia inglesa da Rodésia teve o nome escolhido
em homenagem a Cecil Rhodes, o responsável por
sua constituição. O território foi administrado pela
Companhia Britânica da África do Sul até 1923.
Questão 09. (Uerj 2006)
A mão da limpeza
(...)
Ê, imagina só
O que o negro penava
(...)
Negra é a mão de quem faz a limpeza
Lavando a roupa encardida, esfregando o chão
Negra é a mão, é a mão da pureza
(...)
Limpando as manchas do mundo
com água e sabão
Negra é a mão da imaculada nobreza
(...)
Gilberto Gil
A luta dos negros pela igualdade de direitos contou,
nos Estados Unidos, nas décadas de 1950 e 1960,
com a liderança do pacifista Martin Luther King. No
Brasil, por meio de sua música, Gilberto Gil é uma
das vozes que denunciam as condições precárias de
vida de parcela dessa população.
O processo histórico que deu origem à exclusão
social de parte considerável da população negra,
tanto no caso norte-americano quanto no brasileiro,
e uma de suas consequências estão relacionados em:
a) oficialização do apartheid - acesso a escolas
segregadas
b) implantação do escravismo nas colônias -
desvalorização do trabalho manual
c) empreendimento de política imperialista -
restrição à ocupação de cargos de liderança
d) existência de relações escravistas na África - uso
diferenciado de meios de transporte coletivos
Questão 10. (Uerj 2004) Ao longo dos primeiros
duzentos anos de dominação colonial, os espanhóis
desenvolveram um setor mineiro que permitiu a
manutenção da economia metropolitana (...). Os
enclaves necessitavam de grande quantidade de mão
de obra indígena que, recrutada por sorteio, era
encaminhada periodicamente às minas, retornando
a seguir às comunidades de origem para ser
substituída por novos contingentes requisitados de
igual maneira.
(PINSKY, Jaime (coord.). História da América: através de textos.
Campinas: Editora da Unicamp, 1986.)
O texto acima descreve a seguinte forma de trabalho
nativo utilizada pelos espanhóis na América:
a) hacienda
b) encomienda
c) contratación
d) repartimiento
Questão 11. (Enem 2016) A linhagem dos
primeiros críticos ambientais brasileiros não
praticou o elogio laudatório da beleza e da grandeza
do meio natural brasileiro. O meio natural foi
elogiado por sua riqueza e potencial econômico,
sendo sua destruição interpretada como um signo de
atraso, ignorância e falta de cuidado. PADUA, J. A. Um sopro de destruição: pensamento político e
crítica ambiental no Brasil escravista (1786-1888). Rio de Janeiro:
Zahar, 2002 (adaptado).
Descrevendo a posição dos críticos ambientais
brasileiros dos séculos XVIII e XIX, o autor
demonstra que, via de regra, eles viam o meio
natural como
a) ferramenta essencial para o avanço da nação.
b) dádiva divina para o desenvolvimento industrial.
c) paisagem privilegiada para a valorização fundiária.
d) limitação topográfica para a promoção da
urbanização.
e) obstáculo climático para o estabelecimento da
civilização.
Questão 12. (Enem 2016) A África Ocidental é
conhecida pela dinâmica das suas mulheres
comerciantes, caracterizadas pela perícia,
autonomia e mobilidade. A sua presença, que fora
atestada por viajantes e por missionários
portugueses que visitaram a costa a partir do século
XV, consta também na ampla documentação sobre a
região. A literatura é rica em referências às grandes
mulheres como as vendedoras ambulantes, cujo jeito
para o negócio, bem como a autonomia e mobilidade,
é tão típico da região.
HAVIK, P. Dinâmicas e assimetrias afro-atlânticas: a agência
feminina e representações em mudança na Guiné (séculos XIX e
XX). In: PANTOJA. S. (Org.). Identidades, memórias e histórias em
terras africanas. Brasília: LGE; Luanda: Nzila, 2006.
A abordagem realizada pelo autor sobre a vida social
da África Ocidental pode ser relacionada a uma
característica marcante das cidades no Brasil
escravista nos séculos XVIII e XIX, que se observa
pela
a) restrição à realização do comércio ambulante por
africanos escravizados e seus descendentes.
b) convivência entre homens e mulheres livres, de
diversas origens, no pequeno comércio.
c) presença de mulheres negras no comércio de rua
de diversos produtos e alimentos.
d) dissolução dos hábitos culturais trazidos do
continente de origem dos escravizados.
e) entrada de imigrantes portugueses nas atividades
ligadas ao pequeno comércio urbano.
Questão 13. (Unicamp 2017) O documento abaixo
foi redigido pelo governador de Pernambuco,
Caetano de Melo e Castro, em 18 de agosto de 1694,
para comunicar ao Rei de Portugal a tomada da
Serra da Barriga.
“(...) Não me parece dilatar a Vossa Majestade da
gloriosa restauração dos Palmares, cuja feliz vitória
senão avalia por menos que a expulsão dos
holandeses, e assim foi festejada por todos estes
povos com seis dias de luminárias. (...) Os negros se
achando de modo poderosos que esperavam o nosso
exército metidos na serra (...), fiando-se na aspereza
do sítio, na multidão dos defensores. (...) Temeu-se
muito a ruína destas Capitanias quando à vista de
tamanho exército e repetidos socorros como haviam
ido para aquela campanha deixassem de ser
vencidos aqueles rebeldes pois imbativelmente se
lhes unir-se os escravos todos destes moradores
(....)”.
Décio Freitas, República de Palmares – pesquisa e comentários em
documentos históricos do século XVII. Maceió: UFAL, 2004, p.
129.
Sobre o documento acima e seus significados atuais,
é correto afirmar que
a) foi escrito por uma autoridade da Coroa na colônia
e tem como principal conteúdo a comemoração da
morte de Zumbi dos Palmares. A data de 20 de
novembro, como referência ao líder do quilombo,
tem uma conotação simbólica para a população
negra em contraponto à visão oficial do 13 de maio
de 1888.
b) o feito da tomada de Palmares, em 1694, pelos
exércitos da Coroa, é entendido como menos
glorioso quando comparado à expulsão dos
holandeses de Pernambuco, em 1654. Os dois
eventos históricos não têm o mesmo apelo para a
formação da sociedade brasileira na atualidade.
c) o texto de Caetano de Melo e Castro indica que
Palmares não gerou temor às estruturas coloniais
da Capitania de Pernambuco. A comemoração
oficial do Dia da Consciência Negra é uma
invenção política do período recente.
d) o Quilombo de Palmares representou uma ameaça
aos poderes coloniais, já que muitos eram os
rebeldes que se organizavam ou se aliavam ao
quilombo. A data é celebrada, na atualidade, como
símbolo da resistência pelos movimentos negros.
Questão 14. (Enem 2016)
Texto I
Documentos do século XVI algumas vezes se referem
aos habitantes indígenas como “os brasis”, ou “gente
brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo
“brasileiro” era a eles aplicado, mas as referências ao
status econômico e jurídico desses eram muito mais
populares. Assim, os termos “negro da terra” e
“índios” eram utilizados com mais frequência do que
qualquer outro.
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando
o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem
Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).
São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).
Texto II
Índio é um conceito construído no processo de
conquista da América pelos europeus.
Desinteressados pela diversidade cultural, imbuídos
de forte preconceito para com o outro, o indivíduo de
outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses
e anglo-saxões terminaram por denominar da
mesma forma povos tão díspares quanto os
tupinambás e os astecas. SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São
Paulo: Contexto, 2005.
Ao comparar os textos, as formas de designação dos
grupos nativos pelos europeus, durante o período
analisado, são reveladoras da
a) concepção idealizada do território, entendido como
geograficamente indiferenciado.
b) percepção corrente de uma ancestralidade comum
às populações ameríndias.
c) compreensão etnocêntrica acerca das populações
dos territórios conquistados.
d) transposição direta das categorias originadas no
imaginário medieval.
e) visão utópica configurada a partir de fantasias de
riqueza.
Questão 15. (Enem 2016)
TEXTO I
TEXTO II
Os santos tornaram-se grandes aliados da Igreja
para atrair novos devotos, pois eram obedientes a
Deus e ao poder clerical. Contando e estimulando o
conhecimento sobre a vida dos santos, a Igreja
transmitia aos fiéis os ensinamentos que julgava
corretos e que deviam ser imitados por escravos que,
em geral, traziam outras crenças de suas terras de
origem, muito diferentes das que preconizava a fé
católica.
OLIVEIRA; A. J. Negra devoção. Revista de História da Biblioteca
Nacional, n. 20, maio 2007 (adaptado).
Posteriormente ressignificados no interior de certas
irmandades e no contato com outra matriz religiosa,
o ícone e a prática mencionada no texto estiveram
desde o século XVII relacionados a um esforço da
Igreja Católica para
a) reduzir o poder das confrarias.
b) cristianizar a população afro-brasileira.
c) espoliar recursos materiais dos cativos.
d) recrutar libertos para seu corpo eclesiástico.
e) atender a demanda popular por padroeiros locais.
Questão 16. (Enem 2016) O que ocorreu na Bahia
de 1798, ao contrário das outras situações de
contestação política na América Portuguesa, é que o
projeto que lhe era subjacente não tocou somente na
condição, ou no instrumento, da integração
subordinada das colônias no império luso. Dessa
feita, ao contrário do que se deu nas Minas Gerais
(1789), a sedição avançou sobre a sua decorrência.
JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C.
G. (Org.). Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000).
São Paulo: Senac, 2000.
A diferença entre as sedições abordadas no texto
encontrava-se na pretensão de
a) eliminar a hierarquia militar.
b) abolir a escravidão africana.
c) anular o domínio metropolitano.
d) suprimir a propriedade fundiária.
e) extinguir o absolutismo monárquico.
Questão 17. (Unicamp 2016) Os estudos históricos
por muito tempo explicaram as relações entre
Portugal e Brasil por meio da noção de pacto colonial
ou exclusivo comercial. Sobre esse conceito, é
correto afirmar que:
a) Trata-se de uma característica central do sistema
colonial moderno e um elemento constitutivo das
práticas mercantilistas do Antigo Regime, que
considera fundamental a dinâmica interna da
economia colonial.
b) Definia-se por um sistema baseado em dois polos:
um centro de decisão, a metrópole, e outro
subordinado, a colônia. Esta submetia-se à
primeira através de uma série de mecanismos
político-institucionais.
c) Em mais de uma ocasião, os colonos reclamaram
e foram insubordinados diante do pacto colonial,
ao exigirem sua presença e atuação nas Cortes dos
reis ou ao pedirem a presença do Marquês de
Pombal na colônia.
d) A noção de pacto colonial é um projeto
embrionário de Estado que acomodava as tensões
surgidas entre os interesses metropolitanos e
coloniais, ao privilegiar as experiências do “viver
em colônia”.
Questão 18. (Enem 2015) A língua de que usam,
por toda a costa, carece de três letras; convém a
saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna
de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem
Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem
terem além disto conta, nem peso, nem medida.
GÂNDAVO, P M. A primeira historia do Brasil: história da província
de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil. Rio de
Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado).
A observação do cronista português Pero de
Magalhães de Gândavo, em 1576, sobre a ausência
das letras F, L e R na língua mencionada, demonstra
a
a) simplicidade da organização social das tribos
brasileiras.
b) dominação portuguesa imposta aos índios no
início da colonização.
c) superioridade da sociedade europeia em relação à
sociedade indígena.
d) incompreensão dos valores socioculturais
indígenas pelos portugueses.
e) dificuldade experimentada pelos portugueses no
aprendizado da língua nativa.
Questão 19. (Enem 2015) Iniciou-se em 1903 a
introdução de obras de arte com representações de
bandeirantes no acervo do Museu Paulista, mediante
a aquisição de uma tela que homenageava o
sertanista que comandara a destruição do Quilombo
de Palmares. Essa aquisição, viabilizada por verba
estadual, foi simultânea à emergência de uma
interpretação histórica que apontava o fenômeno do
sertanismo paulista como o elo decisivo entre a
trajetória territorial do Brasil e de São Paulo,
concepção essa que se consolidaria entre os
historiadores ligados ao Instituto Histórico e
Geográfico de São Paulo ao longo das três primeiras
décadas do século XX.
MARINS, P. c. G. Nas matas com pose de reis: a representação de
bandeirantes e a tradição da retratística monárquica europeia.
Revista do LEB, n. 44, tev. 2007.
A prática governamental descrita no texto, com a
escolha dos temas das obras, tinha como propósito
a construção de uma memória que
a) afirmava a centralidade de um estado na política
do país.
b) resgatava a importância da resistência escrava na
história brasileira.
c) evidenciava a importância da produção artística
no contexto regional.
d) valorizava a saga histórica do povo na afirmação
de uma memória social.
e) destacava a presença do indígena no
desbravamento do território colonial.
Questão 20. (Unicamp 2014) A história de São
Paulo no século XVII se confunde com a história dos
povos indígenas. Os índios não se limitaram ao papel
de tábula rasa dos missionários ou vítimas passivas
dos colonizadores. Foram participantes ativos e
conscientes de uma história que foi pouco generosa
com eles.
(Adaptado de John M. Monteiro, “Sangue Nativo”, em
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/sangue-
nativo. Acessado em 14/07/2013.)
Sobre a atuação dos indígenas no período colonial,
pode-se afirmar que:
a) A escravidão foi por eles aceita, na expectativa de
sua proibição pela Coroa portuguesa, por pressão
dos jesuítas.
b) Sua participação nos aldeamentos fez parte da
integração entre os projetos religioso e bélico de
domínio português, executados por jesuítas e
bandeirantes.
c) A existência de alianças entre indígenas e
portugueses não exclui as rivalidades entre
grupos indígenas e entre os nativos e os europeus.
d) A adoção do trabalho remunerado dos indígenas
nos engenhos de São Vicente contrasta com as
práticas de trabalho escravo na Bahia e
Pernambuco.
Questão 21. (Enem 2014) O índio era o único
elemento então disponível para ajudar o colonizador
como agricultor, pescador, guia, conhecedor da
natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser
tratado como gente, ter reconhecidas sua inocência
e alma na medida do possível. A discussão religiosa
e jurídica em torno dos limites da liberdade dos
índios se confundiu com uma disputa entre jesuítas
e colonos. Os padres se apresentavam como
defensores da liberdade, enfrentando a cobiça
desenfreada dos colonos.
CALDEIRA, J. A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999
(adaptado).
Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas buscaram a
conversão dos indígenas ao catolicismo. Essa
aproximação dos jesuítas em relação ao mundo
indígena foi mediada pela
a) demarcação do território indígena.
b) manutenção da organização familiar.
c) valorização dos líderes religiosos indígenas.
d) preservação do costume das moradias coletivas.
e) comunicação pela língua geral baseada no tupi.
Questão 22. (Enem 2014) A transferência da corte
trouxe para a América portuguesa a família real e o
governo da Metrópole. Trouxe também, e sobretudo,
boa parte do aparato administrativo português.
Personalidades diversas e funcionários régios
continuaram embarcando para o Brasil atrás da
corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o
ano de 1808.
NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada
no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
Os fatos apresentados se relacionam ao processo de
independência da América portuguesa por terem
a) incentivado o clamor popular por liberdade.
b) enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
c) motivado as revoltas escravas contra a elite
colonial.
d) obtido o apoio do grupo constitucionalista
português.
e) provocado os movimentos separatistas das
províncias.
Questão 23. (Enem 2013) De ponta a ponta, é tudo
praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão
nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a
estender olhos, não podíamos ver senão terra com
arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até
agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata,
nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos.
Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém
o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que
será salvar esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.;
FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo:
Contexto, 2001.
A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o
projeto colonizador para a nova terra. Nesse trecho,
o relato enfatiza o seguinte objetivo:
a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os
povos nativos.
b) Descrever a cultura local para enaltecer a
prosperidade portuguesa.
c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o
potencial econômico existente.
d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para
demarcar a superioridade europeia.
e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para
evidenciar a ausência de trabalho.
Questão 24. (Unicamp 2013). “Quando os
portugueses começaram a povoar a terra, havia
muitos destes índios pela costa junto das
Capitanias. Porque os índios se levantaram contra os
portugueses, os governadores e capitães os
destruíram pouco a pouco, e mataram muitos deles.
Outros fugiram para o sertão, e assim ficou a costa
despovoada de gentio ao longo das Capitanias. Junto
delas ficaram alguns índios em aldeias que são de
paz e amigos dos portugueses.”
(Pero de Magalhães Gandavo, Tratado da Terra do Brasil, em
http://www.cce.ufsc.br/~nupill/literatura/ganda1.html.
Acessado em 20/08/2012.)
Conforme o relato de Pero de Gandavo, escrito por
volta de 1570, naquela época,
a) as aldeias de paz eram aquelas em que a catequese
jesuítica permitia o sincretismo religioso como
forma de solucionar os conflitos entre indígenas e
portugueses.
b) a violência contra os indígenas foi exercida com o
intuito de desocupar o litoral e facilitar a
circulação do ouro entre as minas e os portos.
c) a fuga dos indígenas para o interior era uma
reação às perseguições feitas pelos portugueses e
ocasionou o esvaziamento da costa.
d) houve resistência dos indígenas à presença
portuguesa de forma semelhante às descritas por
Pero Vaz de Caminha, em 1500.
Questão 25. (Enem 2013) Seguiam-se vinte criados
custosamente vestidos e montados em soberbos
cavalos; depois destes, marchava o Embaixador do
Rei do Congo magnificamente ornado de seda azul
para anunciar ao Senado que a vinda do Rei estava
destinada para o dia dezesseis. Em resposta obteve
repetidas vivas do povo que concorreu alegre e
admirado de tanta grandeza.
“Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro”, Bahia apud DEL
PRIORE, M. Festas e utopias no Brasil colonial. In: CATELLI JR.,
R. Um olhar sobre as festas populares brasileiras. São Paulo:
Brasiliense, 1994 (adaptado).
Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação
do Rei do Congo evidencia um processo de
a) exclusão social.
b) imposição religiosa.
c) acomodação política.
d) supressão simbólica.
e) ressignificação cultural.
26. (Unicamp 2016) “Uma categoria inferior de
servidores que coexiste nas grandes casas com os
domésticos livres são os escravos. Um
recenseamento enumera em Gênova, em 1458, mais
de 2 mil. As mulheres estão em uma proporção
esmagadora (97,5%) e 40% não têm ainda 23 anos.
São totalmente desamparadas; todos na casa a
repreendem, todos batem nela (patrão, mãe, filhos
crescidos) e os testemunhos de processos em que
elas comparecem mostram-nas vivendo,
frequentemente no temor de pancadas. Em Gênova
e Veneza, a escrava-criada é essencial no prestígio
das nobres e ricas matronas.
(Adaptado de Charles De la Roncière, “A vida privada dos notáveis
toscanos no limiar da Renascença”, em Georges Duby (org.),
História da vida privada - da Europa feudal à Renascença, vol 2.
São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 235-236.)
Sobre o trabalho nas cidades italianas do período em
questão, podemos afirmar corretamente que:
a) O declínio da escravidão está ligado ao novo
conceito antropocêntrico do ser humano e a uma
nova dignidade da condição feminina no final da
Idade Média.
b) O trabalho servil era predominantemente feminino
e concorria com o trabalho escravo. A escravidão
diminuiu com essa concorrência, desdobrando-se
no trabalho livre.
c) Conviviam inúmeras formas de trabalho livre,
semilivre e escravo no universo europeu e a
sobreposição não era, em si, contraditória.
d) O uso do castigo corporal igualava as escravas a
outros trabalhadores e foi o motivo das rebeliões
camponesas do período (jacqueries) e agitações
urbanas.
Questão 27. (Unicamp 2015) Engenheiros,
naturalistas, matemáticos e artistas, sob o mecenato
de Nassau, investigaram a natureza e
transformaram a paisagem nordestina. Recife
tornou-se uma das cidades mais importantes da
América, com modernas pontes e prédios. Além do
incentivo à arte, o governo [de Nassau] promulgou
leis que eram iguais para todos, impedindo
injustiças contra os antigos habitantes.
RAMINELLI, Ronald. “Invasões Holandesas”, In: VAINFAS,
Ronaldo (dir.). Dicionário do Brasil Colonial. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2001, p. 315.
As transformações durante o governo de Maurício de
Nassau (1637-1645), em Pernambuco, são exemplos
de um contexto em que
a) o mecenato e a aplicação de leis idênticas para
holandeses e luso-brasileiros eram uma
continuidade do modelo renascentista,
representando um período de modernização da
região.
b) houve dinamização da economia açucareira na
região, com a reativação de engenhos e perdão de
dívidas dos antigos proprietários, impulsionando
a remodelação da cidade de Recife.
c) houve a aplicação de princípios mercantilistas
para a obtenção de lucros e a perseguição, por
parte dos holandeses calvinistas, a judeus,
cristãos-novos e católicos.
d) as expedições dos artistas e cientistas tinham o
propósito de retratar a paisagem e identificar
potencialidades econômicas da região, pois o
açúcar estava em declínio no comércio
internacional.
Questão 28. (Enem 2015) No início foram as
cidades. O intelectual da Idade Média – no Ocidente
– nasceu com elas. Foi com o desenvolvimento
urbano ligado às funções comercial e industrial –
digamos modestamente artesanal – que ele
apareceu, como um desses homens de ofício que se
instalavam nas cidades nas quais se impôs a divisão
do trabalho. Um homem cujo ofício é escrever ou
ensinar, e de preferência as duas coisas a um só
tempo, um homem que, profissionalmente, tem uma
atividade de professor e erudito, em resumo, um
intelectual – esse homem só aparecerá com as
cidades.
LE GOFF, J. Os intelectuais na Idade Média. Rio de Janeiro: José
Olympio, 2010
O surgimento da categoria mencionada no período
em destaque no texto evidencia o(a)
a) apoio dado pela Igreja ao trabalho abstrato.
b) relação entre desenvolvimento urbano e divisão de
trabalho.
c) importância organizacional das corporações de
ofício.
d) progressiva expansão da educação escolar.
e) acúmulo de trabalho dos professores e eruditos.
Questão 29. (Unicamp 2014) O termo “bárbaro”
teve diferentes significados ao longo da história.
Sobre os usos desse conceito, podemos afirmar que:
a) Bárbaro foi uma denominação comum a muitas
civilizações para qualificar os povos que não
compartilhavam dos valores destas mesmas
civilizações.
b) Entre os gregos do período clássico o termo foi
utilizado para qualificar povos que não falavam
grego e depois disso deixou de ser empregado no
mundo mediterrâneo antigo.
c) Bárbaros eram os povos que os germanos
classificavam como inadequados para a
conquista, como os vândalos, por exemplo.
d) Gregos e romanos classificavam de bárbaros
povos que viviam da caça e da coleta, como os
persas, em oposição aos povos urbanos
civilizados.
Questão 30. (Unicamp 2014) À medida que as
maneiras se refinam, tornam-se distintivas de uma
superioridade: não é por acaso que o exemplo parece
vir de cima e, logo, é retomado pelas camadas médias
da sociedade, desejosas de ascender socialmente. É
exibindo os gestos prestigiosos que os burgueses
adquirem estatuto nobre. O ser de um homem se
confunde com a sua aparência. Quem age como
nobre é nobre.
(Adaptado de Renato Janine Ribeiro, A Etiqueta no Antigo Regime.
São Paulo: Editora Moderna, 1998, p. 12.)
O texto faz referência à prática da etiqueta na França
do século XVIII. Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) A etiqueta era um elemento de distinção social na
sociedade de corte e definia os lugares ocupados
pelos grupos próximos ao rei.
b) O jogo das aparências era uma forma de disfarçar
os conluios políticos da aristocracia, composta por
burgueses e nobres, e negar benefícios ao Terceiro
Estado.
c) Os sans-culottes imitavam as maneiras da
nobreza, pois isso era uma forma de adquirir
refinamento e tornar-se parte do poder econômico
no estado absolutista.
d) Durante o século XIX, a etiqueta deixou de ser um
elemento distintivo de grupos sociais, pois houve
a abolição da sociedade de privilégios.
Questão 31. (Enem 2014) Todo homem de bom
juízo, depois que tiver realizado sua viagem,
reconhecerá que é um milagre manifesto ter podido
escapar de todos os perigos que se apresentam em
sua peregrinação; tanto mais que há tantos outros
acidentes que diariamente podem aí ocorrer que
seria coisa pavorosa àqueles que aí navegam querer
pô-los todos diante dos olhos quando querem
empreender suas viagens.
J. PT. “Histoire de plusieurs voyages aventureux”. 1600. In:
DELUMEAU, J. História do medo no Ocidente: 1300-1800. São
Paulo Cia. das Letras. 2009 (adaptado).
Esse relato, associado ao imaginário das viagens
marítimas da época moderna, expressa um
sentimento de
a) gosto pela aventura.
b) fascínio pelo fantástico.
c) temor do desconhecido.
d) interesse pela natureza.
e) purgação dos pecados.
Questão 32. (Uff 2012) Considerando o processo de
expansão da Europa moderna a partir dos séculos
XV e XVI, pode-se afirmar que Portugal e Espanha
tiveram um papel predominante. Esse papel,
entretanto, dependeu, em larga medida, de uma rede
composta por interesses
a) políticos, inerentes à continuidade dos interesses
feudais em Portugal; intelectuais, associados ao
desenvolvimento da imprensa, do hermetismo e da
Astrologia no mundo ibérico; econômicos,
vinculados aos interesses italianos na Espanha,
nos quais a presença de Colombo é um exemplo; e
sociais, vinculados ao poder do clero na Espanha.
b) políticos, vinculados ao processo de fragmentação
política das monarquias absolutas ibéricas;
sociais, associados ao desenvolvimento de novos
setores sociais, como a nobreza; coloniais,
decorrentes da política da Igreja católica que via
os habitantes do Novo Mundo como o homem
primitivo criado por Deus; e econômicos, presos
aos interesses mouros na Espanha.
c) políticos, vinculados às práticas racistas que
envolviam a atuação dos comerciantes ibéricos no
Oriente; científicos, que viam na expansão a
negação das teorias heliocêntricas; econômicos,
ligados ao processo de aumento do tráfico de
negros para a Europa através de alianças com os
Países Baixos; e religiosos, marcados pela ação
ampliada da Inquisição.
d) políticos, associados ao modelo republicano
desenvolvido no Renascimento italiano; religiosos,
decorrentes da vitória católica nos processos da
Reconquista ibérica; econômicos, ligados ao
movimento geral de desenvolvimento do
mercantilismo; e sociais, inerentes à vitória do
campo sobre a cidade no mundo ibérico.
e) políticos, vinculados ao fortalecimento da
centralização dos estados ibéricos; econômicos,
provenientes do avanço das atividades comerciais;
religiosos, relacionados com a importância do
Papado na Península Ibérica; e intelectuais,
decorrentes dos avanços científicos da
Renascença e que viram na expansão a realidade
de suas teorias sobre Geografia e Astronomia.
Questão 33. (Unicamp 2012) De uma forma
inteiramente inédita, os humanistas, entre os
séculos XV e XVI, criaram uma nova forma de
entender a realidade. Magia e ciência, poesia e
filosofia misturavam-se e auxiliavam-se, numa
sociedade atravessada por inquietações religiosas e
por exigências práticas de todo gênero.
(Adaptado de Eugenio Garin, Ciência e vida civil no Renascimento
italiano. São Paulo: Ed. Unesp, 1994, p. 11.)
Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) O pensamento humanista implicava a total recusa
da existência de Deus nas artes e na ciência, o que
libertava o homem para conhecer a natureza e a
sociedade.
b) A mistura de conhecimentos das mais diferentes
origens - como a magia e a ciência - levou a uma
instabilidade imprevisível, que lançou a Europa
numa onda de obscurantismo que apenas o
Iluminismo pôde reverter.
c) As transformações artísticas e políticas do
Renascimento incluíram a inspiração nos ideais
da Antiguidade Clássica na pintura, na
arquitetura e na escultura.
d) As inquietações religiosas vividas principalmente
ao longo do século XVI culminaram nas Reformas
Calvinista, Luterana, Anglicana e finalmente no
movimento da Contrarreforma, que defendeu a fé
protestante contra seus inimigos.
Questão 34. (Enem 2011) O açúcar e suas técnicas
de produção foram levados à Europa pelos árabes no
século VIII, durante a Idade Média, mas foi
principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e
XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época
passou a ser importado do Oriente Médio e
produzido em pequena escala no sul da Itália, mas
continuou a ser um produto de luxo, extremamente
caro, chegando a figurar nos dotes de princesas
casadoiras.
CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716).
São Paulo: Atual, 1996.
Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial,
o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para
dar início à colonização brasileira, em virtude de
a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito
vantajoso.
b) os árabes serem aliados históricos dos
portugueses.
c) a mão de obra necessária para o cultivo ser
insuficiente.
d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização
desse produto.
e) os nativos da América dominarem uma técnica de
cultivo semelhante.
Questão 35. (Unicamp 2011)
No quadro acima, observa-se a organização espacial
do trabalho agrícola típica do período medieval. A
partir dele, podemos afirmar que
a) os camponeses estão distantes do castelo porque
já abandonavam o domínio senhorial, num
momento em que práticas de conservação do solo,
como a rotação de culturas, e a invenção de novos
instrumentos, como o arado, aumentavam a
produção agrícola.
b) os camponeses utilizavam, então, práticas de
plantio direto, o que permitia a melhor
conservação do solo e a fertilidade das terras que
pertenciam a um senhor feudal, como sugere o
castelo fortificado que domina a paisagem ao
fundo do quadro.
c) um castelo fortificado domina a paisagem, ao
fundo, pois os camponeses trabalhavam no
domínio de um senhor; pode-se ver também que
utilizavam práticas de rotação de culturas,
visando à conservação do solo e à manutenção da
fertilidade das terras.
d) A cena retrata um momento de mudança técnica
e social: desenvolviam-se novos instrumentos
agrícolas, como o arado, e o uso de práticas de
plantio direto, o que levava ao aumento da
produção, permitindo que os camponeses
abandonassem o domínio senhorial.
Questão 36. (Unicamp 2011) Referindo-se à
expansão marítima dos séculos XV e XVI, o poeta
português Fernando Pessoa escreveu, em 1922, no
poema “Padrão”:
“E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é português.”
(Fernando Pessoa, Mensagem – poemas esotéricos. Madri: ALLCA
XX, 1997, p. 49.)
Nestes versos identificamos uma comparação entre
dois processos históricos. É válido afirmar que o
poema compara
a) o sistema de colonização da Idade Moderna aos
sistemas de colonização da Antiguidade Clássica:
a navegação oceânica tornou possível aos
portugueses o tráfico de escravos para suas
colônias, enquanto gregos e romanos utilizavam
servos presos à terra.
b) o alcance da expansão marítima portuguesa da
Idade Moderna aos processos de colonização da
Antiguidade Clássica: enquanto o domínio grego e
romano se limitava ao mar Mediterrâneo, o
domínio português expandiu-se pelos oceanos
Atlântico e Índico.
c) a localização geográfica das possessões coloniais
dos impérios antigos e modernos: as cidades-
estado gregas e depois o Império Romano se
limitaram a expandir seus domínios pela Europa,
ao passo que Portugal fundou colônias na costa do
norte da África.
d) a duração dos impérios antigos e modernos:
enquanto o domínio de gregos e romanos sobre os
mares teve um fim com as guerras do Peloponeso
e Púnicas, respectivamente, Portugal figurou como
a maior potência marítima até a independência de
suas colônias.
Questão 37. (Enem 2011) Acompanhando a
intenção da burguesia renascentista de ampliar seu
domínio sobre a natureza e sobre o espaço
geográfico, através da pesquisa científica e da
invenção tecnológica, os cientistas também iriam se
atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma,
o movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a
expressão e o sentimento.
SEVCENKO, N. O Renascimento. Campinas: Unicamp, 1984.
O texto apresenta um espírito de época que afetou
também a produção artística, marcada pela
constante relação entre
a) fé e misticismo.
b) ciência e arte.
c) cultura e comércio.
d) política e economia.
e) astronomia e religião.
Questão 38. (Enem 2011) Se a mania de fechar,
verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido
talvez de um profundo sentimento de insegurança,
estava difundida no mundo rural, estava do mesmo
modo no meio urbano, pois que uma das
características da cidade era de ser limitada por
portas e por uma muralha.
DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História
da vida privada da Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia.
das Letras, 1990 (adaptado).
As práticas e os usos das muralhas sofreram
importantes mudanças no final da Idade Média,
quando elas assumiram a função de pontos de
passagem ou pórticos. Este processo está
diretamente relacionado com
a) o crescimento das atividades comerciais e
urbanas.
b) a migração de camponeses e artesãos.
c) a expansão dos parques industriais e fabris.
d) o aumento do número de castelos e feudos.
e) a contenção das epidemias e doenças.
Questão 39. (Enem 2010) O príncipe, portanto, não
deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu
propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com
uns poucos exemplos duros poderá ser mais
clemente do que outros que, por muita piedade,
permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao
roubo.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009.
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe,
reflexão sobre a Monarquia e a função do
governante.
A manutenção da ordem social, segundo esse autor,
baseava-se na
a) inércia do julgamento de crimes polêmicos.
b) bondade em relação ao comportamento dos
mercenários.
c) compaixão quanto à condenação de transgressões
religiosas.
d) neutralidade diante da condenação dos servos.
e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do
príncipe.
Questão 40. (Enem 2008) A Peste Negra dizimou
boa parte da população europeia, com efeitos sobre
o crescimento das cidades. O conhecimento médico
da época não foi suficiente para conter a epidemia.
Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: "As
pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e
todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e,
assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se
mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas
próprias mãos (...) E morreram tantos que todos
achavam que era o fim do mundo."
Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In:
William M. Bowsky, The Black Death: a turning point in history?
New York: HRW, 1971 (com adaptações).
O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente
da Peste Negra que assolou a Europa durante parte
do século XIV, sugere que
a) o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos
tempos.
b) a Igreja buscou conter o medo, disseminando o
saber médico.
c) a impressão causada pelo número de mortos não
foi tão forte, porque as vítimas eram poucas e
identificáveis.
d) houve substancial queda demográfica na Europa
no período anterior à Peste.
e) o drama vivido pelos sobreviventes era causado
pelo fato de os cadáveres não serem enterrados.
Questão 41. (Pucpr 2017) Leia o texto a seguir.
A primeira missa no Brasil é um momento
emblemático do início da colonização portuguesa na
América, celebrada poucos dias após a chegada e
desembarque dos portugueses na costa brasileira,
imortalizada pela narrativa na Carta de Pero Vaz de
Caminha e no óleo sobre tela de Victor Meirelles. A
ocupação de fato demorou um pouco mais a
acontecer, dentre as razões para seu início, temos
a) o aumento do comércio de especiarias com o
Oriente, levando à maior necessidade de mercados
consumidores.
b) a descoberta de metais preciosos na colônia
portuguesa, acelerando o interesse da metrópole
na exploração de sua colônia.
c) a probabilidade da tomada das terras por
corsários ingleses que vinham atrás do
contrabando de escravos indígenas para outras
colônias.
d) a necessidade de tomar posse e defender suas
terras para evitar a vinda de exploradores sem o
conhecimento da coroa portuguesa.
e) a construção das feitorias para armazenar pau-
brasil e carregar navios, promovendo a migração
de um grande contingente de portugueses para
povoar e cuidar das novas vilas.
Questão 42. (Fgv 2017) O que queremos destacar
com isso é que o tráfico atlântico tendia a reforçar a
natureza mercantil da sociedade colonial: apesar das
intenções aristocráticas da nobreza da terra, as
fortunas senhoriais podiam ser feitas e desfeitas
facilmente. Ao mesmo tempo, observa-se a ascensão
dos grandes negociantes coloniais, fornecedores de
créditos e escravos à agricultura de exportação e às
demais atividades econômicas. Na Bahia, desde o
final do século XVII, e no Rio de Janeiro, desde pelo
menos o início do século XVIII, o tráfico atlântico de
escravos passou a ser controlado pelas comunidades
mercantis locais (...).
João Fragoso et alii. A economia colonial brasileira (séculos XVI-
XIX), 1998.
O texto permite inferir que
a) o tráfico atlântico de escravos prejudicou a
economia colonial brasileira porque uma enorme
quantidade de capitais, oriunda da produção
agroindustrial, era remetida para a África e para
Portugal.
b) as transações comercias envolvendo a África e a
América portuguesa deveriam, necessariamente,
passar pelas instâncias governamentais da
Metrópole, condição típica do sistema colonial.
c) a monopolização do tráfico negreiro nas mãos de
comerciantes encareceu essa mão de obra e
atrasou o desenvolvimento das atividades
manufatureiras nas regiões mais ricas da América
portuguesa.
d) as rivalidades econômicas e políticas entre
fidalgos e burgueses, no espaço colonial,
impediram o crescimento mais acelerado da
produção de outras mercadorias além do açúcar e
do tabaco.
e) nem todos os fluxos econômicos, durante o
processo de colonização portuguesa na América,
eram controlados pela Coroa portuguesa,
revelando uma certa autonomia das elites
coloniais em relação à burguesia metropolitana.
Questão 43. (Fac. Albert Einstein - Medicin 2017)
Concedo-vos que esse índio bárbaro e rude seja uma
pedra: vede o que faz em uma pedra a arte. Arranca
o estatuário uma pedra dessas montanhas, tosca,
bruta, dura, informe, e depois que desbastou o mais
grosso, toma o maço, e o cinzel na mão, e começa a
formar um homem, primeiro membro a membro, e
depois feição por feição, até a mais miúda: ondeia-
lhe os cabelos, alisa-lhe a testa, rasga-lhe os olhos,
afia-lhe o nariz, abre-lhe a boca, avulta-lhe as faces,
torneia-lhe o pescoço, estende-lhe os braços,
espalma-lhe as mãos, divide-lhe os dedos, lança-lhe
os vestidos: aqui desprega, ali arruga, acolá recama:
e fica um homem perfeito, e talvez um santo, que se
pode pôr no altar.
VIEIRA, Antônio. Sermões. Porto: Lello & Irmão, 1959.
O texto, escrito no século XVII, pode ser interpretado
como
a) o reconhecimento da humanidade intrínseca dos
indígenas e africanos, que deveriam possuir os
mesmos direitos dos europeus.
b) uma analogia entre o trabalho de evangelização
desenvolvido nas colônias e a criação do homem
por Deus.
c) a exigência da escravização dos indígenas que,
através do trabalho forçado, poderiam alcançar a
salvação eterna.
d) um discurso contra o trabalho desenvolvido nas
missões jesuíticas implantadas pelos europeus
nas colônias americanas.
Questão 44. (Fgv 2017)
Leia o excerto de uma peça teatral, de 1973.
Nassau
Como Governador-Geral do Pernambuco, a
minha maior preocupação é fazer felizes os seus
moradores. Mesmo porque eles são mais da metade
da população do Brasil, e esta região, com a
concentração dos seus quase 350 engenhos de
açúcar, domina a produção mundial de açúcar. Além
do mais, nessa disputa entre a Holanda, Portugal e
Espanha, quero provar que a colonização holandesa
é a mais benéfica. Minha intenção é fazê-los felizes…
sejam portugueses, holandeses ou os da terra, ricos
ou pobres, protestantes ou católicos romanos e até
mesmo judeus.
Senhores, a Companhia das Índias
Ocidentais, que financiou a campanha das
Américas, fecha agora o balanço dos últimos quinze
anos com um saldo devedor aos seus acionistas da
ordem de dezoito milhões de florins.
Moradores
Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva!
Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. Calabar: o elogio da
traição, 1976. Adaptado.
Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral faz
referência, é correto afirmar que
a) as bases religiosas da colonização holandesa no
nordeste brasileiro produziram uma organização
administrativa que privilegiava a elite luso-
brasileira, ao oferecer financiamento com juros
subsidiados e parcelas importantes do poder
político aos grandes proprietários católicos.
b) a grande distância entre as promessas de
tolerância religiosa e a realidade presente no
cotidiano dos moradores da capitania de
Pernambuco deu-se porque os dirigentes da
companhia holandesa impuseram o calvinismo
como religião oficial e perseguiram as demais
religiões.
c) a presença da Companhia das Índias Ocidentais
no nordeste da América portuguesa trouxe
benefícios aos proprietários luso-brasileiros, como
o financiamento da produção, mas reproduziu a
lógica do colonialismo, ao concentrar a riqueza no
setor mercantil e não no produtivo.
d) a felicidade prometida pelos invasores holandeses
não pôde ser efetivada em função da lógica
diplomática presente na relação entre Portugal e
Holanda, pois se tratava de nações inimigas desde
o século XV, em virtude da disputa pelo comércio
oriental.
e) as promessas dos invasores holandeses se
confirmaram, e a elite ligada à produção
açucareira e ao comércio colonial foi amplamente
beneficiada, principalmente pelo livre comércio, o
que explica a resistência desses setores sociais ao
interesse português em retomar a região invadida
pela Holanda.
Questão 45. (Fac. Albert Einstein - Medicin 2017)
“A vinda da Corte com o enraizamento do Estado
português no Centro-Sul daria início à
transformação da colônia em metrópole
interiorizada. Seria esta a única solução aceitável
para as classes dominantes em meio à insegurança
que lhes inspiravam as contradições da sociedade
colonial, agravadas pelas agitações do
constitucionalismo português e pela fermentação
mais generalizada no mundo inteiro da época, que a
Santa Aliança e a ideologia da contrarrevolução na
Europa não chegavam a dominar.”
Maria Odila Leite da Silva Dias. A interiorização da metrópole e
outros estudos. São Paulo: Alameda, 2005.
O texto oferece uma interpretação da independência
do Brasil, que implica
a) o reconhecimento da importância do processo de
emancipação, que influenciou a luta por
autonomia na Europa e em outras partes da
América, impulsionou a economia mundial e
estabeleceu as bases para um pacto social dentro
do Brasil.
b) a caracterização da emancipação como um ato
meramente formal, uma vez que ela não foi
acompanhada de alterações significativas no
cenário político, nem de reformas sociais e
econômicas capazes de romper a dependência
externa do Brasil.
c) o reconhecimento da complexidade do processo de
emancipação, afetado simultaneamente por
movimentos como os reflexos da Revolução
Francesa, a Revolução do Porto, as disputas
políticas na metrópole e na colônia e as tensões
sociais dentro do Brasil.
d) a caracterização da emancipação como uma
decorrência inevitável do declínio econômico
português provocado pela invasão napoleônica,
pelo endividamento crescente com a Inglaterra e
pela redução nos recursos obtidos com a
colonização do Brasil.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[A]
As lutas de Independência da América Espanhola
foram conduzidas pela classe criolla e basearam-se
na busca pelo fim das desigualdades sociais e pelo
fim do domínio desequilibrado da Espanha sobre as
Colônias.
Resposta da questão 2:
[B]
Utilizando técnicas de irrigação baseadas no uso de
terraços de água, os Incas, nos planaltos andinos,
tinham sua economia baseada na produção de
excedentes. Seus principais produtos eram a batata
e o milho.
Resposta da questão 3:
[B]
A tomada do México pelos espanhóis junto aos
astecas foi facilitada por uma série de fatores, dentre
os quais podemos destacar:
- inicialmente, os astecas consideraram que os
espanhóis eram deuses;
- os espanhóis usaram da "guerra bacteriológica"
para matar os astecas;
- belicamente falando, os espanhóis eram muito
mais preparados para o enfrentamento do que os
astecas.
Sendo assim, as tentativas de resistência por parte
dos astecas foram frustradas.
Resposta da questão 4:
[E]
O processo de conquista e colonização da América
pelos espanhóis esteve ligado à busca de riquezas,
fossem elas especiarias ou metais preciosos. O texto,
de 1503, retrata a perspectiva de encontrar ouro na
região, num momento em que ainda não haviam sido
descobertas as grandes minas do México e Peru, e no
qual a Espanha ainda buscava uma forma de atingir
as índias, demonstrando inclusive as divergências
quanto à continuidade do processo expansionista.
Resposta da questão 5:
[E]
A questão remete às várias teorias racistas,
sobretudo as do século XIX fundamentadas no
Darwinismo Social, que reforçaram o eurocentrismo
como justificativa para a submissão de diversos
povos pelos europeus, motivada por interesses
econômicos, políticos e religiosos.
Resposta da questão 6:
[E]
A sociedade inca era estamental, ou seja, a posição
social do indivíduo era definida pelo nascimento e,
nesse sentido, não havia mobilidade. A estrutura de
poder era aristocrática, na qual uma elite guerreira
e administrativa concentrava o poder, portanto, a
sociedade era marcada pela desigualdade.
Resposta da questão 7:
[A]
Os dois processos de colonização ocorreram em
contextos distintos. A América portuguesa teve sua
colonização iniciada no século XVI, época da Contra
Reforma apoiada no Concílio de Trento, quando a
questão religiosa era determinante, principalmente
nos reinos católicos. A América Inglesa foi colonizada
no século XVII e aqueles que buscaram o novo
continente o faziam para exploração, no sul, usando
o escravo africano; ou como refugiados, no norte,
dada a situação de crise da Inglaterra devido à
Revolução Puritana e a seus efeitos. Não havia, por
parte da Igreja Anglicana ou dos protestantes, uma
política de conversão dos nativos.
Resposta da questão 8:
[E]
Resposta da questão 9:
[B]
Resposta da questão 10:
[D]
Resposta da questão 11:
[A]
[Resposta do ponto de vista da disciplina de
Geografia]
No período colonial e imperial, a preocupação com o
meio ambiente era secundária no pensamento
brasileiro. Existiam preocupações com a degradação
do meio natural do ponto de vista estético, com a
perda de elementos da fauna e da flora, bem como
críticas à falta de cuidado com o solo, que levou a
graves problemas em regiões como o Vale do Paraíba
(RJ/SP) durante do ciclo do café.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de
Sociologia]
Nos séculos XVIII e XIX, o pensamento político
brasileiro era majoritariamente positivista. Assim
sendo, o meio ambiente tinha como principal função
permitir o progresso da nação.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de
História]
Quando, no texto, é dito que “o meio natural foi
elogiado por sua riqueza e potencial econômico” fica
clara a associação entre a natureza brasileira e seu
uso para o progresso econômico da Nação.
Resposta da questão 12:
[C]
[Resposta do ponto de vista da disciplina de
Geografia]
Na África Ocidental, o papel das mulheres é
destacado no comércio informal de mercadorias
variadas com destaque para alimentos, roupas e
artesanato. Esta característica cultural e econômica
foi herdada pelo Brasil em decorrência da entrada de
população negra escrava no período colonial.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de
História]
O texto retrata uma característica da cultura
africana que foi trazida para o Brasil pela escravidão,
e se tornou uma das maiores características
escravistas brasileiras: o chamado escravismo de
ganho (escravos que faziam serviços urbanos, como
o comércio ambulante). O destaque do texto é que
tanto na África quanto no Brasil esse trabalho era
exercido de maneira significativa pelas mulheres.
Resposta da questão 13:
[D]
A formação de quilombos foi uma das formas de
resistência encontrada pelos escravos no Brasil
colonial. O Quilombo dos Palmares foi o maior e mais
duradouro dos quilombos, o que representava uma
ameaça aos poderes coloniais, uma vez que o
número de escravos fugitivos que lá viviam era alto.
Derrotar Palmares não foi fácil, já que os negros se
aproveitaram da geografia da Serra da Barriga para
resistir.
Obs.: A data que hoje se comemora como símbolo da
resistência e valorização negra no Brasil é 20 de
novembro, que remete ao dia do falecimento de Zumbi
dos Palmares, ocorrida em 1695. A data a qual o texto
se refere, da destruição de Palmares, é 18 de agosto
de 1694 e não é comemorada hoje em dia.
Resposta da questão 14:
[C]
Ao desprezarem a diversidade cultural indígena, os
europeus que chegaram ao continente americano
demonstram seu etnocentrismo, que se manifesta
tanto na linguagem que utilizam, quanto nas
atitudes que tomam nesses novos territórios.
Resposta da questão 15:
[B]
Com o objetivo de impor o catolicismo aos negros
africanos, a Igreja utilizou-se das imagens sacras
para disseminar a religião cristã, uma vez que as
imagens de santos mostravam-se fiéis e devotas a
Deus e ao poder da Igreja, como descreve o texto II e
mostra o texto I.
Resposta da questão 16:
[B]
As Conjurações Mineira e Baiana, a despeito de
objetivarem a Independência, tinham bases e ideais
diferentes. Dentre esses ideais, a abolição da
escravatura: era um desejo da Conjuração Baiana,
mas não fazia parte dos ideais da Inconfidência
Mineira.
Resposta da questão 17:
[B]
O Pacto Colonial regia a relação entre Metrópole e
Colônia, determinando que qualquer riqueza ou
lucro encontrada ou existente na Colônia pertencia
100% à sua Metrópole.
Resposta da questão 18:
[D]
Os portugueses enxergaram os indígenas de maneira
etnocêntrica, medindo o povo indígena a partir dos
seus próprios valores. Por isso, a crítica à falta de fé,
lei e rei.
Resposta da questão 19:
[A]
Na chamada República Oligárquica, o estado de São
Paulo buscava ocupar um lugar de hegemonia na
política nacional, uma vez que já comandava a
economia brasileira devido ao ciclo do café. Assim, o
uso da figura do bandeirante nas obras de arte foi
uma forma de legitimar essa hegemonia.
Resposta da questão 20:
[C]
Ainda que alianças tenham sido feitas entre
europeus e alguns grupos nativos, a rivalidade entre
índios e europeus sempre existiu, o que levou,
associado a outros fatores, a um grande número de
mortes entre os indígenas.
Resposta da questão 21:
[E]
Os padres jesuítas tiveram maior contato com os
indígenas do litoral brasileiro, que pertenciam ao
troco linguístico tupi-guarani. Nesse sentido, o
domínio – por parte dos jesuítas – da língua tupi foi
fundamental para a convivência e o contato.
Resposta da questão 22:
[B]
A vinda da Família Real para o Brasil foi o primeiro
passo do processo de Independência da Colônia,
uma vez que elevou o status do Brasil, invertendo a
posição de Portugal e Brasil no pacto colonial, e deu
aos colonos uma autonomia de ação inédita.
Resposta da questão 23:
[A]
Ao afirmar que "o melhor fruto que dela se pode tirar
me parece que será salvar essa gente", Caminha
demonstra que o português buscaria, através da
catequese, "civilizar" o indígena, considerado
selvagem por não ter "fé, lei nem Rei".
Resposta da questão 24:
[C]
Ao mencionar o início do povoamento da terra,
Gandavo refere-se ao início da colonização efetiva,
com a implantação da atividade canavieira, que teve
no índio, antes do africano, a primeira forma de mão
de obra escrava. A reação do indígena à captura e
escravização levou, entre outras formas, à fuga para
áreas mais distantes do litoral, ocupado agora pelo
colonizador europeu.
Resposta da questão 25:
[E]
[Resposta do ponto de vista da disciplina de
História]
O Congado, ou Festa do Rei Congo, é um movimento
de sincretismo religioso realizado no Brasil desde os
tempos coloniais. A festa é uma mistura de cultos
católicos e africanos, na qual se comemora, ao
mesmo tempo, a vida de São Benedito, o encontro de
Nossa Senhora do Rosário e a vida do negro Chico-
Rei.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de
Sociologia]
A festa da Coroação do Rei do Congo, também
chamada de Congado, é uma importante
manifestação cultural brasileira. Ela surgiu durante
o período colonial, a partir de um processo de
ressignificação cultural de festas africanas. Desta
maneira, somente a alternativa [E] pode ser
considerada correta.
Resposta da questão 26:
[C]
Como o texto enfatiza, uma gama de trabalhadores
livres e escravos convivia nas cidades italianas, em
especial nas chamadas casas grandes, as
residências das famílias nobres.
Resposta da questão 27:
[A]
Somente a alternativa [A] está correta. A questão
remete as invasões holandesas no Brasil, sobretudo
em Pernambuco entre 1630-1654 com destaque
para o governo de Nassau, 1637-1644. Segundo o
historiador Pedro Puntoni em seu livro “A Guerra dos
Holandeses” (coleção “Guerras e Revoluções
Brasileiras”) em 1637 a Companhia das Índias
Ocidentais decidiu enviar um governador experiente
para seus negócios no Brasil. A escolha recaiu sobre
João Maurício de Nassau, conde de Nassau. Este
consolidou o domínio da Companhia no então
chamado Brasil Holandês. Nassau passou para a
História como um bom estadista com viés
humanista. Usou de moderação política e tolerância
religiosa no convívio com os pernambucanos. Para
isso muito contribuiu o seleto grupo de 46
intelectuais que o acompanharam, homens cultos,
artistas, cientistas. Era o Mecenato de Nassau no
nordeste brasileiro. Surgiram os primeiros tratados
sobre flora e fauna brasileira, lindas imagens
registradas pelos pintores como Albert Eckout e
Frans Post. Nassau mandou construir a “Cidade
Maurícia”. Trata-se de uma espécie de continuação
do Renascimento Cultural com a modernização do
nordeste brasileiro.
Resposta da questão 28:
[B]
O desenvolvimento urbano e o renascimento cultural
promoveram transformações na sociedade, como o
surgimento de novas profissões urbanas,
promovendo, também, uma nova divisão do
trabalho.
Resposta da questão 29:
[A]
O termo bárbaro foi usado diversas vezes ao longo da
História para designar aqueles que eram de fora.
Para os romanos, por exemplo, era bárbaro todo
aquele que não falava latim.
Resposta da questão 30:
[A]
O próprio texto é bem claro em sua afirmação: “o ser
homem se confunde com a sua aparência. Quem age
como nobre é nobre”. Sendo assim, a etiqueta era
uma forma de distinção social na França absolutista.
Resposta da questão 31:
[C]
As viagens ultramarinas do século XV foram
rodeadas de expectativas com relação aos perigos
que podiam ser encontrados no mar. Monstros
marinhos, rodamoinhos gigantescos que “engoliam”
embarcações, pontos de tempestades que nenhum
navio atravessaria e a queda profunda ao se alcançar
a linha do horizonte eram alguns dos medos dos
navegantes.
Resposta da questão 32:
[E]
A expansão marítima representa a expansão do
comércio, portanto, burguês, apesar de interessante
para a nobreza que controlava o Estado. Na
expansão Ibérica não se encontram interesses
italianos. Vale a pena lembrar que muitos
historiadores consideram o Estado Moderno ainda
como um “Estado Feudal”. A expansão somente foi
possível devido à centralização do poder em Portugal
e Espanha, caracterizados politicamente como
monarquias absolutistas.
Do ponto de vista religioso, as monarquias ibéricas
tiveram o apoio do Papa e se utilizaram de novas
tecnologias derivadas do conhecimento, oriundo do
renascimento.
Resposta da questão 33:
[C]
Apesar de cristãos, os humanistas se preocuparam
em compreender o ser humano a partir de novas
perspectivas, definidas pelo racionalismo,
valorizando o individualismo. A ideia básica de
Renascimento Cultural está associada ao resgate da
cultura clássica, Greco-romana. No século XVI, o
movimento de Reforma Religiosa, denominada de
protestante, incorpora elementos originados com o
Renascimento, destacando-se a visão crítica de
mundo e o próprio individualismo, sendo que os
reformadores foram combatidos pela Igreja Católica
com maior vigor a partir da contrarreforma.
Resposta da questão 34:
[A]
O sistema colonial desenvolvido durante a Idade
Moderna enquadra-se no processo de expansão do
comércio, responsável por fortalecer o Estado
absolutista e possibilitou o enriquecimento da
camada burguesa. Todo o processo de exploração
colonial tinha como objetivo gerar riqueza,
acumulada segundo a visão mercantilista de
economia.
Resposta da questão 35:
[C]
O quadro representa o trabalho servil, típico dos
camponeses no período medieval, ainda no interior
da estrutura feudal, quando o servo estava
subordinado a um senhor feudal – representado no
quadro pelo castelo – e possuía pouco conhecimento
técnico. No entanto, a rotação de culturas, deixando-
se uma parte do campo em descanso, era uma
prática comum e visava reduzir o desgaste da terra.
Resposta da questão 36:
[B]
A partir dos versos de Fernando Pessoa percebe-se a
referência ao Mediterrâneo, “mar com fim”, utilizado
pelos gregos em suas diáspora e atividades
mercantis e que, séculos depois ficou sobre controle
dos romanos a ponto de ser tratado pelos mesmos
como o mare nostrum. Ao mesmo tempo, refere-se ao
“mar sem fim”, numa alusão ao Atlântico,
desconhecido no primeiro século de expansão
marítima e que ficou sobre controle português,
garantindo ao Estado lusitano o caminho para as
Índias, o controle do litoral africano e as terras
litorâneas do Brasil.
Resposta da questão 37:
[B]
A expressão renascentista nos remete à Idade
Moderna, momento em que uma nova visão de
mundo se desenvolveu ao mesmo tempo em que a
burguesia e o comércio estavam em expansão. A
cultura renascentista resgatava valores greco-
romanos em contraposição a visão medieval ainda
predominante na sociedade e, dessa maneira,
revalorizou a razão, estimulando a reflexão e o senso
crítico, com novas descobertas científicas, assim
como uma nova arte, que refletia não apenas a
adoção de novas técnicas, mas a valorização do ser
humano e de sua vida cotidiana.
Resposta da questão 38:
[A]
O final da Idade Média é caracterizado por um
processo de transformações socioeconômicas que
envolveram as cidades. Se durante a Alta Idade
Média a cidade manteve-se isolada, durante a Baixa
Idade Média ela tendeu a crescer, impulsionada por
maior circulação de mercadorias provenientes do
oriente. O Renascimento, comercial e urbano,
possibilitaram o surgimento da burguesia e das
raízes do processo de acumulação de capitais.
Resposta da questão 39:
[E]
A moral política para Maquiavel é marcada pelo
pragmatismo, ou seja, pela necessidade de atingir
seus propósitos. O propósito do “príncipe” (do
governante) é governar e manter a ordem social e
para isso não deve se preocupar com a visão que
possam formar sobre sua pessoa, com a reputação
de cruel.
Maquiavel foi o primeiro intelectual a teorizar e
defender o modelo absolutista de Estado, com o
poder concentrado nas mãos do governante, como
representação máxima desse mesmo Estado.
Resposta da questão 40:
[A]
O testemunho de Agnolo di Tura faz uma associação
direta entre o enorme número de mortos devido à
Peste Negra e o fim do mundo. Essa associação
expressa, por sua vez, uma visão teocêntrica e
dogmática medieval, que considerava que os
diversos fenômenos simultâneos como surtos de
fome, a Guerra dos Cem Anos e a Peste Negra eram
sinais da cólera de Deus, reforçando a crença no
final dos tempos.
Resposta da questão 41:
[D]
Somente a alternativa [D] está correta. A questão
remete ao período denominado Pré-Colonial, 1500-
1530, entre a viagem de Cabral em 1500 à viagem de
Martim Afonso de Souza em 1530. Neste período não
ocorreu ocupação portuguesa no Brasil, pois o país
ibérico priorizou o comércio das especiarias no
oriente deixando o Brasil em segundo plano. Na
viagem de Cabral em 1500 havia uma preocupação
em defender as terras lusitanas demarcadas pelo
Tratado de Tordesilhas diante da possibilidade de
invasões.
Resposta da questão 42:
[E]
Como o texto ressalta, existiam, na Colônia,
comerciantes de escravos que agiam sem a anuência
da Coroa Portuguesa. Esses comerciantes acabavam
por ajudar a formar certa autonomia colonial e
mercantil frente a Coroa.
Resposta da questão 43:
[B]
O fragmento do texto do padre Antônio Vieira faz
uma analogia do processo de catequese realizado
pelos religiosos católicos diante dos gentios com o
trabalho de um artista que, utilizando uma matéria-
prima, como uma pedra, produz um homem perfeito
ou um santo no altar. A proposição [B] é a única que
contempla o teor do texto de Vieira.
Resposta da questão 44:
[C]
A presença holandesa no Brasil colonial, através do
governo das Companhias das Índias Ocidentais,
ajudou por desenvolver a capitania de Pernambuco,
em especial na produção de açúcar. Mas a presença
holandesa não modificou o panorama social da
Colônia, beneficiando, assim, as elites.
Resposta da questão 45:
[C]
O texto da historiadora Maria Odila Leite da Silva
Dias analisa o processo de independência do Brasil
em uma perspectiva bem ampla, levando em
consideração acontecimentos históricos externos e
internos que impactaram muito no sete de setembro
de 1822. Entre os fatos históricos externos podemos
citar a Revolução Francesa, a expansão napoleônica,
o Bloqueio Continental, a vinda da corte portuguesa
para o Brasil em 1808, a Revolução Liberal do Porto
em 1820, além de muitas tensões sociais dentro do
Brasil, como a Inconfidência Mineira, Conjuração
Baiana, Conjuração Carioca e a Revolução
Pernambucana de 1817.