Ensino multidisciplinar em natação: reflexão metodológica e proposta de lista de verificação

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    O presente estudo discute a necessidade de serepensar a abordagem tradicional do ensino daNatao. A Natao, como disciplina desportiva, uma actividade multidisciplinar, a qual pode serextremamente rica ao nvel da experimentaomotora e variao de prticas desportivas aquticas. neste contexto que se confronta a realidadeactual do ensino da Natao com uma realidademais desejada, de mbito multidisciplinar. Nasequncia da anlise efectuada, enfatizou-se, so-

    bretudo, a orientao e adequao dos contedosde ensino da Natao para crianas e jovens,populao especfica nas suas caractersticas enecessidades de desenvolvimento. No sentido dese atender a este grupo especifico, aps se tersalientado a pertinncia da multidisciplinaridade,efectua-se uma proposta de abordagem de habi-lidades motoras aquticas bsicas envolvendo anatao pura, o plo aqutico, a natao sincro-nizada e os saltos para a gua, considerando a

    fase de ensino inicial da Natao a Adaptaoao Meio. Esta proposta visa divulgar a imple-mentao do ensino multidisciplinar da Natao,o qual se considera ser cada vez mais urgente,particularmente pela pouca expresso que asmodalidades aquticas tradicionalmente conside-radas como satlites da Natao plo aqutico,natao sincronizada e saltos para a gua tmtido no contexto desportivo nacional.

    Palavras Chave: Natao, Ensino, Multidisciplinar,Adaptao ao Meio Aqutico.

    Multidisciplinary teaching in swimming:methodological reflection and proposal ofcheck list

    The present study proposes a new multi-disciplinary approach related to teaching inswimming. Swimming is an interdisciplinaryphysical activity, which can be truly important atthe level of the motor learning and experi-mentation in aquatic activities. In the presentmanuscript, it was compared the present reality

    of teaching in Swimming with a new perspective,this one with a multidisciplinary scope. Followingthe referred analysis, it was presented a dis-cussion about the orientation and adequacy ofthe contents of the Swimming curriculum forchildren and youngsters, which are populations

    with specific characteristics and developmentnecessities. In this sense, after stating the rele-

    vance of a multidisciplinary perspective, it wasproposed a new approach for basic aquatic motorskills acquisition based on four disciplines:

    swimming, water polo, synchronised swimmingand platform diving. This was made taking intoaccount the initial stage of swimming teaching,i.e., aquatic readiness. This proposal aims mainlyat implementing the teaching of Swimming at amultidisciplinary point of view that, in ouropinion, is urgent, namely due to the smallexpression that the aquatic modalities traditionallyconsidered as swimming satellites (water polo,synchronised swimming and platform diving)have in the Portuguese sports context.

    Keywords: Swimming, Teaching, Multidisciplinaryapproach, Aquatic Readiness.

    Resumo Abstract

    Data de submisso:Agosto 2007 Data de Aceitao: Setembro 2007

    Ensino multidisciplinar em natao: reflexo metodolgica eproposta de lista de verificaoSofia Canossa1, Ricardo J. Fernandes2, Carla Carmo2, Antnio Andrade3, Susana M. Soares2

    1 Mestre em Cincias do Desporto pela Universidade do Porto.2 Docente da Faculdade de Desporto, Universidade do Porto.3 Ps-graduado pela Universidade Tcnica de Lisboa.

    Canossa, S.; Fernandes, R.; Carmo, C.; Andrade, A.

    Soares, S.; Ensino multidisciplinar em natao:reflexo metodolgica e proposta de lista deverificao. Motricidade 3(4): 82-99

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    A par da expanso generalizada das prticasdesportivas, a Natao, nas suas vertentes deensino, recreao e lazer, reabilitao e competi-o, parece estar a registar uma crescente adesode praticantes. As actividades aquticas tm sidolargamente difundidas, no s nos clubes, comonoutras instituies e agentes sociais, percor-

    rendo todas as faixas etrias, desde os bebs aosadultos e idosos. Se, por um lado, esta crescenteexpanso contribui para a melhoria da qualidadede vida da populao em geral, por outro, essamesma difuso faz emergir questes sensveisao nvel da qualidade dos servios prestados,s quais profissionais, instituies e agentes pro-motores deveriam estar atentos. A este propsito,no raras vezes, se encontram ofertas menosapropriadas no que concerne orientao e

    adequao dos contedos aos diversos gruposetrios. A ocorrncia deste facto em classesde crianas e jovens torna-se ainda mais preo-cupante, particularmente pelo comprometimentoda integralidade do seu desenvolvimento fsicoe psicolgico.

    De modo a responder adequadamente sdiversas motivaes e interesses de quem inicia aprtica da Natao, assim como a cumprir ospreceitos da multidisciplinaridade, ser funda-

    mental entender a abrangncia desta modalidadedesportiva quer nas vertentes acima referidasquer nas suas quatro disciplinas: natao pura(np), plo aqutico (pa), natao sincronizada(ns) e saltos para a gua (sa). Estas disciplinasdevem constituir um todo globalizante j que aexpresso final de cada uma resulta de umalicerce comum. Para uma slida construodessa base, sob pena de se observarem hiatosde aprendizagem inibidores de uma efectivaprogresso dos indivduos, deve-se contemplar,desde as primeiras fases do ensino, as habilidades

    Introduo

    motoras aquticas bsicas (hmab)2 que, por serempercursoras de determinadas habilidades maisespecficas de cada disciplina, comportam algumasingularidade.

    A Adaptao ao Meio Aqutico (AMA) comummente reconhecida como o pilar bsicodo processo de ensino-aprendizagem em Natao.

    A AMA no deve, contudo, ser abordada edirigida segundo os pressupostos nicos da np19,devendo, pelo contrrio, ser alicerada e orien-tada pelos pressupostos de todas as disciplinasda Natao e da futura diversidade de interessese motivaes dos praticantes2. A isto se impe anecessidade de repensar uma nova AMA, capazde induzir respostas adaptativas gerais e espec-ficas de cada disciplina aqutica.

    O ensino multidisciplinar , aparentemente,

    uma ideia de fcil aceitao, mas de exequibi-lidade difcil, na medida em que exige umareflexo profunda sobre o actual ensino aplicado Natao e formao de profissionais compe-tentes e profundamente conhecedores das diversasdisciplinas aquticas19. Trata-se, tambm, de umaproposta complexa, tanto ao nvel dos conceitoscomo dos contedos.

    Nesta reflexo, de mbito didctico, estabele-cemos uma sequncia de contedos inicial, tendo

    por base as hmab percursoras das disciplinas denp, pa, ns e sa. Assim, so objectivos do presentetrabalho: (i) reflectir sobre o ensino tradicionalda Natao existente em Portugal; (ii) alertar osprofissionais da Natao para as necessidadesformativas e pedaggicas das crianas e jovens;(iii) evidenciar as vantagens do ensino multidis-ciplinar da Natao; (iv) estabelecer uma sequnciade contedos, tendo por base as hmab percursorasdas disciplinas de np, pa, ns e sa e (v) projectar oensino multidisciplinar na Natao, enunciandoa divulgao de propostas em trabalhos futuros.

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    ENSINO/FORMAO DE BASE EM NATAO.DA REALIDADE MUDANAO Ensino da Natao: que realidade?

    O ensino da Natao tem sido tradicional-mente preconizado segundo uma abordagemmonodisciplinar2,7,13,30. Na maioria das Escolasde Natao, no se encontram contedos orde-nados, sistematizados e integrados das disciplinas

    de pa, ns e sa. Nesse contexto, a multidiscipli-naridade rara e a transdisciplinaridade quaseinexistente. curioso, contudo, constatar aadopo frequente de exerccios que contem-plem saltos variados, rolamentos, passagens pelaposio invertida imersa e manipulao deobjectos. No entanto, a sua abordagem recaiapenas nas fases iniciais de aprendizagem eapresenta, como principal objectivo, o da aprendi-zagem das tcnicas padro da np, no eviden-

    ciando preocupaes multi e transdisciplinares. tambm frequente encontrar, durante as fasesiniciais de aprendizagem, a utilizao de jogosldicos desprovidos de objectivao, seja ao nveldo jogo propriamente dito (e.g. orientao espaciale temporal, cumprimento de regras, trabalho degrupo), dos contedos da Natao de mbitogeral (e.g. domnio do equilbrio vertical), ou doscontedos de uma disciplina particular daNatao (e.g. manipulaes no pa). Parece tratar--se apenas de jogar por jogar, somente para sedivertir36.

    O valor formativo da np evidente einquestionvel. Trata-se de uma disciplina queproporciona s crianas e jovens a aquisio decompetncias motoras nicas, o que aliado aofacto das suas tcnicas padro estarem presentes,directa ou indirectamente, nas restantes disciplinasda Natao, a torna essencial. Contudo, ao obser-

    varmos as Escolas de Natao, percebemos quea sua tradicional abordagem30, comeando pela

    basilar fase da AMA, se encontra empobrecida.At alguns contedos fundamentais como astcnicas de partir e virar12,35,38 so relegadas parasegundo plano quando sabemos que a sua intro-duo e exercitao enriquece o reportrio motor

    dos alunos e em muito beneficia a AMA. Por serfundamental, a AMA carece de um conceitomais vasto e completo, no devendo ser vistaapenas como uma simples fase inicial da apren-dizagem da np, mas sim como a aprendizagem

    do total domnio do meio aqutico. A AMA s considerada completa quando o sujeito con-frontado com as exigncias especficas de cadaactividade aqutica19. Nesta perspectiva, a prpriaabordagem multidisciplinar assente em hmabpercursoras de apenas quatro disciplinas aquticaspoder incorrer em defeito, pois outras activida-des aquticas como o nado com barbatanas, asguas livres e as disciplinas dofitnesspodero dar,tambm, um contributo importante para a aqui-sio de uma verdadeira mestria aqutica.

    Em sntese, atendendo s caractersticas enecessidades das crianas e jovens e sendo aNatao uma modalidade de elevada exignciatcnica, onde por vezes se torna difcil sair dedeterminados padres de movimentos, importaque os profissionais ligados s actividades aqu-ticas, se direccionem para um processo de ensinomais rico e variado1,30 comeando, desde logo, na

    AMA. este o ensino que objectiva a aquisiode competncias aquticas alargadas e o desenvol-

    vimento multilateral e harmonioso dos indivduos.Na figura 1 tentamos confrontar duas perspec-tivas: o que parece ser a realidade actual doensino da Natao em Portugal e uma realidadede mbito multidisciplinar, projectada numfuturo que se julga mais promissor.

    Ensino multidisciplinar: Porqu?O ensino e formao cuidados das crianas e

    jovens so unanimemente reconhecidos pelos

    agentes educativos, os quais devem estar cons-cientes das reais necessidades desse grupo etrioe ser responsveis quanto orientao do ensinoe criao de oportunidades de prtica. J em1965, Bruner, salientava que a capacidade de

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    resoluo de problemas que requeiram respostamotora um processo que se inicia logo aps o

    nascimento do indivduo. Complementarmente,se a criana no for exposta tentativa derealizao de uma habilidade, alguns dos compo-nentes necessrios para o sucesso no estarodisponveis no seu ambiente34. Estas conside-raes levam a depreender que a estimulaomotora se assume, desde idades muito baixas,como agente condicionante da aprendizagem. Sepor um lado, no h dvidas sobre a pertinnciade proporcionar criana uma estimulao que a

    habilite para a resoluo de problemas, poroutro, quando nos reportamos solicitaomotora, surgem questes relacionadas com aquantidade e a qualidade da estimulao a pro-porcionar. Nesse contexto, e nomeadamenteno que toca natureza da estimulao motoraconsiderada como adequada s necessidadeseducativas das crianas, pode-se constatar algumconsenso quanto importncia da variabilidadeda prtica1,16,21,22,34,37.

    Na rea da Aprendizagem Motora, embora setrate de um tpico de estudo actual e de debatequanto a proposies, a prtica variada tem sidoproposta e/ou assumida como um factor quefacilita a aquisio de habilidades motoras,

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    tornando a aprendizagem um processo maisefectivo37. Schmidt32 refere que a prtica variada,

    para alm das habilidades abertas (que se desen-rolam em contexto varivel e imprevisvel),pode ser tambm importante para as habilidadesfechadas (que se desenrolam em ambiente estvele previsvel). Assim, a prtica variada revela

    vantagens ao nvel da eficcia do processo deensino-aprendizagem e ao nvel do desempenhode uma nova verso do movimento aprendido(que assim apresenta menor erro de execuo).

    Em paralelo com o assunto acima descrito,

    tambm a interferncia na aprendizagem quepossa ocorrer pela variao dos contextos deprtica variada, tem sido tema de interesse. Apropsito do estudo das hipteses sobre o efeitoda interferncia contextual na aprendizagem dashabilidades motoras, Schmidt32 concluiu que omtodo tradicional de praticar repetidamenteuma habilidade at esta ser desempenhadacorrectamente no ser o caminho mais eficazpara a aprendizagem. Assim, o referido autor

    sugere que praticar um variado nmero de habili-dades em condies prximas de uma ordemaleatria representa o melhor meio de sucessopara atingir a aprendizagem e a reteno. Comple-mentarmente, Mesquita22 refere tambm que a

    Figura 1: Realidade actual vs realidade desejada no ensino da Natao. Em itlico encontram-se os contedosque parecem ser menos abordados no ensino tradicional da Natao em Portugal.

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    pluralidade contextual tida como factor queinfluencia a qualidade do desempenho. Do ex-posto, pode-se concluir que existe um entendi-mento comum sobre a necessidade de se privile-giarem metodologias assentes na prtica variadaem vrias modalidades desportivas. SegundoSchmidt33, a prtica variada conduz flexibi-lidade ou adaptabilidade na produo do movi-

    mento. No mbito do ensino dos jogos despor-tivos colectivos, chega-se mesmo a procurarfavorecer umaprtica transfervel16.

    Desde 1970 que se discorre sobre os bene-fcios de um processo de aprendizagem rico e

    variado, realando-se o transfer relativamente shabilidades motoras cf.14,20,32,33. Segundo Gagn14,a criana progride no seu desenvolvimento porqueaprende e constri um conjunto ordenadode capacidades de forma progressiva, atravs do

    processo de diferenciao, recordao e transfe-rncia de aprendizagem. Qualquer capacidadeaprendida, em qualquer estdio da sequnciade aprendizagem, pode operar como mediadorpara outra aprendizagem, para a qual no foideliberadamente ensinado. Para Magill20, o transfer parte integrante do processo de aprendizagemde habilidades motoras, fazendo parte do desen-

    volvimento curricular no mbito educacional eestabelecendo a base para muitos mtodos deensino. Desta forma, a influncia de experinciasanteriores no desempenho de habilidades produzum efeito benfico na aprendizagem de umanova habilidade ou no desempenho da habili-dade num novo contexto. Esse efeito denomi-nado de transfer positivo. Relativamente possibili-dade de ocorrncia de transfer negativo20, trata-sede um efeito temporrio no processo de apren-dizagem motora, no perdurando ao longodos estdios de aprendizagem. Esta situao natural e tpica em estdios muito iniciais de

    aprendizagem e acontece habitualmente quandoum estimulo antigo requer uma nova mas similarresposta, i.e., as caractersticas do contexto sosimilares mas, as caractersticas do movimentoso diferentes. O praticante deve ser instrudo no

    sentido de focar a sua ateno para determinadospormenores do movimento a fim de aprendercorrectamente a nova habilidade20.

    Em suma, a literatura sugere que o ensino // formao de base multidisciplinar, onde secontemple uma grande variedade de propostasde aquisio motora, permite promover oalargamento do reportrio motor das crianas e

    jovens, conduzindo ao seu desenvolvimentomultilateral e harmonioso1,17. A multidiscipli-naridade chega mesmo a ser referida comorequerimento base, necessrio ao aumento daespecializao e, consequentemente, obtenode elevado rendimento desportivo. , sobretudo,nas idades mais baixas que a formao multila-teral veicula o desenvolvimento das bases tcnicas,tcticas e psicolgicas necessrias especializao5,9.

    Para alm de fornecer bases fundamentais ao

    nvel do reportrio motor, o ensino multilateralevidencia, tambm, vantagens ao nvel da qua-lidade da escolha desportiva. Parece consensualque os indivduos que tm por base umaformao multidisciplinar desenvolvem compe-tncias motoro - desportivas que os poderomelhor orientar para a formao especializadade uma dada modalidade. Assim, este gnero deformao pode constituir-se como um importantecontributo para uma escolha desportiva cons-

    ciente10,16. Embora o percurso da criana, nasactividades desportivas e, especificamente naNatao, seja uma incgnita, ao proporcionar-lheum ensino que comporte variabilidade de prtica,estamos a dot-la de capacidade de resposta e aabrir-lhe caminho a inmeras possibilidades dedesenvolvimento da actividade com qualidade,seja em actividades de competio ou em activi-dades de recreao e lazer.

    Ainda a propsito da formao e orientao

    desportiva de crianas e jovens, Estriga9 defendeque, na generalidade, o princpio da multilate-ralidade fundado em vrias modalidades, deveantepor-se sua utilizao no plano restrito deuma modalidade. Embora no isoladamente,

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    esta ideia estimula as consideraes sobre a ne-cessria reformulao do ensino tradicional-mente usado na Natao. um facto que o meioaqutico representa um contexto semelhanteentre as quatro disciplinas da Natao. Noentanto, cada uma das disciplinas reveste-se deteor diferente e prprio, o que vai de encontrocom o sugerido pela literatura sobre a prtica

    variada e ensino / formao multidisciplinar.

    Ensino multidisciplinar em Natao:Que vantagens?

    Todas as disciplinas da Natao compreendempressupostos comuns de AMA e desenvolvi-mento de tcnicas de deslocamento. Para almdestas, cada disciplina comporta a sua especifi-cidade. A Natao, em sentido lato, trata-sede uma rea extraordinariamente rica, onde as

    possibilidades de desenvolvimento de compe-tncias motoras so imensas26,27. Reconhecendo aimportncia da multidisciplinaridade, quantomaior o reportrio motor adquirido pelo alunono meio aqutico, maior ser a sua possibilidadede escolha, tanto ao nvel das disciplinas daNatao, como das suas vertentes. Tambm assuas competncias para desenvolver a actividadeescolhida sero melhores e, mesmo que o sujeitodecida mudar de vertente ou disciplina, maior

    ser a possibilidade de este vir a manter-se emactividade, de forma saudvel e at idadessuperiores.

    No que respeita vertente competitiva, aformao de base multilateral permite aossujeitos desenvolverem competncias motorasaquticas alargadas, o que lhes facultar maiorespossibilidades de sucesso. Sendo a competioto exigente a nvel de requisitos, a verdadeiramestria aqutica19 permite escolher uma modali-

    dade desportiva com uma maior margem desegurana, particularmente no que toca a questessensveis como o respeito pelo desenvolvimentopsicomotor, especializao precoce e abandonoprematuro da actividade9.

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    A reflexo sobre as potencialidades educativase formativas das quatro disciplinas da Nataopermite apontar algumas evidncias prementesno contexto do ensino. Destaca-se o facto de a

    AMA ser a condio primeira para o desenvol-vimento de qualquer das quatro disciplinas daNatao, sendo que os contedos bsicos epreliminares, abordados no mbito de cada umadelas, contribuem para uma correcta evoluoadaptativa. Parece ser tambm evidente quealguns desses contedos manifestam umapotencial transversalidade til para o desenvolvi-mento de uma dada habilidade mais especfica.

    Assim, torna-se claro que as tcnicas de np estopresentes no desenvolvimento das parceirasdisciplinas.

    No caso especfico do pa, possvel observar--se algumas tcnicas que esto presentes noprocesso de ensino-aprendizagem de outras

    disciplinas. Por exemplo, as manipulaes, queso constantes de quase todas as aces motorasdo pa, tm sido bastante referidas na literaturaaquando das propostas de ensino para aaquisio e desenvolvimento de competnciasmotoras aquticas, nomeadamente as que maisse reportam AMA2,15,23,24,28,29 . Outro exemplo aretropedalagem (vulgo pernas de plo), movi-mento fundamental para a ns. Existem, tambm,

    variantes de formas de deslocamento, como

    tcnicas dorsais com aco dos membrosinferiores na tcnica de bruos (vulgo costas plo),bruos vertical, overarm sidestroke, crol com acabea emersa (vulgo crol plo), arranque,paragem, saltos, mudanas de direco e sentidode nado, que podero, potencialmente, auxiliaro aperfeioamento e consolidao de tcnicasde nado puro. Adicionalmente, sendo o PA anica disciplina aqutica cuja natureza se reporta de um de jogo desportivo colectivo, encerra oaspecto ldico do jogo. A motivao assume-secomo uma excelente estratgia no desenvolvi-mento do total domnio do meio31,36, respondendode forma amplamente positiva s necessidadesde crescimento e desenvolvimento das crianase jovens.

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    A ns encerra referncias importantes para asustentao do corpo no meio aqutico. Socontedos primeiros, nesta disciplina, o equil-brio, ritmo respiratrio e a propulso18,25. Asposies/ngulos dos segmentos propulsivosso fundamentais para que o deslocamento sejaefectivo8, sendo fundamental a posio da moe tonificao do corpo em geral. Complementar-mente, os rolamentos e o controlo respiratrio

    vm contribuir para a consolidao da AMA. Aocontemplar contedos como as remadas emposio dorsal e dorsal/engrupada, faculta-seum transfer de aprendizagem para o movimentodos membros superiores da tcnica de Bruose propulso dos MS de algumas tcnicas dearranque, mudana de direco e sentido denado do pa. Verifica-se, tambm, que a posioinvertida uma presena dominante nos sa, apsuma primeira fase da presena dominante da

    posio bpede e entrada na gua de p.Nos sa caracterstica a apreenso da noo

    de tonificao corporal, tambm presente naaprendizagem da posio hidrodinmica em np.Os saltos, de uma forma geral, so fundamentaispara a compreenso e consequente desenvolvi-mento da sustentao do corpo no meio4. Asuperao de medos pode ainda ser conse-guida pelo domnio areo do corpo e posteriorimerso em profundidade. , ainda potencial-

    mente educativo, a explorao dos saltos comlanamento de bolas ou outros objectos, nosentido de auxiliar o desenvolvimento da coorde-nao culo - manual e apreciao de trajectrias(ascendentes e descendentes) do material lanado.Infelizmente, na maioria das piscinas, a falta depranchas de saltos no permite explorar aopormenor as potencialidades educativas destadisciplina. No entanto, a sua iniciao impor-tantssima2 no devendo, por isso, estar ausentena abordagem da Natao, havendo sempre a

    possibilidade de utilizao de cais elevadosda piscina e blocos de partida para esse efeito.

    Na np todas tcnicas demonstram um fortecontributo para o desenvolvimento das outrasdisciplinas, sendo a tonificao corporal, a

    respirao, o equilbrio e a propulso contedosfundamentais e bsicos para esse fim. Assim, noensino a crianas e jovens, deve-se ter especialcuidado em garantir uma total adaptao aomeio e uma aprendizagem correcta das vriastcnicas de nado puro, assim como o domniodas vrias posies segmentares, engrupado,encarpado e empranchado, teis tanto para as

    viragens na np, como para as vrias posiesexecutadas na ns, ou para os sa na execuodos vrios saltos acrobticos.

    Em sntese, as razes para contemplar amultidisciplinaridade no ensino da Nataoparecem ser claras, podendo ser sintetizadasnos seguintes pontos: (i) proporciona um ensinomultilateral com vista ao desenvolvimentoharmonioso das crianas e jovens; (ii) propicia aaprendizagem e desenvolvimento do total do-mnio do meio aqutico; (iii) faculta o alarga-

    mento de competncias motoras aquticas;(iv) diversifica o ensino da natao; (v) oferecemaiores possibilidades em dar continuidade aodesenvolvimento da actividade nas vrias

    vertentes possveis, de forma saudvel e atidades avanadas e (vi) proporciona uma escolhadesportiva consciente.

    Por onde comear?Em reflexes do foro metodolgico, o mais

    difcil clarificar os conceitos base de formaa induzir um entendimento capaz de conduzir sua operacionalizao. Como tal, depois de seperceber a importncia conceptual da abordagemmultidisciplinar no ensino da Natao, colocam--se as questes do quando, como e por ondecomear. As respostas encontram-se subjacentesnas sequncias metodolgicas ou progressespedaggicas elaboradas em funo do quadroconceptual previamente delineado e que, no casopresente, o da multidisciplinaridade. O pontode partida de uma progresso pedaggica cor-respondente a uma primeira fase de ensino dequalquer modalidade caracteriza-se pela ausnciade experimentao formal anterior no mbitoda modalidade.

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    No caso especfico da Natao, pode-se referirque o ponto de partida corresponde a uma totalinadaptao ao meio aqutico, caracterizado poruma recusa da entrada no plano de gua, ou umatotal ausncia de capacidade para realizar acesdireccionadas, consubstanciadas no prprio actode brincar. importante reter que a AMA,entendida como primeira fase da aprendizagem

    em Natao, s completada quando os sujeitoscumprirem todos os objectivos afectos aoscontedos da mesma. Por isso, antes de umacriana iniciar o seu processo de aprendizagem,deve ser realizada uma avaliao prognstica, nosentido de se definir quais os objectivos que no capaz de cumprir e que tornam a sua adaptaoao meio deficitria. A titulo de exemplo, umacriana capaz de se deslocar autonomamente emmeio aqutico pode no estar realmente adaptadase no consegue imergir a face e de manter uma

    relao estvel com um objecto, como uma bola.A criana pode ser capaz de se sustentar, masno de deslizar, conhecer a posio hidrodin-mica e realizar rolamentos ou saltos.

    A aprendizagem um processo sequencialque obedece a uma ordenao de contedos eobjectivos. Por isso, quando o aprendiz parte doponto inicial de adaptao sabem-se, exactamente,quais as etapas a seguir. Para iniciantes comnveis de adaptao aqutica diferentes, a

    sequncia de contedos a exercitar e consolidar a mesma, mas tem de ser adaptada a cadacaso particular, i.e., a ordem de abordagem doscontedos mantm-se, mas preciso excluir

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    aqueles que no so necessrios abordar porqueos objectivos correspondentes, propostos para aetapa inicial, j esto conseguidos. A realizaode uma avaliao prognstico individualizada doiniciante reveste-se, assim, de particular impor-tncia e pressupe a existncia de instrumentosde avaliao bem aferidos.

    Dos vrios instrumentos de avaliao que se

    podem construir, as listas de verificao parecemser das mais prticas e fceis de utilizar. Uma listade verificao correctamente elaborada contmtodos os contedos constituintes de uma ou

    vrias etapas de ensino, ordenados em progressopedaggica. Como tal, possvel definir compreciso qual o nvel de ensino em que o sujeitodever ser colocado e conhecer quais os con-tedos correspondentes a nveis de aprendizagemanteriores cujos correspondentes objectivos no

    foram cumpridos.Seguidamente apresentamos uma proposta

    de lista de verificao para o nvel de AMA e acorrespondente progresso pedaggica (conte-dos e objectivos) para esta fase de ensino inicial.

    A proposta contempla contedos referentes ahmab alargadas que visam o desenvolvimento damestria aqutica e que aliceram a aprendizageme desenvolvimento de habilidades especficasdas disciplinas de np, pa, ns e sa. Pretendemos,

    num futuro prximo, dar seguimento a estaproposta inicial, aplicando o conceito da multidis-ciplinaridade s fases de ensino posteriores AMA.

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    Lista de verificao para a AMA e correspondente progresso pedaggica contemplandocontedos e objectivos da np, pa, ns e sa.

    Contedo 1 (np e sa). Equilbrio vertical com apoio.

    Objectivo: Realizar deslocamentos na posio vertical,

    apoiado em estrutura mvel, sem perder o equilbrio.

    Controlar esse equilbrio a velocidades variveis e nos

    vrios sentidos do deslocamento. Conhecer a resistncia

    da gua.

    Contedo 1 (pa). Manipulao de bola: apreenso do

    objecto.

    Objectivo: Realizar a apreenso da bola, na posio verti-

    cal e oblqua, sem demonstrar reaco adversa mesma.

    0. No entra na gua.

    1.Apoia-se no bordo mas no se desloca.

    2. Desloca-se em meio aquticoapoiado no bordo.

    3. Lana uma bola e desloca-se em

    meio aqutico com apoio.

    4.Apoia-se no separador de pista mas

    no se desloca.

    5. Desloca-se apoiado no separador da pista.

    6. Desloca-se em meio aqutico

    agarrado a uma bola.

    Equilbrio vertical com apoio/manipulaode bola (apreenso do objecto)

    Progresso pedaggica (np, pa, ns e sa)Lista de verificao

    NS

    Contedo 2 (np). Respirao

    Objectivo: Realizar a imerso da face, expirando e

    abrindo os olhos, sem mostrar reaco adversa.

    Contedo 2 (pa). Manipulao de bola: Recepo e

    lanamento.

    Objectivos: Realizar o lanamento da bola, para a frente,

    com MS portador em elevao; Realizar a recepo da

    bola na gua, sem se desviar da sua trajectria.

    0. No imerge a face.

    1. Imerge a face sem abrir os olhos e sem expirar.

    2. Imerge a face e, ou expira,

    ou abre os olhos.

    3. Imerge a face, abre os olhos e expira.

    4. Recebe na gua e lana

    uma bola em meio aqutico.

    5. Lana uma bola, em meio aqutico

    com o MS em elevao.

    6. Mantm a face imersa, os olhos abertos

    e expira, durante mais de 3 seg.

    Respirao/manipulao de bola(lanamento e recepo)

    Contedo 3 (np). Imerso em profundidade

    Objectivo: Realizar a imerso total do corpo, em profun-

    didade, na vertical, at ao fundo da piscina.

    Contedo 2 (sa). Imerso em profundidade aps salto

    de p.

    Objectivo: Realiza a mesma imerso anterior aps um

    salto de p.

    Contedo 3 (pa). Manipulao de bola: Recepo epega por baixo.

    Objectivo: Realizar a recepo, emergindo em direco

    a uma bola, distinguindo-a debaixo de gua; Realizar a

    pega da bola por baixo, vindo de imerso, com o MS em

    elevao.

    0. No imerge.

    1. Imerge parcialmente, na vertical,

    com apoio na vara ou na escada.

    2. Imerge, na vertical,

    pela vara at ao fundo da piscina.

    3. Imerge, na vertical, pela vara

    at ao fundo da piscina e recolhe objectos.

    4. Imerge, na vertical at ao fundo da piscina.

    5. Imerge, na vertical at ao fundo da

    piscina aps um salto de p.

    6. Imerge, na vertical at ao fundo da piscina e

    emerge em direco a uma bola, efectuando

    a pega por baixo, com o MS em elevao.

    Imerso em profundidade//manipulao de bola

    NS

    NS

  • 7/25/2019 Ensino multidisciplinar em natao: reflexo metodolgica e proposta de lista de verificao

    10/18

    91 {Tcnico

    Lista de verificao para a AMA e correspondente progresso pedaggica contemplandocontedos e objectivos da np, pa, ns e sa.

    Contedo 4 (np). Salto de p

    Objectivo: Realizar salto de p, a partir do bloco, man-

    tendo os segmentos corporais alinhados.

    Contedo 3 (sa). Posio corporal na trajectria area

    do salto e entrada na gua.Objectivo: Realizar a posio engrupada e encarpada

    na trajectria area do salto. Realizar a entrada na gua

    variando as posies.

    Contedo 4 (pa). Manipulao de bola: Lanamento e

    recepo.

    Objectivo: Realizar a recepo da bola, partindo de

    plano elevado, coordenando o tempo de salto com a tra-

    jectria da mesma.

    0. No salta para a gua.

    1. Salta para a gua a partir da escada ou do

    bordo da piscina, partindo da posio sentado.

    2. Salta para a gua a partir do bordo da

    piscina, partindo da posio de ccoras.

    3. Salta para a gua a partir do bordo da

    piscina, partindo da posio de p.

    4. Salta para a gua a partir de um plano

    elevado (bloco ou bordo elevado)

    partindo da posio de p.

    5. Salta para a gua na posio de p,

    realizando a posio engrupada ou

    encarpada na trajectria area. Varia as

    posies de entrada na gua (Bomba).

    6. Salta para a gua a partir de um plano

    elevado (bloco ou bordo elevado), partindo

    da posio de p e manipulando uma bola

    (lanamento, auto-passe, recepo).

    Salto de p/posio corporal natrajectria area/manipulao de bola

    Progresso pedaggica (np, pa, ns e sa)Lista de verificao

    NS

    Contedo 5 (np). Equilbrio vertical sem apoio.

    Objectivo: Manter o equilbrio vertical, sem apoio,

    durante 3 segundos.

    Contedo 4 (sa). Saltos dentro de gua em vrias

    posies.

    Objectivo: Realiza saltos dentro de gua em vrias

    posies.

    0. No mantm o equilbrio vertical,

    sem apoio, de forma autnoma.

    1. Retira, alternadamente, o apoio das mos

    do bordo, mantendo-se, por um breve

    momento, em suspenso.

    2. Retira os 2 apoios do bordo, ficando

    um breve momento em suspenso.

    3. Retira os 2 apoios do bordo, mantendo-se em

    suspenso por um perodo mximo de 3 seg.

    4. Equilibra-se na vertical, sem apoio, de forma

    autnoma por um perodo mximo de 3 seg.

    5. Realiza saltos dentro de gua

    em vrias posies.

    Equilbrio vertical sem apoio/saltos dentro da gua em vrias posies

    NS

    Contedo 6 (np). Posio de medusa.

    Objectivos:Adoptar a posio de medusa com apneia

    inspiratria, deixando-se manipular sem perder a posioengrupada; Adoptar a posio de medusa, com apneia

    inspiratria, deixando-se imergir sem perder a posio

    engrupada.

    0. No define a posio de medusa

    de forma autnoma.

    1. Realiza medusa com apneia inspiratria,

    mantendo um apoio na parede ou agarrando

    uma bola.

    2. Realiza medusa com apneia inspiratria

    de forma autnoma.

    3. Realiza medusa com apneia inspiratria de

    forma autnoma, deixando-se manipular.

    4. Realiza medusa com apneia expiratria.

    Posio de medusa NS

  • 7/25/2019 Ensino multidisciplinar em natao: reflexo metodolgica e proposta de lista de verificao

    11/18

    Ensino multidisciplinar em natao: reflexo metodolgica e proposta de lista de verificao

    Sofia Canossa, Ricardo J. Fernandes, Carla Carmo, Antnio Andrade, Susana M. Soares

    92 {Tcnico

    Contedo 7 (np). Equilbrio horizontal ventral

    Objectivo: Adoptar a posio de equilbrio horizontal

    ventral, sem apoio, definindo a posio por um perodode tempo superior a 3 seg.

    Contedo 5 (sa). Equilbrio invertido

    Objectivo:Adoptar a posio de equilbrio invertida, com

    apoio. Passar da posio vertical bpede para uma

    posio invertida, definindo-a por mais de 3 s e vice-

    versa.

    Contedo 5 (pa). Mudana da posio de equilbrio.

    Objectivo: Realizar a mudana da posio vertical para

    a posio horizontal ventral, com uma bola nas mos,

    colocando os MS em extenso.

    0. No passa da posio verticalpara a posio horizontal ventral.

    1. Passa, apoiado no bordo, da posio verticalpara uma posio horizontal ventral inclinadae retoma a vertical.

    2. Passa, apoiado no bordo, da posio verticalpara uma posio horizontal ventral com o

    corpo desalinhado e retoma a vertical.3. Passa, apoiado numa bola, da posio vertical

    para uma posio horizontal ventral com ocorpo desalinhado e retoma a vertical.

    4. Passa, apoiado no bordo, da posio verticalpara uma posio horizontal ventral com ocorpo alinhado e retoma a vertical.

    5. Passa, apoiado numa bola, da posio verticalpara uma posio horizontal ventral com ocorpo alinhado e retoma a vertical.

    6. Passa, autonomamente, da posio verticalpara a posio horizontal ventral,

    definindo esta posio por mais de 3 seg.7. Passa, autonomamente, da posio vertical

    bpede para a posio invertida,definindo-a por mais de 3 seg.

    Equilbrio horizontal ventral/equilbrio na posi-o invertida/mudana da posio de equilbrio

    Progresso pedaggica (np, pa, ns e sa)Lista de verificao

    NS

    Contedo 8 (np). Equilbrio horizontal dorsal.

    Objectivo: Adoptar a posio de equilbrio horizontal

    dorsal, sem apoio, definindo a posio por um perodode tempo superior a 3 s.

    Contedo 6 (pa). Mudana da posio de equilbrio.

    Objectivo: Realizar a mudana da posio vertical para

    a posio horizontal dorsal, com uma bola nas mos,

    colocando os MS em extenso.

    Contedo 6 (sa). Posio de equilbrio horizontal dor-

    sal com os MS em extenso.

    Objectivo: Adoptar a posio de equilbrio horizontal

    dorsal com os MS em extenso, definindo a posio

    por um perodo de tempo superior a 3 seg.

    Contedo 1 (ns). Remada de sustentao sem deslo-camento.

    Objectivo: Realizar a remada de sustentao em

    posio horizontal dorsal, sem deslocamento.

    0. No passa da posio verticalpara a posio horizontal dorsal.

    1. Passa, apoiado no bordo, da posio verticalpara uma posio horizontal dorsal inclinadae retoma a vertical.

    2. Passa, apoiado no bordo, da posio verticalpara uma posio horizontal dorsal com ocorpo desalinhado e retoma a vertical.

    3. Passa, apoiado no bordo, da posio verticalpara uma posio horizontal dorsal com ocorpo alinhado e retoma a vertical.

    4. Passa, apoiado numa bola, da posio verticalpara uma posio horiz. dorsal com o corpoalinhado, MS em extenso e retoma a vertical.

    5. Passa, autonomamente, da posio verticalpara a posio horizontal dorsal,definindo esta posio por mais de 3 seg.

    6. Passa, autonomamente, da pos. vertical paraa posio horiz. dorsal com os MS em extensodefinindo esta posio por mais de 3 seg.

    7. Passa, autonomamente, da posio verticalpara a posio horizontal dorsal e realiza aremada de sustentao, sem deslocamento.

    Equilbrio horizontal dorsal/Remadade sustentao/mudana da posiode equilbrio/Remada de sustentao

    NS

    Lista de verificao para a AMA e correspondente progresso pedaggica contemplandocontedos e objectivos da np, pa, ns e sa.

  • 7/25/2019 Ensino multidisciplinar em natao: reflexo metodolgica e proposta de lista de verificao

    12/18

    93 {Tcnico

    Lista de verificao para a AMA e correspondente progresso pedaggica contemplandocontedos e objectivos da np, pa, ns e sa.

    Contedo 9 (np). Deslize ventral.

    Objectivo: Realizar o deslize, em posio ventral, man-tendo o corpo em posio hidrodinmica.

    Contedo 7 (pa). Manipulao da bola: pega.Objectivo: Realizar a pega da bola com os MS estendi-dos, durante o deslize em posio ventral, mantendo abola em contacto com a gua e os segmentos corporaisalinhados, sem afundar o objecto.

    Contedo 7 (sa). Abertura e fecho dos MI, posioengrupada e encarpada, em deslize ventral.Objectivo: Realizar, durante o deslize ventral, abertura efecho dos MI, posio encarpada e engrupada.Contedo 2 (ns). Remada de sustentao, sem deslo-camento.Objectivo: Realizar a remada de sustentao em posiohorizontal ventral, sem deslocamento.

    0. No realiza o deslize ventral.1. Desliza, com o corpo pouco estendido (P.R.),

    numa distncia inferior a 2,5 metros.

    2. Desliza, com o corpo estendido,

    numa distncia inferior a 2,5 metros.

    3. Desliza, superfcie, com uma bola

    nas mos e com o corpo estendido,

    numa distncia superior a 2,5 metros.

    4. Realiza remada de sustentao em posio

    horizontal ventral, sem deslocamento.

    5. Desliza, em imerso e com o corpo estendido,

    numa distncia superior a 2,5 metros.

    6. Realiza a posio engrupada e encarpada,

    durante o deslize ventral.

    Deslize em posio ventral / remada sesustentao ventral/abertura e fechodos MI, posio engrupada e encarpada // manipulao da bola (pega)

    Progresso pedaggica (np, pa, ns e sa)Lista de verificao

    NS

    Contedo 10 (np). Deslize dorsal.

    Objectivo: Realizar o deslize, em posio dorsal, man-

    tendo o corpo em posio hidrodinmica.

    Contedo 8 (pa). Manipulao da bola: pega.

    Objectivo: Realizar a pega da bola com o MS estendi-dos, acima da cabea, durante o deslize em posio

    dorsal, mantendo a bola em contacto com a gua e os

    segmentos corporais alinhados.

    Contedo 3 (ns). Remada standard.

    Objectivo: Realizar a remada standarddurante 12,5m.

    Contedo 8 (sa). Abertura e fecho dos MI, posio

    engrupada e encarpada, em deslize dorsal.

    Objectivo: Realizar, durante o deslize, abertura e fecho

    dos MI, posio engrupada e encarpada.

    0. No realiza o deslize dorsal.

    1. Desliza, com o corpo pouco estendido (P.R.),

    numa distncia inferior a 2,5 metros.

    2. Desliza, com o corpo estendido,

    numa distncia inferior a 2,5 metros.

    3. Desliza, superfcie, com uma bolanas mos e com o corpo estendido,

    numa distncia superior a 2,5 metros.

    4. Desliza, em imerso e com o corpo estendido,

    numa distncia superior a 2,5 metros.

    5. Desliza, em imerso e em posio hidrodin-

    mica, numa distncia superior a 2,5 metros.

    6. Realiza remada standard, numa dist. de 12,5 m.

    7.Abre e fecha os MI, durante o deslize ventral.

    8. Realiza a posio engrupada e encarpada,

    durante o deslize dorsal.

    Deslize em posio dorsal / remadastandard// abertura e fecho dos MI, posio engrupadae encarpada / manipulao da bola (pega)

    NS

  • 7/25/2019 Ensino multidisciplinar em natao: reflexo metodolgica e proposta de lista de verificao

    13/18

    Ensino multidisciplinar em natao: reflexo metodolgica e proposta de lista de verificao

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    94 {Tcnico

    Contedo 11 (np). Rotao no eixo longitudinal

    (parafusos).

    Objectivo: Realizar a rotao no eixo longitudinal, a partir

    de deslize, mantendo os segmentos corporais alinhados.

    Contedo 9 (pa). Manipulao de bola: pega com

    rotao no eixo longitudinal.

    Objectivo: Realizar a pega da bola com os MS estendi-

    dos, durante a rotao no eixo longitudinal, mantendo a

    bola em contacto com a gua e os segmentos corporais

    alinhados.

    Contedo 3 (ns): Remada contra-standard.Objectivo: Realizar a remada standarddurante 12,5m

    Contedo 9 (sa). Rotao no eixo longitudinal (meia

    pirueta, pirueta, e, pirueta e meia).

    Objectivo: Realizar a rotao no eixo longitudinal,

    partindo da posio de p, ventral e dorsal, para o plano

    de gua, mantendo os segmentos corporais alinhados.

    0. No roda no eixo longitudinal.

    1. Realiza, em imerso, 1 rotao no eixo

    longitudinal com o corpo pouco estendido.

    2. Realiza, em imerso, 1 rotao no eixolongitudinal com o corpo estendido.

    3. Realiza, em emerso, 1 rotao no eixo

    longitudinal, com uma bola nas mos e

    com o corpo estendido.

    4. Realiza vrias rotaes no eixo

    longitudinal com o corpo estendido.

    5. Realiza, em emerso, vrias rotaes no eixo

    longitudinal, com uma bola nas mos e

    com o corpo estendido.

    6. Realiza vrias rotaes no eixo longitudinal

    mantendo a posio hidrodinmica.

    7. Realiza a remada contra-standard,

    numa distncia de 12,5 metros.

    8. Realiza meia pirueta, partindo da posio de

    p, ventral e dorsal, para o plano de gua,

    mantendo os segmentos corporais alinhados.

    9. Realiza pirueta completa, partindo da posio

    de p, ventral e dorsal, para o plano de gua,

    mantendo os segmentos corporais alinhados.

    9. Realiza pirueta e meia, partindo da posio

    de p, ventral e dorsal, para o plano de gua,

    mantendo os segmentos corporais alinhados.

    Rotao do eixo longitudinal / remadacontra-standard/ manipulao da bola(pega) / piruetas para o plano de gua

    NS

    Contedo 12 (np). Rolamento ventral.

    Objectivo: Realizar rolamento ventral de forma autno-

    ma, mantendo a posio engrupada durante a totalidade

    do movimento.

    Contedo 10 (sa) e 4 (ns). Rolamento ventral do Cais

    para o plano de gua.

    Objectivo: Realizar o rolamento com alguma trajectria

    area, definindo a figura e entrando na gua na posio

    engrupada.

    0. No realiza rolamento ventral.

    1. Realiza rolamento ventral a partir

    do bordo da piscina.

    2. Realiza rolamento ventral apoiado

    no separador da pista.

    3. Realiza rolamento ventral apoiado

    em material flutuante.

    4. Realiza rolamento ventral de forma autnoma.

    5. Realiza o rolamento ventral, com alguma

    trajectria area, partindo do Cais da piscina,

    e entrando na gua na posio engrupada.

    Rolamento ventral na gua / rolamentoventral do Cais para o plano de gua

    NS

    Lista de verificao para a AMA e correspondente progresso pedaggica contemplandocontedos e objectivos da np, pa, ns e sa.

    Progresso pedaggica (np, pa, ns e sa)Lista de verificao

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    95 {Tcnico

    Lista de verificao para a AMA e correspondente progresso pedaggica contemplandocontedos e objectivos da np, pa, ns e sa.

    Progresso pedaggica (np, pa, ns e sa)Lista de verificao

    Contedo 13 (np). Rolamento dorsal.

    Objectivo: Realizar rolamento dorsal de forma autno-

    ma, mantendo a posio engrupada durante a totalidade

    do movimento.

    Contedo 5 (ns). Rolamento retaguarda engrupado.

    Objectivo: Realizar a figura assumindo no incio e no

    final a posio bsica dorsal e durante o movimento, a

    posio engrupada.

    Contedo 11 (sa) . Rolamento dorsal com deslize dorsal.

    Objectivo: Realizar rolamento dorsal de forma autnoma

    aps impulso na parede para deslize, mantendo a

    posio engrupada durante a totalidade do movimento.

    0. No realiza rolamento dorsal.

    1. Realiza rolamento dorsal a partir

    do bordo da piscina.

    2. Realiza rolamento dorsal com ajuda

    e com apoio em material flutuante.

    3. Realiza rolamento dorsal com ajuda.

    4. Realiza rolamento dorsal de forma autnoma.

    5. Realiza rolamento dorsal, definindo a

    figura, partindo da posio bsica dorsal,

    e voltando a essa mesma posio.

    6. Realiza rolamento dorsal, de forma

    autnoma, aps impulso na parede para

    deslize, mantendo a posio engrupada

    durante a totalidade do movimento.

    Rolamento dorsal NS

    Contedo 14 (np). Pernada em posio ventral.

    Objectivo: Realizar batimento alternado dos M.I., em

    posio ventral, mantendo o corpo em alinhamento

    horizontal.

    Contedo 10 (pa). Manipulao de bola: pega.

    Objectivo: Realizar a pega da bola com os MS esten-

    didos, durante a pernada alternada em posio ven-

    tral, mantendo a bola em contacto com a gua, sem a

    afundar.

    0. No realiza aco de MI.

    1. Realiza movimento de pedalagem.

    2. Realiza pernada profunda ou flecte

    excessivamente os joelhos.

    3. Realiza pernada com MI em extenso.

    4. Realiza pernada estendendo os MI

    na aco ascendente e flectindo-os

    ligeiramente na aco descendente,

    mantendo o p em extenso.

    5. Realiza a pernada alternada em posio

    ventral, com uma bola nas mos e os MSestendidos acima da cabea, sem a afundar.

    Pernada alternada em posio ventral /

    / manipulao da bola (pega)

    NS

    Contedo 15 (np). Pernada em posio dorsal.

    Objectivo: Realizar batimento alternado dos M.I., em

    posio dorsal, mantendo o corpo em alinhamento

    horizontal.

    Contedo 11 (pa). Manipulao de bola: pega.

    Objectivo: Realizar a pega da bola com os MS esten-

    didos, acima da cabea, durante a pernada alternada

    em posio dorsal, mantendo a bola em contacto com

    a gua, sem a afundar.

    0. No realiza aco de MI.

    1. Realiza movimento de pedalagem.

    2. Realiza pernada profunda ou flecte

    excessivamente os joelhos.

    3. Realiza pernada com MI em extenso.

    4. Realiza pernada estendendo os MI

    na aco descendente e flectindo-osligeiramente na aco ascendente,

    mantendo o p em extenso.

    5. Realiza a pernada alternada em posio

    dorsal, com uma bola nas mos e os MS

    estendidos acima da cabea, sem a afundar.

    Pernada alternada em posio dorsal // manipulao da bola (pega)

    NS

  • 7/25/2019 Ensino multidisciplinar em natao: reflexo metodolgica e proposta de lista de verificao

    15/18

    Ensino multidisciplinar em natao: reflexo metodolgica e proposta de lista de verificao

    Sofia Canossa, Ricardo J. Fernandes, Carla Carmo, Antnio Andrade, Susana M. Soares

    96 {Tcnico

    Contedo 16 (np). Deslocamento autnomo.

    Objectivo: Realizar deslocamento de forma autnoma,utilizando diferentes padres propulsivos.

    0. No se desloca de forma autnoma.

    1. Realiza pequenos deslocamentos,

    2 a 4 metros, mantendo-se perto do bordo.

    2. Realiza pequenos deslocamentos,

    2 a 4 metros, afastando-se do bordo.3. Realiza deslocamentos superiores a 4 metros

    por um perodo de tempo limitado.

    4. Desloca-se de forma autnoma, por mais de

    4 metros, por um perodo de tempo ilimitado.

    Deslocamento autnomo NS

    Lista de verificao para a AMA e correspondente progresso pedaggica contemplandocontedos e objectivos da np, pa, ns e sa.

    Progresso pedaggica (np, pa, ns e sa)Lista de verificao

    Contedo 17 (np). Salto de cabea.

    Objectivo: Realizar salto de cabea a partir do bloco

    de partida, suprimindo a fase de voo mantendo ossegmentos corporais alinhados.

    Contedo 12 (sa). Salto de cabea com entrada na gua

    junto ao local do salto.

    Objectivo: Realizar salto de cabea a partir do bloco de

    partida, no suprimindo a fase de voo mantendo os seg-

    mentos corporais alinhados e entrando na gua o mais

    perpendicular possvel em relao ao plano de gua.

    Fazer o retorno para o cais.

    Contedo 12 (pa). Manipulao de bola: lanamento

    coordenado com a recepo.

    Objectivo: Realizar o lanamento da bola, coordenadocom a recepo, partindo de plano elevado e emergindo

    no local de queda da bola.

    0. No salta de cabea para a gua.

    1. Salta, de cabea, a partir da escada

    ou bordo, partindo da posio sentado.

    2. Salta, de cabea, a partir da escadaou , partindo da posio de ccoras.

    3. Salta, de cabea, a partir do bordo

    partindo da posio de p.

    4. Salta, de cabea, a partir do bloco

    ou bordo elevado.

    5. Salta, de cabea, a partir do bloco ou bordo

    elevado, no suprimindo a fase de voo,

    mantendo os segmentos corporais alinhados.

    6. Salta, de cabea, a partir do bloco ou bordo

    elevado, entrando na gua o mais perpendi-

    cular possvel em relao ao plano de gua.(*)

    7. Salta, de cabea, a partir do bloco ou

    bordo elevado, aps lanamento de uma

    bola e emerge no local de queda da mesma,

    efectuando a recepo do objecto.

    Salto de cabea / manipulao da bola(lanamento coordenado com a recepo)

    NS

    Contedo 13 (pa). Colaborao.

    Objectivo: Colaborar com o grupo, em situao de jogo

    condicionado, orientando-se, com a equipa, para o objec-

    tivo final da tarefa colectiva.

    1. No colabora com os colegas

    numa tarefa colectiva.

    1. Colabora parcialmente com os colegas numa

    tarefa colectiva, sendo as aces ainda

    dominantemente individualizadas e

    sobrelevadas relativamente ao grupo.2. Colabora totalmente com o grupo

    com vista consecuo do objectivo

    final da tarefa colectiva.

    Colaborao NS

    (*) Nota: o saltador deve ter em ateno a forma de colocao das mosencaixe de polegares e palmas das mos voltadas para o plano de gua).

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    Concluses

    O presente estudo pretendeu sublinhar anecessidade de repensar o ensino tradicionalda Natao, para que sejam contempladas habi-lidades motoras aquticas bsicas percursorasdas quatro disciplinas que a compem. O lana-mento da proposta actual sobre o ensino da

    AMA com contedos da np, pa, ns e sa visou,

    sobretudo, divulgar a implementao do ensinomultidisciplinar em Natao, que se considera sercrucial. No sentido da operacionalizao da pre-sente concepo, foi apresentada uma propostade lista de verificao para o nvel de AMA e a cor-respondente progresso pedaggica (contedose objectivos) para esta fase de ensino inicial.

    Agradecimentos

    Ao Prof. Dr. Joo Paulo Vilas-Boas e Prof.Dr. Paula Botelho Gomes, do Gabinete de Na-tao e do Gabinete de Pedagogia do Desportoda Faculdade de Desporto da Universidade doPorto, respectivamente, pelas valiosas sugestes.Parte desta publicao foi apresentada no XXVIIICongresso Tcnico-Cientfico da AssociaoPortuguesa de Tcnicos de Natao, realizadoem Elvas em 2005.

    CorrespondnciaRicardo FernandesRua Dr. Plcido Costa, 914200 PortoE-mail: [email protected]

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