Entrevista a Carlos Coutinho Silva, CEO da cleverti, no Oje

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CARLOS COUTINHO SILVA, CEO DA CLEVERTI

Os mercados internacionais representammais de 90% da faturação da empresa

| IV | sexta-feira 29 de janeiro de 2016 | www.oje.pt

Page 2: Entrevista a Carlos Coutinho Silva, CEO da cleverti, no Oje

A Cleverti é uma empresa portu-guesa que disponibiliza uma ofer-ta de serviços tecnológicos queacompanha todo o ciclo de vidado software. Carlos Coutinho Sil-va, CEO da Cleverti, explica queos centros de competência queoperam a partir das instalaçõesda empresa em Lisboa prestamserviços no âmbito do desenvolvi-mento de software, quality assu-rance & testing e suporte aplica-cional.

Inicialmente, trabalhava exclu-sivamente com os mercados in-ternacionais. Em 2015, optou porolhar também para Portugal. Oinvestimento vai continuar, bemcomo as contratações, sempreque se justifiquem.

Quais as principais atividades daCleverti? A Cleverti é um centro de compe-tência nuclear que agrega depoisum conjunto de equipas dedica-das, ou seja, que operam em ex-clusivo para um cliente, funcio-nando como uma extensão da suaprópria organização interna. Naprática, cada uma destas equipas éum centro de competência numaescala menor. Atualmente, temostrês destes centros dedicados atrabalhar para clientes sediadosna Noruega, Suécia e Alemanha.Este é um tipo de serviços de mai-or continuidade e que, muitas ve-zes, abrange diversas áreas deatuação.

Além destes serviços, desenvol-vemos também projetos paraabordar necessidades específicas,maioritariamente ligados ao de-senvolvimento de aplicações desoftware e à automatização de tes-tes de software. Os centros decompetência têm, porém, um pe-so superior e representam cercade 90% da nossa faturação.

Pode dar um exemplo? É o caso da eZ Systems cujo Cen-tro de Competência Tecnológicadedicado engloba desenvolvimen-to, testes e certificação global daeZ Platform e também o seu su-porte 24/7 a nível mundial. Estecentro de competência está ope-racional desde 2010. Fruto dacompetência que adquirimosnesta solução, também somosparceiros na implementação des-ta plataforma de gestão de conte-údos (CMS).

Quais são os principais resulta-dos financeiros da cleverti? Até ao final de 2014, a nossa fatu-ração foi 100% proveniente demercados internacionais e a nos-sa operação exclusivamente nomodelo de nearshoring. Em 2015,iniciámos a nossa abordagem aomercado nacional, mas o nossoprincipal target continuam a seros mercados do centro e norte daEuropa, e é aí que ainda emprega-mos o nosso maior esforço.

Depois de um decréscimo nosdois anos anteriores, quando já tí-nhamos chegado aos 1,5 milhõesde euros devido, em grande parte,a um forte investimento em pro-jetos que não avançaram por con-tingências do próprio mercado etambém a uma alteração da nossaestratégia de penetração nessesmercados, o nosso volume de ne-gócios registou um crescimentona ordem dos 10% em 2015, fi-xando-se nos 920 mil euros. Osmercados internacionais conti-nuam representar mais de 90%da nossa faturação.

Como está a correr o novo negó-cio, em Portugal? 2015 foi o ano de arranque danossa operação em Portugal e onosso volume de negócios nestemercado foi inferior a 100 mil eu-ros. Ainda estamos a mostrar queo nosso modelo de atuação podeser transposto para o plano nacio-nal. Pela maior proximidade, eface à opção mais tradicional nes-te tipo de serviços em Portugal,

também podemos trabalhar nasinstalações do cliente.

Qual a vossa principal atividadepara Portugal? A nossa estratégia no mercado in-terno tem estado muito focada naoferta de testes de software inde-pendentes para ajudar as organi-zações a aumentar a qualidadedas suas aplicações.

Qualquer empresa que produzasoftware em qualquer setor deatividade pode ser nosso cliente.Não obstante, é mais comum tra-balhar com organizações commaturidade suficiente para opta-rem pelo outsourcing deste tipode serviços. Por outro lado, é ha-bitual que tenham uma culturade qualidade vincada.

Os testes vão continuar a estarno centro da nossa oferta para omercado nacional.

Quais os vossos planos de inves-timento para este ano? O nosso principal foco de investi-mento tem sido em capital huma-no (cerca de um milhão de eurosano ao longo dos últimos trêsanos). O investimento em promo-ção e desenvolvimento tem ron-dado os 200 mil euros/ano.

A curto prazo, pretendemos re-forçar os centros de competênciana área dos testes, principalmen-te ao nível da automação e da ges-tão de conteúdos, uma área à qualtemos estado ligados fruto da par-ceria com a eZ.

Também temos em estudo acriação de novos centros de com-petência para alargamento dosnossos serviços, nomeadamenteem tecnologias IBM para a áreados testes e em ferramentas dedesenvolvimento rápido, como éo caso da Outsystems.

Em termos comerciais e a nívelinternacional, pretendemos refor-çar o nosso posicionamento nomercado alemão, pelo que estare-mos presentess na CeBIT 2016. Es-tamos também a apostar na ex-ploração de novos mercados, co-mo a Bélgica, Holanda, Reino Uni-do e Suíça, e temos em perspetivauma avaliação inicial do mercadoamericano. No contexto interna-cional, vamos continuar a focar anossa oferta no desenvolvimentoe nos testes de software, apostan-do em formas inovadoras de dis-ponibilização da tecnologia e

também em modelos de negóciomais flexíveis, através dos Concei-tos as a Service.

Preveem criar centros de compe-tências noutras geografias? Ao contrário do que aconteciaquando iniciámos a atividade em2010, a escassez de recursos hu-manos na área das TIC em Portu-gal tem vindo a acentuar-se, peloque poderemos vir a implemen-tar centros de competência nou-tras geografias, nomeadamentena América Latina.

Pretendem contratar? Em função das necessidades espe-cíficas dos projetos em curso, onúmero de colaboradores queempregamos tem oscilado entreos 25 e os 35. Tínhamos previstochegar aos 40 até ao final do ano,mas ficámos um pouco aquém daexpectativa. Em 2016, queremosdar continuidade ao plano decrescimento e reforçar os nossosquadros com a contratação decerca de 15 a 20 novos colabora-dores nas áreas de desenvolvi-mento e de testes de software.

Por que é importante o recursoa outsourcing? As empresas procuram cada vezmais reduzir os custos resultantesda ineficácia e do impacto que oserros de software têm nas suas or-ganizações, e esta é uma área on-de a nossa experiência pode clara-mente ajudar. Os nossos serviçospermitem aumentar a produtivi-dade e a velocidade dos testes,contribuindo para o delivery deaplicações de elevada qualidade,com um time-to-release mais cur-to e menos custos resultantes daineficácia.

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A Cleverti começou a sua atividade prestando 100% dos serviços no modelo de nearashoring. Estavamos em2010. O ano passado, mudaram a estratégia e começaram a abordar o mercado nacional. O grande foco continuaa ser o mercado internacional.

CENTRO DE COMPETÊNCIATECNOLÓGICA EZ

O Centro de CompetênciaTecnológica da eZ asseguraserviços de desenvolvimento,teste e certificação global esuporte 24/7 a nível mundialpara a eZ Platform.

• Localização: Lisboa• Data de inauguração:setembro, 2010• Prestação de serviços:outsourcing de TI e processos• Serviços prestados:Desenvolvimento, QA & Testing,Suporte • Colaboradores (FTE): 10• Número de clientes: 1• Países servidos: A eZ temsede na Noruega e operaçõesem vários países, como a Ale-manha, França, EUA e Japão.

Qualquer empresaque produza softwareem qualquer setorde atividade podeser nosso cliente

Estamos a apostar naexploração de novosmercados, como aBélgica, Holanda, ReinoUnido e Suíça e temosem perspetiva umaavaliação inicial domercado americano

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