Entrevista a Clara Gonçalves Pereira sobre o projecto REFOOD em Oeiras
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Transcript of Entrevista a Clara Gonçalves Pereira sobre o projecto REFOOD em Oeiras
Entrevista com Clara Gonçalves Pereira, voluntária da Refood residente em Oeiras 14 de Abril de 2015
Que desenvolvimentos posteriores ao nosso “Pequeno-Almoço” levaram à
realização da reunião “sementeira”? De quem foi a iniciativa?
Como sempre acontece na história de cada núcleo da Refood, tudo começa quando alguém,
individualmente ou em grupo, toma a iniciativa. No caso de Oeiras, temos voluntários ligados a
alguns núcleos já existentes ou em fase de instalação na região de Lisboa, pelo que a evolução
natural foi querermos trazer o projeto para a nossa comunidade. Esses voluntários acabaram
por assumir a coordenação da futura Refood Oeiras promovendo e dinamizando todas as
iniciativas que irão ser necessárias para a concretização deste sonho.
Quando e onde se realizou essa reunião? Quantas pessoas participaram e em que
consistiu?
Contactada a RE-FOOD 4 GOOD (é uma IPSS), no sentido de nos prestar assessoria quanto à
forma como se deve conduzir este processo, definimos uma data e cada um de nós usou a sua
rede de contactos para espalhar a notícia de que a Refood estaria em breve em Oeiras e que
para concretizarmos esse objetivo iríamos precisar de voluntários. Com a ajuda da Junta de
Freguesia de Oeiras e S. Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, que tem sido uma verdadeira
parceira no apoio logístico ao projeto, e de outras pessoas generosas, imprimimos e colámos
cartazes em toda a freguesia anunciando a reunião “sementeira” que, como o nome indica,
pretende lançar as sementes do projeto na comunidade. A reunião “sementeira” é o primeiro
passo para congregar vontades e pessoas em volta de um mesmo objetivo, e serve também
para esclarecer todas as dúvidas que os potenciais voluntários possam ter. A forma como tanta
gente se mobilizou e disponibilizou meios e vontades foi impressionante. No dia 29 de Janeiro,
o IASFA acolheu mais de 2 centenas de pessoas para ouvirem o Hunter Halder, fundador e
Presidente da Refood, explicar o projeto, a sua história e os seus objetivos mais imediatos. A
semente estava lançada.
O que é que já aconteceu em Oeiras depois dessa reunião?
Na Refood existe aquilo a que chamamos “roteiro” e que no fundo é o conjunto das boas
práticas observadas aquando da implantação de núcleos. A lógica é seguir esse modelo, ainda
que por vezes seja necessário ajustá-lo às idiossincrasias de cada região ou comunidade. No
nosso caso, depois da reunião “sementeira”, a equipa de coordenação promoveu:
1. Formação de equipas de coordenação
A partir de reuniões com os voluntários foi possível identificar aqueles que, pelas suas
competências, vocação ou vontade, estariam disponíveis para assumir a coordenação das
várias áreas de atuação, sem as quais não é possível implementar um núcleo Refood. São elas:
Gestão de Beneficiários, Gestão de Parceiros Comunitários, Gestão de Voluntários, Gestão de
Fontes de Alimentos, Gestão de Operações.
2. Mapeamento
Durante algumas semanas, grupos de voluntários andaram a pé pelas ruas da freguesia de
Oeiras, Paço de Arcos e Caxias, procedendo ao mapeamento detalhado das fontes de
alimentos, espaços potenciais para instalação do centro de operações e empresas (potenciais
parceiros comunitários).
Neste momento, estamos a mobilizar a comunidade para a necessidade de encontrarmos um
espaço para instalar o centro de operações da Refood Oeiras, a partir do qual iremos
contribuir para a diminuição do desperdício alimentar, resgatando refeições e entregando-as a
quem delas necessita. A Câmara Municipal, através do seu Departamento de Coesão e
Desenvolvimento Social, tem acompanhado o evoluir do projeto com entusiasmo e sentimos
que existe uma enorme compreensão e envolvimento que poderão ser preciosos para a
consecução deste desafio.
O que deve fazer quem quer ajudar? Que outras instituições se podem associar ao
projecto?
Existe uma página no Facebook:
https://www.facebook.com/pages/Refood-Oeiras/299982153531717?fref=ts
que neste momento já tem quase 2.000 aderentes, e um endereço eletrónico disponível:
Qualquer pessoa que queira e possa dispor de algum tempo para fazer voluntariado na Refood
pode e deve contactar-nos e é bem-vinda, tal como são bem-vindos todos os que quiserem
contribuir, de outras formas, para que a Refood Oeiras seja uma realidade muito em breve.
Precisamos antes de mais de um espaço físico para nos instalarmos. Essa é a nossa prioridade.