Entrevista Clovis Tavares FENADVB em ação

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Palestrante do brasil

o maiorespecial

Clovis TavaresCriador da Palestra Show; vencedor de 4 Tops de Marketing e possui 7 livros publicados

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Acaminho do seu 5º Top de Marketing Clovis Tavares é considerado pela critica e pelos diri-gentes de grandes empresas como um verda-

deiro encantador de pessoas. Ele provoca e educa mul-tidões no Brasil e exterior todos os anos usando magia em suas palavras e atitudes.

FeNaDvB em ação - Clovis Tavares porque o se-nhor é considerado o maior palestrante do Brasil?Clovis Tavares - Eu ouvi este comentário varias ve-zes nos últimos anos e declaro novamente que o maior Palestrante do Brasil é meu grande amigo Oscar Shimit, um herói nacional com 2,05 metros de altura, eu tenho apenas 1,80 m. Estivemos Juntos esta semana no 8o. CEO Family Workshop palestrando para 300 presiden-tes de empresas e isso foi plenamente percebido por todos. Talvez este comentário tenha surgido porque fiz ate o momento 2512 palestras em 24 anos de carreira, ou seja, 5040 horas de palestras o que daria 210 dias inteiros de pé, falando sem parar.

FeNaDvB em ação - e quanto aos seus prêmios? eles mostram mais do que quantidade de palestras executadas.CT - É verdade, jamais um palestrante do Brasil havia

recebido um Top de marketing por seus serviços pres-tados, no ano 2000 quebrei este paradigma e conquis-tei o primeiro, voltei a concorrer e ganhei mais 4 vezes seguidas e este ano fui novamente julgado como um “case” de sucesso e tudo indica que vou ao Penta.

FeNaDvB em ação - Como é sua carreira inter-nacional, em quais países você já palestrou?CT - O primeiro país que me contratou foi a Argentina, imaginem o desafio cultural! Convencer que um brasi-leiro pode ensinar algo novo no pais do tango foi um momento inesquecível. Praticamente já palestrei para toda a America latina, Estados Unidos e boa parte da Europa. A palestra mais exótica foi feita na cidade de Istambul, na Turquia. Na platéia haviam agentes de via-gem da Venezuela e os Patrocinadores eram da Anhau-sem Bush Adenture Parks dos EUA. Tive que fazer a palestra em inglês e espanhol ao mesmo tempo e fazer mímicas para a equipe técnica soltar as músicas, pois eles só falavam em Turco, ainda bem que minha mu-lher estava lá e soltou as músicas. Depois, de volta ao Brasil a HSM me pediu uma palestra para 1000 executi-vos no Fórum de inovação em SP, topei e fiz a palestra interpretando um personagem. Criei para este evento um piloto da Luftansa que falava de liderança, ao final

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...sou obstinado pela perfeição em tudo que faço, por isso as pessoas

se encantam quando assistem à palestra

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desvendei que era brasileiro e surpreendi a todos, recebi uma das melhores avaliações da história da HSM para um palestrante brasileiro.

FeNaDvB em ação - você disse personagens? Também é ator?CT - Esta é uma faceta que desenvolvi durante anos, quase sempre me apresento como um palestrante que veio dos EUA ou Europa, como estudo há muitos anos o inglês e o espanhol, aprendi também onde eles er-ram ao falar Portugues e desta maneira criei um estilo único. Eu me apresento como um palestrante interna-cional que fala portugues com sotaque, a plateia aceita este estrangeiro e o admira até o fim acreditando que realmente é um “gringo”. No final descobrem que sou brasileiro. Sempre valorizo muito o Brasil ao fim da palestra e digo que as pessoas podem mudar o que parece im-possível e improvável, tranformando o ordinário em extraordinário. Aliás, este foi o tema da palestra do ultimo CO-NARH que realizei para 2000 gestores de RH em SP.

FeNaDvB em ação - Qual é o conteúdo das suas palestras e porque elas são polemicas?CT - Em 1988, quando iniciei a carreira eu palestrava exclusiva-mente sobre vendas e Marketing, influenciado pela Universidade de Publicidade e pelo curso de es-pecialização em “Advanced Marketing” que havia feito nos EUA pela State University of New York. Mas de-pois comecei a palestrar sobre liderança, administração, trabalho de equipe, excelência na execução, segurança no trabalho, inovação e outros assuntos que surgiram. Palestrei para presidentes e operadores de maquina de chão de fábrica, médicos e pacientes, juízes e políticos, ou seja, atuo em de todos os seguimentos. Fiz parte das maiores fusões empresariais do Brasil nos últimos 10 anos, unindo culturas e profissionais de áreas totalmen-te diferentes. Uma das mais recentes foi entre o Itaú e o Unibanco.Quanto a minha técnica polêmica, surgiu de forma natural. Eu sou um autodidata nunca copiei ninguém e treinei muito, sou obstinado pela perfeição em tudo que faço, por isso as pessoas se encantam quando as-sistem à palestra.

FeNaDvB em ação - Mas qual o segredo da sua técnica?CT - Na verdade eu nasci para ser artista, aos 9 anos de idade já fazia show de mágica, aos 17 to-cava e cantava em festivais de música, sempre fui brincalhão e humorista e ainda tinha o dom de de-senhar pessoas com certa qualidade, cheguei a até pintar quadros. Porém no Brasil estas profissões não tinham um futuro muito definido. Há 24 anos quando comecei a palestrar, percebi que a maioria dos palestrantes eram políticos, jornalistas e perso-nalidades internacionais. Haviam poucos famosos e todos com uma carência na didática, era muito igual e muito engessado. Resolvi então criar uma palestra que saisse do lugar comum e fosse um show sem perder o conteúdo técnico. Canalizei toda minha sensibilidade artística na arte da educação corporativa e abri este novo nisho de mercado, muitos palestrantes ilustres dos tem-

pos atuais como Max Gehringer e Carlos Alberto Julio foram meus clientes e se inspiraram a mudar de carreira depois de escutar meus conceitos.

FeNaDvB em ação - e como é este mercado hoje? existe muita concorrência?CT - Se você colocar a palavra palestra show no Google encon-trará neste momento da entrevista

10 milhões e 600 mil referencias, o mercado explodiu todo mundo promete, mas nem todos cumprem. Semanalmente recebo convites para dar aulas a novos palestrantes e nem todos são jovens, pelo con-trario são veteranos, presidentes de empresas, esportistas, pessoas da Televisão e políticos de renome que visuali-zam dar palestra como uma aposentadoria divertida.

FeNaDvB em ação - você pode dar os nomes destas pessoas? CT - Gostaria mas como bom mágico guardo segredo. O que posso divulgar é o meu conselho a estes candi-datos, sempre digo que ser palestrante profissional não é facil, voce precisa amar o palco, gostar de gente, ser original, treinar em frente ao espelho e principalmente nunca se sentir satisfeito com o sucesso alcançado, é uma profissão volátil, o boca a boca te eleva e te queima em menos de um mês.

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FeNaDvB em ação - Treinar em frente ao espe-lho? Como assim? CT - O espelho não mente, ele mostra a visão da platéia e expõe seus erros de expressão e postura. Eu sempre lapidei meus gestos e palavras assistindo em video as palestras que havia feito ou falando em frente ao espe-lho. Digamos que hoje eu me sinto meio mágico e meio atleta da palavra.

FeNaDvB em ação - o que você acha dos presi-dentes palestrantes? CT - Tive a oportunidade de conviver e ensinar alguns ministros a arte da palestra e descobri que eles já fazem palestra show. Fernando Henrique dividiu o palco comi-go ha alguns anos, tambem palestrei após o Lula e pro-vavelmente ainda terei o privilégio de estar ao lado da presidente Dilma, acho que todos têm algo em comum, o equilíbrio entre o show das promessas e a tangibilidade dos fatos. O problema é que eles não sabem a hora de pa-rar. Falta um “grand finale” e acabam por cansar a platéia que espera uma noticia pirotécnica no final.

FeNaDvB em ação - Como voce vê o Brasil atual, este trabalho de educação corporativa tem eficiência?CT - Como diz um grande amigo e mestre na arte de palestrar Marco Aurélio Vianna, “Nós fazemos uma silenciosa revolução no país”. Cada palestra executada com excelência muda a percepção de centenas de pes-soas e a reação esperada é a vontade de mudar, melho-rar processos e ser feliz. Aproveito o momento para mencionar uma frase maravilhosa do meu falecido ami-go e palestrante Eduardo Botelho: “Nós... Palestrantes... Somos pagos para levantar as

saias das freiras”. Em resumo, tirar os hábitos que os profissionais vestem todos os dias sem se questionar.

FeNaDvB em ação - Quais são seus planos para 2012, teremos mais um livro?CT - Este mês de março lanço o livro “O Jogo das Ven-das” pela editora Saraiva e faço 14 palestras, depois faço um curso de especialização para “Writers” (escritores) nos EUA durante o mês de Abril, volto ao Brasil para mais 35 palestras até Julho quando tiro férias para parti-cipar do congresso mundial de ilusionismo em Londres ao lado de 5000 mágicos do mundo.No segundo semestre devo receber o quinto Top de Ma-rketing e manter meu plano estratégico no Teatro das Artes em SP, onde levo todos os meses 750 executivos a loucura com uma palestra provocante e inesquecível.

FeNaDvB em ação - Clovis para terminar, que conselho voce dá aos nossos leitores que desejam um dia chegar a ser o Maior Palestrante do Brasil?CT - Sejam originais, descubram o que realmente amam fazer e incorporem na sua palestra. Para fazer mais de 100 palestras por ano sem perder o pique e a motivação voce tem que ter prazer, tem que sentir paixão, tem que ter tesão em enfrentar platéias que pagam para te ouvir e exigem conteúdo e inovação. Garra e treinamento são a base, o que faz a diferença é a obsessão em ser único e mostrar o inusitado.

Para mais informações acesse.www.clovistavares.com(55) 11 4191 4459