Entrevista Décio Guerreiro - Alto Minho
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IB
"Eu tirava os 40 mil euros da Cultura
Elsa Touceira
e acendia a\uz em Paredes de Coura"
Décio Guerreiro, vereador da oposição pelo
PSD na Câmara Municipal de Paredes de Coura,
receia que o novo executivo municipal se venha
a revelar "mais do mesmo".
"Como membro da oposição espero muito sin-
ceramente que saia desta câmara algo de diferente,
mas parece-me que a nossa câmara vai ser mais do
mesmo e gostaria de daqui a uns anos dizer qle
estava engãnado e foi diferente", sustentou' Mas
para já, oíreador social-democrata deka um elo-
gio aVitor Paulo Pereira, o presidente da autarqúa
couÍense.
"Foi inteligente no orçamento que aPresentou'
Não é que e1e nos traga nada de novo, mas seguiu
um priácípio que todas as câmaras deüam seguir:
reduzir ao valor do orçamento.Têve a coragem de
pegar num orçamento que andava sempre à volta
ão, 20 n',i1h0., e passar para ffeze.Isso vai permitir
que no Íim do ano tenha uma taxa de execução
Àehor do que tinham as câmaras anteriores' Isto é
inteligência e é assim que deve ser porque não
d.*oi erta, aíazer orçamentos para não cumprir",
realçou.
O PSD absteve-se na votação do orçamento
municipal para20L4 porque se há pontos eT que
as duai foiças políticas são concordantes, Décio
Guerreiro garante que faria diferente em muitos
âspectos.
"'Por exemplo, eu tenho muito respeito parte {-tural, mas se olhar PaÍa o oÍçamento, a câmara de
Paredes de Coura tem 580 mil euros para a cútura
e no entanto zpaga àluz pública às pessoas toda a
noite em todas as freguesia. Esta poupança são 40
mil euros, eu tirava os 40 mil euros da cultura e
acendia a luz pública", declarou' acrescentando que
o orçamento devia "ser mais para o turismo e meio
agrícola".
"Têmos que teÍ a consciência que só sobreúre-
rrro, ,. .onl.guirmos trazer gente de fora e se
todos caminharmos neste sentido conseguimos
ctescer", afirmou.
"Farto-me de pedir desculPas
aos meus clientes
pelos buracos na estrada"
A p, da política, Décio Guerreiro é proprietrírio
da Casa do kisto, um espâço na freguesia de Insal-
de que gere há 15 anos. Qrando nasceu, o Íestau-
rantã fol "pioneird', mas os ultimos dois anos têm
sido oreenchidos de "dias diÍiceis"."iriámos uma nova sala para 250 pessoas' mas
coincidiu com a quebra de clientes, o aumento do
IVA na restauração... âumentou a despesa sem
aumentaÍ o rendimento. Mas eu acredito que pior
não tem para onde e daqui para a frente vai ser
sempÍe a subir", considerou.
Os grupos são, essencialmente, o público-alvo do
restaui-ante. "É o que nos tem vúdo. São aqueles
grupos que gostam desta envolvente da monta-
nt a... pêtsoat das motas, jipes e outros", de-clarou,
notandà que a maior quebra notou-se nas famíLias
residentes-no concelho e nos concelhos vizinhos'
Para o vereador social-democrata o sucesso da
Casa do Xisto não tem segredos. "Temos uma
connha muito própria, servindo pratos que toda a
vida foram confeccionados assind', üncou.
Javali, leitão de bísaro, estrolho ou trutas são os
pratos mais pedidos. No espaço, existem *tt-:uários lagot ànde u, trutas podem ser "pescadas"
para servir ao cliente. "As pequenas não. Essas vêm
de Espanha porque continuamos à espera- que
alguém mexa na legislação", realçou, referindo-se
ao facto de em Portugal só se poderem pescar tru-
tas com mais de 200 gramas. "Há que ter consciên-
cia que esta legislação é de 7957 e o legislador esta-
va a pensaÍ nui t*tu, do rio e não na aquaculturd',
erplicou.
À C.tu do Xsto está "a crescer lentamente" e já
tem servido até vários casamentos. "Orgulho-me
muito por perceber que as pessoas de fora do con-
celho nos procuram, poÍ exemplo de Ponte de
Lima, fucos de Valdevez e Valença. Falta que as
pessoas de aqú de peÍto apaÍeçam mais",.rea1çou,
pedindo melhorias na rede viária.'A rede viária
interior é muito importante e eu farto-me de pedir
desculpa aos meus clientes pelos buracos na estra-
da", contou.
E qual a diferença do Décio Guerreiro político.e
emprásário? "Não há' Tudo o que fazemos na vida
e pàÍtica e o importante, quer seja nas nossas vidas
quer seja na política, é acreditarmos porque senão
zu nunca teria erguido a Casa do Xisto", concluiu'