Entrevista semi-estruturada Entrevistas Semi-estruturadas Expressão do ponto de vista ...
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Entrevista semi-estruturada
Entrevistas Semi-estruturadas
Expressão do ponto de vista Planejamento aberto Principais tipos
Focal Semipadronizada Centrada no problema
Entrevista Focal
Merton e Kendall Impacto da mídia na comunicação de massa
Estímulo Audio-Visual Foco: Tópico de Estudo Guia da entrevista
Não direcionamento Especificidade Espectro Contexto Pessoal
Entrevista Semi-Padronizada
Teorias subjetivas Suposições explícitas e implícitas
Explicitar o Conhecimento Questões Abertas Questões Controladas pela Teoria Confrontativas
Expressar o conhecimento em respostas Representação Gráfica (TDE) Fonte de dados e validação
Entrevista Centrada no Problema
Interesse no ponto de vista subjetivo Desenvolver teorias Uso de questões e estímulos narrativos
Focalizar a opinião do entrevistado
Guia da Entrevista Questões: entender fatos ou processos Auxilo a narrativa -> dados biográficos
Contribuições Documentação Lidar com informações secundárias
As Narrativas como dados
As Narrativas como dados
Narrativas são alternativas para as entrevistas semi-estruturadas
Maximizar a captação de experiências subjetivas do entrevistado, sem a limitação das perguntas e respostas da entrevista tradicional
Entrevista narrativa Entrevista episódica Narrativas entre a biografia e o episódio
As Narrativas como dados
Entrevista Narrativa:
Pesquisa Biográfica:
O Entrevistador solicita ao Entrevistado narrar uma história da qual tenha participado.
Entrevista Narrativa:
Elementos da Entrevista Narrativa:
Questão gerativa narrativa
Investigações danarrativa
Fase de Equilíbrio
Elementos da Entrevista Narrativa
A Questão Gerativa Narrativa:
• Deve ser clara e específica (relevante à pesquisa).
Questão Gerativa = Questão Narrativa
• Conter dicas sobre o curso dos eventos, incluindo estágios importantes e a solicitação de detalhamento na narrativa.
Elementos da Entrevista Narrativa
Exemplo de Questão Gerativa Narrativa:
Eu quero que você me conte a história da sua vida. A melhor maneira de fazer isso seria você começar pelo seu nascimento, então contar todas as coisas, uma após a outra, até o dia de hoje. Você não precisa ter pressa, e também pode dar detalhes, porque tudo que for importante pra você me interessa...
Elementos da Entrevista Narrativa
• A narrativa não deve ser interrompida nem dificultada com perguntas, intervenções diretas ou avaliações.
A palavra mágica é “HUM” (reforçar empatia).
• Fase seguinte: o estágio das investigações da narrativa
Elementos da Entrevista Narrativa
O estágio das investigações da narrativa
Fragmentos ainda não detalhados devem ser investigados
“Você me disse antes como aconteceu de você se mudar de X para Y. Eu não entendi bem como ficou a sua doença depois disso. Você poderia me contar essa história com um pouquinho mais de detalhes?”
Elementos da Entrevista Narrativa
Fase de Equilíbrio:
Perguntas abstratas com o objetivo de descrição e argumentação.
Perguntas do tipo “Como?” complementadas posteriormente com perguntas do tipo “Por que?”.
Elementos da Entrevista Narrativa
Zugzwangs narrativos triplos:
“A obrigação de jogar é prejudicial...”
• Constrangimento de fechamento da Gestalt;• Constrangimento da condensação• Constrangimento do detalhamento
Ocorre a minimização do controle do narrador: são fornecidas versões mais ricas de um evento ou experiências.
Elementos da Entrevista Narrativa
Zugzwangs narrativos triplos:
“O Narrador de narrativas sem preparo e improvisadas de suas próprias experiências é levado a falar também a respeito de eventos e orientações de ação sobre as quais, em conversas normais e em entrevistas convencionais, ele prefere não comentar devido à sua consciência de culpa ou vergonha ou aos emaranhamentos de interesses” (Schütze, 2976, p225).
Elementos da Entrevista Narrativa
Técnica permite extrair narrativas de histórias com tópicos relevantes:
• Narrativa assume independência durante relato.
• Capacidade do indivíduo apresentar mais sobre si e sua vida.
• Relação análoga entre a apresentação da narrativa e a experiência narrada.
Problemas na Condução da entrevista narrativa
Violação sistemática das expectativas dos participantes
• Expectativas de uma entrevista
• Expectativas à situação da “narrativa cotidiana”
Nem sempre é o método mais adequado
É necessário Treinamento do entrevistador: Escuta ativa, sem intervir; relação com o entrevistado; explicar a situação da entrevista ao entrevistado.
Contribuição para a discussão metodológica geral – entrevista narrativa
Dilema da entrevista semi-estruturada:
Mediação entre a liberdade de desdobrar pontos de vista subjetivos e o direcionamento e a limitação temáticas do que é mencionado.
• Oferecer ao entrevistado um Escopo;
• Intervenções adiadas até a parte final (estruturação limitada ao início e ao final da entrevista);
• Observar a Questão Gerativa Narrativa: deve estimular a produção e promover a concentração da narrativa na área e no período da biografia de interesse.
Contribuição para a discussão metodológica geral – entrevista narrativa
Importância da Questão Gerativa Narrativa na estruturação da Narrativa
Imprecisão e Ambigüidade Narrativas gerais, Incoerentes e com Tópicos Irrelevantes.
Conclusão:
Entrevista Narrativa X Entrevista completamente aberta
Ajuste de método dentro do processo de pesquisa – entrevista narrativa
• Análises de opiniões e atividades subjetivas
• Adequado as Grounded Theories (cap. 4)
• Estratégia gradual de amostragem (cap. 7)
• Interpretação dos dados: Características formais e estruturas dos dados (cap. 16)
• Desenvolvimento de tipologias de cursos biográficos (cap.18)
Limitações do Método – entrevista narrativa
Contraria a idéia de Acesso a experiências e eventos factuais: • Versão influenciada pela situação em que ocorre a narrativa
• Versão Construída durante o processo de narração
Confiança• Na eficácia dos constrangimentos e emaranhamentos • Ou Habilidades pessoais do entrevistado
Imensa quantidade de textos: Baixa estruturação X Problemas de interpretação
Adequado se a Questão de Pesquisa destaca o curso “biográfico” (de uma vida, carreira profissional, etc.)
Entrevistas Episódicas
Situação 1
Situação n
Conhecimento Episódico
Conceito 1 Conceito n
Imagens
Conhecimento Semântico
Entrevista Episódica
Argumento e apresentação
teórica
ApresentaçãoNarrativa
Subconceito 1
Entrevistas Episódicas
• Experiências armazenadas e lembradas na forma de conhecimento narrativo-episódico e semântico
Conhecimento episódico organização mais aproximada das experiências,
vinculado a situações e circunstâncias concretas.
Método p/ acesso: Coleta e análise do conhecimento com narrativas.
Conhecimento semântico suposições e relações abstraídas das situações e
generalizadas.
Método p/ acesso: Questões concretas dirigidas.
Entrevistas Episódicas
• Busca-se o vínculo sistêmico entre as formas de conhecimento.
• Apresentações associadas ao contexto na forma de uma narrativa.
• Favorecem acesso aos processos de construção de realidades.
• Atenção especial a situações ou episódios de experiências relevantes (aspectos subjetivos).
• Autonomia do entrevistado (descrição ou narração, seleção, etc.)
• Narrativas orientadas p/ contextos e argumentações situativos ou episódicos.
• Aproveitamento da competência narrativa do entrevistado (não conta com os “constrangimentos”).
Elementos da Entrevista Episódica
• Convite periódico à apresentação de narrativas de situações:
“Voltando no tempo, qual foi o seu primeiro contato com a televisão? Você poderia fazer um relato dessa situação para mim?”
• Guia de Entrevista.
• Familiarizar o entrevistado com a forma de entrevista:
“Nesta entrevista,eu vou pedir várias vezes que você relate situações nas quais você teve determinadas experiências com a tecnologia em geral ou com tecnologias específicas”
Elementos da Entrevista Episódica
• Incentivos Narrativos:
Fantasias do entrevistado acerca de mudanças esperadas ou temidas
“Em um futuro próximo, que avanços você espera na área de computação? Imagine e me conte uma situação que pudesse esclarecer esse avanço para mim”
• Perguntas relacionadas a definições subjetivas do entrevistado e a relações abstrativas (visam acessar componentes semânticos).
- “Hoje em dia, a que você vincula a palavra ‘televisão’?”
- “Em sua opinião, quem deveria ser responsável pela mudança provocada pela tecnologia, quem pode e deveria assumir a responsabilidade?”
Problemas na Condução da Entrevista Episódica
• Algumas pessoas possuem mais dificuldades com a narração do que outras.
Neste método, são estimuladas diversas narrativas delimitadas (e não uma única).
• Preparo do Entrevistador para:
- Lidar com o guia da entrevista;
- Estimular as narrativas;
- Expressar investigações aprofundadoras.
Contribuição para a discussão metodológica geral – entrevista episódica
• Entrevistas episódicas buscam explorar vantagens das entrevistas narrativa e semi-estruturada.
• Aproveitam a competência narrativa do entrevistado.
• Rotinas e fenômenos cotidianos normais podem ser analisados.
• Entrevistador possui mais opções para intervir no curso da entrevista.
• Diálogo mais aberto, narrativas como forma de dados.
Ajuste do método dentro do processo de pesquisa – entrevista episódica
• Pano de fundo teórico:
Abordagem para as representações sociais.
• Dados analisados com métodos da codificação temática e teórica (cap. 15).
• Questões de pesquisa:
Diferenças específicas de grupo (comparar grupos é a meta da amostragem).
• Compreensão linear ou compreensão circular do processo de pesquisa de acordo com a aplicação.
Limitações do Método – entrevista episódica
• Problemas na condução das entrevistas.
• Aplicação limitada à análise do conhecimento cotidiano de determinados objetos e tópicos e da história do entrevistado.
• Não permite o acesso às atividades ou interações (reconstruídas a partir dos pontos de vista dos participantes).
Narrativas entre biografia e episódio
• Ambos se baseiam nos “inputs” dos entrevistadores e na forma de estruturação da situação da coleta de dados.
• A escolha do método deve considerar a questão de pesquisa e o assunto em estudo.
• Para confiabilidade: Re-introduzir um diálogo entrevistador-entrevistado (episódica) ou Estimular diálogos em narrativas conjuntas.
• Observa-se em ambos:
- Forte dependência das habilidades, conhecimentos do entrevistador.
- Quantidade elevada e formato complexo dos dados coletados.
Entrevistas e discussões tipos grupos de foco
Motivação
Nas entrevistas padronizadas o entrevistado é separado de todas relações cotidianas durante a entrevista.
Entrevista de grupo É uma entrevista com um pequeno grupo de
pessoas sobre um tópico específico.
Em linhas gerais, o entrevistador deve ser “flexível, objetivo, enfático, persuasivo e bom ouvinte”.
É considerada eficiente porque permite controle de qualidade na coleta dos dados.
Entrevista de Grupo Pontos Fracos
número limitado de questões a serem levantadas, problemas em relação a anotações durante a entrevista.
Pontos Fortes baixo custo, riqueza nos dados, o fato de estimular os
respondentes, capacidade de ultrapassarem os limites de respostas de um único entrevistado.
Entrevista de Grupo é um entrevista. Não é uma discussão. Não é um sessão para resolver um problema. Não é um grupo de tomada de decisões.
Discussões em grupo
São indicadas como método de interrogatório.
Em contraste com a entrevista de grupo, a estimulação de uma discussão e a dinâmica que nela se desenvolve são utilizadas como fontes centrais de conhecimento.
Opiniões individuais x comuns
Discussões em grupo O que seria um grupo?
Grupos são pessoas que tem interesse pelo assunto da discussão independente da discussão.
Homogêneos x heterogêneos Homogêneos são comparados nas dimensões
essenciais e possuem a mesma formação. Heterogêneos devem apresentar diferença de
características.
O papel do moderador
Formas de atuação Direcionamento formal Direcionamento do tópico Direcionamento da dinâmica
Processo e seus elementos
Problemas e limitações
Grandes poderes exigem grandes responsabilidades As dinâmicas dificultam a formulação de
padrões, definição clara de tarefas e da multiplicidade de comportamento para os moderadores.
O alto esforço organizacional para agendar com todos os participantes.
Grupos de Foco
A marca distintiva dos grupos de foco é o uso explícito da interação do grupo para a produção de dados e insights que seriam menos acessíveis sem a interação encontrada em um grupo.
Podem ser vistos como uma simulação de discurso e conversa cotidiana.
Narrativas Conjuntas É a abordagem narrativa para a coleta de
dados. Ela amplia a situação do narrador de monólogo.
A idéia é relatar detalhes ou eventos da situação.
Problemas Ainda não se sabe a eficácia de seu uso
independente. Os materiais textuais gerados são extensos. A abstenção de intervenção metodológica dificulta o
controle.