ENTREVISTA/VINÍCIUS CERQUEIRA “A Câmara deve ser nova...

8
FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA R$ 2,00 tribunadoplanalto.com.br GO I Â NIA, 27 DE NOVEMBRO A 3 DE DEZEMBRO DE 2016 ANO 30 - Nº 1.561 Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected]Telefone: (62) 3226-4600 GIOVANNE TAVARES PAULO JOSÉ PAULO JOSÉ Minirreforma vira dor de cabeça GOVERNO DE GOIÁS Marconi sugere prudência a prefeitos Vencedores festejam em Goiânia e premiação prossegue no interior Equipe de transição disponibiliza documentos Em reunião com 13 prefeitos eleitos pelo PTB, o governador Marconi Perillo aconselhou os novos gestores a terem cautela no início da gestão. "Tenham prudência já na primeira hora da administração de vocês", aconselhou. Página 4 Comissão de Transição do governo Paulo Garcia entregou aos representantes do prefeito eleito Iris Rezende uma série de documentos com informações que visam garantir continuidade administrativa da nova gestão de Goiânia. Página 6 Curta dá nova vida ao cinema goiano Curta-metragem "Intervenção", de Issac Brum, é mais uma produção que não conta com apoio financeiro público-privado. Mesmo assim, o set de filmagens movimenta as ruas da capital, mostrando que o cinema goiano está bem vivo. Página 7 Governador Marconi Perillo pretende fazer mudanças na quipe no início do ano que vem para acomodar aliados. Contudo, alguns deputados citados para assumir cargos no governo resistem em deixar a Câmara Federal. Página 4 “A Câmara deve ser nova em atitudes” ENTREVISTA/VINÍCIUS CERQUEIRA Terceiro vereador mais bem votado em Goiânia nestas eleições, com 8.582 votos, Vinícius Cerqueira (PROS) diz em entrevista à Tribuna do Planalto que pretende pautar seu mandato pelo diálogo com a população, os colegas do Legislativo e com o Poder Executivo. Página 5 O concurso de redação Goiânia na Ponta do Lápis teve sua 17ª edição encerrada no último dia 22. Mais de 82 mil redações foram elaboradas e na fase final 15 alunas concorreram nas cinco diferentes categorias do certame. Já as premições do Goiás na Ponta do Lápis prosseguem até o dia 14 de dezembro. Páginas 4, 5 e 6 e 7 a 12 Gerente de Projetos da Tribuna do Planalto, Enoel Júnior (à dir.) faz entraga de prêmios a estudantes da cidade de Itapuranga Fundador e diretor-presidente da Tribuna do Planalto, Sebastião Barbosa comanda entrega de prêmios para alunas campeãs em Goiânia

Transcript of ENTREVISTA/VINÍCIUS CERQUEIRA “A Câmara deve ser nova...

FUNDADOR E DIRETOR-PRESIDENTE: SEBASTIÃO BARBOSA DA SILVA

R$ 2,00

tri bu na do pla nal to.com.br

GO I Â NIA, 27 DE NOVEMBRO A 3 DE DEZEMBRO DE 2016ANO 30 - Nº 1.561

Redação: [email protected] - Departamento Comercial: [email protected] – Telefone: (62) 3226-4600

GIOVANNE TAVARES

PAULO JOSÉ

PAULO JOSÉ

Minirreforma vira dor de cabeçaGOVERNO DE GOIÁS

Marconisugereprudência a prefeitos

Vencedores festejam em Goiânia e premiação prossegue no interior

Equipe detransiçãodisponibilizadocumentos

Em reunião com 13 prefeitos eleitospelo PTB, o governador MarconiPerillo aconselhou os novosgestores a terem cautela no inícioda gestão. "Tenham prudência já naprimeira hora da administração devocês", aconselhou. Página 4

Comissão de Transição do governoPaulo Garcia entregou aosrepresentantes do prefeito eleito IrisRezende uma série de documentoscom informações que visam garantircontinuidade administrativa da novagestão de Goiânia. Página 6

Curta dánova vidaao cinemagoianoCurta-metragem "Intervenção", deIssac Brum, é mais uma produçãoque não conta com apoio financeiropúblico-privado. Mesmo assim, oset de filmagens movimenta as ruasda capital, mostrando que o cinemagoiano está bem vivo. Página 7

Governador Marconi Perillopretende fazer mudanças na quipeno início do ano que vem paraacomodar aliados. Contudo,alguns deputados citados paraassumir cargos no governoresistem em deixar a CâmaraFederal. Página 4

“A Câmara deve ser nova em atitudes”

ENTREVISTA/VINÍCIUS CERQUEIRA

Terceiro vereador mais bem votado em Goiânia nestas eleições, com 8.582 votos, Vinícius

Cerqueira (PROS) diz em entrevista à Tribuna do Planalto que pretende pautar seu mandato

pelo diálogo com a população, os colegas do Legislativo e com o Poder Executivo. Página 5

O concurso de redação Goiânia na Ponta do Lápis teve sua 17ª edição encerrada no último dia 22. Mais de 82 milredações foram elaboradas e na fase final 15 alunas concorreram nas cinco diferentes categorias do certame. Já aspremições do Goiás na Ponta do Lápis prosseguem até o dia 14 de dezembro. Páginas 4, 5 e 6 e 7 a 12

Gerente de Projetos da Tribuna do Planalto, Enoel Júnior (à dir.) faz entraga de prêmios a estudantes da cidade de Itapuranga

Fundador e diretor-presidente da Tribuna do Planalto, Sebastião Barbosa comanda entrega de prêmios para alunas campeãs em Goiânia

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

2

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

Daniela  [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

Yago [email protected]

[email protected]

Repórteres

Diagramação

José Deusmar [email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORJOTA EURÍPEDES

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

O desafio da assistência à saúde do servidor público

A gestão de Recursos Humanos pelos órgãos daadministração direta e autárquica, nos níveis federal,estadual e/ou municipal, tem pecado pela ausênciade uma política estruturante de assistência à saúdedo servidor público.

A oferta de um benefício assistencial médico-hospitalar, alternativo ao SUS é prática comum nasempresas privadas, principalmente pelos objetivosde política de benefícios enquanto valorização daadesão do colaborador e salário indireto.

Cada vez mais as entidades públicas são tambémchamadas a observar esta necessidade, sob risco deevasão de bons profissionais.

A alternativa de criação de um plano de saúdepróprio, autogerido, é a forma de menor custo, maisacessível e com a melhor relação entre investimentoe benefício, podendo ser implementada em curto es-paço de tempo com a ajuda de um parceiro especia-lizado em BPO (Business Process Outsourcing) emsaúde.

Dessa forma, é possível, por exemplo, colocarum plano próprio de saúde em funcionamento emtrês a seis meses, utilizando tecnologia de ponta emgestão, mediante o conceito de terceirização de ati-vidades não finalísticas, permitindo a intervenção eo acompanhamento contínuo e direto pelo gestor,enquanto controles, qualidade e custos do modelode forma semelhante aos métodos e tecnologias uti-lizadas pelas melhores operadoras privadas desaúde do mercado.

A denominada Autogestão Pública em saúde re-presenta uma modalidade, interna ou própria doente ou órgão público, para a operação do plano desaúde do servidor e seus dependentes, alternativa àsopções assistenciais através das operadoras de Me-dicina de Grupo, Seguro Saúde e Cooperativas Mé-dicas.

A “Autogestão Pública” é modalidade não su-jeita às obrigatoriedades da lei de Planos de Saúde,lei 9.656/98, o que determina menores custos admi-nistrativos e assistenciais, além da possibilidade dedefinição exata do que se quer oferecer, e como, en-

quanto cobertura assistencial do plano, possibili-tando uma pré-definição exata do custo final dese-jado.

A constituição de um plano próprio de saúdepara servidores pode ser feita a partir das possibili-dades de financiamento pelo gestor público e frenteà capacidade de contribuição dos colaboradores.Por ser uma modalidade que não está sujeita às ob-rigatoriedades da lei de Planos de Saúde possuiainda independência quanto à operação, continui-dade e ajustes do plano.

A modalidade de Autogestão Pública é mais “ba-rata” do que qualquer outra modalidade tambémpor resultar em despesas vinculadas apenas aocusto assistencial incorrido, sem prêmio de risco deuma operadora, além de inexistirem Intermediários,despesas de comunicação e marketing, margens delucro, despesas junto à Agência Reguladora (ANS),corretagem ou carregamentos com administradorasde benefícios etc. O Pagamento dos serviços assis-tenciais prestados diretamente pelo governo, eli-mina custos com bi-tributação e pode ser negociadopela Relevância e volume populacional do ente pú-blico.

Além disso, o modelo traz vantagens outras pelapossibilidade de integração com saúde ocupacionale outros benefícios, redução do absenteísmo, gestãoorientada por princípios de medicina preventiva epromoção à saúde, além de motivadores políticoscomo a redução da demanda ao SUS local e o fo-mento ao mercado hospitalar privado de saúde.

Não resta dúvida que, cada vez mais, iremos ob-servar a proliferação e a profissionalização dos an-tigos institutos de pensão ou institutos assistenciaisde governos, munícipios e autarquias para planos desaúde na modalidade de Autogestão Pública. En-quanto política de benefícios assistenciais aos servi-dores é a alternativa mais lógica. Simples assim!

Luiz Figueiredo é diretor da Benner BPO em Saúde

GO I Â NIA, 27 DE NOVEMBRO A 3 DE DEZEMBRO DE 2016

X

O Brasil precisaenfrentar o assédiocontra a mulher

O assédio é uma realidade para 87% das mulheres brasileiras que vivem emáreas urbanas. Pesquisa divulgada na sexta-feira passada, dia 25, encomendadapela organização internacional de combate à pobreza ActionAid no Dia Interna-cional pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, indicam que esse problema atingemulheres em todo o planeta. Além das brasileiras, foram ouvidas tailandesas, in-dianas e britânicas.

O Brasil é o que apresenta a maior incidência de assédio entre as mulheres etambém entre aquelas que sofreram assédio antes dos 10 anos. Foram consideradosassédio atos indesejados, ameaçadores e agressivos contra as mulheres, podendoconfigurar abuso verbal, físico, sexual ou emocional. No Brasil, 16% das mulheresrelataram ter sido assediadas antes dos 10 anos e 55%, com 18 anos ou menos.

A pesquisa foi feita online no período entre 1º e 14 de novembro e ouviu 2.236mulheres: 1.038 na Grã-Bretanha, 502 no Brasil, 496 na Tailândia e 200 na Índia.Os números foram ponderados e são representativos de todas as mulheres maioresde idade na Grã-Bretanha, todas as mulheres online na Tailândia e toda a populaçãourbana feminina de Brasil e Índia.

Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria (55%) das entrevistas disse ter sidoassediada nas ruas e 23%, no ambiente de trabalho. Os assovios (65%) foram asprincipais formas de assédio relatadas pelas entrevistadas, mas comentários decunho sexual ocorreram com mais da metade das mulheres (52%), seguidos de in-sultos (38%), perseguição na rua (29%), exibições por parte de homens (29%) e sertocada (20%).

Ainda segundo o estudo, 86% das brasileiras entrevistadas afirmaram tomar al-guma providência para se proteger das abordagens indevidas. Dentre as medidas,estão: fazer um caminho diferente do usual (55%), evitar parques ou áreas mal ilu-minadas (52%), ligar ou enviar mensagem para alguém confirmando estar bem(48%), solicitar a companhia de outra pessoa (44%), evitar transporte público (17%)e desistir de ir a um evento social (18%).

Para a assessora do Programa de Direito das Mulheres da ActionAid no Brasil,Jéssica Barbosa, é preocupante o alto índice de assédios a crianças no país, que re-vela uma propensão da sociedade brasileira à sexualização infantil. A representanteda ActionAid disse que melhorar a segurança dos espaços públicos, com mais ilu-minação, policiamento, melhores meios de transporte, diminui a vulnerabilidadedas mulheres nas rua.

O Brasil precisa enfrentar com rapidez e eficácia esse grave problema que evi-dencia um adoecimento no seio da sociedade brasileira, que expõe a riscos graves,com efeitos permanentes na formação da mulher brasileira. É um dever do estado,diante de tal situação, agir com políticas públicas preventivas e ações punitivas paraque esses números preocupantes sejam reduzidos.

Gato vira-lata é o mascote de vereadores, funcionários e frequentadores da Câmara Municipal de Goiânia

Dora Ramos

13º salário: gastar, poupar ou investir?

Décimo terceiro salário na conta é sinônimo deir às compras, certo? Errado, pois este pode ser omomento ideal para iniciar uma poupança para in-vestir em uma grande oportunidade, seja financeiraou profissional. Ainda mais se esta renda comple-mentar vier acompanhada de férias e possíveis boni-ficações, como algumas empresas que pagam atéuma 14ª parcela da remuneração.

O que você acha de reservar este dinheiro parainiciar o planejamento para abrir um próprio negó-cio? No Brasil, 27% do PIB (Produto Interno Bruto)é representado por micro e pequenas empresas, querespondem ainda por 52% dos empregos com car-teira assinada no país. Não seria bom se sua ideiaempreendedora fizesse parte desse cenário?

Outra sugestão é investir em sua carreira profis-sional. Com este valor, você pode pagar a matrículada graduação, pós-graduação ou até mesmo de idio-mas, como espanhol ou inglês. Cursos livres e de fé-rias também são boas opções, afinal, investir em

educação é sempre uma boaaposta.

Entenda que economizar não significa privaçõesradicais, mas sim uma etapa de aprendizado paraque, em um futuro próximo, você possa apreciar umsalário maior, conquistado por meio dos investimen-tos nos estudos ou em um próprio negócio.

Então, é hora de arregaçar as mangas e partirpara o desafio. Coloque na ponta do lápis o que iráreceber nos próximos dias, calcule todos os seus gas-tos e, com o dinheiro que sobrar, planeje como iráinvesti-lo. Com isso em mente, vislumbre que, daquialguns anos, você poderá aproveitar os resultados detoda esta dedicação e obter mais conquistas, com aajuda da sua saúde financeira e sem passar por aper-tos.

Dora Ramos é educadora financeira e diretoraresponsável pela Fharos Contabilidade & Gestão

Empresarial (www.fharos.com.br)

Luiz Figueiredo

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, Setor Castelo Branco, Go i â nia - Go i ás CEP: 74.403-070 Fo ne: (62) 3226-4600

2

Edi ta do e im pres so porRede de Notícia Planalto Ltda-ME

Fun da do em 7 de ju lho de 1986

Di re tor de Pro du ção Cleyton Ataí des Bar bo sacleyton@tri bu na do pla nal to.com.br

Fun da dor e Di re tor-Pre si den teSe bas ti ão Bar bo sa da Sil vase bas ti ao@tri bu na do pla nal to.com.br

Edi to r-Chefe

Edi to r-Executivo

Ronaldo Coelho

De par ta men to Co mer cialco mer cial@tri bu na do pla nal to.com.br

[email protected]@gmail.com

Manoel Messias [email protected]

Daniela  [email protected]

Paulo José (Fotografia)[email protected]

Marcione Barreira

Fabiola Rodrigues [email protected]

Yago [email protected]

[email protected]

Repórteres

Diagramação

José Deusmar [email protected]

Redaçãoredacao@tri bu na do pla nal to.com.br

tri bu na do pla nal to.com.br

Opinião CENA URBANAFLAGRANTE DO DIA A DIA DA CAPITAL, ESTADO, BRASIL E MUNDO

CARTA AO LEITORJOTA EURÍPEDES

MANOEL MESSIAS – EDITOR EXECUTIVO

O desafio da assistência à saúde do servidor público

A gestão de Recursos Humanos pelos órgãos daadministração direta e autárquica, nos níveis federal,estadual e/ou municipal, tem pecado pela ausênciade uma política estruturante de assistência à saúdedo servidor público.

A oferta de um benefício assistencial médico-hospitalar, alternativo ao SUS é prática comum nasempresas privadas, principalmente pelos objetivosde política de benefícios enquanto valorização daadesão do colaborador e salário indireto.

Cada vez mais as entidades públicas são tambémchamadas a observar esta necessidade, sob risco deevasão de bons profissionais.

A alternativa de criação de um plano de saúdepróprio, autogerido, é a forma de menor custo, maisacessível e com a melhor relação entre investimentoe benefício, podendo ser implementada em curto es-paço de tempo com a ajuda de um parceiro especia-lizado em BPO (Business Process Outsourcing) emsaúde.

Dessa forma, é possível, por exemplo, colocarum plano próprio de saúde em funcionamento emtrês a seis meses, utilizando tecnologia de ponta emgestão, mediante o conceito de terceirização de ati-vidades não finalísticas, permitindo a intervenção eo acompanhamento contínuo e direto pelo gestor,enquanto controles, qualidade e custos do modelode forma semelhante aos métodos e tecnologias uti-lizadas pelas melhores operadoras privadas desaúde do mercado.

A denominada Autogestão Pública em saúde re-presenta uma modalidade, interna ou própria doente ou órgão público, para a operação do plano desaúde do servidor e seus dependentes, alternativa àsopções assistenciais através das operadoras de Me-dicina de Grupo, Seguro Saúde e Cooperativas Mé-dicas.

A “Autogestão Pública” é modalidade não su-jeita às obrigatoriedades da lei de Planos de Saúde,lei 9.656/98, o que determina menores custos admi-nistrativos e assistenciais, além da possibilidade dedefinição exata do que se quer oferecer, e como, en-

quanto cobertura assistencial do plano, possibili-tando uma pré-definição exata do custo final dese-jado.

A constituição de um plano próprio de saúdepara servidores pode ser feita a partir das possibili-dades de financiamento pelo gestor público e frenteà capacidade de contribuição dos colaboradores.Por ser uma modalidade que não está sujeita às ob-rigatoriedades da lei de Planos de Saúde possuiainda independência quanto à operação, continui-dade e ajustes do plano.

A modalidade de Autogestão Pública é mais “ba-rata” do que qualquer outra modalidade tambémpor resultar em despesas vinculadas apenas aocusto assistencial incorrido, sem prêmio de risco deuma operadora, além de inexistirem Intermediários,despesas de comunicação e marketing, margens delucro, despesas junto à Agência Reguladora (ANS),corretagem ou carregamentos com administradorasde benefícios etc. O Pagamento dos serviços assis-tenciais prestados diretamente pelo governo, eli-mina custos com bi-tributação e pode ser negociadopela Relevância e volume populacional do ente pú-blico.

Além disso, o modelo traz vantagens outras pelapossibilidade de integração com saúde ocupacionale outros benefícios, redução do absenteísmo, gestãoorientada por princípios de medicina preventiva epromoção à saúde, além de motivadores políticoscomo a redução da demanda ao SUS local e o fo-mento ao mercado hospitalar privado de saúde.

Não resta dúvida que, cada vez mais, iremos ob-servar a proliferação e a profissionalização dos an-tigos institutos de pensão ou institutos assistenciaisde governos, munícipios e autarquias para planos desaúde na modalidade de Autogestão Pública. En-quanto política de benefícios assistenciais aos servi-dores é a alternativa mais lógica. Simples assim!

Luiz Figueiredo é diretor da Benner BPO em Saúde

GO I Â NIA, 27 DE NOVEMBRO A 3 DE DEZEMBRO DE 2016

X

O Brasil precisaenfrentar o assédiocontra a mulher

O assédio é uma realidade para 87% das mulheres brasileiras que vivem emáreas urbanas. Pesquisa divulgada na sexta-feira passada, dia 25, encomendadapela organização internacional de combate à pobreza ActionAid no Dia Interna-cional pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, indicam que esse problema atingemulheres em todo o planeta. Além das brasileiras, foram ouvidas tailandesas, in-dianas e britânicas.

O Brasil é o que apresenta a maior incidência de assédio entre as mulheres etambém entre aquelas que sofreram assédio antes dos 10 anos. Foram consideradosassédio atos indesejados, ameaçadores e agressivos contra as mulheres, podendoconfigurar abuso verbal, físico, sexual ou emocional. No Brasil, 16% das mulheresrelataram ter sido assediadas antes dos 10 anos e 55%, com 18 anos ou menos.

A pesquisa foi feita online no período entre 1º e 14 de novembro e ouviu 2.236mulheres: 1.038 na Grã-Bretanha, 502 no Brasil, 496 na Tailândia e 200 na Índia.Os números foram ponderados e são representativos de todas as mulheres maioresde idade na Grã-Bretanha, todas as mulheres online na Tailândia e toda a populaçãourbana feminina de Brasil e Índia.

Ainda de acordo com a pesquisa, a maioria (55%) das entrevistas disse ter sidoassediada nas ruas e 23%, no ambiente de trabalho. Os assovios (65%) foram asprincipais formas de assédio relatadas pelas entrevistadas, mas comentários decunho sexual ocorreram com mais da metade das mulheres (52%), seguidos de in-sultos (38%), perseguição na rua (29%), exibições por parte de homens (29%) e sertocada (20%).

Ainda segundo o estudo, 86% das brasileiras entrevistadas afirmaram tomar al-guma providência para se proteger das abordagens indevidas. Dentre as medidas,estão: fazer um caminho diferente do usual (55%), evitar parques ou áreas mal ilu-minadas (52%), ligar ou enviar mensagem para alguém confirmando estar bem(48%), solicitar a companhia de outra pessoa (44%), evitar transporte público (17%)e desistir de ir a um evento social (18%).

Para a assessora do Programa de Direito das Mulheres da ActionAid no Brasil,Jéssica Barbosa, é preocupante o alto índice de assédios a crianças no país, que re-vela uma propensão da sociedade brasileira à sexualização infantil. A representanteda ActionAid disse que melhorar a segurança dos espaços públicos, com mais ilu-minação, policiamento, melhores meios de transporte, diminui a vulnerabilidadedas mulheres nas rua.

O Brasil precisa enfrentar com rapidez e eficácia esse grave problema que evi-dencia um adoecimento no seio da sociedade brasileira, que expõe a riscos graves,com efeitos permanentes na formação da mulher brasileira. É um dever do estado,diante de tal situação, agir com políticas públicas preventivas e ações punitivas paraque esses números preocupantes sejam reduzidos.

Gato vira-lata é o mascote de vereadores, funcionários e frequentadores da Câmara Municipal de Goiânia

Dora Ramos

13º salário: gastar, poupar ou investir?

Décimo terceiro salário na conta é sinônimo deir às compras, certo? Errado, pois este pode ser omomento ideal para iniciar uma poupança para in-vestir em uma grande oportunidade, seja financeiraou profissional. Ainda mais se esta renda comple-mentar vier acompanhada de férias e possíveis boni-ficações, como algumas empresas que pagam atéuma 14ª parcela da remuneração.

O que você acha de reservar este dinheiro parainiciar o planejamento para abrir um próprio negó-cio? No Brasil, 27% do PIB (Produto Interno Bruto)é representado por micro e pequenas empresas, querespondem ainda por 52% dos empregos com car-teira assinada no país. Não seria bom se sua ideiaempreendedora fizesse parte desse cenário?

Outra sugestão é investir em sua carreira profis-sional. Com este valor, você pode pagar a matrículada graduação, pós-graduação ou até mesmo de idio-mas, como espanhol ou inglês. Cursos livres e de fé-rias também são boas opções, afinal, investir em

educação é sempre uma boaaposta.

Entenda que economizar não significa privaçõesradicais, mas sim uma etapa de aprendizado paraque, em um futuro próximo, você possa apreciar umsalário maior, conquistado por meio dos investimen-tos nos estudos ou em um próprio negócio.

Então, é hora de arregaçar as mangas e partirpara o desafio. Coloque na ponta do lápis o que iráreceber nos próximos dias, calcule todos os seus gas-tos e, com o dinheiro que sobrar, planeje como iráinvesti-lo. Com isso em mente, vislumbre que, daquialguns anos, você poderá aproveitar os resultados detoda esta dedicação e obter mais conquistas, com aajuda da sua saúde financeira e sem passar por aper-tos.

Dora Ramos é educadora financeira e diretoraresponsável pela Fharos Contabilidade & Gestão

Empresarial (www.fharos.com.br)

Luiz Figueiredo

ESFERA PÚBLICAESPAÇO PARA FOMENTAR O DEBATE, OS ARTIGOS PUBLICADOS NESTA SEÇÃO NÃO TRADUZEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL

POLÍTICA 3GO I Â NIA, 27 DE NOVEMBRO A 3 DE DEZEMBRO DE 2016

XRonaldo Coelho

[email protected] DIRETA

Revogação de reajusteO governador Marconi Perillo vai revo-

gar a lei de autoria do Tribunal de Contasdos Municípios (TCM) que concedeu rea-juste salarial e criou auxílios creche e ali-mentação para os servidores. Por determi-nação de Marconi, a Secretaria da CasaCivil vai encaminhar de imediato para aAssembleia Legislativa projeto de lei pe-dindo a revogação da concessão dos bene-fícios.

ViradaO polêmico vereador Clécio Alves

(PMDB) está vencendo a queda de braçocom os colegas Andrey Azeredo (PMDB)e Welington Peixoto (PMDB) na disputapela presidência da Câmara Municipal deGoiânia. Ele já foi presidente da Casa etem apoio do prefeito eleito Iris Rezende, oque o beneficia muito.

RÁPIDAS- Prefeito de Aparecida, Maguito Vilela

inaugura na noite desta terça-feira, dia 29, oEixo Norte-Sul 1 (Avenida Jataí), consideradaa maior obra de mobilidade nos oito anos desua gestão.- Uma comitiva de jataienses liderada pelo

prefeito Humberto Machado vem a Aparecidapara a inauguração do novo eixo que leva o no-me de Jataí em homenagem à terra natal deMaguito.

- Está em vigor a Lei 19.497/2016 que dáao deficiente físico isenção de IPVA, mesmonão sendo habilitado para conduzir veículos.Antes o benefício só valia para o deficiente ha-bilitado a dirigir.- O 2º Festival Gastronômico de Goiânia

será realizado de 1º a 4 de dezembro no Está-dio Olímpico. O Programa Experiências naNatureza, da Goiás Turismo, também estarápresente no Festival.

XXX

X

ConsensoClécio Alves agora pretende formar um cha-

pão e promover o consenso entre os colegas emtorno de sua candidatura. O vereador intensificouas articulações e a disputa interna esquentou coma possibilidade real do vice-prefeito eleito, MajorAraújo (PRP), renunciar ao cargo e permanecerna Assembleia Legislativa. Assim, o próximo pre-sidente da Câmara Municipal passa a ser na linhade sucessão o vice-prefeito de Goiânia.

Vaga na AssembleiaPermanecendo na Câmara Municipal, Clécio

Alves abre vaga para Lívio Luciano, o terceiro su-plente do PMDB, assumir cadeira na AssembleiaLegislativa já que Adib Elias (Catalão) e ErnestoRoller (Formosa) foram eleitos prefeitos este ano.A primeira vaga é de Vaguinho, que vai assumir. Asegunda é de Clécio, que deve renunciar. Se LívioLuciano for convidado por Iris Rezende a comporsua equipe ele se licencia da Assembleia, abrindoespaço para o quarto suplente, o vereador deAparecida, Ezizio Barbosa.

Melhor congressista Senador Ronaldo Caiado, líder do DEM no

Senado, foi eleito como o melhor parlamentar deGoiás em 2016. A seleção feita pelo Ranking Po-líticos ainda aponta o senador como o 2º melhorcongressista no cenário nacional. "É sempre commuito orgulho que recebo esse tipo de reconheci-mento. Fui eleito para representar bem o povo deGoiás e me sinto com a obrigação de realizar umbom trabalho. Esse prêmio só me dá mais ânimopara continuar empenhado na minha atuação eserve de prestação de contas" comemorou Caia-do. A cerimônia de premiação ocorreu na quinta-feira, dia 24.

Situação indefinidaA Justiça acatou na semana passada recurso

de Divino Lemes (PSD) e deferiu seu registro decandidatura para prefeito de Senador Canedo.Agora ele pode ser diplomado e empossado nocargo, assim como ocorreu em Flores de Goiás,Luziânia, Rio Quente e Petrolina. Mas em ÁguaFria de Goiás, Avelinópolis, Campinaçu, Nique-lândia, Palestina de Goiás, Planaltina e São Luizde Montes Belos os moradores ainda não sabemquem será o prefeito em 1º de janeiro de 2017.

Operação Paranaíba A Polícia Civil investigou, investigou, mas des-

cobriu pouca coisa sobre as mortes do ex-prefeitode Itumbiara José Gomes da Rocha (PTB) e dopolicial militar Vanilson Pereira, em atentado a ba-la ocorrido no dia 28 de setembro. O que a políciaapurou na Operação Paranaíba todo mundo já sa-bia: os dois assassinatos foram cometidos pelofuncionário público Gilberto Ferreira do Amaral,o Béba, que também morreu no local do atentado.

DivulgaçãoO inquérito da Polícia Civil não conseguiu

comprovar a participação de terceiros no crime,pelo menos não como mandante ou mandantes.A família de José Gomes foi informada da con-clusão das investigações na quinta-feira, dia 24,mas a divulgação do resultado do trabalho da po-lícia ao públco ocorreu na sexta-feira, dia 25.

Surto psicóticoPara a polícia, a mania de perseguição levou

Gilberto do Amaral a cometer a barbárie contraJosé Gomes, em tragédia que também vitimou ocabo da PM, Vanilson João Pereira. Foi consttatoainda que atirador agiu sozinho, que não houverixa em face de disputa de terras e nem agressãopor parte do ex-prefeito

DiferençasEnquanto na situação o governador Marconi

Perillo (PSDB) já escolheu o vice-governador JoséEliton (PSDB) para disputar sua sucessão, naoposição é diferente, pelo menos no PMDB, quesempre rivaliza com os tucanos em Goiás. O sena-dor Ronaldo Caiado (DEM), que deve se filiar aopartido no ano que vem, e o prefeito peemedebistaMaguito Vilela dividem a opinião dos que queremdefenestrar do poder em 2018 o grupo que está nocomando do governo de Goiás há 20 anos.

RetribuiçãoFiliando ao PMDB, Ronaldo Caiado terá um

aliado muito forte e que pode decidir a favor dele:o prefeito eleito de Goiânia Iris Rezende. Mas nopartido há outra corrente que não apoia Caiado eprefere Maguito Vilela. Essa corrente entende queo PMDB já deu o mandato de senador a Caiadoem 2014 e que agora é hora dele retribuir apoiandoum peemedebista nato para disputar o governo deGoiás nas próximas eleições.

“Avolumaram-se as críticas sobre mim. EmSalvador, vejo o sofrimento dos meus familiares. Quem me conhece sabe ser esse olimite da dor que suporto. É hora de sair”

Trecho da carta do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, justificando ao presidenteMichel Temer seu pedido de demissão. Geddel é acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de

tentar forçar a liberação da obra de um prédio em Salvador (BA)

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

O presidente da Assembleia,deputado Helio de Sousa(PSDB) abriu, em sessão espe-cial, na tarde de quinta-feira, dia24, no Plenário Getulino Artiaga,o I° Encontro Estadual de Prefei-tos pelo Desenvolvimento Econô-mico e Social dos Municípios. Oevento foi uma promoção do Se-brae-Goiás, em parceria com aAssembleia Legislativa e teve co-mo objetivo estimular e apoiar osprefeitos eleitos para o incremen-to e fomento de atividades em-preendedoras e geradoras de ren-da em suas cidades.Helio de Sousa destacou a ne-

cessidade dos prefeitos eleitos dese prepararem para assumir a ges-tão de seus municípios a partir de1º de janeiro do ano que vem. Eleressaltou que o cenário de crise ge-ra indefinição e impõe aos futurosprefeitos maior capacidade e pre-paro para superar as dificuldadesfinanceiras e atender as expectati-vas e promessas de campanha fei-tas à população municipal.

Evento teve comoobjetivo estimular eapoiar os prefeitoseleitos para ofomento deatividadesempreendedoras egeradoras de rendaem suas cidades

Marconi incentiva população goiana a doar sangue O governador Marconi Perillo foi ao Hemocentro de Goiás, na manhã de sexta-feira, dia 25, e

fez doação de sangue para o estoque da unidade de saúde. A ação de Marconi teve o objetivo deincentivar os goianos a fazerem a mesma coisa já que o Hemocentro está com estoque muito baixo.Em alguns casos, até zerado. Em tom descontraído, ele lembrou que o gesto de solidariedade tam-bém marcava o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue, cele-brado naquele dia em todo País: “É rápido, simples e indolor. Setodos tomarem essa ação, vamos salvar vidas. Procurarei fazerisso mais vezes”, declarou. Ao chegar na unidade, o governa-dor passou pelo cadastro, pré-triagem, onde foram averigua-dos peso, pressão arterial, altura e batimentos cardíacos. De-pois passou pela triagem clínica, onde respondeu a um ques-tionário sobre hábitos pessoais. Habilitado, partiu para adoação. Após o procedimento, Marconi postou vídeo nas re-des sociais comentando sua atitude. “Acabo de cumprir umdever de cidadão no Dia Nacional de Doadores de Sangueme cadastrando como doador de sangue e também de me-dula. Foi rápido, nove minutos e 410 mililitros. Gostaria deconvidar a todos a fazer a mesma coisa. Doar sangue salva vi-das”. Após a doação, Marconi tomou um café e maisuma vez voltou a destacar a importância daconscientização do ato durante a Se-mana Nacional do Doador. “Doarsangue é doar vida. Espero que esteato sirva de exemplo. É um dosmaiores atos de ajuda ao próximo”,destacou.

“Ao ser procurado pelo presi-dente do Sebrae, doutor IgorMontenegro, eu vi nessa parceriauma oportunidade de contribuirpara o debate com os municípios.Apesar da realidade dos municí-pios ser difícil, nós devemos bus-car alternativas. Para administrar,a prefeitura é preciso ter criativida-de e buscar caminhos”, apontou oparlamentar.

PrefeitosO prefeito de Sanclerlândia,

Itamar Leão (PSDB), que vai pa-ra o seu terceiro mandato, consi-derou o encontro de grande im-portância especialmente para osprefeitos que vão assumir man-datos pela primeira vez. Itamarelogiou a iniciativa da Assembleia

do Sebrae Goiás, por colaborarcom os gestores municipais nadifícil missão de realizar uma ad-ministração eficiente e promo-vendo a economia local.O prefeito eleito de São Mi-

guel do Araguaia, Nélio Cunha(PSDB), é um estreante na ges-tão municipal e vai administraruma cidade com poucos recur-sos, com sérios problemas de de-semprego e graves problemas naárea da saúde pública. Ele veioao encontro com a expectativa dereceber informações sobre comofazer parcerias com o Sebrae/GOe com os governos Estadual e Fe-deral para acelerar a economialocal.Já Paulo Sergio de Rezende, o

Paulinho (DEM), reeleito em Hi-

drolândia, destacou que os prefei-tos precisam se unir, cada vezmais, se aprimorarem e lutarempelos municípios. “É muito im-portante estarmos aqui na As-sembleia para discutir o futurodos municípios goianos e as difi-culdades que temos vivido à fren-te das prefeituras. Precisamos nostornar cada vez mais fortes paraque tenhamos condições de re-presentar os nossos municípios elevar aos cidadãos aquilo que elesdesejam. Estaremos sempre pre-sentes em todos os eventos quepossam nos beneficiar e trazer co-nhecimento”, enfatizou. O diretor superintendente do

Sebrae, Igor Montenegro, ressal-tou a importância dos prefeitosvalorizarem as pequenas empre-

sas instaladas em seus municípios.“A maioria dos prefeitos sonhacom a atração de um grande em-preendimento em seu município.Mas a grande realidade é que osgrandes investimentos vão aconte-cer em pouquíssimos municípios.98% das empresas no Brasil sãopequenos negócios, que unidossão maiores que um grande em-preendimento e geram um quartodo PIB brasileiro. Por isto podemser mais importantes. Valorizarpequenos negócios pode ser muitomais importante do que atrair osgrandes”, explicou.De acordo com o superinten-

dente, a longevidade dos Peque-nos Negócios no Brasil está cres-cendo. As últimas estatísticas sãode que 75% sobrevivem ao segun-do ano de existência. “Estas em-presas respondem por 52% dosempregos no Brasil, mas nos pe-quenos municípios esta estatísticachega a 100%”, disse.Montenegro explicou ainda

que o Sebrae pode ir a qualquermunicípio, mesmo onde não exis-te uma agência do órgão, bastaque seja oferecido um local para ainstalação da sala do empreende-dor. “A coisa mais importante queum prefeito pode fazer

AGMÀ frente da administração

municipal de Bom Jardim deGoiás há quase 8 anos, o presi-dente da Associação Goiana dosMunicípios (AGM), Cleudes Ber-nardes da Costa (PSDB), com-partilhou experiências com os

presentes. “Nos cabe a responsa-bilidade de sermos otimistas paraestimular que nossa populaçãoseja empreendedora e saiba detec-tar quais são os arranjos produti-vos de nossas cidades”, alertou opresidente da AGM.Cleudes Baré também convi-

dou os prefeitos e futuros prefei-tos a participarem da AGM, con-tribuindo para ampliar a força domovimento municipalista. “Os se-nhores e senhoras estão diante degrandes desafios e surpresas de-sagradáveis. Escolham governarno princípio da lei e para a coleti-vidade. Entendam o orçamentode seus municípios em sua com-plexidade. A AGM está à disposi-ção de vocês para colaborar eorientar em tudo que for necessá-rio”, aconselhou o presidente daAssociação.

FGMO prefeito de Panamá e presi-

dente da Federação Goiana dosMunicípios (FGM), Divino Ale-xandre da Silva, destacou as difi-culdades que os municípios en-frentam, no momento, devido àcrise enfrentada pelo País. “É acrise na economia, a recessão, oPIB negativo. Tudo isso reflete nabase, que é o cidadão. Agora te-mos também a discussão da PEC55, que limita gastos no setor pú-blico. O Brasil vai ser o grandeprejudicado”, salientou.Divino destacou ainda, que

devido à falta de dinheiro os ges-tores não conseguem administraros municípios e por isto a impor-tância de estabelecer parceriascom órgãos como o Sebrae bus-car alternativas viáveis como osconsórcios públicos. “Um cami-nhão pode ser compartilhado portrês ou quatro municípios. A ges-tão compartilhada é uma saídapara enfrentar a crise”, disse.

Assembleia, Sebrae e Governopromovem encontro com prefeitos

Prefeitos participaram de encontro no Plenário Getulino Artiaga, na Assembleia Legislativa

POLÍTICA4 X

DOR DE CABEÇAPAULO JOSÉ

GOIÂNIA, 27 DE NOVEMBRO A 3 DE DEZEMBRO DE 2016

FOTO HENRIQUE LUIZ

Marcione Barreira, repórter de Política

O governador MarconiPerillo (PSDB) deve iniciar oano fazendo algumas altera-ções nas secretarias de seugoverno. A iniciativa tem oobjetivo de acomodar os váriosnomes da base aliada queestão sem cargo e que sãotidos como importantes dentrodo campo de apoio do gover-nador.

Até este momento, a modi-ficação mais comentada giraem torno da Secretaria deDesenvolvimento Econômicode Goiás (SED). Até poucotempo comandada pelo vice-governador Jose Eliton(PSDB), a pasta é uma dasmais importantes do governo eganhou ainda mais importân-cia depois da reforma adminis-trativa implantada no início doano passado.

A SED é hoje comandadapelo empresário LuizMaronezi, tido tido como umdos mais experientes dos qua-dros do Governo de Goiás,tendo sido presidente deórgãos como GoiásFomento eGoiásIndustrial. Tambématuou na então Secretaria deEstado da Indústria e

Comércio. É consideradocomo um gestor de perfil técni-co e que pouco se envolve compolítica.

O deputado federalGiuseppe Vecci (PSDB), onome mais comentado atéaqui, é tido como favorito paraassumir a pasta. Entretanto, oparlamentar não tem demons-trado muito interesse emcomandar a SED. Em entrevis-ta à Rádio 730 no último dia18, o legislador disse que achance é próxima de zero.

Ao ser questionado sobre apossibilidade, ele afirmou quenão há interesse e usou comomaior argumento o fato de tera necessidade de honrar osvotos recebidos em sua elei-ção. “Eu gostaria de continuarhonrando os votos que recebi.Eu não diria que a chance deser secretário é zero, mas épróxima disso”, declarou àemissora.

Membros da base aliadatambém observam comopequena a chance de Vecciassumir a pasta. Para eles, aSecretaria de fato deve ter alte-rações, no entanto, pelo quefoi visto até aqui Vecci devemesmo seguir legislando naCâmara Federal.

O deputado estadual TalesBarreto (PSDB), um dos maispróximos de Marconi, acreditaque a possibilidade de Vecciincumbir-se da Secretaria épequena. Para o parlamentar, aprobabilidade de Vecci assumira presidência nacional doPSDB é bem maior. “Eu achoque neste momento o Vecciestá mais próximo de assumira presidência nacional do par-tido”, acredita.

As especulações sobre onome de Vecci ganharam forçadepois de outros nomes não se

interessarem pela pasta. Osdeputados federais FábioSousa (PSDB), Marcos Abrão(PPS) e Heuler Cruvinel(PSD) disseram não estar dis-postos a assumir a secretaria.

Todo esse imbróglio visaatender os nomes da base,neste caso especifico, o benefi-ciado seria o pepista SandesJunior (PP). Sandes é primeirosuplente de deputado federal ecom a vacância ocuparia avaga no Legislativo.

Ainda segundo Talles, odeputado federal RobertoBalestra (PP) poderia ser outronome a ocupar a vaga.“Acredito que a definição já foitomada pelo governador. Masainda não sabemos. Caso nãoseja o Vecci, será outro nomecomo, por exemplo, o Balestra.Tanto o Vecci quanto oBalestra, podem, na minhavisão, assumir a pasta”, cita.

O deputado RobertoBalestra segue na mesma linhados outros nomes citados atéaqui e diz não ter interesse.Segundo ele, o trabalho naCâmara Federal está em pri-meiro lugar e não pretende dei-xar o cargo. “Eu tenho outraspretensões. Neste momento euestou focado no trabalhodesenvolvido na CâmaraFederal”, assegura.

Com esse embaraço, ogovernador Marconi Perilloaparenta ter que dialogarmuito para conseguir acomo-dar a todos. O líder do gover-no na Assembleia Legislativa,deputado estadual José Vitti(PSDB), confirma que vaihaver remanejamento, noentanto, ainda não chegou aseu conhecimento.

Segundo ele, a questão setornou um jogo de quebracabeça para o governador. O

Governador pretendefazer mudanças paraacomodar aliados,contudo, algunsnomes citados paraassumir cargos eabrir vacância emoutros refutamproposta

Giuseppe Vecci, Hueler Cruvinel, Fábio Sousa (acima), MarcosAbrão e Roberto Balestra (embaixo) resistem a convite paraassumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado

Minireformavira problemapara o governo

também atual presidente doPSDB, afirmou que essa ques-tão deve ser solucionada pelochefe do Poder Executivo semmaiores preocupações. “Agoraé um jogo de quebra-cabeça,mas Marconi vai saber, comosempre soube, resolver essademanda”, frisa.

O presidente da

Assembleia, Helio de Sousa(PSDB), pondera que de fatodeve haver mudança, contudo,se trata de um cargo de muitaimportância no governo e quenecessita de alguém prepara-do. Helio saiu em defesa doatual comandante da pastaLuiz Maronezi, a quem classi-ficou de muito preparado.“Não podemos esquecer queessa pasta está sendo bemcomandada pelo Maronezi queé um empresário muito prepa-rado”, lembra.

Ainda segundo o presiden-te, a indicação, apesar de serde autonomia do governador,precisa ser técnica. Helio deSousa ponderou que essanomeação não deve ser apenaspara resolver questões pon-tuais. “É preciso levar emconta a importância da pasta.A indicação tem que ser técni-ca. Não pode ser para resolverum problema político”, susten-ta.

Nesse jogo para acomodaraliados, Marconi ainda temque se preocupar com alguns

"Tenham prudência já na primeira hora", diz Marconi a prefeitosO governador Marconi

Perillo recebeu, na tarde dequinta-feira, dia24, no Paláciodas Esmeraldas, os 13 prefei-tos eleitos este ano em Goiáspelo PTB, acompanhado pelovice-governador, José Éliton, osecretário de ArticulaçãoPolítica, Sérgio Cardoso, odeputado federal JovairArantes e o estadual HenriqueArantes. "Tenham prudência jána primeira hora da adminis-tração de vocês", aconselhou ogovernador.

O encontro faz parte dasérie de reuniões coletivas queMarconi tem realizado com ospróximos gestores. Ele osorientou a agir com cautela jáno início de seus governos, evi-tando inflar a máquina admi-nistrativa para que não hajacomprometimento do orça-mento, e faltem recursos parainvestir em obras prioritárias.

"Tenho experiência, eposso dizer que é já no iníciodo governo que o gestor preci-sa ser prudente. Precisa definiro caminho certo, traçar asprioridades e enxugar a máqui-na administrativa", disse,

citando o exemplo de Goiás,hoje um dos estados que têm aestrutura administrativa maisenxuta.

"E em tempos de crise pro-funda, de diminuição dasreceitas, do fundo de repasse

dos municípios, é extrema-mente necessário minimizar aestrutura governamental",aconselhou. Ele reiterou aosprefeitos a sugestão de quecriem um Fundo deTransporte, como o governo

estadual criou em 2011.Marconi se colocou à dis-

posição dos gestores, ressal-tou que já recebeu 34 prefeitosindividualmente, e vai receber100 prefeitos até o final desteano. "Também já defini asdatas de janeiro e fevereiro emque receberei os outros 146",adiantou. Reiterou também ocompromisso de continuarcom parcerias na área damoradia, por meio da AgênciaGoiana de Habitação(Ageab).

O vice-governador JoséÉliton, que também é secretá-rio de Segurança Pública,informou que o governo esta-dual vai renovar a frota de via-turas nos municípios, e osequipamentos das polícias. "Apolícia goiana é a mais bemequipada do país", observou.

A prefeita eleita de BelaVista de Goiás, Nárcia Kelly,

agradeceu ao governador porabrir as portas do Palácio eacolher os prefeitos com ensi-namentos. "O senhor é umainspiração para nós, e ter aoportunidade de aprender como senhor antes de iniciarmosnossas gestões é uma honraenorme", afirmou. Prefeitoeleito de Itumbiara, deputadoestadual José Antônio tambémendossou os agradecimentos:"Poucos gestores têm a chancede receber uma aula com umpolítico tão expressivo quantoo governador Marconi", disse.

Marconi encerrou a reu-nião com palavras de homena-gem ao ex-prefeito deItumbiara, José Gomes, tam-bém do PTB, que faleceu nodia 28 de setembro, vítima deatentado no município."Minha homenagem e aplau-sos a um dos maiores políticosque conheci", disse.

Governador Marconi Perillo em reunião com prefeitos do PTB no Palácio das Esmeraldas

Sandes Júnior, suplente, podevoltar à Câmara Federal comminirreforma no governo

prefeitos que não foram eleitosnessas eleições municipais.Um dos mais importantesnomes que não conseguiu sereeleger foi do atual prefeito deCatalão, Jardel Sebba(PSDB).

Jardel é aliado antigo dogovernador, já foi deputadoestadual e presidente daAssembleia Legislativa. Esteano foi derrotado pelo maiorrival na cidade, o peemedebistaAdib Elias (PMDB). Jardeldeve ser nome certo no gover-no de Marconi após a minire-forma.

Outros nomes importantesdentro do partido que podemser contemplados com as alte-rações são do atual prefeito deGoianesia (PSDB) que não foireeleito, Jales Fontoura, e dovereador Thiago Albernaz(PSDB), que disputou a elei-ção como vice de VanderlanCardoso (PSB) no último plei-to.

As possíveis modificaçõesestão sendo classificadas poraliados como minireforma jáque nem todas as secretariasserão afetadas. Além daSecretaria deDesenvolvimento, outro setorque pode sofrer alterações é aSecretaria da Mulher,Desenvolvimento Social, daIgualdade Racial, dos DireitosHumanos e do Trabalho quehoje é ocupada pela deputadaestadual Lêda Borges (PSDB).

Segundo José Vitti, a secre-tária pode voltar a assumir seulugar na Assembleia, abrindoassim mais um posto para osaliados. “Essas alteraçõesdevem ocorrer não só naCâmara Federal, mas acho queaqui no Legislativo Estadualtambém. A secretaria Lêdapode até voltar”, destaca.

POLÍTICA 5

X

GO I Â NIA, 27 DE NOVEMBRO A 3 DE DEZEMBRO DE 2016

O sr foi candidato pela primeiravez, em 2012, pelo PCdoBalcançoucerca de 3.600 votos eficouna suplência. Agora o srmais que duplicou o número devotos. O que o sr fez de diferentenesta eleição?Nunca parei de trabalhar.

Sempre tive o sonho de ser verea-dor por Goiânia. Em 2006 come-cei minha trajetória política, em2009 virei conselheiro tutelar. Em2006 criei uma associação, umaONG, onde trabalhava com es-porte para a juventude mais ca-rente. Depois virei conselheirotutelar, dois anos e meio depois,tentei a vaga no legislativo e nãoobtive êxito. Mas mesmo assim,nós continuamos trabalhando atodo vapor. Se eu não tivesse sidoeleito agora continuaria traba-lhando na mesma metodologia.Talvez não para alcançar a Câ-mara, mas para mim ideologica-mente é importante demonstrarque a sociedade pode se organizare fazer algo diferente.

O senhor foi eleito com mais de 5mil votos na região doGuanabara, uma região carente.O sr vai defender as pautas quenão são muito representadas nolegislativo goianiense?Com certeza. Cresci no Jar-

dim Guaranabara, conheço seusproblema e a população deposi-tou em mim essa quantidade ex-pressiva de votos, mas souvereador por Goiânia. Assim, comrelação a toda matéria, toda lei,tudo que eu for debater e discutir,estarei falando da cidade de Goiâ-nia, com quase um milhãoe meiode habitantes. Claro que por eu teruma representatividade muitogrande no Jardim Guanabara,com certeza a opopulação vaiestar mais próxima. É bem clarotambém que sou vereador hoje,amanhã posso virar prefeito, umdeputado e para isso tenho quedefender a cidade de Goiânia.Não posso pensar só, exclusiva-mente, num único bairro. Lógico,que é o bairro em que nasci, crescie tenho um carinho imenso pelapopulação.

O sr. vai ser um representante dapopulação mais carente?Com certeza.

E o que essa populaçãodemanda?Infelizmente, às vezes a popu-

lação deturpa um pouco a funçãodo vereador. Quando você fala de

gerar emprego e renda, está fa-lando de cuidar dessa populaçãomais carente. Quando você fala deter vaga de Cmei, debate e brigapor isso na Câmara, você está aju-dando a população mais carente.Quando fala de ter esporte paratoda criança, que ela tenha opor-tunidade de praticar esporte nocontraturno escolar, você está bri-gando pela população mais ca-rente. Porque o cidadão bemfinanceiramente tem condições depagar uma escola de tempo inte-gral para o filho dele, tem condi-ções de pagar a faculdade, pagarum esporte. Já a população ca-rente, de um país que hoje vive re-cessão, onde o desempregoaumenta a cada dia, as primeirascoisas que essa população cortasão nessas áreas. E são áreasmuito importantes para a juven-tude, para a mulher, os idosos.Quando você briga por essas ban-deiras, que eu já defendo há algumtempo, sua luta atinge automati-camente a população mais ca-rente.

Na sua opinião, quais são osprincipais problemas que acidade enfrenta e como devemser enfrentados pela Prefeituralogo de início?Hoje, para mim, os principais

desafios que o prefeito e a Câmaratêm são a saúde, um dos maioresproblemas, e a questão do trans-porte público. O transporte é umproblema que passa ano e entraano ninguém consegue resolver de

fato. Tem ainda a questão da se-gurança. Hoje, todas as pesquisasqualitativas em Goiânia levantama questão da segurança pública.Só que eu, como militante dessaárea mais de prevenção da segu-rança pública, sei que segurançanão é um papel só de repressão.Hoje, as pessoas avaliam muitoque está faltando polícia na rua.Tudo bem, a questão do policia-mento na rua é muito importante,mas se não tiver políticas públicaspara prevenir que as novas pes-soas entrem na criminalidade, issotorna-se uma bola de neve. Nósestamos aqui enxugando gelo.Hoje, é notável que cadeia nãotem mais espaço e que a cadeianão recupera ninguém. Então, agente tem que tentar entender queas formas de prevenção são muitomais eficazes, só que o tempo paraapresentarem resultado é maior.Por exemplo, essa prevenção éoferecer o cuidado à criança quehoje tem 8 anos para quando elachegar na idade de 18, 20 anos elater um emprego, educação dequalidade. Isso demora um tempoe o mandato é de quatro anos.Então, nós políticos temos essedesafio de tentar fazer com que apopulação não seja apenas ime-diatista. É importante o policia-mento na rua, ovideomonitoramento, é impor-tante a repressão... mas se a gentenão entender que é muito maisbarato você prevenir, aí a segu-rança pública vai por água abaixo,como já está.

“A sociedade pode se organizar e fazer algo diferente”

ENTREVISTA / VINÍCIUS CERQUEIRA

Daniela Martins, Yago Sales eFabíola Rodrigues

O senhor faz parte da renovaçãoda Câmara, que nesta eleiçãoalcançou mais de 62%, etambém chega ao Legislativocomo o terceiro vereador maisbem votado de Goiânia, com8.582 votos. Por outro lado, aclasse política e nossasinstituições, assim como aCâmara, estão desacreditadaspela população. Diante destecenário, quais são asperspectivas do vereador

Vinícius Cerqueira para esteinício de mandato?É importante ressaltar que

essa renovação foi justamentepela população estar desacredi-tada na classe política. Muitosdeixaram de ir às urnas, muitosanularam os votos ou votaramem branco. Mas a grande maio-ria sabe que toda transformaçãoainda vem da política, não temcomo negar isso. Ao tentar essamudança que a população es-pera, a votação migrou para essarenovação. É uma renovação deesperança em novas atitudes naCâmara, de uma nova Câmara.

Sempre falo que não adianta sernovo na Câmara, mas ter atitu-des antigas. Então, a importânciaé uma nova Câmara de atitudes,e não de caras e nomes. Temgente muito boa que está na Câ-mara e retornou. E tem gentemuito boa que entrou e vai poderdemonstrar isso. Agora cabe aessa Câmara demonstrar que éum nova Câmara, sem esse re-corte de novatos e veteranos,acho que a Câmara é uma só.

Como conseguir quebrar isso?Essa lógica de política antiga,como fazer isso na prática?De imediato, já estou ten-

tando inovar meu mandato, ten-tando fazer com que apopulação possa participar efeti-vamente de um mandato popularusando a tecnologia. Estoucriando um aplicativo tanto paraIOs quanto para Android, ondeas pessoas vão poder dialogarcom o nosso mandato pelosmartphone, porque sei que amaioria das pessoas são muitocorridos, ninguém tem tempo. Asaudiências públicas da Câmarasão durante as manhãs, o cida-dão está trabalhando, como elevai lá para participar de uma au-diência pública nesse horário?

Esse é o projeto do GabineteDigital?Isso. O Gabinete Digital é

algo que nós estamos tentandoinovar para que a populaçãopossa participar efetivamente daCâmara e que a gente possa terum diálogo muito salutar. A po-pulação deve saber o que acon-tece na Câmara. O vereadortrabalha muito, bobeira falar queo vereador não trabalha, que sãosó três sessões. São três sessõesdurante o plenário, mas a todomomento o vereador está traba-lhando, de dia, à noite, com apopulação, resolvendo questõesda cidade e a gente tem quemudar essa concepção. Durantetoda a campanha a gente tinhade falar de propostas e aomesmo tempo convencer o elei-tor da importância da política.Qualquer ato que acontece naCâmara vai refletir diretamentena vida, na casa do cidadão.Cabe a ele participar ounão. Eu sempre o cons-cientizei de que não par-ticipar é pior, porquevocê está perdendo aoportunidade de opinar,de tentar fazer com que asmudanças na cidade ve-nham para o lado bom.

“A Câmara deve ser nova ematitudes, não de caras e nomes”Engenheiro civil por formação, o vereador eleitoVinícius Cerqueira (PROS) chega à CâmaraMunicipal de Goiânia como um dos representantesda grande renovação que deve impactar oLegislativo a partir de janeiro de 2017. Aos 32anos, ele é casado, pai de dois filhos, e alcançou otítulo de terceiro vereador mais bem votado, com8.582 votos, nas últimas eleições. Avesso a rótulos,Vinícius Cerqueira não acredita na divisão entrenovatos e veteranos. “A Câmara é uma só”. Elegarante que pretende pautar seu mandato pelodiálogo com a população, os colegas do Legislativoe o Poder Executivo.

“Se não tiver políticaspúblicas para prevenirque as novas pessoas

entrem nacriminalidade, isso

torna-se uma bola deneve

Como a Câmara pode ajudar asolucionar esses problemas,mostrando que não só sãonecessárias soluçõesimediatistas, mas soluções alongo prazo?Por exemplo, em nosso pri-

meiro ato, vou defender a contra-tação de menor aprendiz pelaCâmara. Hoje, a própria Câmaranão tem contratado nenhummenor aprendiz. O que tem a vera questão do menor aprendiz comsegurança pública? Tem muito aver. O jovem clama por umaoportunidade para trabalhar. Eleestuda, começa a ter os gastos,faz parte de uma população quecobra você ter um bom tênis, umcelular bacana e a mãe não temcondições de dar. Então, se ojovem tiver um emprego, terá aoportunidade de comprar umtênis, levar a namorada para lan-char, se sentir útil. E outra,quemestá dando oportunidade para a

nossa juventude hoje é o tráficode drogas, que ganha e paga bem.

Em qual área o senhor pretendeatuar mais fortemente?Fui conselheiro tutelar e tenho

uma defesa muito forte na questãoda criança e adolescente. Fui es-portista, ex-atleta de alto rendi-mento. Goiânia precisa de uma leique incentive o esporte, hoje nósestamos perdendo atletas para oABC paulista. É muito ruim umacidade como Goiania não ter umaSecretaria de Esportes. Já tive con-versas com o próximo prefeito, jáfalei sobre essa questão do esportena cidade. A questão da habitação,moradia, que é uma pauta que de-pois das eleições eu aprendi a tra-balhar. Fui superintendente daHabitação. Enfim, eu quero traba-lhar. Sou engenheiro civil por for-mação e esse ano que vem é umano muito importante, vamos falarsobre Plano Diretor da cidade

O senhor já esteve nasuperintendência de Habitação etambém foi conselheiro tutelarna Região Norte. Essasexperiências devem ajudá-locomo vereador?Eu estava do lado de lá e aí

você vê os problemas que o gestortambém enfrenta para implemen-tar a política. Muitas vezes vocêestá numa cadeira e escreve, é bo-nito o texto, mas ele não é aplicá-vel. A teoria é muito boa, mas naprática não vai funcionar. Então,essa questão da gente ter feitoparte da gestão, e conhecer os doislados, tanto da população quantodo gestor, esse meio termo é o quevai falar. Isso me deu uma expe-riência enorme. Eu passei pelaSeinfra, pela Comurg, pelo Plane-jamento da Cidade, pela Habita-ção, estou atualmente como fiscal,tudo isso me deu um gabaritomuito grande para ajudar Goiâniana Câmara Municipal.

“Quem tem dado oportunidadepara nossa juventude é o tráfico”

Como será a postura do senhorcom relação ao prefeito eleito doPMDB, Iris Rezende?Quero ter uma postura muito

independente na Câmara Muni-cipal. No que for bom para a ci-dade, o prefeito pode contarcomigo. No que eu não concor-dar, dentro do plenário, ele vaiouvir minhas críticas. Mas nãoserão críticas apenas por criticar,serão críticas com sugestões, fa-zendo emendas nos projetos quetalvez eu ache melhor, discutindo,dialogando. Quero fazer políticacom diálogo.

A presidência da Câmara já estásendo discutida, já tem algumaarticulação para a eleição? O srjá definiu seu apoio?Todos os dias. Neste mo-

mento alguém está conversandosobre isso, principalmente comessas declarações do futuro vice-prefeito ou futuro não vice-pre-feito. E de fato, o presidente daCâmara pode virar o vice-prefeitode Goiânia. Então, aumentamuito essa vontade de ser presi-dente. Quem não quer ser vice-prefeito de Goiânia, presidente daCâmara, com 35 vereadores?Não declarei apoio a ninguém,estou ouvindo tudo e todos. Ou-vindo o que é que os pretensoscandidatos à presidente pensamda Câmara. Eu defendo uma Câ-

mara Municipal com muito auto-nomia, que não seja submissa,que não seja uma extensão doPaço Municipal. Lá é um outropoder, e quem tiver essa propostade autonomia, de austeridade, deestar lutando pela cidade, fazendoesse contraponto, vai ter meuapoio, o apoio do meu paritdo.

Como avalia a gestão do prefeitoPaulo Garcia?Fiz parte desta gestão. E o

prefeito Paulo Garcia, do que elefez, não publicou nada. Poucaspessoas de Goiânia conhecem oParque Macambira-Anicuns. Equem conhece fica encantado.Faltou divulgar mais as suasações como prefeito. Penso tam-bém que o prefeito em alguns mo-mentos errou, e aí eu falo que épor falta de diálogo, ele não con-versava com o governador. O go-vernador por ser uma pessoa, obaluarte, que toca o estado deGoiás, poderia ter ajudado muitomais a cidade, como ajudou emAparecida. O Maguito Vilelajáteve muito diálogo com o gover-nador e a gestão do Maguito é tãoaprovada que ele fez seu sucessorno primeiro turno. Então, o pre-feito Paulo tem esses erros e, infe-lizmente, deixou uma marca aínegativa na população, mas euvejo muito mérito na gestão doPaulo também.

Com relaçao a rombos nascontas da Prefeitura, qual suaopinião?Não fui ordenador de despe-

sas na gestão do Paulo. Muitosinceramente, não tenho comoopinar se tem rombos ou se elepegou (a Prefeitura) com rombos,como ele declara. Penso que todacidade do país hoje vive crise fi-nanceira. O Estado vive crise fi-nanceira, o país vive crise. OPaulo nunca deixou atrasar salá-rios de servidores, então, se tivessealgum rombo, o primeiro a sentirseria o servidor público. Então, émuito difícil a gente falar isso,proque fica um jogando quepegou a prefeitura com dívidia,que o outro vai pegar. A crise seinstalou como um todo, e não foisó em Goiânia. E aí é o que falosobre a gente dialogar não só como governo estadual, mas com ogoverno federal. Porque o Ma-guito fez isso muito bem nas es-feras estadual e federal.Conseguiu obras, recursos, pro-gramas e tocou Aparecida commuita criatividade. O Paulo tinhamuita abertura em Brasília du-rante o governo do PT, mas achoque faltou muito essa questão dodiálogo com o governo estadual.No último ano, ele dialogou e agestão nesse final deu uma ala-vancada maior. Será apenas coin-cidência?!

“Quero fazer política com diálogo”

POLÍTICA 5

X

GO I Â NIA, 27 DE NOVEMBRO A 3 DE DEZEMBRO DE 2016

O sr foi candidato pela primeiravez, em 2012, pelo PCdoBalcançoucerca de 3.600 votos eficouna suplência. Agora o srmais que duplicou o número devotos. O que o sr fez de diferentenesta eleição?Nunca parei de trabalhar.

Sempre tive o sonho de ser verea-dor por Goiânia. Em 2006 come-cei minha trajetória política, em2009 virei conselheiro tutelar. Em2006 criei uma associação, umaONG, onde trabalhava com es-porte para a juventude mais ca-rente. Depois virei conselheirotutelar, dois anos e meio depois,tentei a vaga no legislativo e nãoobtive êxito. Mas mesmo assim,nós continuamos trabalhando atodo vapor. Se eu não tivesse sidoeleito agora continuaria traba-lhando na mesma metodologia.Talvez não para alcançar a Câ-mara, mas para mim ideologica-mente é importante demonstrarque a sociedade pode se organizare fazer algo diferente.

O senhor foi eleito com mais de 5mil votos na região doGuanabara, uma região carente.O sr vai defender as pautas quenão são muito representadas nolegislativo goianiense?Com certeza. Cresci no Jar-

dim Guaranabara, conheço seusproblema e a população deposi-tou em mim essa quantidade ex-pressiva de votos, mas souvereador por Goiânia. Assim, comrelação a toda matéria, toda lei,tudo que eu for debater e discutir,estarei falando da cidade de Goiâ-nia, com quase um milhãoe meiode habitantes. Claro que por eu teruma representatividade muitogrande no Jardim Guanabara,com certeza a opopulação vaiestar mais próxima. É bem clarotambém que sou vereador hoje,amanhã posso virar prefeito, umdeputado e para isso tenho quedefender a cidade de Goiânia.Não posso pensar só, exclusiva-mente, num único bairro. Lógico,que é o bairro em que nasci, crescie tenho um carinho imenso pelapopulação.

O sr. vai ser um representante dapopulação mais carente?Com certeza.

E o que essa populaçãodemanda?Infelizmente, às vezes a popu-

lação deturpa um pouco a funçãodo vereador. Quando você fala de

gerar emprego e renda, está fa-lando de cuidar dessa populaçãomais carente. Quando você fala deter vaga de Cmei, debate e brigapor isso na Câmara, você está aju-dando a população mais carente.Quando fala de ter esporte paratoda criança, que ela tenha opor-tunidade de praticar esporte nocontraturno escolar, você está bri-gando pela população mais ca-rente. Porque o cidadão bemfinanceiramente tem condições depagar uma escola de tempo inte-gral para o filho dele, tem condi-ções de pagar a faculdade, pagarum esporte. Já a população ca-rente, de um país que hoje vive re-cessão, onde o desempregoaumenta a cada dia, as primeirascoisas que essa população cortasão nessas áreas. E são áreasmuito importantes para a juven-tude, para a mulher, os idosos.Quando você briga por essas ban-deiras, que eu já defendo há algumtempo, sua luta atinge automati-camente a população mais ca-rente.

Na sua opinião, quais são osprincipais problemas que acidade enfrenta e como devemser enfrentados pela Prefeituralogo de início?Hoje, para mim, os principais

desafios que o prefeito e a Câmaratêm são a saúde, um dos maioresproblemas, e a questão do trans-porte público. O transporte é umproblema que passa ano e entraano ninguém consegue resolver de

fato. Tem ainda a questão da se-gurança. Hoje, todas as pesquisasqualitativas em Goiânia levantama questão da segurança pública.Só que eu, como militante dessaárea mais de prevenção da segu-rança pública, sei que segurançanão é um papel só de repressão.Hoje, as pessoas avaliam muitoque está faltando polícia na rua.Tudo bem, a questão do policia-mento na rua é muito importante,mas se não tiver políticas públicaspara prevenir que as novas pes-soas entrem na criminalidade, issotorna-se uma bola de neve. Nósestamos aqui enxugando gelo.Hoje, é notável que cadeia nãotem mais espaço e que a cadeianão recupera ninguém. Então, agente tem que tentar entender queas formas de prevenção são muitomais eficazes, só que o tempo paraapresentarem resultado é maior.Por exemplo, essa prevenção éoferecer o cuidado à criança quehoje tem 8 anos para quando elachegar na idade de 18, 20 anos elater um emprego, educação dequalidade. Isso demora um tempoe o mandato é de quatro anos.Então, nós políticos temos essedesafio de tentar fazer com que apopulação não seja apenas ime-diatista. É importante o policia-mento na rua, ovideomonitoramento, é impor-tante a repressão... mas se a gentenão entender que é muito maisbarato você prevenir, aí a segu-rança pública vai por água abaixo,como já está.

“A sociedade pode se organizar e fazer algo diferente”

ENTREVISTA / VINÍCIUS CERQUEIRA

Daniela Martins, Yago Sales eFabíola Rodrigues

O senhor faz parte da renovaçãoda Câmara, que nesta eleiçãoalcançou mais de 62%, etambém chega ao Legislativocomo o terceiro vereador maisbem votado de Goiânia, com8.582 votos. Por outro lado, aclasse política e nossasinstituições, assim como aCâmara, estão desacreditadaspela população. Diante destecenário, quais são asperspectivas do vereador

Vinícius Cerqueira para esteinício de mandato?É importante ressaltar que

essa renovação foi justamentepela população estar desacredi-tada na classe política. Muitosdeixaram de ir às urnas, muitosanularam os votos ou votaramem branco. Mas a grande maio-ria sabe que toda transformaçãoainda vem da política, não temcomo negar isso. Ao tentar essamudança que a população es-pera, a votação migrou para essarenovação. É uma renovação deesperança em novas atitudes naCâmara, de uma nova Câmara.

Sempre falo que não adianta sernovo na Câmara, mas ter atitu-des antigas. Então, a importânciaé uma nova Câmara de atitudes,e não de caras e nomes. Temgente muito boa que está na Câ-mara e retornou. E tem gentemuito boa que entrou e vai poderdemonstrar isso. Agora cabe aessa Câmara demonstrar que éum nova Câmara, sem esse re-corte de novatos e veteranos,acho que a Câmara é uma só.

Como conseguir quebrar isso?Essa lógica de política antiga,como fazer isso na prática?De imediato, já estou ten-

tando inovar meu mandato, ten-tando fazer com que apopulação possa participar efeti-vamente de um mandato popularusando a tecnologia. Estoucriando um aplicativo tanto paraIOs quanto para Android, ondeas pessoas vão poder dialogarcom o nosso mandato pelosmartphone, porque sei que amaioria das pessoas são muitocorridos, ninguém tem tempo. Asaudiências públicas da Câmarasão durante as manhãs, o cida-dão está trabalhando, como elevai lá para participar de uma au-diência pública nesse horário?

Esse é o projeto do GabineteDigital?Isso. O Gabinete Digital é

algo que nós estamos tentandoinovar para que a populaçãopossa participar efetivamente daCâmara e que a gente possa terum diálogo muito salutar. A po-pulação deve saber o que acon-tece na Câmara. O vereadortrabalha muito, bobeira falar queo vereador não trabalha, que sãosó três sessões. São três sessõesdurante o plenário, mas a todomomento o vereador está traba-lhando, de dia, à noite, com apopulação, resolvendo questõesda cidade e a gente tem quemudar essa concepção. Durantetoda a campanha a gente tinhade falar de propostas e aomesmo tempo convencer o elei-tor da importância da política.Qualquer ato que acontece naCâmara vai refletir diretamentena vida, na casa do cidadão.Cabe a ele participar ounão. Eu sempre o cons-cientizei de que não par-ticipar é pior, porquevocê está perdendo aoportunidade de opinar,de tentar fazer com que asmudanças na cidade ve-nham para o lado bom.

“A Câmara deve ser nova ematitudes, não de caras e nomes”Engenheiro civil por formação, o vereador eleitoVinícius Cerqueira (PROS) chega à CâmaraMunicipal de Goiânia como um dos representantesda grande renovação que deve impactar oLegislativo a partir de janeiro de 2017. Aos 32anos, ele é casado, pai de dois filhos, e alcançou otítulo de terceiro vereador mais bem votado, com8.582 votos, nas últimas eleições. Avesso a rótulos,Vinícius Cerqueira não acredita na divisão entrenovatos e veteranos. “A Câmara é uma só”. Elegarante que pretende pautar seu mandato pelodiálogo com a população, os colegas do Legislativoe o Poder Executivo.

“Se não tiver políticaspúblicas para prevenirque as novas pessoas

entrem nacriminalidade, isso

torna-se uma bola deneve

Como a Câmara pode ajudar asolucionar esses problemas,mostrando que não só sãonecessárias soluçõesimediatistas, mas soluções alongo prazo?Por exemplo, em nosso pri-

meiro ato, vou defender a contra-tação de menor aprendiz pelaCâmara. Hoje, a própria Câmaranão tem contratado nenhummenor aprendiz. O que tem a vera questão do menor aprendiz comsegurança pública? Tem muito aver. O jovem clama por umaoportunidade para trabalhar. Eleestuda, começa a ter os gastos,faz parte de uma população quecobra você ter um bom tênis, umcelular bacana e a mãe não temcondições de dar. Então, se ojovem tiver um emprego, terá aoportunidade de comprar umtênis, levar a namorada para lan-char, se sentir útil. E outra,quemestá dando oportunidade para a

nossa juventude hoje é o tráficode drogas, que ganha e paga bem.

Em qual área o senhor pretendeatuar mais fortemente?Fui conselheiro tutelar e tenho

uma defesa muito forte na questãoda criança e adolescente. Fui es-portista, ex-atleta de alto rendi-mento. Goiânia precisa de uma leique incentive o esporte, hoje nósestamos perdendo atletas para oABC paulista. É muito ruim umacidade como Goiania não ter umaSecretaria de Esportes. Já tive con-versas com o próximo prefeito, jáfalei sobre essa questão do esportena cidade. A questão da habitação,moradia, que é uma pauta que de-pois das eleições eu aprendi a tra-balhar. Fui superintendente daHabitação. Enfim, eu quero traba-lhar. Sou engenheiro civil por for-mação e esse ano que vem é umano muito importante, vamos falarsobre Plano Diretor da cidade

O senhor já esteve nasuperintendência de Habitação etambém foi conselheiro tutelarna Região Norte. Essasexperiências devem ajudá-locomo vereador?Eu estava do lado de lá e aí

você vê os problemas que o gestortambém enfrenta para implemen-tar a política. Muitas vezes vocêestá numa cadeira e escreve, é bo-nito o texto, mas ele não é aplicá-vel. A teoria é muito boa, mas naprática não vai funcionar. Então,essa questão da gente ter feitoparte da gestão, e conhecer os doislados, tanto da população quantodo gestor, esse meio termo é o quevai falar. Isso me deu uma expe-riência enorme. Eu passei pelaSeinfra, pela Comurg, pelo Plane-jamento da Cidade, pela Habita-ção, estou atualmente como fiscal,tudo isso me deu um gabaritomuito grande para ajudar Goiâniana Câmara Municipal.

“Quem tem dado oportunidadepara nossa juventude é o tráfico”

Como será a postura do senhorcom relação ao prefeito eleito doPMDB, Iris Rezende?Quero ter uma postura muito

independente na Câmara Muni-cipal. No que for bom para a ci-dade, o prefeito pode contarcomigo. No que eu não concor-dar, dentro do plenário, ele vaiouvir minhas críticas. Mas nãoserão críticas apenas por criticar,serão críticas com sugestões, fa-zendo emendas nos projetos quetalvez eu ache melhor, discutindo,dialogando. Quero fazer políticacom diálogo.

A presidência da Câmara já estásendo discutida, já tem algumaarticulação para a eleição? O srjá definiu seu apoio?Todos os dias. Neste mo-

mento alguém está conversandosobre isso, principalmente comessas declarações do futuro vice-prefeito ou futuro não vice-pre-feito. E de fato, o presidente daCâmara pode virar o vice-prefeitode Goiânia. Então, aumentamuito essa vontade de ser presi-dente. Quem não quer ser vice-prefeito de Goiânia, presidente daCâmara, com 35 vereadores?Não declarei apoio a ninguém,estou ouvindo tudo e todos. Ou-vindo o que é que os pretensoscandidatos à presidente pensamda Câmara. Eu defendo uma Câ-

mara Municipal com muito auto-nomia, que não seja submissa,que não seja uma extensão doPaço Municipal. Lá é um outropoder, e quem tiver essa propostade autonomia, de austeridade, deestar lutando pela cidade, fazendoesse contraponto, vai ter meuapoio, o apoio do meu paritdo.

Como avalia a gestão do prefeitoPaulo Garcia?Fiz parte desta gestão. E o

prefeito Paulo Garcia, do que elefez, não publicou nada. Poucaspessoas de Goiânia conhecem oParque Macambira-Anicuns. Equem conhece fica encantado.Faltou divulgar mais as suasações como prefeito. Penso tam-bém que o prefeito em alguns mo-mentos errou, e aí eu falo que épor falta de diálogo, ele não con-versava com o governador. O go-vernador por ser uma pessoa, obaluarte, que toca o estado deGoiás, poderia ter ajudado muitomais a cidade, como ajudou emAparecida. O Maguito Vilelajáteve muito diálogo com o gover-nador e a gestão do Maguito é tãoaprovada que ele fez seu sucessorno primeiro turno. Então, o pre-feito Paulo tem esses erros e, infe-lizmente, deixou uma marca aínegativa na população, mas euvejo muito mérito na gestão doPaulo também.

Com relaçao a rombos nascontas da Prefeitura, qual suaopinião?Não fui ordenador de despe-

sas na gestão do Paulo. Muitosinceramente, não tenho comoopinar se tem rombos ou se elepegou (a Prefeitura) com rombos,como ele declara. Penso que todacidade do país hoje vive crise fi-nanceira. O Estado vive crise fi-nanceira, o país vive crise. OPaulo nunca deixou atrasar salá-rios de servidores, então, se tivessealgum rombo, o primeiro a sentirseria o servidor público. Então, émuito difícil a gente falar isso,proque fica um jogando quepegou a prefeitura com dívidia,que o outro vai pegar. A crise seinstalou como um todo, e não foisó em Goiânia. E aí é o que falosobre a gente dialogar não só como governo estadual, mas com ogoverno federal. Porque o Ma-guito fez isso muito bem nas es-feras estadual e federal.Conseguiu obras, recursos, pro-gramas e tocou Aparecida commuita criatividade. O Paulo tinhamuita abertura em Brasília du-rante o governo do PT, mas achoque faltou muito essa questão dodiálogo com o governo estadual.No último ano, ele dialogou e agestão nesse final deu uma ala-vancada maior. Será apenas coin-cidência?!

“Quero fazer política com diálogo”

POLÍTICA6 GOIÂNIA, 27 DE NOVEMBRO A 3 DE DEZEMBRO DE 2016

X

ANÁLISEArtigo altair

Rádio 730

A Comissão de Transiçãodo governo Paulo Garciaentregou aos representantes doprefeito eleito, Iris RezendeMachado, uma série de docu-mentos. Embora não seja umaobrigação legal, este repasse deinformações cumpre uma ins-trução normativa do Tribunalde Contas dos Municípios (INnº 06/2016, de 17/10/2016) evisa garantir a continuidadeadministrativa nesse momentode transição.“Estamos cumprindo as

exigências do TCM e princi-palmente fazendo um trabalhoimportante para Goiânia, queé garantir a sequência dasinformações administrativaspara que a futura gestãoconheça previamente toda aatual administração”, explica oProcurador Geral doMunicípio, Carlos de Freitas.Foram entregues na sexta-

feira, dia 25, cópias do PlanoPlurianual (PPA), da Lei de

TRANSIÇÃO DE GOVERNO

O acordo entre o GovernoFederal e as administrações esta-duais para o pagamento de juros emultas da repatriação de capitalculminou com um acordo paraestabelecimento de tetos de gastos.Os governos estaduais tem queapresentar uma proposta de ajustede suas contas e foi instituída a aus-teridade fiscal no diálogo das auto-ridades. Para o governo de Goiás, oque há de novo? Nada.

Desde dezembro de 2014 – por-tanto, há dois anos - o governadorMarconi Perillo (PSDB) tem discur-sado e praticado a austeridade fiscalcom foco na busca de gerar condi-ções para o cumprimento das obri-gações financeiras. Dados divulga-dos pela gestão indicam que R$ 3,4bilhões foram economizados com aextinção de 16 mil cargos (5 milcomissionados e funções gratifica-das), redução de secretarias de 16para 10, suspensão de 6 mil contra-tos temporários. Além disso, ogoverno segurou investimentos.

Em diversas entrevistas a secre-tária da Fazenda, Ana Carla AbrãoCosta, alertava para a urgente enecessária reorganização fiscal,tanto do Estado quanto da contri-buição do Governo Federal. Sãovários fatores que impactam nascontas, inclusive com redução nosinvestimentos.

As primeiras medidas, como aredução de secretarias e extinção decargos, passaram a vigorar em 1º dejaneiro de 2015, primeiro dia doquarto mandato do governador, eapontavam para uma redução gerale imediata de R$ 1 bilhão nas des-pesas.

É correto afirmar que o governogoiano antecipou medidas que osoutros governos deveriam ter adota-do e que, agora, estão abraçando.Por exemplo, em abril e maio passa-

dos, o cenário econômico nacionalse agravou e Goiás já estava com asmedidas de contenção em plenaexecução.

A pedido do Poder Executivo, aAssembleia Legislativa aprovou ochamado Orçamento Realista, querevia os valores dos contratos deprestação de serviços sem prejuízopara as atividades essenciais, comoos investimentos em Educação,Segurança e Saúde.

As medidas permitiram o redi-mensionando das despesas com vis-tas à manutenção dos investimentospara os próximos anos. É o casodos R$ 200 milhões que Perilloreservou para obras em 2015 e que,no mesmo valor, divulgou para osprefeitos em relação a convênioscom novas gestões.

As consequências políticas doaperto das contas não têm sidofáceis e mais delas vêm aí com a exi-gência de contenção de reajustessalariais nos próximos anos, confor-me a exigência do Governo deMichel Temer. Afinal, como adicio-nar reajustes salariais se o caixa nãosuporta. Perillo vai avançar mais noprojeto de “desmobilização” comvendas de propriedades e transfe-rências de áreas de gestão para par-cerias público-privadas e organiza-ções sociais.

Goiás, assim, é referência para osoutros Estados na condução de umapolítica com o centro na busca doequilíbrio fiscal. A secretária daFazenda de Goiás, Ana Carla Abrãotem razão: a crise fiscal contribuipara a crise econômica. É preciso sairdela, com muitos e duras medidas.

Altair Tavares – Publica o blogwww.altairtavares.com.br e é apre-sentador da Rádio Vinha FM eRádio 730. É editor do www.diario-degoias.com.br

Membros da Comissão de Transição trocam informações sobre gestão de Paulo Garcia

Repasse deinformações edocumentos visagarantir continuidadeadministrativa.Material totalizaquase 8 mil folhas e16 mil cópias.Conteúdo estátambém disponívelno Portal daTransparência daPrefeitura

Goiás antecipou acordode Temer com Estados

Gestão Paulo Garcia repassainformações à equipe de Iris

Diretrizes Orçamentárias(LDO) para 2017, da Propostade Lei Orçamentária Anual(LOA) para 2017, da relaçãodos servidores municipais, darelação dos procedimentos lici-tatórios e dos contratos, con-sórcios e convênios vigentes,dos termos de ajuste de condu-ta e de gestão firmados e dodemonstrativo das obras emandamento, com a informaçãosobre seu estágio de execução.Também foram repassadas

cópias da legislação do muni-cípio: Lei Orgânica doMunicípio e leis complementa-res a ela; legislação referente àorganização administrativamunicipal, leis de organizaçãodo quadro de pessoal e com-plementares, tais como: Lei doRegime Jurídico, Estatuto dos

Servidores Públicos doMunicípio, Lei do Plano deCargos e Salários; Lei deParcelamento, Ocupação eUso do Solo, Lei deZoneamento, Código dePosturas, Plano Diretor,Código Tributário Municipal,Lei que instituiu a GuardaMunicipal e projetos de Lei emtramitação na CâmaraMunicipal.No todo, são quase 8 mil

folhas e 16 mil cópias, cujoconteúdo está também dispo-nível de forma digital no Portalda Transparência da Prefeiturade Goiânia.Pela normativa do TCM as

informações de prestação decontas da atual gestão devemser entregues aos representan-tes do prefeito eleito até dia 15

de janeiro mas a orientação doprefeito Paulo Garcia é de quetudo seja repassado até o últi-mo dia útil deste ano, ressaltao Procurador do Município,Carlos de Freitas.A reunião foi realizada no

Paço Municipal. Além doProcurador Carlos de Freitas,participaram representando aatual gestão o Secretário deGoverno Osmar Magalhães, oSecretário de Finanças, StenioNascimento da Silva, o Chefede Gabinete do Prefeito, PauloCésar Fornazier e o Secretáriode Administração, ValdiCamárcio. Representam o pre-feito eleito, o auditor fiscalOzéias de Souza, o ex-Secretário de Finanças, DárioCampos, e o advogado JulianoGomes Bezerra.

COMUNIDADES 7X

GO I Â NIA, 27 DE NOVEMBRO A DE 3 DEZEMBRO DE 2016

CINEMA GOIANO

Yago Sales

Wanessa Gouveia se posiciona em frenteà câmera e estala a claquete e, então, ouve-seuma voz: "Ação". A cena: três policiais avis-tam um jovem negro encostado em uma mo-to na esquina. A viatura freia repentinamentediante do suspeito no setor Conjunto VeraCruz II, em Goiânia. A pistola automática deum dos policiais aponta para o jovem que es-boça correr. Não dá tempo. “Mão na cabe-ça”, grita o policial esfregando o rosto do ra-paz contra o muro de placas de concreto.Uma vistoria breve revela um revólver no ba-gageiro da moto. O jovem recebe tapas.Outro policial descobre uma poção de ma-conha. Mais tapas se sucedem.

A abordagem, muito comum no dia a diada polícia, principalmente na periferia, destavez é flagrada pela câmera Sony A7SII, sob acondução do operador Leonardo Rocha quea manipula em um gimbal, um objeto que es-tabiliza e profissionaliza o movimento com aajuda de Ramon Ovídio. O som da mão deum dos policiais no rosto do ator AlissonBorges só é audível por que o operador desom, Weverton Nunes, aproxima o microfo-ne boom, acima da cabeça dos atores.

A cena é assistida por dezenas de mora-dores que nunca viram a produção de um fil-me logo ali, na calçada de casa. A equipe de17 pessoas cumpre o roteiro de Issac Brum,de 37 anos, que decidiu por conta própria –no sentido literal da expressão, já que eleeconomizou R$ 30 mil nos últimos anos paraproduzir um filme independente. "Me inscre-vi em alguns editais, mas não fui contempla-do", disse. "Queria discutir a política de re-preensão às drogas".

Para produzir um filme com esta temáti-ca, Isaac contou com o apoio de RaphaelGustavo da Silva, coordenador e curador doFavera, o Festival Audiovisual Vera Cruz. "Agente apoia projetos que levam a realidadeda periferia às telas de cinema", esclareceRaphael, que também é diretor da É Nóis KiTá Produções, uma produtora independente.

O curta-metragem "Intervenção" de Isaacdemonstra a ascensão do cinema goiano.Para tanto, Isaac não abre mão de parceiras,como o aceite da Ideia Produções de cederespaço para filmagem. Mais cedo, a equipese instalou em um dos estúdios para gravaruma cena em que os dois policiais recebiam,no gabinete de um comandante, ordens paradar “resultados” nas ruas.

Com 70% a menos de orçamento, o filmede Isaac é uma das produções que não con-tam com apoio financeiro público-privado, oque não desestimulou o jovem cineasta e re-cém-casado que teve de convencer a mulherque deveria apostar no sonho.

“Eu sempre quis dirigir, ser cineasta mes-mo. É preciso fazer o primeiro, para mostraro trabalho”, disse, enquanto preparava a via-tura caracterizada exclusivamente para o fil-me. O carro foi emprestado pela sogra de al-guém da equipe e o desenho gráfico foi reali-zado por um dos fundadores do canal EntreBrisas, o publicitário Diego D´Ascheri. Elerevela: “Uni os símbolos da polícia de SãoPaulo, do Rio e, claro, a cor e o modelo docarro se parecem muito com o próprio mo-delo da polícia goiana”.

Desde que Diego apostou no canal EntreBrisas, ao lado de parceiros, é consideradouma promessa para a divulgação do cinemagoiano. É que ele aprendeu a fazer das tripaso coração. “Sem muito recurso, pouca gente,precisamos aguçar a criatividade", afirma.

Diego ressalta que este tipo de parceiratorna o clima menos burocrático. “A hierar-quia é quebrada. Todo mundo faz de tudo. Eisso é muito bom”, avalia Diego, que temquase 23 mil inscritos no canal Entre Brisas emais de um milhão de acessos.

Outro que não perde a oportunidade decontribuir com trabalhos independentes,Caco Rodrigues, 26 anos, está em Goiâniahá três anos. “Daqui não saio. Acredito naspessoas que estão aqui. Quero fazer cinemaem Goiás”, sentencia.

No filme de Isaac, Caco é o preparador.Ele é responsável por personalizar os perso-nagens, ou seja, criar a identidade. Por exem-plo, antes de gravarem a cena da aberturadesta reportagem, Caco levou o ator parauma barbearia. Passaram a máquina dois emexeram na sobrancelha. “Fora o preparo fí-sico, vocal, tenho de traduzir o sentimento, ea ação do elenco”, completa.

Reportagem daTribuna do Planaltoacompanha set defilmagem de curta-metragem naperiferia de Goiânia

Burocracia e incertezas

em incentivos

Set de filmagem na periferia

Wanessa Gouveia fica em frente à câmera e estala a claquete: "Ação"

Cineasta Issac Brum orienta atores para a uma cena do filme "Intervenção"

Policiais abordam jovem negro encostado em uma moto na esquina

Atualmente, quem pretende tirar do pa-pel algum projeto de cinema, se não tiverrecursos próprios, podem recorrer à LeiMunicipal de Incentivo à Cultura, da pre-

feitura de Goiânia, ao FundoEstadual de Cultura (FAC), e LeiGoyazes, os dois últimos doGoverno do Estado. Na esferaFederal, podem, ainda, buscar edi-tais da Agência Nacional doCinema (Ancine). Existem algunsprojetos da Secretaria do ÁudioVisual, a SAV, vinculado aoMinistério da Cultura (MinC).

Raphael Gustavo da Silva,coordenador e curador do Favera,o Festival Audiovisual Vera Cruzque ele criou e que foi realizado naescola Laurindo Sobreira doAmaral entre os dias 11 e 15 de no-vembro deste ano, reconhece a im-portância desses incentivos, masfaz ressalvas.

Como funcionam essesincentivos?

Primeiramente, esses incentivostêm duas diferenças. A primeira, derenúncia fiscal, como a LeiGoyazes, onde as empresas priva-das têm descontos em impostos.Os Fundos de Cultura, por exem-plo, têm recursos do próprio fundoe vão para o proponente do proje-to. A lei do Estado tem hoje duasleis. Uma do Fundo de Arte eCultura, e a Lei Goyazes. Mas hámuito tempo elas não funcionamcomo deveriam. Era para valor su-bir todo ano, só que não sobe.Constantemente os proponentes,ou seja, os produtores culturais,não só do audiovisual, são sur-preendidos com tentativas de des-

virtuar o objetivo dessa grana. NaAssembleia, discute-se pegar 30% daquiloque seria do Fundo de Arte e Cultura e des-tina para os projetos do próprio Governo,para a Seduce, que, inclusive, já tem verbaprópria. O Governo está pegando um di-nheiro que era para ser investido em proje-tos da sociedade civil, e está querendo levarpara fazer propaganda deles. Trocando emmiúdos, eles querem pegar o dinheiro dacultura e investir em propaganda. Quandose fala em Estado temos muitas dificulda-des. Outra complicação é o pagamentodesse fundo. O fundo de 2015 foi pago pa-ra a maioria dos projetos. Um projeto meu,o Curta em Classe, deveria ter sido pagoem agosto deste ano. Há uma previsão pa-ra o final deste mês. Estão esperando a li-beração da Secretaria da Fazenda.

O que pretende com o festival Favera ecomo ele funciona?

Buscamos levar cultura às pessoas e darespaço para aqueles que a produzem. Sãotrês mostras competitivas: mostra de filmesNacionais, Goiana e Infantis. Somente aúltima não conta com um júri profissional.O pressuposto da Mostra Nacional é que ofilme tenha sido desenvolvido em algumafavela do Brasil. Temos também osMelhores Filmes do Festival, onde o públi-co recebe uma cédula e vota naquele quemais gostou tanto da categoria MostraGoiana quanto Nacional. A gente ofereceoficinas que ensinam a editar vídeos, pro-duzir curtas, fabricar figurinos e até paraatuar.

Conseguiram algum incentivo?A gente conseguiu da Lei Goyazes.

Quantos inscritos vocês tiveram? Tivemos 600 inscritos, juntando as edi-

ções 2015 (que não conseguimos realizarpor que tive problemas pessoais) e 2016.

FOTOS FLÁVIO SOUSA

COMUNIDADES8 GO I Â NIA, 27 DE NOVEMBRO A 3 DE DEZEMBRO DE 2016

X

BazarDaniela Martins - [email protected]

En tre em con ta to com es ta co lu na tam bém pe lo email: [email protected] ou car ta - Rua An tô nio de Mo ra is Ne to, 330, St. Castelo Branco, Go i â nia-Go i ás - CEP: 74.403-070

2º Festival Gastronômico de GoiâniaCultura, gastronomia e turismo dão o tom ao 2º Festival Gastronômico de Goiânia, de 1º a 4 de

dezembro, no Centro de Excelência do Esporte (Av. Paranaíba com a Rua 74, Centro). Grandes nomesda gastronomia brasileira e internacional, como Tati Lund, Rodolfo Mayer, Ivan Achcar, Tanea Romão,dentre outros chefs, vão trazer suas referências e novas tendências.

Os visitantes vão conferir palestras, aulas show, feira gastronômica, espaço kids, brinquedoteca,degustações gratuitas, espaço para as premiadas cachaças de Goiás e apresentações culturais. Umainovação deste ano é o Circuito do Conhecimento, com palestrantes das áreas de produção cultural ede eventos voltados para a valorização e contemplação da natureza. Entre as atrações está Luiz Clau-dio Duarte, produtor do Rock in Rio

Madero lança ação inédita no InstagramO Madero antecipou a distribuição de presentes,

típica das comemorações desta época do ano. Desdeo dia 17 de novembro e até o final de dezembro,quem seguir o perfil @maderobrasil no Instagrampoderá acompanhar o Post Premiado Maderoda se-mana e ganhar bebidas e sobremesas em todas asunidades Steak House da rede de restaurantes. Apromoção é simples: basta seguir o perfil oficial doMadero, pedir um prato principal, apresentar o poste ganhar.

Santa Marta lança Copo do Amor“Onde não tiver amor, seja o primei-

ro”. Esse é o sentimento que a rede dedrogarias Santa Marta pretende espa-lhar com o seu novo projetoCopo do Amor. Essa e maiscinco frases do publicitário epoeta Lucão estão grafadas noscopos à venda nas lojas da rede.O dinheiro arrecadado será100% revertido para a AssociaçãoEspaço Vida, que atende crianças,jovens e adultos portadores de de-ficiência intelectual, com transtor-no do espectro do autismo e síndrome de Down.Com mais de 360 mil seguidores no Instagram,

Lucas Brandão, o Lucão, conta que com a poesia elese encontrou na literatura e, o que já lhe traz muitaalegria, se torna ainda melhor quando se reverte emajudar outras pessoas.

Cinema e doação de sangueA W Veríssimo Comunicação promove, até 7 de

dezembro, nos cinemas Cinemark (Flamboyant ePasseio das Águas) e Kinoplex (Goiânia Shopping),ação de conscientização e incentivo à doação de san-gue. Com parceria com o Hemocentro, patrocínio eapoio de empresas, o espectador será impactadocom comercial nas telas dos cinemas e entrega defolder na saída das salas.

Na sequência, quem for ao Hemocentro doarsangue pode ganhar 01 par de ingressos mais brin-des, mediante a apresentação de comprovante. Acampanha faz parte do Dia Nacional do Doador Vo-luntário de Sangue, celebrado em 25 de novembro.

Mostra “Olhares” no BouganvilleQuem visitar o Shopping

Bouganville até 30 de novem-bro terá a chance de conferira exposição Olhares, na Li-vraria Nobel. A mostra foto-gráfica apresenta trabalhosdos alunos do curso de Foto-grafia Profissional do SenacElias Bufaiçal, que foram in-centivados pela professoraClarice Alves. Na imagem,uma das fotos da mostra.

Mostra Trash promove oficinas gratuitas Estão abertas

as inscrições paraoficinas de Efei-tos Especiaisem Maquia-gem e de Ci-nema deAlfred Hitch-cock, ofereci-das pela Mostra Internacional de CinemaFantástico (Mostra Trash). As inscrições são gra-tuitas e podem ser feitas pelo site www.mostra-trash.com até o dia 5 de dezembro.A oficina de Efeitos Especiais será ministrada

pelo diretor Rodrigo Aragão, dias 8 e 9, das 14 às18 horas, no Cine Cultura. Já a oficina de Cinemaserá ministrada pelo crítico e curador da MostraTrash, Carlos Primati, de 8 a 10, das 14 às 17 horas,na Escola Goiana de Desenho Animado. E praquem quiser conferir, a Mostra de Cinema Fantás-tico será realizada de 7 a 11 de dezembro, no CineCultura, com entrada é franca.

Show de Natal na Praça CívicaTodos os anos a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) prepara uma programação especial

para o Natal. Neste ano, o projeto Show de Natal será aberto dia 5, às 19h30. O palco será a Praça Cívica,no Centro de Goiânia. Até o dia 25 de dezembro, crianças e adultos poderão assistir a atrações artísticase culturais de graça, das 18 às 23 horas.Dentre as atrações estão iluminação e decoração natalinas, um grande presépio feito por um artesão

goiano e a Casinha do Papai Noel. Haverá distribuição de um milhão de brinquedos às crianças de todoo Estado. No interior, a distribuição será no início de dezembro. Em Goiânia, a entrega dos brinquedosserá no dia 18, um domingo, às 8 horas, no Ginásio Goiânia Arena. Haverá show dos cantores FelipeAraújo e Bia Torres, semifinalista do The Voice Kids.

O escritor goiano Miguel Jorge lançouseu mais novo livro de contos A fuga dapersonagem, dia 22 último, no ShoppingBouvanville, com as presenças dosatores Marília Pereira e Luiz Cláudio.