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Quando Ben, deixou Liz há dez anos, ela achava que seu

mundo tinha acabado.

Agora, um encontro casual o trouxe novamente à sua vida, e com ele a mesma paixão de uma década atrás. Agora

Liz deverá escolher entre negar o impulso e o desejo, ou encontrar uma forma de perdoar o homem que a abandonou

quando ela mais precisou.

Primeiro livro da série Lost Love.

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Liz amava dirigir por Old River Road. Era um caminho longo e sinuoso entre os bosques, e ela admirava sua beleza.

Na maioria das vezes, entretanto, amava o fato de não haver nenhum local para que os policiais se escondessem. Adorava

dirigir, e gostava mais ainda de dirigir rápido. Para um recém-chegado, este caminho poderia ser intimidade, mas

não para ela que vivera sua vida toda em Milton.

Durante 10 anos, este tinha sido seu caminho de casa para o trabalho e vice versa. Esta era sua casa, e nada daqui

a surpreendia. Bem, nada a surpreendia até que ouviu o som de uma sirene e viu luzes azuis atrás dela.

– Só pode ser brincadeira – gemeu enquanto estacionava

seu carro ao lado da estrada. De onde diabo havia aparecido o policial? Realmente não havia nenhum lugar onde

esconder-se. Nem sequer tinha se dado conta de que passava um carro.

No espelho retrovisor, viu um homem alto com uniforme da polícia se aproximar. Fechou os olhos e respirou

profundamente para acalmar-se antes de baixar o vidro.

– Posso ver sua carteira de motorista e documentos do carro, senhora? – perguntou o policial.

Sua voz era profunda e de algum jeito, reconfortante.

Instintivamente, Liz se sentiu segura.

– Há algum problema, policial? – perguntou tão amavelmente como pôde.

Quando seus olhos se cruzaram, ela ficou imóvel.

Conhecia esse rosto. A forte mandíbula, os olhos verdes profundos, cheios de malicia e fogo, cabelos castanho claro

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que eram tão suaves que pareciam implorar para ela passar

seus dedos por ele mais uma vez.

– Lizzie? – Ele parecia tão surpreso ao vê-la. Seus músculos ficaram tensos. Não podia deixar de notar como o

uniforme policial se ajustava maravilhosamente bem no seu corpo de atleta. Liz só podia desejar não corar com o

pensamento sobre o seu corpo.

– Ben... Que diabos está fazendo aqui? – agora que o

choque tinha desaparecido, Liz estava começando a sentir aquela velha e familiar raiva que o simples pensamento sobre

ele lhe causava. No ensino médio, ele fora capaz de lhe despertar paixão, mas na última década, a emoção mais forte

que ele provocava nela era a raiva.

– Indo para a casa. – Ele disse calmamente. Enquanto ela ao estar zangada era fogo, ele era frio. Parecia um robô -

tranquilo, fresco e profissional. – Carteira de motorista e documentos do carro. Por favor.

– Sério? – Perguntou com irritação. – Realmente vai me

dar uma multa? – Nem nos seus sonhos mais loucos imaginaria que seu reencontro com ele seria assim. Seus

sonhos sempre o mostravam sofrendo, pedindo para ser perdoado por tê-la abandonado. Agora ali estava ele,

tranquilo como sempre, lhe aplicando uma multa. Isso lhe dava nos nervos.

– Sabe o quanto dirigia rápido? – Perguntou, ignorando a sua fúria. Ela tinha vontade de sair do carro e lhe dar uma

bofetada. Ao menos, era o que pensava em fazer, já seu corpo parecia ter outras ideias. Fazia muito tempo desde que um

homem tinha feito seu coração bater mais rápido.

Talvez por isso ele tivesse decidido estabelecer um controle de velocidade na Old River Road. Ele dissera a ela

que era por causa dos adolescentes que vinham conduzir naquela área de forma rápida e violenta, mas aparentemente

era ela que queria conduzir assim.

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Ela era exatamente como se lembrava, cheia de fogo,

paixão e vida. Os últimos anos a tinham envelhecido um pouco, mas seguia sendo sua bela Lizzie. Mas ela ainda

estava zangada com ele por ter lhe abandonado. Se por acaso tinha alguma dúvida da magoa e raiva que ela sentia, o modo

em que praticamente lhe cuspiu, foi prova suficiente.

Ele sabia que a havia machucado ao partir, mas ela não percebia o quanto o havia magoado ao recusar-se ir com ele?

Depois de terminar o colegial, Ben tinha grandes planos. Queria deixar para trás Milton e ver mundo. Queria ir à

universidade. Havia muito aí fora para ver e fazer, além das fronteiras da sua pequena cidade. Tinha pedido para Lizzie, a

garota que considerava o amor de sua vida, que fosse com ele, e ela se negou. Ele sabia que ela amava sua cidade natal

mas tinha pensado que talvez o amasse mais.

Aparentemente não.

Enquanto caminhava de volta para seu carro, ele admitiu a si mesmo que ainda a amava. Durante todo o

tempo que estiveram falando, lhe exigiu cada pingo de autocontrole para se comportar como um profissional. Pôs

todo seu empenho em manter a voz firme quando não podia deixar de pensar em todas as vezes que tinham conduzido

por este caminho, juntos. Estava quase certo que ela estava recordando também.

Uma parte dele queria subir no carro com ela e conduzir para sua casa escondida na floresta, uma vez mais. Era onde

tinham tido sexo pela primeira vez, ultima vez, e muitas no meio. Queria levá-la de volta e lhe mostrar o quão bom eram

juntos, e lhe mostrar o engano que tinha cometido ao não ir com ele.

É óbvio, que não fez isso. Isso seria uma

irresponsabilidade e um abuso de seu poder como policial. Em troca, só lhe deu uma multa e se foi.

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Naquela noite, Liz encontrou-se dirigindo de volta pela

velha estrada Old River Road. Não conseguia parar de pensar sobre a primeira que fez amor com Ben no meio da floresta.

Era um dia depois de seu aniversário de dezessete anos,

ele era alguns meses mais velho que ela. Houve uma mudança no tempo, o ar estava um pouco frio. Nos últimos meses eles

paravam no bosque para beber cerveja roubada de sua irmã mais velha e apenas ficar ali. Mas aquela noite seria diferente. Ela pegou emprestada a caminhonete de seu pai, e colocou

cobertores na parte de trás. E o mais importante, foi que no inicio da tarde, tinha ido à farmácia da cidade vizinha para

comprar camisinhas.

Esta noite finalmente estava pronta para ser de Ben.

Lizzie sabia que ele compreendia, logo que o viu caminhar para a caminhonete. Ele entendera que esta noite seria

diferente. Quando estacionaram em seu lugar secreto no bosque, ele estava quieto. Gentilmente, ele segurou seu rosto

com as mãos. Ele a beijou levemente nos lábios antes de lhe perguntar:

– Você tem certeza? – Sua preocupação com ela fez com

que Lizzie lhe quisesse ainda mais. Qualquer medo que tivesse, simplesmente desapareceu. Sentia-se segura em seus

braços.

– Sim – ela disse sorrindo para ele. – Estou pronta. – Eles

arrumaram uma cama com os cobertores atrás da carroceria do caminhão e ele a ajudou a se deitar sobre as mantas. Era a

primeira vez para ambos, e embora estivessem nervosos, estavam muito apaixonados. Lentamente, e sem jeito

despiram-se, um ao outro.

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– Eu te amo – sussurrou-lhe Lizzie, enquanto ele tirava o

cinto.

– Eu também te amo, querida. – Ele murmurou enquanto tirava as suas calças jeans.

Nesse momento, os dois estavam completamente nus.

Ben a agarrou em seus braços e a beijou delicadamente. Podia sentir cada centímetro dele, pressionado contra ela. Ele era tão forte. Timidamente, com suas mãos tocou seu pênis. Ela nunca

tinha visto ou tocado em um antes e não sabia o que esperar. Quando ela o agarrou, ele gemeu.

– Oh Deus, Lizzie, espera, preciso do meu jeans, tenho

uma camisinha em minha carteira.

– Está bem, eu também tenho uma. – Disse ela, movendo-se ao redor para tirar a caixa de sua bolsa.

– Como você sabia que seria hoje à noite?

– Não sabia. Estou carregando um preservativo na

carteira por semanas para todo o caso.

– Todo escoteiro, sempre preparado – brincou ela, enquanto abria a caixa, pegou uma e abriu. – Quer que eu

coloque?

– Se quiser. Se você não se sentir confortável, posso fazer.

– Acho que gostaria de tentar – disse em tom decidido.

Com cuidado, colocou a camisinha.

Um arrepio de emoção a fez estremecer. Finalmente estava acontecendo! Ela e Ben fariam amor. Ele a agarrou em

seus braços e a beijou mais uma vez, fazendo-a rolar e ficar com as costas contra a cama do caminhão. Ele estendeu a mão

entre as pernas dela e começar a procurara a sua abertura. Ambos eram totalmente inexperientes, por isso demorou um

momento para encontra-la. Lizzie estremeceu ao sentir seu forte dedo sondando sua umidade. Finalmente, encontrou o

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que estava procurando e deslizou um dedo dentro dela. Lizzie

sentiu que seus músculos se apertaram contra ele.

– Deus, é tão pequena! – ele disse ofegante, deslizando lentamente o dedo dentro e fora de seu corpo. Sentiu seu corpo

começar a relaxar, acostumando-se com a sua presença ali. Logo ela estava molhada o suficiente para que ele pudesse

colocar outro dedo em seu apertado canal.

– Esta pronta, Lizzie? – perguntou-lhe. – Eu estou. Quero

estar dentro de você.

– Sim, acho que sim – disse Lizzie. Por um momento, se sentiu um pouco preocupada, mas logo relaxou. Amava Ben e

confiava nele. – Sim Ben, estou pronta. – Ben havia se movido, agora tinha dificuldade de encontrar sua abertura novamente,

por isso Lizzie se estirou e o guiou para dentro. Ele empurrou até o fundo dela. Ela ficou sem fôlego pela dor. Não foi apenas

a ruptura do hímen, seus dedos tinham ajudado, mas ela não se deu conta de quão grande era um pênis. Ela pensou que

seria como um absorvente interno, só um pouco maior. Mas era completamente diferente. Não havia absorvente no mundo tão

grande como o pênis de um homem.

– Esta tudo bem? – perguntou ele, sua voz soando tensa e preocupada. Ela se deu conta de que estava quase ao limite de

seu autocontrole e o amava por isso.

– Estou bem. – Disse ela, fechando os olhos para que ele

não visse suas lágrimas. – Basta ir devagar, ok?

Tão lentamente como pôde, Ben começou a deslizar para dentro e fora dela. Esteve assim pelo menos trinta segundos

até que gozou. Lizzie se perguntou se isto era normal. Após ter terminado, saiu dela e se deitou ao seu lado. Seu braço

esquerdo a abraçou e ela apoiou a cabeça contra seu peito.

– Eu te amo – sussurrou ele.

– Eu também te amo.

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Os pensamentos de Liz foram interrompidos pelo som de

outro carro. Ele ficou no alto da colina e depois de um momento o viu se dirigindo pelo bosque em direção a ela. Não

tinha nenhuma dúvida de quem era.

– Vá embora – ela gritou, assim que pôde ver seu rosto. Ela percebeu que ele havia trocado seu uniforme, por calça

jeans, uma camiseta e chinelos.

– Acalme-se – ordenou-lhe. Sua aparente calma a deixou mais furiosa ainda.

– Não me trate como uma criança. – Ela pegou um pau e atirou em sua direção. Ele facilmente se esquivou.

– Você não deveria estar aqui, você foi embora.

– Estou de volta – ele respondeu calmamente. E tenho o

mesmo direito a estar aqui que você.

– Você! Seu petulante, irritante, arrogante, estúpido, sem coração! – gritou.

Seu coração batia mais e mais rápido. Ela queria matá-

lo. Agarrou outro pau e atirou novamente sobre ele. Odiava o fato de ele estar tão calmo e ela tão zangada. Ela só queria

que ele reagisse. Ben se esquivou novamente e Lizzie voltou a insulta-lo.

Ela certamente não havia perdido o seu fogo. Podia

sentir suas próprias paixões começando a crescer nele, mas

rapidamente as esmagou. Seu autocontrole era mais importante para ele do que qualquer outra coisa.

– Liz, sei que está zangada, mas podemos conversar? –

mesmo após dez anos, ela ainda tinha o poder de fazer seu

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pênis ficar duro. Tratou de forçar uma distância segura, mas

teve que admitir a si mesmo que tudo o que ele queria era rasgar a blusa que ela usava.

– Não me chame de Liz! – gritou ela, lhe atirando pedras

pequenas depois de cada palavra, eventualmente conectadas.

Com a dor que sentiu quando uma pedra lhe golpeou na perna, todo o autocontrole de Ben finalmente explodiu. Outra mulher estaria provavelmente assustada com a forma que ele

avançava sobre ela, mas nos olhos do Lizzie, viu algo parecido com triunfo. Quando eliminou a distancia entre eles, agarrou

seu rosto entre as mãos e a beijou, seus dedos agarravam seus cabelos e a mantinha abraçada fortemente a ele, sua

língua a devorava e a marcava, como se ele estivesse reivindicando seu direito de estar lá.

– A chamarei do jeito que eu quiser! – grunhiu depois de

afasta-la. Olhou diretamente em seus olhos, que o olhavam ferozmente.

– Odeio você – disse entre dentes.

– Muito bem! – Ele respondeu. Deslizou seus dedos nos

buracos entre os botões de sua blusa, os ouviu sendo arrancados e viu alguns botões voando, mas não se importou.

Colocou a mão no fecho de seu sutiã e também o tirou, deixando seus seios a vista e ao ar fresco da noite. Em um segundo de clareza, se deteve, e se perguntou, se ela o

empurrasse o que faria? Não sabia se ele conseguiria se controlar e ir embora, honestamente não sabia, mas ela não o

fez.

Lizzie ficou sem fôlego quando a brisa fresca golpeou seus seios e também arrancou a sua camisa. Ele ajudou e a

puxou para si antes de enterrar o rosto em seus magníficos e grandes seios. Ouviu o gemido de prazer de Lizzie enquanto

deslizava um mamilo na boca e começou a provocar o outro com o polegar.

Podia senti-la tentando puxar o seu cinto, mas estava

muito ocupado para lhe ajudar. Logo conseguiu e começou a

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desabotoar o botão e a braguilha de suas calças jeans. Ele

gemeu quando ela tirou seu pau e começou a esfregá-lo lentamente com sua mão, para cima e para baixo. Parecia um

adolescente novamente, disposto a perder o controle em qualquer momento. Ele se virou para que ela pudesse tirar

sua calça e cueca completamente. Enquanto o fazia, tomou a saia e a calcinha. Ela terminou de tirar seu sutiã e voltou

novamente para seus braços.

Com uma mão sustentava a parte posterior da cabeça e

a beijou. Com a outra mão, aproximou-se da porta do carro. Tomou cuidado de não deixar que se machucassem ao cair

juntos no assento traseiro. Sem descanso ou aviso, colocou o pênis em seu corpo. Ele sabia que ela já estava pronta para

ele. Ficou com a boca aberta pela surpresa enquanto empurrava todo o caminho dentro dela.

Sentia-se tão bem dentro dela uma vez mais. Pôs um

ritmo lento e constante enquanto começava a deslizar-se dentro e fora de seu corpo. As pernas dela o envolveram,

enquanto tratava de empurrar mais profundo e mais longe em sua passagem molhada. Ela correspondeu ao seu ritmo,

lhe cravando as unhas nas costas. Vagamente, deu-se conta de que provavelmente lhe tinha tirado sangue, mas nesse

instante, o único que podia pensar era nela e o bem que se sentia ao estar dentro dela outra vez.

Ele a conhecia o suficiente para saber o perto que estava

de gozar e como chegar lá. Ele se moveu entre eles e começou

a esfregar seus clitóris enquanto empurrava para dentro e fora dela. Seus gemidos cresceram cada vez mais fortes,

enquanto empurrava com mais força, a ponto de fazê-la gozar. Quando chegou, gritou seu nome, e pôde sentir seus

músculos contraindo-se ao redor de seu pênis. Seu ponto culminante foi a última gota que o empurrou sobre o gozo

também. Disparou sua semente profundamente em seu ventre, só então recordou que não tinha pensado em utilizar

algum tipo de proteção.

Aborrecido consigo mesmo, retirou-se do corpo dela e foi para fora do carro. Estava muito envergonhado, e nem sequer

era capaz de olhá-la enquanto tropeçava na escuridão,

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agarrando sua roupa do chão. Estava agindo como um

adolescente afoito, e ela merecia algo melhor que isso. Qualquer mulher merecia.

– Ben? – Falava em voz baixa e vacilante, e quase nem a

ouviu.

Pelo som de sua voz, sentiu a dor de sua estupidez, com muito mais intensidade.

– Sinto muito. Isto foi um engano – disse sem nem sequer olhar para ela, não podia. Ele simplesmente se foi.

Na parte de atrás de seu carro, Liz abraçou os joelhos,

dobrando seu corpo nu em uma bola. Ela não entendia. O que diabos tinha acontecido? Num momento estavam tendo

relações sexuais, e no seguinte ele se foi. O que ele quis dizer que foi um engano? Ela tinha visto a expressão do seu rosto

quando ele saiu. Estava envergonhado de ter transado com ela?

Liz podia sentir as lágrimas em seus olhos, e com

irritação, as secou. Ela não choraria por Ben Anderson. Podia estar ali nua, perdida e sozinha, ou podia se recolher, colocar

sua roupa e ir para casa. Sua escolha foi clara.

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Liz despertou de um sonho agitado com o som da porta

de um carro. Ao olhar pela janela, viu o carro de polícia da unidade de Ben. Gemendo, cobriu a cabeça com um

travesseiro. Ela não podia falar com ele ainda. Esse homem a pôs em uma montanha russa emocional. Ela não tinha

energia.

A campainha tocou. Liz ignorou. Talvez se ele pensasse que estava fora, fosse embora.

– Lizzie! Sei que está aí dentro. – Ben estava gritando

através da porta. – Sério, Lizzie. Seu carro está aqui. Sei que

está em casa. – Liz reclamou para si mesmo, mas vestiu um roupão e se aproximou de abrir a porta. Talvez se falasse com

ele, ele fosse embora.

– O que quer? – Perguntou, abrindo a porta. Ben estava ali de uniforme.

Ele lhe entregou uma sacola da farmácia local. Sua

expressão era de dor enquanto a olhava. Pelo menos agora parecia que podia olhá-la.

– Para você – disse com frieza, entregando a sacola da

farmácia. – Sinto muito.

Ela a abriu e viu uma pílula do dia seguinte.

– O que é isto? – Perguntou.

– Estava fora de controle ontem à noite. Não estava

pensando sobre os anticoncepcionais.

– Está tudo bem. Estou tomando a pílula, disse-lhe.

– Está tomando pílula? – Perguntou, ele incrédulo.

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– O que você queria? Pensou que ao sair da minha vida, eu viraria uma freira? – Riu.

– O que? Não, é obvio que não! – Parecia envergonhado,

e ela sabia que ele estava mentindo.

– Você pensava, - acusou-lhe. -Você é tão cheio de si! Espera... Por isso que você foi embora ontem à noite? Você estava preocupado que eu engravidasse?

– Agi impulsivamente, e não tinha como saber que não o

tinha feito – disse secamente. – Não poderia ter acontecido. Vim para me desculpar e retificar a situação.

– Dez anos mais tarde – disse para si mesmo. Nem

sequer se tinha dado conta de que ela expressou o pensamento em voz alta, até que Ben lhe respondeu.

– O que quer dizer? – Perguntou.

– Nada – disse ela rapidamente, sacudindo a cabeça. –

Obrigado pela pílula. Até mais. – Ela tratou de fechar a porta, mas ele a impediu, a agarrou e a fez virar-se para ele.

– Lizzie, o que quer dizer? – Exigiu.

– Eu estava grávida – suspirou, com um pequeno

encolhimento de ombros. – Quando me deixou, eu estava

grávida.

– Tenho um filho? – seus olhos pareciam perigosos, e suas mãos a agarravam com tanta força que era doloroso.

– Não, – disse ela em voz baixa. O controle sobre seus

braços se relaxou, enquanto tomava uma pausa antes de continuar. – Perdi o bebê. O doutor disse que foi por meu

estado emocional – ela fechou os olhos. Todos esses anos depois e a memória de seu aborto espontâneo ainda lhe doía.

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– Por que não me disse isso? – tinha desaparecido o

perigo nos olhos de Ben. Tudo o que viu era uma dor que coincidia com a sua própria dor.

– Não quis que se sentisse preso – disse encolhendo os

ombros. – Eu tinha dezoito anos, era estúpida e estava assustada. Tudo o que sabia era que queria que ficasse

porque me amava, não por dever ou obrigação. – Liz olhou-o nervosa, mordendo o lábio. Como reagiria?

Durante uns momentos, não pôde falar. Ele simplesmente ficou olhando-a surpreso. Estava claro que

nunca lhe ocorreu que ela poderia ter estado grávida.

– Como? – Perguntou.

– Tivemos um descuido, suponho. Lembra-se de como estávamos? Quando começamos fomos muito cuidadosos,

mas ao final começamos a tentar adivinhar se eu estava ovulando.

– Isso foi uma estupidez.

– Sim – ela esteva de acordo. – Sim foi. Mas erámos

crianças.

– O que teria feito? – perguntou. – Digo, se não tivesse abortado?

– Eu ia ter o bebê – disse com um sorriso triste. –Meus pais estavam furiosos, mas prometeram me ajudar no que

pudessem.

– Você algum vez pensou em me contar?

– Com o tempo eu lhe contaria. Você foi embora, assim pensei em esperar até que o bebê crescesse um pouco. Eu

não planejava manter a nosso filho em segredo para sempre. É que, depois de ter perdido o bebê, pensei que não parecia

haver nenhuma razão para lhe dizer sobre a gravidez.

– Droga, sussurrou.

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– Sinto muito. Sei que isto é muito para processar. – Lamentava que tivesse escapado. Não era algo que ele

precisasse saber.

Ela olhou em seus olhos verdes e via a tristeza pela perda da criança que ele nunca soube que poderia ter tido, e

ela também viu compaixão ali. Ele a abraçou e ela enterrou a cabeça em seu peito.

– Sinto muito – disse Ben. Beijou sua testa com carinho. – Você não deveria ter passado por isso sozinha.

Ben e Liz passaram a hora seguinte falando até que ela

teve que ir trabalhar. Ele lhe falou sobre a sua vida, e lhe explicou que voltou para a casa porque sua mãe estava

doente. Contou sobre o seu trabalho, lhe pôs a par de sua vida, como se fossem velhos amigos.

Liz tinha esquecido como que era bom falar com Ben.

Tinha esquecido quão fácil era. O fazia sentir-se mais ela mesma do que ninguém no mundo podia fazê-lo. É obvio,

havia mudado um pouco. Ele era um pouco mais reservado, e também irradiava uma sensação de confiança que lhe tinha

faltado na juventude. Mas no final, entretanto, ele seguia sendo seu Ben.

– Sei que você tem que ir trabalhar, e eu também, mas

sinto que ainda precisamos conversar – disse Liz quando o

acompanhou até a porta.

– Jante comigo – sugeriu Ben.

– Tudo bem – concordou Liz.

– Nos encontraremos às 19:00 horas.

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Às 18h50, Liz estava correndo pela sua casa como uma louca. Tinha passado muito tempo desde que tinha tido um

encontro, e este era muito mais que um encontro qualquer. Geralmente, Liz era o tipo de mulher que só precisava colocar

um conjunto antes de sair de casa. Esta noite, ela trocou de roupa mais de dez vezes.

Passou um pouco de maquiagem, que sua irmã havia

deixado em seu quarto. Conhecia a si mesma o suficiente para saber que parte de seu pânico vinha do fato de que Ben soubesse que tinha cometido o pior engano de sua vida, e em

parte porque ela seguia tendo sentimentos por ele. Finalmente escolheu um vestido, quando a campainha tocou.

Ben era pontual. Não gostava de deixar as pessoas

esperando, por isso estava na porta dela às 18h55. Enquanto esperava que abrisse a porta, deu uma olhada na rosa que

segurava e esperou não ter exagerado com sua formalidade. Ela podia esperar apenas um jantar no restaurante local.

Mesmo assim, Ben queria que fosse especial. Em dez anos, não tinha encontrado e nem conhecido uma mulher que se

parecesse com sua Lizzie, cheia de sagacidade ou com sua paixão, e sabia que se quisesse conquista-la novamente,

tinha que ultrapassar todos os obstáculos.

Quando Lizzie abriu a porta, fez de tudo para não deixar que sua mandíbula caísse. Ela usava um vestido negro que

enfatizava suas curvas, e um colar que lhe deu em seu primeiro aniversário juntos. Estava linda. Ele amava olha-la na escola, mas agora era uma mulher. Havia uma força e

maturidade nela que não tinha tido então. Naquele momento, desejava com todas suas forças que tudo desse certo.

– Você esta maravilhosa – elogiou-a lhe oferecendo a

rosa. Ela a agarrou.

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– Obrigada – disse ela sorridente. – Você esta muito bem também! Entre. Vou colocar a rosa na água.

Ele a seguiu ao interior da casa e observou enquanto

encontrava um vaso para pôr a rosa.

– Você se lembrou – comentou ela, com um sorriso, enquanto enchia o vaso de água.

– Como poderia esquecer? – Disse com um sorriso. – Mas, não estava certo se ainda eram suas favoritas.

– Sim, são sim – assegurou-lhe. – Amo essas rosas –

deixou o vaso sobre sua pequena mesa na cozinha o admirando. – Obrigada.

– De nada – ele não podia deixar de lhe sorrir. Era tão

linda.

Lizzie começou a caminhar em sua direção, quando de repente se desequilibrou. Correu para agarra-la, mas antes

de atravessar a cozinha, ela já tinha recuperado o equilíbrio.

– Perfeito – riu sem humor.

– Você está bem? – perguntou, preocupado.

– O salto do sapato se rompeu. Eu acho que é o que

recebo por usar saltos tão altos, voltou a sala para se sentar no sofá e tirou o sapato quebrado.

– Deixe – disse Ben, interrompendo-a. Ele ajoelhou-se a

seus pés e desabotoou a pequena fivela do sapato. Delicadamente, ele tirou o sapato de tiras, libertando seus

pés, não pôde resistir e beijou suavemente seu tornozelo antes de passar ao outro pé. Depois de liberá-la do sapato

continuou a beija-la, subindo para sua canela.

– Sabe – disse Lizzie, sua voz soando um pouco sem fôlego – eu acho que não tenho fome esta noite.

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– Humm? – murmurou Ben, subindo por sua perna para

beijar o joelho.

– Sim, eu... – calou-se quando Ben encontrou seu caminho para o interior de sua coxa. Ele a beijou ali. Sem

dizer uma palavra, colocou as mãos debaixo de seu vestido.

Instintivamente, Lizzie levantou os quadris para que ele pudesse lhe tirar sua calcinha de renda preta. Descuidadamente, ele as jogou longe e voltou a beijar sua

coxa. Pouco a pouco, foi movendo mais perto de sua vagina. Quanto mais se aproximava, mais rápida e ofegante ficava

sua respiração, até que finalmente suas pernas se abriram dando a ele total acesso a sua completa umidade.

Quando a língua de Ben começou a acariciar os lábios

inferiores, Lizzie sentiu o calor percorrendo todo seu corpo. Tentou ficar parada enquanto sua hábil língua brincava e a

satisfazia. Não demorou muito em retorcer-se sob seus cuidados, incapaz de formar um pensamento coerente. Tudo

o que ela sabia era que queria mais. Podia sentir suas mãos no interior de suas coxas obrigando-a a permanecer imóvel

enquanto ele trabalhava sua magia.

Ben definitivamente aprendeu algo durante os últimos dez anos. Lizzie se sentia a beira de um orgasmo quando ele

diminui a velocidade, afastando-a do precipício, deixando que seu orgasmo se construísse, mas não deixando que gozasse.

– Por favor, Ben – lhe implorou. – Eu tenho que... Oh, Ben! – Ela gritou seu nome enquanto se fazia pedacinhos.

Lizzie sentiu as ondas de seu orgasmo, se sentiu totalmente relaxada e, entretanto, completamente acordada. Enquanto

estava no sofá ofegando, Ben se levantou e a tomou em braços. Com muito cuidado, a levou para o quarto.

Olhando seu rosto, Lizzie pôde observar sua satisfação.

Enquanto a levava, ela se aproximou e beijou seus lábios bonitos. Ela pôde sentir seu gosto nele.

– Ainda te amo – confessou.

Page 23: Envio...dentro e fora dela. Esteve assim pelo menos trinta segundos até que gozou. Lizzie se perguntou se isto era normal. Após ter terminado, saiu dela e se deitou ao seu lado.

– Também te amo, Lizzie. Sempre te amei e sempre a

amarei.

Um e-mail inesperado de Clarke reacende as velhas

lembranças de Beka. Ela será capaz de resistir a seu desejo? Clarke ainda vale a pena depois de tantos anos, inclusive

após coloca-la contra sua irmã Anne? O que há na cabeça de Clarke depois de tudo, depois de se mudar, depois de tantos

anos? Ele mudou ou esta apenas fingindo?

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