Enzimas Agronomia Geracao e Desintoxicacao Enzimatica de Especies Reativas de Oxigenio Em Plant

download Enzimas Agronomia Geracao e Desintoxicacao Enzimatica de Especies Reativas de Oxigenio Em Plant

of 8

Transcript of Enzimas Agronomia Geracao e Desintoxicacao Enzimatica de Especies Reativas de Oxigenio Em Plant

  • 7/25/2019 Enzimas Agronomia Geracao e Desintoxicacao Enzimatica de Especies Reativas de Oxigenio Em Plant

    1/8

    Gerao e desintoxicao enzimtica de espcies reativas de oxignio em plantas.

    Cincia Rural, v.44, n.3, mar, 2014.

    453

    Gerao e desintoxicao enzimtica de espcies reativas de oxignio em plantas

    Plant generation and enzymatic detoxification of reactive oxygen species

    Marta Ribeiro BarbosaI Marina Medeiros de Arajo SilvaII Lilia WilladinoIII*

    Claudia UlissesIII Terezinha Rangel CamaraI

    ISSN 0103-8478

    Cincia Rural, Santa Maria, v.44, n.3, p.453-460, mar, 2014

    Recebido 10.01.13 Aprovado 10.09.13 Devolvido pelo autor 04.12.13CR-2013-0032.R2

    RESUMO

    As condies de estresse bitico e abitico impostas

    s plantas induzem a superproduo de espcies reativas de

    oxignio (ROS), podendo causar danos s estruturas celulares e

    mesmo acarretar a morte da planta. As respostas bioqumicas e

    fisiolgicas de plantas superiores ao estresse oxidativo incluem

    um eficiente sistema de defesa antioxidante, que envolve a

    atividade das enzimas superxido dismutase, catalase, ascorbato

    peroxidase, peroxirredoxinas, dentre outras, alm de metablitos

    no enzimticos, que, de forma conjunta, atuam na eliminao

    das ROS e na reduo do dano oxidativo. Nesta reviso, sero

    abordados os principais stios de produo de ROS e a ao de

    algumas enzimas do sistema de defesa antioxidante em plantas.

    Palavras-chave:ROS, perxido de hidrognio, radical superxido,enzimas antioxidantes.

    ABSTRACT

    The biotic and abiotic stress conditions imposed

    on plants induces overproduction of reactive oxygen species

    (ROS), which can cause damage to cellular structures and even

    lead to the death of the plant. The biochemical and physiological

    responses of higher plants to oxidative stress includes an efficientantioxidant defense system, which involves the activity of the

    enzymes superoxide dismutase, catalase, ascorbate peroxidase,

    peroxiredoxines, among others, in addition to non-enzymatic

    metabolites, which, together, work on eliminating the ROS and

    in reducing oxidative damage. This review will address the

    main production sites of ROS and the action of some enzymes of

    antioxidative defense system in plants.

    Key words: ROS, hydrogen peroxide, superoxide radical,antioxidant enzymes.

    INTRODUO

    O oxignio molecular (O2) surgiu na

    atmosfera terrestre h bilhes de anos e sua presenapermite que os organismos aerbios o utilizem comoaceptor de eltron terminal durante a respiraocelular, que proporciona um rendimento de energiasuperior ao da fermentao. Embora necessrio

    para o desempenho das funes celulares, o O2leva,inevitavelmente, formao de espcies reativasde oxignio (ROS, do ingls reactive oxygenspecies) em eventos metablicos que ocorrem,

    principalmente, nas mitocndrias, cloroplastose peroxissomos (BHATTACHARJEE, 2010;KARUPPANAPANDIAN et al., 2011).

    As plantas desenvolveram mecanismosde defesa enzimticos e no enzimticos capazes deneutralizar a citotoxidade das ROS. O sistema celularde defesa antioxidante comea com uma cascataenzimtica, mas envolve tambm componentes

    no enzimticos, dentre os quais se destacam oascorbato (AsA), a glutationa (GSH), o -carotenoe o -tocoferol. Tais antioxidantes podem evitar aformao de radicais livres, sequestr-los ou promoversua degradao, prevenindo a ocorrncia de danos sclulas das plantas (SERKEDJIEVA, 2011). Contudo,o equilbrio entre a produo e a neutralizao podeser alterado, aumentando significativamente osnveis intracelulares de ROS, ocasionando o estresse

    - REVISO BIBLIOGRFICA -

    IDepartamento de Qumica, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife, PE, Brasil.IIDepartamento de Botnica, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil.IIIDepartamento de Biologia, UFRPE, Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, 52171-900, Recife, PE, Brasil. E-mail: [email protected].

    *Autor para correspondncia.

  • 7/25/2019 Enzimas Agronomia Geracao e Desintoxicacao Enzimatica de Especies Reativas de Oxigenio Em Plant

    2/8

    454 Barbosa et al.

    Cincia Rural, v.44, n.3, mar, 2014.

    oxidativo (APEL & HIRT, 2004). A regulaoda expresso de genes codificantes de enzimasantioxidantes, cuja atividade evita ou reduz os danos

    potenciais causados pelas ROS, faz parte da respostaa esse estresse (CYRNE et al., 2003).

    Formao de ROS a partir do oxignio molecularROS so normalmente referidas como

    subprodutos de reaes redox (KOVALCHUK,2010) que se apresentam tanto como radicais livres,como na forma molecular de um no radical. Essasmolculas podem ser geradas como resultado deexcitao, formando oxignio singleto (1O

    2), ou de

    sucessivas adies de eltrons ao O2, reduzindo-o

    ao radical aninico superxido (O2-), radical

    hidroperoxila (HO2

    ) ou perxido de hidrognio(H

    2O

    2) e radical hidroxila (OH) (DAUTRAUX &

    TOLEDANO, 2007; BHATTACHARJEE, 2010). Noestado fundamental, o oxignio um tripleto (3O

    2)

    com dois eltrons no pareados, de mesmo spin, emdiferentes orbitais. A ativao e rotao de um doseltrons desemparelhados pode ser revertida porexcitao e formar 1O

    2(LIMA & ABDALLA, 2001;

    KOVALCHUK, 2010).Ao contrrio da maioria das molculas,

    o estado singleto do O2 tem maior energia do que o

    tripleto. Os dois eltrons com spins opostos no mesmoorbital conferem ao 1O

    2uma energia de 22,5kcal acima

    daquela do estado fundamental e um tempo de meia-vida em solvente aquoso de aproximadamente 10-6s, muito curto. Apesar de ser menos reativo do queo radical OH, o 1O

    2 mais reativo do que o O

    2-e o

    H2O

    2, e foi considerado durante muitos anos como

    uma molcula altamente txica com difuso muitolimitada. Trabalhos recentes tm demonstrado queo 1O

    2 pode se difundir a distncias significativas a

    partir do seu stio de produo e que a peroxidaolipdica nos cloroplastos , quase exclusivamente,decorrente da ao do 1O

    2 (TRIANTAPHYLIDES

    & HAVAUX, 2009). O 1O2pode ser extinto de duas

    formas: transferindo sua energia de excitao paraoutras molculas, e retornando ao estado fundamental(quenching fsico) ou por reaes de oxidao(quenching qumico) com outras molculas, comolipdios, protenas, aminocidos, cidos nucleicos ecarboidratos, causando danos s clulas (RONSEIN etal., 2006; TRIANTAPHYLIDS & HAVAUX, 2009).

    O radical superxido (O2-)

    moderadamente reativo e considerado instvel porpossuir nmero mpar de eltrons (13) na ltimacamada eletrnica. Em pH fisiolgico tem meia-vidade 2-4s. O O

    2-se forma a partir da reduo do O

    2por

    um nico eltron. Redues univalentes subsequentes

    convertem o O2 em H

    2O

    2 e H

    2O, em um processo

    chamado de reduo tetravalente do oxignio. Umavez protonado, o O

    2-forma o radical peroxila (HO

    2),

    uma ROS mais reativa que o prprio O2-

    , mas presenteem pequenas propores a pH fisiolgico (pH 4,8,prevalece a presena de O

    2-). A dismutao do O

    2-a

    H2O

    2 muito rpida e pode ocorrer tanto de forma

    espontnea como catalizada pela enzima superxidodismutase (SOD, EC 1.15.1.1) (BHATTACHARJEE,2010). O O

    2-pode doar eltrons ao Fe3+formando Fe2+

    que, por sua vez, reduz o H2O

    2e forma OHe OH-. O

    conjunto de reaes atravs das quais o O2-, o H

    2O

    2

    e o Fe2+ rapidamente geram OH conhecido comoreao de Haber-Weiss, enquanto que a reaofinal,a oxidao do H

    2O

    2pelo Fe2+, denominada reao

    de Fenton (GIL & TUTEJA, 2010). Essas reaespodem ocorrer na presena dos ons ferro ou cobre(BARTOSZ, 1997; BHATTACHARJEE, 2010). OO

    2-pode reduzir quinonas e metais de transio como

    cobre e ferro, afetando a atividade de enzimas quecontm metal (LOCATO et al., 2010). Devido a sualimitada capacidade de difuso e rapida dismutaono enzimtica em soluo aquosa, o aumento naconcentrao de O

    2- provavelmente comunicado

    ao ncleo por meio de segundos mensageiros(MYLONA & POLIDOROS, 2010).

    O H2O

    2 uma ROS moderadamente reativa

    com uma meia-vida relativamente longa (1 ms) e cujo

    pequeno tamanho permite-lhe atravessar membranascelulares e migrar em compartimentos diferentes.Dessa forma, difunde os danos e tambm atua como ummensageiro da condio de estresse. O H

    2O

    2tem uma

    ao deletria, porque participa da reao formadorade OH, o oxidante mais reativo na famlia das ROS.Alm disso, o H

    2O

    2 capaz de inativar enzimas por

    oxidao de seus grupos tiol (GADJEV et al., 2008;KARUPPANAPANDIAN et al, 2011).

    O radical OH considerado a mais oxidantedentre as ROS e sua alta reatividade resulta em reaesrpidas e inespecficas com distintos substratos, podendo

    potencialmente reagir com todos os tipos de molculasbiolgicas (AGUIAR & FERRAZ, 2007; MYLONA& POLIDOROS, 2010). Em sistemas biolgicos, podeocasionar modificaes nas bases nitrogenadas, levando inativao ou mutao do DNA; desnaturar protenas

    pela oxidao de grupos sulfidrila (-SH) e pontesdissulfeto (-SS), alm de causar danos a molculas decarboidratos e retirar tomos de hidrognio de gruposmetileno de cidos graxos poli-insaturados, dandoincio peroxidao lipdica (BLOKHINA et al.,2003; BARREIROS, 2006). Devido alta reatividadee curta meia-vida, no h registro de sistema gnicosativados pelo OH. Existem, porm, evidncias de

  • 7/25/2019 Enzimas Agronomia Geracao e Desintoxicacao Enzimatica de Especies Reativas de Oxigenio Em Plant

    3/8

    Gerao e desintoxicao enzimtica de espcies reativas de oxignio em plantas.

    Cincia Rural, v.44, n.3, mar, 2014.

    455

    seu papel regulatrio no crescimento radicular ealongao foliar, bem como no afrouxamento da paredecelular, possivelmente decorrente da degradao de

    polissacardeos, induzida pelo OH

    (MYLONA &POLIDOROS, 2010; FAURE et al., 2012).

    Gerao de ROS em processos metablicos celularesOs processos metablicos dependentes do

    oxignio, como a respirao aerbica, fotossntesee fotorrespirao, levam produo de ROSem mitocndrias, cloroplastos e peroxissomos,respectivamente. Cloroplastos e mitocndriasso verdadeiras casas-de-fora das clulasfotossintticas. Nessas organelas, as cadeiastransportadoras de eltrons (CTE) no so apenas afora motriz do metabolismo celular, mas geradorasde sinais redox, que participam e regulam processos

    biolgicos das plantas, mediante a formao de ROS(FOYER & NOCTOR, 2003). A fotorrespirao ,sem dvida, a principal fonte de H

    2O

    2 em clulas

    fotossintticas. A gerao peroxissomal de H2O

    2

    pode servir como um mecanismo de transferncia deum sinal proveniente da fotossntese para o resto daclula (FOYER et al., 2009). Mesmo sob condiesnormais, a formao de H

    2O

    2pela cadeia de transporte

    de eltrons (CTE) fotossinttica de plantas C3 daordem de 4mol m-2 s-1 e, nos peroxissomos, na viafotorrespiratria, de 10 mol m-2 s-1 (FOYER &

    SHIGEOKA, 2011). Nas mitocndrias, cloroplastos

    e citosol, o H2O

    2 gerado a partir da dismutao do

    O2- pela SOD. A -oxidao de cidos graxos nos

    glioxissomos tambm gera H2O

    2. Na membrana

    plasmtica, o H2O2 formado pela ao da NADPH-oxidase (rboh) (EC 1.6.3.1) e, na matriz extracelular,vrias enzimas tambm so fonte de H

    2O

    2(MYLONA

    & POLIDOROS, 2010). O sistema fotossintticoabsorve grande quantidade de energia luminosa nostilacoides para convert-la em energia qumica. NoFotossistema II (PS-II), a formao de 1O

    2 ocorre

    quando a energia armazenada na clorofila em seuestado tripleto no dissipada, sendo ento transferida

    para o O2 (BHATTACHARJEE, 2010). Uma

    caracterstica chave do PS-II sua vulnerabilidadea danos induzidos pela luz, que considerada umaconsequncia da produo de 1O

    2 no centro de

    reao, que leva oxidao irreversvel da protenaD1 (VASS & CSER, 2009). Essa sensibilidade exigeque o centro de reao do PS-II seja reconstrudo,aproximadamente, a cada 30min, mesmo sobirradincias relativamente baixas. O processo dereparao de danos, entretanto, ocorre em todas asintensidades de luz (FOYER & SHIGEOKA, 2011;FOYER et al, 2012).

    A formao do O2-durante a fotossntese

    acontece na CTE, no lado aceptor de PS-I (Figura 1).A fotorreduo do O

    2em O

    2-foi descoberta h pouco

    mais de meio sculo, 1951, por Mehler, e conhecida

    como Reao de Mehler ou fluxo pseudocclico

    Figura 1 - Formao do O2-em cadeias de transporte de eltrons (a) na fotossntese

    ocorre no PS-I; (b) na respirao nos complexos I e III.

  • 7/25/2019 Enzimas Agronomia Geracao e Desintoxicacao Enzimatica de Especies Reativas de Oxigenio Em Plant

    4/8

    456 Barbosa et al.

    Cincia Rural, v.44, n.3, mar, 2014.

    de eltrons. Apesar de gerao de uma ROS, essefluxo de eltrons evita que molculas da CTE dafotossntese mantenham-se em estado reduzido e

    produz sinais oxidativos que regulam a expressognica (FOYER & NOCTOR, 2009; FOYER et al.,2012). A gerao do O

    2- nos cloroplastos tambm

    pode ser induzida pela baixa concentrao de CO2,

    em funo do fechamento dos estmatos, resultantede condies de estresse como dficit hdrico,salinidade ou temperatura elevada (DABROWSKAet al., 2007). A limitao da fixao de CO

    2no ciclo

    de Calvin em plantas sob tais condies diminui aoxidao do NADPH. Quando isso ocorre, o eltronda ferredoxina reduzida que seria transferido para o

    NADP vai para o O2 e forma O

    2- (AHMAD et al.,

    2008). O O2

    -tambm produzido em peroxissomos,citosol e no espao apoplstico (MYLONA &POLIDOROS, 2010).

    A produo de ROS em mitocndriasde plantas recebeu pouca ateno no passado(BREUSEGEM et al., 2001), mas dados recentessugerem que tais organelas podem ser fontes de ROSsob condies de estresse especficos. Nas clulasheterotrficas, as mitocndrias so as principaisgeradoras de ROS, mas, nas clulas fotossintezantes, provvel que respondam por uma pequena parteda produo de ROS em geral (NOCTOR, 2008).As oxidases alternativas (AOX, EC 1.10.3.11)

    catalisam a reduo tetravalente do oxignio gua,mas a reduo univalente a O

    2- ocorre em vrios

    outros locais da CTE. Segundo MITTLER (2002),uma pequena parcela dos eltrons escapa da CTErespiratria nos complexos I e III, levando produode O

    2- (Figura 1). Outras ROS so formadas pela

    mesma via nas mitocndrias, incluindo H2O

    2 e

    OH. Estudos revelam que a ubiquinona uma dasprincipais geradoras de H

    2O

    2 na CTE mitocondrial.

    Uma potencial sequncia de super-reduo daubiquinona pode levar produo do O

    2-e do OHna

    CTE mitocondrial, caso o nvel de ADP esteja muito

    baixo e a rota principal de eltrons esteja saturada(HELDT & HELDT, 2005a; BHATTACHARJEE,2010). A extenso da produo fisiolgica de 1O

    2por

    mitocndrias no clara, embora a fonte potencialseja a foto-sensibilizao de precursores heme ou

    produtos de degradao (NOCTOR, 2008).Os peroxissomos so organelas que

    realizam reaes de oxidao de substratos orgnicos,resultando na produo de H

    2O

    2e so considerados os

    principais stios intracelulares de gerao dessa ROS(KARUPPANAPANDIAN et al., 2011; SHARMA et al.,2012). A gerao fotorrespiratria de H

    2O

    2ocorre como

    subproduto da oxidao do grupo alcoolico do glicolato

    (FOYER et al., 2009). Em folhas, a produo de H2O

    2

    nos peroxissomos e clorosplastos pode ser de 30 a 100vezes mais rpida do que nas mitocndrias (FOYER &

    NOCTOR, 2003; BHATTACHARJEE, 2010).Estudos sobre a participao dosperoxissomos na formao de ROS durante afotorrespirao e a senescncia tm demonstrado aexistncia de dois stios geradores de ROS nessasorganelas: a matriz e a membrana peroxissomal. Namatriz, atua a xantina oxidase (XOD, EC 1.1.3.22),que catalisa a oxidao da xantina a cido rico esuperxido e considerada uma via de formao deO

    2-. J na membrana peroxissomal, uma pequena

    CTE parece estar envolvida na produo de O2-(DEL

    RO et al., 2009).

    Mecanismo de defesa por antioxidantes enzimticosOs processos metablicos envolvem um

    sistema de xido-reduo em todos os organismosvivos. Os processos anablicos, redutores, soutilizados para sntese orgnica e armazenamentode energia, enquanto o catabolismo rene processosoxidativos para liberao de energia metablica(FOYER & NOCTOR, 2003). Como vistoanteriormente, tanto nas vias de sntese como deoxidao de molculas biolgicas, ocorre a formaode ROS nas estruturas subcelulares. Quando sobestresse ambiental e o equilbrio entre a produo de

    ROS e a atividade antioxidante rompido a favor doscompostos oxidantes, ocorrem danos oxidativos nasestruturas celulares (KIM & KWAK, 2010).

    A capacidade de acionar mecanismos dedefesa antioxidantes pode prevenir o acmulo de ROSe o estresse oxidativo extremo (BHATTACHARJEE,2010). Os sistemas de defesa antioxidantes das plantasenvolvem agentes enzimticos e no enzimticos(MITTLER, 2002; KIM & KWAK, 2010). Enzimasso protenas que catalisam reaes qumicas emediam praticamente toda a enorme variedade dereaes bioqumicas que constituem a vida, portanto,

    so essenciais para a manuteno adequada dequalquer organismo. As enzimas antioxidantes estopresentes em diferentes compartimentos celularese contribuem para o controle das ROS em plantas,o que confere um estdio de homeostase redox nosistema. Destacam-se entre as enzimas antioxidantesa superxido dismutase (SOD), ascorbato peroxidase(APX, EC 1.11.1.1), glutationa redutase (GR, EC1.6.4.2), peroxidases (POD, EC 1.11.1.7), catalase(CAT, EC 1.11.1.6) e polifenoloxidase (PPO,EC 1.14.18.1). Entre os principais metablitosantioxidantes, encontram-se o cido ascrbico (AsA),a glutationa (GSH), o -tocoferol e os carotenoides.

  • 7/25/2019 Enzimas Agronomia Geracao e Desintoxicacao Enzimatica de Especies Reativas de Oxigenio Em Plant

    5/8

    Gerao e desintoxicao enzimtica de espcies reativas de oxignio em plantas.

    Cincia Rural, v.44, n.3, mar, 2014.

    457

    Todos eles ocorrem em cloroplastos, mitocndriase peroxissomos (MITTLER, 2002; KIM & KWAK,2010; DINAKAR et al., 2012).

    O AsA um dos mais importantesantioxidantes no enzimticos e pode inativar vriasROS. Juntamente com a GSH, participa do Ciclo doAscorbato-Glutationa, no qual o H

    2O

    2 eliminado

    pela APX mediante a peroxidao do AsA. Arecuperao do AsA ocorre por meio da oxidao daGSH que torna a ser reduzida pela glutationa redutase(GR, EC 1.6.4.2)(DINAKAR et al 2012). A GSH o principal composto tiol na maioria das plantas etambm atua como antioxidante (DELAPLACE etal., 2011). O -tocoferol e os carotenoides sequestramo 1O

    2 produzido nas membranas tilacoides pelo PS

    II. Os carotenoides agem como um filtro da luzvisvel e UV e reduzem os danos celulares causados

    pela luz. O -tocoferol j teve os genes de sua rotabiossinttica em plantas identificados. So molculaslipossolveis sintetizadas apenas por organismosfotossintetizantes. Vrios fatores de estresse abitico

    promovem o aumento do teor de -tocoferol e aspesquisas tm demonstrado que ele atua na proteodos cidos graxos poli-insaturados (PUFAS) contraa peroxidao dos lipdios de membrana pelas ROS(MAEDA & DELLAPENNA, 2007).

    As SODs so metalo-enzimas consideradasa primeira linha de defesa contra as ROS e que

    catalisam a dismutao de dois radicais O2-,gerandoH

    2O

    2e O

    2. Essas enzimas participam da modulao

    do nvel de H2O

    2 em cloroplastos, mitocndrias,

    citosol e peroxissomos (MITTLER, 2002;BHATTACHARJEE, 2010). Uma vez que dismutamo O

    2-, agem indiretamente na reduo do risco de

    formao do OH a partir do O2- (DUBEY, 2011;

    DINAKAR et al., 2012). So classificadas de acordocom seus cofatores metlicos: cobre e zinco (Cu/Zn-SOD), mangans (Mn-SOD) e ferro (Fe-SOD) (GILL& TUJETA, 2010). Em geral, as plantas contm umaMn-SOD localizada na matriz mitocondrial e uma

    Cu/Zn-SOD citoslica, com Fe-SOD e/ou Cu/Zn-SOD, presentes no estroma do cloroplasto. O nmerode isoenzimas de cada tipo de SOD varia muito de

    planta para planta, assim como a abundncia relativade cada enzima (BOWLER et al., 1992).

    A CAT uma das principais enzimas naeliminao do H

    2O

    2gerado durante a fotorrespirao

    e a -oxidao dos cidos graxos. Atua nosperoxissomos e glioxissomos e pode ser encontradatambm em mitocndrias. Ela converte duas molculasde H

    2O

    2 a H

    2O e oxignio molecular (HELDT &

    HELDT, 2005c; DUBEY, 2011). As plantas possuemvrias isoformas de CAT, as quais podem dismutar

    diretamente o H2O

    2ou oxidar substratos, tais como

    metanol, etanol, formaldedo e cido frmico(BREUSEGEM et al., 2001). A catalase e o ciclo do

    ascorbato-glutationa so importantes na eliminaodo H2O

    2e, apesar de suas propriedades e requisitos

    serem diferentes, podem funcionar efetivamente emparalelo. Como a CAT opera sem agente redutor,ela fornece s plantas uma forma energeticamenteeficiente para remoo do H

    2O

    2 (SHARMA et al.,

    2012). A atividade da CAT efetiva, principalmente,em concentraes relativamente altas de H

    2O

    2(mM),

    por isso so consideradas indispensveis para adesintoxicao de ROS, especialmente em condiesde estresse severo, quando os nveis de H

    2O

    2 esto

    maiores (DUBEY, 2011).A APX e a CAT so as duas enzimas mais

    importantes dentre os componentes de desintoxicaodo H

    2O

    2 (BHATT & TRIPATHI, 2011). A ao da

    CAT e das peroxidases destaca a diferena bsicaentre as duas principais rotas metablicas do H

    2O

    2nas

    clulas. A remoo de H2O

    2 por peroxidases requer

    uma pequena molcula redutora (ou protenas como ocitocromo c ou tioredoxina) para agir como um co-fatorde regenerao e no leva evoluo de O

    2, porque a

    gua o produto da reao (MHAMDI et al., 2012).A APX uma heme-protena, da Classe

    I da superfamlia das peroxidases, com distintasformas isoenzimticas, diversamente reguladas.

    Suas isoformas podem ser encontradas em citosol,mitocndrias, peroxissomos, cloroplastos (estroma eligadas s membranas dos tilacoides) e parede celular(DABROWSKA et al., 2007; De GARA, 2004).A APX exige o cido ascrbico como redutor. Temalta afinidade com o H

    2O

    2, com uma constante de

    Michaelis-Menten (KM

    ) na ordem de M, permitindo aeliminao do H

    2O

    2mesmo em baixas concentraes

    (LOCATO et al., 2010; SHARMA et al., 2012). Noscloroplastos e mitocndrias a APX atua no cicloascorbato-glutationa, no qual o H

    2O

    2 formado pela

    ao da SOD reduzido pelo ascorbato (MITTLER,

    2002; LOCATO et al., 2010). Nos cloroplastos afotorreduo do oxignio gua pode gerar O2- e

    H2O2, que so eliminados pela ao da SOD e daAPX, respectivamente (ASADA, 2006).

    Nas plantas, as PODs existem em muitasisoformas e esto envolvidas em uma srie de processoscelulares. Algumas PODs so constitutivamenteexpressas, enquanto outras so induzidas porestresses ambientais, como constatado em estudos emque baixas atividades mostram sintomas de estressemenos graves e as altas, sintomas mais graves. AsPODs utilizam o H

    2O

    2como oxidante e compostos de

    natureza fenlica como doadores de eltrons. Dessa

  • 7/25/2019 Enzimas Agronomia Geracao e Desintoxicacao Enzimatica de Especies Reativas de Oxigenio Em Plant

    6/8

    458 Barbosa et al.

    Cincia Rural, v.44, n.3, mar, 2014.

    forma, o H2O

    2 formado pela ao da SOD tambm

    pode ser eliminado pelas PODs, alm da CAT eAPX (LOCATO et al., 2010). As PODs localizam-

    se principalmente na parede celular e no vacolo.Sua atividade pode ser utilizada como marcadorbioqumico do estresse resultante de fatores biticose abiticos, bem como na identificao precoce de

    processos morfognicos durante a diferenciaocelular, crescimento e multiplicao de plantas(LIMA et al., 2002; PIZA et al., 2003; LOCATO,2010; KIM & KWAN, 2010).

    APXs e PODs no so as nicas peroxidasesdas clulas vegetais. As peroxirredoxinas (Prx) e a

    peroxidase da glutationa (GPx) tm recebido atenoespecial recentemente. As Prx so tiol-peroxidasesque catalisam a desintoxicao do H

    2O

    2 e outros

    perxidos. As Prx, diferentemente das PODs e APXs,no tm cofatores redox como grupos prostticocom um on metlico, normalmente necessrio paraa reao cataltica ocorrer. Dessa forma, durantea reduo do H

    2O

    2, sofrem oxidao que as torna

    inativas. Como lhes faltam cofatores redox, dependemde redutores ou doadores de eltrons externos parasua regenerao subsequente no ciclo cataltico. Deacordo com as diferentes subclasses de Prx, umaampla gama de doadores de eltrons ou redutoresso responsveis por sua regenerao, incluindo-se

    NADPH ou NADH e diferentes protenas, como a

    tioredoxina (Trx), a glutaredoxina (Grx) (BHATT &TRIPATHI, 2011).

    O OH uma molcula altamente nociva emsistemas vivos. Por isso a sua formao pela reduode ons metlicos na presena do O

    2-deve ser evitada.

    As enzimas do sistema antioxidante no eliminam oOHdiretamente, de modo que a regulao de seus

    precursores, O2- e H

    2O

    2, o passo fundamental na

    preveno dos riscos do OH, reunindo a ao dasenzimas SOD, APX e CAT (BHATTACHARJEE,2010; MYLONA & POLIDOROS, 2010).

    CONCLUSO

    As ROS so formadas como subproduto dometabolismo aerbico e participam de uma sofisticadarede de vias de sinalizao em plantas, em respostaa situaes de estresse. Essas espcies qumicas tminfluncia na expresso de vrios genes envolvidosno metabolismo e em vias de transduo de sinais,agindo, portanto, como molculas sinalizadoras oumensageiros secundrios. Por outro lado, as ROS,quando acumuladas, podem reagir com molculas

    biolgicas e causar danos irreversveis que podem levar morte celular. Inmeros trabalhos tm associado o

    nvel de ROS e a atividade de enzimas antioxidantesa processos de sinalizao e defesa contra o estresse,incluindo respostas ao dficit hdrico, salinidade,

    temperaturas extremas, metais pesados, ataque depatgenos, alm da induo de vias morfognicas invitro. Contudo, apesar do crescente interesse nessarea de pesquisa, ainda existem diversos aspectosa serem explorados. Estudos futuros em genmica,

    protemica e metabolmica podero ajudar nacompreenso das redes bioqumicas envolvidas nasrespostas celulares ao estresse oxidativo, permitindouma viso mais ampla do papel das ROS em todosos aspectos do crescimento e desenvolvimento das

    plantas.

    REFERNCIAS

    AGUIAR, A.; FERRAZ, A. Mecanismo e aplicaesda reao de Fenton assistida por compostos fenlicosredutores de ferro. Qumica Nova, v.30, p.623-628, 2007.Disponvel em: . Acesso em: 21 out.2011. doi: 10.1590/S0100-40422007000300023.

    AHMAD, P. et al. Reactive oxygen species, antioxidants andsignaling in plants. Journal of Plant Biology, v.51, n.3, p.167-173, 2008. Disponvel em: . Acesso em: 26 out. 2011. doi:10.1007/BF03030694.

    APEL, K.; HIRT, H. Reactive oxygen species: metabolism,oxidative stress and signal transduction. Annual Reviewof Plant Biology, v.55, p.373-399, 2004. Disponvel em:. Acesso em: 26 out. 2011. doi:10.1146/annurev.arplant.55.031903.141701.

    ASADA, K. Production and scavenging of reactive oxygen speciesin chloroplasts and their functions. Plant Physiology, v.141,p.391-396, 2006. Disponvel em: . Acesso em: 19 jul. 2012. doi:10.1104/pp.106.082040.

    BARREIROS, A.L.B.S.; DAVID, J.M. Estresse oxidativo:relao entre gerao de espcies reativas e defesa do organismo.

    Qumica Nova, v.29, n.1, p.113-123, 2006. Disponvel em:. Acesso em: 26 out. 2011. doi:10.1590/S0100-40422006000100021.

    BARTOSZ, G. Oxidative stress in plants. Acta PhysiologiaePlantarum, v.19, p.47-64, 1997. Disponvel em: . Acessoem: 14 nov. 2011. doi: 10.1007/s11738-997-0022-9.

    BHATT, I.; TRIPATHI, B.N. Plant peroxiredoxins: catalytic mechanisms,functional significance and future perspectives. BiotechnologyAdvances, v.29, p.850-859, 2011. Disponvel em: . Acessoem: 25 out. 2012. doi 10.1016/j.bbr.2011.03.031.

  • 7/25/2019 Enzimas Agronomia Geracao e Desintoxicacao Enzimatica de Especies Reativas de Oxigenio Em Plant

    7/8

    Gerao e desintoxicao enzimtica de espcies reativas de oxignio em plantas.

    Cincia Rural, v.44, n.3, mar, 2014.

    459

    BHATTACHARJEE, S. Sites of generation and physicochemicalbasis of formation of reactive oxygen species in plant cell. In:GUPTA, S.D. Reactive oxygen species and antioxidants inhigher plants. Enfield: Science Publishers, 2010. p.1-30.

    BLOKHINA, O. et al. Antioxidants, oxidative damage andoxygen deprivation stress: a review. Annals of Botany, v.91,p.179-194, 2003. Disponvel em: . Acesso em: 21 set. 2012. doi:10.1093/aob/mcf118.

    BOWLER, C. et al. Superoxide dismutase and Stress tolerance.Annual Review of Plant Physiology and Plant MolecularBiology, v.43, p.83-11, 1992. Disponvel em: . Acesso em: 21set. 2012. doi: 10.1146/annurev.pp.43.060192.000503.

    BREUSEGEM, F.V. et al. The role of active oxygen species inplant signal transduction. Plant Science, v.161, p.405-414, 2001.

    Disponvel em: . Acesso em: 21 set. 2012.

    CYRNE, L. et al. Regulation of antioxidant enzymes geneexpression in the yeast Saccharomyces cerevisiae duringstationary phase. Free Radical Biology & Medicine, v.34,p.385-393, 2003. Disponvel em: . Acesso em: 21 set. 2009. doi: 10.1016/S0891-5849(02)01300-X.

    DAUTRAUX, B.; TOLEDANO, M.B. ROS as signallingmolecules: mechanisms that generate specificity in ROShomeostasis. Nature Reviews Molecular Cell Biology, v.8,p.813-824, 2007. Disponvel: . Acesso em: 27 jun. 2012.

    doi: 10.1038/nrm2256.

    DABROWSKA, G. et al. Characteristics of the plant ascorbateperoxidase family. Acta Biologica Cracoviensia, v.49, n.1,p.7-17, 2007. Disponvel em: . Acesso em: 21 jun. 2012.

    De GARA, L. Class III peroxidases and ascorbate metabolism inplants. Phytochemistry Reviews, v.3, n.1-2, p.195-205, 2004.Disponvel em: . Acesso em: 18 ago.2012. doi: 10.1023/B:PHYT.0000047795.82713.99.

    DELAPLACE, P. et al. Antioxidants involvement in the ageingof non-green organs: the potato tuber as a model. In: GUPTA,

    S.D. Reactive oxygen species and antioxidants in higher plants.New Hampshire, Science Publishers, 2011. Chap.8, p.151-176.

    DEL RIO, L.A. et al. Peroxisomes as a cellular source of ROSsignal molecules. In: DEL RO, A.L.; PUPPO, A. Reactiveoxygen species in plant signaling. Heidelberg: Springer, 2009.p.95-111.

    DEL RIO, L.A. et al. Reactive oxygen species, antioxidantsystems and nitric oxide in peroxisome. Journal of ExperimentalBotany, v.53, p.1255-1272, 2002. Disponvel em: . Acesso em: 20abr. 2012. doi: 10.1104/pp.106.078204.

    DINAKAR, C. et al. Photosynthesis in desiccation tolerantplants: energy metabolism and antioxidative stress defense. Plant

    Science, v.182, p.29-41, 2012. Disponvel em: . Acessoem: 14 ago. 2012. doi: 10.1016/j.plantsci.2011.01.018.

    DUBEY, R.S. Metal toxicity, oxidative stress and antioxidativedefense system in plants. In: GUPTA, S.D. Reactive oxygenspecies and antioxidants in higher plants. Enfield: SciencePublishers, 2011. Chap.9, p.178-203.

    FAURE, A.M. et al. Ascorbic acid induced degradation of beta-glucan: Hydroxyl radicals as intermediates studied by spintrapping and electron spin resonance spectroscopy. CarbohydratePolymers, v.87, p.2160-2168, 2012. Disponvel em: .Acesso em: 15 nov. 2012. doi:10.1016/j.carbpol.2011.10.045.

    FOYER, C.H.; NOCTOR, G. Redox sensing and signallingassociated with reactive oxygen in chloroplasts, peroxisomes andmitochondria. Physiologia Plantarum, v.119, p.355-364, 2003.

    Disponvel em: . Acesso em: 21 set. 2011. doi:10.1034/j.1399-3054.2003.00223.x.

    FOYER, C.H. et al. Photorespiratory metabolism: genes, mutants,energetics, and redox signaling. Annual Review of Plant Biology,v.60, p.455-84, 2009. Disponvel em: . Acessoem: 21 set. 2011. doi: 10.1146/annurev.arplant.043008.091948.

    FOYER, C.H. et al. Photosynthetic control of electron transportand the regulation of gene expression. Journal of ExperimentalBotany, v.63, p.1637-1661, 2012. Disponvel em: http://jxb.oxfordjournals.org/content/63/4/1637. Acesso em: 3 ago. 2012.doi:10.1093//ers013.

    FOYER, C.H.; SHIGEOKA, S. Understanding oxidative stressand antioxidant functions to enhance photosynthesis. PlantPhysiology, v.155, p.93-100, 2011. Disponvel em: http://www.plantphysiol.org/content/155/1/93.full.pdf. Acesso em: 25 out.2012. doi:10.1104/pp.110.166181.

    GADJEV, I. et al. Programmed cell death in plants: newinsights into redox regulation and the role of hydrogen peroxide.International Review of Cell and Molecular Biology, v.270,p.87-144, 2008. Disponvel em: . Acesso em: 12 set. 2012.

    GIL, S.S.; TUTEJA, N. Reactive oxygen species andantioxidant machinery in abiotic stress tolerance in crop plants.Plant Physiology and Biochemistry, v.48, p.909-930, 2010.

    Disponvel: .Acesso em: 15 maio 2011. doi: 10.1016/j.plaphy.2010.08.016.

    HELDT, H.W.; HELDT, F. Mitochondria are the power stationof the cell. In: HELDT, H.W. Plant biochemistry. San Diego:Academic, 2005a. p.135-164.

    HELDT, H.W.; HELDT, F. The use of energy from sunlightby photosynthesis is the basis of life. In: HELDT, H.W. Plantbiochemistry. San Diego: Academic, 2005b. p.45-66.

    HELDT, H.W.; HELDT, F. Phenylpropanoids comprise a multitudeof plant secondary metabolites and cell wall components. In:HELDT, H.W. Plant biochemistry. San Diego: Academic, 2005c.p.435-454.

  • 7/25/2019 Enzimas Agronomia Geracao e Desintoxicacao Enzimatica de Especies Reativas de Oxigenio Em Plant

    8/8

    460 Barbosa et al.

    Cincia Rural, v.44, n.3, mar, 2014.

    KARUPPANAPANDIAN, T. et al. Reactive oxygen speciesin plants: their generation, signal transduction, and scavengingmechanisms. Australian Journal of Crop Science, v.5, n.6,p.709-725, 2011. Disponvel em: . Acesso em: 29 jul. 2012.

    KIM, Y.H.; KWAK, S.S. The role of antioxidant enzymes duringleaf development. In: GUPTA, S.D. Reactive oxygen species andantioxidants in higher plants. Enfield: Science Publishers, 2010.p.129-150.

    KOVALCHUK, I. Multiple roles of radicals in plants. In: GUPTA,S.D. Reactive oxygen species and antioxidants in higher plants.Enfield: Science Publishers, 2010. p.31-44.

    LIMA, E.S.; ABDALLA, D.S.P. Peroxidao lipdica:mecanismos e avaliao em amostras biolgicas. BrazilianJournal of Pharmaceutical Sciences, v.37, n.3, p.293-303, 2001.Disponvel em: . Acesso em: 21 set. 2012.LIMA, G.P.P. et al. Efeito do BAP e ANA e atividade daperoxidase em mandioca (Manihot esculenta Crantz CVMCOL 22) cultivada in vitro. Revista Brasileira deAgrocincia, v.8, n.2, p.107-110, 2002. Disponvel em:. Acesso em: 19 maio 2012.

    LOCATO, V. et al. Reactive oxygen species and ascorbate-glutathione interplay in signaling and stress responses. In: GUPTA,S.D. Reactive oxygen species and antioxidants in higher plants.Enfield: Science Publishers, 2010. p.45-64.

    MAEDA H.; DELLAPENNA, D. Tocopherol functions inphotosynthetic organisms. Current Opinion in Plant Biology,

    v.10, p.260-265, 2007. Disponvel em: .Acesso em: 29 mar. 2013. doi: 10.1016/j.pbi.2007.04.006.

    MEHLER, A.H. Studies on the reactions of illuminatedchloroplasts. II. Stimulation and inhibition of the reaction withmolecular oxygen. Archives of Biochemistry and Biophysics,v.34, p.339-351, 1951. Disponvel em: .Acesso em: 21 jul. 2011. doi: 10.1016/0003-9861(51)90012-4.

    MITTLER, R. Oxidative stress, antioxidants and stresstolerance. Trends in Plant in Science, v.9, p.405-410, 2002.

    Disponvel em: . Acesso em: 25 ago. 2012. doi: 10.1016/

    S1360-1385(02)02312-9.

    MYLONA, P.V.; POLIDOROS, A.N. ROS regulation ofantioxidant genes. In:GUPTA, S.D. Reactive oxygen species andantioxidants in higher plants. Enfield: Science Publishers, 2011.Cap.6, p.101-128.

    PIZA, I.M.T. et al. Atividade de peroxidase e nveis de protenasem plantas de abacaxizeiro micropropagadas em meio salino.Revista Brasileira de Agrocincia, v. 9, n.4, p.361-366, 2003.Disponvel em: . Acesso em: 10 ago. 2012.

    RONSEIN, G.E. et al. Oxidao de protenas por oxignio singlete:mecanismos de dano, estratgias para deteco e implicaes

    biolgicas. Qumica Nova, v.29, n.3, p.563-568, 2006.Disponvel em: . Acesso em: 11 jul.2012. doi: 10.1590/S0100-40422006000300027.

    SERKEDJIEVA, J. Antioxidant effects of plant polyphenols:a case study of a polyphenol-rich extract from Geraniumsanguineum L. In: GUPTA, S.D. Reactive oxygen speciesand antioxidants in higher plants. Enfield: Science Publishers,2011. Chap.13, p.275-293.

    SHARMA, P. et al. Reactive oxygen species, oxidative damage,and antioxidative defense mechanism in plants under stressfulconditions. Journal of Botany, v.2012, p.1-26, 2012. Disponvelem: http://dx.doi.org/10.1155/2012/217037. Acesso em: 04 out.2012. doi: 10.1155/2012/217037.

    TRIANTAPHYLIDES C.; HAVAUX, M. Singlet oxygen in plants:production, detoxification and signaling. Trends in Plant Science,v.14, n.4, p.219-229, 2009. Disponvel em: . Acesso em: 23 jul. 2012.doi:10.1016/j.tplants.2009.01.00.

    VASS I.; CSER, K. Janus-faced charge recombinations inphotosystem II photoinhibition. Trends Plant Science, v.14,p.200-205, 2009. Disponvel em: . Acesso em: 21jul. 2012. doi:10.1016/j2009.01.009.