Éon Filosofia

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Termo utilizado na filosofia e mitologia grega. Saiba um pouco mais e aumente seu conhecimento sobre esta palavra tão importante também para a teologia.

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on,eo,eonou aindaaeondogrego (ain), na mitologia gnstica, so entidades emanadas de Deus, geralmente em pares, ouSizgiase que existem noPleroma. Seus nomes frequentemente denotam atributos mentais ou espirituais como Pistis (f),SophiaouProtenoia(previso), ou ainda conceitos importantes do gnosticismo como oanthropos(homem) ou spirito. O on mais comum na mitologia gnstica Sophia. Frequentemente um on est envolvido na criao da humanidade conferindo-lhe esprito aos seres-humanos, contra o desejo doDemiurgoe seusarcontesque tipicamente criam a alma e o corpo.[1].ndice[esconder] 1Gnosticismo 1.1on segundo Valentim 1.2Ptolomeu e Colarbasianos 2Bibliografia 3Referncias 4Ver tambmGnosticismo[editar|editar cdigo-fonte]Parte da srie sobre

Gnosticismo

Proto-gnsticos[Expandir]

Primrdios do gnosticismo[Expandir]

Gnosticismo siraco-egpcio[Expandir]

Gnosticismo persa[Expandir]

Gnosticismo medieval[Expandir]

Gnosticismo cristo[Expandir]

Conceitos[Expandir]

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O termo on foi apropriado por gnsticos herticos para designar a srie de poderes espirituais evoludos por emanao progressiva do Ser Eterno, e que constituem o mundo espiritualPleromaou O invisvel, como distinto doKenoma, ou mundo material e visvel. A palavraaeon(Aion), significando "idade", "o sempre-existente", "eternidade", passou a ser aplicada para o eterno poder divino e os atributos personificados desse poder, de onde ele foi estendido para designar as emanaes sucessivas da divindade que os gnsticos concebiam como intermedirios necessrios entre o espiritual e os mundos materiais. O conceito gnstico da aeon pode ser atribudo influncia de uma filosofia que postula uma divindade incapaz de qualquer contato com o mundo material ou com o mal, e o desejo de conciliar essa filosofia com a noo crist de uma interferncia direta de Deus nas coisas do mundo material, e, particularmente, na criao e na redeno do homem.Em diferentes sistemas gnsticos a hierarquia dos Aeons foi diversamente elaborada. Mas em todas so reconhecveis uma mistura de elementos platnicos, mitolgicos e cristos. H sempre o on primitivo e perfeito, o manancial de divindade e um co-eterno on companheiro. Destes emanam um segundo par, que, por sua vez, geram outros, geralmente emSizgias, ou em grupos de pares, em consonncia com a idia egpcia de casais divinos. Uma dessas ons inferiores, desejando conhecer o incognoscvel, penetra os segredos do on primal, trazendo desordem para o mundo-on, ento este exilado e traz um on muito imperfeito, que, sendo indigno de um lugar noPleroma, traz a centelha divina para o mundo inferior. Depois segue-se a realizao do universo material.O on Cristo restauraria a harmonia no mundo dos on, curando a doena no mundo material em consequncia da catstrofe na ordem ideal, dando ao homem o conhecimento que ir resgat-lo do domnio da matria e do mal. O nmero de ons varia de acordo com diferentes sistemas, sendo determinados em alguns a partir de ideias dePitgorasePlatosobre a eficcia mstica dos nmeros, em outros sistemas so pocas. Os ons receberam nomes e cada sistema gnstico tem o seu prprio catlogo, sugerido por terminologia crist, Oriental, filosfica ou mitolgica. Havia quase tantas hierarquias indefinidas como havia sistemas gnsticos, mas o mais elaborado destes, tanto quanto se sabe, foi a deValentim, cuja fuso do cristianismo e platonismo to completamente descrita na refutao desse sistema porSo IrineueTertuliano.on segundo Valentim[editar|editar cdigo-fonte]Valentimassumiu como o incio de todas as coisas, o Ser Primal ouBythos, que depois de sculos de silncio e contemplao, deu origem a outros seres por um processo deemanao. A primeira srie de seres, so osAeonse eram trinta em nmero, representando quinze sizgias (ou pares) sexualmente complementares. Uma forma comum descrito abaixo:[2]

O escrito deTertulianochamadoContra os valentinianosd uma seqncia ligeiramente diferente. Os oito primeiros desses Aeons, correspondendo a um atravs de quatro geraes a seguir, so referidos comoOgdade[3]Ptolomeu e Colarbasianos[editar|editar cdigo-fonte]De acordo comIreneu de Lyon,[4]os gnsticos seguidores dePtolomeue Colarbaso teve Aeons que diferem dos de Valentino. OLogos criado quandoAnthropos(homem) aprende a falar. Os quatro primeiros so chamados deTetrade os oito so chamadosOgdade.Bibliografia[editar|editar cdigo-fonte] CHAMPLIN, Russell Norman.Enciclopdia de Bblia Teologia e Filosofia.Ed. Hagnos, 9 Ed, V.2, 2008, So Paulo, 995 p, p. 918-922. GONZLEZ, Justo L.A Era Dos Mrtires.Traduo de Key Yuasa. 1 Edio. So Paulo, Sociedade Religiosa Edies Vida Nova, V.1, 1980, 177 p, p. 95-99. HAGGLUND, Bengt. Histria da Teologia.Traduzido por Mrio L. Rehfeldt e Gladis Knak, Rehfeldt, Ed. Concrdia, Porto Alegre, 1981, 375 p, p. 25-34. Lipsius, Richard Adelbert.A Dictionary of Christian Biography, Literature, Sects and Doctrines. London:John Murray, 1887.107699 p. vol.Volume IV.Referncias1. Ir para cimaAndrew Phillip Smith.A Dictionary of Gnosticism. [S.l.]:Quest Books, 2009.910 p.ISBN 978-0-8356-0869-5Pgina visitada em 19 April 2013.2. Ir para cimaMead, p. 231.3. Ir para cimaAgainst the Valentinians(emlatim:Adversus Valentinianos)Books 7-8.4. Ir para cimaAgainst Heresies(Latin:Adversus Haereses) tambm conhecida comoThe Detection and Overthrow of Falsely So-Called GnosisI. xii.

Pleroma(Grego) geralmente se refere totalidade dos poderes divinos. A palavra significaplenitude(do grego , "Eu preencho"), comparvel a que significa "cheio"[1]e usada em contextosteolgicoscristos, tantoGnsticosquanto porPaulo de TarsoemColossenses 2:9.ndice[esconder] 1Pleroma no Gnosticismo 2Uso contemporneo 3Carl Jung 4Neoplatonismo e Gnosticismo 5Veja tambm 6RefernciasPleroma no Gnosticismo[editar|editar cdigo-fonte]Parte da srie sobre

Gnosticismo

Proto-gnsticos[Expandir]

Primrdios do gnosticismo[Expandir]

Gnosticismo siraco-egpcio[Expandir]

Gnosticismo persa[Expandir]

Gnosticismo medieval[Expandir]

Gnosticismo cristo[Expandir]

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OGnosticismoensina que o mundo controlado porArcontes, dentre os quais est, segundo algumas verses do Gnosticismo,a divindade doAntigo Testamento, que mantm cativos alguns aspectos humanos, acidentalmente ou de propsito. O Pleroma celeste a totalidade de tudo o que considerado pela nossa compreenso como "divino". O Pleroma muitas vezes referido como sendo a luz que existe "acima" do nosso mundo, ocupado por seres espirituais que se emanaram do Pleroma. Estes seres so descritos comoAeons(seres eternos) e, algumas vezes, comoArcontes.Jesus interpretado como um Aeon intermedirio que foi enviado, juntamente com a sua contraparteSophia (gnosticismo), do Pleroma. Com a ajuda deles, a humanidade seria capaz de recuperar o conhecimento perdido de suas origens divinas e assim recuperar a unidade com o Pleroma. O termo , portanto, um elemento central dacosmologia religiosaGnstica.Textos Gnsticos enxergam o Pleroma como aspectos de Deus, o eterno Princpio Divino, que s pode ser parcialmente compreendido atravs do Pleroma. A cada Aeon (aspecto de Deus) dado um nome (s vezes vrios) e uma contraparte feminina (o Gnosticismo enxerga a divindade e a plenitude em termos da unificao masculino / feminino - vejaSizgia). O mito de criao Gnstico continua contando comoSophia(Sabedoria) se separou do Pleroma e formou oDemiurgo, dando luz assim ao mundo material.Uso contemporneo[editar|editar cdigo-fonte]Pleroma tambm utilizado nalngua gregaem geral e pelaIgreja Ortodoxa Grega, pois aparece naEpstola aos Colossenses. Proponentes da viso de quePauloseria de fato um gnstico, comoElaine PagelsdaUniversidade de Princeton, entendem que a referncia na Epstola como algo a ser interpretado no sentido gnstico.[2]Carl Jung[editar|editar cdigo-fonte]Carl Jungutilizou a palavra no trabalho mstico no publicado de1916,Sete Sermes aos Mortos, que finalmente foi publicado emResposta a J(1952) e depois num apndice da segunda edio de sua autobiografia,Memrias, Sonhos, Reflexes(1962)[3]. De acordo com Jung, Pleroma "ao mesmo tempo o tudo e o nada. infrutfero pensar sobre o Pleroma. Nisto, tanto pensar quanto ser cessam, pois o eterno e o infinito no possuem atributos.Neoplatonismo e Gnosticismo[editar|editar cdigo-fonte]John M. Dillon, no seu"Pleroma and Noetic Cosmos: A Comparative Study"(sem traduo em portugus) declara que o Gnosticismo importou o seu conceito de "reino ideal" ou Pleroma do conceitoplatnicode Cosmos e Demiurgo emTimeue o conceito de CosmosNoticodeFlon de Alexandriaem contraste com o Cosmos esttico. Para chegar nesta concluso, ele contrasta o Cosmos Notico com passagens daBiblioteca de Nag Hammadi, onde osAeonsso expressados como pensamentos de Deus. Dillon afirma que o Pleroma uma adaptao de idias gregas, pois antes deFlonno h nenhuma tradiojudaicaque aceite que o mundo material (ou Cosmos) foi baseado num mundo ideal que tambm existe.[4].Veja tambm[editar|editar cdigo-fonte] Absoluto NeoplatonismoReferncias1. Ir para cimaSvenska Akademiens Ordbok- Busca pela palavraPleromaSite em sueco2. Ir para cimaPagels, Elaine. 'The Gnostic Paul: Gnostic Exegesis of the Pauline Letters'. [S.l.]:Trinity Press International id=ISBN 1563380390, 1992.pgina 137 (em ingls)3. Ir para cimaJung, Carl G..Memories, Dreams, Reflections. [S.l.]:Vintage Books, 1962.ISBN 06797239514. Ir para cimaDillon, John M..Neoplatonism and Gnosticism: Pleroma and Noetic Cosmos: A Comparative Study". [S.l.]:State Univ. of New York Press, 2006.ISBN 0791413381.Google Books