EPIDERME

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EPIDERME Maria Tereza Faria

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Maria Tereza Faria

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Camada mais externa de células que constitui a cobertura primária da planta.

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Origem:

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Ocorrência :

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Funções: revestimento Restrição da perda de água sob forma

de vapor (transpiração). Proteção mecânica e invasão de agentes

patogênicos. Trocas gasosas. Absorção água e sais minerais. Reserva de água e produtos

metabólitos. Proteção contra ação da radiação solar

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Características:

Está presente durante a vida toda dos órgãos da planta que não tem espessamento secundário.

As células epidérmicas geralmente são tabulares e não apresentam espaços intercelulares.

Epiderme adaxial – Hypenia spp. (Lamiaceae)

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Geralmente é unisseriada, mas em algumas espécies as células da protoderme podem se dividir periclinalmente, uma ou mais vezes, dando origem, a um tecido de revestimento com várias camadas, ontogeneticamente relacionadas, denominado epiderme múltipla ou pluriestratificada

Tem sido atribuída à epiderme pluriestratificada a função de

reserva de água. Nas raízes aéreas das orquídeas a epiderme

pluriestratificada, denominada velame funciona como um tecido de

proteção contra a perda de água pela transpiração.

Raiz de Epidendron sp evidenciando o velame

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EPIDERME Em muitas espécies, as

camadas de células subepidérmicas assemelham-se a uma epiderme múltipla, mas apresentam uma origem diversa, a partir do meristema fundamental.

Para designar estes estratos subepidérmicos, os autores utilizam o termo hipoderme.

Enquanto a epiderme múltipla se origina a partir de divisões periclinais das células da protoderme, a hipoderme tem origem a partir das células do meristema fundamental.

Detalhe da hipoderme da folha de

Paepalanthus canastrensis.

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EPIDERME As células epidérmicas, geralmente não possuem

cloroplastos, mas podem ser encontrados na epiderme dos órgãos aéreos das plantas aquáticas ou terrestres de ambientes sombreados.

As células epidérmicas,

geralmente são vivas, altamente

vacuoladas, podendo armazenar vários

produtos do metabolismo

(taninos, mucilagem, cristais e pigmentos)

Células epidérmicas com vacúolo (*) contendo antocianina. A - Célula túrgida. B - Célula

plasmolisada (Folha de barco-de-moisés - Rhoeo discolor , epiderme destacada).

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As paredes das células epidérmicas variam quanto à espessura nas diferentes espécies, nas diferentes partes de uma mesma planta e mesmo em uma mesma célula.

Nas células epidérmicas com paredes espessas, geralmente, a parede periclinal externa é a mais espessada.

Esses espessamentos, geralmente, são primários e os campos primários de pontoação e os plasmodesmas presentes, se localizam especialmente nas paredes radiais e nas tangenciais internas.

Células epidérmicas com campos de pontoação (setas), em vista lateral

(Fruto de tomate - Solanum lycopersicum , com epiderme

destacada).

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As paredes das células epidérmicas, em vista frontal, podem ser retas a onduladas (A) ou sinuosas (B).

(A) (B)

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A característica mais importante da parede das células epidérmicas das partes aéreas da planta é a presença da cutina.

A cutina é uma substância de natureza lipídica, que pode aparecer tanto como incrustação entre as fibrilas de celulose, como depositada externamente sobre a parede, formando a cutícula

Seção transversal do caule de Bacopa monnierioides , evidenciando-se a epiderme com cutícula (seta).

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EPIDERME O processo de incrustação de cutina na matriz da

parede é denominado cutinização e à deposição de cutina sobre as paredes periclinais externas, dá-se o nome de cuticularização.

A cutícula ajuda a restringir a transpiração; por ser brilhante ajuda a refletir o excesso de radiação solar e por ser uma substância que não é digerida pelos seres vivos, atua também como uma camada protetora contra a ação dos fungos e bactérias.

A formação da cutícula começa nos estágios iniciais de crescimento dos órgãos.

Apesar de não se saber exatamente como, acredita-se que a cutina migre do interior para o exterior das células epidérmicas, através de poros existentes na parede celular.

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EPIDERME Em várias espécies, a cutícula

pode ainda estar recoberta por depósitos de diversos tipos de compostos, tais como: ceras, óleos, resinas e sais sob a

forma cristalina.

Detalhe da epiderme foliar de Curatella americana, evidenciando a cutícula.

Vista frontal da epiderme da face abaxial da folha de Rapanea venosa ,

evidenciando-se estrias epicuticulares e estômatos.

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EPIDERMEA cera pode apresentar vários formatos: grânulos, vírgula, filamentos, capa contínua, escamas, placas, colunas e varetas.

Sendo peculiar a cada espécie, podendo ter valor taxonômico.

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EPIDERME – ESTÔMATOS

A continuidade das células epidérmicas somente é interrompida pela abertura dos estômatos.

O termo estômato é utilizado para indicar uma abertura, o ostíolo, delimitado por duas células epidérmicas especializadas, as células-guarda.

A abertura e o fechamento do ostíolo são determinados por mudanças no formato das células-guarda, causadas pela variação do turgor dessas células.

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EPIDERME – ESTÔMATOS Muitas espécies podem

apresentar ainda duas ou mais células associadas às células-guarda, que são conhecidas como células subsidiárias.

Estas células podem ser morfologicamente semelhantes às demais células epidérmicas, ou apresentarem diferenças na morfologia e no conteúdo.

O estômato, juntamente com as células subsidiárias, forma o aparelho estomático.

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EPIDERME – ESTÔMATOS As células-guarda, ao contrário

das demais células epidérmicas, são clorofiladas e geralmente têm o formato reniforme, quando em vista frontal.

As paredes dessas células apresentam espessamento desigual: as paredes voltadas para o ostíolo são mais espessas e as paredes opostas são mais finas.

Nas Poaceae (Gramineae) e nas Cyperaceae, as células-guarda assemelham-se à alteres; suas extremidades são alargadas e com paredes finas, enquanto a região mediana, voltada para o ostíolo, é mais estreita e apresenta paredes espessadas

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EPIDERME – ESTÔMATOS

Em secção transversal, podemos ver sob o estômato uma câmara subestomática que se conecta com os espaços intercelulares do mesofilo.

Função: controlar a perda de água e a entrada de CO2

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EPIDERME – ESTÔMATOS

Quanto a distribuição

longitudinal Dispersos Em sulcos

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EPIDERME – ESTÔMATOS

Posição em relação às células epidérmicas

Estômatos nivelados Estômatos

salientes

Estômatos em depressão (criptas)

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EPIDERME – ESTÔMATOS

A posição dos estômatos nas folhas, geralmente, está relacionada às condições ambientais.

Nas folhas flutuantes das plantas aquáticas, os estômatos são encontrados apenas na face superior da folha, enquanto que, nas plantas de ambientes xéricos (secos), os estômatos aparecem na face inferior da folha ou ainda, escondidos em criptas, numa tentativa de reduzir a perda de água em vapor, quando os estômatos se abrem.

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EPIDERME – ESTÔMATOS

Quanto à distribuição dos estômatos, as folhas podem ser classificadas em:

anfiestomáticas, quando os estômatos estão presentes nas duas faces da folha;

hipoestomáticas, com os estômatos apenas na face inferior da folha e

epiestomáticas, com os estômatos presentes apenas na face superior.

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EPIDERME – ESTÔMATOS Características como: posição e número

dos estômatos na epiderme são bastante variados e altamente influenciadas pelo ambiente em que a planta vive, apresentando assim, pouca aplicação taxonômica.

No entanto, existem classificações baseadas na presença ou não, e na origem das células subsidiárias, que podem ter utilização taxonômica, como por exemplo a classificação proposta por Metcalf & Chalk (1950), para os estômatos das dicotiledôneas.

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EPIDERME – ESTÔMATOS

Anomocítico

Paracítico

Anisocítico

Diacíticohalteres da folha de uma Poaceae.

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EPIDERME – ESTÔMATOS

Mecanismo de abertura e

fechamento dos estômatos

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EPIDERME- TricomasTectores: podem ser unicelulares, como por exemplo, as “fibras” de algodão que são tricomas da semente do algodoeiro, formados por uma única célula que se

projeta para fora da epiderme e apresentam paredes secundárias

celulósicas espessadas.

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EPIDERME- TRICOMAS

Existem ainda, os tricomas multicelulares uni, bi ou multisseriados, ramificados ou não.

Os tricomas tectores não produzem nenhum tipo de secreção e acredita-se que possam, entre outras funções, reduzir a perda de água, por transpiração, das plantas que vivem em ambientes xéricos (secos),

auxiliar na defesa contra insetos predadores e diminuir a incidência luminosa.

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EPIDERME- TRICOMAS Glandulares ou secretores:

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EPIDERME- TRICOMAS

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Células Especializadas da Epiderme

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Células Especializadas da Epiderme

Vista frontal da epiderme da face adaxial da folha de Spartina densiflora . Observam-se visíveis papilas.

Vista frontal da epiderme da face abaxial da folha de uma Poaceae, evidenciando-se célula

silicosa (seta).