Episódio do Jantar do Hotel Central

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    EPISDIO DO JANTAR DO HOTELCENTRAL

    Captulo VI, Os Maias

    Portugus 11 Ano

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    Neste jantar, as principais figurasproporcionam a Carlos um primeiro contactocom o meio social lisboeta. Este jantarpretende homenagear o banqueiro J. Cohen.

    Apresenta-se a viso crtica de algunsproblemas sociais, bem como proporciona a

    Carlos a viso de

    Maria Eduarda.

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    Tambm a literatura e crtica literria sodiscutidas. Toms de Alencar, poeta ultra-romntico, ope-se ao realismo e aonaturalismo, revelando incoerncia quando

    condena no presente, o que cantara nopassado. Sem mais argumentao, refugia-sena moral, considerando o realismo/naturalismoimoral. um desfasado do seu tempo, defende

    a crtica literria de natureza acadmica. Esteope-se a Joo da Ega, defensor da escolarealista/naturalista.

    Ega exagera e defende o cientificismo na

    literatura. No distingue cincia e literatura.

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    Nesta discusso entram tambm, Carlos eCraft, recusando simultaneamente o ultra-

    romantismo de Alencar e o exagero de Ega.Craft defende a arte como idealizao do quede melhor h na natureza, defendendo a artepela arte. O narrador concorda com ambos.

    As finanas so tambm um tema debatidoneste jantar. O pas tem necessidade dosemprstimos ao estrangeiro. Cohen

    demonstra o seu calculismo cnico quando,ao ter responsabilidades pelo seu cargo,afirma que o pas vai direitinho para a bancarota.

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    Outro tema tambm focado a histria e apoltica, cujos intervenientes so Ega e

    Alencar. O primeiro, aplaude as afirmaesde Cohen, defende uma catstrofe nacionalcomo forma de acordar o pas. Afirma que araa portuguesa a mais covarde emiservel da Europa. Aplaude a instalaoda repblica e a invaso espanhola. Alencar,por sua vez, teme a invaso espanhola edefende o romantismo poltico, esquecendo oadormecimento geral do pas.

    Cohen afirma que Ega um exagerado eque nas camadas polticas ainda h gentesria. Dmaso diz que se acontecesse ainvaso espanhola fugiria para Paris.

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    Deste jantar sobressai a falta depersonalidade de Ega e Alencar, quemudam de opinio quando Cohen quer,note-se que Ega est comprometido por seramante da sua esposa, e Dmaso foge detudo. Sobressai, tambm, a falta de culturae civismo que domina as classes maisdestacadas, Ega e Alencar quase chegam avias de facto.

    Concluses:

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    PERSONAGENS INTERVENIENTES:

    Joo da Ega, promotor da homenagem e

    representante do Realismo/ Naturalismo; Cohen, o homenageado, representante das

    altas Finanas;

    Toms de Alencar, o poeta ultra-romntico; Dmaso Salcede, o novo-rico, representante

    dos vcios do novo-riquismo burgus, a

    catedral dos vcios; Craft, o britnico, representante da cultura

    artstica e britnica, o rbitro das elegncias.

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    TOMS DE ALENCAR

    opositor do Realismo Naturalismo; incoerente: condena no presente o que cantara no

    passado - o estudo dos vcios da sociedade;

    falso moralista: refugia-se na moral, por no teroutra arma de defesa; acha o Realismo/ Naturalismoimoral;

    desfasado do seu tempo;

    defensor da crtica literria da natureza acadmica; preocupado com aspectos formais em detrimento da

    dimenso temtica; preocupado com o plgio.

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    JOO DA EGA

    defensor do Realismo/ Naturalismo;

    exagera, defendendo o cientivismo naliteratura;

    no distingue Cincia

    e Literatura.

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    CARLOS E CRAFT

    recusam o ultra-romantismo de Alencar; recusam o exagero de Ega; Carlos acha intolervel os ares cientficos do

    realismo;

    Carlos defende que os caracteres semanifestam pela aco; Craft defende a arte como idealizao do que

    melhor h na natureza;

    prximos da doutrina esttica de Ea quandodefende para a literatura uma nova forma. Craftdefende a arte pela arte.

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    O NARRADOR

    recusa o ultra-romantismo de Alencar;

    recusa a distoro do naturalismo contidonas afirmaes de Ega;

    afirma uma esttica prxima da de Craft:estilos, to preciosos e to dcteis:tendncia parnasiana.

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    AS FINANAS

    O pas tem absoluta necessidade dosemprstimos estrangeiro;

    Cohen calculista cnico: tendoresponsabilidades pelo cargo quedesempenha, lava as mos e afirmaalegremente que o pas vai direitinho para a

    bancarrota.

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    TOMS DE ALENCAR

    teme a invaso espanhola: um perigo paraa independncia nacional;

    defende o romantismo

    poltico:- uma repblica governada

    por gnios;

    - a fraternizao dos povos;- esquece o adormecimento

    geral do pas.