EQUAÇÕES NACIONAIS PARA A ESTIMATIVA DA … · a densitometria, a pletismografia, a hidrometria,...
Embed Size (px)
Transcript of EQUAÇÕES NACIONAIS PARA A ESTIMATIVA DA … · a densitometria, a pletismografia, a hidrometria,...
-
REVISTA DE EDUCAO FSICA - N 136 - MARO DE 2007 - PG.
EDUCAO FSICAREVISTA DE
N 136 MARO DE 2007
66-78
ArtigodeReviso
EQUAES NACIONAIS PARA A ESTIMATIVA DA GORDURA CORPORAL DE BRASILEIROS
Marcelo Salem1,2, Cndido Simes Pires Neto3, William Waissmann2
1-InstitutodePesquisadaCapacitaoFsicadoExrcito-RiodeJaneiro-RJ-Brasil.2-EscolaNacionaldeSadePblica/FIOCRUZ-RiodeJaneiro-RJ-Brasil
3-UniversidadeTuiutidoParan-Curitiba-PR-Brasil.
__________Recebidoem02.08.2006.Aceitoem25.11.2006.
Resumo
Aestimativaeoclculodagorduracorporalpodemserrealizadosporvriosmtodoslaboratoriais(diretosou indiretos) e/oude campo (indiretos).Onicoemais preciso mtodo direto para se quantificar agorduracorporaladissecaocadavrica.Apesarda disponibilidade de uma variedade de mtodos,indiretos,bemprecisosemodernos,seususosnosorecomendadosparaavaliarumgrandenmerodepessoas, jqueutilizamequipamentoscaros,gastamumtempoconsidervelenecessitamdeprofissionaisaltamentequalificados(NortoneOlds,1996).Abuscadetcnicasmaisfceisebemmaiseconmicasfezcomquevriosprofissionais,noBrasilenoexterior,procurassemumasoluoprticaemenosdispendiosanosmtodosantropomtricos,quepreconizamasmedidasdasdobrascutneas,dospermetrosmuscularesedosdimetrossseos, realizados forados laboratrios.Apesardadisponibilidadedecentenasdemodelosmatemticos,o uso de equaes no deve ser indiscriminado,
pois,anoserquesejamvalidadasparagruposdesujeitoscomdiferentescaractersticas,sdevemserutilizadasemgruposparaosquaisforamdesenvolvidase validadas (Salem,2004).Portanto, como intuitodedivulgaramplamenteos trabalhosnacionaisquedesenvolveramevalidaramequaesnacionaisparaofracionamentodacomposiocorporal,esteestudoteveporobjetivoapresentarasprincipaisequaes,genricaseespecficas,paraaestimativadadensidadee/ougorduracorporal,apartirdemedidasantropomtricas,desenvolvidas e validadas por autores brasileiros,bemcomoametodologiae instrumental utilizados.Considerandosomenteosestudosenvolvendovariveisantropomtricas,asequaesdesenvolvidasforamasdeDartagnanPintoGuedes(1985),EdioLuizPetroski(1995),AnatoleBarretoRodriguesdeCarvalho(1998),CiroRomlioRodriguezAez (1999),RenatoShoeiYonamine(2000),MarceloSalem(2003e2006).
Palavras-chave: Composio Corporal,EquaesNacionais,GorduraCorporal.
RevisedArticle
nATIOnAL EQuATIOnS FOR ESTIMATIOn OF BRAZILIAn BODy FAT
Abstract
Theestimationandthecalculusofbodyfatcanberealizedthroughseverallaboratorialmethods(directorindirect)and/orfieldmethods(indirect).
Theonlyandmostprecisedirectmethodtoquantifybodyfatisdissectingacadaver.Inspiteofhavingavarietyofpreciseandmodernindirectmethods,theyarerecommendedtoevaluateagreatnumberofpeoplebecauseitisnecessarytouseexpensiveequipments,abigamountoftimeisrequired,andhighly-qualifiedprofessionalsareneeded(NortonandOlds,1996).Thesearchesforeasierandmoreeconomictechniquesmadealotofprofessionals,inBrazilandabroad,lookforapracticalandlessexpensivesolutionintheanthropometricmethods,whichcommendsthemeasurementsofskinfolds,
-
REVISTA DE EDUCAO FSICA - N 136 - MARO DE 2007 - PG.
EDUCAO FSICAREVISTA DE
N 136 MARO DE 2007
66-78
muscularperimeters,andbonediameters,realizedoutsidethelaboratories.Despitehavinghundredsofmathematicmethods,theuseofequationscannotbeindiscriminately,unlesstheyarevalidatedtoagroupofindividualswithdifferentcharacteristics,otherwise they can only be used for groups towhomtheyweredevelopedandvalidated(Salem,2004). Therefore, in order to acknowledge thenationalresearchesthatdevelopedandvalidatednationalequations to the fractioningof thebodycomposition, this study focused on presentingthe main generic and specific equations, tothe estimation of density and/or body fat, from
anthropometric measurements, developed andvalidated by Brazilian authors, as well as themethodologiesandinstrumentsused.Takingintoaccountonlythestudiesinvolvinganthropometricvariables,thedevelopedequationsweretheonesof Dartagnan Pinto Guedes (1985), Edio LuizPetroski (1995),Anatole Barreto Rodrigues deCarvalho (1998), Cirio Romelio RodriguezAez(1999),RenatoShoeiYonamine(2000),MarceloSalem(2003and2006).
Key words:BodyComposition,NationalEquations,BodyFat.
InTRODuO
Ointeressepelofracionamentoepeloclculodoscomponentes corporais surgiu na dcada de 40,quando o Dr.Albert Behnke, mdico da marinhaamericana, considerado a maior autoridade emcomposio corporal, realizou um trabalho demedidascorporais,visandofracionaracomposiocorporal, tendo realizado medidas de estatura,formaeestruturade25jogadoresprofissionaisdefutebolamericano.Esteestudocomprovouque11dos17jogadoresconsideradosobesospelatabeladepesoealtura,utilizadanapocacomopadrode medida da composio corporal, possuam agordura corporal relativamente baixa e que esteexcesso de peso, em realidade, era devido aodesenvolvimento da massa muscular (Katch eMcArdle,1996).
Aps os estudos de Behnke, vrios autorespassaramaterinteresseemfracionaracomposiocorporal, visando obter informaes detalhadase importantes sobre as dimenses do corpohumano,jqueotipocorporalfornecemuitomaisinformaes do que simplesmente proporescorporais.
Segundo Heyward e Stolarczyk (1996), almdeavaliaraquantidadetotaleregionaldegorduracorporalparaidentificarriscossade,sovriasasaplicaesdacomposiocorporal,aseguir:
- Identificar riscossade,associadosanveisexcessivamentealtosebaixosdegorduracorporaltotal;
- Identificar riscos sade, associados aoacmuloexcessivodegorduraintra-abdominal;
- Proporcionarentendimentosobreosriscossade,associadosfaltaouaoexcessodegorduracorporal;
- Monitorarmudanasnacomposiocorporal,associadasacertasdoenas;
- Avaliaraeficinciadeintervenesnutricionaisedeexercciosfsicosnaalteraodacomposiocorporal;
- Estimar o peso corporal ideal de atletas eno-atletas;
- Formular recomendaes diett icas eprescriesdeexercciosfsicos;e
- Monitorarmudanasnacomposiocorporal,associadas ao crescimento, desenvolvimento,maturaoeidade.
Buscando informaes mais detalhadas,vriosestudos foram realizadospara fracionara
-
REVISTA DE EDUCAO FSICA - N 136 - MARO DE 2007 - PG.
EDUCAO FSICAREVISTA DE
N 136 MARO DE 2007
composiocorporal,emvrioscompartimentos,sendoomodelodedivisodaMassaCorporalTotal(MCT) mais comum o de dois compartimentos,ouseja,aMCTdivididaemMassaGorda(MG)eMassaLivredeGordura(MLG),sendoaMGasomadetodososlipdioscorporaiseaMLGasomadagua,dasprotenasedoscomponentesmineraisdocorpo(HeywardeStolarczyk,1996).
Aestimativaeoclculodagorduracorporalpodemser realizados por vrios mtodos laboratoriais(diretos ou indiretos) e/ou de campo (indiretos).O nico e mais preciso mtodo direto para sequantificar a gordura corporal a dissecaocadavrica.
Norton e Olds (1996) colocam que algunsmtodosdelaboratriobastantesofisticadossoutilizados, hoje em dia, para estimar a gorduracorporal, dentre eles o da condutividade eltricatotaldocorpo(Malina,1987),oultrasnico(Katch,1983) e o do scanner com raios infravermelhos(McLeaneSkinner,1992).
Alm dos mtodos acima citados, podemosencontrar,tambmaabsortometriaradiolgicadedupla energia (DEXA), a bioimpedncia eltrica,a densitometria, a pletismografia, a hidrometria,aespectometria,aultrasonografia,a tomografiacomputadorizada, a ressonncia magntica, aativao de nutrons, a interactncia de raiosinfravermelhos, a antropometria, a excreo decreatinina,acreatininasrica,aabsorofotnica,aradiografiaea3-metil-histidinaurinria(PollockeWilmore,1993).
Apesardadisponibilidadedeumavariedadedemtodosbemprecisosemodernos,seususosnosorecomendadosparaavaliarumgrandenmerodepessoas,jqueutilizamequipamentoscaros,gastamumtempoconsidervelenecessitamdeprofissionaisaltamentequalificados(NortoneOlds,1996).
Abuscade tcnicasmais fceisebemmaiseconmicas fez com que vrios profissionaisprocurassem uma soluo prtica e menosdispendiosa nos mtodos antropomtricos, quepreconizamasmedidasdasdobrascutneas,dospermetros musculares e dos dimetros sseos,realizadosforadoslaboratrios.
Oclculodagorduracorporal,apartirdemedidasantropomtricas,realizadodesenvolvendo-seevalidando-se equaes de regresso para essefim.
DeacordocomNortoneOlds(1996),amaioriadas equaes de predio foi desenvolvidausando mtodos de l abo ra t r i o como adensimetria hidrosttica, ou seja, a medio daDensidadeCorporal (D)utilizando-seapesagemhidrosttica.
Segundo Lohman (1992), muitos peri tosconsideram a medida da densidade corporalcomooprocedimentopadroparaaavaliaodacomposiocorporal.
No s no Brasil, mas em todo o mundo,vrias equaes tm sido desenvolvidas com oobjetivo de quantificar a gordura corporal e, apartirda,relacion-lacomdoenasecomoriscocoronariano.
Apesar da disponibilidade de centenas demodelos matemticos, o uso de equaes nodeveserindiscriminado,pois,anoserquesejamvalidadasparagruposdesujeitoscomdiferentescaractersticas,sdevemserutilizadasemgrupospara os quais foram desenvolvidas e validadas(Salem,2004).
Portanto,comointuitodedivulgaramplamenteos trabalhos que desenvolveram e validaramequaes nacionais para o fracionamento dacomposiocorporal,esteestudoteveporobjetivoapresentar as principais equaes, genricase especficas, para a estimativa da densidadee/ou gordura corporal, a partir de medidasantropomtricas, desenvolvidas e validadas porautores brasileiros, bem como a metodologia einstrumentalutilizados.
EQuAES nACIOnAIS
Dartagnan Pinto Guedes (1985)
Oprimeiropesquisadorbrasileiroadesenvolvere validar equaesnacionaisparaaestimativadaDensidadeCorporalapartirdemedidasantropomtricasfoiDartagnanPintoGuedes,em1985.
66-78
-
REVISTA DE EDUCAO FSICA - N 136 - MARO DE 2007 - PG.
EDUCAO FSICAREVISTA DE
N 136 MARO DE 2007
Seu estudo foi realizado na UniversidadeFederaldeSantaMaria,ondeforamavaliados206universitrios,sendo110homens,comidadesentre17e27anos,e96mulheres,comidadesentre17e29anos.
ParaadeterminaodaDensidadeCorporal(DC),Guedes(1985)utilizouumapiscinade23x12m,comprofundidade de 1,4 m e temperatura constantede 27 a 29 C. Para a realizao da PesagemHidrosttica (PH), construiu-se uma caixa comdimensesde1,50x1,50m,ondeevitou-sequeamovimentaodaguaafetasseosvaloresdopesosubmerso.
Osavaliadosforampesadosemumacadeiraconstrudaemferrogalvanizado,comdimensesde0,40x0,50m,paraqueestespudessemseacomodarnomomentodomergulho.
A balana util izada para tomada do pesosubmerso foi de fabricao italiana, de marcaSUPREMAMODRS,comprecisode5g.
Para o desenvolvimento das equaes, oautor utilizou como varivel dependente a DCe, como variveis independentes, oito dobrascutneas.
AsequaesdesenvolvidasporGuedesparaosuniversitriossoapresentadasnasTABELAS1e2,aseguir:
TABELA1EQUAOESDESENVOLVIDASPORGUEDES
(1985)PARAUNIVERSITRIOS(n=110).
Onde:X=dobrascutneas;X1=AB;X2=AB+TR;X3=AB+TR+SI;X4=AB+TR+SI+AM;X5=AB+TR+SI+AM+SE;X6=AB+TR+SI+AM+SE+CX;X7=AB+TR+SI+AM+SE+CX+PM;X8=AB+TR+SI+AM+SE+CX+PM+BI.
EPE=erropadrodeestimativaeR=coeficientedecorrelaomltipla.
TABELA2EQUAOESDESENVOLVIDASPORGUEDES
(1985)PARAUNIVERSITRIAS(n=96).
Onde:X=dobrascutneas;X1=TR;X2=SI+CX;X3=SI+CX+SE;X4=SI+CX+SE+TR;X5=SI+CX+SE+TR+
BI;X6=SI+CX+SE+TR+BI+PM;X7=SI+CX+SE+TR+BI+PM+AB;X8=AB+TR+SI+AM+SE+CX+PM+BI.
EPE=erropadrodaestimativaeR=coeficientedecorrelaomltipla.
Comoditoanteriormente,estasequaes foramdesenvolvidas para universitrios brasileiros comidadeentre17a29anos,devendoasmesmasseremvalidadascasosejamutilizadasparaoutrossujeitos.
OprocedimentodevalidaodeumaequaoparasujeitosquenoparticiparamdesuaconstruodeveseguirasrecomendaesdeLohman(1992),PetroskiePiresNeto(1995)apresentadasaseguir:
1.Realizar a Pesagem Hidrosttica de umaamostrasignificativadossujeitosparaosquaisoestudodestinado.
2.Realizarasmedidasantropomtricas,seguindoasrecomendaesdoautordaequao.
3. CalcularaDCou%G(variveldependente)deacordocomaequaoquesedesejavalidar.
4.Testar a correlao de Pearson entre ovalor da DC/%G medidos pela PH e a DC/%Gestimados pela equao em questo (p 0,05).Esta correlao deve alcanar valores prximosousuperioresa0,80.
5.Testar estatisticamente a diferena entreasmdiasdosvaloresdaDC/%GestimadapelaPH e a medida pela equao (p 0,05). Esteteste t pareado no pode apresentar diferenasestatisticamentesignificativas.
66-78
-
REVISTA DE EDUCAO FSICA - N 136 - MARO DE 2007 - PG.
EDUCAO FSICAREVISTA DE
N 136 MARO DE 2007
0
6. Calcular oerro constante (EC), ou seja: EC
(erro constante)=MDIA ((DC/%GPH) - (DC/%G
Equao)), diferena mdia entre a densidade
mensurada(DC/%GmedidaPH)eestimada(DC/%G
usandoaequao).
7. Calcularoerrotcnico(ET),ouseja:
ET(errotcnico)= onde:Y1
aDC/%GestimadapelaequaoeY2aDC/%G
medidapelaPH.
8. Comparar os erros calculados com o EPE,
devendoestessereminferioresaoEPEfornecidopelo
autor.
Esteprocedimentopode, tambm, ser realizado
com equaes estrangeiras, como publicado por
vriosautoresnacionais,entreelesPiresNeto(1995a
2006),Guedes(1985),Petroski(1995),Glaner(1997),
Carvalho(1998),Rodriguez-Aez(1999)eYonamine
(2000).
Edio Luiz Petroski (1995)
Outroautoradesenvolverequaesnacionaisfoi
EdioLuizPetroski,em1995,orientadopeloProfDr
CndidoSimesPiresNeto,sendooprimeiroestudioso
adesenvolverequaesgeneralizadasnoBrasil.
Cabe, neste momento, diferenciar equaes
especficasegeneralizadas:
-Equaesespecficas-soequaesdesenvolvidas
apartirdepopulaesespecficas,como,porexemplo,
asequaesdesenvolvidasparauniversitrios,com
idadeentre17e27deGuedes(1985).
- Equaes generalizadas - so desenvolvidas
utilizandograndesamostrasheterogneasemidade,
em composio corporal e em aptido fsica.As
equaesgeneralizadas,geralmente,usamomodelo
de regresso curvilinear e a idade como varivel
independente.A principal vantagem que uma
equaogeneralizadapodeseraplicadaparadiversas
populaes,semperderasuaacuracidade(Petroski
ePiresNeto,1996).
Petroski realizou seu estudo na Universidade
FederaldeSantaMaria,comotesededoutorado,tendo
estudadoumapopulaocompostaporadultosde
ambosossexos(n=672),nafaixaetriaentre18e66
anos,dasregiescentraldoRSelitorneadeSC.
Ossujeitosforamdivididosemdoisgrupos:ogrupo
de regresso (GR=213mulherese304homens),
para o desenvolvimento das equaes, e o grupo
devalidao(GV=68mulherese87homens),para
validarasequaesdesenvolvidas.
ParaaPHfoidesenvolvidaumacaixapintadade
branco,deformatoquadrado1,30X1,30m,com
1,40mdealtura,semfundo,construdaemmadeira
com2,5cmdeespessura.
Paraaferiodopesosubmersofoiutilizadauma
balanaFilizola, comcapacidadepara6 kge com
divisode5g,
Paraasustentaodosavaliadosfoiutilizadoum
trapziotubular,emPVC,cano40,comdimensode
50cm.
Umcintodemergulhador,com1,8kg,foicolocado
emvoltadacinturadosavaliados,buscandomantera
estabilidadecorporalduranteomergulho,tendoopeso
dessecintosidosubtradoaofinaldaspesagens.
Nofoiutilizadaaposiosentadaparaosavaliados,
e,sim,aposiogrupada,porsermaisconfortvelpara
osavaliados(PetroskiePiresNeto,1996).
Comovariveldependentenasequaes,Pestroski
utilizouaDCe,comovariveisindependentes,usou
asdobrascutneas,ospermetrosmusculareseos
dimetrossseos.
As equaes desenvolvidas pelos autores para
homensemulheressoapresentadasaseguirnas
TABELAS3e4.
66-78
-
REVISTA DE EDUCAO FSICA - N 136 - MARO DE 2007 - PG.
EDUCAO FSICAREVISTA DE
N 136 MARO DE 2007
TABELA3
EQUAOESGENERALIZADASDESENVOLVIDASPARAHOMENSDE18A66ANOS.
66-78
-
REVISTA DE EDUCAO FSICA - N 136 - MARO DE 2007 - PG.
EDUCAO FSICAREVISTA DE
N 136 MARO DE 2007
Onde:DC=dobrascutneas(mm);ID=idade(anos);CAT=circunfernciadoantebrao(cm);
CAB=circunfernciadoabdmen(cm);X9=9DCSE,TR,BI,AM,PT,SI,AB,CXePM;
X7=7DCSE,TR,PT,AM,SI,ABeCX;X6=6DCSE,TR,BI,PT,AMeSI;
X4=D4C,SE,TR,SIePM;Z4=4DCSE,TR,BIeSI;
X3=3DC,SE,TReSI;Z
3=3DCSE,TRePT;X
2=2DCTReAM.
ContinuaodaTABELA3
66-78
-
REVISTA DE EDUCAO FSICA - N 136 - MARO DE 2007 - PG.
EDUCAO FSICAREVISTA DE
N 136 MARO DE 2007
TABELA4
EQUAOESGENERALIZADASDESENVOLVIDASPARAMULHERESDE18a51ANOS.
66-78
-
REVISTA DE EDUCAO FSICA - N 136 - MARO DE 2007 - PG.
EDUCAO FSICAREVISTA DE
N 136 MARO DE 2007
ContinuaodaTABELA4
Onde:ID=Idade(anos);MC=massacorporal(kg);ES=estaturacorporal(cm);CAB=circunfernciado
abdmen(cm);CCX=circunfernciadacoxa(cm);
DC=dobracutnea(mm);X9=9DC,SE,TR,BI,PT,AM,SI,AB,CXePM;
X7=7DC,SE,TR,AM,SI,AB,CXePM;Y7=7DC,SE,TR,AM,PT,SI,ABeCX;
X5=5DC,SE,TR,SI,ABePM;X4=4DC,SE,TR,SIePM;
Y4=4DC,AM,SI,CXePM;X
3=3DC,SE,SIeCX;Y
3=3DC,AM,SIeCX;
Anatole Barreto Rodrigues de Carvalho (1998)
Carvalhodesenvolveuseu trabalho,orientadopelo
ProfDrCndidoSimesPiresNeto,comuniversitrios
(n=66homensen=58mulheres)estudantesdeMedicina,
Odontologia,Enfermagem,Engenharia,Jornalismoe
EducaoFsicadaUniversidadeFederaldePernambuco,
UniversidadedePernambuco,UniversidadeCatlicade
PernambucoemilitaresdoNcleodePreparaode
OficiaisdaReserva(NPOR)deSantaMaria-RS.
A metodologia foi praticamente a mesma dos
autores anteriormente citados, com apenas uma
diferenasignificativa:oautorutilizou,comovarivel
dependente,aMassaCorporalMagra(MCM)e,como
variveis independentes,almdedobrascutneas
epermetrosmusculares, a ImpednciaBioeltrica
(TetrapolarBiodynamicsmodelo310).
AMCMfoicalculadatransformando-seaDCem%
degordurapormeiodaequaodeSiri(1961),isto,
%G=(495/DC)450.
66-78
-
REVISTA DE EDUCAO FSICA - N 136 - MARO DE 2007 - PG.
EDUCAO FSICAREVISTA DE
N 136 MARO DE 2007
AMassaGorda(MG)foicalculadapelaseguinteequao:MG=MCT(%G/100).
AMCMfoicalculadasubtraindo-sedaMCTaMG:MCM=MCTMG.
As equaes desenvolvidas so mostradas naTABELAS5e6,aseguir:
TABELA5EQUAESDESENVOLVIDASPARAHOMENS
DE18a30ANOS.
Onde:R=resistncia,Rc=reatncia,EST=estatura,Eres=EST2/R,MC=massacorporal(Kg),ID=idade,
Pabd=permetrodoabdmen.
TABELA6EQUAESDESENVOLVIDASPARAMULHERES
DE18a28ANOS.
Onde:R=resistncia,Rc=reatncia,EST=estatura,Eres=EST2/R,MC=massacorporal(Kg),
Ppan=permetrodapanturrilha.
Ciro Romlio Rodriguez-Aez (1999)
Orientado pelo Prof Dr Cndido Simes PiresNeto,Rodriguez-Aesrealizouumestudocom64cabosesoldadosdoExrcitoBrasileiro,comidadesentre18e22anos,servindonacidadedeSantaMaria-RS.
Os procedimentos metodolgicos foram osmesmos descritos pelos outros autores, tendosido,entretanto,mensuradas13dobrascutnease nove permetros musculares como variveisindependentes e, como varivel dependente, aMCM.
AMCMfoicalculadatransformando-seaDCem%degordurapormeiodaequaodeSiri(1961),isto,%G=(495/DC)-450.
AMassaGorda(MG)foicalculadapelaseguinteequao:MG=MCT(%G/100).
AMCMfoicalculadasubtraindo-sedaMCTaMG:MCM=MCTMG.
As equaes especficas desenvolvidas somostradasnaTABELA7.
TABELA7EQUAOESESPECFICASPARAAESTIMATIVA
DADENSIDADECORPORALDECABOSESOLDADOSDOEXRCITO.
Onde:X2=dobracutnea(dc)abdominalhorizontal,X3=Sdcabdominalvertical(ABDV)+dcsuprailacaobliqua
(SIO),X6=Sdcabdov+SIO+coxamedial(CXM),X7=SDCABDV+SIO+CXM+TR(dctriciptal),X10=SDC
ABDV+SIO+CXM+TR+PT(dcpeitoral),X14=SDCABDV+SIO+CXM+TR+PT+AXO(dcaxilarobliqua
+PAM(dcpanturrilhamedial),X16=SDCABDV+SIO+CXM+TR+PT+AXO+PAM+BI(dimetrobiestiloidal),X17=X16=SDCABDV+SIO+CXM+TR+PT+AXO+
PAM+BI+SE(dobrasubescapular),PPES=permetrodopescoo,PABD=permetroabdominalePCXS=permetro
dacoxasuperior.
66-78
-
REVISTA DE EDUCAO FSICA - N 136 - MARO DE 2007 - PG.
EDUCAO FSICAREVISTA DE
N 136 MARO DE 2007
Renato Shoei Yonamine (2000)
Esteestudovisoudesenvolverequaespara93meninos,entre12a14anosdeidade(n=31decadaidade).
TambmsobaorientaodoProfDrCndidoSimes Pires Neto, Yonamine usou comovarivel dependente a MCM e, como variveisindependentes,almdaMCT,aestaturaeaidade,asdobrascutneas,ospermetrosmuscularesea Impedndia Bioeltrica (mesmo modelo usadoanteriormenteporCarvalho,1998).
ParaatransformaodaDCem%Gutilizou-seaequaodeLohman(1989):%G=507/DC-464.
Asequaesdesenvolvidassomostradas,aseguir,naTABELA8.
TABELA8EQUAOESDESENVOLVIDASPARA
GAROTOSDE12a14ANOS.
Onde:IR=ndicederesistncia(est2/R),est=estatura,
R=resistnciaeltricacorporal(),mc=massacorporaltotal,IMC=ndicedemassacorporal(Kg/m2)ePcx=
permetrodacoxa.
Marcelo Salem (2004)
Ainda sob a orientao do Prof Dr Cndidoe Jos Fernandes Filho, Salem desenvolveuequaes especficaspara a estimativa da DC demulheresmilitaresdoExrcitoBrasileiro,utilizando-seunicamentedevariveisantropomtricas.
Aamostra foi compostaporumgrupode100mulheres,comidadesentre18e45anos,divididasemgrupoderegressoedevalidao.
Aprincipaldiferenaentreesteeoutrosestudosutilizando-seaPH,que,nestecaso,foiconstrudoum tanque exclusivamente para a realizao dopesosubmerso.
Vriascaractersticasdiferenciamestetanque,como por exemplo: seu aquecimento e suafiltragemsoautomticos;opesonoaferido
atravsdeumabalana,esim,comumaclulade carga, desenvolvida pela FILIZOLA, commostradordigitaldevriasvelocidadesdeleituraeprecisode5a50gentreoutrascaractersticas(Salem,Monteiro,FernandesFilhoePiresNeto,2003).
Aidade,aestatura,aMCT,asdobrascutneas,ospermetrosmusculareseosdimetrossseosforam usados como variveis independentes naequaoeaDC,comovariveldependente.
AsequaesdesenvolvidassomostradasnaTABELA9.
TABELA9EQUAOESESPECFICASPARAAESTIMATIVA
DADCEMMULHERESMILITARES.
Onde:BIC=dobradobceps,TRI=dobradotrceps,
ANTE=permetrodoantebrao,TORAX=permetrodo
trax,CINT=permetrodacintura,DBI=dimetrobiestiloidal,
PESC=permetrodopescoo,PCOXA=permetrodacoxa,
PABDO=permetroabdominal,R=coeficientedecorrelao
mltiplaeEPE=erropadrodaestimativa.
Marcelo Salem et al. (2006)
Este estudo foi realizado dentro da Escolade Educao Fsica do Exrcito (EsEFEx),como iniciao cientifica dos alunos do Cursode Instrutores de 2006, tendo como propostadesenvolver uma equao especf ica paraa lunos do Curso de Educao F s ica daEsEFEx,utilizandopoucasvariveise focandoapraticidade.
Participaram do estudo 20 militares (50% dapopulaodoestudo),oficiaisdoExrcito,alunosdocursodaEsEFEx/2006.
66-78
-
REVISTA DE EDUCAO FSICA - N 136 - MARO DE 2007 - PG.
EDUCAO FSICAREVISTA DE
N 136 MARO DE 2007
ComovariveisdependentesforamusadasaDCea%G,ecomoindependentes,asmesmasvariveisutilizadasporGuedesePetroski.
OnicodiferencialdesteestudofoiomtododevalidaoquenoseguiuasrecomendaesdeLohman(1992)e,sim,aanlisediagnsticadosresduosdaregresso.
Neste procedimento fez-se, basicamente,a anlise estatstica dos resduos das novasequaes,analisandoaindependnciadestesemrelao s variveis, a homocedasticidade dosresduoseanormalidadedosresultados.
AsequaesdesenvolvidassomostradasnaTABELA10.
TABELA10EQUAOESESPECFICASPARAESTIMARA
DCE%GEMMILITARESDAEsEFEx.
COnCLuSO
As equaes listadas nesta reviso foramcoletadassomentedepublicaesemperidicosindexados e usando como instrumento critrioaPH.Asequaespublicadasem resumosdecongressosnoforamlevadasemconsiderao,em funo da dif iculdade de acesso a taisinformaes.
Equaesutilizandomedidasantropomtricasso amplamente utilizadas, por serem simplese implicarem em baixo custo, principalmentequandoutilizadasemtrabalhosdesadepblica,envolvendoumgrandenmerodesujeitos.
Apesar da disponibi l idade de equaesnacionais,pode-seperceberque,comexceodaequaodePetroski(1995),todasasoutrasforamdesenvolvidasparapopulaesespecficasenodevemserutilizadasparapopulaesemgeral.
Portanto, quando se for usar uma equaoparaestimaragorduracorporal,deve-setomar
grandecuidadonaescolhadomodeloapropriado,pois caractersticas como a idade, o gnero eas caractersticas antropomtricas devem serconsiderados,jqueousodeummtodoindiretopara estimar os componentes corporais podegerarvrioserros.
Alem disto, segundo Norton e Olds (1996),vrios erros esto embutidos nos modelosmatemticos indiretos: o erro biolgico naquantificaoenapadronizaodoscomponentescorporais,acriaodomodeloderegressopeloprograma estatstico, o uso de equipamentosdescalibrados,atransformaodeDCem%deGordura, a escolha incorreta da equao e, omaisprejudicial,oerroembutidopeloavaliadorinexperiente.
Se somarmos todos os erros aos valorese s t i m a d o s , p o d e r e m o s a c h a r u m v a l o rcomple tamente d i fe rente dos parmet rosesperados, principalmente quando se trata desade.
Paraamenizaralgunserrosembutidospelosavaliadores nos resultados das avaliaes,alguns autores esto desenvolvendo estudosutil izando somente permetros, pois, apesardestas equaes apresentarem acurcia maisbaixa,torna-semaisdifcilqueoavaliadorcometaerrosnatomadadasmedidasantropomtricas,jqueascircunfernciassomaisfceisdeseremmedidas, no necessitando de equipamentoprprioecalibrado.
Conclu i -se, por tanto, que permanece anecess idade de serem rea l i zados ou t rosestudosvalidando,oumesmodesenvolvendo,novas equaes para populaes ou gruposespecficos no contemplados com modelosmatemt icos prpr ios , v isando min imizarpossveiserros.
Endereo para correspondncia:AvJooLuizAlves,s/n(ForteSoJoo)-Urca
RiodeJaneiro-RJ-Brasil-CEP:22291-090Tel:212543-3323
e-mail:[email protected]
66-78
-
REVISTA DE EDUCAO FSICA - N 136 - MARO DE 2007 - PG.
EDUCAO FSICAREVISTA DE
N 136 MARO DE 2007
REFERnCIAS BIBLIOGRFICAS
CARVALHOABR,PIRESNETOCS.Desenvolvimentoevalidaodeequaesparaaestimativadamassacorporalmagraatravsdaimpednciabioeltrica.RevistaBrasileiradeAtividadeFsicaeSade1998;3(1):5-12.
GLANERMF,RODRIGUEZ-AEZCR.Validaodeprocedimentosantropomtricosparaestimaradensidadecorporalepercentualdegorduraemmilitaresmasculinos.RevBrasdeCineantropometriaedesempenhoHumano1999;1(1):24-9.
GUEDESDP.Estudodegorduracorporalatravsdamensuraodevaloresdadensidadecorporaledaespessuradedobrascutneasemuniversitrios.Kinesis1985;1(2):183-212.
HEYWARDVH,STOLARCZYKLM.Avaliaodacomposiocorporalaplicada.SoPaulo:Manole,1996.
KATCHFI,McARDLEWD.Nutrio,ExerccioeSade.4ed.RiodeJaneiro:Mdice,1996.
LOHMANTG.Advancesinbodycompositionassessment.MonographNumber3.Champaign:HumanKineticsPublishers,1992.
NORTONK,OLDST.Anthropometrica.Sidney,Australia:SouthwoodPress,1996.
PETROSKIEL.Desenvolvimentoevalidaodeequaesgeneralizadasparaaestimativadadensidadecorporalemadultos.TesedeDoutorado.SantaMaria,RS:UFSM,1995.
PETROSKIEL,PIRES-NETOCS.Validaodeequaesantropomtricasparaaestimativadadensidadecorporalemhomens.RevistaBrasileiradeAtividadeFsicaeSade1995;2(1):65-73.
PETROSKIEL,PIRES-NETOCS.Validaodeequaesantropomtricasparaaestimativadadensidadecorporalemhomens.RevistaBrasileiradeAtividadeFsicaeSade1996;1(3):5-14.
POLLOCKML,WILMOREJH.Exercciosnasadeenadoena.2ed.RiodeJaneiro:Medsi,1993.
RODRIGUEZ-AEZCR,PIRESNETOCS.Desenvolvimentoevalidaodeequaesestimativasdadensidadecorporaldesoldadosecabosdoexercitobrasileiroentre18e22anosdeidade.RevistaBrasileiradeAtividadeFsicaeSade1999;4(2):39-48.
SALEMM,MONTEIROABMC,PIRESNETOCS,FERNANDESFILHOJ.ComposioCorporalAtravsdaTcnicadaPesagemHidrosttica.RevistadeEducaoFsica2003;127:20-8.
SALEMM,FERNANDESFILHOJ,PIRESNETOCS.DesenvolvimentoevalidaodeequaesantropomtricasespecficasparaadeterminaodadensidadecorporaldemulheresmilitaresdoExrcitoBrasileiro.RevBrasMedEsporte2004;10(3):141-6.
SIRIWE.Bodycompositionfromfluidspacesanddensity:analysesofmethods.InBROZEKJ,HENSCHELA(eds.).Techniquesformeasuringbodycomposition.Washington:NationalAcademyofScience,1961.
66-78
Capa-Moldura.pdfRevista 136.pdf