EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE...

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MARIA MIRIAM LIMA DA NÓBREGA EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA São Paulo – SP 2000

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Tese de Doutoramento apresentada ao Programa de Doutorado em Enfermagem do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM, para obtenção do Título de Doutor em Enfermagem.Orientadora: Professora Dra. Maria Gaby Rivero de Gutiérrez

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MARIA MIRIAM LIMA DA NÓBREGA

EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA

UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE

ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

São Paulo – SP

2000

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA

UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE

ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Tese de Doutoramento apresentada ao Programa de

Doutorado em Enfermagem do Departamento de

Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo –

UNIFESP/EPM, para obtenção do Título de Doutor em

Enfermagem.

Doutoranda: Maria Miriam Lima da Nóbrega

Orientadora: Professora Dra. Maria Gaby Rivero de Gutiérrez

Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM

São Paulo – SP

2000

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Nóbrega, Maria Miriam Lima da.

Equivalência semântica e análise da utilização na prática dos fenômenos de enfermagem da CIPE – Versão Alfa/Maria Miriam Lima da Nóbrega – São Paulo, 2000. 264 p.: il. Orientadora: Maria Gaby Rivero de Gutiérrez Tese (Doutorado) UNIFESP/EPM

1.Enfermagem - 2.Classificação. 3.Processo de tradução. I. Título

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Trabalho inserido na linha de pesquisa Fundamentação

Teórica e Metodológica da Assistência de

Enfermagem, do Departamento de Enfermagem da

Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM.

Para o desenvolvimento das atividades do curso, a

doutoranda contou com o auxílio parcial, sob a forma de

bolsa de estudo, do Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq.

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À memória de dois importantes homens na minha

história de vida, dos quais tenho muitas saudades.

O primeiro, José Dantas da Nóbrega, que me

gerou, criou e educou para que eu fosse o que sou

hoje, e eu o chamava de PAPAI. O segundo,

Antônio Gomes da Nóbrega, que me ensinou a

amar e a compartilhar sonhos de um futuro juntos,

que não foram possíveis de se concretizarem, e eu

o chamava de TOINHO.

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AGRADECIMENTOS

Considero que a parte mais difícil de ser elaborada neste trabalho foram os

agradecimentos. Não porque eu não tivesse a quem agradecer, pois foram muitas

as pessoas que contribuíram para que eu conseguisse realizá-lo, mas, sim, pelo

temor de deixar alguém de fora ou de ser injusta com aqueles a quem eu deveria

agradecer. Por este motivo, gostaria, inicialmente, de agradecer a todos os que,

direta ou indiretamente, contribuíram com este trabalho. Mas, gostaria de registrar

algumas pessoas, sem ordem de importância, que foram imprescindíveis na minha

vida durante a realização do Curso de Doutorado em Enfermagem e na elaboração

desta pesquisa.

À MINHA FAMÍLIA PARAIBANA, constituída de minha mãe Lourdes,

meus irmãos Magnólia, Magdala, Júnior (Rosângela), Mirtes (Ricardo), Neta,

Hermano e Damiana, meus sobrinhos Emilene (Henrique), Paulo Romero, Ana

Camila, Tiago, Artur, Nen Neto, e Ricardo Júnior, que me ajudou durante todo

a realização deste Curso, de várias formas, ora apoiando-me, ora tomando conta da

minha casa, e que me recebeu com festa por ocasião do meu retorno a João Pessoa.

À MINHA FAMÍLIA PAULISTA, constituída de Alba, Turíbio,

Gabriela, Isabela e demais familiares, que me receberam de braços abertos, num

momento crítico de minha vida, e me fizeram gostar de São Paulo.

No âmbito da Universidade Federal da Paraíba, agradeço à Profa. Irani

Fernandes de Alencar, Chefe do Departamento de Enfermagem de Saúde Pública

e Psiquiatria, e às demais Professoras deste Departamento, por facilitarem o meu

afastamento para cursar o Doutorado em Enfermagem. Sou grata à Coordenação

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do Curso de Mestrado em Enfermagem, a sua coordenadora Profa. Dra. Telma

Ribeiro Garcia, aos Professores e Funcionários, que contribuíram, cada um a sua

maneira, com o desenvolvimento do curso e deste trabalho.

No Departamento de Enfermagem da UNIFESP agradeço inicialmente à

Profa. Dra. Maria Gaby Rivero de Gutiérrez, Coordenadora do Programa de Pós-

Graduação em Enfermagem, e a todos os demais Membros da CEPG, que

possibilitaram o meu ingresso no Curso de Doutorado em Enfermagem, em

circunstâncias especiais. Agradeço também pelo convívio, amizade e troca

permanente de experiências com todos os que fazem este Departamento.

Sou grata ainda, no âmbito da UNIFESP, à Diretora de Enfermagem do

Hospital São Paulo, Profa. Dra. Alba Lucia Botura Leite de Barros, pelo convite

para participar do Projeto Integrado de Sistematização da Assistência de

Enfermagem em Hospitais de Ensino, o que possibilitou a experiência ímpar de

atuar em um complexo hospitalar totalmente diferente da minha prática docente,

participação, que também facilitou as minhas idas e estadas em São Paulo, durante

a realização do Curso de Doutorado. Agradeço, também, pela amizade

compartilhada com a Profa. Jeanne Liliane Marlene Michel, à Profa. Dra. Maria

Isabel Sampaio Carmagnani, à enfermeira Mari Sahamura Matsushita, e às

demais Enfermeiras do Hospital São Paulo. Meus agradecimentos também a

todos os que fazem a Diretoria do Hospital São Paulo, aos seus funcionários, e,

especialmente, a Paola Waldman, secretária da Diretoria de Enfermagem, pelo

carinho e presteza com que sempre me recebeu.

No Curso de Doutorado, agradeço à Coordenadora do Curso Profa. Dra.

Nilce Piva Adami, quando do meu ingresso no mesmo, e à atual Coordenadora

Profa. Dra. Sônia Maria de Oliveira Barros, às Professoras, pelas contribuições

ao meu crescimento pessoal e profissional, e às funcionárias da Secretaria de Pós-

Graduação em Enfermagem – Ana Pitta e Rita, pela presteza no atendimento.

Agradeço também aos colegas do Curso, particularmente a Heloisa, Maria

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Helena, Ednaldo e Rita, e aos demais colegas da Pós-Graduação em Enfermagem,

aqui representados por Angela e Nara, pela alegria, solidariedade, convívio e

amizades construídas e partilhadas.

No desenvolvimento desta pesquisa, contei com a valiosa ajuda de algumas

pessoas que não poderia deixar de nominar: Profa. Dra. Maria Gaby Riveiro de

Gutiérrez, pela disponibilidade, afetividade, objetividade, serenidade e

solidariedade que me dispensou na condição de orientadora desta pesquisa; às

Professoras Dras. Alba Lucia Botura Leite de Barros, Emília Campos de

Carvalho, Heimar de Fátima Marin, Mariana Fernandes de Sousa, Marga

Simon Coler e Telma Ribeiro Garcia, pela participação voluntária na primeira

fase desta pesquisa, a Equivalência Semântica da Classificação de Fenômenos de

Enfermagem; às enfermeiras pernambucanas, aqui representadas por Regina Célia

de Oliveira, que participaram do estudo piloto; às enfermeiras Magdala, Mirtes,

Clemilde, Maria do Carmo, Ana Carolina, Juracy, Graça, Cleide Rejane,

Wilma, Auxiliadora, Marta Miriam, aqui representando as 378 enfermeiras

paraibanas, que tornaram possível a realização deste estudo; à Profa. Maria

Jandira Ramos e Maria Amélia, pelas valiosas correções do português e inglês,

respectivamente; e ao Prof. Mardônio Rique Dias pela assessoria estatística do

estudo.

A todos as pessoas aqui nominadas e a todas aquelas que, de alguma forma,

participaram deste estudo, o meu MUITO OBRIGADA!

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SUMÁRIO

Resumo........................................................................................................... xii

Abstract.......................................................................................................... xiv

Lista de Figuras............................................................................................. xvi

Lista de Tabelas e Quadros.......................................................................... xvii

Lista de Gráficos........................................................................................... xviii

1 Introdução................................................................................................. 22

1.1 Objetivos do estudo................................................................................. 36

2 Taxonomias e Sistemas de Classificação................................................. 37

2.1 Sistema de Classificação em Enfermagem.............................................. 39

3 Classificação Internacional da Prática de Enfermagem –

CIPE/CIE....................................................................................................... 49

3.1 Construção da Classificação Internacional da Prática de Enfermagem –

CIPE Versão Alfa........................................................................................... 52

3.1.1 Classificação dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE – Versão

Alfa................................................................................................................. 60

3.1.2 Classificação das Intervenções de Enfermagem da CIPE – Versão

Alfa................................................................................................................. 64

3.2 Construção da Classificação Internacional da Prática de Enfermagem –

CIPE Versão Beta........................................................................................... 66

4 Procedimentos Metodológicos................................................................. 76

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4.1 Considerações sobre o referencial metodológico..................................... 76

4.2 Tipo de estudo........................................................................................... 83

4.2.1 Primeira fase da pesquisa....................................................................... 84

4.2.3 Segunda fase da pesquisa....................................................................... 86

5 Análise e Discussão dos Resultados......................................................... 96

5.1 Primeira fase da pesquisa: Equivalência semântica para a língua

portuguesa dos fenômenos de enfermagem constantes na CIPE – Versão

Alfa................................................................................................................. 96

5.2 Segunda fase da pesquisa: Utilização dos fenômenos de enfermagem na

prática das enfermeiras paraibanas................................................................. 114

5.2.1 Parâmetros psicométricos do instrumento............................................ 114

5.2.2 Utilização, na prática de enfermagem, dos fenômenos constantes na

CIPE – Versão Alfa........................................................................................ 119

5.2.2.1 Utilização dos fenômenos de enfermagem por enfermeiras

paraibanas, de acordo com o estrato amostral................................................ 123

5.2.2.2 Utilização dos fenômenos de enfermagem, por enfermeiras

paraibanas, de acordo com a especialidade..................................................... 129

5.2.2.2.1 Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função

Fisiológica....................................................................................................... 130

5.2.2.2.2 Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função

Psicológica...................................................................................................... 155

5.2.2.2.3 Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Razões para as

Ações.............................................................................................................. 159

5.2.2.2.4 Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Ações......................... 167

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5.2.2.2.5 Fenômenos de Enfermagem Pertencentes a Meio Ambiente.......... 174

6 Considerações Finais................................................................................ 181

Referências.................................................................................................... 190

Anexos........................................................................................................... 201

Anexo 1 Instrumento n.º 1, utilizado na técnica back-translation da

Classificação de Fenômenos de Enfermagem/ CIPE – Versão Alfa.............. 201

Anexo 2 Instrumento n.º 2, utilizado na técnica back-translation da

Classificação de Fenômenos de Enfermagem/CIPE – Versão Alfa............... 206

Anexo 3 Versão final da tradução da Classificação dos Fenômenos de

Enfermagem da CIPE – Versão Alfa.............................................................. 210

Anexo 4 Instrumento para coleta de dados..................................................... 230

Anexo 5 Tabelas das sub-escalas do instrumento com os cinco itens da

escala.............................................................................................................. 245

Anexo 6 Tabelas das sub-escalas do instrumento com os três itens da

escala e com o resultado da moda................................................................... 255

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RESUMO

NÓBREGA, Maria Miriam Lima da. Equivalência semântica e análise da utilização na prática dos fenômenos de enfermagem da CIPE – Versão Alfa. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo, 2000. 264p. (Tese, Doutorado em Enfermagem).

Os objetivos primordiais deste estudo foram os de fazer a equivalência semântica

dos fenômenos constantes na Classificação Internacional da Prática de Enfermagem

– Versão Alfa e verificar a utilização desses termos na prática de enfermagem das

enfermeiras paraibanas. Para alcançar o primeiro objetivo utilizou-se a técnica

back-translation, proposta por Brislin, em 1970, com algumas modificações e

desenvolvidas nas seguintes etapas: tradução da Classificação da língua inglesa

para a língua portuguesa do Brasil; back-translation; revisão e modificação da

back-translation por um grupo de experts na área de enfermagem e repetição das

três primeiras etapas para os termos que não alcançaram o índice de concordância

de 80,0%. A partir dos resultados obtidos, pode-se afirmar que a adequação

semântica da Classificação alcançou um índice de concordância de 98,0% para os

títulos e as definições dos fenômenos de enfermagem. Os 2,0% que não alcançaram

índice de concordância aceitável estão relacionados com o termo Coping. A partir

desse resultado, pode-se concluir que a Classificação dos Fenômenos de

Enfermagem foi traduzida de forma semanticamente correta. Para alcançar o

segundo objetivo foi desenvolvido um instrumento e aplicado a uma amostra

estratificada de 378 enfermeiras paraibanas. Os resultados do estudo foram

apresentados dando-se ênfase aos parâmetros psicométricos do instrumento e à

utilização destes termos, por estrato amostral e por área de especialidade na

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Enfermagem. De modo geral, pode-se afirmar que o instrumento utilizado tem

características psicométricas consistentes, haja vista ter demonstrado poder de

discriminação, adequado índice de consistência interna e substancial validade

fatorial. No que diz respeito à utilização dos termos atribuídos aos fenômenos de

enfermagem pode-se constatar que todos os termos são utilizados pelas enfermeiras

paraibanas. Analisando a tendência central da distribuição através da Moda, pode-

se observar que 4,8% apresentam uma freqüência maior como nunca utilizados;

28,3% como utilizados algumas vezes ou raramente e 66,9% como utilizados

sempre ou muitas vezes, na prática de enfermagem das enfermeiras paraibanas. Os

resultados da distribuição da freqüência percentual de utilização dos termos, por

enfermeiras paraibanas, nos três estratos amostrais do estudo, apontam para uma

maior utilização de termos, por enfermeiras dos demais Municípios (38,3% [103]),

se comparados com os outros dois locais da pesquisa: João Pessoa (1,1% [3]) e

Campina Grande (7,1% [19]). No que diz respeito à utilização dos termos por área

de especialidade verifica-se que a maioria dos termos é utilizada em todas as

especialidades, sobressaindo-se com um maior número de termos utilizados a

Enfermagem Médico-Cirúrgica, Enfermagem Obstétrica e a Enfermagem de Saúde

Pública. A partir dos resultados do estudo pode-se concluir, concordando com a

afirmação do Conselho Internacional de Enfermeiras, que os termos constantes na

Classificação dos Fenômenos de Enfermagem representam problemas ou situações

da prática de enfermagem comuns às enfermeiras.

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ABSTRACT

NÓBREGA, Maria Miriam Lima da. Semantic equivalence and analysis of utilization in the practice the nursing phenomena of ICNP – Alpha Version. São Paulo: Federal University of São Paulo, 2000. 264p. (Thesis, Nursing Doctorate).

The main objectives of this study were to do the semantic equivalence of the

phenomena which were enclosed in the International Classification for Nursing

Practice – Alpha Version and to verify and apply these terms in the nursing practice

of nurses from Paraiba. In order to achieve the first objective, the technique of

back-translation was used in the following stages: translation from English to

Portuguese of the Classification; back-translation; review and change of back-

translation by a group of experts in the nursing area and repetition of the first three

stages to the expressions that did not achieve the rate of agreement of 80,0%. From

the obtained results we can assure that the semantic adequacy of the Classification

reached a rate of agreement of 98,0% to titles and definitions of nursing

phenomena. The 2,0% of terms which did not reach an acceptable rate of

agreement are related to Coping. From this result, we can conclude that the

Nursing Phenomena Classification was translated semantically right. To reach the

second objective, an instrument was developed and applied to a stratified sample of

378 nurses from Paraiba. The study results were presented giving emphasis to the

psychometric parameters of the instrument and to the utilization of these

phenomena by stratified sample and by area of specialty in nursing. As a whole,

we can confirm that the applied instrument has consistent psychometric

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xv

characteristics, once it has showed the discrimination power, adequate inner

consistence index and essential factor validity. In relation to the utilization of

nursing phenomena we can certify that they are used by nurses from Paraiba.

Analyzing the central tendency of distribution through fashion, we can observe that

4,8% of the phenomena show a higher frequency as never used; 28,3% as

sometimes or hardly ever used and 66,9% as always used or many times in the

nursing practice of nurses from Paraiba. The results of frequency percentage

distribution of these phenomena utilization, by nurses from Paraiba, in the three

stratified samples of the study, point to a bigger utilization by nurses in other cities

(38,3% [103]), if compared to the other two places of the research: João Pessoa

(1,1% [3]) and Campina Grande (7,1% [19]). Regarding the phenomena utilization

by specialty area, we verified that the majority of the terms are applied in all

specialties, becoming prominent the specialties of Medical-Surgical Nursing,

Obstetrics Nursing and Public Health Nursing. From the results of the study we

can conclude, agreeing to the assertion of the International Council Nursing, that

the terms enclosed in the Nursing Phenomena Classification represent problems or

situations from the nursing practice which are common to nurses.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Família das Classificações de Doenças e de Problemas

relacionados com a Saúde........................................................ 50

Figura 2 Versão modificada dos Níveis de Descrição da Realidade de

Blois, M. S., apresentada no Information and Medicine: the

nature of medical descriptions, University of California

Press, 1994: 113....................................................................... 61

Figura 3 Arquitetura da Classificação dos Fenômenos de Enfermagem

apresentada na CIPE – Versão Alfa......................................... 63

Figura 4 Arquitetura do Eixo Foco da Prática de Enfermagem, na

Classificação de Fenômenos de Enfermagem/CIPE – Versão

Beta.......................................................................................... 69

Figura 5 Arquitetura do Eixo Foco da Prática de Enfermagem, na

Classificação dos Fenômenos de Enfermagem/CIPE –

Versão Beta 1........................................................................... 73

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LISTA DE TABELAS E QUADROS

Tabela 1 Descrição da amostra estudada quanto às características

sócio-demográficas. Paraíba, 1999........................................ 88

Tabela 2 Variância explicada pelos cinco fatores (sub-escalas) da

Classificação de Fenômenos de Enfermagem da CIPE –

Versão Alfa. Paraíba, 1999.................................................... 118

Tabela 3 Análise de Variância dos itens do instrumento que

compõem a Classificação de Fenômenos de Enfermagem e

os locais de utilização. Paraíba, 1999.................................... 125

Tabela 4 Análise de Variância das sub-escalas do instrumento que

compõem a Classificação de Fenômenos de Enfermagem e

os locais de utilização. Paraíba, 1999.................................... 126

Quadro 1 Títulos dos Fenômenos de Enfermagem que apresentaram

índice de concordância abaixo de 79,0%, incluindo a versão

original, a back-translation e as sugestões apresentadas

pelo grupo de especialistas. São Paulo, 1998........................ 98

Quadro 2 Definição dos Fenômenos de Enfermagem que

apresentaram índice de concordância abaixo de 79,0%,

incluindo a versão original, a back-translation e as

sugestões apresentadas pelo grupo de especialistas. São

Paulo, 1998............................................................................ 103

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xviii

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Freqüência de concordância para os Títulos e as Definições

dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE, na primeira etapa

da back-translation, por enfermeiras do grupo de experts. São

Paulo, 1998................................................................................. 97

Gráfico 2 Índice de concordância entre as enfermeiras para os títulos dos

Fenômenos de Enfermagem da CIPE, na primeira etapa da

back-translation. São Paulo, 1998............................................. 97

Gráfico 3 Índice de concordância entre as enfermeiras para as

Definições dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE, na

primeira etapa da back-translation. São Paulo, 1998................. 102

Gráfico 4 Freqüência de concordância para os Títulos e as Definições

dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE, na segunda etapa da

back-translation, por enfermeiras do grupo de experts. São

Paulo, 1998................................................................................. 110

Gráfico 5 Índice de concordância entre as enfermeiras para os Títulos

dos Fenômenos de Enfermagem da CFE/CIPE, na segunda

etapa da back-translation. São Paulo, 1998............................... 110

Gráfico 6 Índice de concordância entre as enfermeiras para as

Definições dos Fenômenos de Enfermagem da CFE/CIPE, na

segunda etapa da back-translation. São Paulo, 1998................. 111

Gráfico 7 Índice de concordância, incluindo os julgamentos das duas

etapas da back-translation, dos Títulos dos Fenômenos de

Enfermagem da CIPE. São Paulo, 1998..................................... 113

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xix

Gráfico 8 Índice de concordância, incluindo os julgamentos das duas

etapas da back-translation, das Definições dos Fenômenos de

Enfermagem da CIPE. São Paulo, 1998..................................... 113

Gráfico 9 Distribuição dos escores totais do índice geral do instrumento.

Paraíba, 1999.............................................................................. 116

Gráfico 10 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem por enfermeiras. Paraíba, 1999............................. 120

Gráfico 11 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem por sub-escalas. Paraíba, 1999.............................. 122

Gráfico 12 Distribuição do percentual de utilização dos fenômenos de

enfermagem por enfermeiras paraibanas, de acordo com o

estrato amostral. Paraíba, 1999.................................................. 124

Gráfico 13 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Respiração

por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.................................. 131

Gráfico 14 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Circulação,

por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.................................. 134

Gráfico 15 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica –

Termorregulação por Área de Especialidade. Paraíba, 1999..... 136

Gráfico 16 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Nutrição,

por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.................................. 138

Gráfico 17 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica - Digestão por

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xx

Área de Especialidade. Paraíba, 1999........................................ 140

Gráfico 18 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Hidratação,

por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.................................. 141

Gráfico 19 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Aleitamento

materno, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999................... 142

Gráfico 20 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Eliminação,

por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.................................. 144

Gráfico 21 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Tegumento,

por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.................................. 146

Gráfico 22 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica –

Restauração, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999............ 148

Gráfico 23 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Atividade

física, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999....................... 149

Gráfico 24 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Reprodução,

por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.................................. 150

Gráfico 25 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Crescimento

e Desenvolvimento, por Área de Especialidade. Paraíba,

1999............................................................................................ 152

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xxi

Gráfico 26 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Psicológica, por Área de

Especialidade. Paraíba, 1999...................................................... 156

Gráfico 27 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Razões para ações –

Personalidade, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999......... 160

Gráfico 28 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Razões para Ações – Atitudes

psicológicas, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999............ 162

Gráfico 29 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Razões para Ações – Atitudes

psicológicas (continuação), por Área de Especialidade.

Paraíba, 1999.............................................................................. 164

Gráfico 30 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Ações – Ações autodependentes,

por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.................................. 168

Gráfico 31 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Ações – Ação interdependente,

por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.................................. 171

Gráfico 32 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Meio Ambiente: Humano, por

Área de Especialidade. Paraíba, 1999........................................ 175

Gráfico 33 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Meio Ambiente: Natureza, por

Área de Especialidade. Paraíba, 1999........................................ 178

Page 22: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

22

1 INTRODUÇÃO

Ao longo deste século, as enfermeiras1 têm documentado que a falta de uma

linguagem universal para definir e descrever a prática de enfermagem tem sido um

obstáculo para a profissão se firmar como ciência e disciplina (ICN, 1996b). Na

realidade, desde o início da Enfermagem moderna, existe a preocupação com a

denominação dos seus fenômenos específicos. A confirmação desse fato está

registrada nos escritos de Florence Nightingale, datados de 1859, quando afirma

que a "Enfermagem desconhece os seus elementos específicos" (Nightingale,

1969). Na profissão, sempre foi questionado qual o conhecimento específico da

Enfermagem; quais são seus conceitos; quais os seus significados; qual a utilização

desses conceitos na prática, entre outros aspectos.

Uma maior ênfase na busca dessas respostas foi dada neste século, principalmente a

partir da década de 1950, quando as enfermeiras começaram a desenvolver

modelos conceituais ou teorias de Enfermagem, num esforço para identificar

conceitos próprios e a sua utilização na prática. A literatura evidencia que esses

modelos ou teorias geraram conceitos amplos, abrangentes e abstratos, entre os

quais, os quatro conceitos centrais do metaparadigma da Enfermagem – ser

humano, saúde, ambiente e enfermagem –, dos quais, os três primeiros também

são conceitos centrais de outras Disciplinas que têm como objeto de estudo o

cuidado com a saúde. Essa etapa na história da Enfermagem, “produzir modelos

conceituais e teorias de enfermagem, foi necessária, mas foi desenvolvida sem a

devida fundamentação com a pesquisa e, por esse motivo, os objetivos de

1 A palavra enfermeira será utilizada com referência às enfermeiras e aos enfermeiros, em consideração ao maior número de mulheres na profissão.

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desenvolver pesquisa baseada em conhecimentos para a prática não foram

alcançados” (Blegen e Reimer, 1997).

Nas décadas seguintes, extensivas pesquisas em Enfermagem foram feitas

com foco no desenvolvimento de conceitos. Contribuíram para este

desenvolvimento a introdução do processo de enfermagem nos Estados Unidos, na

década de 1970, e, posteriormente, em todo o mundo, como um modelo

operacional para a prática de enfermagem, por meio do qual as enfermeiras tomam

suas decisões clínicas. As distintas fases desse processo, que são expressas de

maneiras diferentes, de acordo com o modelo conceitual utilizado, favoreceram o

desenvolvimento de sistemas de classificação em Enfermagem. Pode-se afirmar,

também, que os sistemas de classificação de Enfermagem contribuíram para o

desenvolvimento de conceitos, mas, seguindo um outro caminho, tendo em vista

que o desenvolvimento de sistemas de classificação na Enfermagem tem sido

considerado o primeiro estágio no desenvolvimento de estruturas teóricas para a

disciplina, ou seja, a tarefa de denominar os fenômenos que constituem objetos das

ações das enfermeiras.

A revisão da literatura especializada evidencia que existem na Enfermagem

diversos sistemas de classificação relacionados com algumas fases do processo de

enfermagem: diagnóstico de enfermagem – North American Nursing Diagnoses

Association – NANDA, Classificação das Respostas Humanas de Interesse para a

Prática da Enfermagem Psiquiátrica e de Saúde Mental; problemas de enfermagem

– Community Health System – Sistema Comunitário de Saúde de Omaha;

intervenções de enfermagem – Nursing Intervention Classification – NIC; e

resultados esperados – Nursing Outcomes Classification – NOC; entre outros.

Estes sistemas tiveram como ponto de partida o trabalho desenvolvido, a partir da

década de 1970, nos Estados Unidos, pela NANDA.

O meu contato inicial com o Sistema de Classificação da NANDA ocorreu,

em 1986, através de informações de uma enfermeira norte-americana, membro da

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NANDA, que estava em visita à Paraíba, para desenvolver um estudo transcultural,

enfocando os diagnósticos de enfermagem relacionados com os precipitantes de

crises. Desse contato inicial, surgiu o interesse pelo tema e, em 1987, participei do

desenvolvimento de uma pesquisa destinada a identificar os diagnósticos de

enfermagem na área de saúde mental em estudantes de Enfermagem (Coler, Pérez e

Nóbrega, 1989). A partir dessa pesquisa, foi observado que existiam diferenças

entre os diagnósticos desenvolvidos nos Estados Unidos e os identificados em

nossa amostra, no Brasil, e essas diferenças estavam relacionadas ora com a

tradução dos termos, ora com o significado dos Padrões de Respostas Humanas ou

com as características definidoras desses diagnósticos, que, em alguns casos, não se

aplicavam ao contexto brasileiro.

Esses mesmos fatos são comprovados pela literatura da Enfermagem,

quando evidencia que os diagnósticos de enfermagem da NANDA necessitam de

ser reavaliados, reconsiderados e reaplicados, dentro de uma abordagem

transcultural, significativa e útil às perspectivas da Enfermagem, uma vez que os

sinais e sintomas que levam a esses diagnósticos foram aprovados, tendo como

base a língua inglesa, o que pode gerar problemas semânticos na tradução da

estrutura da Taxonomia da NANDA para país de língua diferente, além de um

número de questões éticas relacionadas com o uso mundial dessa Taxonomia

(Leininger, 1990).

Para Kelley e Frisch (1990), o uso de uma lista de diagnósticos de

enfermagem pode impor culturalmente rótulos inapropriados e incorretos às

pessoas de diversas culturas, como também pode levantar a questão de que os

diagnósticos de enfermagem não foram desenvolvidos com um grau aceitável de

consistência entre as enfermeiras, para serem representativos de uma ou mais

culturas. Outros questionamentos feitos a partir da literatura estudada estão

relacionados com a inexistência de pesquisas de validação transcultural para a

maioria dos diagnósticos desenvolvidos pela NANDA (Sato, 1996).

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A introdução dos diagnósticos de enfermagem na prática de enfermagem

internacional tem sido feita, de modo geral, por meio de uma tradução apenas

horizontal, palavra por palavra, dos termos utilizados, com pouca ou nenhuma

consideração pelo significado atribuído no contexto de uma outra cultura. No

Brasil, Coler, Nóbrega e Pérez (1994) identificaram, nos seus trabalhos iniciais

sobre o diagnóstico de enfermagem, problemas semânticos, sintáticos e culturais,

em todos os elementos componentes do diagnóstico, sendo esses problemas mais

evidentes nas características definidoras. A partir de então, as autoras acima

referidas, direcionaram o foco de seus estudos para a validação dos diagnósticos de

enfermagem da NANDA na realidade brasileira.

Além da ênfase nos estudos de validação, preocupava-me também a

classificação dos diagnósticos dentro da estrutura teórica dos Padrões de Respostas

Humanas, sobre a qual não havia, entre as enfermeiras, que já trabalhavam com os

diagnósticos, um consenso sobre a sua tradução e o seu significado. Consciente

dessa problemática, iniciei o Curso de Mestrado, em agosto de 1988, na

Universidade Federal da Paraíba – UFPb, onde desenvolvi a Dissertação

Diagnóstico de enfermagem da NANDA e a Teoria das Necessidades Humanas

Básicas de Horta, que foi defendida e aprovada em dezembro de 1991. Na sua

elaboração objetivei verificar a utilização dessa teoria na identificação dos

diagnósticos de enfermagem em pacientes psiquiátricos e a classificação dos

diagnósticos identificados na estrutura teórica das necessidades humanas básicas de

Horta. Os resultados evidenciaram que é viável a utilização da referida teoria para

que sejam identificados e classificados os diagnósticos de enfermagem, mas, por

esta classificação não abranger todos os diagnósticos aprovados pela NANDA, foi

sugerido o desenvolvimento de estudos que pudessem acrescentar, revisar ou

redefinir os resultados do estudo e, dessa forma, torná-la aplicável na Enfermagem

brasileira (Nóbrega, 1991).

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No desenvolvimento de estudos com os diagnósticos de enfermagem, “a

maior dificuldade enfrentada foi a falta de um texto que apresentasse os conceitos

básicos e a taxonomia dos diagnósticos de enfermagem em português” (Farias et

al., 1990), surgindo, então, a minha participação, juntamente com outras

enfermeiras, na publicação de um livro, que tinha como maior objetivo apresentar a

tradução para o português, da Taxonomia I Revisada da NANDA e reunir as

informações básicas para enfermeiras e estudantes de Enfermagem sobre a

aplicação dos diagnósticos de enfermagem. Durante o processo de elaboração

desse livro, foi feita inicialmente uma tradução livre da taxonomia, palavra por

palavra, sem uma preocupação com o significado dos termos. Depois, esta tradução

foi revisada por um especialista em língua inglesa, que, além disso, assessorou o

grupo na tradução de termos para os quais não havia correspondentes em

português. Numa outra etapa, o material foi submetido à apreciação de um

especialista em língua portuguesa, quando foram feitas a comparação da versão

original americana com a traduzida e a uniformização e adaptação da taxonomia ao

português do Brasil. Essa tradução, apesar de ter sido feita com assessoria de

especialistas em língua inglesa e portuguesa, não obedecia a nenhuma técnica de

tradução específica.

A partir da publicação desse livro e de outras publicações como a de Maria

(1990), e das várias traduções de livros-textos de Enfermagem em português, feitas

pelas editoras a partir de critérios próprios, surgiu a impossibilidade de atendimento

a um dos propósitos fundamentais dos diagnósticos de enfermagem, a padronização

da linguagem.

Tendo em vista a solução desse problema, foi realizado, em São Paulo – SP,

em 1991, o I Seminário Nacional sobre Diagnóstico de Enfermagem, onde os

problemas anteriormente citados foram levantados (Nóbrega, 1994). No final do

evento, foi sugerida a realização de um novo encontro para tratar da questão da

uniformização da linguagem dos diagnósticos de enfermagem no Brasil.

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Em julho de 1992, João Pessoa – PB sediou a realização do II Simpósio

Nacional sobre Diagnóstico de Enfermagem, que tinha como tema central a

Uniformização da Linguagem dos Diagnósticos de Enfermagem no Brasil. Como

estratégia para o desenvolvimento dessa temática foram convidadas enfermeiras

que aplicavam, na prática profissional (ensino, pesquisa e assistência), os

diagnósticos de enfermagem da NANDA. Foi ainda atribuída a cada uma delas a

tarefa de, comparadas algumas das traduções conhecidas, propor uma

uniformização para a tradução das categorias diagnósticas de um Padrão de

Resposta Humana específico. Foram discutidas as propostas de tradução para os

componentes de todos os diagnósticos de enfermagem constantes da Taxonomia I

Revisada da NANDA, aprovada durante a Nona Conferência, realizada em 1990.

Em virtude da quantidade de propostas de modificações apresentadas e discutidas

durante o evento, decidiu-se que seria elaborada e enviada a síntese das propostas

formuladas para análise e aprovação dos participantes do evento e de outras

enfermeiras envolvidas no estudo e aplicação dos diagnósticos de enfermagem no

Brasil.

O resultado desse processo foi publicado, em 1994, na forma de livro de

bolso, onde estão contidos todos os diagnósticos de enfermagem, que, embora

respeitando a estrutura básica da taxonomia da NANDA, incluem alterações na

forma como os seus componentes foram traduzidos para o português, introduzindo-

se alterações que, por vezes, representam modificações significativas na estrutura

desses diagnósticos (Nóbrega e Garcia [Org.], 1994). Esse livro tem sido

amplamente utilizado e referenciado em todo o território nacional, mas, apesar

dessa utilização, pode-se afirmar que os problemas de tradução, adaptação ou

adequação dos diagnósticos de enfermagem à nossa realidade ainda persistem.

O desenvolvimento e o uso de taxonomias ou sistemas de classificação na

Enfermagem, a partir da década de 1970, como forma de descrever a prática de

enfermagem, ou seja, os seus elementos, não impediu que se questionasse de que

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problemas ou situações específicas se ocupa a Enfermagem; qual a contribuição

especial da Enfermagem para prevenir, aliviar ou resolver esses problemas; quais

os resultados que se propõe alcançar. Até o momento atual, estas questões têm sido

essenciais para a busca contínua de aperfeiçoamento do desenvolvimento das

classificações de enfermagem existentes.

Por este motivo, qualquer que seja a forma como são expressos esses

elementos, eles são considerados componentes primários de uma classificação para

a prática de enfermagem. As situações que experimentam os pacientes e clientes

(indivíduo, família e comunidade), que pertencem ao campo de conhecimento da

Enfermagem e são o foco das atividades profissionais têm sido denominadas

tradicionalmente de necessidades ou problemas do paciente. As palavras usadas

para se descrever esses componentes mudam de país para país, sendo denominados

de diagnósticos de enfermagem, problemas de enfermagem, problemas do paciente,

necessidades humanas, fatores de enfermagem e fenômenos de enfermagem. Para

Clark e Lang (1992), sem uma linguagem compartilhada que expresse esses

elementos, não se pode descrever a prática de enfermagem de maneira que se possa

compará-la nos diversos contextos clínicos, populações de clientes, zonas

geográficas ou tempo. Também, não se pode identificar a contribuição particular

da enfermeira na equipe de saúde, nem descrever as diferenças entre a prática da

enfermeira e a dos demais membros da equipe de enfermagem.

Vários trabalhos têm sido realizados para definir esses termos, porém não

existe um consenso entre as enfermeiras sobre quais as melhores palavras que

devem ser usadas (Coenen e Wake, 1996).

No Brasil, Cruz et al. (1994) realizaram um estudo para identificar as

atividades de enfermagem descritas na literatura de Enfermagem no período de

1988 a 1992. Os resultados do estudo evidenciaram que os três elementos da

prática identificados pelo International Council of Nurses (Conselho Internacional

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de Enfermeiras – CIE) são utilizados na prática de enfermagem, mas não com uma

mesma freqüência, o que levou as autoras a concluir que esses elementos são

implementados separadamente, não configurando a utilização do processo de

enfermagem na prática do cuidado. Nesse estudo, o termo diagnóstico de

enfermagem, mesmo tendo sido mencionado com treze diferentes denominações

(problema, levantamento, alteração, necessidades, entre outras), foi o mais

freqüentemente usado. Acredito que esse fato possa ser explicado pelo uso no

Brasil, a partir de 1986, do Sistema de Classificação dos Diagnósticos de

Enfermagem da NANDA. Merece também ser ressaltado que o diagnóstico de

enfermagem é um termo familiar às enfermeiras brasileiras, desde a década de

1970, quando o mesmo foi introduzido, por Horta, no seu modelo conceitual das

necessidades humanas básicas, como a segunda fase do processo de enfermagem,

passando, desde então, a ser utilizado no ensino e na prática assistencial de

enfermagem.

A literatura especializada evidencia que o desenvolvimento do Sistema de

Classificação da NANDA tem contribuído para promover a autonomia da

enfermeira no julgamento do cuidado do cliente, para propiciar o uso dos

conhecimentos específicos da Enfermagem e para a realização de estudos sobre a

qualidade do cuidado de enfermagem, que têm apontado para a necessidade de

proporcionar, à profissão, uma nomenclatura, uma linguagem e uma classificação

que possam ser usadas para descrever e organizar os dados mínimos de

enfermagem (Clark, 1995).

A proposta de um sistema de classificação representa para a Enfermagem a

possibilidade de se situar como uma profissão de prática independente, na qual muitos

países têm-se envolvido, a partir da possibilidade de concretização dessa proposta

pelo CIE.

A inserção da Enfermagem brasileira no projeto do CIE só se deu a partir da

participação de cinco enfermeiras brasileiras, representando a Associação Brasileira

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de Enfermagem – ABEn, em Tlaxcala – México, em 1994, numa reunião

consultiva sobre a elaboração de instrumentos para facilitar a identificação dos

elementos da prática de enfermagem, que apoie os sistemas comunitários e a

atenção primária à saúde. O Brasil se fez representar também na reunião realizada

em Los Angeles – Estados Unidos, em fevereiro de 1995, quando se discutiu uma

proposta para o desenvolvimento de projetos nacionais no Brasil, Chile, Colômbia

e México, que integrariam o projeto internacional da classificação para a prática de

enfermagem. A partir dos compromissos assumidos nessas duas reuniões, a ABEn

realizou durante o I Encontro Internacional de Enfermagem de Países de Língua

Oficial Portuguesa, em Salvador – BA, em abril de 1995, uma reunião sobre a

Classificação da Prática de Enfermagem, da qual participei como membro da

equipe que elaborou o protocolo para o projeto de investigação da Classificação

Internacional para a Prática de Enfermagem no Brasil (ABEn, 1995).

Em novembro de 1995, o CIE recomendou a realização de uma reunião no

Brasil, coordenada pela Fundação W. K. Kellogg – Fundação co-responsável pelo

apoio financeiro ao projeto –, contando com representantes dos países da América

Latina, objetivando delinear o projeto de classificação para a prática de

enfermagem, a ser desenvolvido nesses países. Para o desenvolvimento do projeto

no Brasil, foi realizada pela ABEn Nacional, em fevereiro de 1996, através das

Diretorias de Assuntos Profissionais e do Centro de Estudos e Pesquisas em

Enfermagem – CEPEn, com o apoio do CIE e da Fundação W. K. Kellogg, a

primeira oficina, contando com a participação de enfermeiras representantes de

quase todas as regiões do Brasil, com experiências na utilização dos diagnósticos

de enfermagem ou na saúde coletiva, da qual fui uma das participantes. Durante a

oficina foi desenvolvido o projeto nacional de Classificação das Práticas de

Enfermagem em Saúde Coletiva no Brasil – CIPESC, objetivando “contribuir para

a transformação e classificação das práticas de enfermagem em saúde coletiva,

tendo por referencial o modelo epidemiológico proposto na reforma sanitária

brasileira” (ABEn, 1996).

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31

Para a execução desse projeto, convencionou-se subdividi-lo em três

subprojetos, definindo-se, para cada um deles, as respectivas ações, atividades,

estruturas físico-financeiras e metas. Considerando-se a dimensão continental do

país, a sua diversidade sócio-econômica e cultural e o acesso geográfico para a

operacionalização das atividades, os subprojetos foram definidos em oito grupos

regionais, sendo eu coordenadora do núcleo C, que compreende os Estados do

Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, e responsável por dois

cenários de pesquisa: Sobral no Ceará e Cabedelo na Paraíba. O projeto foi

concluído em dezembro de 1999, tendo como maiores resultados a identificação de

termos (fenômenos de enfermagem e ações de enfermagem) na área da saúde

coletiva, que serão enviados ao CIE para posterior inclusão na Classificação

Internacional da Prática de Enfermagem – CIPE.

Em dezembro de 1996, o CIE apresentou à comunidade de Enfermagem a

Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem – Um Marco

Unificador - Versão Alfa, constituída pelas Classificações de Fenômenos de

Enfermagem e de Intervenções de Enfermagem, com o objetivo de “estimular a

discussão e, conseqüentemente, os comentários, observações, críticas e

recomendações de melhoria, a fim de se obterem subsídios para as próximas

versões dessa classificação” (ICN, 1996b).

Em março de 1997, após o recebimento de cópia da CIPE – Versão Alfa,

enviada pelo CIE, a ABEn, representada pela Diretoria de Assuntos Profissionais,

convidou algumas enfermeiras envolvidas no movimento dos diagnósticos de

enfermagem no Brasil para uma reunião que foi realizada na sede da ABEn - Seção

São Paulo, para discutirem a tradução e utilização da CIPE no Brasil. A partir

dessa reunião foi criado o Grupo de Trabalho de Tradução da CIPE para o

português do Brasil, ligado à Comissão de Assuntos Profissionais e coordenado

pela associada Dra. Diná de Almeida Lopes Monteiro da Cruz, do qual participei

como membro da coordenação técnica do grupo. Este Grupo reunia-se

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freqüentemente na cidade de São Paulo, ora na Escola de Enfermagem da

Universidade de São Paulo - USP, ora no Departamento de Enfermagem da

Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, quando foram traçados e

operacionalizados os objetivos para a tradução e divulgação da CIPE no Brasil.

Em agosto deste mesmo ano, este mesmo Grupo teve a oportunidade de

discutir com a Dra. Heimar de Fátima Marim, do Departamento de Enfermagem da

UNIFESP, responsável, através do Núcleo de Informática em Enfermagem, pela

tradução da CIPE para o português do Brasil como sponsored partner do projeto

TELENURSE do Danish Institute for Health and Nursing Research, alguns

entraves identificados na tradução, tanto pelo Grupo de Trabalho da ABEn, como

pela própria tradutora. O fruto do trabalho destas associadas resultou numa

publicação lançada durante a realização do 49º Congresso Brasileiro de

Enfermagem, realizado na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, objetivando “a

discussão, adaptação e validação dos termos frente à realidade brasileira, a partir

de um novo referencial: o trabalho da Enfermagem voltado para a defesa da

qualidade de vida e de atenção à saúde, como direito universal e equânime de

cidadania” (Cruz et al., 1997).

Em março de 1998, o CIE apresentou, a partir das avaliações recebidas da

Versão Alfa, as novas diretrizes para o desenvolvimento de um modelo

experimental da Versão Beta (ICN, 1998), disponibilizando, a partir de junho de

1999, na sua homepage, a Versão Beta 1 (ICN, 1999a; 1999b), publicando em

dezembro de 1999 a Versão Beta (ICN, 1999c), para ser submetida ao mesmo

processo de avaliação da Versão Alfa, configurando, dessa forma, o trabalho

contínuo no desenvolvimento de sistemas de classificações na Enfermagem.

Diante da situação apresentada, restou-me o desafio de contribuir com o CIE

e, consequentemente, com a ABEn, na concretização de uma Classificação

Internacional da Prática de Enfermagem, que possa ser usada por todas as

enfermeiras e reduzir ou evitar os problemas de tradução e adaptação que

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aconteceram com o sistema de classificação da NANDA no Brasil. Contudo,

reconheço que fazer uma adaptação de uma classificação para a prática de

enfermagem no Brasil, por sua própria natureza e por sua extensão territorial, é um

trabalho árduo e extenso, que demanda custos, tempo e dedicação ao assunto. Por

esse motivo, como docente de Enfermagem na Universidade Federal da Paraíba,

tendo como linha de pesquisa a Fundamentação Teórica e Metodológica da

Assistência de Enfermagem, na qual venho desenvolvendo estudos com os

diagnósticos e as intervenções de enfermagem, optei pela realização desse estudo,

partindo do pressuposto de que os fenômenos constantes na CIPE – Versão Alfa

constituem situações presentes na prática de enfermagem, bem como existem

outros fenômenos que são denominados, de forma peculiar, pelas enfermeiras

paraibanas.

Diante da situação apresentada, questiono: Os fenômenos constantes na

CIPE – Versão Alfa, são utilizados pelas enfermeiras paraibanas para denominar os

problemas ou as situações de enfermagem? Os termos utilizados pelas enfermeiras

paraibanas para denominar problemas ou situações na prática de enfermagem,

correspondem ou diferem das denominações dos fenômenos constantes na CIPE –

Versão Alfa? Existem outros fenômenos de enfermagem, além dos apresentados

na CIPE e que denominações lhes são atribuídos?

A resposta a esses questionamentos possibilitará a adaptação dos termos

utilizados para denominar os fenômenos de enfermagem e a verificação de sua

utilização na prática de enfermagem. Acredito que, dessa forma, estarei

contribuindo para o desenvolvimento da classificação da prática de enfermagem e,

conseqüentemente, para a universalização da linguagem da Enfermagem.

Comprometida com as mudanças que vêm ocorrendo na Enfermagem,

acredito na relevância do estudo proposto e na sua contribuição para a profissão, a

partir da constatação na minha vivência profissional de que a enfermeira pode

desenvolver um trabalho independente através dos elementos da prática de

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enfermagem para reduzir, resolver ou prevenir problemas de saúde dos clientes e

pacientes.

Visando a um melhor entendimento do desenvolvimento desta pesquisa,

descrevo a forma como a mesma foi organizada. Este relatório final da pesquisa

acha-se dividido em seis unidades. Nesta primeira, introdutória, contextualizo a

problemática, justifico a realização do estudo e apresento os seus objetivos.

A segunda unidade é destinada à descrição sobre Taxonomia e Sistema de

Classificação, sem a pretensão de explorar e discutir sobre a Ciência da

Classificação, mas, sim, dar uma idéia de como estes sistemas de classificação

podem ser e são construídos. Nessa unidade é feita também uma revisão da

literatura sobre os sistemas de classificação desenvolvidos na Enfermagem, numa

tentativa de resgatar as primeiras tentativas de classificação visando a situar o leitor

no progresso da Enfermagem no desenvolvimento de sistemas de classificação.

Na terceira unidade apresento o sistema de Classificação Internacional da

Prática de Enfermagem – CIPE, Versão Alfa, enfatizando sua construção e as

Classificações de Fenômenos e Ações de enfermagem. Descrevo também, o

trabalho que foi desenvolvido na construção da Versão Beta da CIPE.

Na quarta unidade, dedicada aos procedimentos metodológicos do estudo,

apresento inicialmente considerações sobre a pesquisa transcultural, discorrendo,

com base na literatura especializada, sobre as várias propostas metodológicas

utilizadas para fazer adaptação de instrumentos ou sistemas de classificação que

foram desenvolvidos em uma língua e estão sendo utilizados em outra, e elejo

como técnica para o desenvolvimento do estudo a equivalência semântica, feita

através da back-translation, descrita por Brislin, em 1970. Descrevo, após essas

considerações do referencial metodológico, as duas fases da pesquisa. Na primeira,

que teve como objetivo a equivalência semântica dos fenômenos de enfermagem da

CIPE – Versão Alfa, descrevo as etapas de realização da técnica back-translation,

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incluindo a construção dos instrumentos utilizados nesta etapa. Na segunda fase do

estudo, que teve como objetivo a verificação da utilização na prática de

enfermagem dos fenômenos equivalentes semanticamente, a investigação da

existência de diferentes denominações para esses fenômenos submetidos à

equivalência semântica e a investigação de outros fenômenos não constante na

CIPE com suas denominações, descrevo como se deu todo o processo de

investigação, incluindo como foi selecionada a população do estudo; como foi

definida a amostra e quais são suas características sócio-demográficas; como foi

construído, validado e testado o instrumento utilizado nesta fase; como foi

realizada a coleta de dados, enfatizando as dificuldades enfrentadas nesta etapa e,

finalmente, como foi feita a análise dos dados coletados.

Na quinta unidade são apresentados e discutidos os dados obtidos no estudo.

Em uma primeira parte são apresentados os resultados da fase de equivalência

semântica dos títulos (termos) e das definições dos fenômenos de enfermagem,

sendo discutidos os que apresentaram índice de concordância abaixo de 79,0%. Na

segunda parte a análise e discussão dos resultados está apresentada em duas etapas.

Na primeira são apresentados os parâmetros psicométricos do instrumento, com

ênfase na confiabilidade (alfa de Cronbach) e na validade de conteúdo e de

construto. Na segunda etapa está apresentada a utilização dos fenômenos

constantes na CIPE – Versão Alfa, por enfermeiras paraibanas, de acordo com o

estrato amostral e com a área de especialidade na Enfermagem. Nessa análise são

enfatizados os fenômenos que apresentaram os maiores percentuais de

concordância e discrepância, uma vez que não é objetivo deste estudo discutir o

significado, na prática de enfermagem, de todos os fenômenos. No final de cada

sub-escala de fenômenos de enfermagem é feita uma síntese geral conclusiva da

utilização dos fenômenos de enfermagem por enfermeiras paraibanas.

Page 36: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

36

Na última unidade são apresentadas as considerações finais do estudo

enfatizando a importância da sua realização e as implicações para a assistência,

ensino e pesquisa na Enfermagem.

1.1 Objetivos do estudo

• Fazer a equivalência semântica para a língua portuguesa dos fenômenos de

enfermagem constantes na CIPE – Versão Alfa.

• Verificar se os fenômenos que foram submetidos à equivalência

semanticamente são utilizados na prática de enfermagem.

• Investigar se a denominação utilizada pelas enfermeiras para os fenômenos

correspondem ou diferem das denominações dos fenômenos que foram

submetidos à equivalência semântica.

• Investigar a existência de outros fenômenos na prática de enfermagem e as

denominações utilizadas pelas enfermeiras para eles.

Page 37: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

37

2 TAXONOMIAS E SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

Taxonomias ou sistemas de classificação são conhecimentos estruturados

nos quais os elementos substantivos de uma disciplina ou subdisciplina são

organizados em grupos ou classes com base em suas similaridades (Blegen e

Reimer, 1997).

Segundo Sokal (1974), o processo de classificação, de reconhecimento de

similaridades e o agrupamento de organismos ou objetos, remonta ao período do

homem primitivo, quando afirma que, desde o advento da humanidade, a

habilidade de classificar tem sido vista como um comportamento de adaptação na

evolução biológica. Contudo, a origem da Ciência da Classificação, segundo o

referido autor, aparece nos escritos dos ancestrais gregos.

Para Bailey (1994), classificação é um processo central em todas as fases da

vida, sendo considerado, indiscutivelmente, como um dos mais centrais e genéricos

de todos os exercícios conceituais. Classificação é um importante aspecto de

muitas ciências, por esse motivo, princípios e procedimentos similares têm sido

desenvolvidos independentemente em vários campos (Sokal, 1974).

De acordo com a literatura especializada, existe um grande número de

métodos usados em disciplinas, como a Botânica, a Química, a Medicina, a

Arqueologia, a Psicologia, a Lingüística, a Antropologia, a Biblioteconomia, a

Filosofia, a Matemática, a Lógica, as Ciências Sociais, entre outras, para o

desenvolvimento de sistemas de classificação (ICN, 1996b).

O termo classificação é freqüentemente empregado para denominar o

produto final do processo de classificação (Sokal, 1974). O referido autor

Page 38: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

38

recomenda o uso da expressão sistemas de classificação para descrever o produto

final desse processo. Já o termo taxonomia é usado para significar o estudo teórico

da classificação, incluindo suas bases, princípios, procedimentos e regras (Bailey,

1994; Sokal, 1974). Para McKay (1977) taxonomia refere-se tanto à Ciência da

Classificação, como ao Sistema de Classificação resultante desse processo. Neste

estudo, o termo Taxonomia será empregado, tanto para designar a Ciência da

Classificação, como o produto final desse processo, tal como tem sido utilizado

pela NANDA.

Segundo Rasch (1987), uma taxonomia pode ser classificada como natural

ou artificial, quando se refere à natureza do critério de construção da taxonomia, e

hierárquica ou não hierárquica, quando se refere à estrutura específica da

taxonomia. Para a referida autora, uma taxonomia é natural quando o critério

usado para se classificar é baseado em algumas características que são próprias dos

indivíduos ou objetos que estão sendo classificados, e uma taxonomia é

considerada artificial quando o critério utilizado para agrupar ou dividir está

baseado em qualidades determinadas acidental ou arbitrariamente. Uma taxonomia

é considerada hierárquica, quando especifica que os indivíduos ou objetos que

estão sendo classificados podem ser arranjados em classes, que são mais ou menos

exclusivas, e uma taxonomia é não hierárquica, quando usa um atributo ou um

conjunto de atributos para classificar indivíduos ou objetos.

O desenvolvimento de uma taxonomia ou sistema de classificação envolve a

formação de conceitos e a inter-relação desses conceitos. Por essa razão, esse

desenvolvimento é considerado um processo teórico, onde podem ser utilizadas as

abordagens indutivas e dedutivas (Rasch, 1987). Dessa forma, quando se ordenam

e se arranjam os indivíduos ou objetos dentro de um grupo ou conjunto, tendo por

base alguns critérios, está usando-se a abordagem indutiva. Já quando se utiliza

uma estrutura conceptual para desenvolver os conceitos e critérios pelos quais os

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39

indivíduos ou objetos são classificados ou ordenados, está usando-se uma

abordagem dedutiva.

Para Fleishman e Quaintance2, citados por Kerr (1991), existem quatro

etapas no desenvolvimento de taxonomia ou sistema de classificação: 1) a

identificação do propósito do sistema de classificação; 2) a identificação de

critérios para serem usados na classificação dos itens; 3) classificação dos itens

validados; 4) avaliação da adequação e utilidade do sistema de classificação através

da validação interna, da validação externa e da utilização na prática clínica.

2.1 Sistemas de Classificação em Enfermagem

Na Enfermagem, as tentativas de classificação têm surgido desde o início

deste século. A primeira classificação de problemas de enfermagem foi

desenvolvida nos Estados Unidos e teve como propósito o ensino de Enfermagem.

Uma subcomissão da National League for Nursing – Liga Nacional de

Enfermagem, ao revisar as fichas de aproveitamento dos estudantes, percebeu a

necessidade de descrever a prática geral de enfermagem, tendo como foco os

conceitos, enfatizando o cliente, em oposição ao foco do desenvolvimento de

tarefas ou procedimentos, que predominava desde o início do século XX. Para

isso, foi realizado uma pesquisa nas Escolas de Enfermagem norte-americanas e a

primeira classificação foi concluída. Os 21 problemas de Abdellah, como ficou

conhecida essa classificação, que descreve os objetivos terapêuticos da

Enfermagem e seu desenvolvimento, teve como focos principais as necessidades do

2 Fleishman, E. A.; Quaintance, M. K. Taxonomies of human performance. San Diego, CA: Academic Press, 1984

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40

cliente (terapêutica das necessidades) e os problemas de enfermagem (terapêutica

de problemas), que eram os modelos vigentes na década de 1950 (Gordon, 1994).

Em 1966 Henderson identificou a lista das 14 necessidades humanas

básicas, que compreende os componentes ou funções da Enfermagem, e tem como

objetivo “descrever os cuidados de que qualquer pessoa necessita,

independentemente do diagnóstico e do tratamento prescrito pelo médico”

(Henderson, 1969). Essa classificação teve como suporte teórico a abordagem

funcional das necessidades. A lista das 14 necessidades humanas básicas não

representa os problemas de saúde do cliente, mas as áreas nas quais os problemas

reais ou potenciais podem ocorrer, e aplicam-se a qualquer ambiente, podendo

tanto servir de guia na promoção da saúde, como na prestação de cuidados de

enfermagem ao paciente. Os componentes dos cuidados básicos de enfermagem,

considerados por sua autora como as funções de competência exclusiva das

enfermeiras, podem ser descritos como: respiração, alimentação, eliminação, sono e

repouso, vestimentas, temperatura corporal, higiene, controle do ambiente,

comunicação, prática religiosa, realização, atividade de lazer e aprendizagem.

Tanto a classificação de Abdellah como a de Henderson foram usadas na

educação e na prática da Enfermagem, e suas contribuições estimularam as

enfermeiras a ir além da utilização das funções de rotina e tarefas para identificar

problemas terapêuticos (Gordon, 1994). Para Jones (1979) estes trabalhos

necessitam de mais estudos para que eles alcancem um melhor desenvolvimento,

antes de serem usados como uma taxonomia ou sistema de classificação completos

para a prática de enfermagem.

Para Douglas e Murphy (1992), os 21 problemas de Abdellah, a lista das

14 necessidades humanas básicas de Henderson e o modelo de levantamento de

dados nas 13 áreas funcionais de McCain têm sido considerados precursores das

tentativas para sistematização do conhecimento de abordagens taxonômicas na

Enfermagem.

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41

Para Gordon (1994), essas primeiras tentativas de classificação mudaram o

enfoque da Enfermagem, que passou, desde então, a se preocupar com a

identificação dos problemas do cliente e, posteriormente, com os diagnósticos de

enfermagem, tendo como alvo o cuidado. A mudança do cuidado organizado, com

ênfase nos problemas terapêuticos, como: “facilitar a manutenção da comunicação

verbal efetiva”, para o cuidado organizado com ênfase nos problemas do cliente, tal

como: “comunicação verbal prejudicada”, teve início na década de 1970, com a

criação do Sistema de Classificação de Diagnósticos de Enfermagem da NANDA.

A revisão da literatura especializada indica que propostas e modelos para se

classificar a prática de enfermagem estão ganhando impulso nas duas últimas

décadas. Revela também que esses modelos ainda não são considerados estruturas

ou sistemas de classificação consolidados. Entre os modelos apresentados, a

Taxonomia da NANDA, iniciada em 1973, é constituída por uma estrutura teórica

– os Padrões de Respostas Humanas – que orienta a classificação e categorização

dos diagnósticos de enfermagem ou das condições que necessitam de cuidados de

enfermagem. O uso dessa Taxonomia define o foco do cuidado de enfermagem e

dá às enfermeiras exemplos de como a profissão difere de outras profissões da

saúde. Os diagnósticos, interpretados como títulos dados pela enfermeira para uma

resposta humana, podem ser usados como ilustração do foco da Enfermagem.

Dessa forma, essa Taxonomia “oferece às enfermeiras novo conhecimento de

definições, características definidoras, fatores relacionados e fatores de risco para

cada diagnóstico, o que proporciona o uso de uma linguagem que pode ser

compartilhada por toda a comunidade de enfermagem” (Carlson-Catalano, 1993).

O trabalho da NANDA está estabelecido e, no presente, é o sistema de classificação

mais utilizado, tendo sido traduzido e adaptado em 17 línguas, em 33 países, e

incorporado em alguns sistemas de informação clínica desses países (Fitzpatrick e

Zanotti, 1995).

Page 42: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

42

A Classificação das Respostas Humanas de Interesse para a Prática da

Enfermagem Psiquiátrica e de Saúde Mental foi desenvolvida pela Força Tarefa

da American Nurses Association – ANA, utilizando os diagnósticos aprovados pela

NANDA, bem como outros diagnósticos específicos dessa classificação, tendo,

dessa forma, evoluído de um sistema geral de classificação para um sistema

especializado (Vincent e Coler, 1990). Em 1994, essa classificação foi apresentada

ao Comitê de Revisão de Diagnósticos da NANDA para estudo da possibilidade de

inclusão dos diagnósticos específicos da área na Taxonomia da NANDA. Esses

diagnósticos encontram-se no estágio de validação clínica, por esse Comitê, etapa

necessária para a inclusão dos mesmos na Taxonomia.

A Classificação dos Cuidados Domiciliares de Saúde – Home Health

Care Classification – HHCC, foi desenvolvida, nos Estados Unidos, por Saba e

colaboradores, como parte de um projeto de Cuidados Domiciliares da

Universidade de Georgetown, para codificação e categorização dos cuidados

domiciliares de saúde prestados aos pacientes que usavam o Medicare, objetivando

prover, tanto as necessidades de enfermagem e outros serviços domiciliares, quanto

a mensuração dos resultados obtidos. Consiste de cinco níveis de taxonomias para

o cuidado domiciliar, estruturados para descrever, classificar e codificar a prática

de enfermagem. Em sua organização há 20 componentes (conceitos), que

representam quatro diferentes padrões de cuidado do paciente: comportamento de

saúde, funcional, fisiológico e psicológico, que formam uma estrutura de códigos

para o levantamento de dados, diagnósticos, intervenções e resultados esperados.

O último nível fornece um mapeamento estratégico para descrever a prática de

enfermagem. Esse sistema tem três esquemas de classificação: os diagnósticos de

enfermagem, as intervenções de enfermagem e os resultados esperados, utilizando

como estrutura teórica os 20 componentes do cuidado domiciliar em saúde (Saba,

1997; 1990).

Page 43: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

43

A Classificação de Omaha – Community Health System – é um sistema

originado de uma lista de problemas de clientes diagnosticados pelas enfermeiras

em uma comunidade de saúde nos Estados Unidos. A proposta do sistema é

oferecer um método para organizar, identificar e denominar o que é de interesse da

Enfermagem na prática e compreende três esquemas de classificação: Esquema de

Classificação de Problemas, Esquema de Intervenções e a Escala de Resultados

(Martin e Scheet, 1992). O Esquema de Classificação de Problemas é uma

taxonomia de diagnósticos de enfermagem que pode ser usada por enfermeiras que

atuam na comunidade, por outros profissionais de saúde, supervisores e

administradores. Esse esquema é composto por uma estrutura de problemas que

enfoca o cliente, fornecendo um método para coleta, classificação, documentação e

análise dos dados, ou seja, é um sistema de enfermagem direcionado para o

atendimento do cliente, baseado no processo de enfermagem. O Esquema de

Intervenções de Enfermagem é um modelo sistematizado das atividades de

enfermagem, organizado em três níveis: categorias – representa o resultado final

da coleta dos dados do paciente, metas – descreve um plano de intervenções de

enfermagem, informações específicas para o cliente – parte detalhada do plano ou

das intervenções. O Esquema de Classificação dos Resultados usa cinco pontos de

uma escala tipo Likert, em três níveis hierárquicos distintos para medir o progresso

do cliente com relação aos problemas/diagnósticos identificados pela enfermeira,

no que diz respeito ao conhecimento, ao comportamento e ao estado de saúde do

paciente (Martin, 1997).

O Sistema de Classificação das Intervenções de Enfermagem foi

desenvolvido como parte do Projeto de Intervenções de Iowa, denominado Nursing

Interventions Classification – NIC, que teve início em 1987, por um grupo de

pesquisadoras do College of Nursing da University of Iowa, U.S.A, com o apoio do

Instituto Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos. A NIC apresenta uma estrutura

taxonômica validada e codificada, que abrange intervenções de enfermagem

voltadas para os diagnósticos de enfermagem da NANDA. Nessa classificação a

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intervenção de enfermagem é definida como sendo qualquer procedimento ou

tratamento de cuidado direto, baseado no julgamento clínico e no conhecimento

que a enfermeira executa em benefício de um cliente, objetivando alcançar os

resultados esperados, que incluem aspectos psicossociais e fisiológicos (Bulechek e

McCloskey, 1992).

A intervenção de enfermagem é constituída pelos seguintes elementos:

título, definição e atividades, e é executada pela enfermeira na sua implementação.

Os títulos são conceitos que iniciam com proposições substantivas e devem ter, no

máximo, três palavras, exigindo qualificadores para representar as ações da

enfermeira, como: assistência, administração, restauração, promoção. A definição

da intervenção consiste numa frase que define o conceito e descreve o

procedimento da enfermeira. As atividades de enfermagem são ações apropriadas

que devem ser executadas pela enfermeira na implementação de uma intervenção,

com o objetivo de alcançar os resultados esperados (McCloskey e Bulechek, 1996).

Para as referidas autoras, uma das vantagens da NIC é a possibilidade de utilização

das atividades, de acordo com a necessidade de uma situação particular. O mais

importante na padronização da linguagem dessas intervenções é o título, onde o

nome e a definição da intervenção permanecem os mesmos para todos os clientes e

em qualquer situação.

A Taxonomia da NIC é apresentada em três níveis. O primeiro, considerado

o mais abstrato, tem propriedades enumeradas de um a seis, assim denominadas: 1)

Fisiológica-básica: consta dos cuidados que auxiliam o funcionamento físico; 2)

Fisiológica-complexa: consta dos cuidados que auxiliam a regulação homeostática;

3) Comportamento: consta dos cuidados que auxiliam o funcionamento

psicossocial e facilitam mudanças no estilo de vida; 4) Segurança: consta dos

cuidados que auxiliam a proteção frente à injúria; 5) Família: consta dos cuidados

que auxiliam a unidade familiar; 6) Sistema de Saúde: consta dos cuidados que

auxiliam o uso efetivo de sistemas de saúde. No segundo nível da taxonomia, as

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classes são agrupadas com letras alfabéticas e distribuídas nas seis propriedades,

perfazendo um total de 27 classes, onde estão alocadas as 433 intervenções de

enfermagem, correspondendo ao terceiro nível da Taxonomia (McCloskey e

Bulechek, 1996). Esse sistema tem a aprovação da ANA, como um dos sistemas de

classificação a serem usadas no processo de uniformização da linguagem de

enfermagem nos Estados Unidos, fazendo também parte da CIPE – Versão Alfa.

O Sistema de Classificação de Resultados do Paciente – Nursing-

sensitive Outcomes Classification – NOC, foi desenvolvido pelo mesmo grupo que

desenvolveu a NIC. A NOC pode ser considerada um sistema de classificação

complementar da Taxonomia da NANDA e da NIC. Os resultados são conceitos

que podem ser medidos ao longo de um continuum, o que significa que os

resultados refletem uma condição real do paciente ao invés das metas esperadas.

Essa classificação representa uma lista de 190 resultados, com definições,

indicadores e escala de mensuração utilizados tanto para pacientes individuais

como para os elementos de uma família. Deve-se lembrar que esse é um processo

em desenvolvimento, o que significa que a lista atual de resultados não inclui todos

os resultados que possam ser importantes para a Enfermagem. A linguagem usada

nessa classificação reflete a linguagem usada pelas enfermeiras na literatura da

Enfermagem. Essa classificação pode ser usada na assistência, na pesquisa e no

ensino de Enfermagem. Ela provê uma estrutura de trabalho para avaliar a prática

de enfermagem, tanto na área clínica, como na pesquisa (Johnson e Maas, 1997).

Esse sistema, como o da NANDA e da NIC, tem a aprovação da ANA, como um

dos sistemas a serem usados na padronização da linguagem da Enfermagem nos

Estados Unidos.

A utilização desses sistemas de classificação na prática de enfermagem tem

mobilizado as enfermeiras em todo o mundo, atendendo ao desafio de universalizar

a sua linguagem e evidenciar os elementos da sua prática. Como resultado dessa

mobilização, durante o Congresso Quadrienal do CIE, realizado em Seul, em 1989,

Page 46: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

46

foi votada e aprovada a proposta para desenvolver um Sistema de Classificação

Internacional da Prática de Enfermagem - CIPE.

As justificativas para a elaboração desse projeto estão vinculadas,

principalmente, à falta de um sistema e de uma linguagem específica da profissão,

que é necessária para que a Enfermagem possa contar com dados confiáveis na

formulação de políticas de saúde, na contenção de custos, na informatização dos

serviços de saúde, na crescente importância nas classificações médicas e como

propósito para controlar seu próprio trabalho. Esse fato tem impulsionado a

Enfermagem para demonstrar a sua importância na contribuição nos serviços de

saúde, no crescimento da importância de padronização e na necessidade urgente de

ter uma linguagem capaz de descrever e comunicar as atividades de enfermagem

(ICN, 1992).

As primeiras etapas desse projeto foram a realização de um levantamento

bibliográfico na literatura da Enfermagem e de uma pesquisa junto às associações

membros do CIE, para identificar, em âmbito internacional, os sistemas de

classificação usados pelas enfermeiras. Os resultados obtidos nesse projeto piloto

identificaram classificações desenvolvidas na Austrália, Bélgica, Dinamarca,

Suécia e Estados Unidos. Entre esses países, os Estados Unidos apresentaram o

maior número de sistemas de classificação desenvolvidos, entre os quais os

Princípios Básicos dos Cuidados de Enfermagem de Henderson, que foram

publicados pelo CIE em 26 idiomas, e têm sido a base de muitos modelos e

classificações de enfermagem no mundo (ICN, 1996b; Mortensen, 1997). A

constatação da existência desses vários sistemas comprova que as enfermeiras, nas

diversas regiões e países do mundo, usam sistemas de classificação para descrever

os elementos da prática de Enfermagem e valorizam a idéia do desenvolvimento de

uma Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (Nóbrega, Coler e

Garcia, 1996).

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47

Em etapa posterior ao desenvolvimento desse projeto, foram analisadas a

Classificação Internacional de Doenças, CID – 10, as classificações aceitas pela

Organização Mundial de Saúde – OMS e os 14 Sistemas de Classificação de

Enfermagem, identificados na pesquisa, objetivando a identificação de

denominações pertencentes à Enfermagem. A partir dessa análise, o CIE

apresentou, em 1993, o documento intitulado Nursing's Next Advance: An

International Classification for Nursing Practice – ICNP (Próximo avanço da

enfermagem: Uma Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem –

CIPE), que não é considerado uma primeira versão da CIPE, mas, sim, a

compilação, em ordem alfabética, dos elementos da prática de enfermagem – os

diagnósticos de enfermagem, as intervenções de enfermagem e os resultados

esperados – identificados nesses sistemas (ICN, 1993).

Para o CIE, os objetivos específicos dessa classificação são: estabelecer uma

linguagem comum para a prática de enfermagem, de forma a aumentar a

comunicação entre as enfermeiras, e entre estas e outros profissionais; descrever o

cuidado de enfermagem prestado às pessoas (indivíduos, famílias e comunidades)

nos vários contextos da prática, tanto institucionais quanto não institucionais;

possibilitar a comparação de dados de enfermagem obtidos de diversos contextos

clínicos, populações de clientes, áreas geográficas ou tempo; demonstrar ou

projetar tendências na provisão de tratamentos e cuidados de enfermagem e a

alocação de recursos para os pacientes de acordo com suas necessidades, baseados

nos diagnósticos de enfermagem; estimular a pesquisa em enfermagem através da

vinculação com os dados disponíveis nos sistemas de informações de enfermagem

e em outros sistemas de informações de saúde; propiciar dados sobre a prática de

enfermagem, de modo que possam influenciar a tomada de decisão em políticas de

saúde (ICN, 1996a).

Para ser útil e passível de ser utilizada pelas enfermeiras em todos os países,

essa classificação deve ser ampla o bastante para servir aos múltiplos propósitos

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48

requeridos pelos diferentes países; simples o bastante para ser vista pelos

profissionais de Enfermagem como uma descrição significativa da prática e como

uma forma útil para estruturar essa prática; consistente, com uma estrutura

conceitual claramente definida, mas não dependente de uma estrutura teórica ou

modelo de enfermagem particular; baseada em um núcleo central que possibilite

adições através de um processo contínuo de desenvolvimento e refinamento;

sensível às variações culturais; reflexo do sistema de valores da Enfermagem ao

redor do mundo, valores estes expressos no Código de Enfermagem do CIE;

utilizável de uma forma complementar ou integrada às classificações de doença e

saúde desenvolvidas pela OMS, cujo núcleo central é a CID – 10 (ICN, 1996a).

Para o CIE (ICN, 1999c), a CIPE é um instrumento de informação para

descrever a prática de enfermagem e, conseqüentemente, prover dados que

representem essa prática nos sistemas de informação em saúde. Essa Classificação

pode ser usada para tornar a prática de enfermagem visível nos sistemas de

informação da saúde, para que, dessa forma, pesquisadores, educadores e gerentes

possam, a partir desses dados, identificar a contribuição da Enfermagem no cuidado

da saúde e, ao mesmo tempo, assegurar a qualidade ou promover mudanças na

prática de enfermagem através da educação, administração e pesquisa.

De acordo com o que foi apresentado, pode-se concluir que a Enfermagem

não está alheia ao desenvolvimento de sistemas de classificação, mas é necessário

reconhecer que esse é um processo relativamente recente, não se podendo afirmar

que já exista um sistema de classificação validado para a prática de enfermagem.

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 49

3 CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DA PRÁTICA DE

ENFERMAGEM – CIPE

Na Enfermagem, a história de uma classificação internacional para a prática

teve seu início no final da década de 1980, quando o CIE, acatando as

recomendações da OMS, decidiu acrescentar às Classificações Internacionais de

Diagnósticos e Procedimentos Médicos o desenvolvimento das Classificações de

Problemas/Diagnósticos de Enfermagem, de Intervenções de Enfermagem e dos

Resultados em Enfermagem. Essa iniciativa do CIE, na verdade, não pode ser

concebida apenas como uma descrição e classificação do trabalho da Enfermagem

mundial, mas como uma contribuição à Família das Classificações de Saúde, que

descrevem o estado de saúde do paciente ou cliente e as atividades desenvolvidas

pelos diversos grupos profissionais (Nielsen, 1996).

O conceito Família de Classificações surgiu durante as reuniões

preparatórias para a revisão da CID – 10, na década de 1980, quando muitos

usuários manifestaram o desejo de que essa classificação incluísse outros tipos de

dados, além da informação diagnóstica. Esse conceito tem como núcleo central a

tradicional CID, que, a partir da publicação da décima revisão, passou a ser

denominada Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados

com a Saúde, que continua a atender as necessidades de informação diagnóstica,

para finalidades gerais, enquanto várias outras classificações seriam usadas como

complemento dela e tratariam, com diferentes enfoques, da mesma informação ou

de informações diferentes. Essas outras classificações seriam incluídas em volumes

publicados separadamente do corpo da CID, para serem usadas quando necessário.

Page 50: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 50

De acordo com a Figura 1, pode-se visualizar a existência de dois tipos

principais de classificação: os que cobrem informações relacionadas com os

diagnósticos e com o estado de saúde e são derivadas diretamente da CID, como as

Classificações Adaptadas por Especialidades: Oncologia, Odontologia e

Estomatologia, Dermatologia, Psiquiatria, Neurologia, entre outras, e as que cobrem

aspectos relacionados com problemas de saúde, geralmente fora dos diagnósticos

formais de doenças, ou sejam, as classificações relacionadas com assistência à

saúde, como a Classificação de Procedimentos em Medicina, a Classificação

Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens e a Classificação de

Motivos de Consulta (OMS, 1994). A partir desse entendimento de família de

classificações, pode-se afirmar que, no futuro, a CIPE fará parte do núcleo da

Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde,

como Outras Classificações Relacionadas com a Saúde.

Figura 1 Família das Classificações de Doenças e de Problemas Relacionados com a Saúde

Fonte: OMS. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, 1994. v. 2 – Manual de instrução.

Classificação Estatística Internacional

de Doenças e de Problemas relacionados

com a saúde

Adaptações para especia-lidades: • Oncologia • Odontologia e Esto-

matologia • Dermatologia • Psiquiatria • Neurologia • Obstetrícia e Gine-

cologia • Reumatologia e Orto-

pedia • Pediatria, etc. • Prática médica geral

Informação de apoio paraassistência médica: • Informações de saúde

por pessoal não médico • Outros tipos de

informações de saúdebaseados nacomunidade

Nomenclatura Internacional de

Doenças

Outras classificaçõesrelacionadas com asaúde: • Deficiências, Inca-

pacidades e Des-vantagens

• Procedimentos • Motivos de

consulta

CID com 4

caracteres

Lista abreviada

para tabulação

Classificação nuclear de 3 caracteres • Diagnóstico • Sintomas • Achados anormais de

laboratório • Lesões e envenenamentos• Causas externas de

morbidade e mortalidade • Fatores que influenciam o

estado de saúde

Page 51: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 51

A família de classificação da CID também abrange um quadro de referência

conceitual de definições, padrões e métodos que, embora não sejam classificações

propriamente ditas, há muito tempo estão ligados à CID. Um desses conceitos é o

desenvolvimento de métodos para apoiar a coleta e o uso local de informações para

a assistência primária. Outra publicação relacionada com a CID, mas não dela

derivada, é a Nomenclatura Internacional de Doenças – NID, que tem como

principal objetivo fornecer, para cada entidade mórbida, a recomendação ou a

indicação de um único nome (OMS, 1994).

As decisões do Comitê revisor para a CID – 10, criando a família de

classificações, motivou o envio à OMS, por um grupo de enfermeiras, membros da

ANA e da NANDA, em 1986, de um esquema de classificação dos diagnósticos de

enfermagem, para que fosse considerada a possibilidade de sua inclusão na CID –

10, como Condições Necessárias para o Cuidado de Enfermagem. O esquema

de diagnósticos de enfermagem, que foi apresentado, incorporava o trabalho da

NANDA, da Associação de Enfermeiras Visitantes de Omaha e o trabalho

relacionado com o Diagnostic and Statistical Manual III – DSM III, do Conselho de

Enfermagem Psiquiátrica e de Saúde Mental da ANA. Em resposta a essa

solicitação, a OMS argumentou que “muitas das condições listadas como

diagnóstico de enfermagem, neste esquema, correspondem ao Capítulo de Sinais e

Sintomas e outras às condições não definidas que são classificadas na CID no

Capítulo XXI como ‘Fatores que influenciam o estado de saúde e contato com

serviços de saúde’, (...) muitos dos diagnósticos contidos no esquema de

diagnósticos de enfermagem dizem respeito exclusivamente à Enfermagem e são

vistos, portanto, como inapropriados para uma classificação de doença”

(Fitzpatrick, 1991; Saba, 1991).

Dadas essas considerações, a OMS recomendou a formulação de um sistema

de classificação internacional para a Enfermagem, como um componente da Família

de Classificações da Saúde, que deveria ser conduzido por uma organização

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 52

internacional de Enfermagem, para que, dessa forma, fosse representativo da

Enfermagem mundial (Lang e Gebbie, 1989; Fitzpatrick, 1991; Saba, 1991).

A necessidade do desenvolvimento de uma classificação internacional para a

prática de enfermagem foi apresentada ao CIE, durante a realização do seu

Congresso Quadrienal, realizado em 1989, em Seul – Coréia, justificando que a

impossibilidade de designar os fenômenos específicos da Enfermagem impedia o

reconhecimento adequado da sua contribuição para a saúde e, conseqüentemente,

para os cuidados de saúde. Desde então, o CIE vem desenvolvendo estudos visando

à definição de um sistema de classificação da prática de enfermagem.

A partir da deliberação do Conselho de Representantes de Enfermagem, em

1991, o CIE iniciou estudos, objetivando a elaboração de um sistema que

descrevesse a prática de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada

pelas enfermeiras de todo o mundo, isto é, a criação de um sistema de Classificação

Internacional da Prática de Enfermagem (ICN, 1992).

3.1 Construção da Classificação Internacional da Prática de Enfermagem

– CIPE Versão Alfa

O desenvolvimento dessa classificação pode ser descrito em três etapas: a

identificação de termos, o agrupamento desses termos e sua hierarquização dentro

de grupos estabelecidos. O produto final pode ser visualizado e descrito como

pirâmides de conceitos, onde o termo do vértice é considerado o mais geral e os

termos da base os mais específicos (Nielsen, 1996).

Dessa forma, a CIPE consiste na organização de três pirâmides de conceitos:

uma que descreve os fenômenos de enfermagem, como os problemas/diagnósticos

de enfermagem, em complementação às Classificações existentes de Doenças e de

Deficiências, Incapacidades e Desvantagens; outra que descreve as intervenções de

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 53

enfermagem, complementar à Classificação de Procedimentos Médicos e

Cirúrgicos; uma terceira pirâmide, que descreve os resultados clínicos do trabalho

da enfermagem, que está em fase de desenvolvimento (ICN, 1996b).

Construir essas pirâmides foi e continua sendo uma grande tarefa. Segundo

Nielsen (1996) e Mortensen (1997), na primeira etapa, a de identificação dos

termos, foi realizada uma pesquisa junto às associações membros do CIE, para

identificar, no âmbito internacional, quais eram os Sistemas de Classificação de

Enfermagem usados pelas enfermeiras. Os resultados obtidos levaram à

identificação dos 14 sistemas de classificação, que foram utilizados na segunda

etapa da construção dessa classificação. Esses sistemas foram transformados em

entidades de conceitos e reunidos aos demais conceitos identificados durante os

encontros consultivos do CIE, para a elaboração do projeto de classificação da

prática, com enfermeiras de países da América do Sul, da África e da Ásia

Ocidental. Serviram também para agrupar, em listas alfabéticas, os três elementos

da prática, que foram apresentadas no Work Paper – Próximo avanço da

Enfermagem, em 1993.

Na terceira etapa, a de hierarquização dos termos dentro de grupos

estabelecidos, esses conceitos foram examinados por meio de seus traços

definidores, ou seja, suas características ou atributos, sendo comparados, agrupados

e hierarquizados em pirâmides coerentes de conceitos, resultando na construção de

duas das três pirâmides da CIPE – Classificação dos Fenômenos de Enfermagem

e Classificação das Intervenções de Enfermagem. A Classificação dos

Fenômenos de Enfermagem representa o domínio do cliente, não importando se

esse é o ser humano ou o meio ambiente. A Classificação das Intervenções de

Enfermagem representa o domínio das ações realizadas pelas enfermeiras em

relação aos fenômenos de enfermagem (Mortensen, 1997).

Para chegar à denominação dessas classificações, o CIE questionou “o que

as enfermeiras fazem em relação a determinada necessidade humana para produzir

determinado resultado” (ICN, 1996b). Através do levantamento bibliográfico e da

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 54

pesquisa realizada entre seus membros associados, foram identificados os seguintes

termos: intervenções de enfermagem, ações de enfermagem, tratamentos de

enfermagem, diagnósticos de enfermagem, necessidades do paciente, problemas de

enfermagem, problemas do paciente, fatores de enfermagem, fenômenos de

enfermagem, resultados de enfermagem e resultados específicos de enfermagem no

paciente. A equipe coordenadora do projeto CIPE, examinando essas alternativas,

optou por utilizar, na Versão Alfa, os termos fenômeno de enfermagem e

intervenção de enfermagem.

Na escolha do termo fenômeno de enfermagem, foram levados em

consideração vários aspectos, que serão aqui apontados, tendo como base as

publicações do CIE (ICN, 1996b; 1996a), Nielsen (1996; 1997), Nielsen e

Mortensen (1997), Mortensen (1997). O primeiro aspecto mencionado pelos

referidos autores é o fato de a definição do termo diagnóstico de enfermagem

apresentar problemas conceituais e lingüísticos. Um desses problemas refere-se ao

conceito diagnóstico de enfermagem, que não está bem estabelecido em todos os

países. Em muitos deles acredita-se que o conceito de diagnóstico, e, portanto, o

termo diagnóstico, aplica-se unicamente à prática da Medicina. Para os referidos

autores esse fato é comprovado, quando se examina a definição léxica do verbo

diagnosticar em diversas línguas e se tem a compreensão do termo como uma

atividade médica.

Uma outra alternativa que foi examinada diz respeito à utilização do termo

da CID – 10: Fatores que influenciam o estado de saúde e contato com os

serviços de saúde. Esse é o título do capítulo XXI da CID – 10, onde estão

“aqueles casos em que certas circunstâncias, que não são enfermidades, lesões,

nem causas externas, são classificadas nas categorias A00 – Y89 e registradas

como diagnósticos ou problemas” (ICN, 1996b). Para o CIE, o conceito

diagnóstico de enfermagem na CIPE é, de certo modo, similar a esse termo na CID

– 10, mas não foi aceito em virtude de a frase apresentar-se excessivamente longa e

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 55

por não estar especificamente vinculada ao campo de conhecimento da

Enfermagem, nem às intervenções de enfermagem.

Uma outra decisão tomada pelo grupo de desenvolvimento da CIPE foi sobre

o termo central dessa classificação, que deveria ser um termo análogo aos termos

centrais da CID – 10, ou seja: Doenças, Deficiências, Incapacidades e

Desvantagens. Para os membros do grupo, o termo diagnóstico não preenchia o

critério de ser análogo aos termos centrais da CID – 10, porque ele indica o

processo ou o resultado da identificação de certas condições de saúde, ou seja,

refere-se a atos mentais ou lingüísticos dos profissionais de saúde sobre as

condições de saúde dos pacientes ou clientes. Com base nessas considerações, o

termo fenômeno de enfermagem foi escolhido como o conceito central nessa

classificação e, como complemento análogo, para as Classificações de Doenças,

Deficiências, Incapacidades e Desvantagens.

Fenômenos de enfermagem foram considerados, pelo Grupo de

desenvolvimento da CIPE, como condições de saúde relacionadas com o paciente e

com o cliente, mas também podem ser fenômenos ambientais de interesse para a

Enfermagem, por interferir nas condições de saúde dos pacientes. Para esse mesmo

grupo, o termo Fenômeno é mais adequado, pelo seu significado literal “o que pode

ser observado”, uma vez que a CIPE é uma classificação que descreve os

fenômenos observados na prática clínica da enfermagem. Um outro motivo

apontado pelo grupo é que o termo fenômeno é neutro em relação às estruturas ou

modelos da Enfermagem, e, não sendo específico, desse ou daquele modelo, pode

ser usado em qualquer uma das estruturas teóricas existentes ou nas que vierem a

ser criadas. Fenômeno de enfermagem foi então definido como “os fenômenos

que são diagnosticados pelas enfermeiras e expressam o foco da prática de

enfermagem” (Nielsen, 1996).

Apesar de os argumentos apresentados pelo grupo de desenvolvimento da

CIPE para a escolha do termo fenômeno de enfermagem, pode-se observar, em

grupos de discussões sobre o assunto e em encontros científicos, que não existe um

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 56

consenso, principalmente entre as enfermeiras brasileiras, se este é ou não o melhor

termo para ser utilizado como conceito central nessa Classificação. Como a

construção de um sistema de classificação é um processo em contínuo

desenvolvimento, é de se crer que estudos serão feitos para a análise e utilidade

desse conceito.

Procurando um melhor entendimento do significado desse termo, tendo

como base a literatura da Enfermagem, verifica-se que o mesmo é visto por Meleis

(1997b) como todos os aspectos da realidade que podem ser conscientemente

percebidos ou experienciados. Para a referida autora, fenômenos dentro de uma

disciplina são aqueles aspectos dentro do domínio ou do território dessa mesma

disciplina, sendo, portanto, um termo, descrição ou título dado para descrever uma

idéia sobre um evento, uma síntese, um processo, um grupo de eventos ou um grupo

de situações. Levando em consideração o que expôs a autora, pode-se afirmar que o

termo fenômeno de enfermagem, na CIPE, aplica-se para denominar e descrever as

situações específicas da Enfermagem.

Para a mesma autora, numa outra referência, os fenômenos têm diferentes

significados quando vistos de diferentes perspectivas e através de diferentes

filosofias e estruturas conceituais. Quando os fenômenos são reconhecidos como

fenômenos, quando eles são relacionados com outras classes de fenômenos, e

quando são produzidos e levam a alguma forma ou ordem, eles tornam-se conceitos

de uma disciplina (Meleis, 1997a). Um dos objetivos da CIPE é prover a

Enfermagem de uma linguagem própria, construída a partir de conceitos específicos

da disciplina. Analisando o termo fenômeno, por esse prisma, observa-se a

coerência na sua escolha como conceito central para essa classificação.

Para Kim (1997), o termo fenômeno designa um aspecto da realidade

existente como uma entidade pré-lingüística, adotando um significado lingüistico a

partir da percepção, do reconhecimento e da experiência humana. Um fenômeno

pode ter múltiplos significados, de acordo com o contexto dentro do qual ele é

percebido e interpretado. Fenômenos de enfermagem referem-se a fenômenos que

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 57

pertencem ao interesse epistemológico da Enfermagem. De todos os fenômenos

possíveis na realidade, a Enfermagem, como uma disciplina, considera certos

fenômenos que requerem entendimento e explicação, a fim de melhorar a natureza

da prática de enfermagem, isto é, na perspectiva da Enfermagem. Desse modo, a

designação de fenômeno, como sendo da Enfermagem, depende da natureza da

prática de enfermagem autorizada e/ou institucionalizada dentro de uma sociedade.

Essa afirmação está de acordo com um dos objetivos da CIPE, fixados na proposta

inicial desse projeto, em 1991, que se refere à descrição dos elementos da prática de

enfermagem, consubstanciado nos cuidados de enfermagem, dispensados à

população em diversos contextos institucionais e não institucionais.

As dificuldades enfrentadas na escolha do termo fenômeno de enfermagem

também foram evidenciadas, numa menor intensidade, no termo intervenção de

enfermagem, que é definido como a ação realizada em resposta aos fenômenos

diagnosticados pelas enfermeiras. Para fins da CIPE, o termo intervenção de

enfermagem abrange toda a diversidade de atividades de enfermagem (cognitivas,

afetivas e psicomotoras), que incluem a promoção da saúde, a prevenção de

enfermidades, a restauração da saúde e o alívio do sofrimento. Com relação ao

terceiro elemento, o CIE tem elegido como termo preferido “resultado da prática de

enfermagem no paciente”, que define como o estado, condição ou percepção geral

do paciente ou da família, que se derivam das intervenções de enfermagem (ICN,

1996b).

A etapa seguinte na construção das pirâmides foi o desenvolvimento de uma

arquitetura para as classificações dos fenômenos e das intervenções de enfermagem.

Para o desenvolvimento dessa arquitetura foram utilizadas, como estrutura teórica,

as teorias de definição e classificação, da forma como são descritas na Filosofia e

utilizadas em trabalhos sobre padronização na informatização dos cuidados de

saúde, que têm sido selecionadas como uma estrutura teórica comum para

discussões da linguagem e classificação, relativas à CIPE (Nielsen, 1996). De

acordo com a estrutura teórica utilizada, classificação é um sistema de conceitos ou

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 58

um grupo de termos inter-relacionados, ligados por relações genéricas. Para os

referidos autores, a ênfase sobre “um sistema de conceitos” é diferente da ênfase

sobre “um grupo de termos inter-relacionados”, pois conceitos são apropriados para

serem entidades abstratas não lingüísticas, que são expressas ou representadas por

termos lingüísticos.

Conceito é entendido nessa classificação como uma “unidade de pensamento, que,

para ser comunicado e/ou compartilhado por outras pessoas, tem que ser expresso

em palavras. Estas palavras são combinadas e apresentadas seguindo regras para

formar uma linguagem, que é usada pelas enfermeiras para expressar os conceitos

de enfermagem” (Nielsen, 1996).

Para o CIE (ICN, 1996b), não é tarefa fácil identificar as palavras ou

sinônimos que devem ser utilizados para descrever os conceitos de enfermagem,

uma vez que podem-se usar vários termos distintos para se descrever um único

conceito de enfermagem. Em se tratando de vocabulários normalizados é

necessário fazer-se a seleção de um termo preferido, ou seja, cada conceito deve ser

cuidadosamente analisado para se identificar seu significado exato. Na seleção do

termo preferido existem alguns aspectos, que merecem ser considerados, quando se

tenta definir os termos específicos de uma profissão, como, quando as palavras são

utilizadas de uma maneira especial em contextos particulares podem adquirir

significado novo e muito específico. Outras vezes, o conceito é tão complexo para

poder ser expresso com uma só palavra, que requer a combinação de várias

palavras, formando uma frase. Em algumas linguagens, a ordem das palavras na

frase influi em seu significado. Outras vezes, ordenar as palavras de uma maneira

particular para se conseguir uma normalização e precisão do significado dá lugar a

uma frase inadequada, não refletindo o seu uso na linguagem corrente. Dessa

forma, pode-se afirmar que definir os termos é uma tarefa muito complexa. A

finalidade geral de definir as palavras é facilitar a comunicação e,

conseqüentemente, tornar mais claro o significado das mesmas.

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 59

Existem vários métodos para se formular as definições de termos. A CIPE

utilizou o método de definição por classe e diferença. Esse método define um

conceito, especificando a classe principal de objetos à qual ele pertence e as

características que o distinguem de todos os outros membros da classe. Esse

método de definição implica também em situar os termos em ordem crescente – a

classe como termo superior e a espécie como termo inferior, subordinado. Ao se

situar os termos em posições superior e subordinada, cria-se uma relação

hierárquica entre os conceitos. Dessa forma, pode-se considerar que existe relação

genérica entre os conceitos, quando o subordinado tem todas as características do

conceito de ordem superior e, pelo menos, uma característica diferenciadora.

Nessa classificação, o significado do termo é dado pela definição e pela sua

posição na estrutura arquitetônica da classificação. A descrição completa de um

conceito requer que se reconheçam todas as características dos níveis pertinentes de

abstração superior. As características têm a dupla função de identificar um conceito

e diferenciá-lo de outro, o que também é expresso nos princípios arquitetônicos

(ICN, 1996b).

A diferença da CIPE das demais classificações de Enfermagem existentes e

de outras classificações utilizadas na área da saúde, como a CID – 10, é sua

construção de acordo com as regras de classificação, nas quais todos os conceitos se

definem e se situam sistematicamente em um marco de relações hierárquicas. Uma

relação hierárquica é a que se dá entre conceitos, e se estabelece através de divisão

de um conceito de ordem superior em conceitos subordinados, para formar um ou

mais níveis adjacentes, que se denominam níveis de abstração. A divisão entre os

níveis adjacentes deve ser feita seguindo-se um princípio específico, que se chama

princípio de divisão. De certo modo, as classificações existentes na Enfermagem

são fragmentadas, porque os conceitos não estão sistematicamente relacionados

entre si, nem definidos sistematicamente. As definições se dispersam em todas as

direções. A Versão Alfa, diferentemente, persegue a finalidade de ser um sistema

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 60

holístico de conceitos inter-relacionados, que se definem uns em função dos outros

(Nielsen, 1996).

Os conceitos da Classificação de Fenômenos de Enfermagem são definidos

por suas características essenciais, que representam observações empíricas,

diretamente observadas, e inferências mentais indiretamente observadas. Dessa

forma, as características cobrem, tanto os sinais objetivos que são observados e

inferidos pelas enfermeiras, como os sintomas subjetivos que são verbalizados pelo

cliente e interpretados pelas enfermeiras (Mortensen, 1997). Sem dúvida, não se

deve supor que todas as definições são baseadas exclusivamente em características

essenciais, nem que se tenha identificado todas as características importantes, pois o

próprio CIE reconhece que as “definições apresentadas são imprecisas e não estão

suficientemente claras para serem utilizadas na prática clínica” (ICN, 1996b).

3.1.1 Classificação dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE – Versão

Alfa

A Classificação dos Fenômenos de Enfermagem foi construída como uma

classificação monohierárquica, em cujo vértice encontra-se um único princípio geral

de divisão – o termo fenômeno de enfermagem. O princípio lógico de divisão

utilizado foi o foco da prática de enfermagem, onde os seus múltiplos campos de

ação podem ser vistos no contexto mais amplo de um referencial teórico que

descreve a estrutura da realidade, de acordo com distintos níveis, que vão, desde os

grupos de pessoas que constituem as sociedades, às propriedades físicas

fundamentais (Figura 2).

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 61

Figura 2 Versão modificada dos Níveis de Descrição da Realidade de Blois, M. S.,

apresentada no Information and Medicine: the nature of medical

descriptions, University of California Press, 1994: 113.

+3 Sociedade, estruturas econômicas e políticas +2 Comunidade +1 Família 0 Paciente como agente individual intencional, por exemplo, atividades de

auto-assistência -1 Sensações da pessoa, como dor -2 Paciente como um todo corporal: movimentos do corpo -3 Partes principais do paciente: tórax, abdômen, cabeça -4 Sistema fisiológico: cardiovascular, respiratório -5 Órgão, como: coração, vasos sangüíneos -6 Parte de um órgão ou tecido: miocárdio, medula óssea -7 Célula: epitelial, fibroblasto ou linfócito -8 Parte de uma célula: membrana, núcleo -9 Macromolécula: enzima, proteína estrutural, ácido nuclêico -10 Micromolécula: ácido ascórbico, glicose -11 Átomos ou íons: sódio, ferro

Fonte: ICN (1996b); Mortensen (1997).

A escolha desse modelo, como princípio de divisão para se organizar todos

os conceitos, ou seja, os termos utilizados para denominar os fenômenos de

enfermagem, está de acordo com o ponto de vista do CIE, o de que o

desenvolvimento da CIPE deve ser feito a partir de um quadro conceitual definido,

mas não dependente de um quadro teórico particular ou de qualquer um dos

modelos de Enfermagem (Mortensen, 1997).

Cada nível de descrição pode apresentar uma rede específica e distintiva de

conceitos e classificações. Um grande número de disciplinas tem evoluído,

baseando o desenvolvimento dos seus conhecimentos científicos em um ou mais

desses níveis da realidade. Nesse enfoque, o paciente e/ou cliente pode ser descrito

com base em diferentes níveis. A descrição das células corporais e dos tecidos é

utilizada nas ciências da Citologia e Histologia, que são os focos dos biologistas e

dos patologistas, respectivamente (Mortensen, 1997). Da mesma forma, a descrição

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 62

dos sistemas fisiológicos é encontrada nas ciências biomédicas e constitui o foco

profissional dos médicos cardiologistas, pneumologistas, urologistas, entre outros.

Até o presente momento, não é possível identificar, na literatura da

Enfermagem que trata da construção da CIPE, o horizonte teórico-filosófico

utilizado para a escolha deste modelo de descrição da realidade. Para o CIE (ICN,

1996b), esse modelo teórico proporciona exemplos de focos da prática de

enfermagem em função dos quais podem-se subdividir os fenômenos de

enfermagem, assegurando-se, também, que um único princípio geral de divisão guie

as subdivisões dos diferentes níveis. O seu uso é importante, porque os critérios

estabelecidos pelo CIE para a CIPE deixam claro que, para que essa classificação

seja útil e amplamente aplicada, deve basear-se num núcleo central, no qual possa

haver adições, mediante um processo contínuo de desenvolvimento e

aperfeiçoamento.

Explicando a utilização do modelo de descrição da realidade, acima referido,

na construção da arquitetura da Classificação de Fenômenos de Enfermagem,

Nielsen (1996) e Mortensen (1997) afirmam que, aplicando-se o princípio geral de

divisão nos diferentes níveis de descrição (Figura 2), dos níveis + 3 ao – 4, têm-se

os conceitos do núcleo central da classificação, apresentados na Figura 3. Com base

nesses mesmos autores, será feita a descrição da Classificação de Fenômenos de

Enfermagem.

A primeira subdivisão dos fenômenos de enfermagem é feita em dois

grandes focos, um representado pelos níveis com números negativos até o – 4,

incluindo o zero, e um outro representado pelos números positivos: fenômenos de

enfermagem pertencentes ao Ser Humano e fenômenos de enfermagem

pertencentes ao Meio Ambiente, que refletem o foco da prática de enfermagem na

atenção primária e secundária de saúde.

Cada um dos conceitos do núcleo central da classificação se subdivide e é

nesse espaço que aparecem os fenômenos de enfermagem que são de relevância

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 63

direta para a sua prática clínica, ou seja, os termos usados para denominar as

situações ou problemas de enfermagem.

Figura 3 Arquitetura da Classificação dos Fenômenos de Enfermagem apresentada na CIPE – Versão Alfa.

Fonte: ICN (1996b)

Esse tipo de princípio de divisão pode ser ou não o mais adequado para todas

as especialidades da Enfermagem. Esse fato é enfatizado pelo CIE (ICN, 1996b),

quando deixa claro que os princípios de divisão estão incompletos, reforçando que

as discussões desses princípios e as sugestões de alternativas serão bem-vindas,

dentro do processo de consulta.

Na escolha da definição da localização dos termos na classificação foram

levados em consideração, além das características específicas dos mesmos, o

julgamento profissional e as pesquisas realizadas na área de Enfermagem. Tanto

Mortensen (1997), como Nielsen (1997), autores da arquitetura da CIPE, afirmam

Ser Humano Meio Ambiente

FunçõesPsicológicas

Fenômeno deEnfermagem

FunçõesFisiológicas

Razões paraAção

Ações

Físico

Meio Ambiente Humano

Família

Comunidade Biológico

Artificial

Meio AmbienteNatureza

Sociedade

PessoaFunções

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 64

que as ambigüidades nas definições dos termos dificultaram a construção da

classificação e, conseqüentemente, a sua aplicação na prática clínica. Lembram que

os dicionários não podem ser consultados a fim de decidirem quais características

essenciais poderiam ser consideradas as mais proeminentes e as mais precisas,

numa perspectiva da Enfermagem. Tais decisões só serão possíveis de ser tomadas

a partir de julgamentos profissionais e do desenvolvimento de pesquisas de

validação dos termos nas diversas áreas clínicas da Enfermagem.

Para a construção da pirâmide conceitual dos fenômenos de enfermagem

foram utilizados implicitamente outros princípios arquitetônicos: as características

dos conceitos de cada nível formam-se dos conceitos de cada um dos níveis

superiores; os conceitos identificam-se e diferenciam-se de outros conceitos do

mesmo nível por suas características especificas; os conceitos não são totalmente

independentes, mas estão sistematicamente relacionados entre si; as classes ou

categorias devem ser exaustivas (devem abranger todas as espécies pertencentes a

um determinado gênero); as classes ou categorias devem ser exclusivas (não deve

haver nenhuma superposição entre elas).

3.1.2 Classificação das Intervenções de Enfermagem – CIPE Versão Alfa

Na classificação das intervenções foram utilizados os mesmos princípios

arquitetônicos da classificação de fenômenos, com a inclusão de dois outros

princípios: 1) A classificação é multiaxial, isto é, o termo do vértice subdivide-se,

seguindo mais de um princípio geral de divisão; 2) A classificação é matricial, isto

é, alguns conceitos não são primitivos, mas existem combinações de conceitos

primitivos.

A decisão sobre os princípios de divisão para a classificação das intervenções

de enfermagem foi mais difícil do que para a classificação dos fenômenos. Para isso

foi utilizada a técnica de análise lógica, a partir da qual foram identificados seis

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 65

princípios de divisão, que se expressam como eixos da classificação das

intervenções de enfermagem (ICN, 1996b).

Cada eixo divide-se em classes, segundo suas características específicas:

Eixo A – Ações: Intervenções de enfermagem subdivididas de acordo com a prática

de enfermagem – observando, gerenciando, desempenhando, cuidando e

informando; Eixo B – Objetos: Intervenções de enfermagem subdivididas de

acordo com o objeto da prática de enfermagem – fenômenos de enfermagem e

outros objetos que não sejam fenômenos de enfermagem; Eixo C – Métodos:

Intervenções de enfermagem subdivididas de acordo com o método da prática de

enfermagem – procedimentos e intervenções situacionais; Eixo D – Meios:

Intervenções de enfermagem subdivididas de acordo com os meios da prática de

enfermagem – instrumentos e recursos humanos; Eixo E – Lugar do Corpo:

Intervenções de enfermagem subdivididas de acordo com o lugar do corpo da

prática de enfermagem – localização anatômica e vias anatômicas; e Eixo F –

Tempo/Local: Intervenções de enfermagem subdivididas de acordo com o

tempo/local da prática de enfermagem – tempo e local (Marin, 1997).

Segundo o CIE (ICN, 1996b), nem todos os usuários da CIPE necessitam de

utilizar todos os eixos para direcionar as intervenções de enfermagem. Mas, devem

considerar a relação que existe entre as três partes da CIPE, uma vez que uma das

finalidades principais dessa classificação é habituar as enfermeiras a examinar a

eficácia de seus cuidados e decidir sobre qual a intervenção que vai produzir os

melhores resultados para um determinado fenômeno de enfermagem. A vinculação

entre essas duas classificações dá-se, quando a enfermeira, utilizando o julgamento

clínico associado a seus conhecimentos e experiências prévias, diagnostica um

fenômeno e determina as intervenções que devem ser usadas para alcançar o

resultado esperado.

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 66

3.2 Construção da Classificação Internacional para a Prática de

Enfermagem – Versão Beta da CIPE

O CIE tem recebido, desde a publicação da CIPE – Versão Alfa, comentários

e críticas das suas Organizações membros, de enfermeiras, de consultores experts e

recomendações de vários projetos de avaliação e comprovação da Versão Alfa, tais

como: estudos de validação multinacionais, resultados da verificação da utilização

da CIPE no projeto TELENURSE na Europa e dos projetos regionais da América

Latina e da África do Sul na área da assistência primária de saúde, que têm

contribuído para a sua reformulação e, conseqüentemente, para o desenvolvimento

dos trabalhos da Versão Beta da CIPE (ICN, 1998).

Em março de 1998, o CIE apresentou as novas decisões adotadas pela Equipe

de desenvolvimento da CIPE, na construção de um modelo experimental da Versão

Beta. Esse modelo é um exemplo de como pode ser construída a CIPE, numa

abordagem multiaxial, mas, é necessário levar-se em consideração que o mesmo

persegue a finalidade de conseguir suportes mais amplos para o processo e para o

desenvolvimento de uma Versão Beta no futuro. Na Versão Beta, a CIPE

continuará a ser desenvolvida como um marco unificador, ou seja, o CIE continua

reconhecendo o trabalho existente dos diversos sistemas de classificação em

Enfermagem, permitindo a configuração cruzada dos termos das classificações

existentes e de outras que vierem a ser desenvolvidas. Dessa forma, o CIE reafirma

que um dos principais critérios dessa classificação é o de poder ser suficientemente

ampla e sensível à diversidade cultural, de modo que sirva para os múltiplos fins e

propósitos requeridos pelos distintos países onde será utilizada (ICN, 1998).

Similarmente à Versão Alfa, o foco central da Versão Beta continua sendo a

prática de enfermagem descrita como um processo dinâmico sujeito a mudanças. Os

componentes principais continuam a ser os Fenômenos de enfermagem, as Ações

de enfermagem e os Resultados de enfermagem, num enfoque multiaxial. A

classificação multiaxial permite mais de uma divisão do termo superior (top term) e

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 67

combinações dos conceitos das distintas divisões e eixos. Para o CIE, o uso de um

enfoque multiaxial proporciona maior solidez à classificação e serve de base para

diversificar a expressão dos conceitos necessários em uma classificação

internacional (ICN, 1998).

Na Enfermagem a transformação das classificações monoaxiais em

classificações multiaxiais ou poli-hierárquicas pode ser ilustrada, resumindo-se as

quatro gerações ou tipos de classificação.

As classificações de primeira geração constituem-se mediante princípios

arquitetônicos que descrevem um número ordenado de conceitos, ou seja, são listas

sistemáticas. Foi dessa forma que começou a ser desenvolvida a CIPE, com uma

lista alfabética dos termos constantes em todos os sistemas de classificação de

enfermagem identificados na literatura especializada. Outros exemplos desse tipo de

classificação são: os 21 problemas de Abdellah, a Nursing Intervention Lexicon and

Taxonomy – NILT (Léxico e Taxonomia das Intervenções de Enfermagem),

elaborada nos Estados Unidos por Susan Grobe, e a Lista Belga de 23 intervenções

de enfermagem (Nielsen e Mortensen, 1997; Coenen, 1998).

As classificações de segunda geração são constituídas, obedecendo a

princípios hierárquicos. Pertencem a essa segunda geração: a Classificação dos

Fenômenos de Enfermagem da CIPE, a Classificação de Diagnósticos de

Enfermagem da NANDA, a Classificação de Omaha, a Classificação de

Intervenções de Enfermagem e a Classificação de Cuidados Domiciliares de Saúde

de Saba (Nielsen e Mortensen, 1997; Coenen, 1998).

As classificações de terceira geração constituem-se como ampliação das

classificações de segunda geração, permitindo mais de uma divisão do termo

superior (top term) e combinações de conceitos de diversas divisões e eixos. A

Classificação de Intervenções de Enfermagem da Versão Alfa da CIPE é um

exemplo desse tipo de classificação de terceira geração. As Classificações de

Fenômenos e Resultados de Enfermagem da CIPE, na Versão Beta, serão

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 68

desenvolvidas como classificações multiaxiais, portanto, de terceira geração

(Nielsen e Mortensen, 1997; Coenen, 1998).

As Classificações de quarta geração são consideradas um aperfeiçoamento

das de terceira. Nesse tipo de classificação as normas para as combinações dos

conceitos estão explícitas. Até o presente momento não foi identificado nenhum

exemplo de sistema de classificação de quarta geração, na Enfermagem (Nielsen e

Mortensen, 1996; Coenen, 1998).

A escolha de um sistema de classificação de terceira geração para a

construção da Versão Beta da CIPE, fundamenta-se, principalmente, nas seguintes

vantagens: maior liberdade de combinação de conceitos, uma vez que não existe

uma combinação prévia dos mesmos; diminuição dos níveis hierárquicos; existência

de um único princípio global de divisão para cada classificação; possibilidade de os

usuários fazerem as combinações dos conceitos contidos na classificação, de acordo

com a sua realidade e experiência; flexibilização e aumento do poder expressivo da

linguagem da Enfermagem decorrente das combinações a posteriori, evitando-se a

normalização da linguagem da profissão (Nielsen e Mortensen, 1996).

Na Versão Beta as definições contidas na Classificação de Fenômenos de

Enfermagem têm sido revistas para serem rearranjadas numa abordagem multiaxial.

Nessa versão, Fenômeno de enfermagem é definido como “fator que influencia o

estado de saúde e constitui o objeto das ações de enfermagem”, e, diagnósticos de

enfermagem, como “um título dado pela enfermeira para uma decisão sobre um

fenômeno de enfermagem, que é o foco das intervenções de enfermagem.” Para o

CIE, o diagnóstico de enfermagem é construído a partir dos conceitos contidos nos

eixos da Classificação dos Fenômenos (Coenen, 1998).

Na mudança de uma abordagem monoaxial da Versão Alfa para uma

abordagem multiaxial na Versão Beta, para a Classificação de Fenômenos de

Enfermagem, os seguintes eixos foram desenvolvidos: foco da prática de

enfermagem, julgamento, grau (severidade), freqüência, cronicidade,

topografia/lateralidade, lugar do corpo e suscetibilidade. O eixo que se refere

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 69

ao foco da prática de enfermagem está descrito na Classificação de Fenômenos de

Enfermagem da Versão Alfa da CIPE. No eixo do julgamento é apresentada uma

lista, bastante extensa, de qualificadores dos fenômenos, vários dos quais são

identificados na bibliografia de Enfermagem, permitindo à enfermeira criar seus

próprios conceitos, combinando diferentes focos da prática de enfermagem com o

julgamento adequado para chegar ao diagnóstico de enfermagem (Nielsen e

Mortensen, 1997).

Os referidos autores afirmam que nem todos os julgamentos diagnósticos têm

que estar orientados para problemas. Algumas vezes sugerem-se qualificadores que

evidenciam comportamentos saudáveis ou potencialidades dos indivíduos. Em

conseqüência, julga-se que alguns fenômenos de enfermagem, positivos, podem ser

fortalecidos ou intensificados, levando a diagnósticos de bem-estar. É proposto,

também, que os diagnósticos sejam expressos em diferentes graus, a fim de

possibilitar a mensuração dos resultados clínicos de enfermagem de maneira mais

precisa.

Figura 4 Arquitetura do Eixo Foco da Prática de Enfermagem na Classificação dos Fenômenos de Enfermagem/CIPE – Versão Beta.

Fonte: ICN (1998)

Ser Humano Meio Ambiente

Grupo

Família

Indivíduo

Funções

Pessoa Comunidade

Sociedade

Meio Ambiente Físico

Meio Ambiente Biológico

Meio Ambiente Artificial

Fenômeno de Enfermagem

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 70

Outra mudança significativa apresentada pelo CIE, na Versão Beta, para a

Classificação dos Fenômenos de Enfermagem, diz respeito a sua estrutura, como

apresentada na Figura 4.

Duas grandes mudanças foram feitas: 1) As categorias Família,

Comunidade e Sociedade passaram da categoria Meio ambiente para a de Ser

humano e se classificam abaixo da categoria Grupos; 2) A reclassificação da

categoria Sensações, que passou a Função. Com essas mudanças o eixo focos da

prática de enfermagem, ficou constituído de dois termos no seu ápice: Ser

humano e Meio ambiente. Abaixo do termo Ser Humano foram classificados os

fenômenos de caráter Individual, subdivididos em Funções e Pessoa, e de Grupos,

incluindo Família, Comunidade e Sociedade. Abaixo do termo Meio ambiente

estão colocados os fenômenos relacionados com o Meio ambiente físico, biológico

e artificial (Coenen, 1998).

O CIE (ICN, 1998), afirma que estão sendo envidados grandes esforços no

desenvolvimento e revisão dos termos contidos no eixo foco da prática de

enfermagem. Como na Versão Alfa, cada termo é definido por um conceito geral

(classe) e pelas características específicas deste conceito (espécie). Nas novas

definições que estão sendo desenvolvidas e revistas serão identificadas, também,

outras características que freqüentemente identificam o conceito. O CIE solicita às

enfermeiras que contribuam para esse processo atual de desenvolvimento e revisão

dos termos.

A Classificação de Intervenções de Enfermagem, substituída, na Versão

Beta, pela denominação Classificação das Ações de Enfermagem, é também uma

classificação multiaxial ou de terceira geração. Nessa classificação o termo ações

de enfermagem foi definido como “os procedimentos das enfermeiras na prática

assistencial”, e as intervenções de enfermagem como “a ação realizada em

resposta a um diagnóstico de enfermagem visando à obtenção de um resultado de

enfermagem” (ICN, 1998).

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 71

Para continuar o desenvolvimento da classificação acima referida, o CIE

propõe um método fundamentado na linguagem, que utiliza como marco referencial

as categorias lingüísticas. No eixo principal são classificados os tipos de ações,

representados por verbos. Outra mudança apresentada foi a alteração nos eixos que

passaram a ser: Tipos de Ações, Objetos, Receptor, Métodos e Instrumentos.

Dessa forma, nessa classificação, as intervenções de enfermagem são constituídas

dos conceitos contidos nos eixos.

Nas orientações para a Versão Beta da CIPE, a definição de resultados foi

revisada, passando a ser “a mensuração da mudança de um diagnóstico de

enfermagem num período determinado de tempo, após a execução das intervenções

de enfermagem” (ICN, 1998).

Em junho de 1999, o CIE disponibilizou, em sua homepage na internet, a

Classificação Internacional da Prática de Enfermagem – Versão Beta 1,

apresentando, similarmente à Versão Alfa, os seus três componentes: Fenômenos,

Resultados e Ações de enfermagem (ICN, 1999a). Esses componentes continuaram

a ser definidos da mesma forma como foram descritos em agosto de 1998 e

apresentados anteriormente neste trabalho.

Nessa versão, a Classificação de Fenômenos de Enfermagem foi

desenvolvida numa abordagem multiaxial, constituída de oito eixos denominados

de: Foco da prática de enfermagem, compreendido como a área de atuação

descrita nos regulamentos sociais e políticos da profissão e nas estruturas

conceituais da prática de enfermagem; Julgamento, definido como a opinião

clínica, a estimativa ou determinação pelo profissional de enfermagem sobre o

estado de um fenômeno de enfermagem, incluindo a qualidade relativa à

intensidade ou grau de manifestação desse fenômeno; Freqüência, entendida como

o número de ocorrências ou repetições de um fenômeno de enfermagem num

determinado intervalo de tempo; Duração, significando o intervalo de tempo

durante o qual um fenômeno de enfermagem ocorre; Parte do corpo, definida

como a posição anatômica ou localização de um fenômeno de enfermagem;

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 72

Topologia, compreendendo a região anatômica em relação ao ponto médio ou à

extensão de uma área anatômica de um fenômeno de enfermagem; Suscetibilidade,

significando a probabilidade de ocorrência de um fenômeno de enfermagem;

Distribuição, entendida como a difusão de um fenômeno de enfermagem entre

pessoas que apresentem esses fenômenos (ICN, 1999a). Em outubro de 1999 o CIE

apresentou uma modificação no eixo de Distribuição que passou a ser denominado

de Portador e definido como a entidade que pode ser vista como portadora do

fenômeno de enfermagem (ICN, 1999b).

O primeiro eixo, o Foco da prática de enfermagem, corresponde à

Classificação de Fenômenos de Enfermagem apresentada na Versão Alfa, que é o

objeto de estudo deste trabalho. No eixo Foco da prática de enfermagem os

fenômenos de enfermagem constituem dois grandes blocos: os relacionados com o

Ser humano e os com o Meio ambiente, totalizando 655 termos, ou seja, 362

termos a mais do que os 293 apresentados na Versão Alfa.

De acordo com a nova árvore taxonômica apresentada pelo CIE (veja Figura

5), no bloco Ser Humano, foram classificados os fenômenos de caráter Individual,

subdivididos em Funções e Pessoa, e de Grupo, incluindo a Família e a

Comunidade. No bloco relacionado com o Meio ambiente estão colocados os

fenômenos relacionados com o Meio ambiente natural, subdividido em Meio

ambiente físico e Meio ambiente biológico, e com o Meio ambiente construído

pelo homem, incluindo Infra-estrutura, Sistema de suporte, Desenvolvimento

do país, Normas e atitudes e Política.

As maiores diferenças apresentadas nessa nova arquitetura para o Eixo Foco

da prática de enfermagem estão relacionadas com a exclusão do conceito Sociedade

da categoria Grupo, e a substituição do conceito Meio ambiente artificial da

categoria Meio ambiente, por Meio ambiente construído pelo homem.

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 73

Figura 5 Arquitetura do Eixo Foco da Prática de Enfermagem na Classificação dos Fenômenos de Enfermagem – CIPE Versão Beta.

Fonte: ICN, 1999c.

O CIE também apresenta, na Versão Beta, as regras para a construção do

diagnóstico de enfermagem a partir dos eixos da Classificação de Fenômenos de

Enfermagem. Para o CIE (ICN, 1999a) um diagnóstico de enfermagem deve: 1)

incluir um termo do eixo foco da prática de enfermagem; 2) conter um termo do

eixo de julgamento ou do eixo de suscetibilidade; 3) considerar opcionais termos

dos outros eixos, que servem para expandir ou aumentar a compreensão do

diagnóstico de enfermagem; 4) permitir só ser usado um termo de cada um dos oito

eixos que constituem a Classificação de Fenômenos de Enfermagem.

Ser Humano Meio Ambiente

Pessoa

Fenômeno deEnfermagem

Funções Família

Comunidade

Infra-estrutura

Meio Ambiente Natural

AmbienteFísico

AmbienteBiológico

Sist. suporte

Desenv. do país

Meio AmbienteConst.p/homemGrupoIndivíduo

Política

Normas atitudes

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 74

A Classificação de Ações de Enfermagem continua a ser desenvolvida numa

abordagem multiaxial, obedecendo às mesmas definições apresentadas em agosto

de 1998, mas com alterações significativas nos seus eixos, que passaram dos cinco

anteriormente apresentados, para oito. Esses eixos são: Tipo de ação, representado

por uma ação de enfermagem; Alvo, significando a entidade que é afetada pela ação

de enfermagem ou que proporciona o conteúdo da ação de enfermagem; Meio,

entendido como a entidade usada na execução de uma ação de enfermagem,

podendo incluir instrumentos definidos, como as ferramentas utilizadas no

desenvolvimento de uma ação de enfermagem e serviços, definidos como trabalhos

específicos ou planos usados quando se desenvolve uma ação de enfermagem;

Tempo, entendido como a orientação temporal de uma ação de enfermagem,

podendo incluir um período de tempo (evento), definido como um momento de

tempo, e intervalo de tempo (episódio), definido como a duração entre dois eventos;

Topologia, significando a região anatômica em relação a um ponto ou à extensão de

uma área anatômica envolvida numa ação de enfermagem; Localidade, entendida

como a orientação espacial anatômica de uma ação de enfermagem, incluindo local

do corpo, definido como a localidade anatômica da ação e lugar, definido como a

localidade espacial onde a ação está ocorrendo; Via, entendida como o caminho

onde a ação de enfermagem é executada; Beneficiário, significando a entidade que

recebe as vantagens de uma ação de enfermagem (ICN, 1999a).

Os Resultados de Enfermagem continuam a ser vistos como uma mensuração

da mudança de um diagnóstico de enfermagem num período determinado de tempo,

após a execução das intervenções de enfermagem. Para o CIE, a Classificação de

Resultados de Enfermagem tem como propósito começar a identificar e a distinguir

as contribuições específicas da Enfermagem, numa perspectiva dos resultados nos

cuidados da saúde. A ênfase na eficácia de cuidados de saúde tem resultado em

muitos esforços para descrever e definir resultados e medidas de resultados (ICN,

1999a).

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Classificação Internacional da Prática de Enfermagem 75

Para o CIE, 1999 foi considerado o ano de transição para a CIPE. Para 2000

a meta é a aprovação de mecanismos de desenvolvimento e manutenção da CIPE,

incluindo mecanismos que envolvam enfermeiras de todas as associações membros

e experts em informática e classificação (ICN, 1999c).

Com base no que foi relatado, pode-se afirmar que, até o presente, muitos

esforços já foram feitos no sentido de se desenvolver uma classificação

internacional para a prática de enfermagem. Dentre esses esforços pode-se ressaltar

a tradução da CIPE Versão Alfa em diversas línguas, sua disseminação e avaliação

em vários países, todo o trabalho de construção da Versão Beta, a divulgação, via

internet, da Versão Beta 1 e a publicação da Versão Beta para testagem clínica e

avaliação. Como o desenvolvimento da CIPE é um processo a longo prazo, o

contínuo envolvimento das enfermeiras de todo mundo é visto pelo CIE como um

ponto positivo e necessário para que essa classificação possa representar a

diversidade da Enfermagem mundial.

Partilhando dessa opinião, decidi realizar este estudo, tendo como objetivos a

equivalência semântica dos fenômenos de enfermagem constantes na CIPE –

Versão Alfa, e a verificação de sua utilização na prática de enfermagem, mesmo

tendo a consciência de que esse é um processo em desenvolvimento contínuo e que,

durante a realização do estudo, mudanças iriam acontecer. Mas acredito que a

contribuição do estudo será de fundamental importância para a expansão e

aprofundamento de estudos nessa área.

Page 76: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Procedimentos Metodológicos 76

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4.1 Considerações sobre o referencial metodológico

Houve, nas duas últimas décadas, uma proliferação de Sistemas de

Classificação na Enfermagem, a maioria desenvolvida nos Estados Unidos, com

um crescente interesse em traduzi-los para aplicação em outras culturas. Esse tem

sido considerado um dos fatores que tem contribuído para a expansão da pesquisa

transcultural em Enfermagem. McDermott e Palchanes (1994), apontam as

mudanças nas definições geográficas e políticas dos países, a emigração das

pessoas e a natureza global da Enfermagem, como outros fatores que contribuíram

para o desenvolvimento de estudos que utilizam a metodologia de pesquisa

transcultural.

Os objetivos da pesquisa transcultural, segundo Irvine e Carroll3, citados em

Jones (1987), podem ser operacional e comparativo. O objetivo é considerado

operacional, quando o estudo determina a distância cultural entre grupos ou seu

grau de aculturação. Nesse caso, a cultura na qual o instrumento ou o sistema de

classificação foi desenvolvido, funciona como critério para interpretação dos

resultados. Quando o objetivo é o comparativo, o estudo consiste em testar um

construto através de culturas. Nessa perspectiva é necessária a adoção de uma

abordagem metodológica objetiva, sistemática e rigorosa para que a estrutura

original do instrumento testado não se modifique sob as influências culturais.

3 IRVINE, S. H.; CARROLL, W. K. Testing and assessment across cultures: issues in methodology and theory. In: TRIANDIS, H. D.; BERRY, J. W. (Eds.) Handbook of cross-cultural psychology: Methodology. Boston: Allyn & Bacon, v. 2, p. 181-224. 1980.

Page 77: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Procedimentos Metodológicos 77

Apesar dos diversos trabalhos que discutem as metodologias e as

dificuldades das traduções transculturais em Enfermagem, não parece haver um

consenso entre os autores sobre a melhor metodologia para se realizar a tradução de

instrumentos desenvolvidos em outra língua e cultura (Jones e Kay, 1992).

Para Guillemin, Bombardier e Beaton (1993), a adaptação transcultural

pressupõe a combinação de duas etapas interligadas – a tradução do instrumento e

sua adaptação propriamente dita. A partir da tradução literal de palavras e

situações de um idioma para outro, de um contexto cultural para outro, procede-se a

avaliação da qualidade da medida adaptativa em relação à sua compreensão,

validade aparente e de conteúdo, replicagem e adequação.

A utilização de instrumentos ou de sistemas de classificação traduzidos

depende do rigor científico com o qual eles foram avaliados e revisados na cultura

alvo, sendo, para isso, necessário o seguimento de alguns passos.

Todo projeto de pesquisa transcultural envolve o uso da linguagem e,

conseqüentemente, problemas de comunicação podem ocorrer com a tradução de

uma simples sentença. A revisão da literatura especializada indica a falta de

padronização de abordagens para a adaptação transcultural de sistemas de

classificação, mas apresenta um grande número de metodologias para a tradução e

adaptação de instrumentos, que apresentaremos para justificar a escolha da

metodologia que foi utilizada neste estudo.

Brislin (1970), com base num estudo que objetiva investigar fatores que

afetam a qualidade da tradução, como a equivalência entre as versões original e

alvo, que podem ser avaliadas, e na revisão da literatura especializada, apresentou

uma sugestão de procedimento metodológico constituído de cinco etapas, para

prover uma tradução adequada do inglês para outras línguas. Cada etapa pressupõe

uma situação ideal, contudo, é possível fazer mudanças nos procedimentos para

adequá-los ao projeto de pesquisas. Para o referido autor, as etapas são: 1)

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Procedimentos Metodológicos 78

Instrução de um bilíngüe para traduzir a fonte em inglês para a língua alvo, e de um

outro bilíngüe para fazer a back-translation da língua alvo para o inglês. 2) Exame,

por vários juizes, da fonte em inglês, da tradução para a língua alvo e da back-

translation, para identificarem erros que levem a diferenças de significados, e,

ainda, se possível o questionamento de outros juízes, depois de lerem somente uma

das versões. Se forem identificados erros, deve-se repetir a primeira etapa, apenas

utilizando os dados conflitantes. 3) Na não existência de erros de significado, fazer

o pré-teste do material traduzido, com pessoas que falem a língua alvo. Revisão da

tradução e do original em inglês, a partir dos resultados do pré-teste. Exame

criterioso da tradução, por outro bilíngüe. 4) Demonstração da adequação da

tradução, encaminhando-se o material para sujeitos bilíngües, vendo alguns a

versão em inglês, outros a tradução na língua alvo e outros ambas as versões. As

respostas devem ser similares entre os grupos, e verificadas através do significado,

do desvio padrão e de coeficiente de correlação. 5) Relato das experiências,

usando-se diferentes critérios para a equivalência.

Problemas de equivalência em traduções são freqüentemente observados.

Secherest, Fay e Zaidi (1972), descrevem cinco formas de equivalência, que

apresentam diferentes tipos de efeitos e conseqüências nas traduções: equivalência

de vocabulário – uso da linguagem dos respondentes prospectivos e não uma

simples equivalência de palavras; equivalência idiomática – busca de expressões

ou explicações correspondentes na língua alvo, uma vez que expressões idiomáticas

são impossíveis de se traduzir; equivalência sintático-gramatical – busca de

tempos verbais usuais na língua alvo (estar atento para o fato de que as mudanças

de tempos verbais podem implicar em mudanças de sentido); equivalência

conceitual – verificação se os diferentes conceitos usados têm as mesmas

conotações em ambas as culturas envolvidas; equivalência experiencial –

verificação se as experiências reais descritas no instrumento contêm o mesmo

sentido em ambas as culturas e eliminação, nessa equivalência, dos itens que não

têm contrapartida na cultura alvo.

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Procedimentos Metodológicos 79

Para Flaherty et al. (1988), algumas dimensões de equivalência transcultural

precisam de ser respeitadas num processo de tradução: equivalência de conteúdo -

o conteúdo de cada item de um instrumento tem que ser relevante para o fenômeno

em cada cultura estudada; equivalência semântica ou de vocabulário e sintático-

gramatical - o significado de cada item deve permanecer o mesmo, após a

tradução para o idioma de outra cultura; equivalência técnica - o método de coleta

de dados deve ser comparado, em cada cultura, no que diz respeito aos dados que

produz; equivalência de critério - a interpretação da medida da variável deve

permanecer a mesma, quando comparada com a norma para cada cultura estudada e

equivalência conceitual - o instrumento deve medir o mesmo constructo teórico

básico em diferentes culturas.

Essas dimensões de equivalência são listadas numa ordem que os autores

acreditam ser a mais lógica e conveniente para ser utilizada. Mas, ressaltam que

cada dimensão é mutuamente exclusiva. Qualquer item ou instrumento pode, por

essa razão, ser equivalente transculturalmente em uma ou mais dessas dimensões e

não equivalente em outras.

Para Munford (1991), as dimensões de equivalência transcultural que devem

ser respeitadas num estudo transcultural são: 1) equivalência lingüística – pode ser

medida pela diferença do escore de cada sujeito; 2) equivalência conceitual – pode

ser medida através de índices de correlação, cuja significância estatística indica que

há equivalência entre as respostas e, portanto, há compreensão; 3) equivalência de

escala – detecta o mesmo fenômeno em ambas as línguas, através da aplicação do

instrumento.

Plass (1991) descreve uma única dimensão de equivalência transcultural – a

equivalência de tradução, dividida em duas fases: a) onde se utiliza, como

critério, a back-translation, considerada fidedigna, b) onde se obtêm correlações

estatísticas significantes entre os escores resultantes da aplicação do instrumento,

em ambas as versões (original e traduzida), a uma amostra de sujeitos bilingües.

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Procedimentos Metodológicos 80

Guillemin, Bombardier e Beaton (1993), após uma ampla revisão da

literatura especializada nas áreas de Psicologia e Sociologia sobre metodologias de

adaptação transcultural, desenvolveram uma proposta metodológica, incluindo

recomendações para se obter equivalência transcultural analisando os seguintes

aspectos: tradução semântica, idiomática, experiencial ou cultural e conceitual.

Essa proposta inclui cinco etapas: tradução e back-translation por pessoas

qualificadas, revisão da tradução por um comitê de juízes, pré-teste para a

equivalência com o uso da back-translation adaptada, ponderação dos escores e

avaliação das propriedades psicométricas do instrumento adaptado.

Embora não haja um consenso a respeito de metodologias, dentre todas as

propostas apresentadas, um aspecto de equivalência aparece em todas elas – a

equivalência semântica. Deve-se reconhecer que essa equivalência é

particularmente difícil de ser atingida em pesquisas transculturais (Flaherty et al.,

1988; Secherest, Fay e Zaidi, 1972). Para os referidos autores a solução para o

estabelecimento da equivalência semântica é associar o uso de tradutores ao bom

conhecimento, tanto da linguagem de origem, como da linguagem alvo de tradução,

o que é possível ser feito por meio da técnica da back-translation, desenvolvida por

Werner e Campbell, em 1970 e descrita em detalhes por Brislin, em 1970. Essa

técnica é considerada, atualmente, na literatura especializada, a mais adequada, no

sentido de se obter um maior grau de equivalência.

A técnica da back-translation consiste em se traduzir o material de uma

língua para outra, por um bilíngüe4 ou profissional altamente proficiente na língua

alvo da tradução. Esse material já traduzido é então retrotraduzido para a língua

original por outro tradutor ou tradutores. As duas versões do original podem ser

então comparadas para se avaliar a adequação da tradução. Se existirem grandes

4 O conceito de bilíngüe, em pesquisas transculturais, é mencionado, assim, por Garyfallos (1991): pessoa que é fluente em duas línguas e viveu pelo menos um ano em cada país, sendo portanto bicultural. O fato definidor do conceito deve ser a residência em ambos os países, o que é necessário para que um indivíduo entenda os diferentes significados das palavras e não seja apenas capaz de traduzi-las de uma língua para outra.

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Procedimentos Metodológicos 81

diferenças entre as versões, sugere-se ao pesquisador que faça uma nova tradução

para melhor aproximá-la do original (Brislin, 1970). Sempre haverá alguma

diferença entre as duas versões, requerendo, segundo Flaherty et al. (1988), um

julgamento do pesquisador de que as duas versões são equivalentes, classificando

os itens como tendo: exatamente o mesmo significado em ambas as versões,

quase o mesmo significado ou significado diferente. Os termos com significados

diferentes devem ser revistos, para se manter a sua inclusão no estudo.

Estudos, usando variações do processo de tradução de Brislin, são

encontrados na literatura especializada. McDermott e Palchanes (1994), fazendo

uma revisão da literatura sobre os elementos críticos na teoria de tradução,

apresentam alguns desses estudos. Hansen e Fouad5, em 1984, traduziram do

inglês o SCII (Inventário de Interesse de Strong-Campbell) para a língua espanhola,

objetivando testar uma metodologia de tradução e validação de uma fonte para uma

retro-tradução equivalente. Esse estudo foi desenvolvido, utilizando-se a técnica

sugerida por Brislin, com modificações, em três etapas do processo: 1) tradução

para a língua espanhola, por expert, incluindo revisão, correção e modificações

feitas por um segundo bilíngüe e uma revisão final, por um terceiro expert; 2) back-

translation feita por um quarto bilíngüe, incluindo correção da back-translation

das palavras com significados errados; 3) teste de campo com a fonte e a back-

translation, feito junto a estudantes hispânicos e americanos, com a comprovação

deste teste através de testes estatísticos não-paramétricos. Bracken e Fouad6, em

1987, numa pesquisa desenvolvida na pediatria, traduziram o Bracken Basic

Concepts Scale – BBCS, do inglês para o espanhol, desenvolvendo as seguintes

etapas: 1) tradução do original em inglês para uma versão em espanhol; 2)

realização de uma back-translation; 3) repetição das duas primeiras etapas, até que

5 HANSEN, J. C.; FOUAD, N. A. Translation and validation of the Spanish form of the Strong-Campbell Interest Inventory. Measurement and Evaluation in Guidance, v. 16, n. 4, p. 192-197, 1984. 6 BRACKEN, B.; FOUAD, N. A. Spanish translation and validation of the Bracken Basic Concept Scale. School Psychology Review, v. 16, n. 1, p. 94-102, 1987.

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Procedimentos Metodológicos 82

a back-translation fosse aceita como equivalente à fonte; 4) revisão e modificação

da back-translation por um comitê de bilíngües adultos; 5) teste piloto da back-

translation com um grupo de crianças.

McDermott e Palchanes (1994) apontam ainda outros exemplos de pesquisa

e afirmam que a necessidade do desenvolvimento de pesquisa transcultural é

geralmente aceita, mas existem poucos relatórios de estudos quantitativos na

Enfermagem, que possam servir de modelo para futuras pesquisas. Ressaltam que

existem três grandes considerações que devem ser levadas em conta no

desenvolvimento de estudos transculturais: o tempo e o custo financeiro; a escolha

da técnica adequada de tradução; o detalhamento dos passos desenvolvidos no

estudo.

A técnica da back-translation descrita por Brislin foi utilizada para traduzir

o questionário de uso da Classificação de Intervenções de Enfermagem (NIC) do

inglês para o coreano e depois para o inglês, a fim de se estabelecer equivalência.

As etapas da back-translation utilizadas foram as seguintes: 1) um bilíngüe

traduziu todos os itens do instrumento original para a linguagem alvo (coreano); 2)

um bilíngüe traduziu a tradução da língua alvo para a língua original; 3) a versão

original e a back-translation foram comparadas por equivalência (Yom, 1998).

Segundo a referida autora, alguns títulos das intervenções e suas definições foram

de difícil tradução pelos seguintes fatores: diferenças estruturais entre a língua

inglesa e a coreana; uso de palavras modificadoras em inglês, que não podem ser

traduzidas na mesma ordem para o coreano; palavras que são difíceis de se traduzir

porque não existem no coreano ou necessitam de ser mais concisas antes de serem

traduzidas. A despeito desses problemas apontados, a tradução do questionário de

uso da NIC para o coreano foi completa e muitas das intervenções foram fáceis de

ser traduzidas. A autora conclui que uma das grandes vantagens dessa tradução foi

facilitar a comunicação entre as enfermeiras e sugere o uso de método similar para

a validação dessas intervenções em outras linguagens.

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Procedimentos Metodológicos 83

Tendo em vista todas as propostas metodológicas apresentadas e os

exemplos de pesquisas realizadas, neste estudo será adotada a equivalência

semântica sugerida por Brislin (1970), com algumas das modificações introduzidas

por Bracken e Fouad e por Flaherty e colaboradores, para que sejam alcançados os

objetivos do estudo. Para isso, serão desenvolvidas as seguintes etapas: 1) tradução

da Classificação de Fenômenos de Enfermagem em inglês para a língua

portuguesa, por um bilíngüe, incluindo revisão, correção e modificações feitas por

um outro bilíngüe e uma revisão final realizada por um terceiro expert; 2) back-

translation feita por um quarto elemento bilíngüe, incluindo revisão, correção e

modificações da back-translation, procurando corrigir erros da língua portuguesa,

passagens truncadas e informações desencontradas de acordo com o original, por

um quinto elemento bilíngüe; 3) revisão e modificação da back-translation por um

grupo de experts na área de Enfermagem, para que seja feita a correlação das

versões (original, tradução e a back-translation); 4) verificação da equivalência

semântica dos fenômenos das duas versões, classificando os títulos e as definições

como tendo exatamente o mesmo significado, quase o mesmo significado e

significado diferente; 5) repetição das três primeiras etapas para os termos que não

alcançarem o índice de concordância de 80,0%.

4.2 Tipo de estudo

Estudo do tipo descritivo, desenvolvido numa abordagem quantitativa, em

duas fases: 1) equivalência semântica para a língua portuguesa dos fenômenos de

enfermagem constantes na CIPE – Versão Alfa; 2) verificação da utilização, na

prática de enfermagem, dos fenômenos equivalentes semanticamente; a

investigação da existência de diferentes denominação para esses fenômenos

submetidos à equivalência semântica e a investigação de outros fenômenos não

constante na CIPE com suas denominações.

Page 84: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Procedimentos Metodológicos 84

4.2.1 Primeira fase da pesquisa

A equivalência semântica dos fenômenos constantes na CIPE – Versão Alfa,

neste estudo, foi realizada no período de setembro de 1997 a agosto de 1998, a

partir do recebimento, pela ABEn, da tradução para o português do Brasil, dessa

Classificação, feita pela Professora Dra. Heimar Fátima Marin, que é proficiente na

língua inglesa e familiarizada com o conteúdo dessa classificação. Esse fato,

segundo Brislin (1970), é condição indispensável para uma tradução adequada.

A partir da liberação, pela ABEn, da tradução da CIPE – Versão Alfa, a

Classificação de Fenômenos de Enfermagem foi submetida a revisões, correções e

modificações na língua portuguesa, levando em consideração a correção da

linguagem propriamente dita, a correção das expressões idiomáticas e a

uniformização da linguagem, feitas por duas professoras de Português. Nessa etapa

optou-se pela utilização dos termos e das características específicas na forma

substantivada: por ser o método usual para trabalhos desse tipo, como dicionários,

glossários; por necessidade de uniformização da linguagem; por o substantivo

apresentar considerável carga semântica; pelo uso de menor número de palavras,

tornando o texto mais objetivo. Também, foi levada em consideração a linguagem

habitual das enfermeiras, os tempos verbais usuais, que podem implicar em

mudança de sentido, e as expressões idiomáticas relacionadas com a língua de

origem (inglesa) e com a língua alvo (português do Brasil). Todas as colaboradoras

envolvidas nessa primeira etapa estavam cientes dos objetivos da tradução, mas só

a bilíngüe, que fez a tradução para o português, tinha formação na área de

Enfermagem, enquanto as demais tinham formação apenas na área de Letras:

língua inglesa e portuguesa.

A partir dessa tradução, foi desenvolvida a back-translation por um outro

bilíngüe, que não estava ciente do objetivo da tradução e não tinha formação

específica na área de Enfermagem. Depois de concluída essa versão, a mesma foi

Page 85: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Procedimentos Metodológicos 85

submetida a um professor de inglês, para revisão, correção e modificações da back-

translation, com referência a termos com significados errados na língua inglesa,

sendo feitas as correções necessárias.

A terceira etapa dessa técnica foi constituída da revisão e modificação da

back-translation por um grupo de experts na área de Enfermagem, que conheciam

o objetivo do trabalho e os conceitos que foram analisados, para que fosse realizada

a correlação das versões (original, tradução e back-translation). O Grupo de

experts teve como finalidade produzir uma versão final da Classificação dos

Fenômenos de Enfermagem da CIPE – Versão Alfa, baseando-se no original, na

tradução e na back-translation e comparando os resultados entre si.

Fizeram parte desse Grupo cinco enfermeiras, todas com o título de Doutor,

docentes de três Universidades brasileiras, especialistas nas diversas áreas da

Enfermagem, sendo duas delas consideradas bilíngües, de acordo com o conceito

de Garyfallos (1991), que considera bilíngüe a “pessoa que é fluente em duas

línguas e viveu pelo menos um ano em cada país, sendo, portanto, considerada

bicultural”.

Para facilitar essa tarefa, foi desenvolvido um instrumento, contendo três

colunas: uma com a classificação original em inglês, outra com a tradução para o

português do Brasil e a última com a back-translation, com um espaço para que

cada membro marcasse se concordava ou discordava da tradução dos títulos e

definições de cada um dos fenômenos e com outro espaço para que, em caso de

discordância, apresentasse as sugestões para modificações na tradução (Anexo 1).

Foi explicado que nessa etapa não estava em discussão se o grupo de experts

concordava ou não com o termo atribuído a determinado fenômeno ou com a sua

significação, nem se esses termos eram usados ou não na nossa prática, mas,

apenas, se existia uma correlação entre os termos originais em inglês e os termos

apresentados na versão feita a partir da tradução. Nessa fase foi verificado o índice

de concordância dos termos entre os experts.

Page 86: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Procedimentos Metodológicos 86

Após essa etapa, verificou-se a equivalência semântica dos fenômenos

(títulos e definições) das duas versões, utilizando uma escala proposta por Flaherty

et al. (1988), classificando os termos como tendo exatamente o mesmo

significado em ambas as versões, quando apresentaram um índice de

concordância, entre os experts, de 100,0%; quase o mesmo significado, quando

apresentaram um índice de concordância de 99,0% a 80,0%, e significado

diferente, quando apresentaram um índice de concordância igual ou abaixo de

79,0%.

Os títulos e as definições dos fenômenos, que não alcançaram um nível de

equivalência igual ou superior a 80,0%, foram submetidos novamente a todo o

processo de equivalência semântica, ou seja, a todas as etapas anteriormente

descritas para, dessa forma, verificar-se a possibilidade de se manter a sua inclusão

na classificação. Nessa fase também foi desenvolvido um outro instrumento,

obedecendo-se ao mesmo formato do questionário utilizado na primeira etapa,

incluindo-se só os títulos e as definições dos fenômenos que não alcançaram um

índice de concordância igual ou acima de 80,0%. (Anexo 2).

Após a realização dessa etapa, foi dada por concluída a técnica da back-

translation, com a produção de uma versão final da tradução da Classificação dos

Fenômenos de Enfermagem da CIPE – Versão Alfa, contendo os títulos e as

definições dos fenômenos que alcançaram um índice de concordância igual ou

acima de 80,0% (Anexo 3).

4.2.3 Segunda fase da pesquisa

A verificação da utilização, na prática de enfermagem, dos fenômenos

equivalentes semanticamente; a investigação da existência de diferentes

denominação para esses fenômenos submetidos à equivalência semântica e de

outros fenômenos não constante na CIPE com suas denominações, foram

Page 87: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Procedimentos Metodológicos 87

desenvolvidas numa abordagem quantitativa, com enfermeiras, docentes e

assistenciais, inscritas no Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba – COREn-

PB, que desenvolvem suas atividades no Estado da Paraíba.

Para a identificação dessa população, foi solicitado ao COREn-PB a relação

das enfermeiras inscritas e em pleno desempenho de suas atividades até junho de

1998, por município ou região. Como o COREn-PB não dispunha dessa relação,

mas, sim do seu quantitativo no Estado, foi enviado o número total de enfermeiras,

com uma estimativa, em percentual, da sua localização. Dessa forma, a população

do estudo foi constituída por 21367 enfermeiras registradas no COREn-PB, das

quais 60,0% encontram-se trabalhando na Grande João Pessoa8, 20,0% na cidade

de Campina Grande e 20,0% nos Demais Municípios do Estado9.

Na definição da amostra optou-se por uma estratificada por conveniência,

para que os resultados do estudo representassem, da forma mais exata possível, a

prática de enfermagem no Estado da Paraíba. Inicialmente, foi calculado o

tamanho global da amostra, com um nível de confiança de 95,0% e um erro de

estimação de 5,0%. Foi utilizada a fórmula para universos finitos10, onde: n =

tamanho da amostra; α2 = nível de confiança; p = proporção de características

pesquisadas no universo, calculada em percentagem; q = 100 – p (em

percentagem); N = tamanho da população e E2 = erro de estimação permitido:

A amostra global calculada foi de 337 enfermeiras. A partir desse número,

foi calculado o tamanho de cada estrato dos grupos amostrais, com a aplicação no 7 Quantitativo de enfermeiras inscritas no COREn/Pb até julho de 1998. 8 Denominação atribuída ao conjunto das cidades de João Pessoa, Santa Rita, Bayeux e Cabedelo. 9 Os Demais Municípios representam 218, que somados aos 4 da Grande João Pessoa e a Campina Grande, totalizam 223 municípios.

qpNENqpn

..)1(...

22

2

αα

+−=

Page 88: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Procedimentos Metodológicos 88

tamanho global da amostra, das percentagens que cada estrato representa na

população. Portanto, a amostra calculada para o estudo foi de 337 enfermeiras,

distribuídas da seguinte forma: 203 na Grande João Pessoa, 67 em Campina Grande

e 67 nos Demais Municípios Paraibanos.

Tabela 1 Descrição da amostra estudada quanto às características sócio-demográficas. Paraíba, 1999.

Características sócio-

demográficas

Especificações

F

%

Sexo Masculino

Feminino

33

345

8,7

91,3

Idade 20 a 30 anos

31 a 40 anos

41 a mais de 50 anos

98

162

118

25,9

42,9

31,2

Nível de educação Graduado

Especialista

Mestre

Doutor

163

154

60

1

43,1

40,7

15,9

0,3

Tempo de experiência

0 a 5 anos

6 a 10 anos

11 a 15 anos

16 a 20 anos

21 a mais de 30 anos

94

77

94

67

46

24,9

20,4

24,9

17,7

12,1

Especialidade Enfermagem Médico-Cirúrgica

Enfermagem em Saúde Pública

Enfermagem Pediátrica

Enfermagem Obstétrica

Enfermagem Psiquiátrica

Enfermagem em Doenças Contagiosas

170

92

57

26

26

7

45,0

24,3

15,1

6,9

6,9

1,9

Campo de atuação Assistencial

Docência

298

80

78,8

21,2

10 Fórmula apresentada em RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social – Métodos e técnicas. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1989.

Page 89: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Procedimentos Metodológicos 89

A amostra do estudo foi constituída de 378 enfermeiras, distribuídas da

seguinte forma: 220 na Grande João Pessoa, 76 em Campina Grande e 82 nos

Demais Municípios Paraibanos, extrapolando em mais de 15,0% a amostra global

calculada para o estudo. Conforme dados apresentados na Tabela 1, essa amostra

tem como características: ser constituída, na sua maioria, de indivíduos do sexo

feminino (91,3%); na faixa etária de 20 a 40 anos (68,8%); com nível de educação

de Graduado (43,1%) e Especialista (40,7%); com tempo de experiência, na área,

de 0 a 15 anos (70,2%); tendo como especialidades de atuação a Enfermagem

Médico-Cirúrgica (45,0%) e a Enfermagem de Saúde Pública (24,3%), atuando na

assistência (78,8%) e na docência (21,2%).

Na seleção da amostra, a anuência, por escrito, como critério para a inclusão

no estudo, foi a garantia da autora deste estudo da observância dos aspectos éticos

da pesquisa em seres humanos, preconizados na Resolução N.º 196/96, do

Ministério da Saúde (Brasil-MS, 1996).

Nessa fase da pesquisa foi utilizado um instrumento, elaborado na forma de

um questionário, a partir dos resultados da equivalência semântica de todos os

títulos e das definições dos Fenômenos de Enfermagem relacionados na

Classificação de Fenômenos de Enfermagem da CIPE – Versão Alfa, contendo os

termos do núcleo central dessa classificação (Anexo 4).

O questionário foi elaborado contendo três seções. A primeira composta de

duas partes: 1) uma escala intervalar tipo Likert, construída ao longo de um

continuum de cinco pontos, que variam entre sempre e nunca, contendo os títulos

dos 269 fenômenos, que estão incluídos no núcleo central da Classificação de

Fenômenos de Enfermagem. A escala acima referida foi utilizada para se verificar

a utilização ou não desses fenômenos na prática assistencial; 2) uma pergunta

aberta, que indaga sobre a utilização de outras denominações para os fenômenos de

enfermagem equivalentes semanticamente à língua portuguesa. A segunda seção

Page 90: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Procedimentos Metodológicos 90

do instrumento foi destinada ao registro da existência e denominação de outros

fenômenos de enfermagem, além dos apresentados na CIPE, que são utilizados na

prática de enfermagem, com suas respectivas características específicas. A terceira

foi constituída de três partes: uma que se destina ao preenchimento, pela

enfermeira, da sua anuência em participar do estudo; a seguinte, de dados sócio-

demográficos das participantes do estudo e de outras questões relacionadas com o

uso e conhecimento dos fenômenos constantes na CIPE – Versão Alfa e a última,

opcional, destinada à informação do endereço das enfermeiras que desejarem

receber os resultados da pesquisa.

Como todos os termos, ou seja, os títulos dos fenômenos, constantes no

instrumento foram submetidos à equivalência semântica e à apreciação por um

grupo de experts na área da Enfermagem, antes da elaboração do questionário,

tendo alcançado um índice de concordância de 98,0%, esta fase foi considerada

uma Validação de Conteúdo dos termos que constituem a escala intervalar do

instrumento. A consistência interna do instrumento foi feita a partir das respostas

dos sujeitos, a todos os itens do questionário, utilizando-se o coeficiente de

consistência interna alfa de Cronbach.

Antes da utilização desse instrumento, foi realizado um estudo piloto, na

cidade de Recife-PE, com dez enfermeiras, que apresentavam as mesmas

características da população alvo da pesquisa, ou seja, docentes e assistenciais, com

inscrição junto ao Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco – COREn-

PE. Esse estudo foi realizado na primeira quinzena do mês de setembro de 1998,

objetivando a revisão do instrumento no que diz respeito à sua compreensão e ao

entendimento da linguagem usada e, conseqüentemente, à habilidade da enfermeira

em compreender e responder às questões. Após a realização desse estudo, foi feita

uma entrevista com todas as enfermeiras envolvidas no processo, quando foi

solicitada a opinião das mesmas sobre o instrumento, levando-se em consideração o

seu formato e o seu conteúdo, identificando-se a seção ou parte em que elas tiveram

Page 91: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Procedimentos Metodológicos 91

maiores dificuldades. Também foi solicitado que apresentassem sugestões de

aperfeiçoamento do questionário. Os resultados desse estudo piloto evidenciaram

que as enfermeiras não apresentaram maiores dificuldades a respeito do

instrumento, mas queixaram-se do seu tamanho e do tempo gasto com o seu

preenchimento, apontando, como única sugestão, a diminuição do tamanho do

mesmo. Mesmo reconhecendo que um longo instrumento seria uma dificuldade na

coleta de dados, optou-se por não se acatar a sugestão de redução do mesmo,

levando-se em consideração a necessidade de atendimento a um dos objetivos do

estudo, que é o de verificar a utilização de todos os termos que alcançaram

equivalência semântica na prática de enfermagem. Esse pré-teste serviu, ainda,

como um teste do processo de coleta e de tratamento dos dados.

A coleta de dados foi iniciada após a aprovação do projeto de pesquisa pelo

Comitê de Ética em Pesquisa da UNIFESP, e realizada pela autora deste estudo, no

período de setembro de 1998 a março de 1999, contando com a colaboração de

cinco enfermeiras, que foram treinadas para esse fim. Para tanto, foi utilizado um

questionário, que foi respondido diretamente pelas enfermeiras, docentes e

assistenciais, que atenderam aos critérios preestabelecidos, ou seja, ter seu registro

de inscrição no COREn-PB, desenvolver suas atividades em um dos três estratos da

amostra e aceitar participar do estudo, assinando o termo de consentimento. A

escolha do método de aplicação do questionário pelo contato direto deveu-se à

possibilidade de a autora deste trabalho e de as enfermeiras colaboradoras poderem

explicar e discutir os objetivos da pesquisa e do questionário e responderem às

dúvidas que pudessem ocorrer durante sua aplicação. Esse contato direto foi

individual ou coletivo, dependendo das oportunidades que foram surgindo durante

o período da coleta de dados.

Essa coleta teve início em 15 de setembro de 1998, começando pelo estrato

correspondente aos Demais Municípios Paraibanos, para aproveitar o deslocamento

da autora do estudo para o interior do Estado, passando depois pelo município de

Page 92: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Procedimentos Metodológicos 92

Campina Grande e, por último, pela Grande João Pessoa. A escolha dos Demais

Municípios Paraibanos11, que constituem o terceiro estrato da amostra, foi feita

com base na sua inserção nos núcleos regionais de saúde do Estado, até completar o

número total de enfermeiras, previamente determinado na amostra para esse

estrato.

Foram distribuídos 1200 questionários, obedecendo à mesma proporção dos

estratos da amostra, ou seja, 720 (60,0%) na Grande João Pessoa, e 240 (20,0%),

respectivamente, em Campina Grande e nos Demais Municípios Paraibanos.

Inicialmente foi feito um contato com as Chefias de Enfermagem e/ou os Gerentes

das Instituições de Saúde e com as Diretoras e/ou Chefes das Escolas/Departamentos

de Enfermagem, para que fossem explicados os objetivos da pesquisa e solicitada

autorização para a distribuição dos questionários às enfermeiras. Depois desse

contato, os questionários foram entregues às enfermeiras, quando foram feitos os

esclarecimentos sobre os objetivos do estudo, sobre sua participação voluntária na

pesquisa e a necessidade do seu consentimento, por escrito, como anuência para

fazerem parte do mesmo. Houve explicação, também, sobre o preenchimento do

questionário e sobre o prazo para sua devolução, que inicialmente foi estipulado em

três dias. Nos estratos Demais Municípios Paraibanos e Campina Grande, os

questionários foram todos entregues num mesmo período, aproveitando-se, como já

foi esclarecido anteriormente, a ida da autora deste trabalho a alguns desses

municípios. No estrato que corresponde à Grande João Pessoa, os questionários

foram distribuídos de acordo com a visita às Instituições de Saúde e às

Escolas/Departamentos de Enfermagem existentes nos municípios que fazem parte

desse estrato.

Como tinha sido previsto no estudo piloto, a maior dificuldade na coleta de

dados foi a devolução dos questionários, devidamente preenchidos. As enfermeiras 11 Os Demais Municípios que fizeram parte da pesquisa foram: Alhandra, Caaporã, Conde, Sapé, Guarabira, Mamanguape, Pedras de Fogo, Sumé, Areia, Cubati, Salgado de São Felix, Cuité, Picuí, Monteiro, Soledade,

Page 93: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Procedimentos Metodológicos 93

apontaram, como maiores entraves, o tamanho do questionário e o tempo gasto

com o seu preenchimento, corroborando a opinião das enfermeiras que

participaram do estudo piloto. Para agilizar essa devolução e alcançar a amostra

global calculada, foram desenvolvidas algumas estratégias, tais como: envio de

uma carta às Chefes de Enfermagem e/ou aos Gerentes das Instituições de Saúde e

às Diretoras e/ou Chefes das Escolas/Departamentos de Enfermagem,

anteriormente contactados, reafirmando os objetivos da pesquisa e solicitando o

empenho dos mesmos, junto às enfermeiras, no preenchimento e devolução dos

questionários; colocação de pastas para recolhimento dos mesmos nas grandes

Instituições de Saúde e nas Escolas/Departamentos de Enfermagem; envio dos

questionários, pelo correio, com reembolso das despesas, para as enfermeiras dos

Demais Municípios Paraibanos; ajuda de duas estudantes de Enfermagem, uma na

Grande João Pessoa e outra em Campina Grande, para visitarem as Instituições,

recolherem os questionários preenchidos e fazerem contatos com as enfermeiras

que deixaram de preencher algum item da escala ou de alguma parte do

instrumento, além do empenho pessoal da autora deste estudo em alcançar a

amostra preestabelecida.

Dos 1200 questionários distribuídos foram recolhidos 412 (34,3%), sendo

descartados do estudo 34, pelos seguintes motivos: a) a falta de assinatura do termo

de consentimento das enfermeiras para participarem do estudo, mesmo tendo

respondido a todos os itens do questionário; b) a falta de respostas a alguns itens do

questionário e a impossibilidade de um novo contato com a enfermeira para a

complementação do instrumento; c) o fato de todos os itens do questionário terem

sido marcados com as opções nunca ou sempre, respectivamente, não oferecendo

variabilidade de respostas; d) a presença de dados de identificação não fidedignos.

Para o tratamento dos dados coletados na pesquisa, os questionários foram

numerados de 001 a 378 e todas as variáveis contidas no instrumento foram Juazeirinho, Santa Luzia, São Mamede, São José, Várzea, Patos, Coremas, Malta, Sousa, Piancó, Pombal,

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Procedimentos Metodológicos 94

codificadas e inseridas em um banco de dados para o processamento da análise. A

análise dos dados da primeira parte do questionário, a escala intervalar, foi feita

quantitativamente, por meio do programa Statistical Package for the Social

Sciences + Personal Computer (SPSS+PC), versão 8.0© para Windows, para se

verificar a utilização dos termos atribuídos aos fenômenos de enfermagem na

prática das enfermeiras paraibanas. A estatística descritiva, a análise de variância e

a análise fatorial foram ferramentas utilizadas para a descrição dos dados e a

obtenção de inferências dos resultados da pesquisa.

Com a finalidade de se discriminar a freqüência de utilização e não

utilização dos termos, foi feita uma redução dos intervalos da escala, de cinco para

três pontos, onde 1 corresponde a nunca utiliza, 2 a utiliza raramente ou

algumas vezes e 3 a utiliza muitas vezes ou sempre. Essa redução de pontos na

escala não interferiu na avaliação final dos dados, uma vez que existem diferentes

maneiras de se trabalhar com a mesma, sem se alterar o processo metodológico da

pesquisa. Nessa etapa, os dados foram analisados por freqüência e percentual e

feitos os cruzamentos de variáveis.

Para facilitar a análise da utilização dos termos pelas enfermeiras, de acordo

com o estrato amostral e área de especialidade, os resultados foram classificados,

levando-se em consideração a sua freqüência de utilização como sendo: sempre,

quando apresentaram freqüência igual a 100,0%, muitas vezes, quando

apresentaram freqüência entre 99,0% a 80,0% e raramente, quando apresentaram

freqüência igual ou abaixo de 79,0%.

Os dados relacionados com as diferentes denominações para os fenômenos

de enfermagem foram apresentados por 62 enfermeiras, ou seja, por 16,4% da

amostra. Como havia sido predeterminado, os dados foram analisados,

inicialmente, por freqüência absoluta e, depois, pela freqüência de concordância

entre as enfermeiras para essas novas denominações. Como nenhum termo

Conceição do Piancó, Teixeira, São José do Rio do Peixe e Cajazeiras.

Page 95: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

Procedimentos Metodológicos 95

apresentou um índice de concordância igual ou acima de 80,0%, considerou-se que

não foi identificada nenhuma nova denominação para os termos que alcançaram

equivalência semântica e, em vista disso, essas denominações não foram incluídas

nos resultados do estudo.

Os dados da segunda seção do questionário, ou seja, a identificação de novas

situações de enfermagem com suas respectivas denominações, com previsão de

análise, utilizando-se a análise de conteúdo, pela quantificação dessas

denominações e, depois, pelo índice de concordância entre as enfermeiras, não

foram desenvolvidos em virtude de só 5,3% (20 enfermeiras) da amostra terem

apresentado algumas situações com suas denominações, que representavam

situações já contempladas nos termos apresentados no questionário.

A terceira seção do questionário foi analisada quantitativamente, por meio

do programa SPSS+PC, utilizando-se a estatística descritiva, com o objetivo de

caracterizar a amostra e cruzar as variáveis com os demais dados do estudo.

A partir desses resultados, foram analisados os termos utilizados pelas

enfermeiras paraibanas na prática de enfermagem e constantes na Classificação de

Fenômenos de Enfermagem – Versão Alfa, tendo como base a literatura de

Enfermagem, que contemple os fenômenos identificados no estudo.

Page 96: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

96

5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Nessa unidade será apresentada a análise e discussão dos resultados das duas

fases da pesquisa: a equivalência semântica para a língua portuguesa dos

fenômenos de enfermagem constantes na CIPE – Versão Alfa; e a verificação de

utilização na prática de enfermagem dos fenômenos equivalentes semanticamente.

Será apresentada, no final de cada fase, uma síntese dos resultados e as conclusões

do estudo.

5.1 Primeira fase da pesquisa: Equivalência semântica para a língua

portuguesa dos fenômenos de enfermagem constantes na CIPE –

Versão Alfa

Os resultados da equivalência semântica dos 293 títulos e das 292 definições dos

fenômenos de enfermagem que resultaram da aplicação da técnica back-translation

apontaram para uma freqüência de concordância, entre avaliadores, de 96,0% para

os títulos e de 89,0% para as definições, conforme apresentada no Gráfico 1.

Submetendo-se os títulos e as definições dos fenômenos ao julgamento se

eles tinham exatamente o mesmo significado em ambas as versões, quase o

mesmo significado ou significado diferente, os resultados evidenciaram que

88,0% dos títulos apresentaram uma freqüência de concordância de 100,0%; 7,0%

uma freqüência de concordância de 80,0%; e 5,0% uma freqüência de concordância

abaixo de 79,0%, conforme pode ser visualizado no Gráfico 2.

Page 97: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

97

Gráfico 1 Freqüência de concordância para os Títulos e as Definições dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE, na primeira etapa da back-translation, por enfermeiras do grupo de experts. São Paulo, 1998.

Gráfico 2 Índice de concordância entre as enfermeiras para os Títulos dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE, na primeira etapa da back-translation. São Paulo, 1998.

0

50

100

150

200

250

300

1 Enfª 2 Enfª 3 Enfª 4 Enfª 5 Enfª

Títulos Definições

14

88%

7%

5%5%

Exatamente o mesmo significado Quase o mesmo significado Significado diferente

14

Page 98: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

98

Quadro 1 Títulos dos Fenômenos de Enfermagem que apresentaram índice de concordância abaixo de 79,0%, incluindo a versão original, a back-translation e as sugestões apresentadas pelo grupo de especialistas. São Paulo, 1998.

Original em inglês Back-translation Sugestões para modificação, na tradução, apresentadas pelo grupo de especialistas

Dry mucous membrane Mucosa seca Membrana mucosa seca Hot flush Rubor com calor Ruborização

Rubor quente Calor/rubor

Decision Tomada de decisão Decisão Coping Estratégia de

enfrentamento de problemas

Estratégia de resolução Coping1 Lidar Lutar

Defensive coping Estratégia defensiva de enfrentamento de problemas

Estratégia defensiva de resolução

Coping disabling Estratégia ineficaz de enfrentamento de problemas

Estratégia de resolução: incapacitante

Ineffective coping specific: rape-trauma, death, divorce

Estratégia ineficaz de enfrentamento de problemas específicos: trauma de estupro, morte e divórcio

Estratégia ineficaz de resolução específica: trauma de estupro, morte, divórcio

Compromised health coping

Estratégia comprometedora de enfrentamento de problemas de saúde

Estratégia comprometida de resolução de problemas de saúde

Health denial Negação de saúde Negação de problemas de saúde

The environment: human Meio ambiente humano Meio ambiente: seres humanos

Inadequate family coping Estratégia inadequada de enfrentamento de problemas familiares

Estratégia de resolução familiar inadequada

Parental role conflict Conflito de papel dos pais Conflito materno e paterno de papéis

The environment: nature Fenômenos de enfermagem pertencentes ao Meio ambiente: natureza

Meio ambiente: natureza

The biological environment

Ambiente biológico Meio ambiente biológico

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99

Os 5,0% dos títulos dos termos que apresentaram índice de concordância

abaixo de 79,0%, representam 14 termos, sendo nove do núcleo Ser humano e

cinco do Meio ambiente, conforme apresentados no Quadro I.

Garcia (1992), analisando as diversas traduções existentes no Brasil para o

diagnóstico de enfermagem da NANDA Coping, como Resposta ineficaz ao

estresse, Lidar individual ineficaz e Lidar ineficaz: individual, ressalta que

essas diversas denominações ocorreram por conta da tradução do termo coping. A

referida autora afirma que a melhor tradução entre as que foram apresentadas,

“parece ser a de lidar”, mas argumenta que, embora o sentido denotativo de lidar

seja semelhante ao do termo cope, o sentido conotativo com que ele é empregado

no diagnóstico não é o mesmo. Argumenta também que o termo coping vem sendo

traduzido como interatuante, tendo como base as definições apresentadas nos

dicionários de psicologia, onde coping significa qualquer ação em que o indivíduo

interatua com o meio, para fins de realizar alguma coisa. A autora discutiu todos

esses aspectos com um especialista em Lingüística Aplicada ao ensino da Língua

Inglesa, “que esclareceu que, no contexto em que o termo está empregado no

inglês, a conotação que mais se aproxima do seu significado é estratégias de

resolução”. Baseada nessas argumentações, a autora sugeriu para esse diagnóstico

e para todos os que têm o termo coping a utilização de Estratégias de resolução,

sugestão que foi aprovada pelo grupo de enfermeiras que analisaram as propostas

de modificações no processo de uniformização da linguagem dos diagnósticos de

enfermagem da NANDA no Brasil.

Na tradução da CIPE – Versão Alfa para o português do Brasil,

desenvolvida por um Grupo de enfermeiras, associadas da ABEn, esses termos

foram traduzidos, acatando-se a denominação utilizada na uniformização da

linguagem dos diagnósticos no Brasil, ou seja: “Estratégias de resolução de

problemas, Estratégias defensivas de resolução de problemas, Estratégias

ineficazes de resolução de problemas; Estratégias ineficazes de resolução de

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100

problemas específicos: trauma do estupro, morte, divórcio, Estratégias de

resolução de saúde comprometidas e Estratégias inadequadas de resolução de

problemas familiares” (Cruz et al., 1997).

Na tradução da Classificação de Fenômenos de Enfermagem, que foi

submetida à técnica back-translation neste trabalho (Marin, 1997), a tradutora

preferiu a utilização do termo Estratégias de enfrentamento, justificando que o

termo coping não tem necessariamente o significado de resolução, mas, sim, de

mecanismos para enfrentamento de problemas.

Pesquisando na literatura especializada o significado do termo coping,

encontra-se, no Lexicon of Psychiatric and Mental Health Terms, organizado pela

OMS, para definir os mais de 700 termos que aparecem na CID – 10 e são

utilizados no campo da saúde mental e psiquiatria, o referido termo definido como

a “habilidade de um indivíduo para ajustamento, adaptação e resolução de

problemas...” No mesmo trabalho, esse termo também é apresentado como coping

mechanisms, significando todos os meios pelos quais um indivíduo adapta-se ao

meio ambiente e resolve problemas com sucesso (WHO, 1994).

Nas traduções existentes para o termo coping, relacionadas com os

diagnósticos de enfermagem da NANDA, na língua espanhola, o mesmo é

apresentado como Afrontamiento, significando a resposta a uma situação,

responsabilidade ou acontecimento (Apalategui e Cuadra, 1995; Zambrana, Goris e

Garcés, 1994). Na tradução para o português de Portugal, a opção inicial para o

diagnóstico de enfermagem da NANDA foi utilizar o termo estratégias de

adaptação (Paiva, 1998), mas na tradução da CIPE está sendo utilizado o termo em

inglês – coping, de acordo “...com o que é corrente na prática clínica de

enfermagem em Portugal, significando lidar com, adaptação, ultrapassar”

(Abecasis, Madeira e Leal, 1997).

Levando-se em consideração a falta de consenso sobre a melhor tradução

para o termo coping, evidenciada nas citações acima referidas e na quantidade de

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101

sugestões que foram apresentadas pelo grupo de especialistas, optou-se, na

reapresentação dos mesmos na segunda etapa da técnica da back-translation, pela

utilização dos termos da forma como foram traduzidos por Marin (1997).

Um outro termo que apresentou divergências significativas entre os

avaliadores foi Hot flush, que foi traduzido como Rubor com calor. Entre as

sugestões apresentadas ressaltam-se ruborização, calor/rubor e rubor quente.

Analisando-se o significado denotativo do termo hot, encontra-se “quente, de modo

quente, ardente, excitado, ávido, fogoso”, e do termo flush, “rubor, vermelhidão,

acesso de febre ou calor, enrubescer, ruborizar-se, fazer corar, ruborização,

avermelhar” (Ferreira, 1998). A partir dos significados denotativos dos termos

pode-se inferir que o termo rubor quente é o mais apropriado para essa tradução.

O termo Health denial foi traduzido literalmente como Negação da saúde,

exemplificando muito bem o que colocam Secherest, Fay e Zaidi (1972), quando

afirmam que o significado essencial de um termo ou expressão, na maioria das

vezes, não pode ser traduzido literalmente, o que torna desejável uma maior

flexibilidade na retro-tradução. Esta flexibilidade foi levada em consideração pelas

avaliadoras, quando sugeriram o acréscimo da palavra problemas, para que o

termo Negação de problemas de saúde tivesse o sentido discursivo de negação de

mudanças no estado de saúde.

Os termos The environment: human, The environment: nature e The

biological environment foram traduzidos sem a utilização do artigo definido, uma

vez que na língua portuguesa, nesse caso, não existe a necessidade de seu uso e

também para uniformizar os títulos dos termos.

Para os demais termos foram apresentadas as seguintes sugestões: acréscimo

da palavra “membrana” para Mucosa seca (Dry mucous membrane), a retirada da

palavra “tomada” no termo Tomada de decisão (Decision), e a troca da palavra

“pais” por paterno/materno, no Conflito de papel dos pais (Parental role conflict).

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102

Gráfico 3 Índice de concordância entre as enfermeiras para as Definições dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE, na primeira etapa da back-translation. São Paulo, 1998.

Submetendo-se as definições dos termos ao julgamento se elas tinham

exatamente o mesmo significado em ambas as versões, quase o mesmo

significado ou significado diferente, os resultados evidenciaram que 71,0%

tiveram freqüência de concordância de 100,0%; 16,0% obtiveram 80,0% de

freqüência de concordância; e 13,0% ficaram abaixo de 79,0%, conforme pode ser

visualizado no Gráfico 3.

As definições dos termos que apresentaram índice de concordância abaixo

de 79,0% representaram 13,0%, correspondendo a 34 definições, sendo 26 ligadas

ao núcleo de Ser humano e 8 ao de Meio ambiente, conforme apresentadas no

Quadro 2.

71%

16%

13%

13%

Exatamente o mesmo significado Quase o mesmo significado Significado diferente

34

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103

Quadro 2 Definição dos Fenômenos de Enfermagem que apresentaram índice de concordância abaixo de 79,0%, incluindo a versão original, a back-translation e as sugestões apresentadas pelo grupo de especialistas. São Paulo, 1998.

Original em inglês Back-translation Sugestões para modificações, na tradução, apresentadas

pelo grupo de especialistas12 Tissue Perfusion

Alteration: altered movement of blood through tissues for delivery of oxygen and nutrients at the cellular level.

Perfusão tissular alterada: movimentos alterados do sangue nos tecidos por descarga de oxigênio e de nutrientes em nível celular.

Perfusão Tissular Alterada: fluxo sangüíneo alterado nos tecidos para liberação de oxigênio e de nutrientes em nível celular.

Shock: hypotension, coldness of skin and tachycardia due to acute peripheral circulatory failure.

Choque: hipotensão, pele fria e taquicardia devido à aguda falta de circulação periférica.

Choque: hipotensão, pele fria e taquicardia devido à falência aguda na circulação periférica.

Functional Incontinence: urge to void or bladder contractions sufficiently strong to result in loss of urine before reaching an appropriate receptacle.

Incontinência funcional: urgência para esvaziar a bexiga ou contraí-la com força suficiente para resultar em perda de urina antes de alcançar um nível apropriado de arma-zenamento.

Incontinência Funcional: urgência para esvaziar a bexiga ou contraí-la com força suficiente para resultar em perda de urina antes de alcançar um local apropriado. (ou receptáculo apropriado, como vaso sanitário).

Fatigue: tired, sleepiness, frequent yawing, listlessness, not feeling well rested, lack of strength with/without activity.

Fadiga: cansaço, sono-lência, bocejamento freqüente, desatenção, sensação de não estar bem descansado, falta de vigor com ou sem atividade.

Fadiga: cansaço, sono-lência, bocejamento freqüente, fraqueza, sensação de não estar bem descansado, falta de vigor com ou sem atividade.

Birthing: evolving of perinatal body processes maintaining and giving life.

Nascimento: evolução peri-natal do processo corporal de manutenção e ganho de vida.

Nascimento: evolução dos processos corporais perinatais de manutenção e ganho de vida.

Acute Pain: responses are quickly reaching a turning point (self limited) and caused by a concurrent noxious stimulus associated with tissue damage and accompanied by automatic responses.

Dor aguda: respostas que rapidamente alcançam o ponto inicial (autolimitado) e causadas por um estímulo atual e nocivo com dano de tecido e acompanhado por respostas automáticas.

Dor Aguda: respostas que rapidamente alcançam o ponto crítico (autolimitado) causadas por um estímulo nocivo concorrente associado a dano de tecido e acompanhado por respostas automáticas.

Chronic Pain: responses are long lasting and slowly reaching a turning point, not caused by a concurrent noxious stimulus associated

Dor crônica: respostas de longa duração e vagaroso alcance do ponto limite, não causada por um estímulo atual e nocivo associado com dano

Dor Crônica: respostas persistentes e que alcançam o ponto crítico vagarosamente, não causadas por um estímulo nocivo concorrente associado

12 As sugestões apresentadas pelo Grupo de Especialistas estão sublinhadas no texto.

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104

with tissue damage and not accompanied by automatic responses.

de tecido e não acompanhado por respostas automáticas.

a dano de tecido e não acompanhado por respostas automáticas.

Nausea: it is vaguely referred to the epigastrium and abdomen and it is unpleasant.

Náusea: vaga relação desagradável com o epigastro e o abdome.

Náusea: vaga sensação desagradável no epigastro e no abdome.

Consciousness: responsi-veness of the mind to the impressions made by the senses.

Consciência: respostas rápidas da mente a impressões feitas pelos órgãos dos sentidos.

Consciência: responsivi-dade da mente às impressões feitas pelos órgãos dos sentidos.

Somnolence: malignant sleepiness and unnatural drowsiness.

Sonolência: sonolência maligna e não natural, entorpecimento.

Sonolência: sonolência maligna e não natural, entorpecimento (sono induzido).

Stupor: deep sleeping condition with pain responses.

Estupor: condição de sono profundo em resposta à dor.

Estupor: condição de sono profundo com respostas a estímulos dolorosos.

The Personality: dispositions of the person to retain and abandon attitudes over time (second order reasons for actions).

Personalidade: disposição de uma pessoa para reter ou abandonar atitudes no decorrer do tempo (segundo ordem de razões para a ação).

Personalidade: disposição de uma pessoa para reter ou abandonar atitudes no decorrer do tempo (razões de segunda ordem para as ações).

Personal Identity Disturbance: inability to distinguish between self and non-self.

Distúrbio da identidade pessoal: inabilidade para distinguir entre auto-ser ou não.

Distúrbio da Identidade Pessoal: inabilidade para distinguir entre o eu e o não eu.

Situational Low Self-Esteem: negative self-evaluation about self or self-capabilities, inability to accept praise or encouragement in certain situations.

Baixa auto-estima situacional: auto-avaliação ou autocapacidade negativa sobre si mesmo, inabilidade de aceitar prazer e encorajamento em certas situações.

Baixa Auto-Estima Situacional: auto-avaliações negativas sobre si própria ou sobre suas próprias capacidades, inabilidade de aceitar prazer e encorajamento em certas situações.

Chronic Low Self-Esteem: long standing negative self-evaluations about self or self-capabilities.

Baixa auto-estima crônica: auto-avaliação ou autocapacidade negativa sobre si mesmo, com longa duração.

Baixa Auto-Estima Crônica: auto-avaliações negativas persistentes sobre si própria ou sobre suas próprias capacidades.

Psychological Attitudes: the capacity of the person to retain and/or abandon actions. (first order reasons for actions).

Atitudes psicológicas: capacidade da pessoa para reter e ou abandonar ações (primeira ordem de razões para ações).

Atitudes Psicológicas: capacidade da pessoa para reter e/ou abandonar ações (razões de primeira ordem para as ações).

Confusion: disordered thinking characterized by slurred speech, demanding behavior, restlessness, no sense of direction, groping, bewildered, disoriented.

Confusão: pensamento desordenado caracterizado por fala indistinta, comportamento de demanda, agitação, falta de senso de direção, andar às apalpadelas, desnorteamento, desorientação.

Confusão: pensamento desordenado caracterizado por fala inarticulada, comportamento questionador, agitação, falta de senso de direção, tatear com as mãos, desnorteamento,

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desorientação. Acute Confusion: sudden

onset of disordered thinking characterized by slurred speech, demanding behavior, restlessness, no sense of direction, groping, bewildered, disoriented.

Confusão aguda: início abrupto de desordem do pensamento caracterizado por fala indistinta, comportamento de demanda, agitação, falta de senso de direção, andar às apalpadelas, desnorteamento, desorientação.

Confusão Aguda: início abrupto de desordem do pensamento caracterizado por fala inarticulada, comportamento questionador, agitação, falta de senso de direção, tatear com as mãos, desnorteamento, desorientação.

Shame: feelings of loss of self-respect caused by wrong, dishonourable or foolish behavior.

Vergonha: sentimentos de perda do auto-respeito causada por erro, desonra ou comportamento insensato.

Vergonha: sentimentos de perda do auto-respeito causada por comportamento errado, desonroso ou insensato.

Denial: attempts to reduce anxiety by refusal to accept thoughts, feelings or facts.

Negação: tentativas de reduzir ansiedade, recusando aceitar pensamentos, sentimentos ou fatos.

Negação: tentativas de reduzir ansiedade através da recusa para aceitar pensamentos, sentimentos ou fatos.

Defensive Coping: action of self-protection that defend against underlying perceived threats to positive self-regard.

Estratégia defensiva de enfrentamento de problemas: ação de autoproteção que defenda o indivíduo contra ameaças implícitas percebidas para positivo auto-respeito.

Estratégia Defensiva de Resolução: ação de autoproteção que defenda o indivíduo contra ameaças subjacentes percebidas à auto-estima positiva.

Coping: Disabling: diminished problem-solving capacity of person needed in meeting life’s demands and roles.

Estratégia ineficaz de enfrentamento de problemas: diminuída capacidade para resolver problemas de uma pessoa necessitada em atender as demandas da vida e dos papéis.

Estratégia de Resolução: Incapacitantes: capacidade diminuída de solução de problemas, de uma pessoa necessitada, para atender as demandas e os papéis da vida.

Caregiver Strain: diminished problem-solving capacity of a person in response to the demands of providing care for another.

Desgaste do cuidador: diminuída capacidade para resolver problemas de uma pessoa em resposta às demandas de provimento de cuidado de uma outra.

Desgaste do Cuidador: capacidade diminuída de solução de problemas de uma pessoa, em resposta às demandas de provimento de cuidado de uma outra.

Ineffective Coping Specific: Rape-Trauma, Death, Divorce: disabled problem-solving as a result of specific physical or psychic trauma.

Estratégia ineficaz de enfrentamento de problemas específicos: trauma de estupro, morte, divórcio: inabilidade para resolver problemas resultantes de um específico trauma físico ou psíquico.

Estratégia Ineficaz de Resolução Específica: Trauma de Estupro, Morte, Divórcio: incapacidade de solução de problemas, como resultado de um trauma físico ou psíquico.

Communicative Action: Ação comunicativa: ação Ação Comunicativa:

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106

action of transmission messages between individuals using verbal or non verbal action, face to face conversations or remote communication action.

de transmissão de mensagens entre indivíduos usando atos verbais ou não verbais, conversação face a face ou ação de comunicação remota.

ação de transmissão de mensagens entre indivíduos, usando ação verbal ou não verbal, conversação face a face ou ação de comunicação remota.

Social Aggression: violent, assaulting, harmful, illegal or cultural prohibited actions towards others.

Agressão social: ação violenta, assaltante, nociva, ilegal ou culturalmente proibida com relação a outros.

Agressão Social: ação violenta, agressiva, nociva, ilegal, ou culturalmente direcionada a outrem.

Altered Parenting: disturbance and lack of behavioral processes creating an environment that promotes the optimum growth and development of child, lack of bonding.

Paternidade/Maternidade Alterada: distúrbio e falta de processo comportamental que crie um ambiente que promova um ótimo crescimento e desenvolvimento de uma criança, falta de vínculo.

Paternidade/Maternidade Alterada: distúrbio e ausência de processos comportamentais que criem um ambiente promotor de um crescimento e desenvolvimento ótimo de uma criança, falta de vínculo.

Parental Role Conflict: experience of role confusion and conflict as parents in responses to crises.

Conflito de papel dos pais: confusão na experiência de papéis e conflito com os pais em respostas às crises.

Conflito de Papel dos pais: experiência de confusão e conflito de papel, como pais, em resposta a crises.

Economy: money from wages, interests, dividends or other sources available for living and health care expenses.

Economia: dinheiro de salário, aplicações, dividendos ou outras fontes disponíveis para manutenção e despesas com cuidado da saúde.

Economia: dinheiro de salários, investimentos, dividendos ou de outras fontes disponíveis para despesas com o cotidiano e com o cuidado da saúde.

High Infant Mortality Rate: the high ratio of infant deaths, i.e. death of children under one year of age, registered in a given year to the total number of live births registered in the same year, usually expressed as a rate per thousands.

Alto índice de mortalidade infantil: alto índice de mortes de crianças, isto é, morte de crianças abaixo de um ano de idade, registrada em um determinado ano, comparado com o número total de nascidos vivos registrados no mesmo ano, usualmente expresso em percentagem.

Alto Índice de Mortalidade Infantil: alta proporção de mortes de crianças, isto é, morte de crianças abaixo de um ano de idade, registrada em um determinado ano, comparado com o número total de nascidos vivos registrados no mesmo ano, usualmente expressa como uma taxa por mil.

High Early Neonatal Mortality Rate: the high ratio of early neonatal deaths, i.e. live born children who die within the first 168 hours of life in a given year to the total number of live births in the same year, usually expressed as a rate per thousands.

Alto índice de mortalidade neonatal precoce: alto índice de mortes neonatais precoces, isto é, crianças nascidas vivas que morrem nas primeiras 168 horas de vida de um determinado ano, comparado com o número total de nascidos vivos no mesmo ano,

Alto Índice de Mortalidade Neonatal Precoce: alta proporção de mortes neonatais precoces, isto é, crianças nascidas vivas que morrem nas primeiras 168 horas de vida em um determinado ano, comparado com o número total de nascidos vivos no mesmo ano,

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107

usualmente expresso em percentagem.

usualmente expressa como uma taxa por mil.

High Perinatal Mortality Rate: the high ratio of perinatal deaths, i.e. late fetal and early neonatal deaths weighing over 1000g at birth in a given year to the total number of live births in the same year, usually expressed as a rate per thousands.

Alto índice de mortalidade perinatal: alto índice de morte perinatais, isto é, morte de fetos tardios e neonatos, pesando acima de 1000gr no nascimento, em um determinado ano, comparado com o número total de nascidos vivos no mesmo ano, usualmente expresso em percentagem.

Alto Índice de Mortalidade Perinatal: alta proporção de mortes perinatais, isto é, morte de fetos tardios e neonatos, pesando acima de 1000gr no nascimento, em um determinado ano, comparado com o número total de nascidos vivos no mesmo ano, usualmente expressa como uma taxa por mil.

High Maternal Mortality Rate: the high ratio of maternity deaths, i.e. deaths of pregnant women before, during, and after delivery registered in a given year to the total number of pregnant women registered in the same year, usually expressed as a rate per thousands.

Alto índice de mortalidade materna: alto índice de mortes maternas, isto é, morte de mulheres grávidas antes, durante ou depois do parto, registrado em um determinado ano, comparado com o número total de mulheres grávidas registrado no mesmo ano, usualmente expresso em percentagem.

Alto Índice de Mortalidade Materna: alta proporção de mortes maternas, isto é, morte de mulheres grávidas antes, durante ou depois do parto, registrado em um determinado ano e comparado com o número total de mulheres grávidas registrado no mesmo ano, usualmente expressa como uma taxa por mil.

Inadequate Housing: which does not meet accepted and healthy standarde for dwelling place.

Moradia inadequada: o que não pode ser aceito como padrão saudável para servir de habitação.

Moradia Inadequada: o que não satisfaz os padrões de salubridade aceitos para habitação.

Todas as definições desenvolvidas pelo CIE (ICN, 1996b) para os

fenômenos constantes na CIPE – Versão Alfa foram feitas, obedecendo a algumas

regras de classificação, que foram estabelecidas para nortear as suas construções.

São elas: a definição deve ter sentido; não deve ser circular; não deve ser tão ampla

que permita que a palavra que se define se aplique a mais objetos do que os devidos

e nem tão restrita que exclua aplicações legítimas da palavra; deve expor os

atributos essenciais dos conceitos subjacentes à palavra; deve evitar linguagem

ambígua ou obscura; deve ser literal (não ser figurativa, metafórica ou irônica);

deve expressar-se em uma frase positiva e ser neutra, não valorativa.

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108

Todas essas regras, acrescidas dos níveis vocabular, morfológico, sintático,

semântico, de fidelidade ao texto em inglês, da adaptação à prática de enfermagem,

foram levadas em consideração, quando foram analisadas as 34 definições que não

alcançaram índice de concordância igual ou acima de 80,0%. Também foram

levadas em consideração as sugestões apresentadas pelo grupo de especialistas para

modificação na redação do português, para, dessa forma, facilitar o entendimento

do seu significado. Essas sugestões, algumas vezes, estavam relacionadas com a

tradução de adjetivos, com a utilização de sinônimos e, muitas vezes, com o uso de

termos técnicos da área da saúde, mais utilizados pelas enfermeiras na sua prática.

As definições dos termos que apresentaram imprecisão na tradução ou na

versão a partir da back-translation, no nível vocabular, foram analisadas e

acompanhadas das devidas alterações, visando ao uso adequado do(s) termo(s).

Esses termos foram: Fadiga, Consciência e Distúrbio da identidade pessoal. No

nível morfológico, que está relacionado com os aspectos de mudança da flexão

singular/plural e das classes de palavras e com a tradução de substantivo como

adjetivo, os termos que apresentaram imprecisão foram: Nascimento, Dor crônica,

Baixa auto-estima situacional, Baixa auto-estima crônica, Vergonha, Negação,

Ação Comunicativa, Paternidade/Maternidade alterada, Conflito de papel dos

pais e Economia.

No nível sintático, os termos foram analisados, levando-se em consideração

o acréscimo ou eliminação de palavras ou expressões para uma melhor adaptação

semântica e para a manutenção da ordem das palavras no Português, ou seja, para

proporcionar a fidelidade à estrutura sintática portuguesa. Os termos foram:

Náusea, Alto índice de mortalidade infantil, Alto índice de mortalidade

neonatal precoce, Alto índice de mortalidade perinatal e Alto índice de

mortalidade materna.

No nível semântico, que busca um melhor significado para as definições, as

imprecisões foram identificadas nos seguintes termos: Incontinência funcional,

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109

Sonolência, Personalidade, Atitudes psicológicas, Confusão, Confusão aguda,

Estratégia ineficaz de enfrentamento de problemas, Desgaste do cuidador,

Estratégia ineficaz de enfrentamento de problemas específicos: trauma de

estupro, morte, divórcio, Agressão social e Moradia inadequada.

No que diz respeito à fidelidade ao texto em inglês, as definições que

apresentaram imprecisão estão relacionadas com os seguintes termos:

Incontinência funcional, Dor aguda, Dor crônica, Consciência e Negação. As

definições que apresentaram necessidade de adaptação à prática de enfermagem

foram as relacionadas com os seguintes termos: Perfusão tissular alterada e

Choque. É preciso lembrar que esses níveis se cruzam, podendo-se, em alguns

termos, identificar mais de um nível, mas a sua identificação e correção teve um

único propósito – uma melhor equivalência semântica, ou seja, um sentido mais

claro e mais preciso dos títulos e das definições dos fenômenos de enfermagem.

Levando em consideração que o objetivo maior dessa equivalência é a

utilização dessa classificação pelo maior número possível de enfermeiras, mesmo

com uma freqüência de concordância acima de 85,0%, tanto para os títulos como

para as definições, os 44 fenômenos que apresentaram significados diferentes,

sendo dez títulos, trinta definições e quatro títulos com definições, foram

submetidos a todo o processo da técnica da back-translation, para se manter a sua

inclusão na classificação. Todas as sugestões de acréscimos, retiradas ou

modificações dos títulos e das definições dos fenômenos de enfermagem

apresentadas pelas avaliadoras foram levadas em consideração, não tendo sido

descartada, também, mais uma revisão por um especialista em língua portuguesa.

O resultado dessa segunda aplicação da técnica da back-translation apontou

uma freqüência de concordância, entre avaliadores, de 88,6% para os termos e as

definições respectivamente, conforme apresentado no Gráfico 4.

Page 110: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

110

Gráfico 4 Freqüência de concordância para os Títulos e as Definições dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE, na segunda etapa da back-translation, por enfermeiras do grupo de experts. São Paulo, 1998.

Gráfico 5 Índice de concordância entre as enfermeiras para os Títulos dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE, na segunda etapa da back-translation. São Paulo, 1998.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1Enfª 2 Enfª 3 Enfª 4 Enfª 5 EnfªTítulos Definições

84%

5%11%

11%

Exatamente o mesmo significado Quase o mesmo significado Significado diferente

84%

5%11%

11%

Exatamente o mesmo significado Quase o mesmo significado Significado diferente

6

Page 111: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

111

Submetendo-se os mesmos termos à verificação se eles tinham exatamente

o mesmo significado em ambas as versões, quase o mesmo significado ou

significado diferente, os resultados evidenciam que 84,0% dos títulos dos

fenômenos de enfermagem apresentaram um índice de concordância de 100,0%;

5,0% um índice de concordância de 80,0%; e 11,0% uma concordância abaixo de

79,0%, conforme pode ser visualizado no Gráfico 5.

Submetendo-se as definições desses termos à verificação se elas tinham

exatamente o mesmo significado em ambas as versões, quase o mesmo

significado ou significado diferente, os resultados evidenciam que 57,0% tiveram

índice de concordância de 100,0%; 32,0% com 80,0% de concordância; e 11,0%

com concordância abaixo de 79,0%, conforme pode ser visualizado no Gráfico 6.

Gráfico 6 Índice de concordância entre as enfermeiras para as Definições dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE, na segunda etapa da back-translation. São Paulo, 1998.

Tanto os termos, como as definições que apresentaram índice de

concordância abaixo de 79,0%, estão relacionados com o termo coping, nos

seguintes Fenômenos de Enfermagem: Coping, Defensive coping, Coping:

57%

32%

11%

11%

Exatamente o mesmo significado Quase o mesmo significado Significado diferente

57%

32%

11%

11%

Exatamente o mesmo significado Quase o mesmo significado Significado diferente

6

Page 112: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

112

disabling, Ineffective coping specific: rape-trauma, death, divorce, Compromised

health coping e Inadequate family coping. Esses resultados repetem os

alcançados na primeira etapa da back-translation, quando os mesmos termos

apresentaram os maiores índices de discordância entre as avaliadoras.

Levando em consideração que a técnica da back-translation só considera

equivalentes semanticamente os termos que alcançarem um índice de concordância

igual ou acima de 80,0%, esses seis termos, que representam 2,0% dos 293 títulos e

292 definições respectivamente, foram retirados da versão final da tradução da

Classificação dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE – Versão Alfa. A retirada

desses termos não implica que os mesmos estejam descartados da prática de

enfermagem, mas que, neste estudo, eles não serão considerados, tendo em vista a

observância do rigor da técnica. É lamentável a retirada desses termos, que são

comumente utilizados na área de saúde mental e psiquiatria, área de atuação da

autora deste trabalho, mas, ao mesmo tempo, deve-se reconhecer a importância e a

necessidade do desenvolvimento de estudos relacionados com seus significados na

língua portuguesa e na prática de enfermagem, para que, dessa forma, possam, num

futuro próximo, ser incluídos na tradução para o português do Brasil da CIPE –

Versão Alfa.

Realizando-se um índice de concordância, incluindo-se os julgamentos das

duas etapas da técnica da back-translation, pode-se afirmar que a equivalência

semântica da Classificação dos Fenômenos de Enfermagem alcançou um índice de

concordância de 98,0% para os títulos dos fenômenos e para as definições,

respectivamente, conforme apresentado nos Gráficos 7 e 8.

Page 113: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

113

Gráfico 7 Índice de concordância, incluindo os julgamentos das duas etapas da back-translation, dos Títulos dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE. São Paulo, 1998.

Gráfico 8 Índice de concordância, incluindo os julgamentos das duas etapas da back-translation, das Definições dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE. São Paulo, 1998.

A partir desse resultado, pode-se afirmar que os fenômenos de enfermagem

foram traduzidos de forma semanticamente correta. Mas deve-se ressaltar que é

necessário levar em consideração as dimensões geográficas do Brasil, onde existem

diferentes culturas e subculturas, o que significa que essa tradução pode não

apresentar os mesmos resultados junto às enfermeiras das diferentes regiões do

90%

8% 2%

Exatamente o mesmosignificado

Quase o mesmosignificado

Significado diferente

90%

8% 2%

Exatamente o mesmosignificado

Quase o mesmosignificado

Significado diferente

78%

20%2%

Exatamente o mesmosignificado

Quase o mesmosignificado

Significado diferente

78%

20%2%

Exatamente o mesmosignificado

Quase o mesmosignificado

Significado diferente

Page 114: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

114

país. Mesmo tendo-se o cuidado de se atender à fidelidade ao texto em inglês, é

possível que alguns termos tenham pouca validade para uma outra região, apesar do

esforço para que a tradução ficasse sintática, morfológica, semanticamente e em

termos de vocabulário, o mais possível correta.

5.2 Segunda fase da pesquisa: Utilização dos fenômenos de enfermagem

na prática das enfermeiras paraibanas

Nesse item apresentam-se a análise e a discussão dos resultados da segunda

fase deste estudo, divididas nas seguintes partes: 1) Parâmetros psicométricos do

instrumento; 2) Utilização na prática de enfermagem dos fenômenos constantes na

CIPE – Versão Alfa, por estrato amostral e por área de especialidade na

Enfermagem.

5.2.1 Parâmetros psicométricos do instrumento

Na avaliação dos parâmetros psicométricos de um instrumento, deve-se

levar em consideração o estudo da Confiabilidade e da Validade do mesmo. A

Confiabilidade é entendida como o grau de coerência e precisão com que o

instrumento mede o atributo que se propõe a medir (Polit e Hungler, 1995). Pode

ser estimada pelo uso das medidas empíricas do teste-reteste, forma alternativa,

split-half e consistência interna. Neste estudo adotou-se a avaliação da consistência

interna, através do alfa de Cronbach, que indicou um índice de precisão de α =

0.99, sinalizando que o instrumento apresenta consistência interna satisfatória, ou

seja, um alto grau de confiabilidade.

A segunda característica na avaliação dos parâmetros psicométricos de um

instrumento é a Validade, que é definida como a habilidade de um método de medir

Page 115: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

115

o que se propõe (Polit e Hungler, 1995). Existem várias técnicas específicas

empregadas para a investigação da validação de um instrumento. A literatura

evidencia a existência de três estratégias gerais, que são consideradas as mais

usadas para o estabelecimento da validade de medidas produzidas por um

instrumento: Validade de critério, Validade de conteúdo e Validade de construto

(Fletcher et al., 1996; Polit e Hungler, 1995). Neste estudo foram adotadas a

Validade de Conteúdo e a Validade de Construto.

A Validade de Conteúdo, segundo Polit e Hungler (1995), é a estimativa da

capacidade dos itens de um instrumento representarem adequadamente todas as

dimensões do conteúdo a que se destinam. Para a realização dessa validação é

necessário que o instrumento seja apresentado a um corpo de peritos, que é

solicitado a avaliar a relevância de cada item para o domínio e a julgar se eles

representam o conteúdo do domínio em questão. Neste estudo essa validação foi

assegurada através da revisão do corpo de juízes, feita durante a realização da

técnica back-translation, como já foi apresentada no capítulo dos procedimentos

metodológicos e na análise e discussão da primeira fase da pesquisa.

A Validação de Construto é considerada um processo complexo, que

envolve uma ampla variedade de abordagens. Neste estudo utilizaram-se as

abordagens de Análise Discriminante e de Análise Fatorial, para se realizar a

validação de construto do instrumento. A análise discriminante ou validade

discriminante de um instrumento é definida como a extensão com que as diferenças

de resultados obtidos por ele refletem diferenças reais entre os sujeitos, grupos ou

situações quanto à característica que ele procura avaliar, ou diferenças reais em um

mesmo indivíduo, grupo ou situações de uma ocasião para outra (Polit e Hungler,

1995).

Para fins de se efetuar a validação discriminante do instrumento geral, foi

computado um índice geral dos itens constituintes da escala, em seguida obtida a

distribuição dos mesmos, com uma média de 933,8 (DP = 168,70), apontando-se

Page 116: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

116

características predominantes de uma distribuição normal, conforme pode ser

visualizado no Gráfico 9.

Gráfico 9 Distribuição dos escores totais do índice geral do instrumento. Paraíba, 1999

Visando à constituição dos grupos discriminantes, foi adotado o critério do

ponto de corte de 25,0% abaixo da distribuição e de 25,0% acima da distribuição,

tendo como resultado dois grupos de 95 sujeitos, totalizando 190 sujeitos. Para se

desenvolver a análise discriminante, foi calculado o teste t de Student, tendo como

variância todos os itens constantes no instrumento e, como fatores, os dois grupos-

critério. Os resultados demonstraram que todos os itens exerceram efeito de

impacto entre os dois grupos, ou seja, segundo as comparações obtidas, todos os

itens se mostraram significativos a um p < 0,001, o que comprova que o

instrumento apresentou validade discriminante.

Índice Geral

85080 0 ,07 50 ,0

70 0 ,06 50,0

6 0 0 , 05 5 0 , 0 5 0 0 , 0 4 5 0 , 0 4 0 0 , 0 3 5 0 , 0 13 0 0 , 0 1 2 50,0

120 0,01 15 0 ,0

11 0 0,01 05 0 ,0

10 00 ,09 50,0

900 ,00 ,0

F r e q ü ê n c

i a

60

50

40

30

20

10

0

DP = 168,7 Média = 933,8 N = 378

Page 117: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

117

Depois dessa etapa, utilizou-se a Análise Fatorial para se verificar a

validação fatorial dos itens que compõem a escala. Sabe-se que a técnica de análise

fatorial é utilizada com três objetivos principais: 1) permitir avaliar até que ponto

diferentes itens estão ligados ao conceito central estudado; 2) ajudar a determinar

como um grande número de variáveis pode ser reduzido; 3) dar sentido à

variabilidade e à complexidade do comportamento social, reduzindo-o a um

número mais limitado de fatores (Bryman e Cramer, 1992; Kim e Mueller, 1982).

Neste estudo a Análise Fatorial foi utilizada com base no primeiro objetivo, ou seja,

para avaliar a validade fatorial dos fenômenos de enfermagem e para informar até

que ponto eles permitem medir os mesmos conceitos ou variáveis da prática de

enfermagem.

O grau de precisão dos fatores que emergem de uma análise fatorial depende

da dimensão da amostra, embora não haja consenso acerca da dimensão ideal.

Gorsuch13 citado por Bryman e Cramer (1992) defende um número absoluto de

cinco sujeitos por variável e nunca menos do que 100 indivíduos por análise.

Levando-se em consideração esse argumento e o fato de que o instrumento contém

269 variáveis aplicadas a um n = 378, foi necessário dividi-lo em sub-escalas, a

partir dos conceitos centrais da Classificação de Fenômenos de Enfermagem da

CIPE, assim denominadas: Fenômenos de enfermagem pertencentes a Função

Fisiológica (119 termos), Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função

Psicológica (23 termos), Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Razões

para ações (53 termos), Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Ações (48

termos), e Fenômenos de enfermagem pertencentes ao Meio Ambiente (26

termos) (Anexo 5).

Verificou-se, para cada uma das cinco sub-escalas, o índice de

confiabilidade (Alfa de Cronbach), o eigenvalue como também o percentual de

variância explicado por cada fator correspondente, conforme apresentado na Tabela

13 GORSUCH, R. L. Factor analysis. Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum, 1983

Page 118: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

118

2. Foi verificada também, para cada uma das cinco sub-escalas, a carga fatorial dos

seus itens, para se verificar a coerência dos mesmos, dentro de cada sub-escala,

apesar de não se ter como objetivo a exclusão de itens com carga fatorial abaixo de

0,30. Essa análise permeará a discussão dos dados encontrados na Tabela 2.

Tabela 2 Variância explicada pelos cinco fatores (sub-escalas) da Classificação de Fenômenos de Enfermagem da CIPE – Versão Alfa. Paraíba, 1999.

Fatores Eigenvalue % de variância* α de Cronbach

Função Fisiológica 32,17 27,0 0,97

Função Psicológica 7,74 33,6 0,91

Razões para as Ações 21,74 41,0 0,97

Ações 17,35 36,1 0,96

Meio Ambiente 11,47 44,1 0,94

*Percentual de variância explicada dos dados em cada sub-escala e não no total do instrumento.

De acordo com os resultados apresentados na Tabela 2, observa-se que o

fator Função Fisiológica, que representa a sub-escala Fenômenos de enfermagem

pertencentes a Função Fisiológica, apresentou um eigenvalue de 32,17, explicando

27,0% de variância. Dos 119 itens que constituem essa sub-escala, só o item

Estresse de frio apresentou carga fatorial abaixo de 0,30 (0,22). O fator Função

Psicológica, da sub-escala Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função

Psicológica, apresentou um eigenvalue de 7,74, explicando 33,6% de variância.

Todos os 23 itens dessa sub-escala apresentaram carga fatorial acima de 0,30. O

terceiro fator Razões para as Ações, da sub-escala Fenômenos de Enfermagem

pertencentes a Razões para as ações, apresentou um eigenvalue de 21,74,

explicando 41,0% de variância. Todos os 53 itens dessa sub-escala apresentaram

carga fatorial acima de 0,30. O fator Ações, representando a sub-escala Fenômenos

de Enfermagem pertencentes a Ações, apresentou um eigenvalue de 17,35,

explicando 36,1% de variância. Todos os 48 itens dessa sub-escala apresentaram

carga fatorial acima de 0,30. O fator Meio Ambiente, representando a sub-escala

Page 119: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

119

Fenômenos de Enfermagem pertencentes ao Meio Ambiente apresentou um

eigenvalue de 11,47, explicando 44,1% de variância. Essa escala é constituída de

26 itens, entre os quais só o termo Sexismo apresentou carga fatorial abaixo de

0,30 (0,28). Para se avaliar a confiabilidade, foi calculado o coeficiente alfa de

Cronbach, para cada fator (sub-escala) isoladamente, tendo como resultado um alto

índice de confiabilidade interna, variando de 0,97 a 0,91.

De modo geral, a partir dos resultados deste estudo, pode-se afirmar que o

instrumento utilizado tem características psicométricas consistentes, haja vista ter

demonstrado poder de discriminação, adequado índice de consistência interna e

substancial validade fatorial, tornando-se, por isso, um instrumento bastante

confiável na investigação da utilização dos fenômenos de enfermagem na prática

profissional.

5.2.2 Utilização, na prática de enfermagem, dos fenômenos constantes

na CIPE – Versão Alfa

Para se analisar a utilização dos termos nas sub-escalas que constituem a

Classificação de Fenômenos de Enfermagem, foi utilizada uma estratégia de

processamento dos dados, que possibilitou a mensuração das variáveis,

contemplando a utilização e a não utilização dos mesmos na prática de

enfermagem. O reprocessamento dos dados, após essa transformação, permitiu a

construção de novas tabelas para as referidas escalas, e a utilização da Moda, como

indicador da tendência central da distribuição (Anexo 6). Verificou-se, para cada

uma das cinco sub-escalas, o Alfa de Cronbach, tendo como resultado um alto

índice de confiabilidade interna, variando de 0,97 a 0,89.

Page 120: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

120

Gráfico 10 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem por enfermeiras. Paraíba, 1999.

Analisando-se a tendência central da distribuição através da Moda, pode-se

observar, de acordo com o Gráfico 10, que 4,8% (13) dos termos apresentam uma

freqüência maior como nunca utilizados; 28,3% (76) como utilizados algumas

vezes ou raramente e 66,9% (180) como utilizados sempre ou muitas vezes, na

prática de enfermagem das enfermeiras paraibanas.

A utilização de 95,2% (256) dos termos pelas enfermeiras, numa freqüência

de algumas vezes/raramente e sempre/muitas vezes vem, mais uma vez,

confirmar que a Classificação de Fenômenos de Enfermagem foi constituída por

conceitos oriundos da prática de enfermagem, ou seja, de denominações dadas

pelas enfermeiras para os problemas ou situações vivenciadas em sua prática

profissional. Os 4,8% (13) dos termos que apresentaram uma freqüência maior

como nunca utilizados são os seguintes: Estresse de frio (66,7%), Incontinência

por pressão (41,5%), Incontinência reflexa (48,1%), Incontinência de urgência

(44,2%), Tegumento interrompido (46,6%), Constipação percebida (56,6%),

Negligência unilateral (53,4%), Pesar disfuncional (41,8%), Atividade

instrumental da vida diária (39,7%), Desgaste do cuidador (44,4%), Violência

4,8 28,3 66,9

Nunca Algumas vezes/raramente Sempre/muitas vezes

Page 121: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

121

autodirecionada (42,3%), Mutilação genital feminina (48,9%) e Sexismo

(48,1%).

Desses termos, dois: Estresse de frio e Sexismo já foram evidenciados, na

análise fatorial, como os únicos que apresentaram carga fatorial abaixo de 0,30.

Consultando-se a configuração cruzada dos fenômenos de enfermagem,

apresentada pelo CIE (ICN, 1996b), para se identificar a origem desses termos,

observou-se que 8 dos 13 termos (Incontinência por pressão, Incontinência reflexa,

Incontinência de urgência, Tegumento interrompido, Constipação percebida,

Negligência unilateral, Pesar disfuncional, Desgaste do cuidador e Violência

autodirecionada) fazem parte da Taxonomia da NANDA, e que o termo Atividade

instrumental da vida diária é oriundo do sistema de Classificação dos Cuidados

Domiciliares de Saúde – HHCC. Dos demais termos: Mutilação genital feminina,

Estresse de frio e Sexismo, não foi possível identificar a origem, uma vez que os

mesmos não fazem parte da lista inicial de termos derivados das classificações de

enfermagem existentes no mundo, publicada pelo CIE, em 1993, nem da

configuração cruzada apresentada na Versão Alfa da CIPE.

Analisando-se a utilização dos fenômenos de enfermagem nas sub-escalas,

pode-se observar, no Gráfico 11, que a maioria dos termos são utilizados pelas

enfermeiras paraibanas, com uma freqüência de sempre/muitas vezes, nas sub-

escalas de Meio Ambiente, Função Fisiológica, Função Psicológica e Razões para

as Ações, com exceção da sub-escala Ações, onde a maior freqüência de utilização

foi de algumas vezes/raramente.

Page 122: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

122

Gráfico 11 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem por sub-escal as. Paraíba, 1999.

Os 180 termos marcados, como utilizados sempre/muitas vezes, apresentam

a seguinte distribuição: 90 estão na sub-escala Função Fisiológica, 31 na de Razões

para as Ações, 23 na de Meio Ambiente, 21 na de Ações e 15 na Função

Psicológica. Dos 76 termos que foram evidenciados como utilizados algumas

vezes/raramente, 24 fazem parte da sub-escala Função Fisiológica, 23 da de Ações,

19 da de Razões para as Ações, 8 da de Função Psicológica e 2 da de Meio

Ambiente. Os 13 termos que apresentaram uma maior freqüência como nunca

utilizados estão distribuídos da seguinte forma: 5 na sub-escala Função Fisiológica;

4 na de Ações, 3 na de Razões para as Ações e 1 na sub-escala de Meio Ambiente.

Merece destaque o fato de que a sub-escala Função Psicológica foi a única que não

apresentou termos como nunca utilizados.

Para Beyers e Dudas (1989), a base da prática de enfermagem tem seus

conceitos, princípios e fatos derivados das Ciências Físicas, Biológicas e Sociais e

3,8 7,7 88,5

8,3 47,9 42,8

5,6 35,8 58,6

034,8 65,2

4,2 20,2 75,6Função fisiológica

Função psicológica

Razões para as ações

Ações

Meio ambiente

Nunca Algumas vezes/raramente Sempre/muitas vezes

Page 123: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

123

de muitas outras áreas, como a Administração, a Educação e a Psicologia. Esses

conceitos, princípios e fatos proporcionam às enfermeiras um sólido conhecimento

dos mecanismos de saúde e doença, dos meios pelos quais os indivíduos se mantêm

saudáveis, das alterações fisiológicas e psíquicas que ocorrem na doença e das

adaptações pelas quais a pessoa passa ao apresentar modificações em seu estado de

saúde. Acredita-se que a aquisição desses conhecimentos pelas enfermeiras, tanto

na sua formação como na vida profissional, tenha favorecido a alta freqüência de

utilização dos fenômenos constantes na CIPE – Versão Alfa na prática profissional

das enfermeiras paraibanas.

5.2.2.1 Utilização dos fenômenos de enfermagem por enfermeiras paraibanas,

de acordo com o estrato amostral

A análise da utilização dos fenômenos de enfermagem por enfermeiras, de

acordo com o estrato amostral, foi feita a partir da freqüência de utilização,

considerando-se como sendo sempre utilizados, quando os termos apresentaram

uma freqüência igual a 100,0%, muitas vezes, quando apresentaram freqüência

entre 99,0% a 80,0% e raramente, quando apresentaram freqüência igual ou abaixo

de 79,0%.

O Gráfico 12 apresenta os resultados da distribuição da freqüência

percentual de utilização dos fenômenos de enfermagem, por enfermeiras

paraibanas, nos três estratos amostrais do estudo: Grande João Pessoa, Campina

Grande e Demais Municípios Paraibanos, tendo como base a nova classificação dos

dados. Visualiza-se que as enfermeiras dos Demais Municípios utilizam sempre

um maior número de termos (38,3% [103]), se comparados com os outros dois

locais: João Pessoa (1,1% [3]) e Campina Grande (7,1% [19]), e que utilizam um

menor número de termos raramente (14,1% [38]), diferenciando-se também das

outras duas localidades – Grande João Pessoa (29,8% [80]) e Campina Grande

Page 124: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

124

(25,3% [68]). Observa-se, também, no gráfico acima, que a localidade Demais

Municípios é a que menos utiliza os termos numa freqüência de muitas vezes,

ficando com um percentual de 47,6% (128) contra 69,1% (186) e 67,6% (182),

respectivamente, da Grande João Pessoa e de Campina Grande.

Gráfico 12 Distribuição do percentual de utilização dos fenômenos de enfermagem por enfermeiras paraibanas, de acordo com o estrato amostral. Paraíba, 1999.

Com o objetivo de se verificar a direção do impacto das diferenças

observadas, foi desenvolvida a análise de variância (ANOVA), seguida do teste

Post Hoc de Tuckey, que tem como finalidade indicar a direção do impacto das

Diferenças Honestamente Significantes – DHS, observadas no cálculo da análise de

variância. O resultado da ANOVA foi significativo para efeito do estudo com F (2:

375) = 19,616, p < 0,000 (DHS Tuckey p < 0,05), apontando para a existência de

diferenças honestamente significativas, de acordo com a localidade de utilização

dos termos, por enfermeiras (Tabela 3).

38,3 47,6 14,1

7,1 67,6 25,3

1,1

69,1 29,8Grande João Pessoa

Campina Grande

Demais Municípios

Sempre Muitas vezes Raramente

Page 125: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

125

Tabela 3 Análise de Variância dos itens do instrumento que compõem a Classificação de Fenômenos de Enfermagem e os locais de utilização. Paraíba, 1999.

Variável depen-dente

Grupo de Localidade Grupos de Localidade Diferença média

Erro padrão Sig.

1.Grande João Pessoa 2.Campina Grande -46,7256 21,413 ,074

3.Demais Municípios -129,9143* 20,823 ,000

2.Campina Grande 1.Grande João Pessoa 46,7256 21,413 ,074

3.Demais Municípios -83,1887* 25,625 ,003

3.Demais Municípios 1.Grande João Pessoa 129,9143* 20,823 ,000

Índice

Geral do Instru-mento

2.Campina Grande 83,1887* 25,625 ,003

* Diferença média significativa a um nível de 0,05.

Observa-se, na Tabela 3, que existe estatisticamente discriminação

significativa entre os grupos, quando cruzados com o local 3 – Demais Municípios.

De certa forma, esse resultado não era esperado, pois acreditava-se que as

diferenças na utilização dos termos, por enfermeiras paraibanas, seria maior nos

estratos da Grande João Pessoa e de Campina Grande, uma vez que é nessas

localidades onde existe uma maior concentração de enfermeiras (80,0%), segundo

informações do COREn-PB. Também na Grande João Pessoa e em Campina

Grande estão localizadas as três Escolas/Departamentos de Enfermagem do Estado

e a grande maioria das Instituições de Saúde. Os resultados do estudo rejeitaram

essa hipótese.

Buscando esclarecer essas diferenças significativas, foi aplicado o teste Post

Hoc de Tuckey (DHS Tuckey p < 0,05), tendo como variável dependente as cinco

sub-escalas. Os resultados desse teste, apresentados na Tabela 4, reafirmam a

existência de discriminação significativa entre os grupos, quando cruzados com o

local 3 – Demais Municípios. Esses resultados também evidenciam que, na sub-

escala de Ações, a segunda localidade, Campina Grande, não difere

significativamente de nenhum dos outros dois grupos de localidade. Outro fato,

Page 126: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

126

que merece destaque nos resultados, é que a sub-escala Meio Ambiente foi a única

a apresentar diferenças significativas em todos os grupos de localidade.

Tabela 4 Análise de Variância das sub-escalas do instrumento que compõem a Classificação de Fenômenos de Enfermagem e os locais de utilização. Paraíba, 1999.

Variável depen-dente

Local Local Diferença média

Erro padrão Sig.

1.Grande João Pessoa 2.Campina Grande -,2780818 ,127 ,073 3.Demais Municípios -,6766764* ,123 ,000

2.Campina Grande 1.Grande João Pessoa ,2780818 ,127 ,073 3.Demais Municípios -,3985946* ,152 ,024

3.Demais Municípios 1.Grande João Pessoa ,6766764* ,123 ,000

Função Fisioló-

gica 2.Campina Grande ,3985946* ,152 ,024

1.Grande João Pessoa 2.Campina Grande -,1376557 ,123 ,501 3.Demais Municípios -,7219540* ,119 ,000

2.Campina Grande 1.Grande João Pessoa ,1376557 ,123 ,501 3.Demais Municípios -,5842983* ,147 ,000

3.Demais Municípios 1.Grande João Pessoa ,7219540* ,119 ,000

Função Psicoló-

gica 2.Campina Grande ,5842983* ,147 ,000

1.Grande João Pessoa 2.Campina Grande -,2226497 ,125 ,177 3.Demais Municípios -,7734515* ,122 ,000

2.Campina Grande 1.Grande João Pessoa ,2226497 ,125 ,177 3.Demais Municípios -,5508019* ,150 ,001

3.Demais Municípios 1.Grande João Pessoa ,7734515* ,122 ,000

Razões para as Ações

2.Campina Grande ,5508019* ,150 ,001 1.Grande João Pessoa 2.Campina Grande -,1644859 ,129 ,408

3.Demais Municípios -,4615922* ,125 ,001 2.Campina Grande 1.Grande João Pessoa ,1644859 ,129 ,408

3.Demais Municípios -,2971064 ,154 ,131 3.Demais Municípios 1.Grande João Pessoa ,4615922* ,125 ,001

Ações

2.Campina Grande ,2971064 ,154 ,131 1.Grande João Pessoa 2.Campina Grande -,2950313* ,126 ,050

3.Demais Municípios -,6530641* ,122 ,000 2.Campina Grande 1.Grande João Pessoa ,2950313* ,126 ,050

3.Demais Municípios -,3580328* ,150 ,046 3.Demais Municípios 1.Grande João Pessoa ,6530641* ,122 ,000

Meio

Ambi-ente

2.Campina Grande ,3580328* ,150 ,046

* Diferença média significativa a um nível de 0,05.

Numa tentativa de se explorar hipóteses de relação para essas diferenças, foi

feito o cruzamento da variável local do estudo com as variáveis sócio-

demográficas da amostra (idade, nível de educação, tempo de experiência,

campo de atuação, posição atual e especialidade), utilizando-se a análise do

conjunto das variáveis e o resíduo padronizado em tabelas de contingência.

Page 127: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

127

Com relação à idade das enfermeiras paraibanas, pode-se afirmar que a

distribuição das observações não é aleatória, já que o teste do χ2 aponta uma baixa

probabilidade para essa hipótese (χ2 = 28,27; df = 6; p = 0,000), ou seja, que o local

do estudo tem alguma relação com a idade das enfermeiras. Pode-se constatar,

analisando-se o resíduo padronizado, que a medida de maior responsabilidade do χ2

foi a ocorrência de uma freqüência observada maior do que a esperada, na faixa

etária de 20 a 30 anos, na localidade Demais Municípios (2,5), significativo ao

nível de 5,0% e 10,0%.

No que diz respeito à utilização dos termos, por localidade, identifica-se a

existência de comportamento diferente, segundo o nível de educação das

enfermeiras (χ2 = 46,14; df = 6; p = 0,000), explicado pela presença de uma

freqüência observada maior do que a esperada no nível de Graduação, com um

resíduo de 1,6 nos Demais Municípios e de 2,8 em Campina Grande, significativos

ao nível de 10,0% e 5,0% respectivamente. Identifica-se também, uma freqüência

observada maior do que a esperada no nível de Mestrado, com um resíduo de 3,2 na

Grande João Pessoa, explicado pela presença, nessa localidade, do único curso de

Mestrado em Enfermagem do Estado da Paraíba, que, de certa forma, favorece a

sua realização, pelas enfermeiras, ali residentes.

Cruzando-se a variável local do estudo com o tempo de experiência, tem-

se, como resultado, um χ2 = 28,27; com um df = 6; para um p = 0,000, confirmando

a relação entre essas duas variáveis. Analisando-se a tabela de contingência,

evidenciou-se que o tempo de experiência que vai de 0 a 10 anos foi o responsável

pelo maior resíduo (3,7), significativo, tanto ao nível de 5,0% como ao de 10,0%,

na localidade Demais Municípios.

A utilização dos termos por localidade tem comportamento diferente,

segundo o campo de atuação (χ2 = 18,80; df = 2; p = 0,000). Analisando-se a

tabela de contingência, pode-se afirmar que a medida de maior responsabilidade

Page 128: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

128

para o teste do χ2 foi a ocorrência de uma freqüência observada de enfermeiras

assistenciais, maior do que a esperada, com um resíduo de 1,7 nos Demais

Municípios e de enfermeiras docentes, com uma freqüência observada maior do

que a esperada, com resíduo de 2,1 na Grande João Pessoa, significativos ao nível

de 5,0% e 10,0%. A presença de uma maior freqüência observada de enfermeiras

docentes na Grande João Pessoa justifica-se em virtude da existência, nessa

localidade, de dois Cursos de Graduação em Enfermagem e de vários Curso de

Auxiliar de Enfermagem.

No que diz respeito à posição atual, na Enfermagem, das enfermeiras

assistenciais, verifica-se que a presença de uma freqüência esperada menor do que

a freqüência observada, foi a responsável pelo resíduo de 3,9 das enfermeiras que

trabalham no Programa de Agentes Comunitários de Saúde - PACS e no Programa

de Saúde da Família – PSF, nos Demais Municípios e de um resíduo de 2,0 de

enfermeiras que trabalham como Chefes de enfermagem, também nos Demais

Municípios, ambos os resíduos significativos ao nível de 5,0% e 10,0%.

Observa-se também que a utilização dos termos por localidade tem

comportamento diferente, segundo a especialidade (χ2 = 24,88; df = 10; p= 0,006).

Analisando-se a tabela de contingência, identifica-se que a área de Enfermagem de

Saúde Pública foi a responsável pelo resultado do χ2, com um resíduo de 1,6,

significativo ao nível de 10,0%, nos Demais Municípios.

A partir dessa análise do conjunto das variáveis e do resíduo padronizado em

tabelas de contingência, feita com base nos cruzamentos da variável local do estudo

com as variáveis sócio-demográficas da amostra, pode-se levantar a hipótese de

que as diferenças apresentadas na utilização dos fenômenos, por enfermeiras dos

Demais Municípios, deve-se ao fato de ser essa localidade a que está absorvendo

um maior número de enfermeiras recém-graduadas ou com, no máximo, dez anos

de formadas, trabalhando na área de Enfermagem de Saúde Pública,

Page 129: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

129

especificamente nos Programas do PACS e do PSF, que começaram a ser

implantados nos municípios paraibanos em 1991 e 1994, respectivamente, e hoje

estão sendo desenvolvidos em 203 e 58 municípios respectivamente.

5.2.2.2 Utilização dos fenômenos de enfermagem, por enfermeiras

paraibanas, de acordo com a especialidade

Para se analisar a utilização dos fenômenos de enfermagem, por área de

especialidade, adotou-se a classificação das sub-áreas de Enfermagem, utilizadas

pelo CNPq e CAPES, e o número de enfermeiras em cada uma das especialidades,

assim distribuídas: Enfermagem Médico-Cirúrgica (n = 170), Enfermagem

Obstétrica (n = 26), Enfermagem Pediátrica (n = 57), Enfermagem Psiquiátrica (n =

26), Enfermagem em Doenças Contagiosas (n = 7) e Enfermagem de Saúde Pública

(n = 92). Os resultados foram apresentados, levando-se em consideração também

as sub-escalas de fenômenos e o julgamento feito pela autora deste trabalho, se os

termos foram sempre utilizados, quando apresentaram uma freqüência igual a

100,0%, muitas vezes utilizados, quando apresentaram freqüência entre 99,0% a

80,0% e raramente utilizados, quando apresentaram freqüência igual ou abaixo de

79,0%.

As sub-escalas de fenômenos foram desenvolvidas a partir dos conceitos

centrais da Classificação de Fenômenos de Enfermagem da CIPE Versão Alfa.

Nessa classificação o conceito central – fenômenos de enfermagem, subdivide-se

em dois grandes blocos: o Ser humano e o Meio Ambiente. O bloco Ser humano

pode ser descrito em diferentes níveis: o físico, o biológico (funções) e o referente

ao indivíduo enquanto pessoa. Segundo Nielsen (1996) e Mortensen (1997),

autores da arquitetura taxonômica desta classificação, a seleção dos dois níveis de

descrição – Funções e Pessoa – foi feita de acordo com o que se acredita ser o foco

primário da prática de enfermagem, isto é, o nível biológico e o nível da pessoa.

Page 130: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

130

No nível das Funções, os fenômenos de enfermagem dividem-se em dois

grupos: Funções Fisiológicas e Funções Psicológicas, dando origem às sub-escalas:

Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica e Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Função Psicológica. No nível da Pessoa, os

fenômenos de enfermagem dividem-se em dois grandes grupos: Razões para as

ações e Ações da pessoa, dando origem as sub-escalas: Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Razões para as Ações e Fenômenos de

Enfermagem pertencentes a Ações.

O bloco Meio ambiente está subdividido em fenômenos de enfermagem

relacionados com Meio ambiente humano e Meio ambiente natureza, que, neste

estudo, em virtude do reduzido número de termos, fazem parte de uma única sub-

escala Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Meio Ambiente.

5.2.2.2.1 Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica

A sub-escala Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função

Fisiológica é constituída de 119 termos, divididos em 13 grandes conceitos,

oriundos das várias classificações existentes na Enfermagem: Respiração,

Circulação, Termorregulação, Nutrição, Digestão, Hidratação, Aleitamento

materno, Eliminação, Tegumento, Restauração, Atividade física, Reprodução

e Crescimento e desenvolvimento. Cada um desses conceitos é subdividido em

pequenas pirâmides de conceitos, que estão apresentadas do Gráfico 13 ao 25.

Page 131: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

131

Gráfico 13 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica - Respiração por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

O fenômeno de enfermagem Respiração é apresentado como um termo

central para essa pirâmide de conceitos, que é constituída de 13 fenômenos de

enfermagem. O Gráfico 13 apresenta a distribuição do percentual de utilização dos

fenômenos de enfermagem pertencentes a Respiração, por área de especialidade,

por enfermeiras paraibanas. Observa-se, nesse gráfico, que os termos Respiração

100

99,4

97

82,3

82,9

94,1

85,9

90

90,6

98,2

78,2

82,9

97

92,3

88,5

92,3

73,1

69,2

80,8

69,2

73,1

88,5

100

84,6

96,1

76,9

100

96,5

100

84,2

92,9

96,5

85,9

87,7

92,9

94,7

87,7

87,7

89,5

80,8

57,7

80,8

65,4

69,2

57,7

42,3

92,3

65,4

65,4

84,6

50

50

100

100

100

28,6

100

71,4

71,4

71,4

100

100

71,4

42,9

71,4

97,8

97,8

97,8

66,3

81,5

94,6

85,9

91,3

94,6

95,6

72,8

75

67,4

Respiração

Ventilação

Dispnéia

Dispnéia funcional

Ortopnéia

Limpeza das vias aéreas

Limpeza ineficaz das vias aéreas

Expectoração

Aspiração

Regurgitação

Intolerâcia à atividade

Troca de gases

Troca ineficaz de gases

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 132: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

132

e Dispnéia foram os dois únicos que apresentaram uma freqüência de utilização

como sempre e muitas vezes, em todas as especialidades.

Segundo Black e Matassarin-Jacobs (1996), a respiração é uma função vital

para o ser humano e, conseqüentemente, um conceito conhecido e muito utilizado

na prática de enfermagem. Os problemas respiratórios são muito comuns, podendo

ser considerados agudos e crônicos. Entre eles destaca-se a dispnéia. Por esses

motivos as enfermeiras estão envolvidas, tanto no fornecimento da assistência aos

clientes com problemas respiratórios, quanto na prevenção desses problemas.

Os termos Dispnéia funcional e Troca ineficaz de gases foram os que

apresentaram um maior número de freqüência como raramente, utilizado em

quatro especialidades: Enfermagem Obstétrica, Enfermagem Psiquiátrica,

Enfermagem em Doenças Contagiosas e Enfermagem de Saúde Pública. O termo

Dispnéia funcional continua a ser um termo apresentado na Versão Beta, definido

como “respiração curta associada com atividade física tais como exercício e

caminhada” (ICN, 1999c), mas na literatura de Enfermagem pesquisada esse termo

não é utilizado. Na Versão Beta, o termo Troca ineficaz de gases foi retirado em

virtude de conter o qualificador ineficaz, que passou a fazer parte do eixo

julgamento (ICN, 1999c).

Foram apresentadas pelas enfermeiras sugestões relacionadas com a

localização dos termos e com suas definições. Mesmo não sendo o objetivo desta

pesquisa o estudo da estrutura taxonômica da CIPE e as definições dos seus termos,

achou-se importante o registro dessas sugestões, com o intuito de contribuir para o

aperfeiçoamento dessa classificação. Com relação à localização dos termos na

pirâmide de conceitos, as enfermeiras apontaram, com estranheza, o fato de os

conceitos Regurgitação e Intolerância à atividade estarem ligados ao conceito

Respiração. Devlies (1997), analisando a utilização dos termos da CIPE – Versão

Alfa, também apresenta essas considerações sobre a subdivisão do fenômeno

Respiração com a inclusão dos termos Regurgitação e Intolerância à atividade.

Page 133: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

133

Examinando-se a Versão Beta, para se averiguar a localização desses dois termos,

nota-se que o termo Regurgitação foi deslocado para o conceito de Digestão e o

termo Intolerância à atividade deixou de ser considerado um fenômeno

pertencente a Função Fisiológica, tendo sido deslocado para o núcleo de Razões

para as ações, passando a ser considerado pertencente ao fenômeno Energia (ICN,

1999c).

Da mesma forma, foi apontado o fato de a característica específica de

Expectoração – inabilidade para desobstruir as vias aéreas –, não representar o

significado real do conceito expectoração que é “a expulsão de material pela boca,

habilidade de desobstrução de material líquido ou semilíquido dos pulmões e das

vias aéreas, expelido pela tosse e pelo escarro” (Osol, 1982). O mesmo acontece

com o conceito Aspiração, que tem como característica específica na CIPE a

“inabilidade para desobstruir as vias aéreas de substâncias externas” (ICN,

1996b), mas foi encontrado, na literatura pesquisada para este trabalho, como “o

ato de sugar para cima ou para dentro; retirada de líquidos e de gases de uma

cavidade” (Osol, 1982). O uso dessas características específicas para esses termos

na CIPE justifica-se por serem esses dois conceitos Expectoração e Aspiração

considerados espécie do conceito Limpeza ineficaz das vias aéreas, que significa

“a inabilidade para desobstruir as vias aéreas” (ICN, 1996b).

Na Versão Beta, o termo Limpeza ineficaz das vias aéreas foi excluído,

devido ao fato de, na transposição dos conceitos da Versão Alfa para essa versão,

todos os termos que apresentavam qualificadores foram excluídos ou modificados.

Dessa forma, as definições dos termos Expectoração e Aspiração passaram a ser

considerados espécie do conceito Limpeza das vias aéreas e definidos,

respectivamente, como “expulsão de muco, saliva ou líquido da traquéia,

brônquios e pulmões através da tosse ou escarro” e “inalação de substâncias

externas ou substâncias do estômago por via aérea baixa” (ICN, 1999c).

Page 134: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

134

Na Versão Beta, o termo Respiração continua sendo um conceito central

subdividido em 15 fenômenos de enfermagem, dos quais nove estão apresentados

no Gráfico 13. Dos quatro termos que foram retirados, quando da transposição da

Versão Alfa para a Beta, dois foram deslocados para outros conceitos:

Regurgitação para o conceito de Digestão e Intolerância à atividade para o

conceito Energia. Os outros dois foram excluídos: Limpeza ineficaz das vias

aéreas e Troca ineficaz de gases, em virtude de apresentarem o qualificador

ineficaz, que passou a fazer parte do eixo Julgamento. Os seis novos termos

apresentados dentro dessa pirâmide de conceito são: Hiperventilação,

Hipoventilação, Dispnéia de esforço, Hipoxia, Tosse e Sufocação (ICN, 1999c).

Gráfico 14 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Circulação, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

97

95,3

92,3

91,8

83,5

94,1

95,9

95,3

72,4

62,4

96,5

100

96,1

88,5

80,8

73,1

84,6

100

100

61,5

57,7

96,1

94,7

96,5

89,5

89,5

84,2

87,7

98,3

94,7

77,2

80,7

91,2

100

65,4

57,7

57,7

57,7

57,7

73,1

73,1

34,6

42,3

61,5

100

100

100

28,6

57,1

42,4

42,9

42,9

71,4

100

71,4

98,9

98,9

93,5

92,4

77,2

94,6

94,6

94,6

69,6

64,1

98,9

Circulação

Função cardíaca

Débito cardíaco diminuído

Débito cardíaco aumentado

Débito Cardíaco interrompido

Função circulatória

Pressão sanguínea elevada

Pressão sanguínea diminuída

Função circulatória interrompida

Perfusão tissular alterada

Choque

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 135: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

135

O conceito Circulação é apresentado como um termo central da pirâmide de

conceitos, que é constituída de 11 fenômenos de enfermagem. Observa-se, no

Gráfico 14, que apresenta a distribuição do percentual de utilização dos fenômenos

de enfermagem por área de especialidade, que o termo Circulação foi o único que

teve freqüência acima de 80,0%, em todas as especialidades, seguido de Função

cardíaca e Débito cardíaco diminuído, em cinco especialidades.

É indiscutível que a freqüência dos problemas de saúde relacionados com o

conceito de circulação têm crescido muito nos últimos tempos, o que coloca os

cuidados às pessoas portadoras de doenças cardíacas como uma das prioridades na

assistência de enfermagem (Black e Matassarin-Jacobs, 1996; Nettina, 1996). Pela

importância da função circulatória para a manutenção da vida, espera-se que as

enfermeiras, seja qual for a especialidade em que atuam, entendam a estrutura e a

função cardíaca, os vários tipos de problemas cardíacos e os métodos para avaliar

esses problemas (Smeltzer e Bare, 1998). Portanto, não é estranha a utilização dos

conceitos Circulação, Função cardíaca e Débito cardíaco, por enfermeiras

paraibanas, na sua prática profissional.

Os termos Função circulatória interrompida, Perfusão tissular alterada

e Débito cardíaco interrompido foram os que apresentaram maiores divergências

de utilização nas especialidades. Na Versão Beta esses termos foram excluídos em

virtude da utilização dos qualificadores interrompido e alterado, que passaram a

fazer parte de um outro eixo – o de julgamento.

A especialidade Enfermagem Psiquiátrica foi a que apresentou maior

número de termos com freqüência de utilização abaixo de 80,0%. Apesar de os

problemas cardíacos serem comuns a todos os indivíduos, não é comum o

atendimento desse tipo de paciente nessa especialidade, onde os pacientes com esse

tipo de problema são tratados por especialistas, ou transferidos para unidades

especializadas.

Page 136: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

136

Na Versão Beta, o termo Circulação continua sendo um conceito central,

subdividido em 17 fenômenos de enfermagem, dos quais sete fazem parte dos 11

apresentados no Gráfico 14. Desses sete, dois foram modificados, ou seja, foram

retirados os qualificadores (Débito cardíaco e Pressão sangüínea); um foi

substituído (Função circulatória por Função vascular) e os demais foram

excluídos, em virtude da utilização dos qualificadores (Débito cardíaco

aumentado, Débito cardíaco interrompido, Pressão sangüínea diminuída e

Função circulatória interrompida). Os dez novos termos apresentados dentro

dessa pirâmide de conceito são: Arritmias, Hipertensão, Hipotensão, Choque

anafilático, Choque cardiogênico, Choque vasogênico, Choque neurogênico,

Sangramento, Hemorragia e Hematoma (ICN, 1999c).

Gráfico 15 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Termorregulação, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

93,5

98,8

96,5

99,4

97,6

35,9

100

92,3

100

100

100

100

46,2

100

80,7

96,5

96,5

100

94,7

31,6

96,5

65,4

88,5

92,3

69,2

61,5

92,3

100

100

100

100

71,4

28,6

100

82,6

97,8

97,8

100

96,7

33,7

98,9

7,7

Termorregulação

Temperatura corporal

Hipertermia

Febre

Hipotermia

Estresse de frio

Calafrios

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 137: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

137

A pirâmide de conceitos, desenvolvida a partir do conceito

Termorregulação, é constituída de sete fenômenos de enfermagem. O Gráfico 15

apresenta a distribuição percentual de utilização desses fenômenos, por área de

especialidade. Observa-se que os termos Temperatura corporal, Hipertermia e

Calafrios foram os que apresentaram freqüência de utilização acima de 80,0%, em

todas as especialidades, sendo, portanto, considerados termos utilizados como

sempre e/ou muitas vezes, por enfermeiras paraibanas. Desses, o termo Calafrio,

na Versão Beta, foi transferido para a pirâmide do conceito Atividade motora,

significando “tremor involuntário com contrações musculares ou sensação de

espasmo de frio associado com falha da temperatura corporal abaixo do ponto de

ajuste do termostático provocado por efeito da anestesia ou da fase de arrepio da

febre” (ICN, 1999c).

O termo Estresse de frio foi o único a apresentar freqüência como

raramente, utilizado em todas as especialidades. Merece registro o fato de esse

termo já ter apresentado resultado não satisfatório no desenvolvimento desta

pesquisa, tendo sido um dos dois termos que apresentaram carga fatorial abaixo de

0,30, quando foi desenvolvida a técnica de análise fatorial, na validação de

construto do instrumento utilizado, e, agora, aparece como um dos termos pouco

utilizados pelas enfermeiras, apresentando, inclusive, freqüência abaixo de 50,0%,

sendo considerado o termo, em todo o estudo que apresentou uma menor

freqüência de utilização (33,3%). Acredita-se que esses fatos aconteceram em

virtude da incongruência cultural desse termo na nossa realidade, uma vez que o

mesmo é uma subdivisão do termo Hipotermia, significando “sensação de frio,

confusão, passo trôpego, desorientação, pele extremamente fria, fala entrecortada,

introversão e amnésia, arritmia, cianose, rigidez muscular” (ICN, 1996b),

características comuns às conseqüências de exposição a baixas temperaturas, que

são específicas de países de clima muito frio.

Page 138: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

138

Na Versão Beta, esse termo é definido como: “um tipo de temperatura

corporal com as seguintes características: anormal baixa de temperatura corporal

devido a prolongada exposição a ambiente congelante por razões terapêuticas ou

exposição prolongada a ambiente congelante com sensação de frio, extremidades

frias e pele pálida, cianose, rigidez muscular, respiração profunda lenta, fala

entrecortada, introversão, amnésia, desmaio e ritmo cardíaco lento, arritmias,

confusão e desorientação.” (ICN, 1999c).

Na Versão Beta, o termo Termorregulação deixou de ser considerado um

conceito central, sendo substituído por Temperatura corporal, subdividido em

oito fenômenos de enfermagem, dos quais seis fazem parte dos sete termos

apresentados no Gráfico 15, tendo sido transferido para outro núcleo de conceito o

termo Calafrio. Os dois novos termos apresentados são: Excesso de calor e

Explosão de calor (ICN, 1999c).

Gráfico 16 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem, pertencentes a Função Fisiológica – Nutrição, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

98,2

93,5

95,9

98,8

92,3

95,9

100

96,1

100

100

84,6

100

100

96,5

96,5

94,7

85,9

100

80,8

80,8

73,1

100

57,7

84,6

100

57,1

57,1

100

57,1

100

98,9

89,1

94,6

97,8

80,4

94,6

Nutrição

Déficit de nutrição

Má nutrição

Emagrecimento

Nutrição excessiva

Obesidade

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 139: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

139

Nutrição é apresentado como um termo central da pirâmide de conceitos que

é constituída de seis fenômenos de enfermagem. O Gráfico 16 apresenta a

distribuição percentual de utilização desses fenômenos, por área de especialidade.

Observa-se que os fenômenos Nutrição, Emagrecimento e Obesidade são

utilizados pelas enfermeiras, nas seis especialidades, com freqüência acima de

80,0%, sendo considerados como termos sempre e/ou muitas vezes utilizados pelas

enfermeiras.

Para Black e Matassarin-Jacobs (1996), a nutrição é uma necessidade básica,

que se tornou um dos mais proeminentes componentes utilizados pela equipe de

saúde e, principalmente, pelas enfermeiras, na promoção da saúde e na prevenção

de doenças. Para os referidos autores, a nutrição saudável é o equilíbrio apropriado

de nutrientes, fibras, líquidos, vitaminais e minerais, e, quando isso não acontece, o

indivíduo pode apresentar a nutrição inadequada ou a nutrição excessiva. Essa

afirmação corrobora os resultados do estudo, onde se identificou que os termos

mais utilizados por enfermeiras paraibanas dizem respeito a Nutrição,

Emagrecimento (nutrição inadequada) e Obesidade (nutrição excessiva).

Os termos Nutrição excessiva e Má nutrição apresentaram freqüência

como raramente utilizados em duas especialidades e o termo Déficit de nutrição,

em uma especialidade. Merece destaque o fato de nenhum termo ter apresentado

freqüência abaixo de 80,0%, em todas as especialidades. Desses termos que

tiveram freqüência como raramente utilizados, só o termo Má nutrição

permaneceu na Versão Beta. Os demais foram retirados em virtude da utilização

dos qualificadores: excessiva e déficit, o que parece contraditório visto que o termo

Má também é um qualificador e não foi excluído.

O conceito Nutrição continua sendo um conceito central na Versão Beta,

constituído de 16 fenômenos de enfermagem, dos quais quatro fazem parte dos

termos apresentados no Gráfico 16. Os 12 novos termos apresentados são: Ingestão

nutricional, Ingestão de líquidos, Ingestão de alimentos, Estado nutricional,

Page 140: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

140

Robustez, Sobrepeso, Inanição, Caquexia, Kwashiorkor, Marasmo,

Hipervitaminose e Hipovitaminose (ICN, 1999c).

O Gráfico 17 apresenta a distribuição do percentual de utilização dos oito

Fenômenos de Enfermagem ligados a Digestão, por área de especialidade.

Visualiza-se que o termo Vômito foi o único que apresentou freqüência de

utilização de sempre e/ou muitas vezes, em todas as especialidades. Vômito é

uma manifestação comum em todos os tipos de enfermidade, podendo ser

identificado e tratado em todas as especialidades (Du Gas, 1988; Nettina,1996),

como comprova os resultados deste estudo.

Gráfico 17 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Digestão, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

Eructação foi o termo que apresentou maior variação nos resultados: três

especialidades (Enfermagem Médico-Cirúrgica, Enfermagem Pediátrica e

Enfermagem de Saúde Pública) o utilizam sempre e/ou muitas vezes e três

98,2

97,6

97,6

100

98,2

93,5

91,8

97,6

96,1

92,3

96,1

100

96,1

96,1

76,9

100

100

100

98,3

100

96,5

92,9

98,3

100

76,9

65,4

69,2

73,1

73,1

73,1

65,4

100

100

100

100

100

100

100

71,4

100

100

93,5

95,6

98,9

95,6

93,5

92,4

100

Digestão

Sucção

Mastigação

Deglutição

Absorção

Má absorção

Eructação

Vômito

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 141: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

141

especialidades (Enfermagem Obstétrica, Enfermagem Psiquiátrica e Enfermagem

em Doenças Contagiosas) o utilizam raramente na prática de enfermagem.

O conceito de Digestão continua sendo um conceito central na Versão Beta,

constituído de dez fenômenos de enfermagem, dos quais sete fazem parte dos

termos apresentados no Gráfico 17. Dos oito termos apresentados na Versão Alfa,

só o termo Má absorção foi excluído na transposição desses conceitos para a

Versão Beta. Os três novos termos apresentados são: Beber, Regurgitação e

Ruminação (ICN, 1999c). Desses três termos, o segundo, já existia na Versão

Alfa, tendo sido transferido do conceito Respiração para o conceito Digestão,

conforme descrição feita anteriormente.

Gráfico 18 Distribuição do percentual de utilização dos termos atribuídos aos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Hidratação, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

O Gráfico 18 apresenta a distribuição do percentual de utilização dos

fenômenos de enfermagem pertencentes a Hidratação, por área de especialidade.

Observa-se que os quatro fenômenos são utilizados com freqüência igual ou acima

de 80,0%, ou seja, como sempre e/ou muitas vezes utilizados pelas enfermeiras,

100

99,4

99,4

100

100

100

100

100

100

96,5

100

98,3

92,3

84,6

73,1

80,8

100

100

100

100

98,9

98,9

96,7

98,9

Hidratação

Desidratação

Retenção de líquidos

Edema

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 142: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

142

em quase todas as especialidades, com exceção do termo Retenção de líquidos

que, na especialidade Enfermagem Psiquiátrica, apresentou a freqüência como

raramente utilizado.

Na Versão Beta, o termo Hidratação deixou de ser considerado um conceito

central, sendo substituído pelo conceito Volume de líquidos, subdividido em 12

fenômenos de enfermagem, entre os quais os quatro termos apresentados no

Gráfico 18. Os oito novos termos apresentados são: Volume de líquidos,

Hidratação isotônica, Hidratação hipertônica, Hidratação hipotônica,

Desidratação isotônica, Desidratação hipertônica, Desidratação hipotônica e

Ascite (ICN, 1999c).

Gráfico 19 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Aleitamento materno, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

Aleitamento materno é considerado o termo central da pirâmide de

conceitos, do Gráfico 19, que apresenta a distribuição do percentual de utilização

dos Fenômenos de Enfermagem, por área de especialidade. Observa-se, nesse

gráfico, que os quatro fenômenos foram utilizados em todas as especialidades de

97,6

98,2

96,5

95,9

100

100

100

100

98,3

98,3

96,5

98,3

80,8

73,1

65,4

65,4

100

100

57,1

57,1

95,6

92,4

86,9

94,6

Aleitamento materno

Lactação

Lactação aumentada

Lactação diminuída

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 143: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

143

enfermagem, mas o termo Aleitamento materno foi o único utilizado com

freqüência igual ou acima de 80,0%, ou seja, utilizado como sempre e/ou muitas

vezes, em todas as especialidades. Os termos Lactação aumentada e Lactação

diminuída apresentaram freqüência de utilização abaixo de 80,0% nas

especialidades Enfermagem Psiquiátrica e Enfermagem em Doenças Contagiosas, o

mesmo acontecendo com o termo Lactação, na Enfermagem Psiquiátrica, o que é

compreensível, uma vez que essas especialidades não têm como objetivo principal

o atendimento de pacientes ou clientes com essas respostas.

Merece registro o fato de as enfermeiras, mesmo utilizando o termo

Aleitamento materno, em todas as especialidades, estranharem a localização desse

fenômeno como um conceito central da função fisiológica. Para Mortensen (1997),

a inclusão do conceito Aleitamento materno como uma função fisiológica é

justificada pelo fato de o mesmo ser originalmente definido por características

comportamentais. A referida autora argumenta que “Aleitamento materno pode

também ser visto como uma ação intelectual da pessoa em oposição à função

corporal física de amamentar.” Na Versão Beta, esse conceito deixou de ser

considerado um termo ligado a Função Fisiológica e passou a fazer parte do núcleo

Família, como um fenômeno pertencente ao Processo familiar (ICN, 1999).

Na Versão Beta, o termo Aleitamento materno foi substituído pelo conceito

Secreção, subdividido em três fenômenos de enfermagem, entre os quais, só o

termo Lactação faz parte dos termos apresentados no Gráfico 19. Os dois novos

termos apresentados são: Secreção e Salivação (ICN, 1999c).

A pirâmide de conceitos, desenvolvida a partir do termo Eliminação, é

constituída de 17 fenômenos de enfermagem, que são apresentados, segundo o

percentual de utilização, por área de especialidade, no Gráfico 20. Observa-se

nesse gráfico que cinco dos 17 termos apresentaram freqüência de utilização igual

ou acima de 80,0%, em todas as especialidades. Esses termos são: Eliminação,

Eliminação intestinal, Diarréia, Constipação e Eliminação urinária.

Page 144: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

144

Gráfico 20 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Eliminação, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

Os termos Constipação retal, Fezes impactadas, Incontinência por

pressão, Incontinência reflexa, Incontinência de urgência, Incontinência

funcional e Incontinência total apresentaram freqüência abaixo de 80,0%, sendo

considerados como raramente utilizados por enfermeiras paraibanas. Desses

termos, Constipação retal foi excluído quando da transposição da Versão Alfa

para a Beta.

97,6

95,9

88,8

98,8

98,2

69,4

71,8

67,1

92,9

95,3

62,9

58,8

71,8

69,4

73,5

89,4

96,5

96,1

100

88,5

100

100

61,5

69,2

69,2

100

88,5

50

26,9

46,1

57,7

50

88,5

92,3

98,3

94,7

82,5

100

98,3

71,9

63,1

73,7

96,5

94,7

61,4

52,6

56,1

54,4

77,2

77,2

98,3

92,3

92,3

61,5

92,3

92,3

50

50

50

92,3

76,9

57,7

42,3

42,3

42,3

42,3

57,7

65,4

100

100

71,4

100

100

100

57,1

28,6

100

100

71,4

71,4

71,4

28,6

42,9

71,4

100

94,6

86,9

90,2

100

97,8

45,7

50

51,1

92,4

93,5

50

44,6

42,4

43,5

67,4

83,7

95,6

Eliminação

Eliminação intestinal

Incontinência intestinal

Diarréia

Constipação

Constipação colônica

Constipação retal

Fezes impactadas

Eliminação urinária

Incontinência urinária

Incontinência por pressão

Incontinência reflexa

Incontinência de urgência

Incontinência funcional

Incontinência total

Enurese

Retenção urinária

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 145: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

145

Os termos relacionados com Incontinência foram apontados como

raramente utilizados por enfermeiras paraibanas, apesar de esses termos serem

facilmente identificados na literatura de Enfermagem (Black e Matassarin-Jacobs,

1996; Smeltzer e Bare, 1998; Nettina, 1996; Atkinson e Murray, 1989). As

enfermeiras relataram que, apesar de terem o entendimento de que a incontinência

urinária assume várias formas, estranharam o fato de a palavra urinária não estar

presente no termo, como Incontinência urinária por pressão, Incontinência

urinária reflexa, e assim por diante.

No que diz respeito ao termo Fezes impactadas ter sido apontado como

raramente utilizado por enfermeiras paraibanas, encontra-se uma única

justificativa, o fato de a literatura de Enfermagem apresentar esse termo usualmente

como Fecaloma e/ou Impactação fecal (Black e Matassarin-Jacobs, 1996;

Smeltzer e Bare, 1998; Atkinson e Murray, 1989).

O termo Constipação colônica apresentou freqüência abaixo de 80,0% em

quase todas as especialidades, com exceção da Enfermagem em Doenças

Contagiosas, onde a freqüência de utilização foi de 100,0%, sendo, assim, um

termo sempre utilizado pelas enfermeiras. Constipação é provavelmente uma das

mais freqüentes complicações de doenças, acometendo todos os tipos de paciente

independente da área clínica em que ele esteja. Segundo a literatura de enfermagem

pesquisada a constipação colônica ocorre, principalmente em pacientes

hospitalizados, em virtude da diminuição da atividade física e do tonus muscular,

da presença do estresse psicológico causados pela doença e pela hospitalização, das

alterações na alimentação e da falta de privacidade (Beyers e Dudas, 1989; Du Gás,

1988; Nettina,1996). Portanto, é de estranhar que só na especialidade Enfermagem

em Doenças Contagiosas esse termo tenha sido utilizado com uma freqüência de

100,0%. Merece ser ressaltado que na Versão Beta, esse termo foi excluído,

permanecendo só o conceito Constipação.

Page 146: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

146

Na Versão Beta, o termo Eliminação continua sendo considerado um

conceito central, subdividido em 18 fenômenos de enfermagem, dos quais 14 estão

apresentados no Gráfico 20, tendo sido excluídos os termos Constipação colônica,

Constipação retal e Incontinência total. Os quatro novos termos apresentados

são: Encopresia, Flatos, Flatulência e Perspiração (ICN, 1999c).

Gráfico 21 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Tegumento, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

Tegumento é o termo central que dá origem à pirâmide de conceitos,

construída de 17 fenômenos de enfermagem. O Gráfico 21 apresenta a distribuição

do percentual de utilização desses fenômenos, nas seis especialidades da

79,4

75,3

98,8

93,5

94,7

78,8

76,5

57

92,3

91,2

93,5

80,6

96,5

85,9

98,2

98,8

94,7

61,5

65,4

92,3

76,9

96,1

84,6

100

57,7

100

92,3

84,6

50

76,9

73,1

84,6

84,6

80,8

77,2

75,4

100

96,5

96,5

78,9

78,9

49,1

96,5

85,9

100

75,4

100

85,9

100

100

82,5

51,7

76,9

100

76,9

92,3

57,7

65,4

61,5

100

92,3

73,1

57,7

73,1

57,7

92,3

73,1

84,6

71,4

42,9

71,4

71,4

100

28,6

28,6

28,6

71,4

100

100

71,4

100

71,4

100

100

28,6

73,9

69,6

98,9

90,2

98,9

79,3

83,7

83,7

96,7

93,5

97,8

70,6

97,8

86,9

97,8

97,8

94,6

Tegumento

Tegumento íntegro

Pele seca

Membrana mucosa seca

Boca seca

Córnea seca

Vagina seca

Tegumento interrompido

Erupção da pele

Lesão esbranquiçada

Fissura

Maceração

Úlcera

Úlcera de pressão

Ferida

Ferida cirúrgica

Ferida traumática

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 147: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

147

Enfermagem. Visualiza-se que, dos 17 fenômenos, três – Boca seca, Lesão

esbranquiçada e Ferida – foram os únicos termos utilizados em todas as

especialidades, com freqüência igual ou acima de 80,0%. Os termos Tegumento e

Tegumento íntegro apresentaram freqüência como raramente utilizados, em

todas as especialidades, seguidos dos termos Córnea seca, Tegumento

interrompido e Maceração, utilizados em cinco das seis especialidades.

Com relação aos termos Tegumento, Tegumento íntegro e Tegumento

interrompido, pode-se evidenciar que os mesmos fazem parte da literatura de

Enfermagem (Black e Matassarin-Jacobs, 1996; Smeltzer e Bare, 1998; Nettina,

1996; Atkinson e Murray, 1989), mas, não são utilizados numa freqüência igual ou

acima de 80,0%, por enfermeiras paraibanas, que relataram preferir a utilização dos

termos Pele, Pele íntegra e Pele não íntegra.

Dos cinco termos que apresentaram freqüência de raramente utilizado, os

termos Córnea seca e Tegumento interrompido foram excluídos quando da

transposição da Versão Alfa para a Beta.

O conceito Tegumento continua sendo um conceito central na Versão Beta,

constituído de 40 fenômenos de enfermagem, dos quais 11 fazem parte dos termos

apresentados no Gráfico 21. Dos 17 termos apresentados na Versão Alfa, os

termos Tegumento íntegro, Boca seca, Córnea seca, Vagina seca, Tegumento

interrompido e Erupção da pele foram excluídos na transposição desses

conceitos para a Versão Beta, que apresenta 29 novos termos relacionados com o

conceito de Tegumento, subdivididos em Pele (10 termos), Membrana mucosa (3

termos), Tecidos (19 termos), Glândula (5 termos), Cabelo (1 termo) e Unhas (1

termo) (ICN, 1999c).

Restauração é apresentado como termo central da pirâmide de conceitos,

constituída por oito Fenômenos de Enfermagem. O Gráfico 22 apresenta a

distribuição do percentual de utilização desses fenômenos, por área de

Page 148: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

148

especialidade na Enfermagem. Observa-se que os termos Sono, Insônia, Repouso

e Fadiga apresentaram freqüência acima de 80,0% em todas as especialidades. O

termo Restauração foi o que apresentou maior número de freqüência como

utilizado raramente, em quatro especialidades – Enfermagem Obstétrica,

Enfermagem Pediátrica, Enfermagem Psiquiátrica e Enfermagem em Doenças

Contagiosas.

Gráfico 22 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Restauração, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

O conceito Restauração continua sendo um conceito central na Versão

Beta, constituído de 11 fenômenos de enfermagem, dos quais seis fazem parte dos

oito termos apresentados no Gráfico 22. Os dois termos apresentados na Versão

Alfa e excluídos quando da transposição para a Versão Beta foram Dificuldade

para dormir e Sono intermitente. Os cinco novos conceitos apresentados na

Versão Beta são: Cochilo, Adormecer, Hipersonia, Pesadelo e Sonambulismo

(ICN, 1999c).

81,2

98,8

96,5

94,1

100

98,8

98,2

92,9

50

84,6

92,3

84,6

100

96,1

100

96,1

75,4

94,7

100

78,9

98,3

100

100

78,9

57,7

100

100

100

92,3

92,3

92,3

84,6

28,6

100

57,4

28,6

100

100

100

57,1

81,5

100

98,9

88

100

100

100

94,6

Restauração

Sono

Dificuldade para dormir

Sono intermitente

Insônia

Repouso

Fadiga

Exaustão

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 149: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

149

Atividade física é um termo considerado central para a pirâmide de

conceitos, constituída de dez fenômenos de enfermagem. O Gráfico 23 apresenta a

distribuição do percentual de utilização desses fenômenos, por área de

especialidade. Evidencia-se que os termos Atividade física, Mobilidade dos

membros superiores, Mobilidade dos membros inferiores foram os únicos que

apresentaram freqüência acima de 80,0%, em todas as especialidades.

Gráfico 23 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Atividade física, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

O movimento físico é uma parte integrante da vida humana sendo necessário

para a sobrevivência humana. As ações que decorrem do movimento físico como a

atividade e a inatividade influenciam predominantemente a saúde, sendo inclusive

uma área para a qual a Enfermagem está sempre atenta e propiciando cuidados aos

99,4

92,9

80

78,8

60,6

95,9

95,9

95,3

92,3

83,5

100

84,6

53,8

53,8

42,3

92,3

92,3

92,3

84,6

80,8

98,3

77,2

70,2

66,7

61,4

91,2

94,7

87,7

84,2

84,2

92,3

84,6

69,2

61,5

61,5

92,3

92,3

80,8

84,6

65,4

100

42,9

71,4

71,4

71,4

100

100

57,1

71,4

71,4

98,9

83,7

80,4

68,5

52,3

91,3

93,5

86,9

88

83,7

Atividade física

Mobilidade de partes do corpo

Paresia da boca

Paresia palpebral

Paresia da garganta

Mobilidade dos membros superiores

Mobilidade dos membros inferiores

Mobilidade total do corpo

Imobilidade parcial

Imobilidade completa

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 150: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

150

pacientes (Du Gás, 1988). Desta forma não é de estranhar que os termos

relacionados com a atividade física e movimento tenham sido apontados com uma

freqüência acima de 80,0% como utilizados, por enfermeiras paraibanas.

Os termos Paresia palpebral e Paresia da garganta apresentaram

freqüência abaixo de 80,0%, em todas as especialidades, seguidos do termo

Paresia da boca, em quatro especialidades.

Na Versão Beta, o termo Atividade física deixou de ser considerado um

conceito central, sendo substituído pelo conceito Atividade motora, subdividido

em 43 fenômenos de enfermagem, entre os quais só os termos Mobilidade e

Paresia, apresentados no Gráfico 23, continuaram após a transposição da Versão

Alfa para a Beta. Os 41 novos termos apresentados encontram-se subdivididos nos

seguintes conceitos: Movimento corporal (21 termos), Mobilidade (3 termos),

Atividade psicomotora (6 termos) e Fala (11 termos) (ICN, 1999c).

Gráfico 24 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Reprodução, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

97

95,3

96,5

94,7

95,3

96,5

95,9

92,3

100

100

100

100

100

96,1

92,9

92,9

96,5

96,5

96,5

92,9

91,2

80,8

80,8

84,6

88,5

88,5

88,5

88,5

100

100

100

100

100

100

100

92,4

91,3

96,7

96,7

96,7

96,7

95,6

Reprodução

Fertilidade

Menstruação

Menarca

Menopausa

Amenorréia

Função sexual

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 151: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

151

A pirâmide de conceitos, desenvolvida a partir do conceito Reprodução, é

constituída de sete fenômenos de enfermagem. A freqüência de utilização desses

termos está apresentada no Gráfico 24, onde se pode observar que todos os

fenômenos foram utilizados em todas as especialidades da Enfermagem com uma

freqüência igual ou acima de 80,0%, ou seja, foram considerados como termos

sempre e/ou muitas vezes utilizados pelas enfermeiras paraibanas. Para Atkinson

e Murray (1989), a reprodução está estreitamente associada à atividade sexual,

sendo considerada uma necessidade de sobrevivência da espécie humana. Por esse

motivo, acredita-se que as enfermeiras estão familiarizadas com o referido conceito

e com os outros termos oriundos do mesmo.

O conceito Reprodução continua sendo um conceito central na Versão Beta,

constituído de 14 fenômenos de enfermagem, dos quais seis fazem parte dos sete

termos apresentados no Gráfico 24. O termo apresentado na Versão Alfa e

excluído quando da transposição para a Versão Beta foi Amenorréia. Os oito

novos conceitos apresentados na Versão Beta são: Fertilidade feminina,

Fertilidade masculina, Virilidade, Impotência, Gestação, Aborto, Parto,

Nascimento da criança (ICN, 1999c). Desses oito termos, dois – Gestação e

Nascimento – já existiam na Versão Alfa, tendo sido transferidos do conceito

Crescimento e desenvolvimento, conforme descrição que será feita no próximo

gráfico.

Crescimento e desenvolvimento é o termo central da pirâmide de

conceitos, constituída por oito Fenômenos de Enfermagem. A distribuição

percentual de utilização desses fenômenos, por área de especialidade na

Enfermagem, está apresentada no Gráfico 25, onde se pode constatar que todos os

termos foram utilizados com freqüência acima de 80,0%, em quase todas as

especialidades, com exceção dos termos Crescimento e desenvolvimento fetal e

Gestação, que apresentaram freqüência abaixo de 80,0% na Enfermagem

Psiquiátrica.

Page 152: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

152

Gráfico 25 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Fisiológica – Crescimento e Desenvolvimento, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

O Crescimento e desenvolvimento é um fenômeno que deve ser entendido

num continnum da vida de qualquer ser humano. As tarefas do desenvolvimento e

crescimento são próprias de todo o ciclo vital, e as enfermeiras devem ser

conhecedoras de todas as tarefas de desenvolvimento e crescimento (Du Gas,

1988). Por este motivo pode-se inferir que este é um fenômeno conhecido e

utilizado pelas enfermeiras.

A inclusão do conceito Crescimento e desenvolvimento como uma função

fisiológica é justificada por Mortensen (1997) pelo fato de esse conceito ser

originalmente definido por características comportamentais. A referida autora

argumenta que crescimento e desenvolvimento pode ser visto como um tipo de

ação autodependente em oposição à expansão física normal dos tecidos do corpo.

98,2

92,3

95,9

94,1

90

97

94,1

92,3

100

100

100

88,5

92,3

100

94,7

94,7

94,7

94,7

92,9

94,7

96,5

100

73,1

76,9

84,6

84,6

88,5

100

100

100

100

100

100

100

100

92,4

94,6

95,6

95,6

92,4

95,6

98,9

Crescimento edesenvolvimento

Crescimento edesenvolvimento fetal

Gestação

Nascimento

Amadurecimento

Envelhecimento

Morte

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 153: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

153

Na Versão Beta, o termo Crescimento e desenvolvimento deixou de ser

considerado um conceito central, sendo substituído pelo conceito Desenvolvimento

físico, subdividido em 11 fenômenos de enfermagem, entre os quais só os termos

Envelhecimento e Amadurecimento, apresentados no Gráfico 25, continuaram

após a transposição da Versão Alfa para a Beta. Os termos Nascimento e

Gestação, também contidos no Gráfico 25, foram transferidos para o conceito

Reprodução. Os nove novos termos apresentados são: Desenvolvimento físico,

Crescimento, Desenvolvimento fetal, Desenvolvimento da criança, Maturidade

feminina, Maturidade masculina, Envelhecimento feminino, Envelhecimento

masculino e Agonia (ICN, 1999c).

Pode-se constatar, a partir da apresentação dos gráficos anteriormente

apresentados, que fazem parte da sub-escala Fenômenos de Enfermagem

pertencentes a Função Fisiológica, que os 119 termos, equivalentes

semanticamente para o português do Brasil, são utilizados por enfermeiras

paraibanas. Os termos que apresentaram uma maior freqüência como nunca

utilizados foram os seguintes: Estresse de frio, Incontinência por pressão,

Incontinência reflexa, Incontinência de urgência e Tegumento interrompido,

conforme discussão anteriormente apresentada.

A partir da síntese desses resultados, pode-se concluir que a grande maioria

dos fenômenos constantes na sub-escala Função fisiológica é utilizada com

freqüência acima de 80,0%, por enfermeiras paraibanas, nas seis especialidades da

área, ou seja: 101 (84,9%) na Enfermagem Médico Cirúrgica, 98 (82,3%) na

Enfermagem de Saúde Pública, 96 (80,7%) na Enfermagem Pediátrica, 91 (76,5%)

na Enfermagem Obstétrica, 67 (56,3%) na Enfermagem em Doenças Contagiosas e

54 (45,4%) na Enfermagem Psiquiátrica.

Observa-se que as especialidades que apresentaram o maior número de

fenômenos utilizados com freqüência sempre e muitas vezes foram a Enfermagem

Page 154: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

154

Médico-Cirúrgica, a Enfermagem de Saúde Pública e a Enfermagem Pediátrica.

Para Beyers e Dudas (1989), a Enfermagem Médico-Cirúrgica constitui uma das

áreas mais amplas da prática de enfermagem, onde as respostas fisiológicas do

paciente a uma condição específica são o alvo do atendimento imediato, sendo, por

esse motivo, seus conceitos conhecidos e muito utilizados na prática clínica de

enfermagem. O mesmo pode-se afirmar quanto à Enfermagem de Saúde Pública e

à Enfermagem Pediátrica, que tratam do atendimento de clientes e pacientes para os

quais as funções fisiológicas, também são alvos imediatos da assistência de

enfermagem.

Um outro aspecto que se pode levar em consideração sobre a utilização

desses termos numa maior freqüência nas áreas clínicas e cirúrgicas da

Enfermagem é o fato de toda a formação das enfermeiras ser feita, tendo como base

o modelo biomédico, onde é dada uma maior ênfase aos sistemas fisiológicos,

resultando, conseqüentemente, num maior conhecimento dos seus conceitos, pelas

enfermeiras.

Observa-se, também, que a especialidade que apresentou um maior número

de termos utilizados com a freqüência de raramente foi a Enfermagem

Psiquiátrica. Essa especialidade, para muitos autores, tem como maior objetivo o

atendimento do ser humano numa dimensão bio-psico-sócio-espiritual (Taylor,

1995), mas, o que se observa, na prática, é que os aspectos relacionados com a

dimensão biológica, nesse caso, as funções fisiológicas, não recebem o mesmo

tratamento dado a outras dimensões, como as funções psicológicas. Por esse

motivo, acredita-se que o atendimento nessa especialidade tem como prioridade os

aspectos psicológico e social do ser humano e, consequentemente, as enfermeiras

conhecem e utilizam mais os conceitos oriundos dessas dimensões.

Fazendo uma comparação dessa sub-escala apresentada na Versão Alfa com

os termos apresentados na Versão Beta, pode-se constatar que o conceito Função

deixou de ser dividido em Função fisiológica e Função psicológica, passando a

Page 155: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

155

constituir uma única sub-escala, Fenômenos de enfermagem pertencentes a

Funções do indivíduo, subdividida nos seguintes conceitos centrais: Respiração

(15 termos), Circulação (17 termos), Temperatura corporal (8 termos), Nutrição

(16 termos), Digestão (10 termos), Metabolismo (2 termos), Volume de líquidos

(12 termos), Secreção (3 termos), Eliminação (18 termos), Tegumento (40

termos), Restauração (11 termos), Atividade motora (43 termos), Sensação (47

termos), Sistema imune (3 termos), Reprodução (14 termos), Desenvolvimento

físico (11 termos) (ICN, 1999c).

5.2.2.2.2 Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Psicológica

A sub-escala Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função psicológica,

segundo Mortensen (1997) e Nielsen (1997), reflete-se em uma lista de atividades

mentais, exemplificada em uma enumeração das sensações que respondem a

estímulos de partes do corpo. Existe uma grande lista das funções psicológicas,

incluindo Dor, Sede, Fome, Falta de apetite, Náusea, Prurido, Rubor quente,

Visão alterada, Audição alterada, Sensibilidade tátil alterada, Paladar

alterado, Olfato alterado, Cinestesia alterada e Consciência, que aqui será

apresentada como uma única pirâmide de conceitos, constituída de 23 fenômenos

de enfermagem.

No Gráfico 26, que apresenta a distribuição do percentual de utilização

desses fenômenos por área de especialidade, observa-se que os termos Sensação,

Dor, Dor aguda, Dor crônica, Sede, Fome, Náusea, Prurido, Consciência,

Sonolência e Coma foram utilizados com freqüência acima de 80,0%, em todas as

especialidades. Merece ser destacado que, desses termos, Dor foi o que apresentou

uma freqüência de 100,0%, em todas as especialidades, ou seja, é o único termo

que as enfermeiras paraibanas utilizam sempre em todas as especialidades da

Enfermagem.

Page 156: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

156

Gráfico 26 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função Psicológica, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

98,2

100

98,8

86,5

92,9

84,1

87,1

98,2

98,8

98,8

100

97

85,3

93,5

91,2

82,9

87,6

82,9

65,3

98,8

94,7

86,5

97,6

92,3

100

92,3

92,3

84,6

76,9

76,9

92,3

100

92,3

88,5

100

76,9

100

100

73,1

80,8

80,8

50

92,3

84,6

61,5

92,3

91,2

100

100

91,2

92,9

85,9

85,9

92,9

92,9

100

100

98,3

73,7

92,9

87,7

87,7

80,7

77,2

66,7

89,5

92,9

70,2

84,2

100

100

100

61,5

84,6

73,1

73,1

96,1

96,1

96,1

100

96,1

65,4

92,3

88,5

88,5

88,5

80,8

65,4

96,1

88,5

88,5

80,8

100

100

100

100

100

71,4

71,4

100

100

71,4

100

100

57,1

71,4

71,4

57,1

71,4

71,4

14,3

100

100

28,6

100

97,8

100

98,9

94,6

94,6

83,7

83,7

98,9

98,9

100

100

100

79,3

94,6

94,6

84,8

89,1

85,9

55,4

97,8

92,4

77,2

96,7

Sensação

Dor

Dor aguda

Dor de parto

Dor crônica

Dor crônica intermitente

Dor crônica constante

Sede

Fome

Falta de apetite

Náusea

Prurido

Rubor quente

Visão alterada

Audição alterada

Sensibilidade tátil alterada

Paladar alterado

Olfato alterado

Cinestesia alterada

Consciência

Sonolência

Estupor

Coma

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 157: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

157

A Dor é um fenômeno universal e complexo, comum a todas as pessoas,

podendo ser considerada a razão mais freqüente para que as mesmas procurem

cuidados de saúde e, conseqüentemente, o problema mais freqüente com que se

deparam as enfermeiras (Smeltzer e Bare, 1998).

Para Black e Matassarim-Jacobs (1996), a dor é uma das áreas mais

importantes da assistência, já que as pessoas não conseguem agir integralmente

quando a sentem, motivo pelo qual as enfermeiras desempenham um papel

constante em seu tratamento, pois a despeito da sua natureza subjetiva, atribui-se a

esse profissional a avaliação exata e a ajuda para aliviar a dor. Dessa forma,

justifica-se ter sido esse termo utilizado pela totalidade das enfermeiras paraibanas

em todas as especialidades.

Os termos que apresentaram maiores divergências, com freqüência abaixo

de 80,0%, foram: Cinestesia alterada, em todas as especialidades e Rubor

quente, em cinco das seis especialidades.

O termo Cinestesia significa uma “sensação que se manifesta nos

receptores propioceptivos e que informam sobre os movimentos corporais”

(Nóbrega, Lima e Pérez, 1990), e é muito utilizado no jargão psiquiátrico.

Esperava-se, portanto, que esse termo apresentasse uma freqüência de utilização,

no mínimo, como muitas vezes, na Enfermagem Psiquiátrica, o que não foi

evidenciado neste estudo, quando o mesmo apresentou freqüência como

raramente utilizado em todas as especialidades.

No que diz respeito ao termo Rubor quente, merece ser ressaltado, que esse

termo foi um dos considerados problemáticos na primeira fase da pesquisa, ou seja,

na equivalência semântica, quando o mesmo foi submetido duas vezes à técnica

back-translation. Acredita-se que a freqüência de utilização desse termo como

raramente, em seis especialidades, deve-se aos problemas relacionados com a

tradução, o que confirma que o mesmo precisa ser melhor estudado, para refletir a

Page 158: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

158

prática de enfermagem. Merece ser ressaltado que a referência bibliográfica

utilizada neste estudo não faz nenhuma menção ao termo rubor quente.

Na Versão Beta, o termo Sensação continua sendo um conceito central, mas

transferido para a sub-escala Fenômenos de Enfermagem pertencentes a

Funções do indivíduo. A decisão de colocar as sensações, na Versão Alfa, em um

nível distinto do dos sistemas fisiológicos, foi feita por considerá-los conceitos que

abrangem também aspectos psicológicos. Para Mortensen (1997) e Nielsen (1996),

as sensações podem ser consideradas também conceitos fisiológicos, o que

justificaria a opção de situá-las ao lado de outros sistemas fisiológicos. Acredita-se

que, por esse motivo, esse termo passou a fazer parte da sub-escala de Funções do

indivíduo.

Na Versão Beta, o termo Sensação está subdividido em 47 fenômenos de

enfermagem, dos quais 19 estão apresentados no Gráfico 26. Quatro termos foram

excluídos na transposição da Versão Alfa para a Beta: Dor aguda, Dor crônica,

Dor crônica intermitente e Dor crônica constante, em virtude de se utilizarem

termos que foram deslocados para outros eixos da Classificação de Fenômenos de

Enfermagem. Os 28 novos termos apresentados encontram-se subdivididos nos

seguintes conceitos: Dor (21 termos), Apetite (2 termos), Dispepsia, Vertigem,

Inquietação, Conforto, Desmaio (ICN, 1999c).

Pode-se constatar, a partir da apresentação desses resultados, que os 23

fenômenos da sub-escala Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Função

Psicológica, equivalentes semanticamente para o português do Brasil, são

utilizados por enfermeiras paraibanas, e que essa foi a única sub-escala que não

apresentou termos como nunca utilizados, ou seja, todos os seus termos são

utilizados numa freqüência de sempre/muitas vezes e algumas vezes/raramente.

Merece destaque o fato de o termo Dor ter sido o único a apresentar freqüência

como sempre utilizado em todas as especialidades, ou seja, de ser utilizado por

100,0% das enfermeiras que participaram do estudo.

Page 159: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

159

A partir da síntese desses resultados, pode-se concluir que todos os

fenômenos constantes na sub-escala Função psicológica são utilizados com uma

freqüência acima de 80%, por enfermeiras paraibanas, nas seis especialidades da

área, ou seja: 22 (95,6%) na Enfermagem Médico Cirúrgica, 20 (86,9%) na

Enfermagem de Saúde Pública, 19 (82,6%) na Enfermagem Pediátrica, 18 (78,3%)

na Enfermagem Psiquiátrica, 17 (73,9%) na Enfermagem Obstétrica e 12 (52,2%)

na Enfermagem em Doenças Contagiosas. Observa-se que as especialidades que

apresentaram o maior número de termos utilizados com freqüência sempre e

muitas vezes, foram as mesmas evidenciadas na sub-escala Função fisiológica:

Enfermagem Médico-Cirúrgica, Enfermagem de Saúde Pública e Enfermagem

Pediátrica.

Como já foi mencionado, o conceito Sensação, quando da transposição da

Versão Alfa para a Beta, deixou de ser considerado um conceito central da sub-

escala Função psicológica, para tornar-se um conceito na sub-escala de Fenômenos

de Enfermagem pertencentes a Funções do indivíduo, contendo os termos que já

foram apresentados anteriormente.

5.2.2.2.3 Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Razões para as

Ações

Os Fenômenos de Enfermagem classificados na sub-escala Razões para as

ações estão divididos em Personalidade e Atitudes psicológicas. No núcleo do

conceito personalidade estão incluídos: Identidade pessoal, Imagem corporal,

Autoconceito e Auto-Estima, que estão apresentados no Gráfico 27. Atitudes

psicológicas, segundo Mortensen (1997) e Nielsen (1997), podem ser entendidas e

explicadas como a capacidade da pessoa para reter e abandonar as ações. As

Page 160: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

160

atitudes psicológicas incluem: Cognição, Emoção, Vontade, Decisão, Crença e

Memória, termos apresentados nos Gráficos 28 e 29.

Gráfico 27 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Razões para ações – Personalidade, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

O Gráfico 27 apresenta a distribuição do percentual de utilização dos

fenômenos de enfermagem relacionados com Personalidade, nas seis áreas de

especialização da Enfermagem. Observa-se que os termos Personalidade e

Identidade pessoal foram os únicos a apresentar uma freqüência de utilização

acima de 80,0%, em todas as especialidades.

O termo Distúrbio da identidade pessoal apresentou freqüência abaixo de

80,0%, em cinco das especialidades com exceção da Enfermagem Psiquiátrica, fato

92,3

87,1

70

85,9

76,5

87,1

71,8

95,9

76,5

65,3

84,6

80,8

46,2

65,4

73,1

80,8

73,1

92,3

92,3

69,2

89,5

87,7

66,7

77,2

80,7

78,9

66,7

94,7

70,2

57,9

96,1

96,1

88,5

92,3

84,6

84,6

84,6

100

92,3

92,3

100

100

28,6

100

100

100

100

71,4

100

100

88

88

70,6

83,7

71,7

82,6

72,8

95,6

77,2

77,2

Personalidade

Identidade pessoal

Distúrbio da identidade pessoal

Imagem corporal

Distúrbio da imagem corporal

Autoconceito

Distúrbio do autoconceito

Auto-estima

Baixa auto-estima situacional

Baixa auto-estima crônica

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 161: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

161

compreensível, pois o referido termo é específico do jargão psiquiátrico e,

conseqüentemente, da especialidade Enfermagem Psiquiátrica.

Os termos Distúrbios do autoconceito e Baixa auto-estima crônica

apresentaram freqüência abaixo de 80,0%, em quatro das especialidades. Esses

dois termos foram excluídos, quando da transposição da Versão Alfa para a Beta,

em virtude da utilização de termos pertencentes a outros eixos da Classificação de

Fenômenos de Enfermagem.

A especialidade Enfermagem Psiquiátrica foi a única onde todos os termos

apresentaram freqüência acima de 80,0%, confirmando o que já foi citado

anteriormente, que esses termos são específicos da Psiquiatria e,

conseqüentemente, da Enfermagem Psiquiátrica. Já as especialidades Enfermagem

Pediátrica, Enfermagem Médico-Cirúrgica, Enfermagem Obstétrica e Enfermagem

de Saúde Pública apresentaram um grande número de fenômenos com freqüência

como utilizados raramente, por enfermeiras paraibanas. Essa freqüência de

utilização, mesmo que seja considerada como raramente, nas demais

especialidades justifica-se, uma vez que os conceitos, princípios e as ações da

Enfermagem Psiquiátrica são aplicáveis a todas as especialidades de cuidados da

saúde, a cada pessoa, família ou grupo que podem ser tratados pelas enfermeiras.

Na Versão Beta, o termo Personalidade deixou de ser considerado um

conceito central, sendo substituído pelo conceito Autoconceito, constituído de 12

fenômenos de enfermagem, entre os quais os termos Personalidade, Identidade

pessoal, Imagem corporal, Autoconceito e Auto-estima, apresentados no Gráfico

27, continuaram após a transposição da Versão Alfa para a Beta. Os termos

Distúrbio da identidade pessoal, Distúrbio da imagem corporal, Distúrbio do

autoconceito, Baixa auto-estima situacional e Baixa auto-estima crônica,

também apresentados no Gráfico 27, foram excluídos em virtude da utilização de

termos pertencentes a outros eixos dessa classificação. Os sete novos termos

apresentados são: Autoconsciência, Identidade de gênero, Personalidade

Page 162: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

162

extrovertida, Personalidade introvertida, Genuinidade, Integridade e

Personalidade lábil (ICN, 1999c).

Gráfico 28 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Razões para Ações – Atitudes psicológicas, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

77,1

71,2

92,3

96,5

71,8

90,6

65,9

71,2

47

95,3

82,9

80

49,4

97

98,2

97

97,6

98,8

96,5

97,6

85,3

69,2

65,4

96,1

84,6

65,4

80,8

65,4

84,6

50

88,5

80,8

92,3

50

92,3

100

100

100

100

100

100

92,3

61,4

50,9

85,9

85,9

75,4

89,5

56,1

73,7

35,1

80,7

75,4

82,5

47,4

91,2

98,3

98,3

98,3

98,3

96,5

94,7

84,2

73,1

80,8

92,3

84,6

84,6

80,8

65,4

73,1

46,2

88,5

92,3

92,3

34,6

100

100

92,3

100

100

100

100

92,3

28,6

71,4

100

57,1

57,1

28,6

57,1

28,6

42,9

100

100

57,1

0

100

100

100

100

100

100

100

100

79,3

71,7

92,4

96,7

75

93,5

64,1

70,6

39,1

96,7

91,3

91,3

46,7

100

98,9

100

100

98,9

98,9

98,9

91,3

Atitudes psicológicas

Cognição

Pensamento

Falta de conhecimento

Processo de pensamento alterado

Confusão

Confusão aguda

Crenças falsas

Constipação percebida

Percepção

Alucinação

Ilusão

Negligência unilateral

Emoção

Insegurança

Nervosismo

Medo

Ansiedade

Tristeza

Solidão

Desolação

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 163: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

163

O Gráfico 28 apresenta a distribuição do percentual de utilização dos 21

fenômenos de enfermagem relacionados com Atitudes psicológicas, nas seis áreas

de especialidade na Enfermagem. Observa-se que os termos Pensamento,

Percepção, Emoção, Insegurança, Nervosismo, Medo, Ansiedade, Tristeza,

Solidão e Desolação apresentaram freqüência de utilização acima de 80,0%,

correspondendo à utilização desses termos como sempre e/ou muitas vezes, por

enfermeiras paraibanas.

Os termos Atitudes psicológicas, Confusão aguda, Constipação

percebida e Negligência unilateral apresentaram freqüência abaixo de 80,0%, em

todas as especialidades, seguidos de Cognição, Processo de pensamento alterado

e Crenças falsas, em cinco especialidades. Desses fenômenos a Constipação

percebida e a Negligência unilateral foram os que apresentaram as menores

freqüência de utilização.

No que diz respeito a Constipação percebida as enfermeiras estranharam o

fato desse termo ter sido incluído nessa pirâmide de conceitos, alegando que a

constipação é uma função fisiológica e, como tal, deveria ser incluída na sub-escala

de fenômenos pertencentes a função fisiológica. Analisando-se a Versão Beta com

relação à localização desse fenômeno, percebe-se que o mesmo é apresentado única

e exclusivamente como Constipação, pertencendo a funções do indivíduo, ligado

ao conceito de Eliminação intestinal (ICN, 1999c).

Apesar do termo Negligência unilateral ter sido introduzido desde 1986,

como um dos diagnósticos de enfermagem aprovados pela NANDA, ele não é um

termo familiar para as enfermeiras, nem mesmo para as que utilizam o sistema de

diagnóstico da NANDA (Apalategui e Cuadra, 1995). O que se pode evidenciar na

literatura consultada é que esse termo é mais freqüentemente utilizado por

enfermeiras que lidam com pacientes vítimas de acidente vascular cerebral

(Smeltzer e Bare, 1998).

Page 164: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

164

Gráfico 29 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Razões para Ações – Atitudes psicológicas (continuação), por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

96,5

90

95,9

92,9

66,5

64,1

91,8

94,1

92,3

91,8

78,8

93,5

78,8

90,6

90,6

91,2

81,2

92,3

75,9

95,9

91,8

100

80,8

84,6

100

84,6

65,4

100

84,6

84,6

80,8

57,7

92,3

76,9

84,6

100

100

84,6

84,6

84,6

84,6

92,3

92,9

82,5

98,3

84,2

59,6

52,6

94,7

94,7

84,2

94,7

68,4

87,7

71,9

91,2

94,7

91,2

78,9

87,7

87,7

91,2

91,2

92,3

92,3

100

100

73,1

50

100

96,1

96,1

92,3

84,6

92,3

76,9

92,3

100

92,3

69,2

92,3

92,3

92,3

100

100

100

57,1

100

71,4

28,6

100

100

100

100

28,6

100

71,4

100

100

100

100

57,1

57,1

100

100

96,7

96,7

98,9

88

61,9

52,3

93,5

98,9

97,8

94,6

56,5

93,5

77,2

96,7

96,7

89,1

89,1

89,1

89,1

96,7

94,6

Depressão

Desespero

Raiva

Pesar

Pesar antecipado

Pesar disfuncional

Culpa

Vergonha

Negação

Vontade

Redução do desejo de viver

Decisão

Conflito de decisão

Impotência

Falta de iniciativa

Crença

Crença de valor

Crença religiosa

Sofrimento espiritual

Memória

Desorientação

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 165: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

165

No Gráfico 29 estão listados os outros 21 fenômenos de enfermagem

relacionados com Atitudes Psicológicas. Observa-se que os termos Depressão,

Desespero, Pesar, Culpa, Vergonha, Negação, Vontade, Decisão, Impotência,

Falta de iniciativa, Crença, Memória e Desorientação foram utilizados, em todas

as especialidades, com freqüência igual ou acima de 80,0%, correspondendo ao uso

desses termos sempre e/ou muitas vezes, por enfermeiras paraibanas.

Os termos Pesar disfuncional e Conflito de decisão foram os únicos que

apresentaram freqüência abaixo de 80,0%, em todas as especialidades e, Pesar

antecipado e Redução do desejo de viver apresentaram freqüência abaixo de

80,0%, em cinco das especialidades. Desses termos o Pesar disfuncional foi o que

apresentou menor freqüência de utilização, já tendo sido apontado como um dos

termos nunca utilizados pelas enfermeiras no início desse capítulo. Apesar de ter

sido introduzido desde 1980, na lista de diagnósticos de enfermagem da NANDA,

esse termo não é muito utilizado na bibliografia consultada, o que reforça os

resultados deste estudo, onde as enfermeiras relataram preferir a utilização do

termo Luto.

Na Versão Beta, o termo Atitudes psicológicas deixou de ser considerado

um conceito central sendo substituído pelo conceito Autoconfiança, subdividido

em 118 fenômenos de enfermagem, dos quais 31 estão apresentados nos dois

gráficos anteriores, tendo sido excluídos 11 termos (Atitudes psicológicas, Falta

de conhecimento, Processo de pensamento alterado, Confusão aguda,

Constipação percebida, Depressão, Pesar antecipado, Pesar disfuncional,

Conflito de decisão, Falta de iniciativa, Sofrimento espiritual e Desorientação),

que passaram, alguns para outros eixos da Classificação de Fenômenos de

Enfermagem e outros foram totalmente excluídos, como os termos Depressão,

Constipação percebida e Desorientação. Os 87 novos termos apresentados estão

relacionados com a seguinte subdivisão dos conceitos: Bem-estar (5 termos),

Cognição (13 termos), Aprendizagem (4 termos), Memória (4 termos), Emoção

Page 166: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

166

(21 termos), Vontade (1 termo), Tomada de decisão (1 termo), Adaptação (25

termos), e Energia (15 termos) (ICN, 1999c). Merece ser ressaltado que um dos

25 novos termos relacionados com o conceito Adaptação é o termo Coping que,

neste estudo, em virtude de não ter obtido a equivalência semântica, foi retirado da

lista de fenômenos de enfermagem.

Pode-se constatar, a partir da apresentação dos gráficos que fazem parte da

sub-escala Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Razões para as Ações,

que os 52 fenômenos, equivalentes semanticamente para o português do Brasil, são

utilizados por enfermeiras paraibanas. Os termos que apresentaram uma maior

freqüência como nunca utilizados foram os seguintes: Constipação percebida,

Negligência unilateral e Pesar disfuncional.

A partir da síntese desses resultados, pode-se concluir que um grande

número dos fenômenos constantes na sub-escala de Razões para as ações é

utilizado com uma freqüência acima de 80,0%, por enfermeiras paraibanas nas seis

especialidades da área: 43 (82,7%) na Enfermagem Psiquiátrica, 38 (73,1%) na

Enfermagem Obstétrica, 36 (69,2%) na Enfermagem de Saúde Pública, 35 (67,3%)

na Enfermagem Médico-Cirúrgica, 33 (63,5%) na Enfermagem Pediátrica e na

Enfermagem em Doenças Contagiosas, respectivamente.

Observa-se que a única especialidade que apresentou o maior número de

termos utilizados com freqüência sempre e/ou muitas vezes, ou seja, termos com

freqüência de utilização acima de 80,0%, foi a Enfermagem Psiquiátrica. Esse era,

na realidade, um resultado esperado, pois nessa especialidade as atitudes

psicológicas são enfatizadas como prioritárias na prestação da assistência de

enfermagem.

Fazendo uma comparação dessa sub-escala apresentada na Versão Alfa com

os termos apresentados na Versão Beta, pode-se constatar que o conceito Razão

para a ação deixou de ser dividido em Personalidade e Atitudes psicológicas,

Page 167: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

167

passando a constituir uma sub-escala ligada ao conceito de Pessoa, subdividida em

dois conceitos centrais: Autoconfiança e Autoconceito. O conceito

Autoconfiança está representado pela seguinte subdivisão: Bem-estar (6 termos),

Cognição (14 termos), Percepção (5 termos), Aprendizagem (4 termos),

Memória (6 termos), Emoção (34 termos), Vontade (3 termos), Tomada de

decisão (2 termos), Adaptação (26 termos), Energia (5 termos) e Crenças (13

termos). O conceito Autoconceito divide-se em: Autoconsciência (1 termo), Auto-

estima (1 termo), Imagem corporal (1 termo) e Identidade pessoal (8 termos)

(ICN, 1999c).

5.2.2.2.4 Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Ações

As ações são executadas intencionalmente pela pessoa, como, execução de

movimentos físicos (corporais), explicados e entendidos por meio de razões para as

ações (Mortensen, 1997). Os fenômenos de enfermagem classificados na sub-

escala Ações incluem Ações autodependentes e Ações interdependentes. As

ações autodependentes abrangem todas aquelas que dependem da própria pessoa e

incluem os seguintes conceitos: Autodesenvolvimento, Autocuidado,

Autoajustamento e Autodestruição, apresentados no Gráfico 30. As ações

interdependentes são as que dependem da própria pessoa e de outras, ao mesmo

tempo, e incluem conceitos como: Ação comunicativa, Desempenho de papel,

Ação sexual e Interação social, apresentadas no Gráfico 31.

Ações autodependentes é o termo central da pirâmide de conceitos,

constituída de 32 fenômenos de enfermagem. O Gráfico 30 apresenta a distribuição

do percentual de utilização desses termos, por enfermeiras paraibanas, por área de

especialidade.

Page 168: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

168

Gráfico 30 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Ações – Ações autodependentes, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

68,8

76,5

74,1

95,9

90,6

92,9

90,6

85,3

86,5

94,1

94,1

94,1

92,3

90

88,2

65,3

95,9

90

82,9

77

92,3

77,6

60

80

75,3

78,8

61,8

73,5

78,2

95,9

94,1

88,2

92,3

84,6

76,9

100

100

92,3

96,1

80,8

80,8

96,1

96,1

96,1

96,1

92,3

92,3

65,4

92,3

84,6

92,3

92,3

100

80,8

65,4

76,9

69,2

80,8

69,2

80,8

84,6

100

92,3

80,8

52,6

64,9

63,1

98,3

84,2

89,5

85,9

82,5

85,9

87,7

91,2

91,2

87,7

91,2

89,5

59,6

89,5

84,2

80,7

63,1

84,2

50,9

54,4

66,7

71,9

82,5

47,4

78,9

78,9

89,5

85,9

82,5

84,6

84,6

61,5

92,3

88,5

84,6

80,8

73,1

80,8

88,5

88,5

88,5

88,5

88,5

88,5

46,2

88,5

65,4

73,1

50

80,8

80,8

30,8

53,8

65,4

84,6

65,4

57,7

80,8

92,3

80,8

73,1

28,6

28,6

71,4

100

100

100

57,1

57,1

57,1

100

100

100

100

100

57,1

28,6

57,1

71,4

42,9

71,4

85,7

42,9

42,9

42,9

42,9

100

42,9

71,4

71,4

71,4

100

100

73,9

78,3

76,1

95,6

86,9

84,8

82,6

82,6

81,5

85,9

88

88

86,9

86,9

81,5

56,5

89,1

82,6

80,4

72,8

86,9

71,7

53,3

68,5

70,6

86,9

52,2

79,3

84,8

97,8

97,8

95,6

Ações autodependentes

Autodesenvolvimento

Ação de busca da saúde

Autocuidado

Atividade da vida diária

Autocuidado: mover-se

Autocuidado: sentar-se

Autocuidado: transferir-se

Autocuidado: virar-se

Autocuidado: alimentar-se

Autocuidado: higiene

Autocuidado: banhar-se

Autocuidado: arrumar-se

Autocuidado: vestir-se

Autocuidado: toalete

Atividade instrumental da vida diária

Atividade de lazer

Atividade de cuidado da saúde

Regime terapêutico prescrito

Não aderência

Precauções de segurança

Auto-ajustamento

Desgaste do cuidador

Ajustamento à saúde

Negação de problemas de saúde

Autodestruição

Violência autodirecionada

Destruição da saúde

Abuso de substância

Fumo

Abuso de álcool

Abuso de droga

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 169: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

169

Os termos Autocuidado, Atividade da vida diária, Autocuidado: mover-

se, Autocuidado: alimentar-se, Autocuidado: higiene, Autocuidado: banhar-se,

Autocuidado: arrumar-se, Autocuidado: vestir-se, Precauções de segurança, e

Abuso de álcool apresentaram freqüência igual ou acima de 80,0%, sendo,

portanto, considerados como utilizados numa freqüência de sempre e/ou muitas

vezes, em todas as especialidades.

Desses termos, o que apresentou uma maior freqüência de utilização nas seis

especialidades foi o Autocuidado. O fenômeno Autocuidado apresenta muitas

definições na literatura profissional, o que o torna um conceito aceito e utilizado na

prática profissional das enfermeiras.

Para Hill e Smith (1990) o conceito autocuidado teve sua origem nos

sistemas de cuidados de saúde, tendo com base o modelo biomédico. Para as

referidas autoras, esse conceito é considerado um constructo na Enfermagem, pois

comumente a sua definição apresenta descrições associadas incluindo a auto-

responsabilidade, independência, interdependência, manutenção da saúde, cuidados

preventivos e promoção da saúde, entre outros, o que faz com que o Autocuidado

seja utilizado em todas as áreas clínicas.

Os termos Ação de busca de saúde, Atividade instrumental da vida

diária, Desgaste do cuidador, Negação de problemas de saúde e Violência

autodirecionada apresentaram freqüência abaixo de 80,0%, ou seja, foram

utilizados numa freqüência de raramente, pelas enfermeiras, em todas as

especialidades. Os termos Atividade instrumental da vida diária, Desgaste do

cuidador e Violência autodirecionada foram os que apresentaram menores

freqüências de utilização, já tendo sido apontado como fazendo parte dos 13 termos

nunca utilizados pelas enfermeiras. Desses Atividade instrumental da vida

diária e Violência autodirecionada foram excluídos quando da transposição da

Versão Alfa para a Beta (ICN, 1999c).

Page 170: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

170

No que diz respeito ao termo Desgaste do cuidador deve-se considerar que

o mesmo foi introduzido como um diagnóstico de enfermagem pela NANDA, a

partir de 1992, para o qual é necessário a realização de estudos que visem a sua

validação e utilização na prática clínica. Contudo, merece ser ressaltado que esse

termo reflete uma realidade social, que permite a avaliação de elementos

imprescindíveis para o planejamento do cuidado – o cuidador, uma vez que ele

favorece a resposta à terapêutica e contribuir para o melhor funcionamento do

paciente, mas pode, também, contribuir para o manejo inadequado de condições de

saúde, daí a importância do mesmo no plano terapêutico.

Os termos Não aderência, Ajustamento à saúde e Destruição da saúde

também foram considerados termos utilizados como raramente, em quatro das seis

especialidades. De todos os termos que apresentaram freqüência como raramente

utilizados, só o termo Não aderência não foi excluído quando da transposição da

Versão Alfa para a Beta, tendo sido modificado, passando a ser denominado de

Aderência (ICN, 1999c).

Na Versão Beta, o termo Ações autodependentes deixou de ser considerado

um conceito central, sendo substituído pelo conceito Ações de autoconfiança,

subdividido em 67 fenômenos de enfermagem, entre os quais, 20 (Gráfico 30),

continuaram após a transposição da Versão Alfa para a Beta. Os 13 termos

excluídos nessa transposição foram: Ações autodependentes,

Autodesenvolvimento, Ação de busca da saúde, Atividade da vida diária,

Atividade instrumental da vida diária, Atividade de cuidado da saúde, Auto-

ajustamento, Desgaste do cuidador, Ajustamento à saúde, Negação de

problemas de saúde, Autodestruição, Violência autodirecionada e Destruição

da saúde. Os 47 novos termos apresentados estão ligados aos seguintes conceitos:

Autocuidado (31 termos) e Cuidado domiciliar (16 termos) (ICN, 1999c).

Ação interdependente é considerado o termo central da pirâmide de

conceitos, apresentada no Gráfico 31, constituída de 16 fenômenos de enfermagem.

Page 171: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

171

Observa-se, nesse gráfico, que os termos Planejamento familiar, Promiscuidade,

Interação social e Apoio social foram os únicos que apresentaram freqüência igual

ou acima de 80,0%, em todas as especialidades.

Gráfico 31 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Ações – Ação interdependente, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

81,2

81,2

86,5

70

80,6

94,1

90,6

91,8

85,3

64,1

74,1

77,6

76,5

51,8

66,5

85,3

84,6

84,6

92,3

92,3

92,3

100

92,3

92,3

92,3

80,8

88,5

80,8

69,2

46,2

76,9

84,6

70,2

80,7

75,4

61,4

80,7

91,2

87,7

85,9

92,9

56,1

64,9

80,7

82,5

43,8

49,1

71,9

76,9

92,3

80,8

69,2

73,1

88,5

92,3

92,3

92,3

69,2

73,1

73,1

73,1

34,6

80,8

88,5

100

100

100

100

71,4

100

100

100

100

28,6

100

57,1

57,1

28,6

28,6

100

79,3

74

92,4

64,1

88

95,6

95,6

92,4

94,6

79,3

80,4

90,2

82,6

61,9

69,6

78,3

Ação interdependente

Ação comunicativa

Desempenho de papel

Desempenho alterado de papel

Ação sexual

Planejamento familiar

Promiscuidade

Interação social

Apoio social

Rede social

Agressão social

Abuso infantil

Abuso conjugal

Mutilação genital feminina

Interação social limitada

Isolamento social

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 172: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

172

O único termo que apresentou freqüência abaixo de 80,0%, em todas as

especialidades, foi Mutilação genital feminina. De acordo com a literatura

consultada, esse termo representa uma prática arcaica e antinatural, relacionada

com determinantes culturais e tradições, ainda hoje realizada contra as mulheres,

sobretudo em algumas sociedades africanas (Rey, 1999; Smeltzer e Bare, 1998;

Black e Matassarim-Jacobs, 1996).

Segundo o Relatório da Saúde Mundial, publicado pela OMS (WHO, 1999),

no capítulo que trata sobre a mutilação genital feminina, consta que a prevalência

dessa prática ocorre em vários países da África, mas, com o aumento da imigração

de todos os povos, é possível identificar esta prática em todos os continentes.

Nesse mesmo relatório, consta que vários autores têm mencionado a prática da

mutilação genital feminina entre pessoas indígenas da Colômbia, México e Peru, de

acordo com os relatórios das organizações nacionais ou de estudos publicados.

Consta também que na cidade de São Paulo, no Brasil, um estudo identificou que

essa prática está sendo utilizada pela comunidade de imigrantes egípcios, mas

reforça que outras investigações realizadas não evidenciaram o uso dessa prática.

Com base no que foi exposto e na literatura de Enfermagem, pode-se inferir

que as enfermeiras que registraram a utilização do termo Mutilação genital

feminina, neste estudo, o tenham feito, tendo como base a compreensão do

significado desse termo, mas não como um indicador de incidência, ou seja, de

utilização na prática profissional. Se essa inferência estiver correta, existe a

possibilidade de que outros termos também tenham sido marcados, levando-se em

consideração o seu significado e não a utilização como uma prática de enfermagem,

o que justifica, mais uma vez, a realização de estudos futuros, tendo como base o

significado dos termos, para elucidarem essas questões.

Os termos Rede social e Interação social limitada também apresentaram

freqüência abaixo de 80,0%, em cinco das seis especialidades. No que diz respeito

Page 173: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

173

ao termo Rede social, o que se evidencia na literatura pesquisada é que esse termo

é mais utilizado como Apoio social, Suporte social ou Grupo de apoio (Smeltzer e

Bare, 1998; Black e Matassarim-Jacobs, 1996). O termo Interação social limitada

foi excluído quando da transposição da Versão Alfa para a Beta.

O conceito Ação interdependente continua sendo um conceito central na

Versão Beta, constituído de 50 fenômenos de enfermagem, dos quais, 12 fazem

parte dos 16 termos apresentados no Gráfico 31. Os termos apresentados na

Versão Alfa e excluídos quando da transposição para a Versão Beta, foram

Desempenho alterado de papel, Interação social limitada e Isolamento social,

os dois primeiros em virtude da utilização de qualificadores, que passaram a fazer

parte de um novo eixo na Classificação de Fenômenos de Enfermagem. O termo

Planejamento familiar foi transferido para o conceito Grupo. Os 37 novos

termos apresentados na Versão Beta estão subdivididos nos seguintes conceitos:

Interação social (20 termos), Interação de papel (8 termos), Cuidador,

Interação sexual (3 termos), Comunicação (7 termos) (ICN, 1999c).

Pode-se constatar, a partir da apresentação dos gráficos anteriormente

apresentados, que fazem parte da sub-escala Fenômenos de Enfermagem

pertencentes a Ações, que os 48 termos, equivalentes semanticamente para o

português do Brasil, são utilizados por enfermeiras paraibanas. Os termos que

apresentaram uma maior freqüência como nunca utilizados foram os seguintes:

Atividade instrumental da vida diária, Desgaste do cuidador, Mutilação

genital feminina e Violência autodirecionada.

A partir da síntese desses resultados, pode-se concluir que um grande

número dos fenômenos, constantes na sub-escala Ações, é utilizado por

enfermeiras paraibanas com uma freqüência acima de 80,0% nas seis

especialidades da área, ou seja: 39 (81,2%) são utilizados na Enfermagem

Obstétrica, 30 (62,5%) na Enfermagem de Saúde Pública, 29 (60,4%) na

Page 174: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

174

Enfermagem Médico-Cirúrgica, 28 (58,3%) respectivamente na Enfermagem

Pediátrica e na Enfermagem Psiquiátrica, e 22 (45,8%) na Enfermagem em

Doenças Contagiosas.

Observa-se que a única especialidade que apresentou um maior número de

termos utilizados com freqüência sempre e muitas vezes, ou seja, termos com

freqüência de utilização acima de 80,0%, foi a Enfermagem Obstétrica. Isto se

justifica pelo fato da Obstetrícia e, conseqüentemente, da Enfermagem Obstétrica

assistirem a mulher, nas diversas fases da gestação, e incluírem além do estudo dos

ajustes anatômicos e fisiológicos da reprodução humana, e o estudo das diversas

relações interdependentes que estão em jogo nesse processo (Ziegel e Cranley,

1994).

Fazendo-se uma comparação dessa sub-escala apresentada na Versão Alfa

com os termos apresentados na Versão Beta, pode-se constatar que o conceito

Ações passou a ser subdividido em Ação de autoconfiança e Ação

interdependente. As Ações de autoconfiança estão subdivididas nos seguintes

conceitos centrais: Autocuidado (47 termos) e Cuidado Domiciliar (19 termos).

As Ações interdependentes estão subdivididas em: Interação social (27 termos),

Interação de papel (9 termos), Cuidador (1 termo), Interação sexual (5 termos) e

Comunicação (7 termos) (ICN, 1999c).

5.2.2.2.5 Fenômenos de Enfermagem Pertencentes a Meio Ambiente

Para Mortensen (1997), o núcleo Meio ambiente, na Versão Alfa, inclui

poucos conceitos, mas deseja-se que esse seja posteriormente desenvolvido pelas

contribuições das enfermeiras que estão trabalhando especialmente com a

assistência primária de saúde. Os Fenômenos de Enfermagem relacionados com a

Família, a Sociedade e a Comunidade incorporam-se na categoria de Meio

Page 175: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

175

ambiente: humano, e estão apresentados no Gráfico 32. Os fenômenos

relacionados com o Meio ambiente: Físico, Biológico e Artificial são

incorporados na categoria Meio ambiente natureza, e estão apresentados no

Gráfico 33.

Gráfico 32 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Meio Ambiente: Humano, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

98,2

94,1

95,9

81,2

78,8

97,6

88,2

75,3

90,6

96,5

95,9

95,3

74,1

57

82,3

78,8

75,3

85,9

92,3

92,3

92,3

92,3

84,6

100

100

84,6

84,6

84,6

100

92,3

69,2

53,8

84,6

92,3

92,3

92,3

98,3

91,2

96,5

94,7

68,4

92,9

84,2

64,9

92,9

98,3

98,3

96,5

66,7

49,1

91,2

87,7

91,2

91,2

88,5

88,5

76,9

73,1

53,8

100

76,9

84,6

84,6

84,6

84,6

96,1

57,7

26,9

65,4

65,4

50

65,4

100

57,1

100

57,1

71,4

100

57,1

71,4

57,1

57,1

100

100

57,1

28,6

100

100

100

100

100

98,9

97,8

96,7

77,2

98,9

95,6

72,8

97,8

96,7

98,9

97,8

77,2

52,2

88

78,3

85,9

84,8

Família

Capacidade de cuidar

Paternidade/Maternidade

Vínculo

Paternidade/Maternidade alterada

Relacionamento familiar

Distúrbio no relacionamentofamiliar

Conflito de papel dos pais

Economia

Condições econômicas

Pobreza

Cultura

Etnia

Sexismo

Alto índice de mortalidade

Alto índice de mortalidade neonatalprecoce

Alto índice de mortalidade perinatal

Alto índice de mortalidade materna

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 176: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

176

Meio Ambiente: Humano é considerado o termo central na pirâmide de

conceitos, constituída de 18 fenômenos de enfermagem. Observa-se, no Gráfico

32, que os termos Família, Relacionamento familiar, Pobreza e Cultura foram

os que apresentaram freqüência acima de 80,0%, como utilizados em todas as

especialidades. Os termos Etnia e Sexismo foram os únicos que apresentaram

freqüência de utilização abaixo de 80,0%, em todas as especialidades, seguidos de

Paternidade/Maternidade alterada, em cinco especialidades.

O termo Sexismo vem sendo apresentado, desde a primeira fase da pesquisa,

como um conceito problemático. Consultando-se um dicionário português,

considerado o mais completo, em uma edição atualizada, (Ferreira, 1998), verifica-

se que o termo Sexismo não consta como um verbete, o mesmo acontecendo

quando se procurou nos dicionários de termos clínicos ou termos médicos (Rey,

1999; Osol, 1982). O entendimento que se pode ter desse termo é que o mesmo

começou a ser evidenciado a partir do movimento feminista, quando se denunciou

o poder e a dominação de um sexo sobre o outro.

Na Versão Alfa da CIPE, esse termo é definido como um “fenômeno de

enfermagem pertencente a Cultura, com a seguinte característica específica:

discriminação, especialmente contra mulheres, baseada no sexo” (CIE, 1996b). Já

na Versão Beta, o mesmo aparece pertencendo ao Meio Ambiente construído pelo

homem, ligado ao conceito de Normas e Atitudes, definido como um “tipo de

discriminação com a seguinte característica específica: prática de fazer distinção

em tratamento, manifestações injustas ou prejudiciais baseado no gênero” (ICN,

1999c). Pode-se perceber, analisando-se essas duas definições, que esse termo não

tinha, na Versão Alfa, uma definição nem uma localização precisa, o que nos leva a

acreditar que esse fato tenha contribuído para que o mesmo seja considerado, neste

estudo, como um dos termos mais problemáticos.

No que diz respeito ao termo Etnia, pode-se também fazer o mesmo

julgamento. Na Versão Alfa, esse termo foi definido como “um fenômeno de

Page 177: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

177

enfermagem pertencente a Cultura, com a seguinte característica específica:

discriminação de pessoas baseada na raça, nacionalidade ou cultura” (ICN,

1996b), e na Versão Beta ele é definido como um tipo de “fenômeno de

enfermagem de Normas e Atitudes com a seguinte característica específica:

documentação e classificação de indivíduos por nacionalidade, hereditariedade,

costumes e linguagem dos indivíduos” (ICN, 1999).

O termo Paternidade/Maternidade alterada, quando da transposição da

Versão Alfa para a Beta, foi excluído em virtude da utilização do qualificador

alterada.

O conceito Meio ambiente: humano deixou de ser um conceito central na

Versão Beta, tendo sido substituído pelo conceito Meio ambiente: Natureza,

constituído de 25 fenômenos de enfermagem. Dos 18 termos apresentados no

Gráfico 32, nove foram excluídos (Capacidade de cuidar,

Paternidade/Maternidade alterada, Relacionamento familiar, Distúrbio no

relacionamento familiar, Conflito de papel dos pais, Economia, Condições

econômicas, Pobreza e Índice de mortalidade perinatal), três foram transferidos

para o conceito de Grupo (Família, Paternidade/Maternidade e Vínculo), três

foram transferidos, com modificações, para o conceito Comunidade (Índice de

mortalidade, Índice de mortalidade infantil e Índice de mortalidade materna)

e dois foram transferidos para o conceito Meio Ambiente construído pelo homem

– Normas e Atitudes (Sexismo e Etnia) (ICN, 1999c).

Meio Ambiente: Natureza é o termo central da pirâmide de conceitos,

constituída de oito fenômenos de enfermagem e apresentada no Gráfico 33, onde se

evidencia a distribuição do percentual de utilização desses fenômenos, nas seis

especialidades da Enfermagem. Observa-se que todos os termos foram utilizados

com freqüência acima de 80,0%, em todas as especialidades, com exceção do termo

Moradia inadequada, que apresentou uma freqüência de 57,1% na especialidade

Enfermagem em Doenças Contagiosas.

Page 178: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

178

O conceito Meio ambiente: natureza, como foi anteriormente explicado,

continua sendo um conceito central na Versão Beta, mas subdividido em Ambiente

físico e Ambiente biológico, constituído de 25 fenômenos de enfermagem. Dos

oito termos apresentados no Gráfico 33, quatro foram excluídos (Poluição do ar,

Poluição da água, Moradia e Moradia inadequada), e os outros quatro

continuaram a fazer parte desse conceito (Ar, Água, Microorganismo e Parasita).

Gráfico 33 Distribuição do percentual de utilização dos Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Meio Ambiente: Natureza, por Área de Especialidade. Paraíba, 1999.

Pode-se constatar, a partir da apresentação dos dois últimos gráficos, que

fazem parte da sub-escala Fenômenos de Enfermagem pertencentes a Meio

ambiente, que os 26 termos, equivalentes semanticamente para o português do

96,5

97,6

98,8

95,3

96,5

94,7

98,2

97

88,5

88,5

88,5

88,5

88,5

88,5

92,3

92,3

98,3

98,3

98,3

98,3

98,3

98,3

98,3

96,5

100

96,1

96,1

96,1

96,1

92,3

88,5

88,5

100

100

100

100

100

100

100

57,1

96,7

98,9

98,9

96,7

95,6

97,8

98,9

97,8

Ar

Poluição do ar

Água

Poluição da água

Microorganismo

Parasita

Moradia

Moradia inadequada

Médico-Cirúrgica Obstétrica Pediátrica Psiquiátrica Doenças contagiosas Saúde Pública

Page 179: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

179

Brasil, são utilizados por enfermeiras paraibanas. O único termo que apresentou

uma maior freqüência como nunca utilizado foi o Sexismo, conforme discussão

anteriormente apresentada.

A partir da síntese desses resultados, pode-se concluir que a grande maioria

dos termos constantes na sub-escala Meio ambiente é utilizada com freqüência

acima de 80,0%, por enfermeiras paraibanas, nas seis especialidades da área, ou

seja: 24 (92,3%) na Enfermagem Obstétrica, 22 (84,6%) na Enfermagem

Pediátrica, 21 (80,8%) na Enfermagem de Saúde Pública, 20 (76,9%) na

Enfermagem Médico-Cirúrgica, 17 (65,4%) na Enfermagem em Doenças

Contagiosas e 16 (61,5%) na Enfermagem Psiquiátrica.

Observa-se que as especialidades que apresentaram o maior número de

termos utilizados com freqüência sempre e muitas vezes, ou seja, termos com

freqüência de utilização acima de 80,0%, foram a Enfermagem Obstétrica,

Enfermagem Pediátrica e a Enfermagem de Saúde Pública. Merece ser ressaltado

que as enfermeiras independente do campo de atuação e de acordo com sua

atividade trabalham em todas as fases do ciclo sanitário e são, consequentemente,

conhecedoras dos termos relacionados com o meio ambiente (Du Gas, 1988).

Fazendo-se uma comparação dessa sub-escala apresentada na Versão Alfa

com os termos apresentados na Versão Beta, pode-se constatar que muitos dos

termos apresentados foram transferidos para os conceitos Grupo e Comunidade,

que na Versão Beta passaram a fazer parte dos fenômenos de enfermagem

pertencentes ao indivíduo. O conceito Meio ambiente, na Versão Beta, ficou

subdividido em Meio ambiente: natureza e Meio ambiente construído pelo

homem, com 166 termos. O conceito Meio ambiente natureza está subdividido

em Ambiente físico (17 termos) e Ambiente biológico (7 termos) e o conceito

Meio ambiente construído pelo homem está subdividido em: Infra-estrutura (15

termos), Desenvolvimento do país (5 termos), Sistema de suporte (17 termos),

Normas e atitudes (11 termos) e Política (21 termos) (ICN, 1999c).

Page 180: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

180

A partir dos resultados apresentados pode-se concluir que as enfermeiras

paraibanas utilizam na sua prática profissional os fenômenos constantes na CIPE –

Versão alfa, em várias proporções: um único fenômeno foi marcado com 100,0%

de freqüência de utilização – Dor; a grande maioria com freqüência variando de

99,0% a 80,0% e 13 com freqüência abaixo de 50,0%. Visualiza-se também no

estudo que esses 269 fenômenos de enfermagem são utilizados nas várias áreas

clínicas da profissão, apresentando maiores evidências de utilização nas

especialidades Enfermagem Médico Cirúrgica, Enfermagem Obstétrica e

Enfermagem de Saúde Pública.

Merece ser ressaltado que, em alguns momentos do estudo, tinha-se a

sensação de que as enfermeiras, ao marcarem que utilizavam os termos, o faziam

baseada na compreensão do seu significado ou familiaridade e não na utilização

efetiva na prática profissional. Se essa inferência estiver correta, justifica-se a

realização de estudos futuros, para esclarecer essa questão.

A despeito disso, e tendo por base os resultados obtidos neste estudo, o que

se pode concluir é que, confirmando o que foi dito pelo CIE, os termos usados na

Classificação dos Fenômenos de Enfermagem, “representam problemas ou

situações da prática de enfermagem comuns às enfermeiras” (ICN, 1996b).

Page 181: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

181

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a publicação da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem –

Versão Alfa, o processo de desenvolvimento e aperfeiçoamento dessa classificação,

como também a introdução, nela, de modificações que se fizerem necessárias,

constituem uma realidade na Enfermagem mundial. Este estudo foi desenvolvido

numa tentativa de responder a algumas das grandes questões que surgiram após a

apresentação dessa classificação – a necessidade de adaptação dos termos à língua

alvo de utilização e a verificação se os mesmos representam ou não as situações ou

problemas com os quais as enfermeiras lidam na sua prática profissional.

Na Classificação de Fenômenos de Enfermagem, apresentada na CIPE –

Versão Alfa, essas situações são denominadas de Fenômenos de Enfermagem e

constituem dois grandes blocos: os fenômenos relacionados com Ser humano (259

termos) e os fenômenos relacionados com Meio ambiente (34), totalizando 293

termos, com 292 definições. Para que esses termos sirvam aos seus maiores

propósitos, à documentação e à estatística da prática de enfermagem, é necessário

que sejam adaptados à linguagem onde serão utilizados, uma vez que os mesmos

foram desenvolvidos em países onde a língua predominante é a inglesa.

Na realização desta pesquisa, parti da premissa de que todos os termos de

Enfermagem, originados nas diversas línguas, tinham um componente

correspondente na língua portuguesa. Dentre as diversas abordagens que poderiam

ser utilizadas para o desenvolvimento deste estudo, optei por fazer a equivalência

semântica da Classificação dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE – Versão Alfa

e verificar se os fenômenos de enfermagem equivalentes semanticamente faziam

parte da prática profissional das enfermeiras. O que eu queria na realidade com o

estudo era evitar que a Classificação de Fenômenos de Enfermagem apresentasse

Page 182: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

182

os mesmos problemas que foram, por mim e por outras enfermeiras, evidenciados

com a tradução do sistema de classificação da NANDA, para o português do Brasil,

e saber se as enfermeiras reconheciam e utilizavam esses termos na sua prática

assistencial e/ou docente.

Corrobora este pensamento a afirmação do CIE de que a CIPE é um sistema

de classificação que deve ter sua utilização tanto na área assistencial, como no

ensino de Enfermagem, uma vez que um dos seus objetivos potenciais é o

desenvolvimento profissional, a comunicação entre as enfermeiras e entre os

demais profissionais de saúde, a sistematização da assistência de enfermagem e a

investigação científica na Enfermagem (ICN, 1996b).

No desenvolvimento da primeira fase do estudo, não existia a pretensão de

se desenvolver todos os tipos de equivalência que devem ser observados em

estudos transculturais, cujo objetivo é a adaptação de termos de uma linguagem

para outra, mas com o desenrolar do estudo, pôde-se perceber que foram

desenvolvidas, tanto a equivalência semântica, como a equivalência cultural e a

equivalência de conteúdo.

A equivalência semântica foi obtida quando foi desenvolvida a avaliação da

equivalência gramatical e de vocabulário na tradução para o português do Brasil. A

equivalência cultural foi realizada quando se atentou, durante todo o processo da

técnica da back-translation, para que os termos utilizados fossem coerentes com as

experiências vividas pelas enfermeiras dentro do seu contexto cultural. Considero

que esta equivalência foi alcançada, quando as enfermeiras responderam que os

termos apresentados retratavam problemas ou situações da prática profissional. A

equivalência conceitual foi alcançada, quando os termos foram submetidos ao

julgamento de um corpo de juízes, quando da realização da correlação entre as

versões original, tradução e back-translation, da Classificação de Fenômenos de

Page 183: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

183

Enfermagem, ocasião em que foi julgado se os termos apresentavam o mesmo

significado nas três versões.

Os resultados do estudo nessa primeira fase apontaram para uma tradução

semanticamente correta, alcançando um índice de concordância de 98,0% para os

269 termos. Merece ser ressaltado que, em alguns casos, não foi possível encontrar

uma palavra que incorporasse o sentido exato do termo original em inglês, como no

caso de Rubor quente. Mesmo para os termos que foram traduzidos “sem

problemas”, estou consciente de que alguns conceitos ainda não têm um sentido

exato em português e que estudos devem ser desenvolvidos, para que essa

Classificação represente a prática de enfermagem, das enfermeiras brasileiras. Por

esse motivo, acredito que a continuação do estudo deve ser vista como uma

contribuição para a pesquisa na Enfermagem, quando se deve fazer uma acurada

investigação sobre o uso dos termos, seu significado e sua substituição, quando

oportuno, por vocábulos que reflitam a prática de enfermagem dentro do contexto

sociocultural do momento.

Durante o processo de realização da primeira fase da pesquisa, não foram

evidenciadas maiores dificuldades. Esse resultado significativo credito à

participação de um grupo de enfermeiras e de professores de Letras, que não

mediram esforços para o alcance do objetivo estabelecido para essa fase.

A segunda fase do estudo foi realizada, objetivando verificar a utilização, na

prática de enfermagem, dos fenômenos equivalentes semanticamente, investigar a

existência de diferentes denominação para esses fenômenos submetidos à

equivalência semântica e de outros fenômenos não constante na CIPE com suas

denominações. Considero que, desses três objetivos, só o primeiro foi alcançado

em toda a sua plenitude. O segundo objetivo não foi alcançado na dimensão

esperada, ou seja, a apresentação de novas denominações, com um índice de

concordância de 80,0% entre as enfermeiras. O terceiro objetivo não foi alcançado,

Page 184: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

184

em virtude de as enfermeiras não terem apresentado sugestões de outros fenômenos

que não fossem os listados na CIPE. Acredito que esse fato tenha acontecido, não

porque não existam outros fenômenos, além dos apresentados, mas em virtude da

extensão do instrumento e da localização desse item em sua terceira etapa.

Segundo relato das próprias enfermeiras, quando elas se dispunham a responder

esse item, sentiam-se cansadas e, por isso, não incluíam nenhum novo fenômeno, e,

quando o faziam, repetiam aqueles já contempladas na CIPE.

Em virtude do tamanho continental do Brasil, optei por utilizar uma

amostragem significativa, para que, dessa forma, fosse possível generalizar os

resultados do estudo. Sabia, de antemão, que os maiores entraves na realização de

um estudo transcultural era o tempo gasto na sua execução e o alto custo para se

cumprirem todas as suas etapas. Por esses motivos, decidi realizar o estudo no

Estado da Paraíba, primeiro por ser esse o meu Estado de origem, o meu local de

trabalho e de residência e, conseqüentemente, por acreditar que teria mais

facilidades no seu desenvolvimento. Mesmo acreditando que teria mais facilidades

no desenvolvimento da pesquisa, a maior dificuldade enfrentada na realização

dessa etapa da pesquisa foi atingir a amostra preestabelecida, pois as enfermeiras

reclamavam do tamanho do instrumento e do tempo gasto com seu preenchimento,

apontando esses fatores como motivos para o não preenchimento e devolução do

mesmo.

A partir dos resultados do estudo, pode-se concluir, que os termos atribuídos

aos fenômenos de enfermagem na Classificação de Fenômenos de Enfermagem da

CIPE – Versão Alfa, são utilizados por enfermeiras paraibanas na sua prática

profissional, uma vez que todos os termos foram apontados como utilizados com

alguma freqüência. Dentre os 269 termos equivalentes semanticamente para o

português do Brasil, só 13 termos, correspondendo a 4,8%, apresentaram uma

maior freqüência como nunca utilizados na prática profissional das enfermeiras

paraibanas.

Page 185: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

185

Os resultados da utilização dos termos atribuídos aos fenômenos de

enfermagem, de acordo com o estrato amostral, evidenciam que as enfermeiras dos

Demais Municípios Paraibanos utilizam um maior número de termos,

estatisticamente significativo, quando comparado com os dois outros estratos –

João Pessoa e Campina Grande. Esse resultado foi uma das grandes surpresas do

estudo, pois se esperava, tendo em vista o maior número de enfermeiras, de Escolas

e de Instituições nos estratos de João Pessoa e Campina Grande, que esses fossem

os que apresentassem um maior número de fenômenos utilizados por enfermeiras

paraibanas.

No que diz respeito à utilização dos fenômenos, por área de especialidade na

Enfermagem, os resultados demonstram que as enfermeiras utilizam todos os

termos, em todas as especialidades, em algumas como sempre e muitas vezes

utilizados e, em outras, como raramente utilizados. Em virtude da não obtenção

de uma amostra unificada, por especialidade, não foi possível fazer,

estatisticamente, uma maior exploração desses resultados.

Com a realização deste estudo, não se pretendia esgotar o assunto, mas

apresentar, para a comunidade de Enfermagem, um estudo inicial que, tenho plena

convicção, deve ser continuado. Essa continuação deverá ser realizada,

principalmente, pelo fato de um sistema de classificação ser considerado um

processo em contínuo desenvolvimento, cujos termos podem ser passíveis de

inclusão, revisão, modificação ou exclusão.

Algumas considerações merecem ser feitas com relação ao desenvolvimento

do estudo. Não foi pretensão minha desenvolver um estudo para verificar o

significado dos termos na prática de enfermagem, mas, sim, se as enfermeiras

usavam esses termos na sua prática profissional. Merece ser ressaltado que, em

muitos casos, a falta de um termo correspondente em nossa cultura foi prejudicial

ao desenvolvimento do estudo. Pode-se citar como exemplo Estresse de frio, que

Page 186: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

186

não é um fenômeno comum na nossa cultura, o que determinou uma maior

freqüência de sua não utilização na prática de enfermagem das enfermeiras

paraibanas.

A linguagem da Enfermagem tem sido definida como o universo dos termos

escritos e suas definições, que são usados com o propósito de indexar e classificar

uma variedade de dados de enfermagem em prontuários clínicos, em sistemas de

enfermagem, na literatura especializada e em relatórios de pesquisa (Henry et al.,

1995). Para as referidas autoras, a linguagem da prática de enfermagem está

representada por seus termos clínicos.

Neste estudo, para se avaliar os termos utilizados nas várias especialidades,

utilizou-se a literatura de Enfermagem, mas, merece ser considerado, que a grande

maioria dos livros utilizados são de origem americana e traduzidos para o

português do Brasil, não representando, portanto, a linguagem das enfermeiras

brasileiras, mas, sim, a linguagem da profissão Enfermagem.

Esse fato implica que a terminologia é parte integrante e essencial do

contexto teórico e prático de uma profissão. Os termos empregados pelos

elementos de um grupo profissional devem transmitir a todos o mesmo significado,

servindo, ao mesmo tempo, para classificar a prática profissional.

A título de contribuição para o desenvolvimento da Classificação

Internacional da Prática de Enfermagem serão feitas algumas considerações que

são consideradas importantes no desenvolvimento de futuros estudos.

Numa primeira consideração, concordo com Saba et al. (1998), componentes

do IMIA – NI/SIG (International Medical Informatics Association – Nursing

Information, Special Interest Group), quando afirmam que a pretendida relação

entre a CIPE e a Família de Classificação da OMS é obscura. Para essas autoras,

no início do desenvolvimento do projeto da CIPE, o CIE concordou que a Família

Page 187: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

187

de Classificação fosse o caminho apropriado para o design e disseminação de uma

Classificação Internacional da Prática de Enfermagem, mas, de acordo com o

desenvolvimento atual dessa classificação, para que ela possa ser considerada

membro da família de classificação da CID, necessita de ser reestruturada e

codificada de acordo com as regras da OMS.

As maiores mudanças que precisam ser feitas na CIPE, segundo as autoras já

mencionadas, são as seguintes: 1) os três componentes – Fenômenos de

enfermagem, Ações de enfermagem e Resultados esperados – necessitam de ser

estruturados numa única estrutura que determine maiores categorias ou capítulos

para os três componentes; 2) os títulos dos itens na classificação necessitam de ser

codificados, usando-se método compatível com o formato da CID; 3) os títulos

podem ser adicionados com níveis de codificação e/ou modificadores, além de três

ou quatro características, para que, dessa forma, mantenham a integralidade e

compatibilidade do sistema de classificação.

Uma outra consideração que merece ser relatada diz respeito à necessidade

de uma maior precisão na identificação dos atributos de cada conceito, ou seja, das

características específicas que definem o fenômeno de enfermagem. Já se pode

evidenciar, quando da transposição da Versão Alfa para a Beta, que, em alguns

fenômenos, foram modificadas as características específicas, o que só favoreceu

um melhor entendimento do real significado dos termos. Alguns exemplos de

incongruência das características específicas dos fenômenos foram apresentadas

neste trabalho, como no caso de Expectoração, Aspiração, Estresse de frio e

Sexismo. Acredito que esses problemas serão resolvidos com o desenvolvimento

de estudos sobre o significado dos conceitos ou análises de conceitos, quando então

os termos apresentarão uma maior consistência de entendimento para as

enfermeiras.

Page 188: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

188

Outro aspecto que merece ser evidenciado é o estudo da localização dos

fenômenos na árvore taxonômica, pois, em alguns casos, não se consegue atentar

para a localização dos termos na pirâmide de conceitos. É o caso dos termos

Atividade física e Regurgitação, que na Versão Alfa estavam ligados ao conceito

de Respiração. Existem vários outros exemplos discutidos neste trabalho, que

foram corrigidos quando da transposição da Versão Alfa para a Beta. Mas, mesmo

na Versão Beta, ainda existem algumas discrepâncias com relação à localização de

alguns termos, que precisam ser estudados.

As implicações deste estudo podem ser visualizadas na assistência de

enfermagem através da utilização dos termos desta classificação; da criação de um

quadro de referência para a assistência de enfermagem, o que com certeza levará a

enfermeira a uma maior precisão e consistência dos cuidados de enfermagem; do

fornecimento de dados e informações para serem usados como base para tomada de

decisões clínicas individualizadas; do direcionamento na coleta, na documentação e

na utilização de dados para se avaliar e monitorar a qualidade das ações de

enfermagem; e do desenvolvimento de padrões para a prática de enfermagem.

Na pesquisa de enfermagem, os benefícios estão relacionados com a

adequação e validação dos fenômenos de enfermagem na prática de enfermagem; e

com o estímulo ao desenvolvimento de estudos sobre o significado de cada termo

na prática de enfermagem.

Na educação, os benefícios estão relacionados com a criação de um quadro

de referências para o planejamento e a avaliação curricular, a partir da

Classificação de Fenômenos de Enfermagem da CIPE e da possibilidade de uma

articulação mais consistente entre a área de ensino e a área assistencial.

Considero como a maior implicação desse estudo a minha satisfação pessoal

como enfermeira, docente e pesquisadora, traduzida pela utilização de uma

abordagem teórica metodológica que, mesmo exigindo um maior tempo para seu

Page 189: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

189

desenvolvimento e um alto custo financeiro, foi gratificante e prazeirosa, pois

conseguia visualizar, em cada etapa vencida, os seus resultados, com as suas

possíveis aplicações práticas e, ao mesmo tempo, identificar as fragilidades do

estudo. Por esse motivo, reafirmo que a minha maior satisfação com o estudo é

confirmar o meu pressuposto inicial de que os fenômenos constantes na

Classificação Internacional da Prática de Enfermagem – Versão Alfa, constituem

situações presentes na prática de enfermagem.

Page 190: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

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201

ANEXOS

ANEXO 1

INSTRUMENTO N.º 1 UTILIZADO NA TÉCNICA BACK-TRANSLATION DA

CLASSIFICAÇÃO DE FENÔMENOS DE ENFERMAGEM – CIPE – VERSÃO

ALFA14

João Pessoa, janeiro de 1998

Prezada colega, Sou aluna do Curso de Doutorado em Enfermagem do Departamento de

Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM e estou realizando uma pesquisa com o objetivo de adaptar, na prática de enfermagem, os termos utilizados para denominar os problemas ou as situações de enfermagem apresentados na Classificação dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE/CIE – Versão Alfa, à língua Portuguesa. Antes do desenvolvimento da coleta de dados será feita a equivalência semântica dos termos da referida Classificação, utilizando-se algumas etapas modificadas da técnica de back-translation, sugerida por Brislin (1970), entre as quais, a revisão e modificação da back-translation por um grupo de experts na área de Enfermagem, que tenha domínio das duas línguas, para que seja feita a correlação das duas versões (back-translation e tradução para o português).

Gostaria de solicitar sua colaboração para essa última etapa dessa técnica, no sentido de apontar se os termos apresentados na versão original têm o mesmo significado na back-translation. Para isso, após analisar as três primeiras colunas do material que estou enviando, você precisa marcar se concorda ou discorda da tradução dos títulos e das definições de cada um dos fenômenos e, em caso de discordância, apresente, se possível, sugestões para modificações da tradução, tanto nos títulos como nas definições dos Fenômenos de Enfermagem. Esclareço que não está em discussão, nessa etapa, se esses termos são usados ou não na nossa prática (a utilização prática desses termos será feita em etapa posterior), mas, sim, se existe uma correlação entre os termos originais em inglês e os termos apresentados na versão feita a partir da tradução. 14 Em virtude do tamanho desse instrumento, 64 páginas, só está sendo apresentado um exemplo do mesmo.

Page 202: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

202

Depois de feita a correlação, o material deverá ser devolvido para o endereço no envelope selado que acompanha o mesmo. Ressalto que sua participação nesse processo será voluntária, podendo deixar de participar em qualquer momento, e que tudo o que responder ficará no anonimato. Dúvidas ou questionamentos sobre o estudo devem ser dirigidos à pesquisadora no endereço e telefone abaixo. Reconheço que essa tarefa lhe tomará bastante tempo, mas reconheço também que a sua contribuição será incalculável para a Enfermagem brasileira. Por esse motivo, antecipadamente agradeço-lhe a participação.

Atenciosamente,

Maria Miriam Lima da Nóbrega Rua Eutiquiano Barreto, 935 Manaíra - João Pessoa/PB 58038-311 Fone: (083) 226.1393 E-mail: [email protected]

Page 203: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

20

3

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ês.

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c ch

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spec

ific

char

acte

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atur

es:

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hich

ot

her

disc

iplin

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15

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Page 204: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

20

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1.1.

1.1.

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1.1.

1.1.

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1.1.

1.1.

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olog

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roce

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inte

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in

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phen

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a be

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ions

, with

th

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llow

ing

spec

ific

char

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ristic

fe

atur

es:

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ial,

norm

al

or

pecu

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proc

esse

s (n

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from

so

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elle

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1.1.

1.1.

1.1

- Res

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tion

1.1.

1.1.

1.1

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1.1.

1.1.

1.1

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Resp

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ing

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Fisi

ológ

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m

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guin

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cara

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ca

de

oxig

ênio

e d

e di

óxid

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car

bono

no

corp

o at

ravé

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trato

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irató

rio.

Resp

iratio

n is

a

nurs

ing

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on

belo

ngin

g to

Ph

ysio

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cal

Func

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ith th

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llow

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spec

ific

char

acte

ristic

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xcha

nge

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xyge

n an

d ca

rbon

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th

e bo

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the

resp

irato

ry tr

act.

Page 205: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

20

5

1.1.

2.2.

3.1

- Hou

sing

1.

1.2.

2.3.

1 - M

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1.1.

2.2.

3.1

- Hou

sing

Hou

sing

is

a

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rtific

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cter

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ara

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Hou

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nurs

ing

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A

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ial

Envi

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1.1.

2.2.

3.1.

1 - I

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1.1.

2.2.

3.1.

1 - M

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1.2.

2.3.

1.1

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nurs

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ace.

Mor

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Inad

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pe

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ístic

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pecí

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ode

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Inad

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phen

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ng, w

ith

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teris

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rve

as a

bode

.

Page 206: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

206

ANEXO 2

INSTRUMENTO N.º 2, UTILIZADO NA TÉCNICA BACK-TRANSLATION DA

CLASSIFICAÇÃO DE FENÔMENOS DE ENFERMAGEM – CIPE – VERSÃO

ALFA16

São Paulo, junho de 1998

Prezada colega, Os resultados da equivalência semântica dos títulos e das definições dos

Fenômenos de Enfermagem, feita a partir da concordância das avaliadores entre a versão original da Classificação dos Fenômenos de Enfermagem da CIPE/CIE e a back-translation, apontaram para uma concordância de 96,0% para os títulos e 89,0% para as definições. Levando em consideração que o objetivo maior dessa equivalência é o oferecimento, à comunidade de Enfermagem, de uma classificação que possa ser utilizada pelo maior número possível de enfermeiras, sem apresentar problemas por sua tradução, os 44 títulos e definições dos fenômenos que alcançaram índice abaixo de 79,0%, serão submetidos a todo o processo de equivalência semântica, utilizando-se as mesmas etapas modificadas da técnica da back-translation, sugerida por Brislin (1970), entre as quais, a revisão e modificação da back-translation por um grupo de experts na área de Enfermagem, que tenha domínio das duas línguas, para que seja feita a correlação das duas versões.

Gostaria de solicitar, mais uma vez, sua colaboração, para a última etapa dessa técnica, no sentido de apontar, se os termos apresentados na versão original têm o mesmo significado na back-translation. Para isso, após analisar as três primeiras colunas do material que lhe estou enviando, você precisa marcar se concorda ou discorda da tradução dos títulos e das definições de cada um dos fenômenos e, em caso de discordância, apresentar, se possível, sugestões para modificações da tradução, tanto nos títulos como nas definições dos Fenômenos de Enfermagem.

Ressalto que sua participação nesse processo será voluntária, podendo deixar de participar, em qualquer momento, e, que tudo o que responder ficará

16 Em virtude do tamanho desse instrumento, 34 páginas, só está sendo apresentado um exemplo do mesmo.

Page 207: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

207

no anonimato. Dúvidas ou questionamentos sobre o estudo devem ser dirigidos à pesquisadora no endereço e telefone abaixo. Reconheço que essa tarefa lhe tomará bastante tempo, mas reconheço também que a sua contribuição será incalculável para a Enfermagem brasileira. Por esse motivo, mais uma vez, antecipadamente agradeço-lhe a participação.

Atenciosamente,

Maria Miriam Lima da Nóbrega Rua Eutiquiano Barreto, 935 Manaíra - João Pessoa/PB 58038-311 Fone: (083) 226.1393 E-mail: [email protected]

Page 208: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

20

8C

OR

RE

LA

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RA

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FE

ITA

A P

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DA

TR

AD

ÃO

DO

ING

S PA

RA

O P

OR

TU

GU

ÊS

DO

BR

ASI

L

Con

cord

o (C

) ou

Dis

cord

o (D

) da

defin

ição

Con

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o (C

) ou

Dis

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o (D

) do

títul

o

Ver

são

Ori

gina

l da

C

lass

ifica

ção

de F

enôm

enos

de

Enf

erm

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da

CIP

E/I

CN

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Tra

duçã

o do

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gina

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lês

para

o p

ortu

guês

do

Bra

sil, c

om

corr

eçõe

s e

unifo

rmiz

ação

da

lin

guag

em.17

Bac

k-tr

ansl

atio

n fe

ita a

par

tir d

a ve

rsão

em

por

tugu

ês.

1.1.

1.1.

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Page 209: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

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Page 210: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

210

ANEXO 3

VERSÃO FINAL DA TRADUÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DOS

FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

1 – Fatores que influenciam o Estado de Saúde

1.1 – Fenômenos de Enfermagem são fatores que influenciam o Estado de Saúde, com a seguinte característica específica: fenômenos que as enfermeiras diagnosticam.

1.2 – Outros Fenômenos fora da Enfermagem são fatores que influenciam o Estado de Saúde com as seguintes características específicas: fenômenos que outras disciplinas diagnosticam – doenças, deficiências, incapacidade e desvantagens.

1.1.1 – Fenômenos de Enfermagem Pertencentes ao Ser Humano são fenômenos de enfermagem, com a seguinte característica específica: qualidades da espécie humana pertencentes aos seres humanos individuais.

1.1.1.1 – Fenômenos de Enfermagem Pertencentes a Funções são fenômenos de enfermagem pertencentes ao Ser Humano, com as seguintes características específicas: processos especiais, normais ou peculiares (não intencionais) de alguma parte do indivíduo para manutenção e melhoria da vida (otimamente).

1.1.1.1.1 – Funções Fisiológicas são fenômenos de enfermagem pertencentes a Funções, com as seguintes características específicas: processos especiais, normais ou peculiares (não intencionais) de alguma parte do corpo do indivíduo para manutenção e melhoria da vida (otimamente).

1.1.1.1.1.1 – Respiração é um fenômeno de enfermagem pertencente a Funções Fisiológicas, com a seguinte característica específica: troca de oxigênio e de dióxido de carbono no corpo através do trato respiratório.

1.1.1.1.1.1.1 – Ventilação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Respiração, com as seguintes características específicas: inalação e exalação mecânica de ar.

1.1.1.1.1.1.1.1 – Dispnéia é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ventilação, com as seguintes características específicas: respiração com esforço e desconforto aumentado, respiração curta, batimento das asas do nariz, mudança na intensidade da respiração, uso dos músculos acessórios, excursão torácica alterada e frêmitos.

1.1.1.1.1.1.1.1.1 – Dispnéia Funcional é um fenômeno de enfermagem pertencente a Dispnéia, com as seguintes características específicas: respiração com esforço e desconforto aumentado relacionado com atividade física, ou associado ao estado de ansiedade.

1.1.1.1.1.1.1.1.2 – Ortopnéia é um fenômeno de enfermagem pertencente a Dispnéia, com as seguintes características específicas: respiração com esforço e desconforto aumentado enquanto em repouso ou deitado.

1.1.1.1.1.1.1.2 – Limpeza das Vias Aéreas é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ventilação, com a seguinte característica específica: habilidade para desobstruir as vias aéreas.

1.1.1.1.1.1.1.2.1 – Limpeza Ineficaz das Vias Aéreas é um fenômeno de enfermagem pertencente a Limpeza das Vias Aéreas, com a seguinte característica específica: inabilidade para

Page 211: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

211

desobstruir as vias aéreas.

1.1.1.1.1.1.1.2.1.1 – Expectoração é um fenômeno de enfermagem pertencente a Limpeza Ineficaz das Vias Aéreas, com a seguinte característica específica: inabilidade para desobstruir as vias aéreas de substâncias vindas dos pulmões, brônquios ou traquéia.

1.1.1.1.1.1.1.2.1.2 – Aspiração é um fenômeno de enfermagem pertencente a Limpeza Ineficaz das Vias Aéreas, com a seguinte característica específica: inabilidade para desobstruir as vias aéreas de substâncias externas.

1.1.1.1.1.1.1.2.1.2.1 – Regurgitação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Aspiração, com a seguinte característica específica: fluxo retrógrado de substâncias vindas do estômago.

1.1.1.1.1.1.1.3 – Intolerância à Atividade é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ventilação, com as seguintes características específicas: cansaço fácil, movimentos corpóreos desgastantes, falta de habilidade para manter energia.

1.1.1.1.1.1.1.2 – Troca de Gases é um fenômeno de enfermagem pertencente a Respiração, com as seguintes características específicas de transferência: troca de oxigênio e dióxido de carbono entre pulmões e sistema vascular.

1.1.1.1.1.1.2.1 – Troca Ineficaz de Gases é um fenômeno de enfermagem pertencente a Troca de Gases, com as seguintes características específicas de transferência: inabilidade para troca de oxigênio e dióxido de carbono entre pulmões e sistema vascular, confusão, diminuição do som respiratório, sibilos, estertores e roncos.

1.1.1.1.1.2 – Circulação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Funções Fisiológicas, com a seguinte característica específica: bombeamento do sangue.

1.1.1.1.1.2.1 – Função Cardíaca é um fenômeno de enfermagem pertencente a Circulação, com a seguinte característica específica: bombeamento do sangue pelo coração.

1.1.1.1.1.2.1.1 – Débito Cardíaco Diminuído é um fenômeno de enfermagem pertencente a Função Cardíaca, com a seguinte característica específica: bombeamento insuficiente do sangue pelo coração.

1.1.1.1.1.2.1.2 – Débito Cardíaco Aumentado é um fenômeno de enfermagem pertencente a Função Cardíaca, com a seguinte característica específica: bombeamento de sangue mais do que o suficiente pelo coração.

1.1.1.1.1.2.1.3 – Débito Cardíaco Interrompido é um fenômeno de enfermagem pertencente a Função Cardíaca, com a seguinte característica específica: parada cardíaca.

1.1.1.1.1.2.2 – Função Circulatória é um fenômeno de enfermagem pertencente a Circulação, com a seguinte característica específica: bombeamento do sangue através dos vasos sangüíneos.

1.1.1.1.1.2.2.1 – Pressão Sangüínea Elevada é um fenômeno de enfermagem pertencente a Função Circulatória, com a seguinte característica específica: bombeamento do sangue através dos vasos sangüíneos com pressão maior que a normal.

1.1.1.1.1.2.2.2 – Pressão Sangüínea Diminuída é um fenômeno de enfermagem pertencente a Função Circulatória, com a seguinte característica específica: bombeamento do sangue através dos vasos sangüíneos com pressão menor que a normal.

1.1.1.1.1.2.2.3 – Função Circulatória Interrompida é um fenômeno de enfermagem pertencente a Função Circulatória, com as seguintes características específicas: interrupção ou perda do volume circulatório, queda acentuada da pressão sangüínea, choque progressivo para choque irreversível.

Page 212: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

212

1.1.1.1.1.2.2.3.1 – Perfusão Tissular Alterada é um fenômeno de enfermagem pertencente a Função Circulatória Interrompida, com as seguintes características específicas: fluxo sangüíneo alterado nos tecidos para liberação de oxigênio e de nutrientes em nível celular.

1.1.1.1.1.2.2.3.1.1 – Choque é um fenômeno de enfermagem pertencente a Perfusão Tissular Alterada, com as seguintes características específicas: hipotensão, pele fria e taquicardia devido à falência aguda na circulação periférica.

1.1.1.1.1.3 – Termorregulação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Função Fisiológica, com a seguinte característica específica: regulação da temperatura corpórea dentro de um limite ótimo, isto é, no ponto termostático estabelecido.

1.1.1.1.1.3.1 – Temperatura corporal é um fenômeno de enfermagem pertencente a Termorregulação, com a seguinte característica específica: temperatura do corpo, usualmente constante dentro de uma faixa estreita de variação.

1.1.1.1.1.3.1.1 – Hipertermia é um fenômeno de enfermagem pertencente a Temperatura Corporal, com as seguintes características específicas: temperatura corporal elevada acima do limite normal, pele avermelhada, calor.

1.1.1.1.1.3.1.1.1 – Febre é um fenômeno de enfermagem pertencente a Hipertermia, com as seguintes características específicas: mudança no termostato interno, com ou sem tremores, com ou sem pele avermelhada, aumento no padrão respiratório e taquicardia.

1.1.1.1.1.3.1.2 – Hipotermia é um fenômeno de enfermagem pertencente a Temperatura Corporal, com as seguintes características específicas: temperatura corporal reduzida abaixo do limite normal, pele fria, palidez, tremores, suprimento capilar lento, taquicardia, leito ungueal cianótico, hipertensão, piloereção.

1.1.1.1.1.3.1.2.1 – Estresse de Frio é um fenômeno de enfermagem pertencente a Hipotermia, com as seguintes características específicas: sensação de frio, confusão, passo trôpego, desorientação, pele extremamente fria, fala entrecortada, introversão e amnésia, arritmia, cianose, rigidez muscular.

1.1.1.1.1.3.2 – Calafrios é um fenômeno de enfermagem pertencente a Termorregulação, com as seguintes características específicas: sensação de frio, contração muscular quando a temperatura corporal cai abaixo do ponto termostático estabelecido ou na fase de arrepio de febre.

1.1.1.1.1.4 – Nutrição é um fenômeno de enfermagem pertencente a Funções Fisiológicas, com a seguinte característica específica: alimentação do corpo.

1.1.1.1.1.4.1 – Déficit de Nutrição é um fenômeno de enfermagem pertencente a Nutrição, com a seguinte característica específica: ingestão menor do que as necessidades corporais.

1.1.1.1.1.4.1.1 – Má Nutrição é um fenômeno de enfermagem pertencente a Déficit de Nutrição, com as seguintes características específicas: qualidade errada de alimentos, fraqueza dos músculos.

1.1.1.1.1.4.1.2 – Emagrecimento é um fenômeno de enfermagem pertencente a Déficit de Nutrição, com as seguintes características específicas: qualidade certa de alimentos, perda de peso, debilidade.

1.1.1.1.1.4.2 – Nutrição Excessiva é um fenômeno de enfermagem pertencente a Nutrição, com as seguintes características específicas: ingestão maior do que as necessidades corporais, nível de atividade sedentária, padrão alimentar disfuncional, alimentação simultaneamente com outras atividades, concentração de alimentos ingeridos no fim do dia, alimentação em resposta a estímulos externos/internos.

Page 213: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

213

1.1.1.1.1.4.2.1 – Obesidade é um fenômeno de enfermagem pertencente a Nutrição Excessiva, com as seguintes características específicas: qualidade certa de alimentos, peso >20% acima do ideal.

1.1.1.1.1.5 – Digestão é um fenômeno de enfermagem pertencente a Funções Fisiológicas, com a seguinte característica específica: conversão dos alimentos em substâncias absorvidas pelo corpo.

1.1.1.1.1.5.1 – Sucção é um fenômeno de enfermagem pertencente a Digestão, com a seguinte característica específica: extração de alimentos líquidos pela boca através do uso dos músculos labiais e da língua.

1.1.1.1.1.5.2 – Mastigação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Digestão, com a seguinte característica específica: decomposição mecânica e química do alimento na boca.

1.1.1.1.1.5.3 – Deglutição é um fenômeno de enfermagem pertencente a Digestão, com a seguinte característica específica: passagem através da garganta de líquidos e/ou alimentos sólidos da boca para o estômago.

1.1.1.1.1.5.4 – Absorção é um fenômeno de enfermagem pertencente a Digestão, com a seguinte característica específica: absorção completa de alimentos no tubo digestivo.

1.1.1.1.1.5.4.1 – Má Absorção é um fenômeno de enfermagem pertencente a Digestão, com a seguinte característica específica: absorção incompleta de alimentos no tubo digestivo.

1.1.1.1.1.5.5 – Eructação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Digestão, com a seguinte característica específica: condução do ar ou do alimento em porções pequenas através da boca.

1.1.1.1.1.5.6 – Vômito é um fenômeno de enfermagem pertencente a Digestão com a seguinte característica específica: expulsão do alimento através da boca.

1.1.1.1.1.6 – Hidratação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Funções Fisiológicas, com a seguinte característica específica: manutenção adequada de fluidos corporais.

1.1.1.1.1.6.1 – Desidratação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Hidratação, com as seguintes características específicas: déficit no volume de fluido, diminuição do volume urinário, urina concentrada, eletrólitos alterados, sede, pele seca, membranas mucosas secas, diminuição do turgor da pele.

1.1.1.1.1.6.2 – Retenção de Líquidos é um fenômeno de enfermagem pertencente a Hidratação, com as seguintes características específicas: excesso do volume de fluido, edema, ganho de peso, mudança no estado mental, eletrólitos alterados.

1.1.1.1.1.6.2.1 – Edema é um fenômeno de enfermagem pertencente a Retenção de Líquidos, com a seguinte característica específica: acúmulo excessivo de fluidos nos espaços tissulares.

1.1.1.1.1.7 – Aleitamento Materno é um fenômeno de enfermagem pertencente a Funções Fisiológicas, com a seguinte característica específica: nutrição da criança pelo seio materno.

1.1.1.1.1.7.1 – Lactação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Aleitamento Materno, com a seguinte característica específica: produção de leite pelas mamas.

1.1.1.1.1.7.1 – Lactação Aumentada é um fenômeno de enfermagem pertencente a Aleitamento Materno, com a seguinte característica específica: produção de leite maior que o requerido pela criança.

1.1.1.1.1.7.1.2 – Lactação Diminuída é um fenômeno de enfermagem pertencente a Aleitamento Materno, com a seguinte característica específica: produção de leite menor que o requerido pela criança.

1.1.1.1.1.8 – Eliminação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Funções Fisiológicas,

Page 214: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

214

com as seguintes características específicas: movimento e evacuação de resíduos.

1.1.1.1.1.8.1 – Eliminação Intestinal é um fenômeno de enfermagem pertencente a Eliminação, com as seguintes características específicas: movimento e evacuação de resíduos: fezes.

1.1.1.1.1.8.1.1 – Incontinência Intestinal é um fenômeno de enfermagem pertencente a Eliminação Intestinal, com as seguintes características específicas: incapacidade para controlar a defecação, fluxo constante de fezes, fezes líquidas e não formadas.

1.1.1.1.1.8.1.1.1 – Diarréia é um fenômeno de enfermagem pertencente a Incontinência Intestinal, com as seguintes características específicas: fezes soltas, fluidas, líquidas e não formadas, padrão de freqüência aumentado, passagem freqüente, sons intestinais aumentados, cólicas, urgência.

1.1.1.1.1.8.1.2 – Constipação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Eliminação Intestinal, com as seguintes características específicas: formação de fezes duras, padrão de freqüência menor que o normal, quantidade de fezes menor que a usual, passagem diminuída, sons intestinais diminuídos, esforço ao defecar, náuseas, dor de cabeça, apetite prejudicado.

1.1.1.1.1.8.1.2.1 – Constipação Colônica é um fenômeno de enfermagem pertencente a Constipação, com as seguintes características específicas: distensão abdominal, massa palpável no abdome.

1.1.1.1.1.8.1.2.2 – Constipação Retal é um fenômeno de enfermagem pertencente a Constipação, com as seguintes características específicas: pressão retal, defecação dolorosa, massa palpável no reto.

1.1.1.1.1.8.1.2.2.1 – Fezes Impactadas são um fenômeno de enfermagem pertencente a Constipação Retal, com a seguinte característica específica: coleção de fezes endurecidas no reto.

1.1.1.1.1.8.2 – Eliminação Urinária é um fenômeno de enfermagem pertencente a Eliminação, com as seguintes características específicas: fluxo e excreção de resíduos: urina.

1.1.1.1.1.8.2.1 – Incontinência Urinária é um fenômeno de enfermagem pertencente a Eliminação, com a seguinte característica específica: perda involuntária da urina.

1.1.1.1.1.8.2.1.1 – Incontinência por Pressão é um fenômeno de enfermagem pertencente a Incontinência Urinária, com as seguintes características específicas: perda involuntária de pequenas quantidades de urina, ocorrendo com o aumento da pressão abdominal, e gotejamento de urina.

1.1.1.1.1.8.1.1.2 – Incontinência Reflexa é um fenômeno de enfermagem pertencente a Incontinência Urinária, com a seguinte característica específica: perda involuntária de urina, ocorrendo a intervalos de alguma forma previsíveis, quando um específico volume na bexiga é alcançado.

1.1.1.1.1.8.2.1.3 – Incontinência de Urgência é um fenômeno de enfermagem pertencente a Incontinência Urinária, com a seguinte característica específica: perda involuntária de urina, ocorrendo logo após uma forte sensação de urgência para esvaziamento vesical.

1.1.1.1.1.8.2.1.4 – Incontinência Funcional é um fenômeno de enfermagem pertencente a Incontinência Urinária, com as seguintes características específicas: urgência para esvaziar a bexiga ou contraí-la, forte o suficiente para resultar em perda de urina antes de alcançar um local apropriado de esvaziamento.

1.1.1.1.1.8.2.1.5 – Incontinência Total é um fenômeno de enfermagem pertencente a Incontinência Urinária, com as seguintes características específicas: contínua e imprevisível perda de urina.

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1.1.1.1.1.8.2.1.6 – Enurese é um fenômeno de enfermagem pertencente a Incontinência Urinária, com a seguinte característica específica: perda involuntária de urina durante a noite.

1.1.1.1.1.8.2.2 – Retenção Urinária é um fenômeno de enfermagem pertencente a Eliminação Urinária, com a seguinte característica específica: esvaziamento incompleto da bexiga.

1.1.1.1.1.9 – Tegumento é um fenômeno de enfermagem pertencente a Funções Fisiológicas, com a seguinte característica específica: revestimento natural do corpo.

1.1.1.1.1.9.1 – Tegumento Íntegro é um fenômeno de enfermagem pertencente a Tegumento, com a seguinte característica específica: revestimento natural de todo o corpo está completo (sem solução de continuidade).

1.1.1.1.1.9.1.1 – Pele Seca é um fenômeno de enfermagem pertencente a Tegumento Íntegro, com as seguintes características específicas: baixa umidade, aspereza, escamação e esfoliamento da epiderme.

1.1.1.1.1.9.1.2 – Membrana Mucosa Seca é um fenômeno de enfermagem pertencente a Tegumento Íntegro, com as seguintes características específicas: baixa umidade da membrana mucosa, secura, falta de secreção.

1.1.1.1.1.9.1.2.1 – Boca Seca é um fenômeno de enfermagem pertencente a Mucosa Seca, com as seguintes características específicas: baixa umidade, secura, falta de secreção na cavidade oral.

1.1.1.1.1.9.1.2.2 – Córnea Seca é um fenômeno de enfermagem pertencente a Mucosa Seca, com as seguintes características específicas: baixa umidade, secura, falta de secreção na superfície ocular.

1.1.1.1.1.9.1.2.3 – Vagina Seca é um fenômeno de enfermagem pertencente a Mucosa Seca, com as seguintes características específicas: baixa umidade, secura, falta de secreção na vagina.

1.1.1.1.1.9.2 – Tegumento interrompido é um fenômeno de enfermagem pertencente a Tegumento, com a seguinte característica específica: revestimento natural do corpo está com uma solução de continuidade inicial, ou não íntegra.

1.1.1.1.1.9.2.1 – Erupção da Pele é um fenômeno de enfermagem pertencente a Tegumento interrompido, com a seguinte característica específica: exantema sobre a pele e áreas da pele com mudanças de coloração e/ou protuberância.

1.1.1.1.1.9.2.2 – Lesão Esbranquiçada é um fenômeno de enfermagem pertencente a Tegumento não Íntegro, com a seguinte característica específica: cobertura esbranquiçada sobre a membrana mucosa.

1.1.1.1.1.9.2.3 – Fissura é um fenômeno de enfermagem pertencente a Tegumento interrompido, com a seguinte característica específica: rachadura epidérmica ou dérmica da pele devido à diminuição da elasticidade da pele e da capacidade para distendê-la.

1.1.1.1.1.9.2.4 – Maceração é um fenômeno de enfermagem pertencente a Tegumento interrompido, com a seguinte característica específica: extensa abrasão epidérmica ou dérmica da pele devido à contínua presença de umidade.

1.1.1.1.1.9.2.5 – Úlcera é um fenômeno de enfermagem pertencente a Tegumento interrompido, com as seguintes características específicas: solução de continuidade da superfície do tegumento com uma base inflamada, diminuição do suprimento sangüíneo e/ou perda de tecido.

1.1.1.1.1.9.2.5.1 – Úlcera de Pressão é um fenômeno de enfermagem pertencente a Úlcera, com as seguintes características específicas: solução de continuidade da superfície do tegumento com uma base inflamada, diminuição do suprimento sangüíneo e/ou perda de tecido devido à

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compressão e fricção da pele entre o osso e a superfície subjacente.

1.1.1.1.1.9.2.6 – Ferida é um fenômeno de enfermagem pertencente a Tegumento interrompido, com as seguintes características específicas: solução de continuidade da superfície do tegumento e/ou perda de tecido como um resultado de dano mecânico.

1.1.1.1.1.9.2.6.1 – Ferida Cirúrgica é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ferida, com as seguintes características específicas: solução de continuidade da superfície do tegumento e/ou perda do tecido como um resultado de procedimento cirúrgico.

1.1.1.1.1.9.2.6.2 – Ferida Traumática é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ferida, com as seguintes características específicas: solução de continuidade da superfície do tegumento e/ou perda do tecido como um resultado de lesão.

1.1.1.1.1.10 – Restauração é um fenômeno de enfermagem pertencente a Funções Fisiológicas, com a seguinte característica específica: recorrente diminuição da atividade corpórea.

1.1.1.1.1.10.1 – Sono é um fenômeno de enfermagem pertencente a Restauração, com as seguintes características específicas: recorrente diminuição da atividade corpórea, marcada por uma postura imóvel característica e sensibilidade diminuída, mas facilmente reversível a estímulos externos.

1.1.1.1.1.10.1.1 – Dificuldade para Dormir é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sono, com a seguinte característica específica: dificuldades para iniciar a diminuição da atividade corpórea.

1.1.1.1.1.10.1.2 – Sono intermitente é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sono, com as seguintes características específicas: sono descontínuo dentro de um período de sono noturno normal esperado, freqüente despertar durante o sono.

1.1.1.1.1.10.1.3 – Insônia é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sono, com a seguinte característica específica: falta de sono.

1.1.1.1.1.10.2 – Repouso é um fenômeno de enfermagem pertencente a Restauração, com a seguinte característica específica: recorrente diminuição da atividade corpórea enquanto acordado.

1.1.1.1.1.10.2.1 – Fadiga é um fenômeno de enfermagem pertencente a Repouso, com as seguintes características específicas: cansaço, sonolência, bocejamento freqüente, desatenção, sensação de não estar bem descansado, falta de vigor com ou sem atividade.

1.1.1.1.1.10.2.2 – Exaustão é um fenômeno de enfermagem pertencente a Repouso, com as seguintes características específicas: desgaste, mudança na postura, aumento da irritabilidade, sensação de não estar bem descansado e total depleção do vigor.

1.1.1.1.1.11 – Atividade Física é um fenômeno de enfermagem pertencente a Funções Fisiológicas, com a seguinte característica específica: capacidade de movimento do corpo.

1.1.1.1.1.11.1 – Mobilidade de Partes do Corpo é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atividade Física, com a seguinte característica específica: capacidade de movimentos de partes do corpo.

1.1.1.1.1.11.1.1 – Paresia da Boca é um fenômeno de enfermagem pertencente a Mobilidade de Partes do Corpo, com a seguinte característica específica: perda ou limitação da habilidade para mover a boca devido a lesão do mecanismo neural e muscular.

1.1.1.1.1.11.1.2 – Paresia Palpebral é um fenômeno de enfermagem pertencente a Mobilidade de Partes do Corpo, com a seguinte característica específica: perda ou limitação da habilidade para mover a pálpebra devido a lesão do mecanismo neural e muscular.

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1.1.1.1.1.11.1.3 – Paresia da Garganta é um fenômeno de enfermagem pertencente a Mobilidade de Partes do Corpo, com a seguinte característica específica: perda ou limitação da habilidade para mover a garganta devido a lesão do mecanismo neural e muscular.

1.1.1.1.1.11.1.4 – Mobilidade dos Membros Superiores é um fenômeno de enfermagem pertencente a Mobilidade de Partes do Corpo, com a seguinte característica específica: habilidade dos músculos para mover os membros superiores.

1.1.1.1.1.11.1.5 – Mobilidade dos Membros Inferiores é um fenômeno de enfermagem pertencente a Mobilidade de Partes do Corpo, com a seguinte característica específica: habilidade dos músculos para mover os membros inferiores.

1.1.1.1.1.11.2 – Mobilidade Total do Corpo é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atividade Física, com a seguinte característica específica: capacidade de mover o corpo inteiro.

1.1.1.1.1.11.2.1 – Imobilidade Parcial é um fenômeno de enfermagem pertencente a Mobilidade Total do Corpo, com a seguinte característica específica: capacidade reduzida para mover partes do corpo.

1.1.1.1.1.11.2.2 – Imobilidade Completa é um fenômeno de enfermagem pertencente a Mobilidade Total do Corpo, com a seguinte característica específica: ausência completa de capacidade para mover o corpo inteiro.

1.1.1.1.1.12 – Reprodução é um fenômeno de enfermagem pertencente a Funções Fisiológicas, com a seguinte característica específica: capacidade de um homem, de uma mulher ou de um casal de participar da produção de uma criança viva.

1.1.1.1.1.12.1 – Fertilidade é um fenômeno de enfermagem pertencente a Reprodução, com a seguinte característica específica: capacidade de participar da produção de uma criança viva.

1.1.1.1.1.12.1.1 – Menstruação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Fertilidade, com a seguinte característica específica: sangramento uterino fisiológico cíclico, ocorrendo em intervalos aproximados de quatro semanas durante o período reprodutivo da mulher.

1.1.1.1.1.12.1.1.1 – Menarca é um fenômeno de enfermagem pertencente a Menstruação, com a seguinte característica específica: início da menstruação ocorrendo, aproximadamente entre a idade de 12 a 17 anos.

1.1.1.1.1.12.1.1.2 – Menopausa é um fenômeno de enfermagem pertencente a Menstruação, com a seguinte característica específica: parada da menstruação ocorrendo, aproximadamente, entre a idade de 45 a 55 anos.

1.1.1.1.1.12.1.2 – Amenorréia é um fenômeno de enfermagem pertencente a Fertilidade, com a seguinte característica específica: parada da menstruação durante o período reprodutivo.

1.1.1.1.1.12.2 – Função Sexual é um fenômeno de enfermagem pertencente a Reprodução, com as seguintes características específicas: habilidade para alcançar satisfação sexual e consumar o relacionamento sexual com um parceiro(a).

1.1.1.1.1.1.13 – Crescimento e Desenvolvimento é um fenômeno de enfermagem pertencente a Funções Fisiológicas, com a seguinte característica específica: evolução ou declínio dos processos corporais de manutenção da vida.

1.1.1.1.1.1.13.1 – Crescimento e Desenvolvimento Fetal é um fenômeno de enfermagem pertencente a Crescimento e Desenvolvimento, com a seguinte característica específica: evolução dos processos fetais de manutenção da vida.

1.1.1.1.1.13.2 – Gestação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Crescimento e Desenvolvimento, com as Seguintes características específicas: condição de ter um feto

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desenvolvendo-se no corpo, amenorréia, enjôos matinais, aumento das mamas, pigmentação dos mamilos, progressivo aumento do abdome, movimentos fetais e ausculta de sons cardiofetais.

1.1.1.1.1.13.3 – Nascimento é um fenômeno de enfermagem pertencente a Crescimento e Desenvolvimento, com as seguintes características específicas: desenvolvimento do processo perinatal do corpo mantendo e dando vida.

1.1.1.1.1.13.4 – Amadurecimento é um fenômeno de enfermagem pertencente a Crescimento e Desenvolvimento, com a seguinte característica específica: evolução dos processos corporais da criança na manutenção da vida.

1.1.1.1.1.13.5 – Envelhecimento é um fenômeno de enfermagem pertencente a Crescimento e Desenvolvimento, com a seguinte característica específica: declínio dos processos corporais na manutenção da vida.

1.1.1.1.1.13.6 – Morte é um fenômeno de enfermagem pertencente a Crescimento e Desenvolvimento, com as seguintes características específicas: fim dos processos corporais na manutenção da vida, diminuição das funções corporais, sonolência.

1.1.1.1.2 – Funções Psicológicas são fenômenos de enfermagem pertencentes a Funções, com as seguintes características específicas: processos especiais, normais ou peculiares (não intencionais) de alguma parte da mente mantendo e melhorando a vida (otimamente).

1.1.1.1.2.1 – Sensações são um fenômeno de enfermagem pertencente a Funções Psicológicas, com a seguinte característica específica: respostas a estímulos de partes do corpo.

1.1.1.1.2.1.1 – Dor é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sensações, com as seguintes características específicas: aumento do estímulo sensorial de partes do corpo com potencial ou real dano de tecido acompanhado por subjetiva experiência de severo desconforto e sofrimento.

1.1.1.1.2.1.1.1 – Dor Aguda é um fenômeno de enfermagem pertencente a Dor, com as seguintes características específicas: respostas que rapidamente alcançam o ponto crítico (autolimitado) causadas por um estímulo nocivo concorrente associado a dano de tecido e acompanhado por respostas automáticas.

1.1.1.1.2.1.1.2 – Dor de Parto é um fenômeno de enfermagem pertencente a Dor, com a seguinte característica específica: contração dolorosa durante o nascimento da criança.

1.1.1.1.2.1.1.3 – Dor Crônica é um fenômeno de enfermagem pertencente a Dor, com as seguintes características específicas: respostas persistentes e que alcançam o ponto crítico vagarosamente, não causadas por um estímulo nocivo concorrente associado a dano de tecido e não acompanhado por respostas automáticas.

1.1.1.1.2.1.1.3.1 – Dor Crônica Intermitente é um fenômeno de enfermagem pertencente a Dor Crônica, com a seguinte característica específica: presença periódica de dor crônica.

1.1.1.1.2.1.1.3.2 – Dor Crônica Constante é um fenômeno de enfermagem pertencente a Dor Crônica, com a seguinte característica específica: presença duradoura de dor crônica.

1.1.1.1.2.1.2 – Sede é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sensações, com a seguinte característica específica: forte desejo de beber freqüentemente relacionado com a boca e garganta.

1.1.1.1.2.1.3 – Fome é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sensações, com a seguinte característica específica: forte desejo por alimentos freqüentemente relacionado com a boca e estômago.

1.1.1.1.2.1.4 – Falta de Apetite é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sensações, com a seguinte característica específica: desejo diminuído por alimentos freqüentemente relacionado com

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a boca e garganta.

1.1.1.1.2.1.5 – Náusea é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sensações, com a seguinte característica específica: vaga sensação desagradável no epigastro e no abdome.

1.1.1.1.2.1.6 – Prurido é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sensações, com a seguinte característica específica: sensação cutânea desagradável.

1.1.1.1.2.1.7 – Rubor quente é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sensações, com as seguintes características específicas: sensação de calor relacionada com a porção superior do corpo, vasodilatação súbita.

1.1.1.1.2.1.8 – Visão Alterada é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sensações, com a seguinte característica específica: respostas alteradas a estímulos dos órgãos visuais.

1.1.1.1.2.1.9 – Audição Alterada é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sensações, com a seguinte característica específica: respostas alteradas a estímulos dos órgão auditivos.

1.1.1.1.2.1.10 – Sensibilidade Tátil Alterada é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sensações, com a seguinte característica específica: respostas alteradas a estímulos dos órgãos táteis.

1.1.1.1.2.1.11 – Paladar Alterado é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sensações, com a seguinte característica específica: respostas alteradas a estímulos dos órgãos gustativos.

1.1.1.1.2.1.12 – Olfato Alterado é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sensações, com a seguinte característica específica: resposta alterada a estímulos dos órgãos olfativos.

1.1.1.1.2.1.13 – Cinestesia Alterada é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sensações, com a seguinte característica específica: respostas alteradas a estímulos dos movimentos do corpo.

1.1.1.1.2.1.14 – Consciência é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sensações, com a seguinte característica específica: responsividade da mente às impressões feitas pelos órgãos dos sentidos.

1.1.1.1.2.1.14.1 – Sonolência é um fenômeno de enfermagem pertencente a Consciência, com as seguintes características específicas: sonolência maligna e não natural, entorpecimento.

1.1.1.1.2.1.14.2 – Estupor é um fenômeno de enfermagem pertencente a Consciência, com a seguinte característica específica: condição de sono profundo com resposta a estímulos dolorosos.

1.1.1.1.2.1.14.3 – Coma é um fenômeno de enfermagem pertencente a Consciência, com a seguinte característica específica: inconsciência profunda sem reações fisiológicas.

1.1.1.2 – Fenômenos de Enfermagem Pertencentes a Pessoa são fenômenos de enfermagem pertencentes a Seres Humanos, com as seguintes características específicas: desempenho de um indivíduo, como um agente intencional, de ações motivadas por razões baseadas em crenças e desejos de uma personalidade individual (racionalidade).

1.1.1.2.1 – Razões para as ações são fenômenos de enfermagem pertencentes a Pessoa, com as seguintes características específicas: motivações que propiciam um entendimento e explicação para o comportamento de uma pessoa.

1.1.1.2.1.1 – Personalidade é um fenômeno de enfermagem pertencente a Razões para as Ações, com a seguinte característica específica: disposição de uma pessoa para reter ou abandonar atitudes no decorrer do tempo (razões de Segunda ordem para as ações).

1.1.1.2.1.1.1 – Identidade Pessoal é um fenômeno de enfermagem pertencente a Personalidade, com as seguintes características específicas: a qualidade de ser uma pessoa individual, o estado de

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ser a mesma pessoa em substância, natureza e qualidade.

1.1.1.2.1.1.1.1 – Distúrbio da Identidade Pessoal é um fenômeno de enfermagem pertencente a Identidade Pessoal, com a seguinte característica específica: inabilidade para distinguir entre o eu e o não eu.

1.1.1.2.1.1.2 – Imagem Corporal é um fenômeno de enfermagem pertencente a Personalidade, com a seguinte característica específica: a imagem mental do corpo.

1.1.1.2.1.1.2.1 – Distúrbio da Imagem Corporal é um fenômeno de enfermagem pertencente a Imagem Corporal, com a seguinte característica específica: distúrbio na maneira com que alguém conceitualiza partes do próprio corpo ou do corpo inteiro.

1.1.1.2.1.1.3 – Autoconceito é um fenômeno de enfermagem pertencente a Personalidade, com a seguinte característica específica: a imagem mental de si mesmo.

1.1.1.2.1.1.3.1 – Distúrbio do Autoconceito é um fenômeno de enfermagem pertencente a Autoconceito, com a seguinte característica específica: distúrbio na maneira com que alguém vê a si mesmo ou se conceitualiza.

1.1.1.2.1.1.4 – Auto-Estima é um fenômeno de enfermagem pertencente a Personalidade, com a seguinte característica específica: uma boa opinião de si mesmo.

1.1.1.2.1.1.4.1 – Baixa Auto-Estima Situacional é um fenômeno de enfermagem pertencente a Auto-Estima, com as seguintes características específicas: auto-avaliações negativas sobre si próprio ou sobre as próprias capacidades, inabilidade de aceitar prazer e encorajamento em certas situações.

1.1.1.2.1.1.4.2 – Baixa Auto-Estima Crônica é um fenômeno de enfermagem pertencente a Auto-Estima, com as seguintes características específicas: auto-avaliações negativas persistentes sobre si próprio ou sobre as próprias capacidades.

1.1.1.2.1.2 – Atitudes Psicológicas são fenômenos de enfermagem pertencentes a Razões para as Ações, com a seguinte característica específica: capacidade da pessoa para reter e/ou abandonar ações (razões de primeira ordem para as ações).

1.1.1.2.1.2.1 – Cognição é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atitudes Psicológicas, com a seguinte característica específica: capacidade para reter e abandonar ações, levando em conta o conhecimento da pessoa.

1.1.1.2.1.2.1.1 – Pensamento é um fenômeno de enfermagem pertencente a Cognição, com a seguinte característica específica: formulação de imagens ou conceitos na mente de uma pessoa.

1.1.1.2.1.2.1.1.1 – Falta de Conhecimento é um fenômeno de enfermagem pertencente a Pensamento, com a seguinte característica específica: falta de conteúdo específico do pensamento.

1.1.1.2.1.2.1.1.2 – Processo de Pensamento Alterado é um fenômeno de enfermagem pertencente a Pensamento, com a seguinte característica específica: interrupção do pensamento.

1.1.1.2.1.2.1.1.3 – Confusão é um fenômeno de enfermagem pertencente a Pensamento, com as seguintes características específicas: pensamento desordenado caracterizado por fala inarticulada, comportamento questionador, agitação, falta de senso de direção, agir às cegas, desnorteamento, desorientação.

1.1.1.2.1.2.1.1.3.1 – Confusão Aguda é um fenômeno de enfermagem pertencente a Confusão, com as seguintes características específicas: início abrupto de desordem do pensamento caracterizado por fala inarticulada, comportamento questionador, agitação, falta de senso de

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direção, agir às cegas, desnorteamento, desorientação.

1.1.1.2.1.2.1.1.4 – Crenças Falsas são um fenômeno de enfermagem pertencente a Pensamento, com a seguinte característica específica: pensamento que não pode ser corrigido pela razão, por argumentos ou persuasão ou pela evidência dos sentidos da própria pessoa.

1.1.1.2.1.2.1.1.4.1 – Constipação Percebida é um fenômeno de enfermagem pertencente a Crenças Falsas, com a seguinte característica específica: objeto de falsa crença é a constipação.

1.1.1.2.1.2.1.2 – Percepção é um fenômeno de enfermagem pertencente a Cognição, com a seguinte característica específica: capacidade psicológica de sensação, isto é, registro mental consciente de um estímulo sensorial.

1.1.1.2.1.2.1.2.1 – Alucinação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Percepção, com a seguinte característica específica: registro aparente de estímulos sensoriais (visões, sons.) que não estão realmente presentes.

1.1.1.2.1.2.1.2.2 – Ilusão é um fenômeno de enfermagem pertencente a Percepção, com a seguinte característica específica: interpretação falsa de estímulos sensoriais registrados.

1.1.1.2.1.2.1.2.3 – Negligência Unilateral é um fenômeno de enfermagem pertencente a Percepção, com a seguinte característica específica: falta percebida de consciência de um lado do corpo.

1.1.1.2.1.2.2 – Emoção é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atitudes Psicológicas, com as seguintes características específicas: capacidade de reter e abandonar ações, levando em conta os sentimentos de consciência agradável ou dolorosa da pessoa.

1.1.1.2.1.2.2.1 – Insegurança é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com as Seguintes características específicas: sentimentos de incerteza, aumento de tensão e inadequação.

1.1.1.2.1.2.2.2 – Nervosismo é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com as seguintes características específicas: sentimentos de super-excitamento, fragilidade, estremecimento acompanhado de tremores das mãos.

1.1.1.2.1.2.2.3 – Medo é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com a seguinte característica específica: sentimentos de ameaça, perigo ou angústia com causa conhecida (conteúdo do pensamento).

1.1.1.2.1.2.2.4 – Ansiedade é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com a seguinte característica específica: sentimentos de ameaça, perigo ou angústia sem causa conhecida (conteúdo do pensamento).

1.1.1.2.1.2.2.5 – Tristeza é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com as seguintes características específicas: sentimentos de baixo espírito, melancolia e falta de energia.

1.1.1.2.1.2.2.6 – Solidão é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com a seguinte característica específica: sentimentos de tristeza, melancolia devido à falta de companhias, simpatia e amizade.

1.1.1.2.1.2.2.7 – Desolação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com a seguinte característica específica: sentimentos de estar sendo abandonado e deixado completamente só.

1.1.1.2.1.2.2.8 – Depressão é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com as seguintes características específicas: sentimentos de severa tristeza, baixo humor e letargia.

1.1.1.2.1.2.2.9 – Desesperança é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com as seguintes características específicas: sentimentos de limitação ou falta de possibilidades e

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significados na vida, sem habilidade para mobilizar energia e com pessimista visão do futuro.

1.1.1.2.1.2.2.10 – Desespero é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com as seguintes características específicas: sentimentos de profunda desesperança e de ter perdido toda a esperança.

1.1.1.2.1.2.2.11 – Raiva é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com as seguintes características específicas: sentimentos de animosidade, frustração e hostilidade.

1.1.1.2.1.2.2.12 – Pesar é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com a seguinte característica específica: sentimentos de grande tristeza devido a perda.

1.1.1.2.1.2.2.12.1 – Pesar Antecipado é um fenômeno de enfermagem pertencente a Pesar, com a seguinte característica específica: sentimentos de grande tristeza antes de uma perda real.

1.1.1.2.1.2.2.12.2 – Pesar Disfuncional é um fenômeno de enfermagem pertencente a Pesar, com a seguinte característica específica: sentimentos prolongados de grande tristeza devido a perda.

1.1.1.2.1.2.2.13 – Culpa é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com a seguinte característica específica: sentimentos de ter feito algo errado.

1.1.1.2.1.2.2.14 – Vergonha é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com a seguinte característica específica: sentimentos de perda do auto-respeito causados por comportamentos errado, desonroso ou insensato.

1.1.1.2.1.2.2.15 – Negação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Emoção, com a seguinte característica específica: tentativas de reduzir ansiedade através da recusa para aceitar pensamentos, sentimentos ou fatos.

1.1.1.2.1.2.3 – Vontade é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atitudes Psicológicas, com a seguinte característica específica: capacidade de reter e abandonar ações, levando em conta atitudes da volição.

1.1.1.2.1.2.3.1 – Redução do Desejo de Viver é um fenômeno de enfermagem pertencente a Vontade, com as seguintes características específicas: desejo influenciado por pensamentos de autodestruição e vontade de acabar a vida.

1.1.1.2.1.2.4 – Decisão é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atitudes Psicológicas, com as seguintes características específicas: capacidade de reter e abandonar ações, levando em conta o julgamento.

1.1.1.2.1.2.4.1 – Conflito de Decisão é um fenômeno de enfermagem pertencente a Decisão, com a seguinte característica específica: incertezas sobre escolhas, considerando julgamentos antagonistas.

1.1.1.2.1.2.4.2 – Impotência é um fenômeno de enfermagem pertencente a Decisão, com as seguintes características específicas: processos mentais de escolha reduzida, inabilidade para agir, percepção de que as próprias ações não irão afetar significativamente um resultado, uma percebida falta de controle de uma situação atual ou de um acontecimento imediato.

1.1.1.2.1.2.4.3 – Falta de Iniciativa é um fenômeno de enfermagem pertencente a Decisão, com a seguinte característica específica: reduzida habilidade para tomar decisões e agir de acordo.

1.1.1.2.1.2.5 – Crença é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atitudes Psicológicas, com a seguinte característica específica: capacidade de reter ou abandonar ações, levando em conta opiniões de uma pessoa.

1.1.1.2.1.2.5.1 – Crença de Valor é um fenômeno de enfermagem pertencente a Crença, com a seguinte característica específica: capacidade de reter ou abandonar ações, levando em conta

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opiniões de uma pessoa sobre o que é bom ou ruim.

1.1.1.2.1.2.5.2 – Crença Religiosa é um fenômeno de enfermagem pertencente a Crença, com a seguinte característica específica: capacidade de reter ou abandonar ações, levando em conta a opinião religiosa de uma pessoa.

1.1.1.2.1.2.5.2.1 – Sofrimento Espiritual é um fenômeno de enfermagem pertencente a Crença Religiosa, com a seguinte característica específica: interrupção no princípio de vida que penetra o ser inteiro da pessoa e que integra e transcende sua natureza biológica e psicossocial.

1.1.1.2.1.2.6 – Memória é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atitudes Psicológicas, com as seguintes características específicas: capacidades mentais pelas quais as sensações, impressões e idéias são armazenadas e recordadas.

1.1.1.2.1.2.6.1 – Desorientação é um fenômeno de enfermagem pertencente a Memória, com a seguinte característica específica: distúrbio da memória na preservação de experiências sobre o tempo, lugar e dados pessoais, circunstâncias e eventos.

1.1.1.2.2 – Ações são fenômenos de enfermagem pertencentes a Pessoa, com a seguinte característica específica: desempenho de movimentos corporais, explicados e entendidos por meio de razões expressas.

1.1.1.2.2.1 – Ações Autodependentes são fenômenos de enfermagem pertencentes a Ações, com a seguinte característica específica: ações que dependem da própria pessoa.

1.1.1.2.2.1.1 – Autodesenvolvimento é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ações Autodependentes, com a seguinte característica específica: o que é necessário a fim de mover-se em direção à qualidade de vida.

1.1.1.2.2.1.1.1 – Ação de Busca da Saúde é um fenômeno de enfermagem pertencente a Autodesenvolvimento, com as seguintes características específicas: busca de caminhos para alterar hábitos pessoais de saúde e/ou o meio ambiente, a fim de mover-se em direção a uma ótima qualidade de vida relacionada com a saúde e bem-estar do indivíduo.

1.1.1.2.2.1.2 – Autocuidado é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ações Autodependentes, com a seguinte característica específica: processos comportamentais do que é preciso para manter-se a si mesmo.

1.1.1.2.2.1.2.1 – Atividade da Vida Diária é um fenômeno de enfermagem pertencente a Autocuidado, com a seguinte característica específica: ação necessária para manter-se a si mesmo, desempenhada durante um dia normal.

1.1.1.2.2.1.2.1.1 – Autocuidado: Mover-se é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atividade da Vida Diária, com a seguinte característica específica: ação básica efetiva de mover-se a si mesmo.

1.1.1.2.2.1.2.1.1.1 – Autocuidado: Sentar-se é um fenômeno de enfermagem pertencente a Autocuidado: Mover-se, com a seguinte característica específica: mudança de todo o corpo para uma posição ereta.

1.1.1.2.2.1.2.1.1.2 – Autocuidado: Transferir-se é um fenômeno de enfermagem pertencente a Autocuidado: Mover-se, com a seguinte característica específica: mudança do corpo todo entre o leito e a cadeira.

1.1.1.2.2.1.2.1.1.3 – Autocuidado: Virar-se é um fenômeno de enfermagem pertencente a Autocuidado: Mover-se, com a seguinte característica específica: mudança do corpo todo de um lado para outro.

1.1.1.2.2.1.2.1.2 – Autocuidado: Alimentar-se é um fenômeno de enfermagem pertencente a

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Atividade da Vida Diária, com a seguinte característica específica: ação básica efetiva de nutrir a si mesmo.

1.1.1.2.2.1.2.1.3 – Autocuidado: Higiene é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atividade da Vida Diária, com a seguinte característica específica: ação básica efetiva de limpar a si mesmo.

1.1.1.2.2.1.2.1.4 – Autocuidado: Banhar-se é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atividade da Vida Diária, com a seguinte característica específica: ação básica efetiva de aplicar água no próprio corpo.

1.1.1.2.2.1.2.1.5 – Autocuidado: Arrumar-se é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atividade da Vida Diária, com a seguinte característica específica: ação básica efetiva de arrumar a si mesmo.

1.1.1.2.2.1.2.1.6 – Autocuidado: Vestir-se é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atividade da Vida Diária, com a seguinte característica específica: ação básica efetiva de colocar e/ou tirar roupas

1.1.1.2.2.1.2.1.7 – Autocuidado: Toalete é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atividade da Vida Diária, com as seguintes características específicas: ação básica efetiva de desempenhar atividades de toalete, fazer higiene íntima apropriada e descartar as excretas.

1.1.1.2.2.1.2.1.8 – Atividade Instrumental da Vida Diária é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atividade da Vida Diária, com a seguinte característica específica: ações complexas para manter a si mesmo, desempenhadas durante um dia normal: compras, lavanderia, manuseio de dinheiro, preparo de refeições, manutenção da casa, emprego.

1.1.1.2.2.1.2.1.9 – Atividade de Lazer é um fenômeno de enfermagem pertencente a Atividade da Vida Diária, com a seguinte característica específica: ação complexa de estimulação oriunda de, ou interesse ou engajamento nas atividades de recreação ou lazer.

1.1.1.2.2.1.2.2 – Atividade de Cuidado da Saúde é um fenômeno de enfermagem pertencente a Autocuidado, com a seguinte característica específica: ação de identificar, conduzir e buscar ajuda para manter a saúde.

1.1.1.2.2.1.2.2.1 – Regime Terapêutico Prescrito é um fenômeno de enfermagem pertencente a Autocuidado, com a seguinte característica específica: ação de manutenção da saúde, requerendo o uso ou aplicação de, por exemplo, medicamentos prescritos pelo médico.

1.1.1.2.2.1.2.2.2 – Não aderência é um fenômeno de enfermagem pertencente a Autocuidado, com a seguinte característica específica: ação de não seguir recomendações terapêuticas.

1.1.1.2.2.1.2.2.3 – Precauções de Segurança são um fenômeno de enfermagem pertencente a Autocuidado, com a seguinte característica específica: ação de evitar fatores de risco.

1.1.1.2.2.1.3 – Auto-Ajustamento é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ações Autodependentes, com a seguinte característica específica: ação de alterar a si mesmo, a fim de atender as demandas e os papéis da vida.

1.1.1.2.2.1.3.1 – Desgaste do Cuidador é um fenômeno de enfermagem pertencente a Estratégia de Enfrentamento de Problemas, com a seguinte característica específica: capacidade diminuída de solução de problemas de uma pessoa, em resposta às demandas de provimento de cuidado de uma outra.

1.1.1.2.2.1.3.2 – Ajustamento à saúde é um fenômeno de enfermagem pertencente a Auto-Ajustamento, com a seguinte característica específica: ação de modificação do estilo de vida de maneira consistente com mudança no estado de saúde.

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1.1.1.2.2.1.3.2.1 – Negação de Problemas de Saúde é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ajustamento à Saúde, com a seguinte característica específica: tentativa de negar o conhecimento ou significado de um evento para reduzir ansiedade/medo em detrimento da saúde.

1.1.1.2.2.1.4 – Autodestruição é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ações Autoconfiantes, com a seguinte característica específica: ação que é nociva para a vida do indivíduo.

1.1.1.2.2.1.4.1 – Violência autodirecionada é um fenômeno de enfermagem pertencente a Autodestruição, com a seguinte característica específica: ação intencional que é fisicamente nociva ao indivíduo.

1.1.1.2.2.1.4.2 – Destruição da Saúde é um fenômeno de enfermagem pertencente a Autodestruição, com a seguinte característica específica: ação que é nociva à saúde do indivíduo.

1.1.1.2.2.1.4.2.1 – Abuso de Substância é um fenômeno de enfermagem pertencente a Destruição da Saúde, com a seguinte característica específica: uso impróprio de substâncias que são nocivas à saúde do indivíduo e causam dependência.

1.1.1.2.2.1.4.2.1.1 – Fumo é um fenômeno de enfermagem pertencente a Abuso de Substâncias, com a seguinte característica específica: uso regular e excessivo de tabaco.

1.1.1.2.2.1.4.2.1.2 – Abuso de Álcool é um fenômeno de enfermagem pertencente a Abuso de Substância, com a seguinte característica específica: uso regular e excessivo de álcool.

1.1.1.2.2.1.4.2.1.3 – Abuso de Droga é um fenômeno de enfermagem pertencente a Abuso de Substância, com a seguinte característica específica: uso regular e excessivo de drogas para efeito não terapêutico.

1.1.1.2.2.2 – Ação Interdependente é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ações, com a seguinte característica específica: ação que depende da própria pessoa e de outros.

1.1.1.2.2.2.1 – Ação Comunicativa é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ação Interdependente, com as seguintes características específicas: ação de transmissão de mensagens entre indivíduos usando ação verbal ou não verbal, conversação face a face ou ação de comunicação remota.

1.1.1.2.2.2.2 – Desempenho de Papel é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ação Interdependente, com as seguintes características específicas: tarefas e deveres empreendidos em relação a um quadro de expectativas envolvendo outras pessoas.

1.1.1.2.2.2.2.1 – Desempenho Alterado de Papel é um fenômeno de enfermagem pertencente a Desempenho de Papel, com as seguintes características específicas: interrupção da maneira usual de uma pessoa realizar as expectativas e o desempenho de tarefas e deveres em empreendimentos que envolvem outras pessoas.

1.1.1.2.2.2.3 – Ação Sexual é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ação Interdependente, com as seguintes características específicas: ação que expressa desejos, valores, atitudes e atividades sexuais.

1.1.1.2.2.2.3.1 – Planejamento Familiar é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ação Sexual, com as seguintes características específicas: ação relacionada com gestação, prevenção, melhoria da fertilidade, controle do número e do espaçamento de crianças em uma família.

1.1.1.2.2.2.3.2 – Promiscuidade é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ação Sexual, com a seguinte característica específica: engajamento em intercurso sexual indiscriminadamente ou com muitos parceiros(as).

1.1.1.2.2.2.4 – Interação Social é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ação

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Interdependente, com a seguinte característica específica: participação em trocas sociais.

1.1.1.2.2.2.4.1 – Apoio Social é um fenômeno de enfermagem pertencente a Interação Social, com a seguinte característica específica: ação percebida por um receptor como promotora de seu bem-estar.

1.1.1.2.2.2.4.1.1 – Rede Social é um fenômeno de enfermagem pertencente a Apoio Social, com a seguinte característica específica: promoção do estabelecimento e manutenção da rede social.

1.1.1.2.2.2.4.2 – Agressão Social é um fenômeno de enfermagem pertencente a Interação Social, com as seguintes características específicas: ação violenta, agressiva, nociva, ilegal, ou culturalmente proibida em relação a outrem.

1.1.1.2.2.2.4.2.1 – Abuso Infantil é um fenômeno de enfermagem pertencente a Agressão Social, com a seguinte característica específica: ação violenta, agressiva, ilegal, ou culturalmente proibida direcionada à criança.

1.1.1.2.2.2.4.2.2 – Abuso Conjugal é um fenômeno de enfermagem pertencente a Agressão Social, com a seguinte característica específica: ação violenta, agressiva, ilegal, ou culturalmente proibida direcionada a(o) esposa(o).

1.1.1.2.2.2.4.2.3 – Mutilação Genital Feminina é um fenômeno de enfermagem pertencente a Agressão Social, com a seguinte característica específica: ação violenta direcionada à criança do sexo feminino ou mulher, pela excisão de partes ou de toda genitália externa, justificada por hábitos culturais.

1.1.1.2.2.2.4.3 – Interação Social Limitada é um fenômeno de enfermagem pertencente a Interação Social, com a seguinte característica específica: participação insuficiente, em qualidade e quantidade, nas trocas sociais.

1.1.1.2.2.2.4.3.1 – Isolamento Social é um fenômeno de enfermagem pertencente a Interação Social Limitada, com as seguintes características específicas: solidão experimentada por um indivíduo e percebida como imposta por outros, e como um estado negativo ou ameaçador.

1.1.2 – Fenômenos de Enfermagem Pertencentes ao Meio Ambiente são fenômenos de enfermagem pertencentes a Fenômeno de Enfermagem, com as seguintes características específicas: condições ou influências sob as quais os seres humanos vivem ou se desenvolvem.

1.1.2.1 – Meio Ambiente: Humano é um fenômeno de enfermagem pertencente a Meio Ambiente, com as seguintes características específicas: condições interpessoais ou relacionais ou influências sob as quais as pessoas ou os grupos vivem ou se desenvolvem.

1.1.2.1.1 – Pessoas Significativas são um fenômeno de enfermagem pertencente a Meio Ambiente: Humano, com as seguintes características específicas: condições interpessoais ou relacionais ou influências sob as quais pessoas significantes vivem ou se desenvolvem.

1.1.2.1.1.1 – Família é um fenômeno de enfermagem pertencente a Pessoas Significativas, com as seguintes características específicas: condições interpessoais ou relacionais ou influências sob as quais a família vive ou se desenvolve.

1.1.2.1.1.1.1 – Capacidade de Cuidar é um fenômeno de enfermagem pertencente a Família, com a seguinte característica específica: capacidade de prover cuidado e sustento aos membros da família.

1.1.2.1.1.1.1.1 – Paternidade/Maternidade é um fenômeno de enfermagem pertencente a Capacidade de Cuidar, com as seguintes características específicas: ações dos que têm a responsabilidade paterna/materna de criar um ambiente promotor de crescimento e desenvolvimento ótimo de uma criança.

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1.1.2.1.1.1.1.1.1 – Vínculo é um fenômeno de enfermagem pertencente a Paternidade/ Maternidade, com as seguintes características específicas: ações de ligação entre uma criança e seus pais, especialmente a mãe, formando laços afetivos que posteriormente vão influenciar no desenvolvimento fisiológico e psicológico da criança.

1.1.2.1.1.1.1.1.2 – Paternidade/Maternidade Alterada é um fenômeno de enfermagem pertencente a Paternidade/Maternidade, com as seguintes características específicas: distúrbio e ausência de processos comportamentais que criem um ambiente promotor de crescimento e desenvolvimento ótimo de uma criança, falta de vínculo.

1.1.2.1.1.1.2 – Relacionamento Familiar é um fenômeno de enfermagem pertencente a Família, com a Seguinte característica específica: padrões de relacionamento dentro da família.

1.1.2.1.1.1.2.1 – Distúrbio no Relacionamento Familiar é um fenômeno de enfermagem pertencente a Relacionamento Familiar, com a seguinte característica específica: relação inadequada e inapropriada dos membros da família entre si.

1.1.2.1.1.1.2.1.1 – Conflito de Papel dos Pais é um fenômeno de enfermagem pertencente a Distúrbio no Relacionamento Familiar, com as seguintes características específicas: experiência de confusão e conflito de papel como pais em resposta a crises.

1.1.2.1.2 – Comunidade é um fenômeno de enfermagem pertencente a Meio ambiente: Humano, com a seguinte característica específica: ação que mantém funcionando todas as pessoas de um distrito, cidade ou área geográfica particular.

1.1.2.1.2.1 – Economia é um fenômeno de enfermagem pertencente a Comunidade, com as seguintes características específicas: dinheiro de salário, de investimentos, dividendos ou de outras fontes, disponível para o cotidiano e para despesas com cuidado da saúde.

1.1.2.1.2.1.1 – Condições Econômicas são um fenômeno de enfermagem pertencente a Economia, com as seguintes características específicas: condições relativas à produção, distribuição e consumo de riqueza.

1.1.2.1.2.1.1.1 – Pobreza é um fenômeno de enfermagem pertencente a Condições Econômicas, com as seguintes características específicas: riqueza ou posses materiais insuficientes para atender as necessidades básicas.

1.1.2.1.2.2 – Cultura é um fenômeno de enfermagem pertencente a Comunidade, com as seguintes características específicas: idéias, costumes, artes, habilidades e ações de pessoas ou grupos que são transferidas, comunicadas ou passadas ao longo de sucessivas gerações.

1.1.2.1.2.2.1 – Etnia é um fenômeno de enfermagem pertencente a Cultura, com a seguinte característica específica: discriminação de pessoas baseadas na raça, nacionalidade ou cultura.

1.1.2.1.2.2.2 – Sexismo é um fenômeno de enfermagem pertencente a Cultura, com a seguinte característica específica: discriminação, especialmente contra mulheres, baseada no sexo.

1.1.2.1.3 – Sociedade é um fenômeno de enfermagem pertencente a Meio Ambiente: Humano, com as seguintes características específicas: ações que mantêm todas as pessoas de um distrito, cidade ou área geográfica particular, formalmente ou estruturalmente funcionando.

1.1.2.1.3.1 – Alto Índice de Mortalidade Infantil é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sociedade, com a seguinte característica específica: alta proporção de morte de crianças, isto é, morte de crianças abaixo de um ano de idade, registrada em um determinado ano, comparada com o número total de nascidos vivos no mesmo ano, usualmente expressa por mil, como um índice.

1.1.2.1.3.1.1 – Alto Índice de Mortalidade Neonatal Precoce é um fenômeno de enfermagem pertencente a Alto Índice de Mortalidade Infantil, com a seguinte característica específica: alta

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proporção de mortes neonatais precoces, isto é, crianças nascidas vivas que morrem nas primeiras 168 horas de vida em um determinado ano, comparada com o número total de nascidos vivos no mesmo ano, usualmente expressa por mil, como um índice.

1.1.2.1.3.1.2 – Alto Índice de Mortalidade Perinatal é um fenômeno de enfermagem pertencente a Alto Índice de Mortalidade Infantil, com a seguinte característica específica: alta proporção de mortes perinatais, isto é, morte de fetos tardios ou de neonatos, pesando acima de 1000gr no nascimento, em um determinado ano, comparada com o número total de nascidos vivos no mesmo ano, usualmente expressa por mil, como um índice.

1.1.2.1.3.2 – Alto Índice de Mortalidade Materna é um fenômeno de enfermagem pertencente a Sociedade, com a seguinte característica específica: alta proporção de mortes maternas, isto é, morte de mulheres grávidas antes, durante ou depois do parto, registrada em um determinado ano e comparada com o número total de mulheres grávidas registrado no mesmo ano, usualmente expressa por mil, como um índice.

1.1.2.2 – Meio Ambiente: Natureza é um fenômeno de enfermagem pertencente a Meio Ambiente, com a seguinte característica específica: substâncias físicas tal como ocorrem na natureza.

1.1.2.2.1 – Meio Ambiente Físico é um fenômeno de enfermagem pertencente a Meio Ambiente: Natureza, com a seguinte característica específica: substâncias químicas como ocorrem no meio ambiente: natureza.

1.1.2.2.1.1 – Ar é um fenômeno de enfermagem pertencente a Meio Ambiente Físico, com as seguintes características específicas: substâncias gasosas invisíveis que circundam a terra, uma mistura principalmente de oxigênio e nitrogênio necessária para a sobrevivência dos indivíduos.

1.1.2.2.1.1.1 – Poluição do Ar é um fenômeno de enfermagem pertencente a Ar, com a seguinte característica específica: situações em que a atmosfera ambiental externa contém materiais em concentrações que são nocivas aos indivíduos.

1.1.2.2.1.2 – Água é um fenômeno de enfermagem pertencente a Meio Ambiente Físico, com as seguintes características específicas: líquido transparente, sem cor, sem odor e sem gosto, composto por oxigênio e hidrogênio, encontrado nos mares, lagos, rios e sob o solo, necessário para a sobrevivência dos indivíduos.

1.1.2.2.1.2.1 – Poluição da Água é um fenômeno de enfermagem pertencente a Água, com a seguinte característica específica: situação na qual a água contém materiais em concentrações que são nocivas aos indivíduos.

1.1.2.2.2 – Meio Ambiente Biológico é um fenômeno de enfermagem pertencente a Meio Ambiente: Natureza, com a seguinte característica específica: fatores biológicos como ocorrem no meio ambiente natureza.

1.1.2.2.2.1 – Microorganismo é um fenômeno de enfermagem pertencente a Meio Ambiente Biológico, com as seguintes características específicas: organismos microscópicos, alguns dos quais são nocivos aos indivíduos.

1.1.2.2.2.2 – Parasita é um fenômeno de enfermagem pertencente a Meio Ambiente Biológico, com as seguintes características específicas: organismos vivendo dentro ou sobre outros, beneficiando-se de outros, alguns dos quais são nocivos aos indivíduos.

1.1.2.2.3 – Meio Ambiente Artificial é um fenômeno de enfermagem pertencente a Meio Ambiente: Natureza, com as seguintes características específicas: objetos de matéria orgânica ou inorgânica produzidos pelos seres humanos para um propósito específico.

1.1.2.2.3.1 – Moradia é um fenômeno de enfermagem pertencente a Meio Ambiente Artificial,

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com a seguinte característica específica: uma estrutura para servir de habitação.

1.1.2.2.3.1.1 – Moradia Inadequada é um fenômeno de enfermagem pertencente a Moradia, com a seguinte característica específica: padrões de salubridade habitacional não satisfatórios.

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ANEXO 4

INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS

João Pessoa, agosto de 1998 Prezada(o) colega,

Este questionário contém os termos apresentados na Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem – CIPE, Versão Alfa, para denominar os Fenômenos de Enfermagem. Por gentileza, leia atentamente cada um dos termos com suas características específicas, escolha e assinale a alternativa que melhor expresse a sua opinião pertinente ao assunto. Por exemplo, se eu apresentasse o termo: Cozinhar: preparar comida ao fogo, com os devidos temperos; cozer, e perguntasse com que freqüência você utiliza esse termo no seu dia-a-dia e oferecesse uma escala com as seguintes alternativas: Sempre, Muitas vezes, Algumas vezes, Raramente e Nunca, para que você desse sua opinião, conforme apresentado no quadro abaixo,

............................................................................................................Nunca Raramente

Algumas vezes Muitas vezes

Sempre 1- Marque com um X a freqüência com que você utiliza estes termos no seu dia-a-dia:

2- Caso não concorde com esta denominação, que termo você usaria?

Cozinhar: preparar comida ao fogo, com os devidos temperos; cozer.

X

você faria um “X” no espaço correspondente a Muitas vezes, como eu fiz, caso você acreditasse que utiliza esse termo freqüentemente, ou qualquer uma das outras alternativas, desde que elas expressassem a sua opinião sobre a sua utilização.

Lembro que não existem respostas “certas” ou “erradas”. Estou interessada em saber se você usa esses termos na sua atual prática de enfermagem. Por este motivo, não deixe nenhuma questão sem sua resposta. Caso não concorde com a denominação dada ao termo, mesmo que ele seja um termo muito freqüente na sua prática, apresente o nome que você usa, na última coluna do questionário. Na segunda parte desse questionário, você terá a oportunidade de apresentar a denominação para outros problemas ou situações de enfermagem, comuns no seu cotidiano, mas não constantes nos termos apresentados na CIPE. Depois de preenchido o questionário, o mesmo deverá ser devolvido à pesquisadora ou enviado para o endereço constante no final do instrumento.

Ressalto que sua participação nesse processo será voluntária, podendo deixar de participar em qualquer momento, e que tudo o que responder ficará no anonimato. Dúvidas ou questionamentos sobre o estudo devem ser dirigidos à pesquisadora no endereço e telefone abaixo. Acredito que suas respostas possibilitarão a adaptação dos termos utilizados para denominar os problemas ou as situações específicas da Enfermagem e contribuirão para o desenvolvimento de

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uma classificação internacional para a prática de enfermagem por meio da definição de conceitos próprios da área.

Reconheço que essa tarefa lhe tomará bastante tempo, mas reconheço também que a sua contribuição será incalculável para a Enfermagem brasileira. Por esse motivo, antecipadamente agradeço-lhe a participação.

Atenciosamente,

Maria Miriam Lima da Nóbrega Rua Eutiquiano Barreto, 935 Manaíra - João Pessoa/PB 58038-311 Fone: (083) 226.1393 E-mail: [email protected]

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Questionário – Utilização na prática dos Fenômenos de Enfermagem

I - Leia atentamente as definições apresentadas, na coluna à esquerda, para os termos constantes na

CIPE e marque:

1. A freqüência com que você utiliza esses termos na sua prática atual de enfermagem, assinalando com um X, na escala apresentada, a forma como esses termos são utilizados: Sempre, Muitas vezes, Algumas vezes, Raramente e Nunca.

2. Caso não concorde com essa denominação, que termo você usaria?

Nunca Raramente

Algumas vezes Muitas vezes

Sempre 1.Marque com um X a freqüência com que você utiliza estes termos na sua prática atual de enfermagem

2- Caso não concorde com esta denomi-nação, que termo você usaria?

Respiração: troca de oxigênio e de dióxido de carbono no corpo através do trato respiratório.

Ventilação: inalação e exalação mecânica de ar. Dispnéia: respiração com esforço e desconforto aumentado, respiração curta, batimento das asas do nariz, mudança na intensidade da respiração, uso dos músculos acessórios, excursão torácica alterada e frêmitos.

Dispnéia Funcional: respiração com esforço e desconforto aumentado relacionado à atividade física, ou associado ao estado de ansiedade.

Ortopnéia: respiração com esforço e desconforto aumentado enquanto em repouso ou deitado.

Limpeza das Vias Aéreas: habilidade para desobstruir as vias aéreas.

Limpeza Ineficaz das Vias Aéreas: inabilidade para desobstruir as vias aéreas.

Expectoração: inabilidade para desobstruir as vias aéreas de substâncias vindas dos pulmões, brônquios ou traquéia.

Aspiração: inabilidade para desobstruir as vias aéreas de substâncias externas.

Regurgitação: fluxo retrógrado de substâncias vindas do estômago.

Intolerância à Atividade: cansaço fácil, movimentos corpóreos desgastantes, falta de habilidade para manter energia.

Troca de Gases: troca de oxigênio e dióxido de carbono entre pulmões e sistema vascular.

Troca Ineficaz de Gases: inabilidade para troca de oxigênio e dióxido de carbono entre pulmões e sistema vascular, confusão, diminuição do som respiratório, sibilos, estertores e roncos.

Circulação: bombeamento do sangue. Função Cardíaca: bombeamento do sangue pelo coração. Débito Cardíaco Diminuído: bombeamento insuficiente do sangue pelo coração.

Débito Cardíaco Aumentado: bombeamento de sangue mais do que o suficiente pelo coração.

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Débito Cardíaco Interrompido: parada cardíaca. Função Circulatória: bombeamento do sangue através dos vasos sangüíneos.

Pressão Sangüínea Elevada: bombeamento do sangue através dos vasos sangüíneos com pressão maior que a normal.

Pressão Sangüínea Diminuída: bombeamento do sangue através dos vasos sangüíneos com pressão menor que a normal.

Função Circulatória Interrompida: interrupção ou perda do volume circulatório, queda acentuada da pressão sangüínea, choque progressivo para choque irreversível.

Perfusão Tissular Alterada: fluxo sangüíneo alterado nos tecidos para liberação de oxigênio e nutrientes em nível celular.

Choque: hipotensão, pele fria e taquicardia devido à falência aguda na circulação periférica.

Termorregulação: regulação da temperatura corpórea dentro de um limite ótimo, isto é, no ponto termostático estabelecido.

Temperatura corporal: temperatura do corpo, usualmente constante dentro de uma faixa estreita de variação.

Hipertermia: temperatura corporal elevada acima do limite normal, pele avermelhada, calor.

Febre: mudança no termostato interno, com ou sem tremores, com ou sem pele avermelhada, aumento no padrão respiratório e taquicardia.

Hipotermia: temperatura corporal reduzida abaixo do limite normal, pele fria, palidez, tremores, suprimento capilar lento, taquicardia, leito ungueal cianótico, hipertensão, piloereção.

Estresse de Frio: sensação de frio, confusão, passo trôpego, desorientação, pele extremamente fria, fala entrecortada, introversão e amnésia, arritmia, cianose, rigidez muscular.

Calafrios: sensação de frio, contração muscular quando a temperatura corporal cai abaixo do ponto termostático estabelecido ou na fase de arrepio de febre.

Nutrição: alimentação do corpo. Déficit de Nutrição: ingesta menor do que as necessidades corporais.

Má Nutrição: qualidade errada de alimentos, fraqueza dos músculos.

Emagrecimento: qualidade certa de alimentos, perda de peso, debilidade.

Nutrição Excessiva: ingesta maior do que as necessidades corporais, nível de atividade sedentária, padrão alimentar disfuncional, alimentação simultaneamente com outras atividades, concentração de alimentos ingeridos no fim do dia, alimentação em resposta a estímulos externos/internos.

Obesidade: qualidade certa de alimentos, peso >20% acima do ideal.

Digestão: conversão dos alimentos em substâncias absorvidas pelo corpo.

Sucção: extração de alimentos líquidos pela boca através do uso dos músculos labiais e da língua.

Mastigação: decomposição mecânica e química do alimento na boca.

Deglutição: passagem através da garganta de fluidos e/ou alimentos sólidos da boca para o estômago.

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Absorção: absorção completa de alimentos no tubo digestivo. Má Absorção: absorção incompleta de alimentos no tubo digestivo.

Eructação: condução do ar ou do alimento em pequenas porções através da boca.

Vômito: expulsão do alimento através da boca. Hidratação: manutenção adequada de fluidos corporais. Desidratação: déficit no volume de fluido, diminuição do volume urinário, urina concentrada, eletrólitos alterados, sede, pele seca, membranas mucosas secas, diminuição do turgor da pele.

Retenção de Líquidos: excesso do volume de fluido, edema, ganho de peso, mudança no estado mental, eletrólitos alterados.

Edema: acúmulo excessivo de fluidos nos espaços tissulares. Aleitamento Materno: nutrição da criança pelo seio materno. Lactação: produção de leite pelas mamas. Lactação Aumentada: produção de leite maior que o requerido pela criança.

Lactação Diminuída: produção de leite menor que o requerido pelo criança.

Eliminação: movimento e evacuação de resíduos. Eliminação Intestinal: movimento e evacuação de resíduos: fezes.

Incontinência Intestinal: incapacidade para controlar a defecação, fluxo constante de fezes, fezes líquidas e não formadas.

Diarréia: fezes soltas, fluidas, líquidas e não formadas, padrão de freqüência aumentado, passagem freqüente, sons intestinais aumentados, cólicas, urgência.

Constipação: formação de fezes duras, padrão de freqüência menor que o normal, quantidade de fezes menor que a usual, passagem diminuída, sons intestinais diminuídos, esforço ao defecar, náuseas, dor de cabeça, apetite prejudicado.

Constipação Colônica: distensão abdominal, massa palpável no abdome.

Constipação Retal: pressão retal, defecação dolorosa, massa palpável no reto.

Fezes Impactadas: coleção de fezes endurecidas no reto. Eliminação Urinária: fluxo e excreção de resíduos: urina. Incontinência Urinária: perda involuntária da urina. Incontinência por Pressão: perda involuntária de pequenas quantidades de urina, ocorrendo com o aumento da pressão abdominal, e gotejamento de urina.

Incontinência Reflexa: perda involuntária de urina, ocorrendo a intervalos de alguma forma previsíveis, quando um específico volume na bexiga é alcançado.

Incontinência de Urgência: perda involuntária de urina, ocorrendo logo após uma forte sensação de urgência para esvaziamento vesical.

Incontinência Funcional: urgência para esvaziar a bexiga ou contraí-la com força suficiente para resultar em perda de urina antes de alcançar um local apropriado de esvaziamento.

Incontinência Total: contínua e imprevisível perda de urina. Enurese: perda involuntária de urina durante a noite.

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Retenção Urinária: esvaziamento incompleto da bexiga. Tegumento: revestimento natural do corpo. Tegumento Íntegro: revestimento natural de todo o corpo está completo (sem solução de continuidade).

Pele Seca: baixa umidade, aspereza, escamação e esfoliamento da epiderme.

Membrana Mucosa Seca: baixa umidade da membrana mucosa, secura, falta de secreção.

Boca Seca: baixa umidade, secura, falta de secreção na cavidade oral.

Córnea Seca: baixa umidade, secura, falta de secreção na superfície ocular.

Vagina Seca: baixa umidade, secura, falta de secreção na vagina.

Tegumento interrompido: revestimento natural do corpo total está com uma solução de continuidade inicial, ou não íntegra.

Erupção da Pele: exantema sobre a pele e áreas da pele com mudanças de coloração e/ou protuberância.

Lesão Esbranquiçada: cobertura esbranquiçada sobre a membrana mucosa.

Fissura: rachadura epidérmica ou dérmica da pele devido à diminuição da elasticidade da pele e da capacidade para distendê-la.

Maceração: extensa abrasão epidérmica ou dérmica da pele devido à contínua presença de umidade.

Úlcera: solução de continuidade da superfície do tegumento com uma base inflamada, diminuição do suprimento sangüíneo e/ou perda de tecido.

Úlcera de Pressão: solução de continuidade da superfície do tegumento com uma base inflamada, diminuição do suprimento sangüíneo e/ou perda de tecido devido à compressão e fricção da pele entre o osso e a superfície subjacente.

Ferida: solução de continuidade da superfície do tegumento e/ou perda de tecido como um resultado de dano mecânico.

Ferida Cirúrgica: solução de continuidade da superfície do tegumento e/ou perda do tecido como um resultado de procedimento cirúrgico.

Ferida Traumática: solução de continuidade da superfície do tegumento e/ou perda do tecido como um resultado de lesão.

Restauração: recorrente diminuição da atividade corpórea. Sono: recorrente diminuição da atividade corpórea, marcada por uma postura imóvel característica e sensibilidade diminuída, mas facilmente reversível a estímulos externos.

Dificuldade para Dormir: dificuldades para iniciar a diminuição da atividade corpórea.

Sono intermitente: sono descontínuo dentro de um período de sono noturno normal esperado, freqüente despertar durante o sono.

Insônia: falta de sono. Repouso: recorrente diminuição da atividade corpórea enquanto acordado.

Fadiga: cansaço, sonolência, bocejamento freqüente, desatenção, sensação de não estar bem descansado, falta de vigor com ou sem atividade.

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Exaustão: desgaste, mudança na postura, aumento da irritabilidade, sensação de não estar bem descansado e total depleção do vigor.

Atividade Física: capacidade de movimento do corpo. Mobilidade de Partes do Corpo: capacidade de movimentos de partes do corpo.

Paresia da Boca: perda ou limitação da habilidade para mover a boca devido a lesão do mecanismo neural e muscular.

Paresia Palpebral: perda ou limitação da habilidade para mover a pálpebra devido a lesão do mecanismo neural e muscular.

Paresia da Garganta: perda ou limitação da habilidade para mover a garganta devido a lesão do mecanismo neural e muscular.

Mobilidade dos Membros Superiores: habilidade dos músculos para mover os membros superiores.

Mobilidade dos Membros Inferiores: habilidade dos músculos para mover os membros inferiores.

Mobilidade Total do Corpo: capacidade de mover o corpo inteiro.

Imobilidade Parcial: capacidade reduzida para mover partes do corpo.

Imobilidade Completa: ausência completa de capacidade para mover o corpo inteiro.

Reprodução: capacidade de um homem, de uma mulher ou de um casal de participar da produção de uma criança viva.

Fertilidade: capacidade de participar da produção de uma criança viva.

Menstruação: sangramento uterino fisiológico cíclico, ocorrendo em intervalos aproximados de quatro semanas durante o período reprodutivo da mulher.

Menarca: início da menstruação ocorrendo, aproximadamente entre a idade de 12 a 17 anos.

Menopausa: parada da menstruação ocorrendo, aproximadamente, entre a idade de 45 a 55 anos.

Amenorréia: parada da menstruação durante o períodoreprodutivo.

Função Sexual: habilidade para alcançar satisfação sexual e consumar o relacionamento sexual com um parceiro(a).

Crescimento e Desenvolvimento: evolução ou declínio dos processos corporais de manutenção da vida.

Crescimento e Desenvolvimento Fetal: evolução dos processos fetais de manutenção da vida.

Gestação: condição de ter um feto desenvolvendo-se no corpo, amenorréia, enjôos matinais, aumento das mamas, pigmentação dos mamilos, progressivo aumento do abdome, movimentos fetais e ausculta de sons cardiofetais.

Nascimento: evolução dos processos corporais perinatais de manutenção e ganho de vida.

Amadurecimento: evolução dos processos corporais da criança na manutenção da vida.

Envelhecimento: declínio dos processos corporais na manutenção da vida.

Morte: fim dos processos corporais na manutenção da vida,

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diminuição das funções corporais, sonolência. Sensações: respostas a estímulos de partes do corpo. Dor: aumento do estímulo sensorial de partes do corpo com potencial ou real dano de tecido acompanhado por subjetiva experiência de severo desconforto e sofrimento.

Dor Aguda: respostas que rapidamente alcançam o ponto crítico (autolimitado) causadas por um estímulo nocivo concorrente associado com dano de tecido e acompanhado por respostas automáticas.

Dor de Parto: contração dolorosa durante o nascimento da criança.

Dor Crônica: respostas persistentes e que alcançam o ponto crítico vagarosamente, não causadas por um estímulo nocivo concorrente associado a dano de tecido e não acompanhado por respostas automáticas.

Dor Crônica Intermitente: presença periódica de dor crônica. Dor Crônica Constante: presença duradoura de dor crônica. Sede: forte desejo de beber freqüentemente relacionado com a boca e garganta..

Fome: forte desejo por alimentos freqüentemente relacionado com a boca e estômago..

Falta de Apetite: desejo diminuído por alimentos freqüentemente relacionado com a boca e garganta.

Náusea: vaga sensação desagradável no epigástrio e no abdome.

Prurido: sensação cutânea desagradável. Rubor quente: sensação de calor relacionada com a porção superior do corpo, vasodilatação súbita.

Visão Alterada: respostas alteradas a estímulos dos órgãos visuais.

Audição Alterada: respostas alteradas a estímulos dos órgão auditivos.

Sensibilidade Tátil Alterada: respostas alteradas a estímulos dos órgãos táteis.

Paladar Alterado: respostas alteradas a estímulos dos órgãos gustativos.

Olfato Alterado: resposta alterada o estímulos dos órgãos olfativos.

Cinestesia Alterada: respostas alteradas a estímulos dos movimentos do corpo.

Consciência: responsividade da mente às impressões feitas pelos órgãos dos sentidos.

Sonolência: sonolência maligna e não natural, entorpecimento. Estupor: condição de sono profundo com respostas a estímulos dolorosos.

Coma: inconsciência profunda sem reações fisiológicas. Personalidade: disposição de uma pessoa para reter ou abandonar atitudes no decorrer do tempo (razões de segunda ordem para as ações).

Identidade Pessoal: a qualidade de ser uma pessoa individual, o estado de ser a mesma pessoa em substância, natureza e qualidade.

Distúrbio da Identidade Pessoal: inabilidade para distinguir entre o eu e o não eu.

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Imagem Corporal: a imagem mental do corpo. Distúrbio da Imagem Corporal: distúrbio na maneira com que alguém conceitualiza partes do próprio corpo ou do corpo inteiro.

Autoconceito: a imagem mental de si mesmo. Distúrbio do Autoconceito: distúrbio na maneira com que alguém vê a si mesmo ou se conceitualiza.

Auto-Estima: uma boa opinião de si mesmo. Baixa Auto-Estima Situacional: auto-avaliações negativas sobre si próprio ou sobre as próprias capacidades, inabilidade de aceitar prazer e encorajamento em certas situações.

Baixa Auto-Estima Crônica: auto-avaliações negativas persistentes sobre si próprio ou sobre as próprias capacidades.

Atitudes Psicológicas: capacidade da pessoa para reter e/ou abandonar ações (razões de primeira ordem para as ações).

Cognição: capacidade para reter e abandonar ações, levando em conta o conhecimento da pessoa.

Pensamento: formulação de imagens ou conceitos na mente de uma pessoa.

Falta de Conhecimento: falta de conteúdo específico do pensamento.

Processo de Pensamento Alterado: interrupção no pensamento.

Confusão: pensamento desordenado caracterizado por fala inarticulada, comportamento questionador, agitação, falta de senso de direção, agir às cegas, desnorteamento, desorientação.

Confusão Aguda: início abrupto de desordem do pensamento caracterizado por fala inarticulada, comportamento questionador, agitação, falta de senso de direção, agir às cegas, desnorteamento, desorientação.

Crenças Falsas: pensamento que não pode ser corrigido pela razão, por argumentos ou persuasão ou pela evidência dos sentidos da própria pessoa.

Constipação Percebida: objeto de falsa crença é a constipação. Percepção: capacidades psicológicas de sensação, isto é, registro mental consciente de um estímulo sensorial.

Alucinação: registro aparente de estímulos sensoriais (visões, sons.) que não estão realmente presentes.

Ilusão: interpretação falsa de estímulos sensoriais registrados. Negligência Unilateral: falta percebida de consciência de um lado do corpo.

Emoção: capacidade de reter e abandonar ações, levando em conta os sentimentos de consciência agradável ou dolorosa da pessoa.

Insegurança: sentimentos de incerteza, aumento de tensão e inadequação.

Nervosismo: sentimentos de super-excitamento, fragilidade, estremecimento acompanhado de tremores das mãos.

Medo: sentimentos de ameaça, perigo ou angústia com causa conhecida.

Ansiedade: sentimentos de ameaça, perigo ou angústia sem causa conhecida.

Tristeza: sentimentos de baixo espírito, melancolia e falta de energia.

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Solidão: sentimentos de tristeza, melancolia devido à falta de companhias, simpatia e amizade.

Desolação: sentimentos de estar sendo abandonado e deixado completamente só.

Depressão: sentimentos de severa tristeza, baixo humor e letargia.

Desesperança: sentimentos de limitação ou falta de possibilidades e significados na vida, sem habilidade para mobilizar energia e com pessimista visão do futuro.

Desespero: sentimentos de profunda desesperança e de ter perdido toda a esperança.

Raiva: sentimentos de animosidade, frustração e hostilidade. Pesar: sentimentos de grande tristeza devido a perda. Pesar Antecipado: sentimentos de grande tristeza antes de uma perda real.

Pesar Disfuncional: sentimentos prolongados de grande tristeza devido a perda.

Culpa: sentimentos de ter feito algo errado. Vergonha: sentimentos de perda do auto-respeito causados por comportamento errado, desonroso ou insensato.

Negação: tentativas de reduzir ansiedade através da recusa para aceitar pensamentos, sentimentos ou fatos.

Vontade: capacidade de reter e abandonar ações, levando em conta atitudes da volição.

Redução do Desejo de Viver: desejo influenciado por pensamentos de autodestruição e vontade de acabar a vida.

Decisão: capacidade de reter e abandonar ações, levando em conta o julgamento.

Conflito de Decisão: incertezas sobre escolhas, considerando julgamentos antagonistas.

Impotência: processos mentais de escolha reduzida, inabilidade para agir, percepção de que as próprias ações não irão afetar significativamente um resultado, uma percebida falta de controle de uma situação atual ou de um acontecimento imediato.

Falta de Iniciativa: reduzida habilidade para tomar decisões e agir de acordo.

Crença: capacidade de reter ou abandonar ações, levando em conta opiniões de uma pessoa.

Crença de Valor: capacidade de reter ou abandonar ações, levando em conta opiniões da pessoa sobre o que é bom ou ruim.

Crença Religiosa: capacidade de reter ou abandonar ações, levando em conta a opinião religiosa de uma pessoa.

Sofrimento Espiritual: interrupção no princípio de vida que penetra o ser inteiro da pessoa e que integra e transcende sua natureza biológica e psicossocial.

Memória: capacidades mentais pelas quais as sensações, impressões e idéias são armazenadas e recordadas.

Desorientação: distúrbio da memória na preservação de experiências sobre o tempo, lugar e dados pessoais, circunstâncias e eventos.

Ações Autodependentes: ações que dependem da própria pessoa.

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Autodesenvolvimento: o que é necessário a fim de mover-se em direção à qualidade de vida.

Ação de Busca da Saúde: busca de caminhos para alterar hábitos pessoais de saúde e/ou o meio ambiente, a fim de mover-se em direção a uma ótima qualidade de vida relacionada com a saúde e bem-estar do indivíduo.

Autocuidado: processos comportamentais do que é preciso para manter-se a si mesmo.

Atividade da Vida Diária: ação necessária para manter-se a si mesmo, desempenhada durante um dia normal.

Autocuidado: Mover-se: ação básica efetiva de mover-se a si mesmo.

Autocuidado: Sentar-se: mudança de todo o corpo para uma posição ereta.

Autocuidado: Transferir-se: mudança do corpo todo entre o leito e a cadeira.

Autocuidado: Virar-se: mudança do corpo todo de um lado para outro.

Autocuidado: Alimentar-se: ação básica efetiva de nutrir a si mesmo.

Autocuidado: Higiene: ação básica efetiva de limpar a si mesmo.

Autocuidado: Banhar-se: ação básica efetiva de aplicar água no próprio corpo.

Autocuidado: Arrumar-se: ação básica efetiva de arrumar a si mesmo.

Autocuidado: Vestir-se: ação básica efetiva de colocar e/ou tirar roupas.

Autocuidado: Toalete: ação básica efetiva de desempenhar atividades de toalete, fazer higiene íntima apropriada e descartar as excretas.

Atividade Instrumental da Vida Diária: ações complexas para manter a si mesmo, desempenhadas durante um dia normal: compras, lavanderia, manuseio de dinheiro, preparo de refeições, manutenção da casa, emprego.

Atividade de Lazer: ação complexa de estimulação oriunda de, ou interesse ou engajamento nas atividades de recreação oulazer.

Atividade de Cuidado da Saúde: ação de identificar, conduzir e buscar ajuda para manter a saúde.

Regime Terapêutico Prescrito: ação de manutenção da saúde, requerendo o uso ou aplicação de, por exemplo, medicamentos prescritos pelo médico.

Não aderência: ação de não seguir recomendações terapêuticas.

Precauções de Segurança: ação de evitar fatores de risco. Auto-Ajustamento: ação de alterar a si mesmo, a fim de atender as demandas e os papéis da vida.

Desgaste do Cuidador: capacidade diminuída de solução de problemas de uma pessoa, em respostas às demandas de provimento de cuidado para outra.

Ajustamento à saúde: ação de modificação do estilo de vida de maneira consistente com mudança no estado de saúde.

Negação de Problemas de Saúde: tentativa de negar o

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conhecimento ou significado de um evento para reduzir ansiedade/medo em detrimento da saúde. Autodestruição: ação que é nociva para a vida do indivíduo. Violência autodirecionada: ação intencional que é fisicamente nociva ao indivíduo.

Destruição da Saúde: ação que é nociva à saúde do indivíduo. Abuso de Substância: ação de uso impróprio de substâncias que são nocivas à saúde do indivíduo e causam dependência.

Fumo: uso regular e excessivo de tabaco. Abuso de Álcool: uso regular e excessivo de álcool. Abuso de Droga: uso regular e excessivo de drogas para efeito não terapêutico.

Ação Interdependente: ação que depende da própria pessoa e de outros.

Ação Comunicativa: ação de transmissão de mensagens entre indivíduos usando ação verbal ou não verbal, conversação face a face ou ação de comunicação remota.

Desempenho de Papel: tarefas e deveres empreendidos em relação a um quadro de expectativas envolvendo outras pessoas.

Desempenho Alterado de Papel: interrupção da maneira usual de uma pessoa realizar as expectativas e o desempenho de tarefas e deveres em empreendimentos que envolvem outras pessoas.

Ação Sexual: ação que expressa desejos, valores, atitudes e atividades sexuais.

Planejamento Familiar: ação relacionada com gestação, prevenção, melhoria da fertilidade, controle do número e do espaçamento de crianças em uma família.

Promiscuidade: engajamento em intercurso sexual indiscriminadamente ou com muitos parceiros(as).

Interação Social: participação em trocas sociais. Apoio Social: ação percebida por um receptor como promotora de seu bem-estar.

Rede Social: promoção do estabelecimento e manutenção da rede social.

Agressão Social: ação violenta, agressiva, nociva, ilegal, ou culturalmente direcionada a outrem.

Abuso Infantil: ação violenta, agressiva, ilegal, ou culturalmente proibida direcionada à criança.

Abuso Conjugal: ação violenta, agressiva, ilegal, ou culturalmente proibida direcionada a(o) esposa(o).

Mutilação Genital Feminina: ação violenta direcionada à criança do sexo feminino ou mulher, pela excisão de partes ou de toda genitália externa, justificada por hábitos culturais.

Interação Social Limitada: participação insuficiente, em qualidade e quantidade, nas trocas sociais.

Isolamento Social: solidão experimentada por um indivíduo e percebida como imposta por outros, e como um estado negativo ou ameaçador.

Família: condições interpessoais ou relacionais ou influências sob as quais a família vive ou se desenvolve.

Capacidade de Cuidar: capacidade de prover cuidado e sustento aos membros da família.

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Paternidade/Maternidade: ações dos que têm a responsabilidade paterna/materna de criar um ambiente promotor de crescimento e desenvolvimento ótimo de uma criança.

Vínculo: ações de ligação entre uma criança e seus pais, especialmente a mãe, formando laços afetivos que posteriormente vão influenciar no desenvolvimento fisiológico e psicológico da criança.

Paternidade/Maternidade Alterada: distúrbio e ausência de processos comportamentais que criem um ambiente promotor de crescimento e desenvolvimento ótimo de uma criança, falta de vínculo.

Relacionamento Familiar: padrões de relacionamento dentro da família.

Distúrbio no Relacionamento Familiar: relação inadequada e inapropriada dos membros da família entre si.

Conflito de Papel dos Pais: experiência de confusão e conflito de papel como pais em resposta a crises.

Economia: dinheiro de salário, de investimentos, dividendos ou de outras fontes, disponível para o cotidiano e para despesas com cuidado de saúde.

Condições Econômicas: condições relativas à produção, distribuição e consumo de riqueza.

Pobreza: riqueza ou posses materiais insuficientes para atender as necessidades básicas.

Cultura: idéias, costumes, artes, habilidades e ações de pessoas ou grupos, que são transferidas, comunicadas ou passadas ao longo de sucessivas gerações.

Etnia: discriminação de pessoas baseadas na raça, nacionalidade ou cultura.

Sexismo: discriminação, especialmente contra mulheres, baseada no sexo.

Alto Índice de Mortalidade Infantil: alta proporção de morte de crianças, isto é, morte de crianças abaixo de um ano de idade, registrada em um determinado ano, comparada com o número total de nascidos vivos no mesmo ano, usualmente expressa por mil, como um índice.

Alto Índice de Mortalidade Neonatal Precoce: alta proporção de mortes neonatais precoces, isto é, crianças nascidas vivas que morrem nas primeiras 168 horas de vida em um determinado ano, comparada com o número total de nascidos vivos no mesmo ano, usualmente expressa por mil, como um índice.

Alto Índice de Mortalidade Perinatal: proporção de mortes perinatais, isto é, morte de fetos tardios ou de neonatos, pesando acima de 1000gr no nascimento, em um determinado ano, comparada com o número total de nascidos vivos no mesmo ano, usualmente expressa por mil, como um índice.

Alto Índice de Mortalidade Materna: alta proporção de mortes maternas, isto é, morte de mulheres grávidas antes, durante ou depois do parto, registrada em um determinado ano e comparada com o número total de mulheres grávidas registrado no mesmo ano, usualmente expressa por mil, como um índice.

Ar: substâncias gasosas invisíveis que circundam a terra, uma

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mistura principalmente de oxigênio e nitrogênio necessária para a sobrevivência dos indivíduos. Poluição do Ar: situações em que a atmosfera ambiental externa contém materiais em concentrações que são nocivas aos indivíduos.

Água: líquido transparente, sem cor, sem odor e sem gosto, composto por oxigênio e hidrogênio, encontrado nos mares, lagos, rios e sob o solo, necessário para a sobrevivência dos indivíduos.

Poluição da Água: situação na qual a água contém materiais em concentrações que são nocivas aos indivíduos.

Microorganismo: organismos microscópicos, alguns dos quais são nocivos aos indivíduos.

Parasita: organismos vivendo dentro ou sobre outros, beneficiando-se de outros; alguns dos quais são nocivos aos indivíduos.

Moradia: estrutura para servir de habitação. Moradia Inadequada: o que não satisfaz os padrões de salubridade aceitos para habitação.

II - Registre a presença e a denominação de outras situações de enfermagem, que você utiliza na sua prática,

com os seus respectivos sinais e sintomas (características específicas), além dos fenômenos apresentados na

CIPE – Versão Alfa.

Outros fenômenos de enfermagem não constantes na CIPE e utilizados na sua prática de enfermagem:

Sinais e sintomas (características específicas) identificados no paciente quando ele apresenta este fenômeno:

III - Outros dados Complete este questionário, dando seu consentimento por escrito para participar deste estudo: Nome ou Iniciais: ________________________________________________ Data: __________________ Assinatura ou Rubrica ____________________________________________________________________ 1. Sexo: Masculino Feminino 2. Idade: 20 a 30 31 a 40 41 a 50 Mais de 51 3. Qual é o seu mais elevado nível de educação em enfermagem: Graduado Especialista Mestre Doutor Outros (por favor especificar) ___________ 4. Quantos anos você tem de experiência como enfermeira? 1 a 5 6 a 10 11 a 15 16 a 20 21 a 25 Mais de 26 5.Qual é sua especialidade na área de enfermagem?_____________________________________________

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6.Qual é sua posição atual na enfermagem? (Selecione somente UMA alternativa). Enfermeira assistencial Enfermeira chefe Supervisora de enfermagem Administradora dos serviços de enfermagem Chefe da educação continuada Docente de enfermagem Outros (especificar) ____________________________________________________________________________ Opcional: Se desejar receber os resultados desta pesquisa complete seu endereço: Rua:________________________________________________________________N.º________________ Bairro __________________________ Cidade: _______________________Estado: __________________ CEP:____________ Fone: ______________ Fax: _______________ E-mail: ________________________

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19

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Page 250: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

20

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Page 251: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

20

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Page 252: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

20

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Page 253: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

20

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Page 254: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

20

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Page 255: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

20

7

Page 256: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

20

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Page 257: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

20

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12

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25

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2 48

,1%

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gua

8 2,

1%

15

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2%

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%

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%

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ição

da

água

16

4,

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10,8

%

41

10,8

%

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%

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%

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%

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%

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sita

17

4,5%

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%

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%

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10

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%

214

56,6

%

Page 258: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

21

0M

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7 44

,2%

Page 259: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

21

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NE

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3

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2

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das

via

s aér

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3

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peza

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das

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ão

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%

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3

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2

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2

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%

2

Page 260: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

21

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1%

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3

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3

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3

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3

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3

Page 261: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

21

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2

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3

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a 11

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51

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%

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83,6

%

3

Page 262: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

21

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3

Page 263: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

21

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,9%

23

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3

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scim

ento

e d

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3

Cre

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ento

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3

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13

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%

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%

3

Page 264: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

21

6

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men

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3

Page 265: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

21

7

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2

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Page 266: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

21

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Page 267: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

21

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Page 268: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

22

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Page 269: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

22

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22

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%

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%

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ção

inte

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ende

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2

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nho

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2

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,8%

2

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2

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2

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1

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o so

cial

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16

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,2%

2

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cial

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,0%

17

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6 36

,0%

2

Page 271: EQUIVALÊNCIA SEMÂNTICA E ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO NA PRÁTICA DOS FENÔMENOS DE ENFERMAGEM DA CIPE – VERSÃO ALFA

22

3

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3

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2

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%

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3

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3

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%

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3 A

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3

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%

3 A

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3

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3

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3

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3

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%

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,8%

3

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