Era Outra Vez...

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Como complemento à apresentação teatral, o projeto oferece um livro com histórias da literatura infantil com ilustrações para colorir.

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Projeto Era Outra Vez:

Teatro e Literatura Infantil – um alento ao hábito de ler

Projeto aprovado pela Lei Rouanet - PRONAC 122408

Realizado em mar/ago 2013

Obras originais de:

Cereja, a Noiva Rã – Hans Christian Andersen

O Rei Barba Horrenda – Irmãos Grimm

A Roupa Nova do Imperador – Hans Christian Andersen

Adaptação: Marina Medeiros Branco

Ilustrações: Felipe Rostodella

Patrocínio: Realização:

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Projeto Era Outra Vez:

Teatro e Literatura Infantil – um alento ao hábito de ler

Projeto aprovado pela Lei Rouanet - PRONAC 122408

Realizado em mar/ago 2013

Obras originais de:

Cereja, a Noiva Rã – Hans Christian Andersen

O Rei Barba Horrenda – Irmãos Grimm

A Roupa Nova do Imperador – Hans Christian Andersen

Adaptação: Marina Medeiros Branco

Ilustrações: Felipe Rostodella

Patrocínio: Realização:

Page 4: Era Outra Vez...

Apresentação:

Esse livro é parte do projeto cultural “Era Outra Vez...”. Com o apoio do Ministério da Cultura, o patrocínio da empresa de alimentos Panco e com realização da produtora Educom.Arte – Projetos em Educação, Comunicação e Cultura. Composto também por uma peça teatral, o projeto visa incentivar o desenvolvimento de hábitos de leitura na infância através da ludicidade. Idealizado com o objetivo de acompanhar as ações de incentivo à leitura já existente nas escolas, aborda o tema a partir de clássicos literários que fazem parte do imaginário coletivo, repletos de elementos culturais enriquecedores à formação humana. Para compor o livro foram especialmente escolhidos, adapta-dos e ilustrados três contos menos conhecidos de grandes autores das histórias clássicas infantis.

São eles:Cereja, A Noiva RãRei Barba HorrendaA Roupa Nova do Imperador

Mais informações sobre o projeto em:

www.projetoeraoutravez.com.br

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Apresentação:

Esse livro é parte do projeto cultural “Era Outra Vez...”. Com o apoio do Ministério da Cultura, o patrocínio da empresa de alimentos Panco e com realização da produtora Educom.Arte – Projetos em Educação, Comunicação e Cultura. Composto também por uma peça teatral, o projeto visa incentivar o desenvolvimento de hábitos de leitura na infância através da ludicidade. Idealizado com o objetivo de acompanhar as ações de incentivo à leitura já existente nas escolas, aborda o tema a partir de clássicos literários que fazem parte do imaginário coletivo, repletos de elementos culturais enriquecedores à formação humana. Para compor o livro foram especialmente escolhidos, adapta-dos e ilustrados três contos menos conhecidos de grandes autores das histórias clássicas infantis.

São eles:Cereja, A Noiva RãRei Barba HorrendaA Roupa Nova do Imperador

Mais informações sobre o projeto em:

www.projetoeraoutravez.com.br

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Cereja,a Noiva Rã

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Cereja,a Noiva Rã

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Os príncipes em suas andanças, passaram em frente a casa de Cereja e se encantaram com a beleza da jovem. Começaram uma disputa para decidir quem pediria a mão de Cereja em casamen-to. Incomodada com o tumulto que os príncipes faziam por causa de Cereja, a vizinha, dona do pomar de cerejeiras, desejou que a bela jovem se transformasse numa rã horrenda. Vendo a jovem transformada, os príncipes desistiram da batalha e voltaram para casa.

Era uma vez um rei que tinha três filhos.Um certo dia, pensando em escolher seu sucesso, o rei mandou seus filhos conhecerem o mundo para aprender com as diferentes culturas como governar com sabedoria. Perto daquele reino vivia uma jovem chamada Cereja e sua mãe. Cereja, era chamada assim porque gostava muito dessa fruta e, como não tinha pomar, nem dinheiro para comprar os frutos, sempre colhia cerejas escondido em um pomar vizinho.

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Os príncipes em suas andanças, passaram em frente a casa de Cereja e se encantaram com a beleza da jovem. Começaram uma disputa para decidir quem pediria a mão de Cereja em casamen-to. Incomodada com o tumulto que os príncipes faziam por causa de Cereja, a vizinha, dona do pomar de cerejeiras, desejou que a bela jovem se transformasse numa rã horrenda. Vendo a jovem transformada, os príncipes desistiram da batalha e voltaram para casa.

Era uma vez um rei que tinha três filhos.Um certo dia, pensando em escolher seu sucesso, o rei mandou seus filhos conhecerem o mundo para aprender com as diferentes culturas como governar com sabedoria. Perto daquele reino vivia uma jovem chamada Cereja e sua mãe. Cereja, era chamada assim porque gostava muito dessa fruta e, como não tinha pomar, nem dinheiro para comprar os frutos, sempre colhia cerejas escondido em um pomar vizinho.

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Depois de caminhar durante horas, o príncipe mais novo sentou para descansar na beira de um riacho onde uma rãzinha se refrescava. Desanimado e sem esperanças, começou a lamentar da sua má sorte. A rã então perguntou o que havia acontecido. Escutando a história do príncipe, disse que poderia ajuda-lo, mas o príncipe desanimado não acreditou no que ela falava. Então, a rã mergulhou fundo no riacho e voltou segurando um pedaço de pano . O príncipe não acreditou que aquele pedaço de pano poderia ajuda-lo, mas colocou-o no bolso e partiu.

O rei se sentindo velho e doente, decidiu que o filho que cum-prisse melhor os três desafios por ele passados seria o novo rei. E assim passou a primeira tarefa: “Encontrar cem varas de um tecido tão fino que possa passar por dentro de um anel de ouro”. Os filhos partiram pelas estradas a procura do tecido. Os dois mais velhos acompanhados por carruagens e soldados seguiram pelo caminho mais fácil. O mais novo, sozinho, partiu pelo caminho mais difícil.

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Depois de caminhar durante horas, o príncipe mais novo sentou para descansar na beira de um riacho onde uma rãzinha se refrescava. Desanimado e sem esperanças, começou a lamentar da sua má sorte. A rã então perguntou o que havia acontecido. Escutando a história do príncipe, disse que poderia ajuda-lo, mas o príncipe desanimado não acreditou no que ela falava. Então, a rã mergulhou fundo no riacho e voltou segurando um pedaço de pano . O príncipe não acreditou que aquele pedaço de pano poderia ajuda-lo, mas colocou-o no bolso e partiu.

O rei se sentindo velho e doente, decidiu que o filho que cum-prisse melhor os três desafios por ele passados seria o novo rei. E assim passou a primeira tarefa: “Encontrar cem varas de um tecido tão fino que possa passar por dentro de um anel de ouro”. Os filhos partiram pelas estradas a procura do tecido. Os dois mais velhos acompanhados por carruagens e soldados seguiram pelo caminho mais fácil. O mais novo, sozinho, partiu pelo caminho mais difícil.

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Os filhos então partiram. Os mais velhos acompanhados por mais carruagens e soldados partiram pelo caminho mais fácil; o mais novo foi sozinho pelo caminho mais difícil. Chegando as margens do riacho o príncipe mais novo sen-tou para descansar, e lá encontrou a rãzinha que o havia ajudado. Contou a ela sua história. A rã, então, mergulhou e voltou trazendo uma avelã, dizendo para que o príncipe a quebrasse com cuidado quando chegasse a hora. O príncipe não acreditou que aque-la avelã pudesse ajuda-lo, mas a colocou no bolso e partiu.

De volta ao castelo, os três irmãos se reuniram para mostrar ao rei os tecidos que traziam. Os irmãos mais velhos apresentaram muitos tecidos, cada um mais bonito e valioso, porém nenhum deles cumpria a exigência feita pelo rei. O irmão mais novo, então, tirou do bolso o pedacinho de linho que havia se transformado num belo e macio tecido jamais visto. O rei, surpreendido, passou o pedaço de tecido por dentro de seu anel de ouro e parabenizou o filho mais novo pelo feito.Sendo assim, passou o segundo desafio aos filhos: “Tragam-me um cãozinho tão pequeno que caiba na casca de uma noz”.

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Os filhos então partiram. Os mais velhos acompanhados por mais carruagens e soldados partiram pelo caminho mais fácil; o mais novo foi sozinho pelo caminho mais difícil. Chegando as margens do riacho o príncipe mais novo sen-tou para descansar, e lá encontrou a rãzinha que o havia ajudado. Contou a ela sua história. A rã, então, mergulhou e voltou trazendo uma avelã, dizendo para que o príncipe a quebrasse com cuidado quando chegasse a hora. O príncipe não acreditou que aque-la avelã pudesse ajuda-lo, mas a colocou no bolso e partiu.

De volta ao castelo, os três irmãos se reuniram para mostrar ao rei os tecidos que traziam. Os irmãos mais velhos apresentaram muitos tecidos, cada um mais bonito e valioso, porém nenhum deles cumpria a exigência feita pelo rei. O irmão mais novo, então, tirou do bolso o pedacinho de linho que havia se transformado num belo e macio tecido jamais visto. O rei, surpreendido, passou o pedaço de tecido por dentro de seu anel de ouro e parabenizou o filho mais novo pelo feito.Sendo assim, passou o segundo desafio aos filhos: “Tragam-me um cãozinho tão pequeno que caiba na casca de uma noz”.

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Os irmãos então partiram da mesma forma como haviam feito das outras vezes. O irmão mais novo chegando ao riacho, logo procurou a sua amiga rã, mas desconfiou que ela pudesse o ajudar nessa última tare-fa. Sua surpresa foi quando ela disse para que seguisse seu caminho de volta, pois a mais bela dama o acompanharia. Ao longo do caminho notou que estava sendo estranhamente seguido, mas continuou seu caminho. Chegando ao castelo viu o salão cheio de belas moças trazidas de todo o reino por seus irmãos, mas confiou no que lhe disse a rã.

Chegando ao castelo viu que seus irmãos traziam cachorros de todos os tamanhos, cores e raças e os apresentavam para o rei. Porém, por menores que fossem nenhum deles cabia em uma casca de noz. O irmão mais novo, na sua vez, pediu para seu pai quebrar com cuidado a casca da avelã que trazia em seu bolso. A grande surpresa foi quando de dentro da avelã saiu um pequeno e gracioso cãozinho latindo. O rei surpreendido parabenizou seu filho e logo revelou a to-dos o terceiro desafio: “Quem trouxer até o castelo a mais bela dama receberá a coroa de rei”.

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Os irmãos então partiram da mesma forma como haviam feito das outras vezes. O irmão mais novo chegando ao riacho, logo procurou a sua amiga rã, mas desconfiou que ela pudesse o ajudar nessa última tare-fa. Sua surpresa foi quando ela disse para que seguisse seu caminho de volta, pois a mais bela dama o acompanharia. Ao longo do caminho notou que estava sendo estranhamente seguido, mas continuou seu caminho. Chegando ao castelo viu o salão cheio de belas moças trazidas de todo o reino por seus irmãos, mas confiou no que lhe disse a rã.

Chegando ao castelo viu que seus irmãos traziam cachorros de todos os tamanhos, cores e raças e os apresentavam para o rei. Porém, por menores que fossem nenhum deles cabia em uma casca de noz. O irmão mais novo, na sua vez, pediu para seu pai quebrar com cuidado a casca da avelã que trazia em seu bolso. A grande surpresa foi quando de dentro da avelã saiu um pequeno e gracioso cãozinho latindo. O rei surpreendido parabenizou seu filho e logo revelou a to-dos o terceiro desafio: “Quem trouxer até o castelo a mais bela dama receberá a coroa de rei”.

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De repente, surge em frente ao castelo uma linda jovem. O príncipe mais novo logo reconhece que era Cereja, por quem seu coração ainda palpitava. Corre até ela e ao lhe segurar a mão sente sua pele fria, reconhecendo que a bela jovem é também sua amiga rã, a apresenta para o rei como a mais bela jovem. O rei e toda a corte concede à Cereja a coroa de mais bela. O príncipe recebe a coroa de rei e finalmente se casa com Cere-ja. E os dois viveram uma vida longa e feliz.

Rei Barba Horrenda

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De repente, surge em frente ao castelo uma linda jovem. O príncipe mais novo logo reconhece que era Cereja, por quem seu coração ainda palpitava. Corre até ela e ao lhe segurar a mão sente sua pele fria, reconhecendo que a bela jovem é também sua amiga rã, a apresenta para o rei como a mais bela jovem. O rei e toda a corte concede à Cereja a coroa de mais bela. O príncipe recebe a coroa de rei e finalmente se casa com Cere-ja. E os dois viveram uma vida longa e feliz.

Rei Barba Horrenda

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Page 18: Era Outra Vez...

Era uma vez um poderoso rei que tinha uma única filha. O rei queria muito casar sua bela filha, mas nenhum pretendente agradava a princesa que era muito arrogante. Um dia o rei fez uma grande festa e convidou todos os reis, príncipes e duques da região para que sua filha pudesse escolher com quem se casaria. Porém, a princesa observando todos os pretendentes convidados começou a zombar de cada um deles, fazendo de cada caraterística uma piada. Zombou especialmente de um bondoso rei: - Olhe só a barba desse homem! Parece um esfregão velho e sujo! Seu nome deveria ser Barba Horrenda!

O rei ficou muito envergonhado com o comportamento da fi-lha e decretou que ela se casaria com o primeiro homem que batesse a sua porta. Depois de alguns dias, apareceu no palácio um pobre músico, e o rei cumpriu sua palavra, oferecendo a mão da princesa em casa-mento. Mesmo com o choro e as súplicas da princesa, o casamento foi realizado.

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Era uma vez um poderoso rei que tinha uma única filha. O rei queria muito casar sua bela filha, mas nenhum pretendente agradava a princesa que era muito arrogante. Um dia o rei fez uma grande festa e convidou todos os reis, príncipes e duques da região para que sua filha pudesse escolher com quem se casaria. Porém, a princesa observando todos os pretendentes convidados começou a zombar de cada um deles, fazendo de cada caraterística uma piada. Zombou especialmente de um bondoso rei: - Olhe só a barba desse homem! Parece um esfregão velho e sujo! Seu nome deveria ser Barba Horrenda!

O rei ficou muito envergonhado com o comportamento da fi-lha e decretou que ela se casaria com o primeiro homem que batesse a sua porta. Depois de alguns dias, apareceu no palácio um pobre músico, e o rei cumpriu sua palavra, oferecendo a mão da princesa em casa-mento. Mesmo com o choro e as súplicas da princesa, o casamento foi realizado.

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Depois da festa o rei disse a sua filha que ela deveria se prepa-rar, pois deveria de agora em diante acompanhar seu marido. Ao longo do caminho a princesa inconformada chorava e res-mungava. Por onde quer que passasse perguntava ao músico a quem pertencia tal lugar, e a resposta era sempre a mesma: “Esse lugar per-tence ao Rei Barba Horrenda”. E assim, a princesa a cada passo se arrependia mais de não ter se casado com o bondoso rei barbudo. Finalmente chegaram a um casebre e a princesa logo percebeu que não teria empregados.

Na manhã seguinte o músico acordou a princesa bem cedo para que ela limpasse toda a casa. Disse a ela que precisavam de di-nheiro para sobreviver e, por isso, deveriam trabalhar. O músico trouxe ramos de salgueiro para a princesa tecer ces-tos, mas isso deixou as mãos da princesa doloridas. Trouxe então, fios para a princesa fiar, mas os fios cortaram os dedos da princesa.Por fim, decidiu que traria pratos de louça para a princesa vender no mercado. Mesmo envergonhada, a princesa seguiu as ordens de seu marido e montou uma barraca no canto do mercado para vender as peças.

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Depois da festa o rei disse a sua filha que ela deveria se prepa-rar, pois deveria de agora em diante acompanhar seu marido. Ao longo do caminho a princesa inconformada chorava e res-mungava. Por onde quer que passasse perguntava ao músico a quem pertencia tal lugar, e a resposta era sempre a mesma: “Esse lugar per-tence ao Rei Barba Horrenda”. E assim, a princesa a cada passo se arrependia mais de não ter se casado com o bondoso rei barbudo. Finalmente chegaram a um casebre e a princesa logo percebeu que não teria empregados.

Na manhã seguinte o músico acordou a princesa bem cedo para que ela limpasse toda a casa. Disse a ela que precisavam de di-nheiro para sobreviver e, por isso, deveriam trabalhar. O músico trouxe ramos de salgueiro para a princesa tecer ces-tos, mas isso deixou as mãos da princesa doloridas. Trouxe então, fios para a princesa fiar, mas os fios cortaram os dedos da princesa.Por fim, decidiu que traria pratos de louça para a princesa vender no mercado. Mesmo envergonhada, a princesa seguiu as ordens de seu marido e montou uma barraca no canto do mercado para vender as peças.

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A barraca de louças da princesa ia muito bem. Mas, numa ma-nhã, um dos soldados do rei, que passava pelo mercado, perdeu o controle de seu cavalo e esbarrando na barraca montada pela prince-sa quebrou todas as peças de louça expostas para serem vendidas. A princesa desconsolada com o estrago foi chorando contar ao marido o que havia acontecido. E o músico tratou de arrumar um novo emprego para a princesa. A partir de agora ela seria a auxiliar da cozinheira no castelo do rei Barba Horrenda.

A princesa passou longos dias trabalhando na cozinha do cas-telo, até que um dia todos preparavam uma grande festa para o casa-mento do rei. Aarrependida por tê-lo tratado tão mal quando ainda vivia com seu pai, a princesa foi espiar onde estava o rei, pois pretendia pedir desculpas por suas ações. Quando estava saindo encontrou o rei Barba Horrenda vestido em belas roupas. Pensou que seria um bom momento para se descul-par, mas no mesmo momento o rei a convidou para dançar no baile.

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A barraca de louças da princesa ia muito bem. Mas, numa ma-nhã, um dos soldados do rei, que passava pelo mercado, perdeu o controle de seu cavalo e esbarrando na barraca montada pela prince-sa quebrou todas as peças de louça expostas para serem vendidas. A princesa desconsolada com o estrago foi chorando contar ao marido o que havia acontecido. E o músico tratou de arrumar um novo emprego para a princesa. A partir de agora ela seria a auxiliar da cozinheira no castelo do rei Barba Horrenda.

A princesa passou longos dias trabalhando na cozinha do cas-telo, até que um dia todos preparavam uma grande festa para o casa-mento do rei. Aarrependida por tê-lo tratado tão mal quando ainda vivia com seu pai, a princesa foi espiar onde estava o rei, pois pretendia pedir desculpas por suas ações. Quando estava saindo encontrou o rei Barba Horrenda vestido em belas roupas. Pensou que seria um bom momento para se descul-par, mas no mesmo momento o rei a convidou para dançar no baile.

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Durante a dança a princesa reconheceu que o Rei Barba Hor-renda era também o seu marido músico, que vivia com ela no casebre. Ao perceber o susto que a princesa levara ao ter lhe reconheci-do, o Rei contou-lhe que havia feito tudo isso porque a amava e queria ensinar a princesa que nada lhe valia toda arrogância. Feito isso, toda a corte se reuniu em felicidade para festejar o verdadeiro casamento da princesa com o Rei Barba Horrenda.

A Roupa Nova do Imperador

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Durante a dança a princesa reconheceu que o Rei Barba Hor-renda era também o seu marido músico, que vivia com ela no casebre. Ao perceber o susto que a princesa levara ao ter lhe reconheci-do, o Rei contou-lhe que havia feito tudo isso porque a amava e queria ensinar a princesa que nada lhe valia toda arrogância. Feito isso, toda a corte se reuniu em felicidade para festejar o verdadeiro casamento da princesa com o Rei Barba Horrenda.

A Roupa Nova do Imperador

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Era uma vez um imperador muito vaidoso. Ele gostava tanto de roupas novas e bonitas que gastava todo o seu tempo e dinheiro vestindo-se. Certo dia apareceu na cidade dois forasteiros que se apresenta-ram ao povo como excelentes tecelões. Em pouco tempo haviam es-palhado por todos os cantos da cidade notícias sobre as propriedades mágicas do tecido com que trabalhavam, até que a notícia chegou aos ouvidos do Imperador, que sem demora chamou-os até seu castelo para conhecer o famoso tecido.

Chegando ao castelo os tecelões trataram de apresentar o teci-do. Grande foi a surpresa do Imperador quando os tecelões abriram a caixa onde guardavam o tecido. “Não há nada!” – pensou. Segundo os malandros tecelões o tecido era mágico e, mesmo quando transformado em peças de roupa, continuava invisível aos olhos daqueles que não desempenhassem bem suas tarefas ou que fossem pouco inteligentes. Disfarçando sua surpresa o Imperador encomendou aos tece-lões o mais belo traje que pudessem fazer.

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Era uma vez um imperador muito vaidoso. Ele gostava tanto de roupas novas e bonitas que gastava todo o seu tempo e dinheiro vestindo-se. Certo dia apareceu na cidade dois forasteiros que se apresenta-ram ao povo como excelentes tecelões. Em pouco tempo haviam es-palhado por todos os cantos da cidade notícias sobre as propriedades mágicas do tecido com que trabalhavam, até que a notícia chegou aos ouvidos do Imperador, que sem demora chamou-os até seu castelo para conhecer o famoso tecido.

Chegando ao castelo os tecelões trataram de apresentar o teci-do. Grande foi a surpresa do Imperador quando os tecelões abriram a caixa onde guardavam o tecido. “Não há nada!” – pensou. Segundo os malandros tecelões o tecido era mágico e, mesmo quando transformado em peças de roupa, continuava invisível aos olhos daqueles que não desempenhassem bem suas tarefas ou que fossem pouco inteligentes. Disfarçando sua surpresa o Imperador encomendou aos tece-lões o mais belo traje que pudessem fazer.

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Sendo assim, os dois homens passaram dias fingindo trabalhar no traje especial do Imperador. Tiravam medidas, mexiam com tesou-ras e agulhas, mas todos que se aproximavam da sala de trabalho dos falsos tecelões nada viam, porém, nada perguntavam. Alguns homens que passavam por lá , por medo de serem julgados incompe-tentes ou pouco inteligente, até elogiavam o belo trabalho de costura dos malandros. Ao fim de algum tempo, o Imperador já estava curioso para ver como estava sua nova veste e enviou o seu mais honesto ministro para conferir a obra.

Chegando à tecelagem onde trabalhavam os malandros o mi-nistro levou um grande susto. Por mais que abrisse seus olhos, não conseguia ver coisa alguma da tão esperada roupa. Pensou “Será que sou um estúpido?”. Mas guardou o pensamento para si, pois não gostaria de assumir ao Imperador sua incompetência. Levou ao Imperador as melhores notícias possíveis. Disse a que roupa estava magnífica e que ainda não havia visto nada tão belo.

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Sendo assim, os dois homens passaram dias fingindo trabalhar no traje especial do Imperador. Tiravam medidas, mexiam com tesou-ras e agulhas, mas todos que se aproximavam da sala de trabalho dos falsos tecelões nada viam, porém, nada perguntavam. Alguns homens que passavam por lá , por medo de serem julgados incompe-tentes ou pouco inteligente, até elogiavam o belo trabalho de costura dos malandros. Ao fim de algum tempo, o Imperador já estava curioso para ver como estava sua nova veste e enviou o seu mais honesto ministro para conferir a obra.

Chegando à tecelagem onde trabalhavam os malandros o mi-nistro levou um grande susto. Por mais que abrisse seus olhos, não conseguia ver coisa alguma da tão esperada roupa. Pensou “Será que sou um estúpido?”. Mas guardou o pensamento para si, pois não gostaria de assumir ao Imperador sua incompetência. Levou ao Imperador as melhores notícias possíveis. Disse a que roupa estava magnífica e que ainda não havia visto nada tão belo.

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Mais tarde, o imperador mandou outra honesta funcionária para ver o andamento do trabalho e saber quando sua encomenda es-taria pronta. E grande foi também a sua surpresa quando olhou para os teares e nada viu. Pensou “Será que não sou competente o bastante para exercer minha função?”. Mas não dividiu esse pensamento com ninguém, pois não gostaria que desconfiassem de sua inteligência. E não parava de chegar ao Imperador boas notícias sobre a qualidade de sua roupa nova. Todos na cidade elogiavam suas cores, a maciez do tecido e a beleza do corte. Foi quando o próprio Imperador decidiu ver com seus próprios olhos a vestimenta em produção.

No dia seguinte, o Imperador e alguns servidores cuidadosa-mente escolhidos foram visitar os tecelões que estavam trabalhando a todo vapor. Chegando à sala todos cuidaram de exclamar suas opiniões so-bre a obra. “Que tecido esplêndido!” — exclamou o velho ministro. “ Veja o padrão, majestade! Observe as cores!” — disse o outro servi-dor. O Imperador pensou: “Mas que terrível! Não vejo nada! Serei euincompetente e estúpido?”. Mas guardou esse pensamento para si e tratou de elogiar também.

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Mais tarde, o imperador mandou outra honesta funcionária para ver o andamento do trabalho e saber quando sua encomenda es-taria pronta. E grande foi também a sua surpresa quando olhou para os teares e nada viu. Pensou “Será que não sou competente o bastante para exercer minha função?”. Mas não dividiu esse pensamento com ninguém, pois não gostaria que desconfiassem de sua inteligência. E não parava de chegar ao Imperador boas notícias sobre a qualidade de sua roupa nova. Todos na cidade elogiavam suas cores, a maciez do tecido e a beleza do corte. Foi quando o próprio Imperador decidiu ver com seus próprios olhos a vestimenta em produção.

No dia seguinte, o Imperador e alguns servidores cuidadosa-mente escolhidos foram visitar os tecelões que estavam trabalhando a todo vapor. Chegando à sala todos cuidaram de exclamar suas opiniões so-bre a obra. “Que tecido esplêndido!” — exclamou o velho ministro. “ Veja o padrão, majestade! Observe as cores!” — disse o outro servi-dor. O Imperador pensou: “Mas que terrível! Não vejo nada! Serei euincompetente e estúpido?”. Mas guardou esse pensamento para si e tratou de elogiar também.

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Page 32: Era Outra Vez...

Durante vários dias o assunto de toda a cidade foi a nova roupa do Imperador. E depois de dias e noites fingindo trabalhar em seus teares, os impostores anunciaram: “A roupa está pronta!” Então, cuidadosamente, o Imperador vestiu suas belas roupas imaginarias e preparou-se para o desfile. E partiram todos para o grande cortejo, fingindo ver as vestes.

As ruas estavam repletas de pessoas curiosas para ver a grande obra de arte que o Imperador vestia. E a cada passo que dava escutava um elogio para sua nova roupa. “Como é maravilhosa!”. “Que elegân-cia!”. “Que magnífico está o Imperador!” Quando, de repente, escuta-se claramente a voz de uma criança espantada: - O Imperador está nu!

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Durante vários dias o assunto de toda a cidade foi a nova roupa do Imperador. E depois de dias e noites fingindo trabalhar em seus teares, os impostores anunciaram: “A roupa está pronta!” Então, cuidadosamente, o Imperador vestiu suas belas roupas imaginarias e preparou-se para o desfile. E partiram todos para o grande cortejo, fingindo ver as vestes.

As ruas estavam repletas de pessoas curiosas para ver a grande obra de arte que o Imperador vestia. E a cada passo que dava escutava um elogio para sua nova roupa. “Como é maravilhosa!”. “Que elegân-cia!”. “Que magnífico está o Imperador!” Quando, de repente, escuta-se claramente a voz de uma criança espantada: - O Imperador está nu!

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E o murmúrio se espalha por toda a cidade. Todos repetiam as palavras do menino, até mesmo o Imperador acreditou que eles de-veriam ter razão, mas pensou “Não posso parar agora, senão estrago o cortejo”. O Imperador, então, continuou andando com se nada tivesse acontecido.

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E o murmúrio se espalha por toda a cidade. Todos repetiam as palavras do menino, até mesmo o Imperador acreditou que eles de-veriam ter razão, mas pensou “Não posso parar agora, senão estrago o cortejo”. O Imperador, então, continuou andando com se nada tivesse acontecido.

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Patrocínio: Realização:

Cereja, a Noiva Rã (Hans Christian Andersen)

Essa é a história de Cereja, uma bela jovem que é enfeitiçada e transformada numa pequena rã. Após três grandes desafios cumpridos, Cereja mostra a um

jovem príncipe o poder da confiança.

Rei Barba Horrenda (Irmãos Grimm)

Num reino havia uma princesa difícil de ser agradada e que gostava de zombar das pessoas. Despedindo-se do conforto de seu castelo, passa a viver uma nova

vida, e surpreende-se com a beleza que existe na simplicidade do amor.

A Roupa Nova do Imperador (Hans Christian Andersen)

O maior desejo do Imperador era estar sempre bem vestido. Certo dia, dois malandros alfaiates lhe apresentam um tecido revolucionário. Apenas a honestidade poderá revelar a verdade sobre a nova roupa do Imperador.