Ergonomia carga cognitiva: modelo SRK de Rasmussen · 2014-09-04 · Ergonomia – carga cognitiva:...

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Ergonomia carga cognitiva: modelo SRK de Rasmussen Arilson da Silva Martins¹ [email protected] Dayana Priscila Maia Meja² Pós-graduação em Ergonomia: Saúde, Segurança e Otimização de Processo Faculdades Ávila Resumo Esse artigo apresenta a utilização do modelo SRK de Rasmussen como uma ferramenta para quantificação da carga cognitiva em uma análise ergonômica do trabalho AET. Sendo que o modelo de Rasmussen foi adaptado para ser utilizado em qualquer tarefa, sendo ela simples ou complexa. A princípio a metodologia deste trabalho apresenta e possibilita o entendimento da aplicação do modelo SRK de Rasmussen para levantamento da carga cognitiva sendo está utilizada para: 1) Levantar as cargas cognitivas das tarefas sendo sua principal finalidade contribuir com outras ferramentas para a boa identificação dos riscos ergonômicos cognitivos na atividade; 2) Auxiliar na elaboração de propostas eficazes quanto aos riscos levantados na Analise Ergonômica do Trabalho - AET; e 3) Contribuir com a melhoria da qualidade dos postos de trabalho e da qualidade nas atividades executadas pelos colaboradores. O modelo SRK de Rasmussen muito contribui na identificação das cargas cognitivas das atividades em que fora aplicado, auxiliando para a formatação dos programas de treinamento, e com a utilização destas informações pode definir os treinamentos que melhor atenderiam a demanda de trabalho e tornaria a exposição cognitiva mais confortável para os colaboradores. Palavras-chave: Ergonomia; Cognitivo; Rasmussen. 1 INTRODUÇÃO O termo carga cognitiva é usado para definir as tarefas tais como o controle de processo, o diagnóstico médico, a elaboração de projetos, a gestão e o planejamento da produção, a programação de computadores. Todas as tarefas citada tem algumas características em comum, tanto ao nível cognitivo quanto ao nível dos ambientes de trabalho nos quais e para os quais elas foram desenvolvidas. Para a ergonomia cognitiva, essas tarefas solicitam diferentes tipos de soluções para os seus problemas tais como: a tomada de decisões, o planejamento; o desenvolvimento das atividades, a antecipação, a monitoração e a elaboração de cálculos mentais. No que tange os sistemas nos quais, e para os quais essas tarefas são desempenhadas, elas tem as seguintes características: - elas são constituídas de muitos componentes e fatores que se relacionam entre e si, que interagem e que mudam de valor a cada momento; - podem ocorrer eventos em momentos indeterminados e a natureza do problema a ser resolvido pode mudar. _____________________________ ¹ Pós-graduando em Ergonomia: Saúde, Segurança e Otimização de Processo Faculdades Ávila. ² Orientador: Fisioterapeuta Especialista em Metodologia de Ensino Superior e Mestranda em Bioética e Direito em Saúde. 1

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Ergonomia – carga cognitiva: modelo SRK de Rasmussen

Arilson da Silva Martins¹

[email protected]

Dayana Priscila Maia Meja²

Pós-graduação em Ergonomia: Saúde, Segurança e Otimização de Processo – Faculdades Ávila

Resumo

Esse artigo apresenta a utilização do modelo SRK de Rasmussen como uma ferramenta para

quantificação da carga cognitiva em uma análise ergonômica do trabalho – AET. Sendo que

o modelo de Rasmussen foi adaptado para ser utilizado em qualquer tarefa, sendo ela simples

ou complexa. A princípio a metodologia deste trabalho apresenta e possibilita o

entendimento da aplicação do modelo SRK de Rasmussen para levantamento da carga

cognitiva sendo está utilizada para: 1) Levantar as cargas cognitivas das tarefas sendo sua

principal finalidade contribuir com outras ferramentas para a boa identificação dos riscos

ergonômicos cognitivos na atividade; 2) Auxiliar na elaboração de propostas eficazes quanto

aos riscos levantados na Analise Ergonômica do Trabalho - AET; e 3) Contribuir com a

melhoria da qualidade dos postos de trabalho e da qualidade nas atividades executadas pelos

colaboradores. O modelo SRK de Rasmussen muito contribui na identificação das cargas

cognitivas das atividades em que fora aplicado, auxiliando para a formatação dos programas

de treinamento, e com a utilização destas informações pode definir os treinamentos que

melhor atenderiam a demanda de trabalho e tornaria a exposição cognitiva mais confortável

para os colaboradores.

Palavras-chave: Ergonomia; Cognitivo; Rasmussen.

1 INTRODUÇÃO

O termo carga cognitiva é usado para definir as tarefas tais como o controle de processo, o

diagnóstico médico, a elaboração de projetos, a gestão e o planejamento da produção, a

programação de computadores. Todas as tarefas citada tem algumas características em

comum, tanto ao nível cognitivo quanto ao nível dos ambientes de trabalho nos quais e para

os quais elas foram desenvolvidas.

Para a ergonomia cognitiva, essas tarefas solicitam diferentes tipos de soluções para os seus

problemas tais como: a tomada de decisões, o planejamento; o desenvolvimento das

atividades, a antecipação, a monitoração e a elaboração de cálculos mentais.

No que tange os sistemas nos quais, e para os quais essas tarefas são desempenhadas, elas tem

as seguintes características:

- elas são constituídas de muitos componentes e fatores que se relacionam entre e si, que

interagem e que mudam de valor a cada momento;

- podem ocorrer eventos em momentos indeterminados e a natureza do problema a ser

resolvido pode mudar.

_____________________________ ¹ Pós-graduando em Ergonomia: Saúde, Segurança e Otimização de Processo – Faculdades Ávila.

² Orientador: Fisioterapeuta Especialista em Metodologia de Ensino Superior e Mestranda em Bioética e Direito

em Saúde.

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- Há incerteza quanto ao momento em que um ou mais eventos podem ocorrer, e quanto à

gravidade das mudanças que eles podem trazer ao sistema de trabalho;

- Existem múltiplos objetivos quantitativos e qualitativos a serem alcançados, freqüentemente

conflitantes, entre os quais não há uma hierarquia pré determinada;

- As tarefas podem impor severas restrições de tempo aos colaboradores, podem ocorrer erros

humanos com graves conseqüências, e elas podem ser arriscadas.

Podemos ressaltar que a dificuldade das tarefas com cargas cognitivas são devidas tanto à

complexidade do processo necessário à execução das tarefas quanto à complexidade do

ambiente dentro do qual e para o qual elas são executadas.

2 ERGONOMIA COGNITIVA

A ergonomia cognitiva trata o ajuste entre as habilidades e as limitações humanas englobando

todas as relações mentais existentes na execução e para a execução de uma tarefa sendo esta

tarefa simples ou complexa.

Segundo Cañas & Waerns (2001) a ergonomia cognitiva visa analisar os processos cognitivos

implicados na interação: a memória (operativa e longo prazo), os processos de tomada de

decisão, a atenção (carga mental e consciência), enfim as estruturas e os processos para

perceber, armazenar e recuperar informações.

Segundo Abrahão; Sznelwar; Silvino; Sarmet; Pinho (2009), a ergonomia cognitiva refere-se

aos processos, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora, e seus efeitos nas

interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema.

Os temas mais relevantes referem-se ao estudo da carga mental de trabalho, tomada de

decisão, desempenho especializado, interação homem-computador, confiabilidade humana,

estresse profissional e a formação quando relacionados a projetos envolvendo seres humanos

e sistemas.

A ergonomia cognitiva dentro do seu campo de atuação tem como objetivo identificar a

consistência da qualificação requerida para que dado colaborador possa ocupar sua posição de

trabalho, sendo sua falta total ou parcial identificada numa análise ergonômica, pois a mesma

poderá acarretar sobrecargas, distúrbios no trabalhão e a geração de acidentes.

Em função da carga cognitiva a aprendizagem ocorre através de um processo no qual as

novas informações recebidas são relacionadas com informações já existentes na mente do

colaborador e só depois disso são gravadas na memória. Assim, o que for gravado na memória

será muito influenciado por aquilo que já existe na memória.

Segundo Corrêa (2003) a carga cognitiva refere-se as cargas advindas das exigências

cognitivas das tarefas. O uso da memória, as decisões, os raciocínios, as regras relacionadas à

tarefa.

Segundo Nunes & Giraffa (2003), o processo cognitivo humano refere-se ao estudo do

processamento humano de informações, sendo o estudo de como os seres humanos percebem,

processam, codificam, estocam, recuperam e utilizam as informações.

Os aspectos cognitivos podem contribuir para a associação dos riscos ergonômicos através

das subcargas cognitivas (monotonia) e das sobrecargas cognitivas (carga mental).

Segundo Grandjean (1998), entendemos monotonia como uma reação do organismo a uma

situação pobre em estímulos ou em condições com pequenas variações dos estímulos. Os mais

importantes sintomas da monotonia são os sinais de fadiga, sonolência, falta de disposição e

uma diminuição da atenção.

Segundo Iida (2011), Monotonia é uma reação do organismo a um ambiente uniforme, pobre

em estímulos ou com pouca variação de excitações. Tem-se que atividades prolongadas e

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repetitivas de pouca ou com pouca dificuldade tendem a aumentar a monotonia no

colaborador. A monotonia pode ser agravada por:

a) Curta duração do ciclo de trabalho;

b) Período curto de aprendizagem;

c) Restrição dos movimentos corporais;

d) Locais mal iluminados, muito quentes e ruidosos;

e) Locais com isolamento social.

Nas subcargas cognitivas a tarefa tem pouca ou nenhuma necessidade de conhecimentos

recicláveis ou de tomada de decisão, embora algumas delas exijam conhecimento, mais por

ser cíclica e repetitiva, acaba por levar a automação.

A sobrecarga cognitiva ocorre sempre que há excesso de informação, condicionando assim

uma atividade significativa quanto à carga cognitiva, a grande dificuldade da ergonomia tem

sido identificar, quantificar e qualificar a sobrecarga cognitiva. A carga cognitiva também

pode ser aumentada dentro de uma atividade devido a seguintes situações:

a) Exigência de Tempo;

b) Situações de conflito;

c) Uso de códigos múltiplos.

Segundo Falzon (2009), o conceito de carga mental foi construído originalmente para tarefas

nas quais os esforços eram essencialmente de natureza física, sendo que as transformações do

trabalho e o interesse da ergonomia por novas situações, em particular a supervisão de

processo, levaram a ampliar a noção de carga mental.

Segundo Falzon (2009), a International Ergonomics Association (IEA) conceituou ergonomia

como a adaptação do trabalho ao homem ou, mais precisamente, como a aplicação de

conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários para conceber ferramentas,

máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e

eficácia.

A figura 1 abaixo demonstra as interações entre a atividade física, a cognição e a descrição da

tarefa real que deverão ser consideradas para análise de carga cognitiva em uma atividade.

DT prescrito

Operador

Características

genéticas

humanas

(físicas,

psicológicas,

sociológicas)

C

O

M

P

E

T

Ê

N

C

I

A

Atividades

Fisicas

+

Cognitivas

Metas / sub-metas

critérios p/ bom

resultado

Sistema

tecnológico

Posto de

trabalho

Sistema

empresarial e

organizacional

Ambiente físico

Co-operadoresPoliticas sócio-

econômicas

Sistema

de

Trabalho

DT interpretado

DT real

Ambiente do

sistema de

trabalho

Demanda

Restrições

Condições

Resposta

Produtos

Demanda

Restrições

Suportes

Respostas

Ações

Resultados

do trabalho

Fonte: Zamberlan (2001)

Figura 1- Modelo Ergonômico Genérico

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Com o aumento da tecnologia e da informatização, houve o crescimento da importância da

ergonomia cognitiva, onde o principal aspecto tratado é a relação entre a cognição e a tarefa.

Considerando a carga cognitiva necessária para o desenvolvimento das atividades pode-se

considerar que as atividades que são automatizadas possuem uma carga cognitiva menor do

que aquelas para resolução de problemas, sendo que para um determinado posto de trabalho

esta vertente seja confirmada pela utilização do modelo Rasmussen para carga cognitiva, e

que com o auxílio de uma arquitetura cognitiva seja mais facilmente levantado as

necessidades de treinamento/qualificação para o desenvolvimento da tarefa junto aos

colaboradores.

Segundo Corrêa (2002), arquitetura cognitiva é a descrição dos diferentes elementos que

constituem o sistema cognitivo e suas relações.

Abaixo na figura 2 é apresentada a arquitetura Cognitiva segundo Richard e suas associações

a carga cognitiva.

Situação

Representação

Conhecimento Raciocínio

CARGA COGNITIVA

- +

Raciocínio

Automatizado

Resoluções de

Problemas

Raciocínio Não

Automatizado

Ação

Fonte: Corrrêa (2003)

Figura 2 – Arquitetura Cognitiva de Richard Relacionada a Carga Cognitiva

Na analise ergonômica a utilização da arquitetura cognitiva de Richard auxilia para melhor

compreensão da utilização do modelo Rasmussen adaptado como ferramenta para

levantamento de carga cognitiva das atividades de trabalho. Dentro da ergonomia o

levantamento da carga cognitiva da atividade deve ser para que possamos estabelecer uma

ação preventiva, considerando uma possível falha humana em função dos seguintes fatores:

falta de informação, falta de capacitação, falta de condições ergonômicas adequadas ou até

mesmo para evitar deslizes na operação.

Segundo Couto (1996), a falha humana é algo complexo, multideterminado, que não pode ser

reduzido a um simples modelo, porém é um fator complicador é que muitas vezes tem sua

origem em mais de um fator, sendo a origem unicausal excessão.

Na figura 3 é apresentado o hexágono das causas da falha humana baseado em Trevor Kletz.

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FALTA DE

INFORMAÇÃO

FALTA DE

CAPACIDADE

MOTIVAÇÃO

INCORRETA

FALTA DE

APTIDÃO

FÍSICA OU

MENTAL

CONDIÇÕES

ERGONÔMICAS

INADEQUADAS

DESLIZES

Fonte: Couto (1996)

Figura 3 – Hexágono das causas da falha humana baseado em Trevor Kletz

Segundo Couto (1996) é necessário se ter algum conhecimento sobre as seis facetas do

hexágono das causas da falha humana, pois é importante para o reconhecimento das suas

características e se torna necessário este conhecimento dos seus conceitos em virtude de

ampliar a visão integrada da ergonomia de cognição para auxiliar na melhor avaliação do

ambiente de trabalho no que tange o levantamento da cognição. Abaixo segue os conceitos

sobre as seis facetas do hexágono com seus respectivos exemplos:

a) Deslize ou slip ou escorregão é o termo reservado para o tipo de falha humana em que o

operador tem a informação necessária, tem capacidade para execução da tarefa, não passa por

nenhuma situação especial de pressão e mesmo assim erra, geralmente existem algumas

situações propicias para que essa forma de falha humana aconteça. São exemplos importantes

de deslize: acionamento errado de válvulas e botões de comando; abrir duas válvulas que

nunca poderiam ser abertas simultaneamente; acionar uma tecla ou botão errado porque existe

um outro semelhante; falha na detecção de algum processo; erros em cálculos que são feitos

de forma automática, erros na codificação alfa-numérica, etc.

b) Condições ergonômicas inadequadas são situações em que o individuo erra porque o

arranjo das estruturas com as quais o mesmo interage induz ao erro. São exemplos de

condições ergonômicas inadequadas: instrumento de leitura inadequado para aquela situação;

instrumentos de controle difícil de ser operado com precisão; posição ruim do corpo;

impróprio para a realização de determinadas tarefas; monotonia; avaliação errada de

dimensões; etc.

c) Falta ou perda da aptidão física ou mental significa a falta da aptidão que se caracteriza por

um termo amplo, podendo a mesma ser temporária ou permanente. O conceito da falta de

aptidão é de difícil identificação para o colaborador que realiza a Análise Ergonômica do

Trabalho – AET. São exemplo de situações que podem conceituar a falta ou perda de aptidão:

carga excessiva de trabalho; pressão de tempo; excesso de fatores de incerteza; individuo

franzino colocado para desenvolver trabalho pesado; etc.

d) Falta de capacidade é o erro decorrente de uma pessoa não ter o preparo básico de

capacitação (qualificação profissional) para a realização daquela atividade. São exemplos de

fatores onde é comum o erro por falta de capacidade: em sistemas complexos; proveniente de

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treinamento incompleto; não revisão periódica de treinamentos importantes; sistema de

trabalho estimulando o trabalhador polivalente; etc.

e) Falta ou insuficiência de informação se caracteriza pelo fato de que o executante que

cometeu o erro não sabia de uma informação que alguém, naquele instante, sabia. Exemplo de

erro ocasionado por falta de informação: linguagem diferente do corpo diretivo e dos

trabalhadores; pessoas em férias ou ausentes do trabalho; avaliação errada de informações

confusas; outras formas de falhas de comunicação verbal; etc.

f) Motivação incorreta trata-se daquela situação em que o trabalhador tem qualificação

profissional, detém a informação necessária, não esta vivendo nenhuma situação especial de

tensão, e mesmo assim faz a tarefa de forma errada. Exemplos de erros por motivação

incorreta: sabotagem; valores diferentes; espaço pessoal diante de regras muito rígidas;

trabalhadores muito experientes; indução a ação errada por motivos superiores; orientações

conflitantes; etc.

3 MODELO SRK RASMUSSEN

A necessidade de ferramentas e modelos cognitivos para se tentar descrever a carga cognitivo

realizado nas atividades, levou o modelo cognitivo de Rasmussen a ser utilizado neste

trabalho como ferramenta para análise cognitiva, sendo este modelo o que melhor articula os

componentes cognitivos para uma análise cognitiva ótima. Seu modelo descreve

qualitativamente diferentes modos do processamento de informação da pessoa em situação

real de trabalho.

Segundo Falzon (2009), o modelo desenvolvido por Rasmussen para considerar competências

cognitivas através do modelo SRK (Skill-Rule-Knowledge/Habilidades-Regras-

Conhecimento), foi completado e enriquecido com o objetivo de tratar a dinâmica dos

processos de controle das tarefas.

O modelo Rasmussen para análise de carga cognitiva no trabalho apresenta as seguintes

vantagens:

a) Continuidade: o modelo apresenta uma continuidade cognitiva em relação aos modelos

anteriores utilizados em psicologia do trabalho;

b) Clareza: o modelo apresentada uma clareza graças a um formalismo simples e conceitos

claramente definidos;

c) Operacionalidade: o modelo é suficientemente flexível para considerar uma grande

diversidade de situações de trabalho;

d) Formalização: o modelo apresenta uma formalização das diferentes fases no tratamento das

situações de trabalho;

e) Associação: o modelo associa, a um comportamento uma categorização das informações.

O Modelo de Rasmussen identificam três tipos de comportamentos do colaborador no

trabalho conforme descrito abaixo:

a) Comportamentos baseados em habilidades (Skills): essencialmente sensório-motores, que

são acionados automaticamente por situações rotineiras e se desenvolvem segundo um

modelo interno não consciente e adquirido previamente. As habilidades são pouco sensíveis

às condicionantes do meio ambiente e permitem reações rápidas, podendo se desenrolar

paralelamente com outras atividades. Podem, certamente, originar uma ação que seja resposta

inadequada ao estado do sistema.

b) Comportamentos baseados em regras (Rules): que são seqüência de ações controladas por

regras interiorizadas por aprendizagem. Essas regras apresenta um certo grau de variabilidade.

Os comportamentos baseados em regras são seqüências de ações controladas por normas

memorizadas por meio da aprendizagem. Contrariamente às anteriores, estes comportamentos

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supõem uma execução e, uma coordenação das mesmas, pois correspondem a situações

familiares, mas que tem um certo grau de variabilidade.

c) Comportamentos baseados em conhecimento (Knowledge): que aparecem nas novas

situações, para as quais não existem regras pré-construídas. Os comportamentos baseados em

conhecimentos aparecem em situações novas para as quais não existem regras pré-

construídas. Esses tipos de comportamentos correspondem ao percurso do conjunto de etapas

descritas pelo esquema de Rasmussen. Elas estão mais ligadas aos esquemas do sujeito do que

à própria tarefa. Uma mesma tarefa pode ser familiar para um sujeito experiente e totalmente

nova para um aprendiz.

Outra característica do modelo de Rasmussen é que ele associa, a cada um dos

comportamentos, um significado particular quanto as informações tratadas:

a) As habilidades (destreza) são ativadas por “sinais”;

b) As regras são ativadas por “signos”;

c) Os conhecimentos são ativados por “símbolos”.

Conforme o modelo Rasmussen para análise da carga cognitiva a abordagem funcional fica

categorizada tendo os sinais utilizados em vista a função que exercem na atividade de

trabalho:

a) Os Sinais: habilidades;

b) Os Signos: regras;

c) Os Símbolos: conhecimentos

Dentro do estudo apresentado do uso do modelo Rasmussen como ferramenta para definir as

necessidades cognitivas de treinamento dos colaboradores de uma empresa, é importante e

necessário o entendimento aplicativo entre os tipos de comportamento, as informações

tratadas e inter-ralação entre estas duas funções exercidas na atividade de trabalho. A seguir é

exemplificado através da aplicação prática da tabelo 1do modelo Rasmussen adapto para

carga cognitiva:

a) Na tarefa a ação de prender o recipiente no freio da esteira transportadora (descrição da

tarefa real 1), temos o exemplo de comportamento baseada na “habilidade”, em função da

atividade ser basicamente pobre quanto a necessidade de tomada de decisão, sendo que o

principal fator para a sua realização é a destreza para acionar o freio no tempo correto para

prender o recipiente. Quando tratamos o comportamento baseado em habilidade o principal

ponto a ser verificado é que a habilidade somente será alcançada no decorrer do tempo

quando o colaborador tiver praticado e exercido a atividade, sendo necessário que o mesmo

seja treinado para entender o que deverá fazer dentro da sua atividade. A necessidade de

prender o recipiente através do acionamento do freio será a característica do “sinal” para a

realização da tarefa;

b) Na tarefa quando houver pouco ou muito gás no recipiente (descrição da tarefa real 3 e 4),

há a necessidade de uma tomada de decisão condicionada a quantidade de gás no recipiente o

que caracteriza o exemplo de comportamento baseada na “regra”, esta tomada de decisão

poderá ser facilmente resolvido através da elaboração de um procedimento operacional

definindo a tomada de decisão, onde o colaborador deverá ser treinado e o procedimento

disponibilizado para consulta no local de trabalho. O fato de no recipiente haver pouco ou

muito gás será o “reconhecimento” para que haja “associação do estado/tarefa” do que será

realizado, ou seja, se houver pouco gás o colaborador retira o plug fusível e se houver muito

gás o colaborador encaminha o recipiente para a decantação.

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c) Dentro do exemplo da aplicação do modelo Rasmussen para carga cognitiva (tabela 1) não

há exemplo de comportamento baseado em “conhecimentos”, mais para que seja melhor

entendimento será exemplificado com a atividade do operador de trafego aéreo, onde existem

diversas variáveis atuado na execução de sua atividade, e que em algum momento para que

uma decisão seja tomada corretamente será necessário os conhecimentos adquiridos ao longo

do tempo, não sendo possível que este conhecimento seja descrito em procedimento

operacional. A “identificação” do comportamento baseado em “conhecimento” pode ser

exemplificada por dois aviões voando na mesma rota mesmo após terem sido informados suas

rotas de vôo diferentes, sendo que a escolha da ação a ser tomada para evitar o acidente

reconhecido como a “decisão da tarefa” necessita dos conhecimentos adquiridos ao longo do

tempo pelo operador para que seja bem definida.

A figura 2 abaixo descreve o esquema do modelo SRK Rasmussen, apresentando os

comportamentos baseados em habilidade, regras e conhecimento e sua interação com suas

respectivas informações tratadas: Sinais, signos e símbolos.

IdentificaçãoDecisão da

tarefaPlanejamento

Reconheciment

o

Associação

Estado/tarefa

Estoque de

regras para

tarefa

Formação

Padrões sensórios

motores

automatizados

Sinais

S

i

g

n

o

s

S

i

m

b

o

l

o

s

Objetivos

Sinais AçõesEntrada sensorial

Comportamento baseado em

conhecimentos

Comportamento baseado em

Regras

Comportamento baseado em

habilidade

Fonte: Lima (2003)

Figura 4 – Modelo SRK Rasmussen

4 APLICAÇÃO DO MODELO SRK RASMUSSEN PARA CARGA COGNITIVA

(ADAPTADO)

A adaptação do modelo Rasmussen para carga cognitiva reflete a necessidade de se buscar a

resolver o problema da quantificação da carga cognitiva, bem como a qualificação dos

treinamentos que deverão ser atribuídos aos colaboradores em determinada atividade, o que

levou a adaptar o modelo em uma ferramenta de modo a torná-la mais eficiente quando

aplicada. O conceito aqui aplicado sugere a utilização de uma ferramenta (modelo

Rasmussen) para análise da carga cognitiva de uma determinada tarefa.

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A análise da atividade para carga cognitiva com a utilização do modelo Rasmussen (adaptado)

compreende os seguintes estágios:

a) Observação sistemática e registro das operações observáveis, em relação aos componentes

envolvidos na descrição real da tarefa.

b) Observar nas atividades a operação de maquinas/equipamentos, utilização de ferramentas

manuais, utilização de equipamentos de proteção individual – EPI, inspeções realizadas no

produto/processo, processos que exigem decisões, etc.

c) Inferência da descrição real da tarefa e da exigência cognitiva do processo.

d) Formulação de estratégias cognitivas por meio da interpretação da descrição real da tarefa,

referenciando às demandas quanto ao comportamento baseado na habilidade, comportamento

baseado na regra e o comportamento baseado em conhecimento conforme o modelo

Rasmussen (adaptado) para carga cognitiva.

A descrição real da tarefa executada pelo colaborador e de suma importância para um bom

levantamento da carga cognitiva através do modelo adaptado de Rasmussen, sendo que muita

das vezes se deixa de contemplar no levantamento quando considerada a descrição prescrita

alguma ação que possa necessitar de um treinamento especifico ou qualificação adequada.

Quando observado no processo produtivo a ergonomia tem como um de seus suportes a

diferença entre trabalho prescrito (teórico, formal) e o trabalho real (efetivo, em situação)

como dimensões centrais para se compreender os disfuncionamentos que se manifestam nas

organizações.

Conforme Leplat (1990), a distinção de descrição da tarefa prescrita e o a descrição da tarefa

real ocorre da seguinte forma, no primeiro caso a descrição da tarefa prescrita é concebido

pelo projetista e determinado pela organização. No segundo caso na descrição da tarefa real é

considerado o trabalho que o operador desenvolve na execução da sua atividade. Essas

diferenças podem ser devidas tanto à operação da tarefa em si mesmo (por exemplo,

mudanças impostas pelo avanço da tecnologia) quanto pelo esforço dos operadores para

adaptar a tarefa às demandas ou as suas características pessoais.

Segundo Ferreira e Freire (2001), na ergonomia a noção de trabalho prescrito tem sua origem

na administração cientifica, onde dentro do contexto se procura estabelecer a maneira como o

trabalho deve ser executado, o tempo previsto para as operações, os modos operatórios, etc.

Quanto que o trabalho real na Ergonomia é formado em termos da atividade dos operadores e

ocupa um lugar hierárquico central no estudo do trabalho, onde sintetiza e integra os

diferentes fatores que estruturam o processo de trabalho e que muita das vezes não é

observada no trabalho prescrito.

Na ergonomia é na situação real de trabalho que a atividade da total visibilidade aos

determinantes que condicionam a sua interação com o meio ambiente de trabalho.

A Tabela 1 abaixo representa a planilha utilizada para levantamento das informações e

aplicação do modelo SRK de Rasmussen na identificação dos processos onde existem cargas

cognitivas. A planilha apresenta as seguintes informações:

a) Cabeçalho: São informações quanto a identificação da empresa, o setor o qual foi aplicado

o método, o posto de trabalho para identificar a atividade, o elaborador responsável pela

avaliação e data de sua realização;

b) Descrição da tarefa real: É a descrição real detalhada da tarefa executada pelo colaborador

de forma que sejam levantadas as exigências cognitivas. Quando na realização do

levantamento identificar por ordem crescente os itens descritos;

c) Exigência cognitiva: É Definido conforme a descrição da tarefa se a exigência cognitiva é

baseada em habilidade, regras e conhecimento.

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d) Indicar nos respectivos comportamentos baseado na habilidade, regras ou conhecimento a

definição da correspondente tarefa de forma que na formação, reconhecimento e identificação

seja proposta a ação que exigira o referido treinamento/qualificação.

EXIGÊNCIA COGNITIVA

Habilidade

Habilidade

Regras/Habilidade

Regras

Habilidade

Habilidade

Regras/Habilidade

Regras/Habilidade

Habilidade

ENTRADA SENSORIAL SINAIS AÇÕES

??????????????? ??????????????? ???????????????

Comportamento baseado na

HabilidadeFormação

1) Utilização do freio

2) Utilização da agulha

3)Utilização de parafusadeira

Pneumática Portátil

5)Utilização de parafusadeira

Hidraúlica

6) Utilização do freio

7) Utilização de chave

8) Manuseio de recipientes

9) Transporte de baldes

Comportamento baseado na

RegrasReconhecimento

Associação

Estado/TarefaEstoque de Regras para Tarefa

3) Pouco gás no recipiente Retirar plug fusível Procedimento de operacional

4) Muito gás no recipiente Encaminhar para decantação Procedimento de operacional

7) Válvula baixa Facilitar a retirada da válvula Procedimento de operacional

8) Falta de recipiente na esteira Alimentar esteira com recipinetes Procedimento de operacional

Comportamento baseado

em ConhecimentosIdentificação Decisão da tarefa Planejamento

- - - -

???????????????

Objetivo

DATA:

18/08/2011

Empresa: Sociedade Fogás Ltda

Arilson S. Martins

MODELO RASMUSSEN (ADAPTADO) - CARGA COGNITIVA

a) Comportamento Baseado em Habilidade = a atividade é realizada sem consciência, atenção ou controle.

b) Comportamento Baseado em Regras = tomadas de decisão por um raciocínio procedimental para resolução de problemas.

Performance de Cognição

Setor: Requalificação Posto: Retirada de componentes roscados (válvula)

Elaborador: Arilson S. Martins Data: 18/08/2011

DESCRIÇÃO DA TAREFA REAL

1) Prende o recipiente no freio da esteira transportadora.

2) Com a utilização de uma agulha verifica se há gás no recipiente.

4) Se houver muito gás separa o recipiente para encaminhar a decantação.

5) Retira o componente roscado (válvula) com a utilização da desparafusadeira hidraulica.

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Padrões Sensoriais Motores Automatizados

3) Se houver pouco gás retira o plug fusível com a parafusadeira pnumática portátil

8) Na falta de recipiente realiza manuseio de área demarcada para alimentar a esteira transportadora.

7) Utiliza uma chave para afrouxar a válvula baixa quando ocorrer para facilitar sua retirada.

9) Transporta baldes com as válvulas retiradas para a sala de recuperação de válvulas.

6) Libera o recipiente do freio da esteira transportadora

a) Sinais = A Informação sensorial variavel , quando percebidos os sinais emitimos o comportamento baseado em habilidades.

b) Signos = A informação é utilizada para ativar ou modificar predeterminadas ações e manipulações, e referem-se a percepção e regras para

c) Simbolos = A informação é usada para gerar novas regras ou predizer a resposta do ambiente a distúrbios inéditos.

<=============================SINAIS=============================>

Treinamento prático no local de trabalho

Treinamento prático no local de trabalho

Treinamento prático no local de trabalho

Treinamento prático no local de trabalho

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Treinamento prático no local de trabalho

Treinamento prático no local de trabalho

Fonte: Dissertação de Mestradao, LIMA, Sergio Luis dos Santos (2003)

Treinamento prático no local de trabalho

Percepção da Informação

ELABORADO POR:

c) Comportamento Baseado em Conhecimento = a performance se desenvolve através do raciocínio que a pessoa utiliza para desenvolver

competências.

Tabela 1 – Método Rasmussen (adaptado) para carga cognitiva

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Após o levantamento das necessidades de treinamento na atividade executada, estas

necessidades deverão ser importadas para o plano de ação da Análise Ergonômica do

Trabalho – AET, sendo que este plano de ação deverá constar o nome do responsável pela

implementação da ação, o prazo estabelecido e o status em que se encontra o desenvolvimento

da ação.

Segundo Iida (2011), a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) visa aplicar os conhecimentos

da ergonomia para analisar, diagnosticar e corrigir uma situação real de trabalho. Ela foi

desenvolvida por pesquisadores franceses e se constitui em um exemplo de ergonomia de

correção. O método AET desdobra-se em cinco etapas: análise da demanda, análise da tarefa,

análise da atividade, diagnóstico; e recomendações. As três primeiras constituem a fase de

análise e permitem realizar o diagnóstico para formular as recomendações ergonômicas.

5 CONCLUSÃO

O trabalho apresentado utilizou o Modelo de Rasmussen como ferramenta para auxiliar na

elaboração de uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET) com o objetivo de facilitar o

levantamento da carga cognitiva no ambiente de trabalho, sendo está ferramenta voltada para

contribuir na definição dos treinamentos ao qual os colaboradores de determinada atividade

devam ser treinados, também lembrando que em outras literaturas já existem citações do uso

do Modelo de Rasmussen aplicadas em ergonomia. O modelo de Rasmussen adaptado para

identificação da carga cognitiva na elaboração da Análise Ergonômica do Trabalho – AET

apresentou grande simplicidade quanto a sua aplicação, facilidade na interpretação das

informações compiladas e auxiliou na elaboração de ações voltadas para o

treinamento/qualificação dos colaboradores na execução da sua tarefa. Com a implantação das

ações propostas na AET certamente será observado junto aos postos de trabalho uma presente

melhora no rendimento da produtividade, aumento na qualidade do serviço/produto

produzido, maior satisfação do colaborador na ambiente de trabalho e redução dos acidentes

ocasionados em função da carga cognitiva. Desta forma o modelo de Rasmussen adaptado foi

de grande valor como ferramenta para a elaboração da Análise Ergonômica do Trabalho –

AET e para o levantamento da carga cognitiva da tarefa.

6 REFERÊNCIAS

ABRAHÃO, Júlia. SNERLWAR, Laerte. SILVINO, Alexandre. SARMET, Maurício.

PINHO, Diana. Introdução a Ergonomia da Prática à Teoria. 1º Ed. Editora Edgard

Blucher Ltda. São Paulo, 2009.

CAÑAS, J.J. & WAERS, Y. Ergonomia Cognitiva – Aspectos Psicológicos de la

Interacción de las Personas con la Tecnologia de la Información. Ed. Medica

Panamericana, 2001.

CORRÊA, Fábio de Paula. Dissertação: Carga Mental e Ergonomia. Universidade Federal

de Santa Catarina. Florianópolis, 2003.

COUTO, Hudson de Araujo. Ergonomia aplicada ao trabalho – manual Técnico da

Maquina Humana – Volume II. Ergo Editora Ltda. Belo Horizonte, 1996.

FALZON, Pierre. Ergonomia. 1º reimpressão. Editora Edgard Blucher Ltda. São Paulo,

2009.

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FERREIRA, Mario César; FREIRE, Odeléa Novais. Artigo – Carga de Trabalho e

Rotatividade na Função de Frentista. 2001

GRANDJEAN, Etienne. Manual de Ergonomia – Adaptando o Trabalho ao Homem. 4º

Ed. Bookman. Porto Alegra, 1998.

IIDA, Itiro. Ergonomia – Projeto e Produção. 2º Ed. Editora Edgard Blucher Ltda. São

Paulo, 2011.

LEPLAT, J. Relations between task and activity: elements for elaborating a framework

for erros analysis. Ergonomics,1990.

LIMA, Sérgio Luis dos Santos. Dissertação de Mestrado: Ergonomia Cognitiva e a

Interação Pessoa-Computador: Análise da Usabilidade da Urna Eletrônica 2002 e do

Módulo Impressor Externo. Florianópolis, 2003.

NUNES, Marcelo; GIRAFFA, Lúcia. A educação na ecologia digital. PPGCC/FACIN,

PUCRS, 2003.

SZNELWAR, Gilbert Cardoso Bouyer e Laerte Idal. Artigo Científico: Análise Cognitiva

do Processo de Trabalho em Sistemas Complexos de Operações, USP, São Paulo, 2005.

Zamberlan, Maria Cristrina Palmer Lima. Abordagem Orientada ao Problema para o

Projeto de Sistemas de Tecnologia da Informação para o Auxílio às Tarefas Cognitivas

Complexas. Copyright, 2001. Disponível em: G:\Arquivos\NR-17\Ergonomia - Carga

Cognitiva\Artigo - Abordagem Orientada ao Problema para o projeto de sistemas de

tecnologia da informacao para o auxilio as tarefas cognitivas complexas.htm