Erros mais comuns da nossa língua

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Os erros mais co- muns da Língua Portuguesa Clésio Brasileiro Outras Fontes

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Os erros mais co-muns da Língua

Portuguesa

Clésio Brasileiro Outras Fontes

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Título da Obra: Os erros mais comuns da Língua Portuguesa Autori: Clésio Brasileiro Só gosto de corrigir, discretamente, as pessoas inte-ligentes que gostam de aprender, as incultas ficam danadas quando se descobre uma besteira.

(Aurélio B.H. Ferreira) Errar é humano, mas acertar é mais humano ainda.

(Antônio Salles)

Todo brasileiro que fala bem a língua portuguesa é respeitado socialmente.

(Clésio Brasileiro) O professor primário precisa expressar-se bem para que os nossos filhos tenham excelentes condições de aprovação nos vestibulares e concursos públicos.

(Clésio Brasileiro)

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Apresentação

Depois de observar os erros praticados por pessoas soci-almente importantes, nos mais diversos lugares e ocasiões resolvi publicar essa obra para sensibilizá-las e tentar ajudá-las.

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O professor chamou o aluno no quadro - errado O professor chamou o aluno ao quadro - certo R - O verbo chamar, no sentido de ser convocado, rege a preposição a. Comprei um aspiral para encadernar meu livro - errado Comprei um espiral para encadernar meu livro - certo R - Em forma de caracol é espiral e não aspiral. Minha tia caiu no banheiro e quebrou o femo - errado Minha tia caiu no banheiro e quebrou o fêmur - certo R - O osso do corpo humano é fêmur. Vendemos blusa à partir de R$ 20,00 - errado Vendemos blusa a partir de R$ 20,00 - certo R - É crime colocar o sinal grave antes do verbo Nós vamos encarar o problema de frente. - errado Nós vamos encarar o problema. - certo R. Quem é que encara de costas? Desejo que ele morra esmagalhado- errado Desejo que ele morra esmigalhado - certo R - O verbo é esmigalhado.

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Pedro é cagado e cuspido o irmão - errado Pedro é encarnado e esculpido o irmão - certo R - A primeira frase é coisa de louco. Ele tem cara de soinho. - errado Ele tem cara de sagüi - certo R - Em português existem sagüi e sagüim. Eu quero ver com meus próprios olhos - errado Eu quero presenciar com os olhos. - certo R - Nós só vemos com os olhos. Eu estou sentindo dor nas vistas. - errado Eu estou sentindo dor nos olhos - certo R - E enfermidade ocorre nos olhos Que horas ele chegou aqui?. - errado A que horas ele chegou aqui?. - certo R. O verbo chegar exige o “a”. Ele comeu tudinho. - errado Ele comeu tudo. - certo R - Tudinho é popular.

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Não bata na porta - errado Não bata à porta - certo R - O verbo bater exige o “a”. Chamei Carlos no escritório. - errado Chamei Carlos ao escritório - certo R - O verbo chamar exige o “a” no sentido de ser chamado. O nosso país atravessa um estágio de euforia - errado O nosso país atravessa um estádio de euforia. - certo R - Estádio significa fase, período: Estágio significa treina-mento. O menino saiu esta: e a poupança, como vai?. - errado O menino saiu-se esta: e a poupança, como vai? - certo R - No sentido de dizer alguma coisa é sair-se. Aposto como amanhã vai gear. - errado Aposto em que amanhã vai gear. - certo R. Quem aposta, aposta em. O empregado deu bom lustre nos móveis. - errado O empregado deu bom lustre aos móveis. - certo R - O verbo dar exige o “a”.

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Por essa razão iremos no setor de refrigeração - errado Por essa razão iremos ao setor de refrigeração - certo R - Quem vai, vai “a” e não no. Ele vive às expensas do tio. - errado Ele vive a expensas do tio. - certo R - Só existe, em português, a expensas. Infelizmente, a entrega da máquina já conta com 24

meses. - errado Infelizmente, a entrega da máquina já conta 24 meses..

- certo R - O verbo contar, nesse caso, não perde a preposição com. A obra está prevista para o mês de maio, devendo as

vistorias serem realizadas no final de novembro. - erra-do

A obra está prevista para o mês de maio, devendo as vistorias ser realizadas no final de novembro. - certo

R - Após o gerúndio, numa locução, o infinitivo não se fle-xionará. Estamos objetivando dar entrada num processo. - erra-

do Estamos objetivando dar entrada a um processo. - cer-

to

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R - A expressão dar entrada, usa-se com “a”. Dessa forma, insistimos que resolvam tudo. - errado Dessa forma, insistimos em que resolvam tudo. - certo R - Quem insiste, insiste em. Se os jornalistas preverem o resultado.... - errado Se os jornalistas previrem o resultado...- certo R - O verbo “prever” é conjugado da mesma forma que o verbo “ver”, então: pre - virem. Informamos que não há meio de fazer isso. - errado Informamos que não há meios de fazer isso. - certo R - Meios é igual a recursos, usa-se sempre no plural. Se a empresa não repor a mercadoria, eu não termina-

rei. - errado Se a empresa não repuser a mercadoria, eu não termi-

narei. - certo R. O verbo repor é conjugado igual ao verbo pôr. Então re-puser. Bebi um copo d‟água gelado. - errado Bebi um copo d‟água gelada. - certo R - Bebemos a água gelada e não o copo.

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Feliz férias para você, meu bem. - erro Felizes férias para você, meu bem. - certo R - O adjetivo feliz há de concordar com o substantivo fé-rias. Desculpem a nossa falha. - errado Desculpem-nos a nossa falha.- certo R - Quem desculpa, desculpa alguém de alguma coisa. Localizamos o material por um preço três vezes mais

baixo. - errado Localizamos o material por um preço 30% mais baixo.

- certo R - Não diga três vezes mais baixo, diga 30% mais baixo. A mesa não se adequa ao aparelho. - errado A mesa não se adapta ao aparelho. - certo R. Não se conjuga o verbo adequar no presente do substan-tivo. Aproveitamos para registrar que as vendas aumenta-

ram. - errado Aproveitamos para informar que as vendas aumenta-

ram. - certo R - Não se usa registrar no lugar de informar..

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Ele não fala português tão pouco inglês. - erro Ele não fala português tampouco inglês. - certo R - Usa-se tampouco no sentido de “nem”. Governador, esse país precisa de educação. - errado Governador, este país precisa de educação.- certo R - Quando se fala de Brasil, usa-se este ou neste. Cursar uma faculdade é despendioso. - errado Cursar uma faculdade é dispendioso. - certo R - Dispendioso equivale a caro. Ele só chega atrasado, com o agravante de faltar muito.

- errado Ele só chega atrasado, com a agravante de faltar muito.

- certo R. Agravante é palavra feminina. Em face ao novo decreto, não poderemos usar arma. -

errado Em face do novo decreto, não poderemos usar arma. -

certo R - Em face de = defronte de, diante de.

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Eu tenho aulas nos sábados. - erro Eu tenho aulas aos sábados. - certo R - Para ações repetidas, usa-se a preposição “a”. A palavra sessão contém três esse. - errado A palavra sessão contém três esses.- certo R - O numeral três leva a palavra esse ao plural. À tarde fizemos um passeio. - errado À tarde demos um passeio. - certo R - Fazer um passeio é fazer uma calçada. Visto sob este prisma, os japoneses tinham razão. - er-

rado Visto por este prisma, os japoneses tinham razão. - cer-

to R. Use visto por e não visto sob. Deus lhe abençoe, meu filho. - errado Deus o abençoe, meu filho. - certo R - Quem abençoa, abençoa alguém e não a alguém. Para este natal, procure fazer suas compras o quanto

antes. - errado Para este natal, procure fazer suas compras quanto an-

tes. - certo

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R - Não existe “o” antes da palavra quanto, como reforço. Ela veio a casa sob o pretexto de buscar o livro. - erra-

do Ela veio a casa com o pretexto de buscar o livro.- certo R - A preposição correta é “com” e não “sob”. O nível das águas abaixou. - errado O nível das águas baixou. - certo R - Usa-se baixou, quando não há complemento. Antes da extrema-unção o doente confessou. - errado Antes da extrema-unção o doente confessou-se. - cer-

to R. O verbo confessar exige pronome quando não há com-plemento. A água desse poço é saloba. - errado A água desse poço é salobra. - certo Sempre que vou a sua casa sinto mau-estar. - errado Sempre que vou a sua casa sinto mal-estar. - certo R - Só se usa a palavra “mau‟ (com “u”) quando ela se refere a substantivo. Carlos é empregado de confiança. - errado Carlos é empregado em que posso confiar. - certo

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R - Em que eu posso confiar ou da minha confiança. Que tal minhas filhas. - errado Que tais minhas filhas.- certo R - o adjetivo “tal” concorda com o substantivo. Ele é um proeminente advogado. - errado Ele é um preeminente advogado. - certo R - Preeminente é notável; proeminente é saliente.. Alguns clientes alugaram os carros, mas não compra-

ram os mesmos. - errado Alguns clientes alugaram os carros, mas não os com-

praram . - certo R. Não se emprega “mesmo” como pronome oblíquo. O carro está sujeito a guincho. - errado O carro está sujeito a guinchamento. - certo R. Guinchamento é a ação: guincho é o equipamento. Informe a V.Sª., que não poderei tomar parte da reuni-

ão . - errado Informe a V.Sª., que não poderei tomar parte na reuni-

ão. - certo R - Tomar parte no sentido de integrar, pede a preposição “em” (na=em+a)

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Sob nosso ponto de vista, a decisão foi categórica. - errado

Do nosso ponto de vista, a decisão foi categórica.- cer-to

R - De quem é o ponto de vista? Nosso: então é do nosso. Comunga-me todos os dias. - errado Comunga todos os dias. - certo R - O verbo comungar, nesse sentido, rejeita o pronomes. O produto é que nem um tijolo, de tão duro. - errado O produto é como um tijolo, de tão duro. - certo R. Que “nem” não substitui a conjunção “como‟ nas compa-rações. Ele sairá as 14:00hs, no sábado. - errado Ele sairá as 14h, no sábado. - certo R. Nas representações de horas, não há plural. As formas corretas são estas: 14h, 14h30min e nunca 14:00hs, 14:30hs. Informo-lhe que não mantenho qualquer vínculo com

a empresa. - errado Informo-lhe que não mantenho nenhum vínculo com

a empresa. - certo R - A palavra qualquer é afirmação e não: negação.

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O empregado impetrou mandato de segurança. - erra-do

O empregado impetrou mandado de segurança.- certo R - Ordem escrita é mandado. O padre vai celebrar a missa de 1º aniversário. - errado O padre vai celebrar a missa do 1º aniversário. - Certo R - O numeral deve vir acompanhado de artigo. Os jogadores voltaram com a moral baixa. - errado Os jogadores voltaram com o moral baixa. - Certo R - O moral é ânimo, a moral é ética. Não só eu, mais também o cobrador pegou no sono. -

errado Não só eu, mais também o cobrador pegamos no so-

no. - Certo R - Sujeito composto ligado por “mas também” leva o verbo ao plural O pai queria poupar o filho de mais um desgosto. - er-

rado O pai queria poupar o filho a mais um desgosto. - Cer-

to R - O verbo poupar cobra a preposição “a”.

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Viva os brasileiros. - errado Vivam os brasileiros.- certo R - O verbo viver deve concordar com o sujeito. Recebi sua carta, mas não encontro tempo para res-

pondê-la. - errado Recebi sua carta, mas não encontro tempo para res-

ponder a ela. - Certo R - O verbo responder pede a preposição “a” quando se refe-re a um objeto. A pedra veio de lá de cima. - errado A pedra veio lá de cima. - Certo R - O certo é lá de cima, lá de baixo. O babador da criança está sujo. - errado O babadouro da criança está sujo. - Certo R - O babadouro é lugar onde se baba. Só para de brigar se você me trazer provas. - errado Só para de brigar se você me trouxer provas. - Certo R - No futuro do subjuntivo é trouxer. Ele estalou o ovo. - errado Ele estrelou o ovo. - Certo

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R - Fritar ovo é dar forma de estrela. As roupas devem secar no sol. - errado As roupas devem secar-se ao sol.- certo R - Quando se trata de fazer exposição, usa-se secar-se ao. Nada mais quero ouvir sobre o fato, já me contaram

tudo a respeito. - errado Nada mais quero ouvir sobre o fato, já me contaram

tudo a esse respeito. - Certo R - Não se usa a respeito de modo indeterminado. Todos nós aspiramos uma vida melhor. - errado Todos nós aspiramos a uma vida melhor. - Certo R - O verbo aspirar pede a preposição “a”. Se eu ver ele, comunicarei a sua irmã. - errado Se eu vir ele, comunicarei a sua irmã. - Certo R - No futuro do substantivo o verbo “ver” é “vir”. Meu primo namora com Lúcia. - errado Meu primo namora Lúcia. - Certo R - Quem namora, namora alguém e não: com alguém. Cabe cinco pessoas no carro - errado Cabem cinco pessoas no carro - certo

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R - O verbo caber concorda com o sujeito: cinco pessoas. O prato que mais gosto é macarronada. - errado O prato de que mais gosto é macarronada.- certo R - Quem gosta, gosta de. Esta é a mulher que comi na casa dela. - errado Esta é a mulher em cuja casa dela. - Certo R - Quem come, come em algum lugar. Não cuspa no prato que comeu. - errado Não cuspa no prato em que comeu. - Certo R - Ninguém come o prato; come no prato. Não pude ver o filme porque sou de menor. - errado Não pude ver o filme porque sou menor. - Certo R - Não existe a preposição de. Sou menor e sou maior. Eu tenho ódio do tio José. - errado Eu tenho ódio ao tio José. - Certo R - A palavra ódio pede a preposição “a”. A vítima está muito grave. - errado A vítima está muito ferida.- certo R - A vítima está ferida. O estado da vítima é grave.

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Eu estou te gostando muito.– errado Eu gosto muito ti.- certo R - O verbo gostar exige a preposição “de”. Simpatizei-me com aquela moça. - errado Simpatizei com aquela moça. - Certo R - Quem simpatiza, simpatiza com, sem o “me”. O policial atirou no ladrão. - errado O policial atirou ao ladrão. - Certo R - O verbo atirar só aceita duas preposições: a ou contra. Para desencargo da minha consciência, paguei a dívida.

- errado Para descargo da minha consciência, paguei a dívida. -

Certo R - Desencargo é desobrigação. Descargo é alívio. Os políticos brigam entre eles. - errado Os políticos brigam entre si. - Certo R - Após a preposição “entre” só podemos usar o pronome “si” quando o verbo indicar reciprocidade. O cantor sumiu entre a multidão. - errado O cantor sumiu-se entre a multidão.- certo R - O verbo é sumir-se, quando se refere a pessoas.

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Eu estou te gostando muito.– errado Eu gosto muito ti.- certo R - O verbo gostar exige a preposição “de”. Simpatizei-me com aquela moça. - errado Simpatizei com aquela moça. - Certo R - Quem simpatiza, simpatiza com, sem o “me”. O policial atirou no ladrão. - errado O policial atirou ao ladrão. - Certo R - O verbo atirar só aceita duas preposições: a ou contra. Para desencargo da minha consciência, paguei a dívida.

- errado Para descargo da minha consciência, paguei a dívida. -

Certo R - Desencargo é desobrigação. Descargo é alívio. Os políticos brigam entre eles. - errado Os políticos brigam entre si. - Certo R - Após a preposição “entre” só podemos usar o pronome “si” quando o verbo indicar reciprocidade. O cantor sumiu entre a multidão. - errado O cantor sumiu-se entre a multidão.- certo R - O verbo é sumir-se, quando se refere a pessoas.

Page 21: Erros mais comuns da nossa língua

Nós vamos fazer a prova, basta ele querer.– errado Nós vamos fazer a prova, basta-lhe querer.- certo R - O verbo bastar pede o oblíquo lhe e não: ele. Embora sendo rico, Carlos comprou pouco. - errado Embora fosse rico, Carlos comprou pouco. - Certo R - A conjunção “embora” pede o verbo no subjuntivo. Escorreguei-me porque o piso estava liso. - errado Escorreguei porque o piso estava liso. - Certo R - O verbo escorregar não é pronominal. Hoje, eu vou á missa de sétimo dia dele . - errado Hoje, eu vou á missa do sétimo dia dele. - Certo R - Todo numeral determinado vem antecedido de artigo. Hoje, nós viemos aqui para dizer tudo. - errado Hoje, nós vimos aqui para dizer tudo. - Certo R - O verbo “vir” no presente do indicativo, plural é vimos. Fazem dez minuto que estou aqui. - errado Faz dez minuto que estou aqui.- certo R - O verbo “fazer”, indicando tempo é usado no singular.

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Caí da moto e quebrei minha perna.– errado Caí da moto e quebrei a perna.- certo R - Substantivos que se referem á parte do corpo não acei-tam possessivo. È uma pessoa assídua ao trabalho. - errado È uma pessoa assídua no trabalho. - Certo R - A palavra assídua pede a preposição “em”. Meu pai formou em medicina. - errado Meu pai formou-se em medicina. - Certo R - O verbo “formar” no sentido de concluir curso é forma-se. O cantor Daniel, pela primeira vez, pisou no palco. -

errado O cantor Daniel, pela primeira vez, pisou o palco. -

Certo R - Todo numeral determinado vem antecedido de artigo. Hoje, nós viemos aqui para dizer tudo. - errado Hoje, nós vimos aqui para dizer tudo. - Certo R - O verbo pisar não pede preposição. Desde de manhã que ele está aqui. - errado

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Desde de manhã que ele está aqui.– errado Desde manhã que ele está aqui.- certo R - “Desde “ á preposição e “de” também, duas juntas não podem. È meio dia e meio. - errado È meio dia e meia. - Certo R - “Meia hora”. A palavra “hora” está subentendida. Sairei domingo entre 7 e 8 horas. - errado Sairei domingo entre ás 7 e ás 8 horas. - Certo R - Em horas determinadas, o artigo é obrigatório. Comprei duzentas gramas de queijo. - errado Comprei duzentos gramas de queijo. - Certo R - A palavra “gramas” é do gênero masculino. Ele é bandido e quer passar como cidadão. - errado Ele é bandido e quer passar por cidadão. - Certo R - Não é passar como, é passar por. Vou ao hospital tirar a pressão arterial. - errado Vou ao hospital aferir a pressão arterial. - certo R - Você pode aferir e pode verifircar. Se você tirar morrerá..

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Minha prima cantou o parabéns .– errado Minha prima cantou os parabéns .- certo R - A palavra parabéns é usada no plural. Não abra o porta-mala do carro, por favor. - errado Não abra o porta-malas do carro, por favor. - Certo R - A palavra “mala” no substantivo composto é sempre plu-ral. Tu se machucou, meu bem. - errado Tu te machucaste, meu bem. - Certo R - o pronome tu do caso reto pede o pronome te, oblíquo. Ele estava entertido. - errado Ele estava entretido. - Certo R - O verbo é entreter-se. Eu estou meia preocupada. - errado Eu estou meio preocupada. - Certo R - a palavra „meio”, ao lado de adjetivo, fica inalterada. No clube haviam muitas mulheres. - errado No clube havia muitas mulheres. - certo R - O verbo haver, sinônimo de existir, fica no singular...

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Hoje, é capaz de chover.– errado Hoje, é provável de chover.- certo R - O adjetivo capaz só é usado quando se refere a pessoa . Justo hoje, você aparece aqui. - errado Justamente hoje, você aparece aqui. - Certo R - Justo é adjetivo: saia justa, justamente é advérbio. Fui à banca de bicho e acertei na milhar. - errado Fui à banca de bicho e acertei no milhar. - Certo R - A palavra milhar é masculina. Comprei duas casas germinadas. - errado Comprei duas casas geminadas. - Certo R - Geminado é duplicado; germinada é brotada. Não é de se estranhar que ele faça isso. - errado Não é de estranhar que ele faça isso. - Certo R - Quando o verbo, no infinitivo, possui adjetivo (estranhável), não se usa o “se” antes. O aluguel está em dias. - errado O aluguel está em dia. - certo R - A palavra “dia”, em locução adverbial, fia invariável.

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O servente misturou o cal com areia.– errado O servente misturou a cal com areia.- certo R - A palavra “cal” é de gênero feminino. Ela é uma mulher mal. - errado Ela é uma mulher má. - Certo R - O adjetivo má há de concordar com o substantivo mu-lher. Eu sempre carrego minha bolsa nas costas - errado Eu sempre carrego minha bolsa ás costas. - Certo R - O verbo carregar indica movimento e pede a preposição “a”. Sofri uma pancada na costa. - errado Sofri uma pancada nas costas. - Certo R - Costa é litoral. Costas é a parte do corpo. Ele está falando ao telefone. - errado Ele está falando no telefone. - Certo R - Falando aonde? No telefone. Eu fui na festa de uma amiga. - errado Eu fui à festa de uma amiga. - certo R - Quem vai, vai há algum lugar.

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Tem alguém no sanitário?.– errado Há alguém no sanitário?.- certo R - O verbo haver ocupa o lugar do ter em frases sem sujei-to. Ontem eu assisti o jornal. - errado Ontem eu assisti ao jornal. - Certo R - Assistir no sentido de ver pede a preposição “a”. Comprei um televisor a cores - errado Comprei um televisor em cores. - Certo R - Ninguém vota a branco, vota em branco. Eles estava se olhando no espelho. - errado Eles estava se olhando ao espelho. - Certo R - O verbo olhar pede a preposição “a”. Quando Roberto Carlos subiu no palco. - errado Quando Roberto Carlos subiu ao palco. - Certo R - Quem sobe, sobe a algum lugar. Amanhã ele não poderá vim. - errado Amanhã ele não poderá vir. - certo R - “Vim” só poderá ser usado para o tempo passado.

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O pessoal foram a Petrolina.– errado O pessoal foi a Petrolina.- certo R - O termo o pessoal é coletivo e pede o verbo no singular. Usei a saca-rolha para abrir a garrafa. - errado Usei a saca-rolhas para abrir a garrafa. - Certo R - A palavra rolhas é usada no plural. Ele fez isso propositalmente. - errado Ele fez isso propositadamente. - Certo R - Propositalmente é do francês. Em português é proposita-damente. Estes teus cabelos são bonitos. - errado Esses teus cabelos são bonitos. - Certo R - Esses refere-se a pessoa com quem falamos. Esses meus cabelos estão caindo. - errado Estes meus cabelos estão caindo. - Certo R - “Estes” refere-se a pessoa que fala. Aonde mora você. - errado Onde mora você. - certo R - Quem mora, mora em algum lugar e não: a algum lugar.

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Este serviço é para mim fazer.– errado Este serviço é para eu fazer.- certo R - Diga sempre eu fazer, eu comprar. E nunca mim fazer, mim comprar. O pintor deu duas mãos de tinta na parede. - errado O pintor deu duas demãos de tinta na parede. - Certo R - Por favor, demãos significa camada, mão é outra coisa. Os homens não raspam as pernas . - errado Os homens não rapam as pernas. - Certo R - Rapar significa cortar os pêlos. Pernas para que te quero. - errado Pernas para que vos quero. - Certo R - Se nós tivéssemos somente uma perna, seria “te”. Quem te viu, quem te vê. - errado Quem o viu, quem o vê. - Certo R - A palavra quem é usada com os pronomes: de 3ª pessoa. Solicitou para que todos saíssem. - errado Solicitou que todos saíssem. - certo R - Quem solicita, solicita alguma coisa e não: para.

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É fruto da somatória de muitos anos.– errado É fruto do somatório de muitos anos.- certo R - A palavra é o somatório e não: a somatória. Ele escreveu sua autobiografia em 1992. - errado Ele escreveu a autobiografia em 1992. - Certo R - Se auto é sua, elimina-se o possessivo. Sucedeu o pai na empresa . - errado Sucedeu ao pai na empresa. - Certo R - O verbo suceder exige a preposição “a”. A camisa sujou com a poeira. - errado A camisa sujou-se com a poeira. - Certo R - O verbo sujar exige o pronome. Tanto fazem cinco como dez. - errado Tanto faz cinco como dez. - Certo R - A expressão é tanto faz. Um relâmpago caiu numa escola. - errado Um raio caiu numa escola. - certo R - O raio cai, o relâmpago não.

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Fiz anos transanteontem.– errado Fiz anos trasanteontem.- certo R - O prefixo é trás e não: trans. À zero horas, fez zero grau centígrados. - errado À zero hora, fez zero grau centígrados. - Certo R - Zero é um numeral neutro. Assim “hora” fica no singu-lar. É um prazer rever-lhe. - errado É um prazer revê-lo. - Certo R - Quem rever, rever alguém. A loja faz entrega a domicílio. - errado A loja faz entrega em domicílio. - Certo R - Quem entrega, entrega em algum lugar. Foram eles mesmo que saíram. - errado Foram eles mesmos que saíram. - Certo R - O pronome mesmo concorda com o sujeito. Meretíssimo juiz. - errado Meritíssimo juiz. - certo R - A palavra meritíssimo vem de mérito..

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Ele fez o trabalho na surdina.– errado Ele fez o trabalho em surdina.- certo R - O advérbio de modo cobra a preposição “em”. Por favor, abra parênteses. - errado Por favor, abra parêntese. - Certo R - No sentido acima é usada no singular. Ele foi penalizado pela imprudência. - errado Ele foi punido pela imprudência. - Certo R - Penalizado é desgastado: punido é castigado. Os réus balançaram as cabeças. - errado Os réus balançaram a cabeças. - Certo R - Cabeça entidade física deve ficar no singular. A poeta Cecília Meireles era carioca. - errado A poetisa Cecília Meireles era carioca. - Certo R - O feminino de poeta é poetisa. Escaparam três, sendo que duas eram loucas. - errado Escaparam três, das quais duas eram loucas. - certo R - Usa-se o relativo no lugar do gerúndio.

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Os alunos sequer foram avisados.– errado Os alunos nem foram avisados.- certo R - Usa-se “nem” que é palavra de sentido negativo. O vereador perdeu o seu mandato. - errado O vereador perdeu o mandato. - Certo R - Nesse caso, o possessivo não pode ser usado. Brigou com o seu próprio pai. - errado Brigou com o próprio pai. - Certo R - Nos nomes que indicam parentesco, elimina-se o pos-sessivo. O que se ouviam eram mentira. - errado O que se ouvia eram mentira. - Certo R - “O” que é pronome demonstrativo singular, por isso o verbo no singular. Foi publicado no jornal uma informação. - errado Foi publicada no jornal uma informação. - Certo R - A palavra informação é feminina, portanto, publicada. Consegui com que ele comprasse. - errado Consegui que ele comprasse. - certo

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R - O verbo conseguir não pede preposição. Carro financiado em até 24 meses - errado Carro financiado até 24 meses. - Certo R - Duas preposições juntas constitui redundãncia. Carlos deita muito cedo. - errado Carlos se deita muito cedo. - Certo R - O verbo é deitar-se. Diga-lhe para que venha amanhã. - errado Diga-lhe que venha amanhã. - Certo R - O verbo dizer não aceita, ao mesmo tempo, lhe e para. Embora tendo muita fé, abalou-se muito. - errado Embora tivesse muita fé, abalou-se muito. - Certo R - Após a conjunção “embora”, não se usa o gerúndio. O time empatou em zero a zero . - errado O time empatou de zero a zero. - certo R - O verbo empatar pede a preposição “de”. Fundo de garantia por tempo de serviço. - errado Fundo de garantia do tempo de serviço. - certo

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R - A palavra garantia rege a preposição + artigo. Compre e ganhe grátis um relógio - errado Compre e receba grátis um relógio. - Certo R - Ganhar grátis é um redundância. O flamengo vai bem haja visto os resultados . - errado O flamengo vai bem haja vista os resultados. - Certo R - Não existe haja visto em português. A sua atitude implica em demissão. - errado A sua atitude implica demissão. - Certo R - O verbo implicar, no sentido de acarretar, não pede pre-posição. Com certeza não havia outra alternativa. - errado Com certeza não havia alternativa. - Certo R - O elemento “alter” significa “outra”. Em vez de entrar ela saiu. - errado Ao invés de entrar ela saiu. - certo R - Usa-se a palavra “ao invés” para indicar oposição. Por que o brasileiro aposenta cedo?. - errado Por que o brasileiro aposenta-se cedo?. - certo

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R - O verbo é aposentar-se. A temperatura aproxima dos 40 graus. - errado A temperatura aproxima-se dos 40 graus. - Certo R - O verbo é aproximar-se. Apresentei os documentos a posteriori. - errado Apresentei os documentos depois. - Certo R - Não se usa “a posteriori”, que é outra língua em lugar de português. O deputado de Pernambuco quer uma CPI. - errado O deputado pelo Pernambuco quer uma CPI. - Certo R - A preposição correta é “pelo”.. Ao meu ver, o jogo foi bom. - errado A meu ver, o jogo foi bom. - Certo R - Não se usa ao meu ver. Onde está meu óculos. - errado Onde estão meus óculos. - certo R - A palavra óculos leva o verbo e o pronome ao plural. A inflação atingirá a 3% este mês. - errado A inflação atingirá 3% este mês. - certo

Page 37: Erros mais comuns da nossa língua

R - O verbo atingir não pede preposição. Ele trabalha de uma às quatro da manhã. - errado Ele trabalha da uma às quatro da manhã. - Certo R - A palavra horas, determinada, cobra o artigo. As frutas custam 5% mais baratas. - errado As frutas custam 5% mais barato. - Certo R - A palavra „barato” se refere ao verbo e assim ficará invari-ável. Os sapatos custaram R$ 80,00 reais cada. - errado Os sapatos custaram R$ 80,00 reais cada um. - Certo R - Usa-se o pronome “cada” acompanhado de determinan-te. O ônibus veio ao encontro do poste. - errado O ônibus veio de encontro ao poste. - Certo R - Quando se trata de ideia oposta, usa-se a preposição de. Vão fazer dez anos que eu frequentei sala de aula. - er-

rado Vai fazer dez anos que eu frequentei sala de aula. - cer-

to R - O verbo fazer, indicando tempo, deixa o verbo auxiliar no singular.

Page 38: Erros mais comuns da nossa língua

A empresa vai indenizar os seus prejuízos. - errado A empresa vai indenizá-lo pelos prejuízos. - Certo R - Ninguém indeniza os prejuízos. Ele exigiu tudo que tinha direito. - errado Ele exigiu tudo a que tinha direito. - Certo R - Quem tem direito, tem direito a. Cuidado com os raios ulttavioletas. - errado Cuidado com os raios ulttavioleta. - Certo R - O termo ultravioleta não vai ao plural. Vinte mil reais são pouco. - errado Vinte mil reais é pouco. - Certo R - As expressões é pouco, é suficiente são invariáveis. O presidente visitou a região Antártida. - errado O presidente visitou a região Antártica. - certo R - A palavra é antártica. Eles apelaram ao governo. - errado Eles apelaram para o governo. - certo R - O verbo apelar exige a preposição para.

Page 39: Erros mais comuns da nossa língua

Como um filé a lá moda da casa. - errado Como um filé à moda da casa. - Certo R - Em bom português, diz à moda. O alface está barato. - errado A alface está barato. - Certo R - Alface é uma palavra feminina. Conversei com os meninos os mais inteligentes. - erra-

do Conversei com os meninos mais inteligentes. - Certo R - Não há necessidade de repetir o artigo como superlativo. Ele tem alguma coisa de boa. - errado Ele tem alguma coisa de bom. - Certo R - O pronome neutro “algum” deixa o adjetivo no masculi-no. Eles reteram a mercadoria. - errado Eles retiveram a mercadoria. - certo R - Conjuga-se o verbo reter da mesma maneira que conju-gamos o verbo ter. O policial interviu na hora. - errado O policial interveio na hora. - certo

Page 40: Erros mais comuns da nossa língua

R - Se falamos veio, vamos falar interveio.

Freiamos o carro bruscamente. - errado Freamos o carro bruscamente. - Certo

R - Freio é com “i” mas freamos é sem “i”.

Não gosto de pão solvado. - errado Não gosto de pão sovado. - Certo

R - A palavra é sovado.

Comprei uma champanha por cinco reais. - errado Comprei um champanha por cinco reais. - Certo

R - Champanha é um substantivo masculino. Eu quero duzentas gramas de queijo. - errado Eu quero duzentos gramas de queijo. - Certo

R - A palavra “grama” no sentido de peso, é masculina.

Sempre que estou dirigindo, o perigo é eminente. - er-rado

Sempre que estou dirigindo, o perigo é iminente. - cer-to

R - O termo iminente significa prestes a acontecer.

Naquele dia houveram várias manifestações. - errado Naquele dia houver várias manifestações. - certo R - O verbo haver, no sinônimo de existir, é singular.

Page 41: Erros mais comuns da nossa língua

O pneu subselente estava furado. - errado O pneu sobressalente estava furado. - Certo

R - A palavra é sobressalente.

Os funcionários desobedeceram o decreto. - errado Os funcionários desobedeceram ao decreto. - Certo

R - O verbo desobedecer pede a preposição “a”.

Amanhã, devem haver outros casos. - errado Amanhã, deve haver outros casos. - Certo

R - O verbo haver deixa o seu auxiliar no singular, quando for sinônimo de existir. Não aleje o rapaz. - errado Não aleije o rapaz. - Certo

R - O verbo é aleijar.

Morreu dois rapazes no acidente. errado Morreram dois rapazes no acidente. - certo

R - O verbo „morrer” deve concordar com o sujeito: dois ra-pazes.

Aqui assistem-se muito filmes. - errado Aqui assiste-se muito filmes. - certo R - O verbo “assistir”, no sentido de “ver, pede a preposição “a” e não vai ao plural.

Page 42: Erros mais comuns da nossa língua

Talvez eu vou à rua. - errado Talvez eu vá à rua. - Certo

R - A palavra “talvez”, que expressa dúvida, exige a forma vá.

Meu amigo, deixe eu ver primeiro. - errado Meu amigo, deixe-me ver primeiro. - Certo

R - O verbo deixar não aceita a forma “eu”, aceita “me”.

O político foi pelos os caminhos populares. - errado O político foi pelos caminhos populares. - Certo

R - Após a palavra “pelo” não coloca artigo. Ela tomou banho de praia. - errado Ela tomou banho de mar. - Certo

R - Não se toma banho de praia.

Eu agôo sempre o jardim. errado Eu águo sempre o jardim. - certo

R - O verbo “aguar‟ na primeira pessoa é águo.

O ladrão foi pego pela polícia. - errado O ladrão foi pegado pela polícia. - certo R - O verbo “pegar” só é usado na forma popular. Eu não valo nada. - errado Eu não valho nada. - certo

Page 43: Erros mais comuns da nossa língua

Senhor diretor, nós viemos, agora, falar de política. - errado

Senhor diretor, nós vimos, agora, falar de política. - Certo

R - O verbo „vir”, no presente, conjuga-se vimos.

Aconteceu, podes crer. - errado Aconteceu, pode crer. - Certo

R - No imperativo de 2ª pessoa do singular, o “s” é ilimita-do.

Queremos que V.Sª. Averigüe o caso. - errado Queremos que V.Sª. Averigúe o caso. - Certo

R - No imperativo a conjugação é averigue. Viva as férias escolares. - errado Vivam as férias escolares. - Certo

R - Férias no sentido de descanso é usado no plural, por isso o verbo também vai ao plural.

Aproveito da oportunidade para cumprimentá-lo. er-rado

Aproveito a oportunidade para cumprimentá-lo. - cer-to

R - O verbo aproveitar não pede preposição.

Vesti uma camiseta listada. - errado Vesti uma camiseta listrada. - certo

Page 44: Erros mais comuns da nossa língua

R - Listra significa faixa. Lista significa relação O time está com muita moral. - errado O time está com muito moral. - Certo

R - Moral, na frase acima, é igual ânimo, por isso é um ter-mo masculino.

Traga-me dois ovos estalados. - errado Traga-me dois ovos estrelados. - Certo

R - O correto é ovos estrelados, porque fica em forma de estrela.

O preço do livro está caro. - errado O preço do livro está alto. - Certo

R - Preço caro não existe. Se você vê o Pedro, avise-me. - errado Se você vir o Pedro, avise-me. - Certo

R - O verbo “ver” no futuro do subjuntivo é “vir”.

Os Almeida lideram esta cidade. errado Os Almeidas lideram esta cidade. - certo

R - Na língua portuguesa, nomes de pessoas vão ao plural.

O ônibus não sai sem eu. errado O ônibus não sai sem mim. - certo R - Após a preposição “sem” só se admite pronome oblíquo tônico.

Page 45: Erros mais comuns da nossa língua

Ele sabe o quanto sou feliz. - errado Ele sabe quanto sou feliz. - Certo

R - A palavra “quanto” não aceita antes de si outro esforço.

Ele estudava enquanto que o outro brincava. - errado Ele estudava enquanto o outro brincava. - Certo

R - O “que” não expressa nenhum sentido na frase acima.

Não tem clientes na loja. - errado Não há clientes na loja. - Certo

R - O verbo “ter” não pode aparecer em frase sem sujeito. Mande protocolar o documento. - errado Mande protocolizar o documento. - Certo

R - Protocolar é relativo á cerimônia e protocolizar é regis-trar.

Não se preocupe, eu intero a conta. errado Não se preocupe, eu inteiro a conta. - certo

R - O verbo é inteirar.

Carlos fez isso há seis anos atrás. errado Carlos fez isso há seis anos. - certo R - O verbo haver , indicando tempo passado, não admite a palavra atrás.

Page 46: Erros mais comuns da nossa língua

Entre eu e minha namorada não houve nada. - errado Entre mim e minha namorada não houve nada. - Certo

R - Após a preposição “entre” é proibido usar o pronome tu e eu.

Compramos uma televisão a cores. - errado Compramos um televisor em cores. - Certo

R - Ninguém diz que vota a branco.

Houve um aumento em 20% de gasolina. - errado Houve um aumento de 20% de gasolina. - Certo

R - Aumento de e não: aumento em. Minha casa fica situada à rua 10. - errado Minha casa fica situada na rua 10. - Certo

R - Morar e situar pedem a preposição “em”, na-no.

A estadia do político no hotel foi curta. errado A estada do político no hotel foi curta. - certo

R - Estadia é de veículos. Estada é de pessoa.

Comprei a prestações de até 24 meses. errado Comprei a prestações até 24 meses. - certo R - Duas preposições juntas indicando a mesma coisa não dá.

Eu me acordo cedo. errado Eu acordo cedo. - certo

Page 47: Erros mais comuns da nossa língua

R - Ninguém acorda a si mesmo. O verbo é acordar e não acordar-se

Petrolina-PE, 01 - 03-2010. - errado Petrolina-PE, 1º - 03-2010. - Certo

R - O primeiro dia do mês é lido em ordinal.

Não havia qualquer erro. - errado Não havia nenhum erro. - Certo

R - O pronome que indica negação e nenhum. O funcionário entregou o documento em mãos. - er-

rado O funcionário entregou o documento em mão. - Cer-

to

R - A expressão “em mão‟ é uma locução adverbial e não vai ao plural.

Carla está no telefone. errado Carla está ao telefone. - certo

R - A preposição “a”, na frase acima, indica proximidade.

Você pisou no meu pé. errado Você pisou o meu pé. - certo R - O verbo pisar não exige preposição.

Por favor, não toque no vidro. errado Por favor, não toque o vidro. - certo

Page 48: Erros mais comuns da nossa língua

R - O verbo “tocar” não exige preposição.

Esta é a rua que eu moro. - errado Esta é a rua em que eu moro. - Certo

R - O verbo morar exige a preposição “em”.

Ontem eu assisti o jornal. - errado Ontem eu assisti ao jornal. - Certo

R - O verbo “assistir” exige a preposição “a”. Realizamos as provas a nível de concursos. - errado Realizamos as provas em nível de concursos. - Certo

R - Não existe em português a expressão a nível de.

O brasileiro ficou pasmo vendo o jogo da seleção. erra-do

O brasileiro ficou pasmado vendo o jogo da seleção. - certo

R - A palavra acima, como adjetivo, é pasmado.

Eu fiquei com muita dó de Maria. errado Eu fiquei com muito dó de Maria. - certo R - A palavra “dó” é de gênero masculino.

Vem pra caixa você também. errado Vem à caixa você também. - certo

R - Vem tu, venha você.

Page 49: Erros mais comuns da nossa língua

O jogador está melhor preparado. - errado O jogador está mais bem preparado. - Certo

R - Antes do particípio, usa-se “mais bem”.

Vou responder o ofício de número 21. - errado Vou responder ao ofício de número 21. - Certo

R - O verbo responder exige a preposição “a”. A imagem do televisor está limpa. - errado A imagem do televisor está límpida. - Certo

R - No sentido de nitidez, clareza é límpida.

A sela da bicicleta está rasgada. errado O selim da bicicleta está rasgada. - certo

R - Sela é de animal.

Plantei um de côco. errado Plantei um coqueiro. - certo R - Pé de côco é popular. Use coqueiro, mangueira, etc.

Fiquei de recuperação. errado Fiquei para recuperação. - certo

R - Nesse sentido, o verbo ficar exige o “para”.

Page 50: Erros mais comuns da nossa língua

Exemplos: “Deputados tentam ‘limpar’ obras com irregularidades”. Explicação: a ordem pode determinar o senti-do da frase ou, pior ainda, dificultar a compre-ensão do texto. Que fizeram os deputados? Tentaram “limpar”, no sentido de “legalizar”, as obras irregulares ou, com o pretexto de “limpar”, praticaram atos irregulares? A inver-são da expressão “com irregularidades” seria uma das saídas.”com irregularidades, deputa-dos tentam ‘limpar’ obras”. Outra saída seria substituir a locução “com irregularidades” pelo adjetivo “irregulares”: “Deputados tentam ‘limpar’ obras irregulares”. Antes de dar o texto por encerrado, é preciso lê-lo e relê-lo.

Exemplos: “A Casa Branca garante que haverão novos atentados”. Explicação: Usado com o sentido de “ocorrer”, o verbo “haver” não apresenta a flexão de plural. Assim como se diz ‘há atentados” (e não hão atentados”), deve-se dizer “haverá atenta-dos”. Isso vale para qualquer tempo e modo em que se conjugue o verbo ‘haver” com o sentido de “ocorrer”, “acontecer” ou “existir”: “caso haja atentados...”; “Os atentados que houve...; “Havia muitas pessoas na fila...”.

Exemplos: “Como o início do horário de verão na próxima segunda-feira, a bolsa de valores passará a funcionar da ...” Explicação: Um dia, aprendendo na escola que “vírgula é para respirar”. Santa Bobagem! A vírgula não é um bálsamo pulmonar; é um instrumento sintático-estilístico. Na frase em questão, a vírgula fez a expressão temporal “na próxima segunda-feira” indicar quando começaria o horário de verão. O que se queria informar, no entanto, era que, a partir da se-gunda-feira seguinte, a bolsa passaria a fun-cionar em determinado horário. Isso seria conseguido com a mudança de posição da vírgula (“Com o início do horário de verão, na próxima segunda-feira a bolsa de valo-res passará a funcionar das...”). Não se colo-cam as vírgulas como quem salpica orégano

em uma pizza.

Exemplos: “A osteoporose é uma doença que fragiliza os ossos, que-brando-se com facilidade”. Explicação: Se é tão fácil quebrar a osteopo-rose, por que se preocupar com ela, como suge-re a peça publicitária? Verdadeira praga, o gerúndio é um dos mais perigosos aliados da ambigüidade. Por não constituir oração inde-pendente, o gerúndio gravita em torno da oração principal, cujo sujeito, no caso, é “osteoporose”. Moral da história: é ela, a osteo-porose, que se quebra com facilidade. Que fazer? Usar o gerúndio com todo o cuidado do mundo. No caso, o melhor mesmo é desistir dele: “A osteoporose é uma doença que fra-giliza os ossos e os torna facilmente que-bráveis”.

Exemplos: “Pergunta Judith Exner, uma das incontáveis amantes de Ken-nedy, que simultaneamente mantinha um caso com o chefão mafioso Sam Giancana”. Explicação: o pronome relativo “que” foi mal empregado. A provável intenção do redator foi dizer que Judith Exner tinha um caso com Kennedy e outro com o mafioso. Ele teria con-seguido isso se tivesse posto o “que” depois de ‘Exner” (“...J.Exner, que era uma das incon-táveis amantes de Kennedy e simultanea-mente mantinha...”). Estruturalmente ambí-gua, a frase do redator levanta suspeitas sobre a sexualidade de Kennedy. A ambigüidade é um dos mais graves problemas do texto escrito.

Exemplos: “O partido só concorda em negociar se o governo retirar do Congresso o polêmico projeto de lei, suspender as negociações com o FMI e repor as perdas salariais dos funcio-nários públicos”. Explicação: Por influência dos dois verbos anteriores (“retirar” e “suspender”), o verbo “repor” foi conjugado como se fosse regular.

PROBLEMAS DA LINGUAGEM ESCRITA

Exemplos tirados de textos da imprensa

Page 51: Erros mais comuns da nossa língua

“Repor” deriva de “por” e segue sua conjuga-ção. A forma adequada é “repuser”. A correta conjugação de verbos irregulares é item obri-gatório na linguagem escrita culta.

Por Pasquale Cipro Neto

Exemplos: “Deputados tentam ‘limpar’ obras com irregularidades”. Explicação: a ordem pode determinar o senti-do da frase ou, pior ainda, dificultar a compre-ensão do texto. Que fizeram os deputados? Tentaram “limpar”, no sentido de “legalizar”, as obras irregulares ou, com o pretexto de “limpar”, praticaram atos irregulares? A inver-são da expressão “com irregularidades” seria uma das saídas.”com irregularidades, deputa-dos tentam ‘limpar’ obras”. Outra saída seria substituir a locução “com irregularidades” pelo adjetivo “irregulares”: “Deputados tentam ‘limpar’ obras irregulares”. Antes de dar o texto por encerrado, é preciso lê-lo e relê-lo.

PECADOS CAPITAIS DA LIN-GUAGEM ORAL

Exemplos: “Haja visto o progresso da ciência...” Explicação: a forma “haja visto” não se aplica este caso. O correto é “haja vista”, e não varia. “Rubens Barrichello poderá ser campeão, haja vista o progresso que tem feito com o novo carro’.

Exemplos: “Para mim não errar” Explicação: ‘mim” não pode ser sujeito, ape-nas complemento verbal (“Ele trouxe a roupa para mim”). Também pode complementar o sentido de adjetivos: “Fica difícil para mim...”

Exemplos: “Vou estar enviando o fax” Explicação: embora não seja gramaticalmen-te incorreto, o gerúndio é uma praga. É feio e desnecessário. Melhor dizer “vou enviar o fax”.

Exemplos: “Ir ao encontro de ...” “ ir de encontro a...” Explicação: muita gente acha que as duas expressões significam a mesma coisa. Errado. “Ir ao encontro de ...” é o mesmo que estará favor. “Ir de encontro a....” significa estar con-tra, discordar.

Exemplos: “Eu enquanto diretor de marketing” Explicação: também é inadequado. Melhor dizer “Eu, como diretor de marketing...”

Exemplos: “Fazem muitos anos...” Explicação: quando o verbo ‘”fazer” se refere a tempo, ou indica fenômenos da natureza, não pode ser flexionado. Diz-se:”Faz dois anos que trabalho na empresa”,”Faz seis meses que me casei”.

Exemplos: “A nível de Brasil” Explicação: ‘a nível de’, é uma expressão inú-til. Pode ser suprimida ou substituída por ou-tras. Exemplo. Em vez de “A empresa está fazendo previsões a nível de mercado lati-no-americano’, use “A empresa está fazendo previsões para o mercado latino-americano”.

Exemplos: “Não tive qualquer inten-ção de errar” Explicação: não se deve usar “qualquer” no lugar de “nenhum’ em frases negativas. O certo é dizer “Não tive nenhuma intenção de er-rar”.

Exemplos: “Há dez anos atrás” Explicação: redundâncias enfeiam o discurso. Melhor dizer “Há dez anos” ou “Dez anos a-trás”. “Há dez anos atrás” é o mesmo que “um plus a mais”.

Exemplos: “Éramos em oito na reu-nião” Explicação: não se usa a preposição “em’ entre o verbo ser e o numeral. O correto é di-zer: “Éramos oito”.

Por Reinaldo Polito

PROBLEMAS DA LINGUAGEM ESCRITA

Exemplos tirados de textos da imprensa

Page 52: Erros mais comuns da nossa língua

1 - Tratam-se de contratos onde as cláusulas contém graves imprecisões. ( ) 2 - De acordo com a meteorologia, podem haver fortes pancadas de chu-va à tarde. ( ) 3 - Ele é um dos doze ministros que participarão da conferência. ( ) 4 - A proposta da chapa é ótima e vem de encontro aos nossos interesses, por isso votaremos nela. ( ) 5 - De acordo com os juristas, a lei só poderia vigir no ano que vem. ( ) 6 - O novo presidente da filial brasilei-ra a Carbuncex, declarou que a empre-sa não pretende investir mais dinheiro no país. ( ) 7 - Ele entrou na sala de supetão. ( ) 8 - Nessa época, ele escreveu uma obra em cujas páginas se registram as mais importantes pesquisas daquele perío-

do. ( ) 9 - Quem for à igreja e vir o estado em que se encontram as obras barrocas certamente ficará choca-do. ( ) 10 - Mesmo que for adotado algum tipo de ajuste fiscal imediato, o Brasil ainda estará longe de tor-nar-se um participante ativo do jogo mundial. ( ) 11 - A maioria dos deputados que aprovaram a emenda é governista. ( ) 12 - Nenhum dos deputados ouvi-dos pelos jornalistas presentes quiseram confirmar o voto. ( ) 13 - Se deixar se ser teimoso, con-

vocar os jogadores certos e manter o esquema tático adotado na últi-ma partida, o técnico poderá con-quistar a confiança de todos. ( ) 14 - Vossa Senhoria sabe que vosso parecer é muito importante para nós. ( ) 15 - Fez poucos dias frios no último inverno, por isso as roupas de lã não saíram das lojas. ( ) 16 - Se governo contrapropor algo que supere os 5%, os trabalhado-res certamente interromperão a greve. ( ) 17 - Deviam fazer cinco minutos que ela saíra. ( ) 18—Mil reais são poucos para u-ma família de quatro pessoas. ( ) 19 - A toda poderosa ministra bri-tânica interveio imediatamente. ( ) 20 - Esse capítulo da lei dá mar-gem à muitas interpretações. ( ) 21 - A correspondência tinha ex-traviado-se. O correio não assumiu a responsabilidade pelo extravio, porque as cartas não tinham sido registradas. ( ) 22 - Com a intervenção da advoga-da, a empresa reaveu o terreno. ( ) 23 - Não serão aceitas as inscri-ções dos candidatos cujas as fichas não estiverem corretamente pre-enchidas. ( )

TESTE DO PROFESSOR PASQUALE Assinale com um “C” as frases gramaticalmente corretas e estilistica-

mente aceitáveis na norma culta e com um “E” as erradas.

Page 53: Erros mais comuns da nossa língua

24 - Foi enviado duas cópias do contrato ao diretor. Se ele assiná-las hoje, será possível efetuar o pagamento amanhã. ( ) 25 - A fábrica garante o produto contra todos os defeitos de fabrica-ção, exceto os decorrentes de uso indevido. ( ) 26 - Depois dos atentados nos Es-tados Unidos, a economia mundial entrou em forte recessão, onde as bolsas de valores sofreram gran-des perdas. ( ) 27 - Convidamos Vossa Senhoria e família para a cerimônia que rea-lizar-se-á na Igreja de Santo Antô-nio. ( ) 28 - Não quero saber se foi fulano, sicrano ou beltrano. ( ) 29 - Ele não explicou por que não compareceu. ( ) 30 - Ele não explicou porque não compareceu. ( ) 31 - O ministro não o convidou porque ele é de outro partido? ( ) 32 - Enviamos à Vossa Senhoria o documento a que nos referimos em nossa última conversa. ( ) 33 - Deputado fala da reunião na TV Cultura. ( ) 34 - Os peritos constataram que o gás vazava havia dias. ( ) 35 - Amo-o como um pai. ( )

RESPOSTAS São corretas estas frases: 3, 7, 8, 9, 11, 15, 28, 29, 30 e 34 São estas as correções nas demais: 1 - “Trata-se de contratos cujas cláu-sulas...”;

2 - “... Pode haver fortes pancadas...”; 4 - “... Ao encontro dos nossos...”; 5 - “...viger...”; 6 - A vírgula separa o sujeito do pre-dicado; 10 - “Mesmo que seja...”; 12 - “... quis...”; 13 - “... mantiver...”; 14 - “... Seu parecer...”; 16 - “... contrapropuser...”; 17 - “Devia fazer cinco minutos...”; 18 - “Mil reais é pouco...”; 19 - “A todo-poderosa...”; 20 - “... dá margem a muitas...”; 21 - Não se coloca pronome oblíquo depois de particípio (“extraviado-se”); o pronome “se” pode ficar antes ou depois de “tinha”. 22 - “... reouve...”; 23 - “... cujas fichas...”; 24 - “Foram enviadas duas cópias...”; “Se ele assinar hoje..”; 25 - A preposição “exceto” torna a frase contraditória, já que transfor-ma os defeitos decorrentes de uso indevido em defeitos de fabricação. Como aqueles não fazem parte do universo destes, não é possível excluí-los de lá. 26 - “Onde” não cola-tudo. Se a re-cessão é a causa da queda das bolsas, deve-se empregar um conectivo que estabeleça a relação de causa e efeito (“por isso”, “por conseguinte”, “conseqüentemente ” etc.). 27 - Caso típico de excesso de precio-sismo. O pronome “que” impede a mesóclise. A forma correta é “... Ceri-mônia que se realizará...”.

Page 54: Erros mais comuns da nossa língua

32 - Não ocorre crase com “Vossa Senhoria” já que esse pronome de tratamento não admite artigo. Nin-guém escreve algo como “Confiamos na Vossa Senhoria” ou “Precisamos de da Vossa Senhoria”. A forma corre-ta é “Enviamos a Vossa Senhoria...”. 33 - A frase é ambígua. Não se sabe se a TV cultura é o local em que ocor-re a fala do deputado ou a reunião. A correção depende do que se quer di-zer. “Na TV Cultura, deputado fala da reunião” e “Deputado fala da reunião realizada na TV Cultura” são algu-mas das possíveis soluções. 35 - A frase é ambígua. Não se sabe se quem ama vê no ser amado um pai ou um filho. “Amo-o como a um pai” (ou “Amo-o como se fosse meu pai”) e “Amo-o como a um filho”) são algumas das possíveis soluções.

DE 0 A 15 RESPOSTAS CERTAS Seu contato com a norma culta parece pouco freqüente. O estudo e a leitura poderão melhorar seu desempenho.

DE 16 A 25 RESPOSTAS CERTAS As formas que você desconhece comprovam a necessidade de estu-do específico. Releia o teste, descu-bra onde falhou e tente não mais escorregar nesses tópicos.

DE 26 A 35 RESPOSTAS CERTAS Seu desempenho é o de quem tem contato regular com os meandros da norma culta. Os poucos erros podem ser fruto de distração ou de

desconhecimento de alguns casos mais ardilosos.

PECADOS DA LÍNGUA Dez erros que comprometem a vida social e as pretensões profissionais de qualquer um 1. Houveram problemas. “Houve’ Problemas. Haver, no sentido de existir, é sempre impessoal. 2. Se ele dispor de tempo É erro grave conjugar de forma regu-lar os verbos derivados de ter, vir e pôr. Neste caso, o certo é “dispuser”. 3. Espero que ele seja feliz e Vie-ram menas pessoas. Dois erros inadmissíveis. A conjuga-ção ‘seje” não existe. E “menos’ não concorda com o substantivo, pois é advérbio e não adjetivo. 4. Ela ficou meia nervosa. “Meio” nervosa. Os advérbios não têm concordância de gênero. 5. Segue anexo duas cópias do con-trato. Atenção para a concordância verbal e nominal: “seguem anexas”. 6. Esse assunto é entre eu e ela. Depois de preposição, pronome oblí-quo tônico: entre “mim” e ela. 7. A professora deu um trabalho para mim fazer. Antes do verbo, usa-se o pronome pessoal, e não o oblíquo: para “eu”fazer. 8. Fazem dois meses que ele não aparece. O verbo fazer indicando tempo é im-pessoal: “faz” dois meses.

Page 55: Erros mais comuns da nossa língua

9. Vou estar providenciando o seu pagamento. O chamado “gerundismo” não chega a ser erro gramatical mas é um vício insuportável. “Vou providenciar” é mais elegante. 10. O problema vai ser resolvido a nível de empresa. O febrão do “a nível de” parece ter passado, mas ainda há quem utilize essa expressão pavorosa. Na frase em questão, “na” ou “pela” empresa são mais exatos e elegantes. Fonte: Revista Veja - de 7 de no-vembro de 2001 - e 12 de setem-bro de 2007.

Page 56: Erros mais comuns da nossa língua

"A moral" ou "O moral"? A moral é o conjunto das normas de conduta, os princípios que regem os bons costumes de uma sociedade, são os costumes que são convenciona-dos como válidos. Por exemplo: Respeite a moral de nossa cidade. A moral também pode significar a conclusão ou o propósito de algum fato. Por exemplo: Qual foi a moral da piada que ele contou? "A nível" ou "Em nível"? Essa expressão requer a preposição "em", portanto a forma correta e a úni-ca que deve ser usada é "em nível". O mais interessante dessa expressão é que ela não é necessária e pode ser suprimida, pois não acrescenta nada ao que se escreve ou se diz. Por exemplo: O assunto deve ser tratado em nível de família. (= O assunto deve ser trata-do em família.) Isso possibilita analisar o problema em nível de múltiplas soluções. (= Isso possibilita analisar o problema em múltiplas soluções.) O tema foi decidido numa reunião em nível de juízes. (= O tema foi decidido numa reunião de juízes.) Sua tarefa é desenvolver um trabalho em nível de exercícios para pessoas idosas. (= Sua tarefa é desenvolver um trabalho de exercícios para pessoas idosas.) A campanha será feita em nível mundial. (= A campanha será mundial.) ATENÇÃO É correto o emprego da expressão "ao nível de" quando se quer dizer que algo está na mesma altura em relação a outra coisa, seja com sentido pró-prio (denotativo) ou sentido figurado (conotativo). Por exemplo: Ubatuba está ao nível do mar. (= Ubatuba está na mesma altura do mar.) "Acerca de", "A cerca de" ou "Há cerca de"? 1 - "Acerca de" é uma locução prepositiva e equivale a "sobre", "a respeito de". Por exemplo: Estávamos conversando acerca de educação. Eles falavam acerca de política.

Page 57: Erros mais comuns da nossa língua

Compraram aquela casa há cerca de três anos. Não nos falamos há cerca de dois meses. "Afim" ou "A fim"? 1 - "Afim" é um adjetivo e significa igual, semelhante, parecido. Suas ideias são afins. Possuem temperamentos afins; por isso se relacionam tão bem. 2 - "A fim" faz parte da locução "a fim de", que significa para, com o pro-pósito, com o intuito e indica finalidade: Fez tudo aquilo a fim de nos convencer de sua inocência. Apresentou-nos todas as propostas de pagamento a fim de vender os produ-tos.

"Ao encontro de" ou "De encontro a"?

1 - "Ao encontro de" significa "ser favorável a", "aproximar-se de". Por e-

xemplo:

A opinião dos estudantes ia ao encontro das nossas.

Logo que a vi fui ao seu encontro para recepcioná-la.

Ele foi ao encontro dos amigos.

2 - "De encontro a" indica oposição, colisão:

Não concordo com suas atitudes. Sua maneira de agir sempre veio de encon-

tro a minha.

O caminhão foi de encontro ao carro que estava parado.

O que ele fez foi de encontro ao que eu tinha dito.

"Aprender" e "Apreender"

1 - "Aprender" significa saber, entender. Por exemplo:

Todos os alunos aprenderam os conteúdos que a professora ensinou.

2 - "Apreender" significa prender, aprisionar, fixar. Por exemplo:

Os policiais apreenderam as armas.

Page 58: Erros mais comuns da nossa língua

"Ascender" ou "Acender"? 1 - Ascender com "sc" significa subir, elevar-se. O verbo ascender pode ser usado como transitivo e intransitivo. Veja os exemplos: Ele ascendeu ao cargo de diretor da empresa. Ele ascendeu ao céu. (Em ambos os casos, o verbo ascender é usado como verbo transitivo indireto) O elevador ascendeu. (Nesse caso, o verbo ascender é usado como verbo intransitivo) 2 - Acender com "c" significa "pôr fogo a", "fazer arder", "pôr em funciona-mento" (sistema elétrico de iluminação). O verbo acender pode ser usado como verbo transitivo direto. Por exemplo: Por favor, acenda a luz. Está na hora de acendermos a fogueira. "Aterrisar" ou "Aterrissar"? Quanto a essas formas, a única correta é "aterrissar", "aterrissagem". Esta palavra deriva-se do vocábulo francês "aterrissage". Veja os exemplos: O avião aterrissou ontem à noite. O piloto fez uma aterrissagem muito brusca. "Bem-me-quer", "malmequer"... Atenção para essas expressões. Devemos escrever "bem-me-quer" separa-do e com hífen, mas devemos escrever a expressão "malmequer" junto. "Bemvindo" ou "bem-vindo"? "Bem-vindo" é um adjetivo composto. Nesse caso, é sempre grafado com hífen. Os dicionários brasileiros mostram a forma com hífen quando o sen-tido é de saudação. No entanto, indicam que existe também a forma "Benvindo" (com "n" e sem hífen), que atua como nome de pessoa: "Benvindo" para homens e "Benvinda" para mulheres. "Bi-campeão" ou "Bicampeão"? Os prefixos uni, bi, tri, etc. NUNCA provocam hífen. Exemplos: unilateral, bicampeão, tricampeão, tetracampeão, etc.

Page 59: Erros mais comuns da nossa língua

"Cachorro quente" ou "Cachorro-quente"? Uma das regras que precisamos ter muito cuidado é a que se refere ao sen-tido figurado de um substantivo composto. Veja: - Se o sentido for figurado, a expressão exige hífen. Por exemplo: Cachorro-quente. Nesse caso, não se trata de um cachorro, mas sim de um sanduíche. - Se o sentido for real, a expressão não deve ser usada com hífen. Por exem-plo: Cachorro quente. Nesse caso, trata-se de um animal, o cachorro que está aquecido. "Circuíto" ou "Circuito"? A maneira correta, gramaticalmente, é cir-cui-to. Não se deve destacar a letra "i" da letra "u" ao pronunciar essa palavra. Assim, estende-se também essa regra aos vocábulos "gratuito", "intuito" e fortuito". "Coalizão" ou "Colisão"? 1 - "Coalizão" significa união, aliança, acordo. Por exemplo: No estado de São Paulo ocorreu uma coalizão entre alguns partidos políticos a fim de acabar com as divergências existentes entre tais partidos. 2 - "Colisão" significa choque, conflito, luta. Por exemplo: A colisão entre os dois carros foi forte, entretanto ninguém ficou ferido. "Conserto" ou "Concerto"? 1 - "Conserto" significa reparo. Por exemplo: Precisamos mandar consertar o carro. Meu pai consertou a mesa que havia quebrado. A televisão está no conserto. 2 - "Concerto" significa sessão musical, consonância de sons ou vozes. Por exemplo: Fomos assistir a um concerto de ópera. Vamos a um concerto de piano no teatro da cidade. "De sopetão" ou "De supetão"?

A forma correta é "de supetão", com "u". A palavra ‘supetão’ pertence {

mesma família da palavra ‘súbito’ e significa ‘de súbito’, ‘de repente’.

Page 60: Erros mais comuns da nossa língua

"Desinteria" ou "Disenteria"? A forma correta é disenteria. Esse vocábulo vem do grego "dis" (que signi-fica dificuldade) e "énteron" (que significa intestino). Por exemplo: Fernando estava com disenteria, por isso não foi à aula. "Distratar" ou "Destratar"? 1 - "Distratar" significa não cumprir o trato, desfazer o que havia sido com-binado. Por exemplo: Ele distratou o que havia combinado com sua esposa. 2 - "Destratar" significa insultar, ofender, maltratar. Por exemplo: Ele destratou os colegas porque havia sido enganado por todos. Não destrate os animais. "Em vez de" ou "Ao invés de"? 1 - "Em vez de" indica substituição, troca. Por exemplo: Em vez de estudar, ficou brincando com os amigos. Em vez de ir ao cinema, fui ao teatro. 2 - "Ao invés de" indica algo inverso, contrário. Essa expressão supõe uma "oposição". Por exemplo: Ao invés de ligar os fios na tomada, desligou-os. Descemos, ao invés de subir. "Eminente" ou "Iminente"? Eminente significa "superior", "notável", "sublime". Por exemplo: O eminente filósofo apresentou suas teses. Iminente significa que algo está a ponto de acontecer. Por exemplo: Perigo iminente! ( = Perigo próximo! ) "Empecilho" ou "Impecilho"? A forma correta é empecilho, impecilho não existe. Por exemplo: Ao longo do caminho alguns empecilhos impediram que ele chegasse no ho-rário marcado. "Espectador" ou "Expectador"? Espectador com "s" é aquele que assiste a um espetáculo. Por exemplo: Os espectadores da peça de teatro ficaram sentados o tempo todo a pedido dos atores.

Page 61: Erros mais comuns da nossa língua

Expectador com "x" é aquele que está na expectativa de alguma coisa; é aquele que alimenta a esperança ou a probalidade de conseguir algo. Por exemplo: Os expectadores estavam ansiosos para o início do sorteio dos carros. "Espiar" ou "Expiar"? Espiar com "s" signfica ver ou observar secretamente. Por exemplo: Ricardo estava espiando o que seus irmãos faziam na sala. Expiar com "x" significa sofrer, padecer, pagar por erros cometidos anteri-ormente. Por exemplo: Devemos expiá-lo para que não cometa mais as injustiças que cometeu co-nosco. "Está a par" ou "está ao par"? 1 - "A par" possui sentido de "estar ciente", "estar bem-informado", "ter conhecimento". Por exemplo: Eles não estavam a par das últimas notícias. Ficamos a par de tudo o que ocorreu naquela noite. 2 - Ao par só é usado para indicar equivalência entre valores cambiais. Por exemplo: O real está ao par do dólar. "Externo" ou "Esterno"?*novo Não confunda: "externo" é o que está fora, exterior. "Esterno" é o osso di-anteiro do peito. "Fragrante" ou "Flagrante"?*novo

As palavras possuem significados diferentes. "Fragrante" significa perfu-

mado, aromado. Para se referir ao ato de surpreender alguém, utilize

"flagrante".

Page 62: Erros mais comuns da nossa língua

"Granfina", "Grã fina" ou "Grã-fina"? O adjetivo "grã", que é a forma reduzida de "grande", é com til e sempre provoca hífen. Por exemplo: Grã-fina, grã-cruz, grã-final, etc... "Há" ou "A"? Na indicação de espaço de tempo, podemos usar tanto "há" quanto "a", mas cada um tem uso específico. Usamos "há", quando se trata de um espaço de tempo que já passou. Por exemplo: Ele saiu de casa há duas horas. Meu pai aposentou-se há dez anos. Nesse caso, podemos substituir "há" por "faz". Observe as construções: Ele saiu de casa faz duas horas. Faz dez anos que meu pai aposentou-se. Usamos "a" quando se trata de um espaço de tempo que está por vir. Por exemplo: Ele chegará daqui a duas horas. Eles voltarão da viagem daqui a um mês. "Haja vista" ou "Haja visto"? A forma correta da expressão é "haja vista", já que a palavra "vista", nesse caso, é invariável, pois faz referência a vista, com sentido de "olho". Deve-mos escrever haja com "j", pois é uma flexão do verbo "haver" na terceira pessoa do imperativo afirmativo. Haja vista significa "por causa de", "devido a", "uma vez que", "visto que", "já que", "porque", "tendo em vista". Por exemplo: Faremos uma visita a ele, tendo em vista que ele está doente. (= Faremos uma visita a ele, haja vista que ele está doente.) Nunca diremos ou escreveremos "tendo em visto", portanto só devemos usar "haja vista". Por exemplo: Acordarei cedo, haja vista que terei muitos compromissos. Ela está estudando, haja vista a prova que fará na próxima semana. "Hilaridade" ou "Hilariedade"? .

Page 63: Erros mais comuns da nossa língua

A forma correta é hilaridade e remete a algo engraçado. Por exemplo: O filme é uma hilaridade, todos riram do início ao fim. "História", "história" ou "estória"?*novo Quando a palavra estiver grafada com ‘H’ maiúsculo, refere-se à ciência. Exemplo: História Geral "Estória" ou "história" (com ‘h’ minúsculo) refe-rem-se à narração, conto. Exemplo: Meu avô contou-me uma história as-sustadora. "Imigrante" ou "Emigrante"? Chamamos de "imigrante" o indivíduo que entra em um país, vindo de ou-tro. Por exemplo: Manoel nasceu em Portugal, portanto aqui no Brasil ele é considerado imi-grante. Alguns imigrantes mexicanos que moram nos Estado Unidos terão que voltar para o México. Os indivíduos que saem do país onde nasceram e vão morar em outro são considerados "emigrantes" em seu país de origem. Por exemplo: João é considerado emigrante aqui no Brasil desde que foi morar na Espa-nha. "Inter" é QUASE sempre sem hífen O prefixo "inter" se anexa diretamente à palavra que o segue: internacio-nal, interdisciplinar, intermuscular, intercâmbio, intercolegial, interurba-no, interdependência, interamericano, interacadêmico. Mas LEMBRE-SE, se a palavra seguinte começar por h ou r, haverá hífen obrigatoriamente. Por exemplo: inter-humano, inter-racial, inter-radical. "Maizena" ou "Maisena"?*novo

"Maizena" (com "z") é apenas a marca registrada do produto maisena

(amido de milho). "Maisena" é a forma considerada correta de acordo com

a gram|tica, tendo sua origem na palavra ‘maís’ (variedade de milho).

Page 64: Erros mais comuns da nossa língua

"Mal" ou "Mau"?

1 - "Mal" pode ser um substantivo ou um advérbio. Como substantivo, quer

dizer "aquilo que é nocivo, prejudicial" ou então "doença", "epidemia". Ob-

serve os exemplos:

Sofre desse mal desde os oito anos de idade.

Não há motivos para para praticarmos o mal.

Ele fez mal ao menino.

Como advérbio, mal pode ter o sentido de "de modo irregular", "de modo

errado", "pouco", "escassamente". Por exemplo:

Chegou em casa e mal olhou para a esposa.

Aquela criança era muito mal-educada.

O aluno lê e escreve muito mal.

"Mal" é, em quase todos os casos, antônimo de bem: praticar o mal / prati-

car o bem

as coisas vão mal / as coisas vão bem

escreve mal / escreve bem

mal-educada / bem-educada

mal-organizado / bem-organizado

mal planejado / bem planejado

mal-interpretado / bem-interpretado

2 - "Mau" é um adjetivo, antônimo de bom. Pode, como todo adjetivo, ser

substantivado (nesse caso, aparece acompanhado por um artigo):

Disseram que ele era mau-caráter.

Os maus exemplos não devem ser seguidos.

Seu amigo não é um mau indivíduo.

"Mas" ou "Mais"?

Page 65: Erros mais comuns da nossa língua

1 - "Mas" é uma conjunção adversativa e equivale a "porém", "contudo", "entretanto", "no entanto". Por exemplo: Fez muita força para abrir a porta, mas não conseguiu. 2 - " Mais" pode atuar como pronome ou advérbio de intensidade, opondo-se geralmente a "menos". Por exemplo: Ela fez mais trabalhos durante o ano. A Alemanha é um dos países mais ricos do mun-do. "Onde" ou "Aonde"? 1 - "Onde" indica o lugar em que algo ou alguém está. Refere-se, normal-mente, a verbos que indicam estados de permanência. Equivale à expres-são "em que lugar". Por exemplo: Onde está seu filho? Onde iremos nos hospedar? Não sei onde ficaremos nas férias de inverno. Onde você estacionou o carro? 2 - "Aonde" indica movimento, aproximação. Equivale à expressão "a que lugar". Por exemplo: Aonde ele vai? Aonde você quer chegar? Aonde devo ir para comprar esses produtos? Não sei aonde ir para vê-la.

"Por isso" ou "Porisso"?*novo

A expressão SEMPRE deve ser grafada separada. Em caso de dúvida, lem-

bre-se da expressão ‘por isto’, que possui o mesmo significado e que tam-

bém é escrita com duas palavras.

"Por que" - "Por quê" - "Porquê" - "Porque"

Usamos POR QUE (separado e sem acento circunflexo) nos seguintes casos:

a) Nas frases interrogativas (quando escrevemos no início das frases) e

quando equivale à "razão", "motivo" e "causa". Por exemplo:

Por que você não varreu o chão?

Por que você brigou com seu amigo?

E as meninas, por que não vieram conosco?

Page 66: Erros mais comuns da nossa língua

b) Quando pudermos substituí-lo por "pelo qual", "pelos quais", "pela qual", "pelas quais". Por exemplo: Os caminhos por que percorri foram muitos. (= Os caminhos pelos quais percorri foram muitos.) As atrocidades por que foi submetido tornaram ele em um homem rude. (= As atrocidades pelas quais foi submetido tornaram ele um homem rude.) OBSERVAÇÃO Após os vocábulos "eis" e "daí", subentende-se a palavra "motivo", isso justifica a grafia da palavra separadamente. Por exemplo: Daí por que não aceitei seu pedido de desculpas. (= Daí o motivo por que não aceitei seu pedido de desculpas.) Eis por que estou tão alegre. (= Eis o motivo por que estou tão alegre.) Usamos POR QUÊ (separado e com acento circunflexo) no final de frases que tenham apenas um ponto (final, interrogativo, exclamativo,...) depois dele. Por exemplo: Levantaste só agora por quê? Eles não sabem por quê. Não me pergunte outra vez, já disse que não sei por quê! Usamos PORQUÊ (junto e com acento circunflexo) quando essa palavra for usada como substantivo e for antecedida por artigo. Por exemplo: Não sei o porquê de sua atitude tão grosseira. O porquê da discussão não foi esclarecido até agora. Contaram a ela o porquê de sua demissão. Não fale alto porque o bebê está dormindo. (explicação) "Pretencioso" ou "Pretensioso"?*novo

Embora muitas pessoas escrevam com "c", a forma correta é "pretensioso",

com "s"! A grafia está baseada na seguinte regra: Se o verbo possuir "nd", o

substantivo derivado será formado por "ns". Exemplos: pretender/

pretensão/pretensioso, compreender/ compreensão/compreensivo.

"Prevalecido" ou "Provalecido"?*novo

Na hora de expressar a ideia de que ‘alguém est| abusando de sua posição’,

muitas pessoas utilizam erroneamente a forma "provalecido". O correto,

porém, é dizer "prevalecido", palavra que deriva do verbo ‘prevalecer’.

Page 67: Erros mais comuns da nossa língua

"Rebuliço" ou "Reboliço"? São palavras com significados diferentes, ambas existentes em língua por-tuguesa. Rebuliço significa "agitação", "confusão", "desordem". Por exem-plo: Arrume seu quarto, por favor, pois ele está um rebuliço. Reboliço é um adjetivo que significa "em forma de rebolo", "arredondado", "que rebola". Por Exemplo: Este objeto é reboliço. "Rio-grandense" ou "Riograndense"?*novo Em se tratando de nomes compostos designativos de povos, utiliza-se o hífen quando não há perda de letras na formação das palavras. Exemplos: rio + grandense = rio-grandense/ mato + grossense = mato-grossense Quando houver perda de letras, não se utiliza o hífen. Exemplo: estado + unidense = estadunidense "Tenho de..." ou "Tenho que?" 1 - Usa-se "Tenho de" quando o sentido for de obrigação, necessidade, de-sejo ou interesse. Por exemplo: Temos de lutar por nossos direitos. O diretor da escola terá de dar explicações sobre o aumento de seu salário. O expediente tem de acabar às seis horas da tarde. Eles tinham de avisar a mãe que iriam sair. O gerente teve de indenizar todos os ex-funcionários. 2 - Usa-se "Tenho que" para expressar possibilidade. Por exemplo: Talvez você tenha que buscar sua irmã na escola hoje. É possível que ele tenha que fazer uma operação. "Suador" ou "Suadouro"?*novo "Suador" é a pessoa que sua com frequência. Por exemplo: Esse menino é muito suador, sua com muita facilidade! ‘Suadouro’ refere-se ao ato ou e-feito de suar. Por exemplo: Quando falei com meu professor, causou-me um suadouro. "Toráxico" ou "Torácico"?*novo

Page 68: Erros mais comuns da nossa língua

Embora a palavra ‘tórax’ seja escrita com "x", "tor|cico" grafa-se com "c". A explicação vem do latim: thorax originou ‘tórax’; thoracicus originou "torácico". "Viajem" ou "Viagem"? Cuidado com essa palavra! O verbo " viajar" é com "j": eu viajo, tu viajas, eles viajaram, que ele viaje... Mas o substantivo viagem é sempre escrito com "g". Por exemplo: Nossa viagem estava maravilhosa. No próximo verão faremos uma viagem para a Europa. A viagem foi muito demorada.

A palavra "bem", na maioria dos casos, provoca hífen.

Por exemplo: bem-vindo bem-criado bem-casado bem-falante

bem-humorado bem-nascido

bem-posto bem-querer

ATENÇÃO: os compostos em que o termo "bem" vier seguido de vogal de-vem ser grafados com hífen. Por exemplo:

bem-estar bem-aventurado bem-afortunado

bem-ouvido bem-amada

bem-arrumado Esse - Este - Aquele

Os pronomes demonstrativos indicam a posição de um ser qualquer em relação às pessoas do discurso, situando-os no tempo, no espaço e no pen-samento. Os pronomes demonstrativos também podem ser flexionados em gênero, número e pessoa. Para cada uma das formas do discurso, há um demonstrativo neutro, invariável, que são: isto, isso, aquilo.

Para esclarecer quando devemos usá-los é preciso citar algumas regras, visto que há mais de um aspecto a ser considerado, tais como:

Page 69: Erros mais comuns da nossa língua

- Com relação à localização de seres no espaço: a) Devemos usar "ESTE" (esta, isto) se estivermos nos referindo a algo que está perto da pessoa que está falando. Por exemplo: Este meu casaco está desbotado. Ganhei este anel do meu namorado. Supõe-se que o casaco e o anel estão próximos de quem fala, por isso em-pregamos o pronome demonstrativo "este". b) Devemos usar "ESSE" (essa, isso) se estivermos nos referindo a algo que está próximo da pessoa com quem se fala. Por exemplo: Por favor, alcance-me esses livros que estão à sua frente. Você vai sair com esse tênis? c) Devemos usar "AQUELE" (aquela, aquilo) quando estivermos nos refe-rindo a algo que está distante de quem fala e de quem escuta. Por exemplo : Quero aquela boneca que está em cima do armário. Aquele olhar me fascina! - Com relação ao tempo: a) Devemos usar o pronome demonstrativo "ESTE" e suas flexões com re-lação ao tempo presente ou ao tempo decorrente. Por exemplo: Este ano compraremos um carro. Quero que este verão seja menos quente que os outros verões. Esta tarde estou feliz. b) Devemos utilizar o pronome demonstrativo "ESSE" e suas flexões com o tempo passado ou futuro próximo em relação à época em que a pessoa fala. Por exemplo: Esse foi o dia que ocorreu o incêndio. Esses dias encontrei Joana na rua. Ano passado tive graves problemas de saúde. Não gosto de me lembrar desse ano. Essa noite será especial para todos. c) Devemos utilizar "AQUILO" e suas flexões para nos referirmos a um pas-sado distante. Por exemplo: Tenho saudades da minha infância, aquele sim era um tempo bom.

Page 70: Erros mais comuns da nossa língua

Conheci meu marido em um baile há 25 anos, aquela foi a melhor festa de minha vida. Naqueles tempos não havia tanta corrupção. - No discurso, os pronomes demonstrativos são eficientes elementos de coesão entre o que se está falando e o que já foi dito ou irá dizer adiante. Devemos usar "ESTE" e suas flexões para adiantar o que se vai dizer ou para remeter a um termo imediatamente anterior. Por exemplo: Nossa cidade está com muitos problemas, dentre os quais estes: falta de ilu-minação, de segurança e de saneamento básico. Você conhece estes versos: "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabi-á..."? Não sei qual o melhor lugar para morar: zona rural ou zona urbana? Acho que esta (última = zona urbana) oferece mais opções de trabalho e estudo. Quando falei com Maria, esta ficou extremamente feliz. - Outro caso importante ocorre quando queremos retomar elementos já mencionados utilizando os pronomes demonstrativos. Por exemplo: O amor, o respeito e a gratidão devem fazer parte da vida do homem. Aquele, por impedir o ódio, esse, por demonstrar educação e este por promover a solidariedade. - Na elaboração de cartas, os pronomes demonstrativos "ESTE", "ESTA" referem-se ao local em que se encontra quem está escrevendo a carta. Os pronomes demonstrativos "ESSE", "ESSA" referem-se ao local em que se encontra o destinatário. Por exemplo:

Este município tem o prazer de convidar todos os agricultores dessa cidade para participar da Festa do Moranguinho.

Page 71: Erros mais comuns da nossa língua

Língua (Usos culto, coloquial e popular - gíria) (*Luiz Antonio Sacconi )

A língua é um código de que se serve o homem para elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basicamente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais: 1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base a norma culta, forma lingüística utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comuni-cação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem aliados da escola, prestando servi-ço à sociedade, colaborando na educação, e não justamente o contrário; 2) a língua funcional de modalidade popular; língua popular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão. Norma culta A norma culta, forma lingüística que todo povo civilizado possui, é a que assegura a unidade da língua nacional. E justamente em nome dessa unida-de, tão importante do ponto de vista político-cultural, que é ensinada nas escolas e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e criativa, a língua popular se afigura mais expres-siva e dinâmica. Temos, assim, à guisa de exempliflcação: Estou preocupado. (norma culta) Tô preocupado. (língua popular) Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) Não basta conhecer apenas uma modalidade de língua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a espontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para viver; urge conhecer a língua culta para conviver. Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das normas da língua culta. O conceito de erro em língua Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente se comete são transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele falar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma cul-ta. Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa praia, vestido de fraque e cartola.

Page 72: Erros mais comuns da nossa língua

Releva considerar, assim, o momento do discurso, que pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre amigos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas perfei-tamente normais construções do tipo: Eu não vi ela hoje. Ninguém deixou ele falar. Deixe eu ver isso! Eu te amo, sim, mas não abuse! Não assisti o filme nem vou assisti-lo. Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo. Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a norma culta, deixando mais livres os interlocutores. O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se alteram: Eu não a vi hoje. Ninguém o deixou falar. Deixe-me ver isso! Eu te amo, sim, mas não abuses! Não assisti ao filme nem vou assistir a ele. Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe. Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a norma culta, deixando mais livres os interlocutores. O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se alteram: Eu não a vi hoje. Ninguém o deixou falar. Deixe-me ver isso! Eu te amo, sim, mas não abuses! Não assisti ao filme nem vou assistir a ele. Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.

Page 73: Erros mais comuns da nossa língua

Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista, etc.). Daí o fato de não se admiti-rem deslizes ou transgressões da norma culta na pena ou na boca de jorna-listas, quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço à causa do ensino, e não o contrário. O momento solene, acessível a poucos, é o da arte poética, caracterizado por construções de rara beleza. Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume. Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o comete, passando, assim, a constituir fato lingüístico registro de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda que não tenha amparo gramatical. Ex.: Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!) Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.) Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos dispersar e Não va-mos dispersar-nos.) Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de sair daqui bem depressa.) O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no seu posto.) Têxtil, que significa rigorosamente que se pode tecer, em virtude do seu significado, não poderia ser adjetivo associado a indústria, já que não exis-te indústria que se pode tecer. Hoje, porém, temos não só como também o operário têxtil, em vez da indústria de fibra têxtil e do operário da indústria de fibra têxtil. As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos impedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos também de transgressões ou “erros” que se tornaram fatos lingüísticos, j| que só correm hoje porque a maioria viu tais verbos como derivados de pedir, que tem, início, na sua conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as formas então legítimas impido, despido e desimpido, que hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de usar. Observação: Em vista do exposto, será útil eliminar do vocabulário escolar palavras como corrigir e correto, quando nos referimos a frases. “Corrija estas frases” é uma expressão que deve dar lugar a esta, por exemplo: “Converta estas frases da língua popular para a língua culta”. Uma frase correta não é aquela que se contrapõe a uma frase “errada”; é, na verdade, uma frase elaborada conforme as normas gramaticais; em suma, conforme a norma culta.

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Língua escrita e língua falada. Nível de linguagem A língua escrita, estática, mais elaborada e menos econômica, não dispõe dos recursos próprios da língua falada. A acentuação (relevo de sílaba ou sílabas), a entoação (melodia da frase), as pausas (intervalos significativos no decorrer do discurso), além da pos-sibilidade de gestos, olhares, piscadas, etc., fazem da língua falada a moda-lidade mais expressiva, mais criativa, mais espontânea e natural, estando, por isso mesmo, mais sujeita a transformações e a evoluções. Nenhuma, porém, se sobrepõe a outra em importância. Nas escolas princi-palmente, costuma se ensinar a língua falada com base na língua escrita, considerada superior. Decorrem daí as correções, as retificações, as emen-das, a que os professores sempre estão atentos. Ao professor cabe ensinar as duas modalidades, mostrando as característi-cas e as vantagens de uma e outra, sem deixar transparecer nenhum cará-ter de superioridade ou inferioridade, que em verdade inexiste. Isso não implica dizer que se deve admitir tudo na língua falada. A nenhum povo interessa a multiplicação de línguas. A nenhuma nação convém o sur-gimento de dialetos, conseqüência natural do enorme distanciamento en-tre uma modalidade e outra. Com propriedade, afirma o Prof. Sebastião Expedito Ignacio, da UNESP (Universidade Estadual de São Paulo): “O fato de que é o povo que faz a língua não quer dizer que se deva aceitar tudo o que venha a ser criado pelo povo. A língua pressupõe também cultura e, às vezes, o próprio povo se encarrega de repelir uma criação que não se enquadre dentro do espíri-to da língua como evolução natural”. A língua escrita é, foi e sempre será mais bem-elaborada que a língua fala-da, porque é a modalidade que mantém a unidade lingüística de um povo, além de ser a que faz o pensamento atravessar o espaço e o tempo. Nenhu-ma reflexão, nenhuma análise mais detida será possível sem a língua escri-ta, cujas transformações, por isso mesmo, se processam lentamente e em número consideravelmente menor, quando cotejada com a modalidade falada. Importante é fazer o educando perceber que o nível da linguagem, a norma lingüística, deve variar de acordo com a situação em que se desenvolve o discurso.

Page 75: Erros mais comuns da nossa língua

O ambiente sociocultural determina .o nível da linguagem a ser emprega-do. O vocabulário, a sintaxe, a pronúncia e até a entoação variam segundo esse nível. Um padre não fala com uma criança como se estivesse dizendo missa, assim como uma criança não fala como um adulto. Um engenheiro não usará um mesmo discurso, ou um mesmo nível de fala, para colegas e para pedreiros, assim como nenhum professor utiliza o mesmo nível de fala no recesso do lar e na sala de aula. Existem, portanto, vários níveis de linguagem e, entre esses níveis, se des-tacam em importância o culto e o cotidiano, a que já fizemos referência. A gíria Ao contrário do que muitos pensam, a gíria não constitui um flagelo da linguagem. Quem, um dia, já não usou bacana, dica, cara, chato, cuca, escu-lacho, estrilar? O mal maior da gíria reside na sua adoção como forma permanente de co-municação, desencadeando um processo não só de esquecimento, como de desprezo do vocabulário oficial. Usada no momento certo, porém, a gíria é um elemento de linguagem que denota expressividade e revela grande cri-atividade, desde que, naturalmente, adequada à mensagem, ao meio e ao receptor. Note, porém, que estamos falando em gíria, e não em calão. Ainda que criativa e expressiva, a gíria só é admitida na língua falada. A língua escrita não a tolera, a não ser na reprodução da fala de determinado meio ou época, com a visível intenção de documentar o fato, ou em casos especiais de comunicação entre amigos, familiares, namorados, etc., carac-terizada pela linguagem informal. * in Nossa Gramática – Teoria e Prática. Editora Atual, 1994.

Page 76: Erros mais comuns da nossa língua

A nova ortografia está aí!

O parlamento português aprovou, em maio de 2008, o segundo protocolo modificativo do acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Assim, Portugal se une a Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, que, em 2007, ratifica-ram o protocolo, o que já garantia sua entrada em vigor. O prazo estimado de adaptação para os brasileiros é de três anos, mas a reforma já está va-lendo. A reforma ortográfica só será obrigatória a partir de 2012, mas é bom começar já a adaptação. Observe como ficam as regras de acentuação gráfica:

1ª) REGRA DOS HIATOS (abolida pela reforma ortográfica): Como era? Palavras terminadas em “oo(s)” e as formas verbais termina-das em “-eem” recebiam acento circunflexo: vôo, vôos, enjôo, crêem, dêem, lêem. Como fica? Sem acento. O que não muda? a) eles têm e eles vêm (terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir); b) ele contém, detém, provém, intervém (terceira pessoa do singular do presente do indicativo dos verbos derivados de ter e vir: conter, deter, manter, obter, provir, intervir, convir); c) eles contêm, detêm, provêm, intervêm (terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos derivados de ter e vir).

2ª) REGRA DO “U” e DO “I” (parcialmente abolida): O que não mudou? As vogais “i” e “u” recebem acento agudo sempre que formam hiato com a vogal anterior e ficam sozinhas na sílaba ou com “s”: Gra-ja-ú, ba-ú, sa-ú-de, vi-ú-va, con-te-ú-do, ga-ú-cho, eu re-ú-no, ele re-ú-ne, i-ca-ra-í, eu ca-í,eu sa-í,eu tra-í,o pa-ís,tu ca-ís-te, nós ca-ímos, eles ca-í-ram, eu ca-í-a.

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Observações: a) a vogal “i” tônica, antes de “NH”, não recebe acento agudo: rainha, bai-nha; b) Não há acento agudo quando formam ditongo e não hiato: gra-tui-to, for-tui-to, in-tui-to; c) Não h| acento agudo quando as vogais “i” e “u” não estão isoladas na sílaba: ca-iu, ca-irmos, sa-in-do, ra-iz, ju-iz, ru-im, pa-ul... O que mudou? Perdem o acento agudo as palavras em que as vogais “i” e “u” formam hiato com um ditongo anterior: fei-u-ra, bai-u-ca Como era / como fica? Feiúra – feiura; baiúca – baiuca.

3ª) DITONGOS ABERTOS “ÉU”, “ÉI” e “ÓI” (regra parcialmente aboli-da): Como era? Acentuavam-se todas as palavras que apresentam ditongos abertos Éu: céu, réu, chapéu, troféus / Éi: papéis, pastéis, anéis, idéia, as-sembléia / Ói: dói, herói, esferóide. O bservações: a) Não se acentuam os ditongos fechados

eu: seu, ateu, judeu, europeu / ei: lei, alheio, feia / Oi: boi, coisa, o apoio b) No brasil, colmeia e centopeia são pronunciados com o timbre aberto. O que mudou? Perdem o acento agudo somente as palavras paroxítonas: ideia, epopeia, assembleia, jiboia, boia, eu apoio, ele apoia, esferoide, heroi-co... O que não mudou? O acento agudo permanece nas palavras oxítonas: dói, mói, rói, herói, anéis, papéis, pastéis, céu, réu, troféu.

4ª) REGRA DO ACENTO DIFERENCIAL (parcialmente abolida): Como era? recebiam acento gráfico:ele pára (do verbo parar, só a 3ª pes-soa do singular do presente do indicativo); eu pélo, tu pélas e ele péla (do verbo pelar); o pêlo, os pêlos (substantivo = cabelo, penugem); epêra (substantivo, só no singular); o pólo, os pólos (substantivos).

Como fica? Sem acento gráfico: ele para (do verbo parar - 3ª pessoa do singular do presente do indicativo); eu pelo, tu pelas e ele pela(do verbo pelar); o pelo, os pelos (substantivo = cabelo, penugem); a pera (substantivo = fruta); o polo, os polos (substantivos = jogo ou extremida-de).

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O que não mudou? a) pôr (só o infinitivo do verbo): “ele deve pôr em pr|tica tudo que apren-deu”; por (preposição): “ele deve ir por este caminho”; b) pôde é a 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo: “Ontem ele não pôde resolver o problema”; podeé a 3ª pessoa do singular do presente do indicativo: “agora ele não pode sair”. Observação: Sugere-se que se acentue fôrma (“fôrma de pizza”), como orientam o dicio-nário aurélio e o novo acordo ortográfico, a fim de diferenciar de forma (“forma física ideal”).

O que estabelece o novo acordo ortográfico a respeito do uso do hífen (-)

I. Nas formações com prefixos (ANTE, ANTI, ARQUI, AUTO, CIRCUM, CO, CONTRA, ENTRE, EXTRA, HIPER, INFRA, INTER, INTRA, SEMI, SOBRE, SUB, SUPER, SUPRA, ULTRA...) e em formações com falsos prefixos (AERO, FOTO, MACRO, MAXI, MICRO, MINI, NEO, PAN, PROTO, PSEU-DO, RETRO, TELE...), só se emprega o hífen nos seguintes casos: a) Nas formações em que o segundo elemento começa por “H”: antehistóri-co, anti-higiênico, anti-herói, anti-horário, auto-hipnose, circumhospitalar, co-herdeiro, infra-hepático, inter-humano, hiper-hidratação, neohambur-guês, pan-helênico, proto-história, semi-hospitalar, sobre-humano, sub-humano, super-homem, ultra-hiperbólico... Observação: Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos "DES-" e"IN-" e nas quais o segundo elemento perdeu o “h” inicial: desumano, desarmonia, desumidificar, in|bil, inumano... b) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina na MESMA VOGAL com que se inicia o segundo elemento: auto-observação, anti-imperialismo, anti-inflacionário, anti-inflamatório, arqui-inimigo, arquiirmandade, contra-almirante, contra-ataque, infra-assinado, infra-axilar, intra-abdominal, proto-orgânico, re-eleger, semi-inconsciência, semi-interno, sobre-erguer, supra-anal, supra-auricular, ultra-aquecido, eletro-ótica, micro-onda, mi-cro-ônibus...

Observações: 1ª) Nas formações com o prefixo “CO-“, este aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por “o”: coobrigação, coocupan-te, cooperar, cooperação, coordenar...

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2ª) Nas formações com os prefixos “CIRCUM-“ e “PAN-“, quando o segundo elemento começa por “h”, vogal, “m” ou “n”, devemos usar o hífen: circum-hospitalar, circum-escolar, circum-murado, circum-navegação, pan-africano, pan-americano, pan-mágico, pan-negritude... 3ª) Com os prefixos AUTO, CONTRA, EXTRA, INFRA, INTRA, NEO, PROTO, PSEUDO, SEMI, SUPRA, ULTRA, ANTE, ANTI, ARQUI e SOBRE, se o segundo elemento começa por “s” ou “r”, devemos dobrar as consoantes, em vez de usar o hífen. Observe: Como era: auto-retrato, auto-serviço, auto-suficiente, auto-sustentável, contra-reforma, contra-senso, infra-renal, infra-som, intra-racial, neo-romântico, neo-socialismo, pseudo-rainha, pseudo-representação, pseudo-sábio, semi-reta, semi-selvagem, supra-renal, supra-sumo, ultra-radical, ultra-romântico, ultra-som, ultra-sonografia, ante-republicano, ante-sala, anti-rábico, anti-racista, anti-radical, anti-semita, antisocial, arqui-rival, arqui-sacerdote, sobre-renal, sobre-roda, sobre-saia, sobresalto... Como fica: autorretrato, autosserviço, autossuficiente, autossustentável, contrarreforma, contrassenso, infrarrenal, infrassom, intrarracial, neorro-mântico, neossocialismo, pseudorrainha, pseudorrepresentação, pseudos-sábio, semirreta, semisselvagem, suprarrenal, suprassumo, ultrarradical, ultrarromântico, ultrassom, ultrassonografia, anterrepublicano, antessala, antirrábico, antirracista, antirradical, antissemita, antissocial, arquirrival, arquissacerdote, sobrerrenal, sobrerroda, sobressaia, sobressalto...

Com os prefixos terminados em vogal, se o segundo elemento começa por uma vogal diferente, devemos escrever sem hífen: Como era: auto-adesivo, auto-análise, auto-idolatria, contra-espião, contra-indicação, contraordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neoacadêmico, neo-irlandês, proto-evangelho, pseu-do-artista, pseudo-edema, semiaberto, semi-alfabetizado, semi-árido, semi-escravidão, semi-úmido, ultra-elevado, ultra-oceânico...

Como fica: autoadesivo, autoanálise, autoidolatria, contraespião, contrain-dicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocu-lar, intrauterino, neoacadêmico, neoirlandês, protoevangelho, pseudoartis-ta, pseudoedema, semiaberto, semialfabetizado, semiárido, semiescravi-dão, semiúmido, ultraelevado, ultraoceânico...

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II. Com os prefixos HIPER, INTER e SUPER, só haverá hífen se a palavra seguinte começar por “h” ou “r” (essa regra não foi alterada): 1) hiperativo, hiperglicemia, hiper-hidratação, hiper-humano, hiperinfla-ção, hipermercado, hipermiopia, hiperprodução, hiper-realismo, hiper-reativo, hipersensibilidade, hipertensão, hipertiroidismo, hipertrofia; 2) interação, interativo, intercâmbio, intercessão, interclubes, intercolegial, intercontinental, interdisciplinar, interescolar, interestadual, interface, interhelênico, inter-humano, interlinguístico, interlocutor, intermunicipal, internacional, interocular, interplanetário, inter-racial, inter-regional, in-terrelação, interseção, intertextualidade, intervocálico; 3) superaquecido, supercampeão, supercílio, superdosagem, superfatura-do, super-habilidade, super-homem, superinvestidor, superleve, superlota-do, supermercado, superpopulação, super-reativo, super-requintado, su-persecreto, supersônico, supervalorizado, supervisionar.

III. Com o prefixo SUB, só haverá hífen se a palavra seguinte começar por “b” ou “r”: subaquático, sub-base, subchefe, subclasse, subcomissão, sub-conjunto, subcutâneo, subdelegado, subdiretor, subdivisão, subeditor, sub-emprego, subentendido, subestimar, subfaturado, subgrupo, subitem, sub-jacente, subjugado, sublingual, sublocação, submundo, subnutrido, subofi-cial, subpovoado, subprefeito, sub-raça, sub-reino, sub-reitor, subseção, subsíndico, subsolo, subterrâneo, subtítulo, subtotal. Segundo a regra antiga, se a palavra seguinte começasse pela letra “H”, deveríamos escrever sem hífen: subepático e subumano. As novas edições de nossos principais dicionários já registram as formas com hífen, como prefere o novo acordo ortográfico: sub-hepático e sub-humano.

IV. Vejamos alguns casos em que não se usava o hífen. Deveríamos escre-ver sempre “tudo junto” (= sem hífen). Segundo o novo acordo ortogr|fico, devemos usar o hífen se o segundo elemento começar por “h” ou por vogal igual à vogal final do pseudoprefixo: MACRO - macroeconomia; MICRO - microcomputador, micro-onda, micro-ônibus, microrradiografia; MINI - minidicionário, mini-hotel, minissaia, minirreforma; RE - re-erguer, re-eleger, rever, rerratificação; TELE - telecomunicações, tele-entrega, televendas, telessexo;

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Observação: Com o prefixo “CO-“, o uso do hífen era obrigatório: co-autor, co-fundador, coseno, co-tangente... Com o novo acordo ortográfico, o hífen só será obrigatório se o segundo elemento começar por “H” ou vogal igual: co-herdeiro, co-organização, co-autor, cofundador, cosseno, cotangente. Nas formações com o prefixo “CO-“, este aglutina-se em geral com o segun-do elemento mesmo quando iniciado por “o”: coobrigação, coocupante, cooperar, cooperação, coordenar...

Com o novo acordo ortográfico o uso do TREMA será total-mente abolido

C o m o e r a ? Us|vamos o trema na vogal “u” (pronunciada e |tona), antecedida de Q ou G e s e g u i d a d e E o u I . O objetivo do trema era distinguir a vogal “u” muda (= não pronunciada) d a v o g a l “ u ” p r o n u n c i a d a : QUE = quente, questão, quesito; QÜE = freqüente, seqüestro, delinqüente; QUI = quilo, adquirir, química; QÜI = tranqüilo, eqüino, iniqüidade; GUE = guerra, sangue, larguemos; GÜE = agüentar, bilíngüe, enxagüemos; GUI = guitarra, distinguir, seguinte; GÜI = lingüiça, pingüim, argüir. Palavras que recebiam trema: agüentar, argüir, argüição, averigüemos, apazigüemos, bilíngüe, cinqüenta, conseqüência, conseqüente, delinqüên-cia, delinqüente, deságüe, enxágüe, freqüência, freqüente, lingüiça, pin-güim, qüinquagésimo, qüinqüênio, qüinqüenal, sagüi, seqüência, seqüestro, tranqüilo...

Palavras que não recebiam trema: adquirir, distinguir, distinguido, ex-tinguido, extinguir, seguinte, por conseguinte, questão, questionar, questio-nário...

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Como fica? Todas sem trema: aguentar, arguir, arguição, averiguemos, apaziguemos, bilíngue, cinquenta, consequência, consequente, delinquência, delinquente, deságue, enxágue, frequência, frequente, linguiça, pinguim, quinquagésimo, quinquênio, quinquenal, sagui, sequência, sequestro, tranquilo; adquirir, distinguir, distinguido, extinguido, extinguir, seguinte, por conseguinte, questão, questionar, questionário. Observações: a) Não esqueça que jamais houve trema quando a vogal “u” estava seguida de “o” ou “a”: ambíguo, longínquo, averiguar, adequado... b) Se a vogal “u” fosse pronunciada e tônica, deveríamos usar acento agudo em vez do trema: que ele averigúe, que eles apazigúem, ele argúi, eles argú-em... Este acento também foi abolido: que ele averigue, que eles apaziguem, ele argui, eles arguem... c) Palavras com dupla pronúncia (o uso do trema era facultativo). Com a reforma ortográfica, seremos obrigados a escrever sem trema: antiguida-de, antiquíssimo, equidistante, liquidação, liquidar, liquidez, liquidificador, líquido,sanguinário, sanguíneo. d) Também com dupla pronúncia (sempre sem trema): Catorze ou quator-ze / Cota ou quota / Cotizar ou quotizar / Cotidiano ou quotidiano.

Fonte: Revista Galileu

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RESUMO DE DÚVIDAS USO CULTO E USO POPULAR “Eu vi ela” Dois amigos conversam: Amigo 1: “Faz tempo que não vejo ela”. Amigo 2: “Pois eu vi ela ontem { noite”. H| quem brinque com esse tipo de construção da frase:Amigo 1: “Eu vi ela, tu rua, ele avenida”... No português falado no Brasil, na língua do dia-a-dia, o pronome reto (eun tu, ele, nós, vós, eles) assumiu definitivamente o papel de complemento verbal. Nós dizemos, no dia-a-dia, “faz tempo que não vejo ele”, “eu vou encontrar ela amanhã” e outros erros viciosos. Isso não est| no padrão formal da língua portuguesa. O correto seria: Faz tempo que eu não o vejo Eu devo encontrá-la amanhã. No padrão formal, frases como “Faz tempo que não vejo ele” não são acei-tas de jeito nenhum, mas são tão usadas que acabam se tornando uma ten-dência em outros ambientes lingüísticos. Vamos a um exemplo, a canção”O astronauta de m|rmore”, gravada pelo grupo Nenhum de Nós:

.... Sempre estar lá e ver ele voltar Não era mais o mesmo, mas estava em seu lugar

Sempre estar lá e ver ele voltar O tolo teme a noite como a noite vai temer o fogo...

Você notou o uso, por duas vezes, da expressão “ver ele voltar”. O correto, pelo padrão culto seria “vê-lo voltar”. Essa discussão nunca vai ter fim. Na fala do dia-a-dia, no Brasil, esse uso errado já está sacramentado. Mesmo assim, coloque o pronome corretamente ao redigir um texto formal. UNIFORMIDADE DE TRATAMENTO O pronome “tu”

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Na linguagem do dia-a-dia, no Brasil é comum a mistura de pronomes de-vem ser da 2ª pessoa, ou todos os pronomes devem ser da 3ª pessoa, como “você” (que é pronome da 3ª pessoa) e “te” ou “teu” (que são pronomes da 2ª pessoa). Exemplo: Você se enfiou onde, meu Deus? Eu te procurei, mas não te achei. O padrão formal da língua exige a uniformidade de tratamento: todos os pronomes devem ser da 2ª pessoa, ou todos os pronomes devem ser da 3ª pessoa. Assim, o correto seria: Tu te enfiastes onde? Onde tu te enfiastes? Eu te procurei, mas não te en-contrei. Você se enfiou onde, meu Deus? Eu o procurei, mas não o encontrei. H| uma canção cantada por Dick Farney, “Copacabana”, que é um primor quanto à uniformidade de tratamento:

Existem praias tão lindas, cheias de luz Nenhum tem o encanto que tu possuis

Tuas areias, teu céu tão lindo Tuas sereias sempre sorrindo, sempre sorrindo.

Copacabana, princesinha do mar Pelas manhãs tu és a vida a cantar

E à tardinha o sol poente Deixa sempre uma saudade na gente.

Copacabana, o mar, eterno cantor Ao te beijar ficou perdido de amor.

E hoje vivo a murmurar. Só a ti, Copacabana, eu hei de amar.

Todo texto foi escrito na 2ª pessoa do singular. “Tu”, pronome da 2ª pesso-a, os possessivos e os oblíquos todos na 2ª pessoa e também os verbos con-jugados adequadamente:

Tuas areias, teu céu tão lindo Só a ti, Copacabana... Tu és a vida a cantar

Tu possuis...

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A uniformidade de tratamento é necessária na linguagem formal. Na lin-guagem coloquial, procede-se de maneira diferente.

UNIFORMIDADE DE TRATAMENTO O pronome “te” e “lhe” Na linguagem do dia-a-dia é muito comum o uso de pronomes de pessoas diferentes.

Você fez o que eu te pedi? Na linguagem formal isso não seria possível. “Você” é 3ª pessoa, “te” é 2ª pessoa. O correto seria dizer:

Você fez o que eu lhe pedi? Às vezes o exagero é maior. Veja o exemplo no nome da música “Eu te amo você’, de Kiko Zambianchi. São dois os problemas nesse título: a mescla de “te”, que é de 2ª pessoa, e de “Você”, que é 3ª pessoa. Ocorre também uma repetição desnecessária de pronomes. “Eu te amo você”. É perfeitamente possível dizer “Eu te amo a ti”, já que os pronomes estão na mesma pessoa. No dia-a-dia ouve-se tembém “Eu te disse pra você”. O correto seria “Eu te disse a ti”. Mas é uma forma inadequada para o pa-drão informal. Ficaria melhor numa linguagem mais formal. PRONOMES DE TRATAMENTO “Vossa Excelência” O tema deste módulo são os pronomes de tratamento, usados normalmen-te em situações de cerimônia: Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Vossa Al-teza etc. Quando o presidente fala em cadeia nacional, o locutor diz: ‘Vamos ouvir a palavra do Excelentíssimo Senhor Presidente da República...”. O presidente é Excelência. Usa-se esse pronome de tratamento para todas as autoridades constituídas, do vereador ao presidente. É oportuno aqui tocar numa dúvida comum em relação aos pronomes de tratamento: quando usar “Vossa” e “Sua”?

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Ao falarmos diretamente com a pessoa, devemos usar: “Vossa”; quando estivermos falando da pessoa, usaremos “Sua”. Aproveitando o exemplo acima: o locutor da Agência Nacional anunciaria aos brasileiros “Sua Excelência”, o Presidente da República...”. No caso, o locutor estaria falando do Presidente. Se estivesse falando com o presiden-te, o correto seria “Vossa Excelência”. Outra confusão corrente é quanto ao uso do possessivo. Qual das duas formas a seguir seria correta:

Vossa Senhoria deve expor seu projeto ou

Vossa Senhoria deve expor vosso projeto?

O “Nossa Língua Portuguesa” fez essa pergunta {s pessoas na rua. A maio-ria respondeu...” expor vosso projeto”. A maioria portanto, errou. Vossa Senhoria é pronome de tratamento e pertence sempre à 3ª pessoa. “Vosso” seria correto se estivesse combinado a “vós”.

Ex: Vós deveis apresentar vosso projeto. H| uma dica para facilitar a compreensão. Pense na palavra “você’, que também é pronome de tratamento da 3ª pessoa. Como você diria:

Você deve expor seu pensamento

ou Você deve expor vosso pensamento?

A alternativa correta é a primeira Se “Vossa Senhoria” ou “Vossa Excelência” são de 3ª pessoa, usamos “seu” projeto ou “seu” pensamento. Caso você encontrasse o Presidente da República, perguntaria a ele: “Vossa Excelência recebeu a carta que lhe enviei” ou Vossa Excelência recebeu a carta que vos enviei”? O correto seria “ a carta que lhe enviei”. Eu enviei ao Senhor, a Vossa Exce-lência, a você e, portanto, “lhe enviei”. Os pronomes de tratamento sempre estão relacionados à 3ª pessoa. Fonte: http://www.tvcultura.com.br/aloescola/linguaportuguesa/morfologia/pronomes

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PRONOMES DE TRATAMENTO

Ao fazer um convite, enviar uma carta, uma petição, um cumprimento, e na conversação em um evento social onde encontra autoridades, é comum a pessoa se perguntar qual o pronome de tratamento que deve empregar, em meio às dezenas de expressões que se convencionou considerar as mais respeitosas. efinidos no âmbito das Boas-maneiras(1), os pronomes de tratamento são palavras que exprimem o distanciamento e a subordinação em que uma pessoa voluntariamente se põe em relação a outra, a fim de agradá-la e ensejar um bom relacionamento. Porém, seu emprego abusivo poderá afetar negativamente a dignidade da pessoa que os emprega; é o que se chama sabujice. O Aurélio define o pronome de tratamento como "palavra ou locução que funciona tal como os pronomes pessoais". Os gramáticos, por sua vez, ensi-nam que esses pronomes são da terceira pessoa, substituindo o "tu" da segundo pessoa. Isto é fácil de entender. A base desses pronomes são certos qualificativos como: Excelentíssimo, Reverendo, Magnífico, Eminente, etc. As formas pro-nominais diretas e indiretas respectivas a esses exemplos são: Vossa Exce-lência, Sua Excelência, Vossa Reverendíssima, Sua Reverendíssima, Vossa Magnificência, Sua Magnificência, e Vossa Eminência, Sua Eminência. Usan-do-as, não falo diretamente com a pessoa mas, estando em sua presença, eu me dirijo a ela representada por aquilo que ela tem de notável; uma qualidade que é tomada pelo substantivo (ou nome) respectivo. Por exemplo, a uma pessoa bela, eu diria "Vossa Beleza gostaria de sentar-se ao meu lado?" dirigindo-me à sua beleza, como se dissesse "Ela, a tua beleza, gostaria de sentar-se ao meu lado?". Poderia também falar a respei-to dela a uma terceira pessoa dizendo: "Sua Beleza já se foi!" ou "Sua Bele-za está de mau humor". Quando reconheço na pessoa excelsas virtudes e excelência moral, falo dela: "Sua Excelência deu-me uma ordem" (A exce-lência dela deu-me uma ordem). Mas a questão, do ponto de vista gramatical, é um pouquinho complicada. Afinal, por que se diz "Vossa Excelência" e não "Tua Excelência" como se-gunda pessoa do singular? Ocorre que um modo de reconhecer ou afirmar com mais ênfase é empregar os pronomes no plural, substituindo "tu" por "vós", "tua" por "vossa", etc. Assim é na prece "Vós sois o Todo Poderoso", em lugar de "Tu es o Todo Poderoso".

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Quando digo "Vossa Excelência", eu estou a dizer que, além de reconhecer na pessoa a sua excelência moral, também reconheço a grandeza da sua virtude. Então o significado "Ela, a tua excelência" passa a ser "Ela, a vossa (grandiosa) excelência". O verbo fica na terceira pessoa do singular porque a concordância é feita com a qualidade "excelência" e não com o pronome possessivo "Vossa". Mas é importante lembrar que, por hábito, "seu" e "sua" são empregados naturalmente em lugar de "teu" e "tua", e "vosso" e "vossa" em muitas regiões do Brasil. Resulta disso uma certa tendência ao emprego incorreto da fórmula mais suave de tratamento direto "Sua Exce-lência", em lugar de "Vossa Excelência", como em "Sua Excelência me per-mite?" Você. Ao tempo dos governos por "Direito Divino", os cargos eram conside-rados sagrados e toda autoridade representava a autoridade divina. Então, o povo comum preferiu, de modo mais prático, enaltecer uma qualidade nos poderosos que lhe interessava mais de perto: a "misericórdia" ou "mercê" das autoridades. Daí dirigir-se o povo às pessoas mais importan-tes por "Vossa Mercê". O pronome "Você" é uma contração da alocução "Vossa Mercê", e é por essa razão que é usado como terceira pessoa, pois a concordância dá-se com uma qualidade que representa a pessoa poderosa, sua magnanimidade ou "Mercê". Respeito ao cargo. Penso que é uma falsa idéia considerar os pronomes de tratamento como necessários para manifestar respeito pelo cargo públi-co que uma pessoa ocupa. Esses cargos, em uma democracia, são conferi-dos pelo povo e nenhum deles representa autoridade sobre pessoas; repre-sentam apenas responsabilidade pelo cumprimento da Lei no setor especí-fico da autoridade respectiva. Porém, quando a autoridade pública tende a ser atrabiliária e aterrorizan-te, o medo é, com certeza, um fator no inconsciente coletivo que leva ao excesso de frases e cumprimentos laudatórios em que a subserviência é uma defesa e a sabujice uma estratégia. No Estado Moderno, onde existe verdadeiramente Justiça e os funcionários do Poder são corretos, os cida-dãos não precisam temer a arbitrariedade, e por isso o tratamento não en-frenta nenhuma barreira e pode dispensar perfeitamente estas formas fan-tasiosas e ultrapassadas de tratamento com origem nos círculos da tirania por direito divino e nos meios oficiais corruptos. O respeito pelo cargo de uma autoridade, ou pela autoridade mesma, ou pela pessoa que exerce a autoridade, consiste em respeitar a Lei por cujo cumprimento ela é responsável, e não em chamá-la de "excelentíssima".

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O emprego de "Senhor". Como dito, os pronomes de tratamento são ex-pressões do distanciamento e da subordinação em que uma pessoa volun-tariamente se põe em relação a outra, a fim de agradá-la e ensejar um rela-cionamento cortês. O principal pronome de tratamento, consagrado uni-versalmente e o único que as pessoas comuns devem usar como necessária manifestação de respeito, não importa a quem estejam se dirigindo, é "Senhor"/"Senhora" usando-se sempre o tratamento direto. A expressão "Vossa Senhoria", é a forma indireta. O homem comum, mesmo quando se dirige ao Presidente da República, ou quando fala dele, não deve utilizar mais que "Senhor Presidente" e "O Se-nhor Presidente". Então seria perfeitamente polido o tratamento na frase: "Senhor Presidente, o Senhor pode conceder-me uma audiência?", e o mes-mo é válido para o tratamento com qualquer autoridade, inclusive juízes, reitores, deputados e senadores. É de notar, e isto eu acho muito importante, que também no tratamento que se dá ao reitor de uma universidade pode ser obrigatório o emprego daqueles anacrônicos pronomes de tratamento apenas para os professores e funcionários da universidade, que são seus subordinados, e para a buro-cracia, se a universidade for federal, estadual ou municipal. No caso de se tratar de uma universidade particular, apenas se o seu Conselho Universi-tário criar um Protocolo contendo tal determinação estaria o seu corpo docente obrigado a empregar o pronome "Magnífico Reitor" ou "Vossa Magnificência". Portanto, nesse caso, se você quer chamar o seu reitor de Magnífico com propriedade, apresse a aprovação do Protocolo da sua Insti-tuição estabelecendo tal preciosismo. Os alunos das universidades tanto públicas quanto privadas, quando diri-gem seus requerimentos ao Reitor, não estão obrigados a tratá-lo por "Vossa Magnificência" nem a endereçar sua petição "Ao Magnífico Reitor" uma vez que não pertencem à Instituição, apenas a freqüentam. O trata-mento que devem dar ao Reitor é apenas "Senhor Reitor". O emprego de "Doutor". A palavra "Doutor" tem dois únicos significados e, consequentemente, deveria ser empregada somente nos casos a eles pertinentes: "médico", por tradição, ou um determinado grau de estudo universitário obtido em uma especialização além do bacharelado. O emprego indevido de "Doutor" é comum entre a gente mais humilde e sem instrução, e por funcionários mal preparados, que associam a palavra Doutor a um status social ou a um nível de autoridade superior ao seu. Es-sas velhas divisões não são condizentes com a democracia.

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É necessário lembrar que não existe lei que obrigue uma pessoa comum a tratar uma outra por Doutor. Esse tratamento só é obrigatório nos meios acadêmicos para aqueles que fizeram defesa (antigamente pública) de tese. Tão pouco um tratamento discriminatório desse tipo poderá ser um dever de Civilidade ou de Boas-maneiras. Quando estabelecer um novo relaciona-mento, limite-se ao uso de "Senhor", e não utilize "Doutor", exceto numa relação profissional, se assim desejar, caso esteja sob os cuidados de um profissional formado. Camarada, Companheiro, Irmão. Os círculos e organizações privadas podem criar o seu protocolo para observância entre seus membros, e as-sim acontece com a Igreja, com uma empresa, com partidos políticos, ou um simples clube esportivo. É uma posição da filosofia socialista que todas as pessoas são parte do Estado e por isso as formas de tratamento discri-minatórias não são cabíveis. O mesmo pode acontecer por parte de deno-minações religiosas que desejam enfatizar entre os fieis a noção de igual-dade perante o sagrado. Nesses casos, o tratamento indireto é parecido com os anteriormente vistos, mas não é feito com base em uma qualidade da pessoa mas com respeito à sua condição de igual, expressa por substan-tivos como "Camarada,", "Companheiro", "Irmão", etc; por exemplo: "O Irmão está satisfeito?", "O Camarada me permite?". Problemas do Cerimonial. Nos círculos fechados da diplomacia, do clero, da burocracia governamental, do judiciário, etc., ainda existe o emprego codificado (São obrigatórios por Lei) de pronomes de tratamento laudató-rio, hierarquizados pela importância oficialmente atribuída a cada cargo (Maior importância: Excelentíssimo Senhor; menor importância, Ilustríssi-mo Senhor, etc.). A Presidência da República Federativa do Brasil editou em 1991 um minu-cioso manual com todos os tons obrigatórios para o trato oficial em todos os níveis, federal, estadual ou municipal, com o emprego de "Excelentíssimo", "Magnífico", "Santíssimo" "Eminência Reverendíssima" ou, no mínimo "Ilustríssimo Senhor". Diz o manual que é por tratar-se de "tradição". É claro então que o manual está transformando essa "tradição" em norma a ser obedecida. Porém, essas normas não podem ser obrigató-rias para o cidadão comum, e devem ser entendidas como normas de Pro-tocolo, obrigatórias apenas entre os próprios burocratas, e no trato oficial com autoridades estrangeiras e da Igreja, que muito as apreciam e exigem. Note-se que existem três formas: a) Apenas o qualificativo, utilizado no endereçamento. Ex.: Ao Magnífico Reitor da Universidade do Gama.

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b) O tratamento direto, com ênfase, como na frase: "Vossa Excelência, o que me ordena?" ou simples: "Sua Excelência, o que me ordena?" c) O tratamento indireto, quando falamos a um terceiro a respeito da auto-ridade: "Sua Excelência o Ministro me fez portador dessa mensagem con-gratulatória". Alguns exemplos: Vossa Excelência ( V. Ex.ª ).Emprega-se, no meio oficial para: Presidente da República Vice-Presidente da República Ministros de Estado Chefe do Estado Maior das Forças Armadas Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República Consultor Geral da República Chefe do Serviço Nacional de Informações Presidentes e Membros das Assembléias Legislativas dos Estados Governadores de Estado e Vice-Governadores Prefeitos Municipais Secretários de Estado Senadores Deputados Juizes do Trabalho, Juizes de Direito e Juizes Eleitorais Procurador Geral da República Embaixadores e Cônsules Generais e Marechais Forma de endereçamento:: Excelentíssimo Senhor (Exmº. Sr) e Meritíssi-mo Senhor (MM) para juizes Vossa Senhoria ( V. S.ª ), emprega-se, no meio oficial para: Funcionários graduados Organizações comerciais e industriais Particulares em geral Forma de endereçamento: Ilustríssimo Senhor (Ilmº. Sr.) Vossa Eminência ( V. Em.ª ), emprega-se, no meio oficial para: Cardeais Forma de endereçamento: Eminentíssimo Senhor ( Emm.º Sr. ) Vossa Excelência Reverendíssima ( V. Ex.ª. Rev.ma ), emprega-se, no meio oficial para:

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Arcebispos e Bispos Forma de endereçamento: Excelentíssimo Senhor ( Exm.º Sr. ) Vossa Santidade ( V .S. ). emprega-se, no meio oficial para: Papa Forma de endereçamento: Santíssimo Padre ou Beatíssimo Padre... Reverendo ( Rev.do.), emprega-se, no meio oficial para: Sacerdotes Clérigos Religiosos Forma de endereçamento: Reverendo... Vossa Magnificência, emprega-se, no meio oficial para: Reitores de Universidades Forma de endereçamento: Magnífico Reitor... Vossa Majestade ( V. M. ), emprega-se, no meio oficial para: Imperadores Reis Rainhas Forma de endereçamento: A Sua Majestade, Rei ....(ou Rainha) Vossa Alteza ( V. A.), emprega-se, no meio oficial para: Príncipes e Princesas Forma de endereçamento: A Sua Alteza, Príncipe... (ou Princesa) O leitor que desejar, poderá encontrar mais detalhes e exemplos no MANU-AL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (1991)

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Conclusão. É sem dúvida uma questão que interessa à Filosofia Moral, o fato de alguém, - por força de lei ou de normas, ou simples tradição, - ser obrigado, ou de alguma forma coagido a empregar expressões laudatórias como "Digníssimo", "Excelentíssimo" "Ilustríssimo", ou a se ajoelhar ou se curvar, obrigatoriamente, diante de uma pessoa. Por significar uma discri-minação, esse constrangimento afeta a igualdade de tratamento garantida na Declaração dos Direitos Humanos. A boa tendência em Boas-maneiras é guardar a tradição, porém, devido às novas formas de comunicação, o tratamento entre os cidadãos tornou-se bastante simples. O que B-ms Maneiras prescreve é que se manifeste res-peito com propriedade e simplicidade, sem exageros. Ir ao ponto de cha-mar alguém de "Excelência", "Meritíssimo", "Ilustríssimo" ou "Majestade" em qualquer situação, mesmo oficial, é sem sombra de dúvida um exagero ridículo. Porém, mesmo nas democracias mais liberais e cultas, enquanto houver pessoas que não se reconheçam como indivíduos comuns e acredi-tem que o tratamento cerimonioso que empregarem, com cuidadosa discri-minação em vários graus de adequação e propriedade, será prova de seu refinamento e superioridade social, o cacoete laudatório haverá de conti-nuar.

Rubem Queiroz Cobra

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Bibliografia: Cegalla, Domingos P. - Novíssima Grramática da Lingua Portuguesa. Cia. Ed. Nacional, 24. ed., São Paulo, 1984 Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda - Novo Dicionário da Língua Portu-guesa, 2a. edição. Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1986 Lima, Rocha - Gramática Normativa da Língua Portuguesa. 10a. edição, F. Briguiet & Cia, Ed., Rio de Janeiro, 1964 Presidência da República - Manual de redação da presidência da república. Governo do Brasil, Brasília, 1991 == (1) Nesta página sobre pronomes de tratamento, o assunto é tratado no

âmbito da Etiqueta, ou seja, o significado desses pronomes dentro do relacionamento entre pessoas. A questão propriamente gramati-cal (gênero, número, concordância, etc.) o leitor precisa esclarecer com um professor da língua portuguesa ou buscar em uma gramáti-ca. No entanto, posso adiantar que, com respeito à concordância em gênero, o gramático Domingos Paschoal Cegalla, na sua "Novíssima Gramática da Língua Portuguesa", 24 edição, à página 152, dá o se-guinte exemplo, tirado do livro "Todos Contam sua Vida", de Vivaldo Coaraci: "Vossa Majestade pode partir tranqüilo para a sua expedi-ção." (tranqüilo e não tranqüila). Com certeza, neste exemplo, "Vossa Majestade" refere-se a um homem e não a uma mulher.(Retorno ao topo da página)

Aberta em 18/04/99 sob o título Saudação laudatória, Discriminação e Direitos Humanos como Página anexa a "Filosofia Moderna". Revista e relançada em 01/09/2002.

Direitos reservados. Texto impresso original depositado no Escritório de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional.

Para citar este texto:Cobra, Rubem Q. - Pronomes de tratamento. Site www.cobra.pages.nom.br, INTERNET, Brasília, 2002

("www.geocities.com/cobra_pages" é "Mirror Site" de www.cobra.pages.nom.br).

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Obra Compilada por: Everaldo Paixão e Silva

Veículos Utilizados pelo compilador: Revista Veja Internet (Site de Pesquisa Google) Livro do Professor Clésio Brasileiro - “ Os erros mais comuns da língua portuguesa”

Araripina - 2010

2010 - Todos os direitos reservados

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O homem se agiganta quando usa do argumento e da elegância de expressa-se bem, respeitando as normas cul-tas de sua língua de origem. Quem dera o responsável por essa obra compilada tivesse familiaridade e os conhecimentos de alguns autores aqui citados, da nossa encantada e complicada língua portuguesa.

Autor Desconhecido