ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA VALMIR KUNZ – NA … · APRESENTAÇÃO A Associação de Pais e...
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ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA VALMIR KUNZ – NA MODALIDADE DE
EDUCAÇÃO ESPECIAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
SULINA 2010
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1. APRESENTAÇÃO
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE foi fundada no Rio de
Janeiro em 11 de dezembro de 1954, sendo a primeira APAE do Brasil. Além da
assistência aos excepcionais, a APAE é uma Instituição dinâmica, tecnicamente
atualizada.
A idéia de criar a APAE chegou ao Brasil, isto é, ao Rio de Janeiro, com a família
da norte-americana Beatrice Bemis, pois era mãe de uma criança portadora de
Síndrome de Down. O Almirante Henry Broadbent Hoyer e Dona Beatrice reuniram
vários pais, mestres e técnicos na Embaixada Americana, em julho de 1954, quando foi
exibido um filme sobre crianças com deficiência mental, uma ação que se desdobrou
em várias reuniões preparatórias e na nomeação de uma Comissão Coordenadora
Provisória para o movimento, sendo que através da mesma as APAEs no seu conjunto,
se tornarão uma grande e sólida obra social construída na América Latina, comparada
aos primeiros anos, mas ainda pequena se a colocarmos ao lado das necessidades
brasileira.
Os artigos 12, 13 e 14 da Lei 9.394/96 que estabelece as “Diretrizes e Bases da
Educação Nacional” apontam, de maneira enfática, a importância da gestão
democrática para a educação, tornando parceiros, nesta empreitada, estabelecimentos
de ensino (art. 12), docentes (Art. 13) e sistemas de ensino (Art. 14). É, portanto, uma
determinação política da Carta Magna da Educação que foi resultado de uma longa
construção política dos segmentos da sociedade civil que reivindicaram e lutaram por
tornar a nova Lei de Diretrizes e Bases, uma Lei comprometida com a democracia e
com a cidadania.
O presente Projeto tem a finalidade de regularizar a organização administrativa,
didática e disciplinar, atendendo aos dispositivos da Lei 9.394/96, Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LDB, prestando atendimento especializado a alunos
com Deficiência Intelectual, Física Neuromotora – associada às Múltiplas Deficiências
ou não, garantindo a legalidade dos trabalhos da Escola de Educação Básica na
modalidade de Educação Especial Valmir Kunz.
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Há muito tempo à escola vem assumindo função cada vez mais complexa e de
paternalismo, portanto sentimos a necessidade de envolver toda a comunidade escolar,
na reflexão de propostas educacionais para todos, tentando eliminar rótulos e
preconceitos, descartarem as atitudes discriminatórias frente às diferenças individuais.
O Projeto Político Pedagógico é um mecanismo de ajustes que busca corrigir
distorções educacionais, que provocam uma inversão dos reais propósitos do processo
ensino-aprendizagem, principalmente no que abrange as relações entre teoria e prática,
mas essencialmente o sentido da escolaridade de cada cidadão. Esta nova
possibilidade nos leva a rever o papel do sistema escolar, da gestão, do aluno, da
formação, do ensino formativo e da infra-estrutura frente à educação do cidadão com
deficiência. Nesse sentido, deve ser garantida uma ampla discussão que compete não
só os elementos enunciados anteriormente, mas, também, pais, professores e outros
segmentos da comunidade escolar, considerando que o aluno é o centro do processo
pedagógico.
Com isso destaca-se que a criança apresenta um pensamento sincrético não
separa os conhecimentos em campos específicos e se apropria do mundo por meio da
linguagem, expressando-se através de movimentos, do desenho da escrita, da
oralidade. Esta forma de apreensão da cultura pelas crianças exige atividades que
relacionadas ou que possibilitem a ampliação do conhecimento, garantindo que a
ludicidade, eixo integrador na Educação Infantil, se efetive também no Ensino
Fundamental.
A LDB propõe vincular a educação com o mundo do trabalho, ou seja, destaca a
relação estreita entre educação profissional e a preparação para a vida produtiva.
Portanto, os currículos devem oferecer oportunidades de desenvolvimento de
competências e habilidades do educando, necessários ao exercício profissional no
mundo do trabalho.
Acredita-se que a educação inclusiva não se faça somente com atos legais, e
sim, com ações e relações que possam ser realizadas na escola e na sociedade, para
efetivar o compromisso de tornar nossa sociedade mais justa e igualitária.
Após reuniões, debates com a Equipe Docente, Funcionários, Pais, Alunos,
Diretoria e a Comunidade Escolar, chegou-se a um denominador comum para montar
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este projeto, que a partir de sua aprovação será um documento a ser seguido na escola
por todos.
Os resultados encontrados na elaboração deste documento foram integração de
todos os participantes aonde se chegou ao conhecimento mais amplo do trabalho
realizado na escola, da capacidade dos alunos e da qualidade de seus trabalhos.
Também houve dificuldade com a falta de material de apoio, pois a Escola é recente e
com pouco recurso pedagógico.
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2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
A Escola de Educação Básica Valmir Kunz na modalidade Educação Especial
com e-mail [email protected] está localizado na Região Sudoeste do PR, no
município de Sulina, localizado à Rua Tupinambá, nº 849, centro, Sulina, Estado do
Paraná, localizada na Zona Urbana e encontra-se distante do NRE de Pato Branco 89
quilômetros, faz divisa com os seguintes municípios: ao norte, Rio Bonito do Iguaçu, a
leste, Saudade do Iguaçu, ao sul, Chopinzinho e a oeste São João.
O município tem acesso através de PR 730 e a BR 158, tendo como área
territorial 187,2 km, com altitude de 560 metros acima do nível do mar, topografia
ondulada, situada à margem esquerda do Rio Iguaçu, da Usina Hidrelétrica de Salto
Osório, com uma população aproximada de 3.200 habitantes.
A Escola desenvolve suas atividades em prédio próprio, é uma entidade
particular, mantida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Sulina -
APAE. Mantém-se com convênio de Cooperação Técnica e Financeira com o Estado do
Paraná por intermédio da Secretaria de Estado da Educação. Autorizada a funcionar
através da Resolução nº 1.783/98, do Conselho Estadual de Educação e contido no
Parecer nº 994/98 da Coordenação de Estrutura e Funcionamento. O ato da última
renovação de reconhecimento possuiu parecer favorável.
Código de Identificação da Escola nº. 41361288 Núcleos Regionais de Educação
de Pato Branco código nº 23 e Parecer de Aprovação do Regimento Escolar do Núcleo
Regional nº 002/98 de 23/01/1998, deliberação 20/91 - CEE parecer 002/98,
reconhecimento nº 4839/94 de 23 de janeiro de 1998. Entidade mantenedora:
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Sulina - APAE, CNPJ nº
01.998.591/0001-09, fundada em 11 de junho de 1997, registro no CNAS nº
44006.006942/98-68. Certificado de fins filantrópicos nº 44006.002586/2001-51,
Utilidade Pública: Municipal n º 193/97; Estadual nº 12382; Federal nº 11/2001.
2.1 Aspectos Históricos da Escola
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Por falta de professores com especialização na área, alguns alunos deste
município estavam sendo atendidos pela APAE do município de Chopinzinho. Devido à
distância dependiam do acompanhamento dos pais, os quais o faziam com muita
dificuldade. Em 1995, a Secretária Municipal de Educação, preocupada com a
demanda existente de deficientes, sugeriu em uma reunião com os professores que
alguém se prontifica para fazer o Adicional em Deficiência Mental, pois na época não
era autorizada à criação da APAE sem profissionais especializados no município, só
assim haveria possibilidade de criar a mesma e atender a demanda que estava
discriminada na sociedade.
Em agosto de 1996, os professores já com o curso concluído, fizeram um
levantamento visitando as famílias dos deficientes. Após o levantamento, foi constada
uma demanda de 40 (quarenta) pessoas interessados em freqüentar a APAE.
Foi então que em 1º de maio de 1997, reuniram-se, Pais, Professores e
Autoridades Municipais com o objetivo de formar uma comissão que daria continuidade
aos trabalhos de Criação da APAE. No dia 11 de junho de 1997, às 18:00 horas, no
Clube Progresso de Sulina, foi realizada a 1a Assembléia Geral, com a presença da
Coordenadora Regional de Educação Especial, Senhora Eliane Steffens, e demais
autoridades ligadas a esta causa. Após várias explanações feitas pelas autoridades
presentes, foi lido o estatuto, colocado em votação, onde foi aprovada por unanimidade
e assim Criada a Escola de Educação Especial “Raio de Luz” - APAE de Sulina. Logo
depois de feita a eleição, foi dada posse à Diretoria, sendo assim composta: Presidente,
Vice-Presidente, I Secretário, II Secretária, I Diretor Financeiro, II Diretor Financeiro,
Diretora de Patrimônio, I Diretor Jurídico, Diretor de Relações Patrimônio e Sociais,
Conselho Administrativo, Conselho Fiscal.
Como esta demanda até então era discriminada pela sociedade, frente às
diferenças individuais, surgiram vários nomes para a entidade tais como: Ninho de
Amor, Cantinho da Alegria, Raio de Sol, Amigos para Sempre, Raio de Luz.
A qual foi denominada Escola de Educação Especial “Raio de Luz” pelo fato de todos,
concluírem que seria uma luz na vida de cada um destes seres humanos.
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Atualmente o nome da Escola teve que ser mudado não podendo mais ser um
nome fantasia. Foi escolhido o nome de um dos primeiros alunos da APAE, e a nova
denominação ficando assim Escola de Educação Basica Valmir kunz.
2.2 Espaços Físicos
A escola encontra-se em um terreno de 2.000m2, composta por: uma (01) sala de
direção, uma (01) secretaria, um (01) saguão, quatro (04) banheiros, uma (01) sala
pedagógica e três (03) salas de aula.
Sendo que o projeto totaliza uma área de (426.69m2), foram construídos destes
somente duzentos e desseseis e d(216m2), o restante falta verba para sua conclusão.
Assim uma sala de aula está sendo usada como cozinha improvisada, despensa e
lavanderia também foram improvisadas. Temos uma construção da prefeitura ao lado
da Escola onde uma sala é cedida pela mesma e está sendo usada como sala de
artesanato.
Com a concretização do projeto de construção teremos mais dois (02) banheiros,
duas (02) salas de aula, um (01) refeitório, cozinha, lavanderia e despensa. Mas para
tanto se necessita de verba.
2.3 Ofertas de Turmas e Curso
A organização de alunos por turma segue orientação da Resolução 3616/2008
da Secretaria de Estado da Educação, considerando as deficiências dos mesmos. A
Escola de Educação Básica Valmir Kunz na modalidade Educação Especial é composta
por 69 (sessenta e nove) alunos, 09 (nove ) turmas assim divididas:
• Educação Infantil: Pré-escola – de 04 (quatro) a 05 (cinco) anos e 11 (onze)
meses: 01 (um) aluno;
• Ensino Fundamental: séries/iniciais – Escolaridade – de 06 (seis) a 15 (quinze)
anos e 11 (onze) meses: 08 (oito) alunos;
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• Educação Profissional/Inicial: Iniciação Profissional – Qualificação Profissional –
16 (dezesseis) anos, com 06 (seis) turmas: Curso Livre Cestaria: 9 (nove)
alunos, Curso Livre -Marcenaria: 08(oito) alunos, Curso Livre Jardinagem: 10
(dez) alunos, Curso Livre-Artesanato: 09(nove) alunos; Sala de Atividades
Pedagógicas EJA 1 07(sete) alunos, Sala de Atividades Pedagógicas EJA 2 (09)
nove alunos, Sala de Atividades Terapêutica 07 (sete) alunos.
2.4 Caracterização da População
Os alunos que freqüentam a Escola Educação Básica Valmir Kunz Educação
Infantil, Ensino Fundamental series/anos iniciais e Educação Profissional/Inicial na
modalidade de na modalidade Educação Especial são deficientes intelectuais
associadas à outra deficiência ou não, sendo a maioria com nível sócio econômico de
baixa renda, oriundos de famílias carentes. Sobrevivem com o BPC e também com
bolsa escola que recebem da Prefeitura. Os pais, uma grande percentagem é
analfabetos, poucos têm o 1º grau completo. O nível cultural dos mesmos é precário,
pois eles não têm uma participação constante nos eventos culturais do município, são
de origem alemã e italiana e a religião predominante é a Católica.
3 OBJETIVO GERAL
Promover um processo permanente e contínuo de discussão e reflexão referente
à escola, na busca de alternativas viáveis, a efetivação da sua intencionalidade
educativa para todos, fazendo adaptações curriculares como estratégias e critérios de
atuação docente, considerando que o processo de ensino-aprendizagem pressupõe
atender à diversificação de necessidades dos alunos especiais na escola.
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3.1 Objetivos Específicos
• Oportunizar a formação de cidadãos autônomos e críticos, proporcionar a
formação integral do aluno, tornando o um ser crítico com capacidade de ter uma
vida digna e feliz;
• Fortalecer os vínculos de família, os laços de solidariedade humana, a tolerância
recíproca que é necessária em cada dia, tornado-o um cidadão com participação
social e política, bem como seus direitos e deveres sociais, atitudes, cooperação
e respeito;
• Enfatizar o aprimoramento de habilidades e o estímulo para o surgimento de
novas situações, sabendo aplicar a teoria na prática;
• Oferecer várias oportunidades que desafiem o raciocínio e permitam ao aluno
descobrir e elaborar hipóteses, fazendo a perceber o sentido e o significado do
mundo que a cerca, favorecendo uma aprendizagem na qual possam adquirir
conhecimentos, porém, tendo objetivos e processos diferentes;
• Incentivar a capacitação do professor para que possa usar formas criativas com
alunos com deficiência a fim de que a aprendizagem se concretize.
4. MARCO SITUACIONAL
4.1 Descrição da Realidade Brasileira, do Estado, do Município e da Escola
Através da história é possível observar que o atendimento às pessoas com
deficiência iniciou no século XIX, por iniciativas oficiais e particulares isoladas, refletindo
o interesse de alguns educadores pelo atendimento educacional, inspirados por
experiências européias e norte americanas.
A preocupação com a inclusão desta minoria marginalizada na política
educacional brasileira ocorreu somente no final dos anos 50 e inicio da década de 60, e
iniciou com a criação de entidades filantrópicas, assistenciais e especializada
destinadas à população das classes menos favorecidas. Ao lado destas instituições,
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surgiram clínicas e escolas privadas para atendimento aos portadores de necessidades
especiais das classes mais altas.
Em termos de legislação, a Educação Especial aparece pela primeira vez na
LDB, Lei 4.024/61, apontando que a Educação dos Excepcionais deve, no que for
possível, enquadrar-se no sistema geral da Educação. Na Lei 5.692/71, foi previsto o
tratamento especial para alunos que apresentam deficiências físicas ou mentais e os
superdotados.
A partir da década de 90, as discussões referentes à Educação das Pessoas
com Deficiência, tomam uma dimensão maior, é o que evidencia a última LDB, Lei
9.394/96, que em seu capítulo V, aponta que a Educação dos Deficientes deve-se dar
preferencialmente na rede regular de ensino, conforme o parágrafo primeiro da LDB:
“§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular,
para atender às peculiaridades da clientela de educação especial”. (Leis de Diretrizes e
Bases, 1996, p. 33).
A Educação Especial no Paraná tem pouco mais de 50 anos. Nesse período
ocorreram muitas mudanças relacionadas à sua organização e ao lugar que ocupava
no sistema educacional. No entanto, na última década, em virtude das intensas
transformações sociais, houve um redimensionamento em suas concepções e práticas
que trazendo avanços significativos para toda a sociedade.
Atualmente, há oferta de algum tipo de atendimento especializado em 368 dos
399 municípios, o que representa o índice de 92% de cobertura no Estado. O total de
alunos atendidos na área de Educação Especial é de 60.000, sendo que 38.825
recebem atendimento na rede conveniada (instituições especializadas), representada
pelas escolas especiais, e 21.175 na rede regular de ensino. A partir de 2003, houve
um acréscimo significativo de 15% nas matrículas dos alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais.
Em nível de Município a Escola Valmir Kunz Educação Infantil, Ensino
Fundamental series/anos iniciais e Educação Profissional/Inicial na modalidade
Educação Especial, teve seu marco histórico em 11 de junho de 1997, atende 60
alunos com Deficiência Intelectual associada a outras Deficiências ou não. Prepara-se o
aluno para um melhor convívio na sociedade, para o mercado de trabalho, para
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enfrentar o preconceito ainda existente, enfim dar-se oportunidade de aprendizagem e
conhecimento de situações novas e desafiadoras.
4.2 Análises das Contradições e Conflitos Presentes na Prática Docente: Reflexão e
Prática
A partir da reflexão de nossas práticas podemos ver que a relação professor-
aluno é muito mais que a simples transmissão de conhecimento. O professor passa a
ter um sentido social, ou seja, um cidadão que influencia e é influenciado por todos que
convivem com o mesmo.
O professor tem papel ativo, como mediador, com liderança no processo, deve
considerar os conhecimentos que os alunos trazem de fora da sala de aula,
conhecimentos estes que são importantes, pois, o professor também deve ser aberto a
várias formas culturais, na maioria das vezes ele atua com diferentes culturas que são
trazidas pelos alunos. Mas também O professor percebe através da prática, que o
ponto de partida para o seu processo de ensino deve ser a situação existencial do
aluno, isto é, a prática, e não a teoria desvinculada da prática.
Nesta perspectiva reflexiva, o professor percebe que os conteúdos trabalhados
de forma abstrata tornam-se difíceis e desinteressantes, provocando a resistência dos
alunos, ainda mais se tratando de alunos com deficiência, que para ocorrer
aprendizagem é necessário o trabalho concreto e prático.
Mas, o aprendizado não pode prescindir somente da prática. Para isso é
necessário que se conheça os fundamentos (teoria), mas que se desenvolva as
habilidades necessárias à transformação desses fundamentos em ações do dia-a-dia,
através da prática, desenvolvendo aptidões.
5. MARCO CONCEITUAL
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5.1 Concepções de Sociedade
A sociedade é um grupo de indivíduos que formam um sistema semi-aberto, no
qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo
grupo. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas
vivendo juntas numa comunidade organizada.
Como descrito acima a sociedade tem influência sobre a Escola de diversas
formas, que são a integração, o respeito, solidariedade e reconhecimento do trabalho
desenvolvido através do pessoas com deficiência, isto já vindo desde o inicio da criação
da escola onde trabalha-se a identidade social como um processo permanente de
comunicação e reflexão.
Cada indivíduo, em seu respectivo mundo vivido, pertence a um determinado
grupo social, no qual um processo de interações se desenvolve, ou seja, se estruturam
a intensidade e a regularidade das experiências interacionais, que assim se forma a
identidade social para cada indivíduo. Pedagogicamente são, neste processo a base
para a formação e interação de sociedade e escola.
5.2 Concepções de Homem
A concepção de Homem vem a ser como sujeito histórico, produto e produtor das
relações econômicas, sociais, culturais e políticas que o transformam e são
transformados pelos conflitos estabelecidos entre as diferentes classes sociais e a
participação como processo educativo, conscientizador, transformador e de luta, pela
construção de uma sociedade justa e igualitária.
Ao se referir sobre a complexidade do ser humano, procura-se estruturar a
concepção de homem e, em conseqüência desta, a expectativa em relação ao cidadão
que se quer formar. Entendendo o sujeito tanto físico como social, tem-se a intenção de
desenvolver no aluno a consciência e o sentimento que é capaz de interagir de maneira
crítica, criativa e consciente com seu meio natural e social.
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5.3 Concepções de Infância
A concepção de infância relacionada à criança especial em tempos passados era
considerada como aquela que não tinha capacidade de ser, estar e atuar por ser
criança, ou seja, vista apenas como quem não participava do meio, era isolada, um
indivíduo que nada sabe ou sem valor, sem um espaço na sociedade, e isso decorre
desde a sociedade medieval até tempos atrás, onde começa a mudar tais concepções
e passa-se a ver a criança como um indivíduo pertencente ao meio social com sua
cultura e seu modo de entender o mundo. Cabe a escola reconhecer esta criança como
capazes de aprender os diferentes conhecimentos acumulados pela humanidade e
sistematizados como conteúdos pela escola, respeitando a singularidade da infância.
Atualmente no que se refere à Educação Especial, a criança é um ser limitado,
com suas próprias características e deve ser entendida dentro do seu estágio de vida.
Assim, a escola não complementa ou molda a criança, mas sim proporciona condições
para que se desenvolva plenamente. É um conceito variável e que se estabelece em
estímulos nas dimensões psicológica, social e afetiva.
5.4 Desenvolvimentos Humanos
O desenvolvimento humano é muito rico e diversificado. Cada pessoa tem suas
características próprias, que as distinguem das outras pessoas, e seu próprio ritmo de
desenvolvimento. O que faz a vida valer a pena é essa constante incerteza quanto ao
momento seguinte, é isso que nos estimula a inventar, a criar, a realizar, a tentar
melhorar o mundo.
O desenvolvimento humano, não apresenta momentos de modificações radicais,
a evolução é gradual e contínua. Entretanto, em alguns momentos ocorrerão maiores
alterações como, por exemplo, o crescimento físico na infância e na adolescência e
mais acentuado, perceptível do que na idade adulta, que é um período de maior
estabilidade.
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Pensar no educador como um ser humano é levar à sua formação o desafio de
resgatar as dimensões culturais, política, social e pedagógica, isto é, resgatar os
elementos cruciais para que se possa redimensionar suas ações no mundo. Ainda no
processo da história da produção do saber, permanece na atualidade o desafio de
tornar as práticas educativas mais condizentes com a realidade, mais humanas e, com
teorias capazes de abranger o indivíduo como um todo, promovendo o conhecimento e
a educação.
Para se analisar os vários conceitos que envolvem o processo ensino-
aprendizagem são necessários ter-se em mente as diferentes épocas nas quais estes
se desenvolveram como também compreender sua mudança no decorrer da história de
produção do saber do homem.
5.5 Conceitos de Educação
A palavra Educação vem do latim educatio, e significa “amanho da terra” e "criação de animais”, em suma, “cultura” ou “cultivo”. A partir do século XVI, o termo Educação passou a ser usado com o sentido de “formação”, tornando-se a palavra educatio um sinônimo de institutio. Educação significa, então, de acordo com as bases etimológicas, “o cultivo do ser humano”, o desenvolvimento de suas potencialidades. (HURTADO, 1983, p. 09).
A Educação é a formação a que o indivíduo é submetido, seja na família, na
escola ou na sociedade na qual está inserido, é de certa forma uma arte, cuja prática
necessita ser aperfeiçoada por todas as operações. É um meio de desenvolvimento
integral, por atender às necessidades que contribuem para tornar-se um verdadeiro
homem, juntamente com instrução que constitui parte da formação do mesmo em busca
de sua autonomia.
No entanto, quando nasce não traz consigo os limites necessários para se viver
em sociedade, sendo estes adquiridos por meio da educação. Conseqüentemente, a
Educação prolonga-se durante toda a existência humana, estimulando e desenvolvendo
os aspectos físicos, psíquicos e sociais de acordo com as fases.
Como descrito anteriormente, a Educação, não é simplesmente um processo de
influência do passado sobre o presente, mas, é um processo que possibilita o homem a
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se auto-educar, despertar a consciência e responsabilidade nos valores essenciais à
vida.
A Educação, como um todo Educação Especial é um processo que visa
promover o desenvolvimento das potencialidades de pessoas com deficiência e
abrange os diferentes níveis e graus do sistema de ensino. Fundamenta-se em
referenciais teóricos e práticos compatíveis com as necessidades de seu alunado. O
processo deve ser integral, iniciando desde a Educação Infantil, Ensino Fundamental,
EJA e Educação Profissional.
Sob o enfoque sistêmico, a Educação Especial integra o sistema educacional,
identificando-se com sua finalidade, que é a de formar cidadãos conscientes e
participativos. Dentro da qual, tem como Concepção Pedagógica é Progressista que,
partindo de uma análise crítica das realidades sociais, sustenta os fins sociopolíticos da
educação. Contra toda forma de autoritarismo e dominação, defendendo a
conscientização como processo a ser conquistado pelo homem, através da
problematizarão de sua própria realidade.
5.6 Concepções de Conhecimento
Desse processo, advém um conhecimento que é crítico, porque foi obtido de
uma forma autenticamente reflexiva, e implica em ato constante de desvelar a
realidade, posicionando-se nela. O saber construído dessa forma percebe a
necessidade de transformar o mundo, porque assim os homens se descobrem como
seres históricos.
Educar é construir, é libertar o homem do determinismo, passando a reconhecer
o papel da História e onde a questão da identidade cultural, tanto em sua dimensão
individual, como em relação à classe dos educando, é essencial à prática pedagógica
proposta. Sem respeitar essa identidade, sem autonomia, sem levar em conta as
experiências vividas pelos educando antes de chegar à escola, o processo será
inoperante, somente meras palavras despidas de significação real.
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5.7 Concepções de Escola
A escola é considerada por todos, como um espaço e lugar privilegiado de
ensino-aprendizagem. Nesse contexto, surgem alguns questionamentos junto aos
professores e demais profissionais da educação, especialmente, no momento da
elaboração do Projeto Político Pedagógico da Escola: Que forma deve-se conceber o
papel social da escola? Como devemos conduzir as orientações pedagógicas e os
conteúdos de ensino?
A escola tem um papel importante, difundir conhecimento é sua função principal,
referente a conteúdos indissociáveis da realidade, com significado histórico e social, e
não ao abstrato, com papel importante na evolução do processo de aprendizagem de
cada cidadão que passa por uma instituição educativa. Deve servir aos interesses
populares a partir de um bom ensino, visando a transformação social.
5.8 Concepções de Avaliação
A concepção de avaliação deve estar vinculada ao grande objetivo da educação
que é a formação de pessoas autônomas, críticas e conscientes. A avaliação, desse
modo, deve estar a serviço das aprendizagens que favorecem essa formação. Ao
mesmo tempo, ela fornece informações significativas que ajudam os educadores a
aperfeiçoarem sua prática, em direção à melhoria da qualidade do ensino.
A avaliação deve ser bem planejada e articulada com os objetivos propostos no
processo de ensino aprendizagem, ou seja, deve ser coerente com os resultados que
pretendemos alcançar. Por outro lado, vários aspectos devem ser considerados na
avaliação, não apenas os cognitivos, mas também os afetivos e os psicomotores. Ou
seja, deve contemplar o aluno e o processo de aprendizagem na sua integralidade.
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A avaliação deve ser contínua, processual, diagnostica e descritiva. O aluno
deve ser avaliado ao longo da execução do seu plano individualizado, respeitando o
desenvolvimento de cada aluno, sempre visando o aprendizado do mesmo.
A avaliação diagnóstica consiste em identificar, no aluno seu tipo e grau de
deficiências, seus problemas emocionais e neurológicos, dificuldades nas atividades de
vida diária e atividades de vida prática, dificuldades escolares, dificuldades de
relacionamento familiar, geralmente são feita por profissionais.
A avaliação deve fazer parte da vida do ser humano, independente de sua
formação, da sua condição social e/ou da atividade que este ser humano desenvolve,
para que haja no educando a transformação e a aquisição do conhecimento do saber
para a superação dos erros, das dúvidas para possibilitar e oportunizar aos indivíduos
em formação, mais conformidade com o real e para torná-los mais capazes de atender
as demandas e atuar numa sociedade.
5.9 Concepções de Necessidades Educacionais Especiais
Crianças com necessidades especiais são aquelas que, por alguma espécie de
limitação requerem certas modificações ou adaptações no programa educacional, a fim
de que possam atingir seu potencial máximo. Essas limitações podem decorrer de
problemas visuais, auditivos, intelectuais ou motores, bem como de condições
ambientais desfavoráveis.
Não é somente a presença de deficiência que irá indicar se um aluno deve
receber educação especial, isso não torna obrigatório que o aluno não possa ser bem
atendido mediante os processos comuns de educação.
Após a realização de um diagnóstico educacional por uma equipe interdisciplinar,
pode-se recomendar, de acordo com cada caso, a educação especial. O aluno também
tem papel ativo a partir de sua experiência imediata em determinado contexto, na busca
da verdade no confronto com o conteúdo proposto pelo professor.
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As situações de ensino são especiais, quando utilizam recursos físicos e
materiais especiais, profissionais com preparo específico e alguns aspectos curriculares
que não são encontrados nas situações comuns.
6. CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
À Equipe Administrativa, cabe a gestão dos serviços escolares e suporte ao
funcionamento de todos os setores do Estabelecimento de Ensino. É composta por
Diretora (40 horas), Secretária (40 horas), (03) três Serviços Gerais, (01) uma
atendente.
A Equipe Pedagógica é o órgão responsável pela coordenação das atividades
disciplinares e das Diretrizes Pedagógicas composta por (01) Pedagoga, Corpo
Docente (06 professores).
7. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA - ACESSO E PERMANÊNCIA,
CAPACITAÇÃO CONTINUADA DE EDUCADORES DE QUALIDADE DO ENSINO
APRENDIZAGEM
A Gestão Democrática da Escola tem organização a atingir seus objetivos,
cumprir suas responsabilidades, na qual deve assegurar uma educação comprometida
com a inclusão, respeitando as diferenças e integrando-os a sociedade. A escola
democrática visa eliminar os mecanismos de exclusão, preconceitos e diferenças
existentes em nosso meio.
Geralmente concretiza-se através do acesso e permanência do aluno, da
capacitação continuada dos educadores, melhorando a qualidade de ensino, das ações
que têm em comum propiciar o pleno desenvolvimento das potencialidades sensoriais,
afetivas e intelectuais do aluno.
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8. CURRÍCULO DA ESCOLA ESPECIAL, DINÂMICA DO CURRÍCULO, REFLEXÃO
SOBRE O TRABALHO PEDAGÓGICO
O currículo da Escola de Educação Especial deve ser adaptado tendo significado
extremamente comprometido com a formação do aluno. Deve prever as flexibilizações
necessárias, considerando o significado dos conteúdos, a metodologia de ensino, os
recursos didáticos e os processos de avaliação adequados ao desenvolvimento de
todos os alunos, em consonância com o projeto pedagógico da escola.
O currículo, em qualquer processo de escolarização, transforma-se na síntese
básica da educação. Afirmando que a busca da construção curricular deve ser
entendida como aquela garantida na própria LDBEN, complementada, quando
necessário, com atividades que possibilitem ao aluno que apresenta necessidades
educacionais especiais ter acesso ao ensino, à cultura, ao exercício da cidadania e à
inserção social produtiva.
A organização curricular tem como disciplinas Arte, Ciências, Educação Física,
Ensino Religioso, Geografia, Historia, Língua Portuguesa e Matemática. Os desafios
educacionais contemporâneos (História e Cultura Afro-Brasileira, Historia e Cultura
Indígena, Sexualidade/uso de drogas/violência e Educação Fiscal) permeiam em todas
as disciplinas.
As adaptações curriculares não devem ser entendidas como um processo
exclusivamente individual ou uma decisão que envolve apenas o professor e o aluno.
Realizam-se em três níveis:
• no âmbito do projeto pedagógico (currículo escolar);
• no currículo desenvolvido na sala de aula;
• no nível individual.
As ações adaptativas visam flexibilizar o currículo para que ele possa ser
desenvolvido na sala de aula e atender às necessidades especiais dos alunos.
As adaptações curriculares no nível do projeto pedagógico devem focalizar,
principalmente, a organização escolar e os serviços de apoio. Elas devem propiciar
condições estruturais para que possam ocorrer no nível da sala de aula e no nível
20
individual, caso seja necessária uma programação específica para o aluno. Essas
medidas podem se concretizar nas seguintes situações ilustrativas:
• A escola flexibiliza os critérios e os procedimentos pedagógicos levando em
conta a diversidade dos seus alunos;
• O contexto escolar permite discussões e propicia medidas metodológicas, de
avaliação e de promoção diferenciadas que contemplem as diferenças
individuais dos alunos;
• A escola favorece e estimula a diversificação de técnicas, procedimentos e
estratégias de ensino, de modo a ajustar o processo de ensino e
aprendizagem às características, potencialidades e capacidades dos alunos;
• A comunidade escolar realiza avaliações do contexto que interferem no
processo pedagógico;
• A escola assume a responsabilidade na identificação e avaliação diagnóstica
dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, com o
apoio dos setores do sistema educacional e outras articulações.
As decisões curriculares devem envolver a equipe pedagógica da escola para
realizar a avaliação, a identificação das necessidades especiais e providenciar o apoio
correspondente para o professor e o aluno.
8.1 Adaptações Relativas ao Currículo da Classe
As medidas adaptativas desse nível são realizadas pelo professor e destinam-se,
principalmente, à programação das atividades da sala de aula. Focalizam a
organização e os procedimentos didático-pedagógicos e destacam o como fazer, a
organização temporal dos componentes e dos conteúdos curriculares e a coordenação
das atividades docentes, de modo que favoreça a efetiva participação e integração do
aluno, bem como a sua aprendizagem.
Os procedimentos de adaptação curricular destinados à classe devem constar na
programação de aula do professor e podem ser exemplificados nos seguintes exemplos
ilustrativos:
21
• A relação professor/aluno considera as dificuldades de comunicação do
aluno, inclusive a necessidade que alguns têm de utilizar sistemas
alternativos (língua de sinais, sistema Braille, sistema Bliss ou similares etc.);
a relação entre colegas é marcada por atitudes positivas os alunos são
agrupados de modo que favoreça as relações sociais e o processo de ensino
e aprendizagem;
• O trabalho do professor da sala de aula e dos professores de apoio ou outros
profissionais envolvidos é realizado de forma cooperativa, interativa e bem
definido do ponto de vista de papéis, competência e coordenação;
• A organização do espaço e dos aspectos físicos da sala de aula considera a
funcionalidade, a boa utilização e a qualidade desses recursos; a seleção, a
adaptação e a utilização dos recursos materiais, equipamentos e mobiliários
realizam-se de modo que favoreça a aprendizagem de todos os alunos;
• A avaliação é flexível de modo que considere a diversificação de critérios, de
instrumentos, procedimentos e leve em conta diferentes situações de ensino
e aprendizagem e condições individuais dos alunos; as metodologias, as
atividades e procedimentos de ensino são organizados e realizados levando-
se em conta o nível de compreensão e a motivação dos alunos; os sistemas
de comunicação que utilizam, favorecendo a experiência, a participação e o
estímulo à expressão;
• O planejamento é organizado de modo que contenha atividades amplas com
diferentes níveis de dificuldades e de realização; as atividades são realizadas
de várias formas.
As adaptações no nível da sala de aula visam tornar possível a real participação
do aluno e a sua aprendizagem eficiente no ambiente da escola regular. Consideram,
inclusive, a organização do tempo de modo a incluir as atividades destinadas ao
atendimento especializado fora do horário normal de aula, muitas vezes necessários e
indispensáveis ao aluno.
8.2 Adaptações Individualizadas do Currículo
22
As modalidades adaptativas, nesse nível, focalizam a atuação do professor na
avaliação e no atendimento do aluno. Compete-lhe o papel principal na definição do
nível de competência curricular do educando, bem como na identificação dos fatores
que interferem no seu processo de ensino-aprendizagem.
As adaptações têm o currículo regular como referência básica, adota formas
progressivas de adequá-lo, norteando a organização do trabalho consoante com as
necessidades do aluno (adaptação processual).
Alguns aspectos devem ser previamente considerados para se identificar a
necessidade das adaptações curriculares, em qualquer nível:
• A real necessidade dessas adaptações;
• A avaliação do nível de competência curricular do aluno, tendo como
referência o currículo regular;
• O respeito ao seu caráter processual, de modo que permita alterações
constantes e graduais nas tomadas de decisão.
É importante ressaltar que as adaptações curriculares, seja para atender alunos
nas classes comuns ou em classes especiais, não se aplicam exclusivamente à escola
regular, devendo ser utilizadas para os que estudam em escolas especializadas,
quando a inclusão não for possível.
Além da classificação, por níveis, as medidas adaptativas podem se distinguir em
duas categorias: adaptações de acesso ao currículo e nos elementos curriculares.
8.3 Adaptações de Acesso ao Currículo
Correspondem ao conjunto de modificações nos elementos físicos e materiais do
ensino, bem como aos recursos pessoais do professor quanto ao seu preparo para
trabalhar com os alunos. São definidas como alterações ou recursos espaciais,
materiais ou de comunicação que venham a facilitar os alunos com necessidades
educacionais especiais a desenvolver o currículo escolar.
As seguintes medidas constituem adaptações de acesso ao currículo:
23
• Criar condições físicas, ambientais e materiais para o aluno na sua unidade
escolar de atendimento;
• Propiciar os melhores níveis de comunicação e interação com as pessoas
com as quais convive na comunidade escolar;
• Favorecer a participação nas atividades escolares;
• Propiciar o mobiliário específico necessário;
• Fornecer ou atuar para a aquisição dos equipamentos e recursos materiais
específicos necessários;
• Adaptar materiais de uso comum em sala de aula;
• Adotar sistemas de comunicação alternativos para os alunos impedidos de
comunicação oral (no processo de ensino aprendizagem e na avaliação).
8.4 Diversificações Curriculares
Alguns alunos com necessidades especiais revelam não conseguir atingir os
objetivos, conteúdos e componentes propostos no currículo regular ou alcançar os
níveis mais elementares de escolarização. Essa situação pode decorrer de dificuldades
orgânicas associadas a déficits permanentes e, muitas vezes, degenerativos que
comprometem o funcionamento cognitivo, psíquico e sensorial, vindo a constituir
deficiências múltiplas graves.
Nessas circunstâncias, verifica-se a necessidade de realizar adaptações
significativas no currículo para o atendimento dos alunos e indicar conteúdos
curriculares de caráter mais funcional e prático, levando em conta as suas
características individuais.
Alguns programas, devido à expressividade das adaptações curriculares
efetuadas, podem ser encarados como currículos especiais. Comumente envolvem
atividades relacionadas ao desenvolvimento de habilidades básicas; à consciência de
si; aos cuidados pessoais e de vida diária; ao treinamento multissensorial; ao exercício
da independência e ao relacionamento interpessoal, dentre outras habilidades
adaptativas.
24
Esses currículos são conhecidos como funcionais e ecológicos e sua
organização não leva em conta as aprendizagens acadêmicas que o aluno revelar
impossibilidade de alcançar, mesmo diante dos esforços persistentes empreendidos
pela escola.
Currículos adaptados ou elaborados de modo tão distinto dos regulares implicam
adaptações significativas extremas, adotadas em situações de real impedimento do
aluno para integrar-se aos procedimentos e expectativas comuns de ensino, em face de
suas condições pessoais identificadas.
A elaboração e a execução de um programa dessa natureza devem contar com a
participação da família e ser acompanhadas de um criterioso e sistemático processo de
avaliação pedagógica e psicopedagógica do aluno, bem como da eficiência dos
procedimentos pedagógicos empregados na sua educação.
9. AVALIAÇÃO E PROMOÇÃO
O processo avaliativo é de suma importância em todos os âmbitos do processo
educacional para nortear as decisões pedagógicas e realimentá-las, exercendo um
papel essencial nas adaptações curricular.
Quando relacionado ao aluno, em face de suas necessidades especiais, o
processo avaliativo deve focalizar:
• Os aspectos do desenvolvimento (biológico, intelectual, motor, emocional,
social, comunicação e linguagem);
• O nível de competência curricular (capacidades do aluno em relação aos
conteúdos curriculares anteriores e a serem desenvolvidos);
• O estilo de aprendizagem (motivação, capacidade de atenção, interesses
acadêmicos, estratégias próprias de aprendizagem, tipos preferenciais de
agrupamentos que facilitam a aprendizagem e condições físico-ambientais
mais favoráveis para aprender).
Quando direcionado ao contexto educacional, o processo avaliativo deve
focalizar:
25
• O contexto da aula (metodologias, organização, procedimentos didáticos,
atuação do professor, relações interpessoais, individualização do ensino,
condições físico-ambientais, flexibilidade curricular etc.);
• O contexto escolar (projeto pedagógico, funcionamento da equipe docente e
técnica, currículo, clima organizacional, gestão etc.).
Quando direcionado ao contexto familiar, o processo avaliativo deve focalizar,
dentre outros aspectos:
• As atitudes e expectativas com relação ao aluno; a participação na escola;
• O apoio propiciado ao aluno e à sua família;
• As condições socioeconômicas;
• As possibilidades e pautas educacionais;
• A dinâmica familiar.
Quanto à promoção dos alunos que apresentam necessidades especiais, o
processo avaliativo deve seguir os critérios adotados para todos os demais ou adotar
adaptações, quando necessário.
Alguns aspectos precisam ser considerados para orientar a promoção ou a
retenção do aluno na série, etapa, ciclo (ou outros níveis):
• A possibilidade de o aluno ter acesso às situações escolares regulares e com
menor necessidade de apoio especial;
• A valorização de sua permanência com os colegas e grupos que favoreçam o
seu desenvolvimento, comunicação, autonomia e aprendizagem;
• A competência curricular, no que se refere à possibilidade de atingir os
objetivos e atender aos critérios de avaliação previstos no currículo adaptado;
• O efeito emocional da promoção ou da retenção para o aluno e sua família.
A decisão sobre a promoção deve envolver o mesmo grupo responsável pela
elaboração das adaptações curriculares do aluno.
As adaptações curriculares são medidas pedagógicas adotadas em diversos
âmbitos: no nível do projeto pedagógico da escola, da sala de aula, das atividades e,
somente quando absolutamente necessário, aplicam-se ao aluno individualmente.
Visam ao atendimento das dificuldades de aprendizagem e das necessidades
especiais dos educando e ao favorecimento de sua escolarização.
26
Essas medidas adaptativas focalizam a diversidade da população escolar e
pressupõem que o tratamento diferenciado pode significar, para os alunos que
necessitam igualdade de oportunidades educacionais. Desse modo, buscam promover
maior eficácia educativa, na perspectiva da escola para todos.
O saber, numa visão crítica de currículo, é compreendido na sua amplitude
cultural e histórica, onde alunos e professores são sujeitos interativos, orientados por
princípios, propósitos e metas, intencionalmente, voltados para a dialética dos saberes.
Como nos aponta SAVIANI (1991 p 21), “o trabalho educativo é o ato de
produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é
produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”.
O currículo deve ser o produto da seleção da cultura onde a escola está inserida.
Compreende-se que a escola não transmite de forma didática os saberes, mas converte
o saber histórico e cultural em saberes escolar. O conteúdo, então, será fruto dessa
seleção que entende os conhecimentos e os valores como o fio condutor da ação
pedagógica.
Numa atividade objetiva de relevância social e humana, norteada pela estrutura
particular de cada disciplina ou área de conhecimento, visando a captar os processos
psicológicos pelos quais alunos e professores se apropriam dos saberes e os
processos pelos quais as mediações entre o objeto e sujeitos do conhecimento se
fazem presente.
10. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
Uma proposta pedagógica expressa sempre os valores que a constituem, e
precisa estar intimamente ligada à realidade a que se dirige, explicitando seus objetivos
de pensar criticamente esta realidade, enfrentando seus mais agudos problemas. Uma
proposta pedagógica precisa ser construída com a participação efetiva de todos os
sujeitos crianças e adultos, alunos, professores e profissionais não-docentes, famílias e
população em geral, levando em conta suas necessidades, especificidades e realidade.
27
A proposta pedagógica esta regulamentada e especificada dentro da nova
Proposta Pedagógica Curricular que consta às disciplinas de Português, Matemática,
História, Geografia, Ciências, Educação Física, Arte e Ensino Religioso e também a
parte diversificada que é constituída pelos Desafios Educacionais Contemporâneos
Sexualidade, Violência, Drogas, História e Cultura Africana e Afro-brasileira, Historia e
Cultura Indígena e Educação Fiscal. Que serão trabalhadas em Educação Infantil,
Ensino Fundamental series iniciais, e Educação Profissional/Inicial.
11. TRABALHO COLETIVO
O trabalho coletivo e cooperativo como um caminho para a superação dos
problemas atuais das escolas. O compartilhamento de saberes entre os professores é
fundamental para o seu desenvolvimento profissional e para a melhoria da Instituição,
pois estes podem promover o pensar sobre os problemas encontrados, buscando
estratégias e soluções para a superação dos mesmos.
Além disso, acredita-se que esse planejamento comum promova um maior
comprometimento do grupo de trabalho, pois todos são responsáveis pela idealização e
execução desse plano.
Essa visão de professor e de escola vai ao encontro das idéias do professor
reflexivo investigativo. O professor reflexivo investigativo, de forma sintética, é aquele
que pesquisa sua prática e reflete sobre ela continuamente. Que transforma os erros e
os problemas em desafios a serem superados, avalia seu trabalho a todo o momento
em busca de situações inovadoras, comprometido com a educação de seus alunos. A
escola reflexiva é uma analogia à idéia do professor reflexivo.
O cotidiano escolar pode ser visto como um exercício coletivo. Na sala de aula
temos situações coletivas, reações coletivas; as singularidades dos alunos e dos
episódios afetando o coletivo. Na escola como um todo, temos o planejamento, sala de
professores, conselhos de classe, todos esses são espaços coletivos, onde as
reflexões individuais são explicitadas, formal ou informalmente.
28
12. PRÁTICA TRANSFORMADORA
As teorias crítico-transformador da educação no campo do conhecimento
pedagógico constroem a proposta da educação como instrumento de formação humana
para a transformação social.
Neste sentido, a educação pode ser transformadora se garantir aos sujeitos
educados instrumentos para, de forma emancipada, agir, política e socialmente, pela
transformação das relações sociais de dominação.
13. O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO PEDAGÓGICO
Para aprender a adquirir novos conhecimentos com autonomia, os alunos
precisam conviver com situações e condições para enfrentar problemas e questões
diversas circulando com fluência pelas diferentes formas de investigar e de conhecer.
De acordo com as políticas públicas deve-se ter por princípio: a igualdade e
respeito à diversidade; com o combate às desigualdades por meio de políticas de ação
afirmativa e considerações das experiências dos grupos sociais. Assim sendo o projeto
atende as necessidades de cada educando, ou melhor, tem como objetivo atender a
todos desde a sua infância, apropriando-se dos conteúdos organizados no currículo
escolar, pois todos são iguais em seus direitos.
Frente a esta prerrogativa legal, o desafio da Escola Valmir Kunz é reestruturar-
se de acordo com o sistema educacional vigente, visando garantir o acesso e a
permanência de alunos com deficiência em classes comuns do ensino regular e a
organização de serviços de apoio pedagógico especializados, destacando o caráter
transitório da matrícula destes alunos em classes e escolas especiais.
14. MARCO OPERACIONAL
29
14.1 Redimensionamentos da Organização do Trabalho Pedagógico
A organização da proposta pedagógica da escola baseia-se nas normas e
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais da Educação Infantil anos inicias
atendendo ao princípio da flexibilização curricular.
O conhecimento é resultado da interação do homem com o seu meio, assim
consideramos a exploração da percepção, na qual, é a melhor motivação para a
produção do conhecimento. Só conseguimos conhecer, criar e expressar algo a partir
das sensações e das percepções que incorporamos.
É preciso trabalhar com os alunos os valores em qualquer matéria ou área do
conhecimento, pois fazem parte das Diretrizes Curriculares de Ensino. O estimulo
através dos valores promovem a integração, por isso à necessidade de possibilitar a
interação com o mundo, explorando tudo a sua volta, pois quanto maiores forem às
experiências, maior será sua adaptação ao meio. Ensinar o aluno a tomar consciência
dos pressupostos e que à sua revelia tornam-se importante no trabalho relacionado os
valores que na escola devem ser aprimorados.
Portanto, devem-se levar os alunos a praticar os valores e a respeitar e a pensar
sobre eles em conjunto, pois, todos eles estão interligados. Trabalha-se um,
necessariamente e trabalham-se outros.
14.2 Tipos de Gestão
A Escola tem como Gestão a Democrática que é formada por alguns
componentes: Constituição do Conselho escolar; Elaboração do Projeto Político
Pedagógico de maneira coletiva e participativa; divulgação e transparência na
prestação de contas; avaliação institucional da escola, professores, funcionarios e
alunos.
14.3 Papéis Específicos de Cada Segmento da Comunidade Escolar
30
A equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de
todos os setores do estabelecimento de ensino, onde o serviço de orientação e
supervisão da escola está sob responsabilidade da Direção.
A escola dispõe de 01 (uma) Diretora, 01 (uma) Secretária, 06 (seis) professores,
01 (uma) pedagoga, 02 (dois) serviços gerais, 01 (uma) merendeira, 01 (uma)
atendente.
A diretora da escola é indicada pelo presidente da Entidade mantenedora
evitando-se parentesco, devendo obrigatoriamente o nome ser aprovado pela diretoria
da Entidade para ser empossado. Tem como principais atribuições coordenar a
elaboração e a execução da proposta pedagógica, eixo de toda e qualquer ação a ser
desenvolvida pelo estabelecimento.
Cabe a mesma a gestão dos serviços escolares, no sentido de garantir o alcance
dos objetivos educacionais do estabelecimento de ensino, definidos na proposta
pedagógica, estabelecer diretrizes gerais de planejamento e organização da escola em
conjunto com o departamento de Educação, Cultura e Esportes, estabelecer relações
com outras escolas, cumprir e fazer cumprir a legislação, controlar a assiduidade dos
professores e administrativo, mantendo entrosamento entre os alunos, professores,
funcionários e pais procurando estabelecer respeito mútuo, assim como o bom
ambiente de trabalho. Promover reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para
aperfeiçoamento constante do pessoal envolvido nos serviços.
Cabe ao secretário (a) cumprir e fazer cumprir as disposições do Regimento
Escolar; redigir a correspondência que lhe for confiada, tais como ofícios, circulares,
memorandos e outros; responsabilizar-se pelos serviços de mecanografia da escola e
da Associação, sob a coordenação da direção; organizar e manter em dia a legislação
que diz respeito à Educação Especial, regulamentos e ordens, organizar e manter
sempre atualizados a vida escolar dos alunos e o cadastro dos profissionais da Escola,
de modo a permitir, em qualquer época, a verificação.
Compete ao Coordenador Pedagógico ser responsável pela implantação e
implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas no
Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política
31
educacional e orientação emanadas de Estado da Educação. Orientar a comunidade
escolar na construção do processo pedagógico, na perspectiva da gestão democrática.
Compete aos docentes: participar da elaboração, implementação e avaliação do
Projeto Político-Pedagógico, construído de forma coletiva e homologado pelo NRE,
planejar, executar, avaliar e registrar os objetivos e atividades do processo educativo,
numa perspectiva coletiva e integradora, a partir das Orientações e Diretrizes da
Educação Especial e de projetos específicos desenvolvidos pela Escola, discutir com os
alunos e com os pais ou responsáveis as propostas de trabalho da escola, o
desenvolvimento do processo educativo, as formas de acompanhamento da vida
escolar dos educando, identificar, em conjunto com Coordenador pedagógico, os
alunos que apresentam necessidades de atendimento diferenciado, manter atualizados
os registros de freqüência, os diários de classe e registrar continuamente as ações
pedagógicas, tendo em vista a avaliação contínua de o processo educativo e participar
das reuniões de avaliação, reavaliação, aproveitamento e desenvolvimento do aluno.
Compete aos serviços gerais zelar pelo ambiente físico da escola, cumprindo as
normas estabelecidas na legislação sanitária vigente, utilizar o material de limpeza sem
desperdícios e comunicar à direção com antecedência a necessidade de reposição dos
produtos, zelar pela conservação do patrimônio da escola, comunicando qualquer
irregularidade à direção e/ou coordenação pedagógica.
Compete à merendeira zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e
utensílios, cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária vigente,
selecionar e preparar a alimentação balanceada, observando padrões de qualidade
nutricional, servir as refeições, observando os cuidados básicos de higiene e
segurança, também outras tarefas correlatas a sua função, informar o (a) Diretor (a) da
necessidade de reposição do estoque de alimentos, responsabilizar-se pelo
recebimento, guarda economia, conservação, limpeza e organização do material que
lhe for confiado. Planejar cardápio e estabelecer as quantidades de alimentos de
acordo com o número de merendas a serem servidas, registrar e distribuir as refeições
preparadas, entregando-as conforme rotina determinada; receber ou recolher a louça e
talheres após as refeições, providenciando a limpeza dos mesmos, deixando-os em
condições de uso imediato, Tomar as providências necessárias para que o serviço sob
32
sua responsabilidade se processe dentro das normas estabelecidas, com o maior rigor
na observação dos princípios da ordem e da higiene.
Compete ao Atendente auxiliar os professores no atendimento dos alunos, no
que se fizer necessário, zelar pela segurança individual e coletiva dos alunos, buscando
evitar situações de riscos aos educando.
Dos serviços de assistência Social, a qual é cedida pela Prefeitura Municipal, tem
por função fazer a avaliação do ambiente sócio-familiar, através de entrevistas e visitas
domiciliares e outras técnicas próprias, orientar as famílias, fazer o levantamento de
recursos disponíveis na comunidade para possível utilização do encaminhamento de
alunos, desenvolverem projetos que venham de encontro com as necessidades dos
educando.
Fonoaudióloga também cedida pela Prefeitura Municipal, tem por finalidade
contribuir no trabalho interdisciplinar existente na Escola, visando proporcionar aos
alunos à aquisição, compreensão e estruturação da linguagem possibilitando assim que
os alunos desenvolvam as suas habilidades comunicativas.
14.4 Relações de Corpo Docente e Técnico Administrativo
EQUIPE DE PROFESSORES
CARGO /FUNÇAO HORAS/SEMANAIS
01 DIRETOR 40 h
04 PROFESSORAS REGENTES 20 h
01 PEDAGOGA 20 h
01 PROFESSORA ED. FISICA 20 h
01 PROFESSORA ARTES 20 h
EQUIPE DE FUNCIONÁRIOS
FUNÇAO/ CARGO HORAS SEMANAIS
01 SECRETARIA 40 h
01 ATENDENTE 40 h
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02 SERVIÇOS GERAIS 40 h
01 MERENDEIRA 40 h
14.5 Relações entre Aspectos Pedagógicos e Administrativos
A relação entre o setor administrativo e pedagógico é de extrema
compatibilidade, pois desenvolvem um bom trabalho em equipe onde são realizadas
atividades da proposta pedagógica tendo sempre em vista o bom andamento da escola.
14.6 Instâncias Colegiadas
A Escola de Educação Básica na Modalidade Especial “Raio de Luz” tem como
instância colegiada a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de
natureza consultiva, deliberativa e fiscal, com o objetivo de estabelecer, para o âmbito
da escola, critérios relativos à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento
com a comunidade nos limites da legislação em vigor compatíveis com as diretrizes e
política educacional para Educação Especial, que tem por finalidade o atendimento do
aluno deficiente.
Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos didático-pedagógicos é uma reunião avaliativa em que é constituído pelo
diretor(a), pelo pedagogo(a) por todos os docentes e equipe multiprofissional envolvidos
no processo ensino-aprendizagem discute acerca da aprendizagem dos alunos, o
desempenho dos docentes, os resultados das estratégias de ensino empregadas, a
adequação da organização curricular e outros aspectos referentes a esse processo, a
fim de avaliá-lo coletivamente, mediante diversos pontos de vista.
O Conselho de Classe é uma oportunidade de reunir os professores com o
objetivo de refletir sobre a aprendizagem dos alunos e o processo de ensino. Seu
objetivo é favorecer uma avaliação mais completa do estudante e do próprio trabalho
docente, proporcionando um espaço de reflexão sobre o trabalho que está sendo
34
realizado e possibilitando a tomada de decisão para um novo fazer pedagógico,
favorecendo mudanças para estratégias mais adequadas à aprendizagem. Reuni-se em
datas previstas em calendário escolar.
Os Auto Defensores tem a missão que consiste na defesa dos interesses das
pessoas com Deficiência Intelectual e Múltipla. Para isso, devem contar com uma
preparação ativa que os possibilitem defender suas posições, podem sugerir ações que
aperfeiçoem o seu atendimento e sua participação em todos os seguimentos da
sociedade, como porta-vozes de seus companheiros, a participação deles faz uma
grande diferença, de forma positiva, que pode ajudar os demais membros da Diretoria a
desenvolver habilidades no tratamento da pessoa com deficiência.
O Conselho Escolar é o órgão colegiado, representativo da comunidade escolar
de natureza consultiva, deliberativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do
trabalho pedagógico e administrativo da Instituição Escolar em conformidade com as
Políticas e Diretrizes Educacionais da SEED. É constituído pelo Diretor(a) da Escola,
como presidente, 01 (um) representante da equipe pedagógica, 01 (um) representante
da equipe de docência, 01 (um) representante da equipe operacional, 01 (um)
representante da equipe técnico-administrativo, 01 (um) representante dos discentes,
01 (um) representante dos pais ou responsáveis, 01 (um) representante dos
movimentos sociais organizados da comunidade e seus respectivos suplentes.
14.7 Recursos que a Escola Dispõe para Realizar seu Projeto Político Pedagógico
Participa mensalmente dos Programas: Dinheiro Direto na Escola (R$ 20,00) por
aluno, dinheiro do Ministério SAS (R$ 600,00), convênio com a Prefeitura Municipal (R$
1600,00). Esses recursos são destinados para compra de materiais pedagógicos e
manutenção da Escola.
14.8 Critérios para Elaboração do Calendário Escolar, Horários Letivos e Não Letivos
35
O calendário escolar das escolas públicas estaduais é elaborado seguindo as
normas fixadas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - Lei Nº
94/96). Modelo do NRE/SEED. As unidades escolares deverão organizar o calendário
escolar atendendo ao mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar e no
mínimo 800 (oitocentas) horas aula.
O calendário escolar deve ser elaborado pela escola com a participação dos
docentes, aprovado pelo Conselho de Escola e encaminhado ao Núcleo para a devida
aprovação e homologação.
Na elaboração do calendário, a escola deverá observar as diretrizes
estabelecidas pela Secretaria Estadual de Educação, contendo: início e término do ano
letivo, planejamento e replanejamento, férias, reunião pedagógica/conselho de classe,
formação continuada e semana do excepcional.
14.9 Os Critérios para a Organização e Utilização dos Espaços Educativos
O espaço educativo é toda área escolar, além de outras atividades
desenvolvidas fora do espaço físico da escola utilizando: praças, jardins, parques,
campos de esporte, ginásio de esportes, clubes, passeios na cidade e também
excursões realizadas para outro Município e Estado.
Toda e qualquer atividade é programada pelo professor de cada turma, ou
conforme sua proposta educativa, elas podem ser desenvolvidas nas dependências da
escola, como a nossa Escola não dispõem de muito espaço geralmente são usadas
Ginásio de Esporte do Município, Praça Municipal, com aviso prévio da Direção da
Escola em caso de saídas da mesma. As excursões são planejadas em conjunto com a
equipe pedagógica.
14.10 Critérios para Organização de Turmas e Distribuição por Professor em Razão de
Especificidade
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A Escola Valmir Kunz de Educação Básica na Modalidade Especial organiza as
turmas que são constituídas por alunos com de deficiência Intelectual associada, ou
não, a outras deficiências. Com funcionamento intelectual significativamente abaixo da
média, originários no período de desenvolvimento, concomitantes com limitações
associadas a duas ou mais áreas de conduta adaptativa ou da capacidade em
responder adequadamente às demandas da sociedade nos aspectos de comunicação,
cuidados pessoais, habilidades sociais, desempenho na escola, família, comunidade e
nos aspectos de independência, locomoção, saúde, segurança e lazer.
As turmas são organizadas de acordo com regime da oferta das etapas é de
forma presencial, organizado em turmas, levando em conta:
• faixa etária;
• etapas de desenvolvimento;
• aquisição de conteúdos curriculares.
Quanto aos níveis de ensino, a escola oferece Educação Infantil e Ensino
Fundamental/séries iniciais e Educação Profissional/Inicial em programas organizados
conforme faixa etária, de forma que responda às deficiências e possibilidades de
aprendizagem dos educando. A escola funciona em período (matutino, vespertino e/ou
integral).
14.11 Diretrizes para Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente e Não Docente
Avaliação do Currículo, das Atividades Extracurriculares e do Projeto Político
Pedagógico
O processo deve contemplar uma avaliação coletiva (equipe) e uma avaliação
individual (funcionários). A avaliação deve considerar sempre o lado profissional e o
lado pessoal.
Para avaliar a equipe é preciso conhecer, resultados obtidos, produtividade, nível
de cooperação, integração, espírito de equipe, objetivos coletivos, relacionamento entre
os seus integrantes, ambiente, clima organizacional.
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Para uma equipe alcançar bons níveis de produtividade é necessário que todos
estejam envolvidos, motivados e treinados.
Verificar: evolução que cada um obteve na trajetória profissional; formação
escolar; anseios e expectativas profissionais; postura e comportamento.
É importante avaliar a iniciativa, criatividade, potencialidades, desempenho. E
ainda observar cada um com relação a cumprimento das normas e regras, disciplina,
capacidade de assumir riscos e responsabilidades, nível de cooperação, contribuição
com sugestões e melhorias, respeito aos colegas e às opiniões alheias, rapidez na
execução de tarefas, erros freqüentes, espírito de liderança, necessidade de
supervisão.
Também é feita a avaliação institucional, que é o processo que busca avaliar a
escola de forma global, contemplando os vários elementos que a constituem em função
do Projeto Político Pedagógico, ocorre por meio de mecanismos criados pela própria
escola aprovados pela Diretoria Executiva da Entidade Mantenedora.
A avaliação contribuir para o desenvolvimento das capacidades dos docentes e
não docentes e da equipe toda, pode-se dizer que ela se converte em uma ferramenta
pedagógica, em um elemento que melhora a aprendizagem e a qualidade do ensino,
dando sentido definitivo de um processo de avaliação formativa.
Conforme a APAE Educadora é importante que haja complexidade, devendo
prever na operacionalização alguns mecanismos avaliativos que garantem a
continuidade dos pressupostos e ações.
Transformar a prática avaliativa significa questionar a educação desde as suas
concepções, seus fundamentos, sua organização, suas normas burocráticas. Significa
mudanças conceituais, redefinição de conteúdos, das funções docentes, entre outra.
14.12 Intenções de Acompanhamento aos Egressos
É importante que a Escola registre todos os dias, a presença do aluno, pois,
constatada a ausência do aluno por 05 (cinco) dias consecutivos ou 07 (sete)
alternadas no período de um mês, esgotadas as iniciativas a seu cargo, comunicará o
38
fato à equipe pedagógica da escola, que entrará em contato com a família, orientando e
adotando procedimentos que possibilitem o retorno do aluno.
14.13 Práticas Avaliativas
As propostas curriculares atuais, bem como a legislação vigente, primam por
conceder uma grande importância à avaliação, reiterando que ela deve ser contínua,
processual, diagnóstica e descritiva, concebendo-a como mais um elemento do
processo de ensino aprendizagem, o qual nos permite conhecer o resultado de nossas
ações didáticas e, por conseguinte, melhorá-las.
A avaliação, como parte do processo de aprendizagem, tem função diagnóstica
no sentido de acompanhar o processo ensino-aprendizagem desenvolvida pela escola,
assim como os conhecimentos e experiências adquiridas pelos alunos fora da escola,
porém relevantes no processo educativo.
A avaliação escolar considera todas as dimensões de aprendizagem, como a
cognitiva, afetiva, cultural, social e outras. No processo de avaliação serão
considerados, além da prática, o processo de aprendizagem e os aspectos
relacionados à atitude dos alunos. Sendo que os resultados das atividades avaliativas
serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os
avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações
pedagógicas.
15. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
15.1 História e Cultura Africana e Afro-Brasileira/Cultura Indígena
As Escolas de Educação Básica estão desafiadas a implantar a lei nº 10.639/03,
que torna obrigatória a inclusão do ensino da história da África e da Cultura Afro-
39
Brasileira nos currículos dos estabelecimentos de ensino públicos e particulares, sendo
que a Escola Especial deve trabalhar o conteúdo integrado as disciplinas, que serão
trabalhados de maneira histórica o enfrentamento contra o racismo, o preconceito e a
discriminação. O ponto inicial desta desigualdade está sedimentado nos estereótipos
socialmente construídos sobre o negro escravizado. Estas imagens negativas foram se
constituindo com tal força que se formou ao longo dos anos um fosso considerável de
desigualdade entre a população negra e a população branca, também tem como intuito
promover o reconhecimento da história e da cultura, assegurando a igualdade e
valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, européias e asiáticas a partir do
ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
15.2 Sexualidade/uso de drogas/violência
Existem diferentes abordagens do tema que variam de acordo com concepções
e crenças convenientes a cada um. Em alguns lugares podem-se encontrar visões
preconceituosas sobre o assunto, em outros, é discutido de forma livre e com grande
aceitação de diferentes olhares ao redor do termo.
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que requer
tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa,
desprovido de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do conhecimento,
educadores e educando são instigados a conhecer a legislação que reporta direta ou
indiretamente a esse desafio educacional contemporâneo, bem como a debater
assuntos presentes em nosso cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito
e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre
outros.
O trabalho educativo com a Sexualidade, por meio dos conteúdos elencados nas
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, e
autorização dos pais, deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual,
classe e raça/etnia.
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15.3 Educação Fiscal
A Educação Fiscal é um processo que visa à construção de uma consciência
voltada ao exercício da cidadania. O objetivo é propiciar a participação do cidadão no
funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controles social e fiscal do
Estado.
A Escola em questão busca mostrar aos alunos através de conteúdos práticos e
teóricos o reconhecimento que os mesmos têm perante a sociedade e Estado.
16. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para ensinar parte-se da certeza que os educando sempre sabem alguma coisa
e de que todo o educando pode aprender, mas no tempo e do jeito de lhe são próprio. É
fundamental que o professor nutra uma elevada expectativa por seus alunos. O
sucesso da aprendizagem está em explorar talentos, atualizar possibilidades,
desenvolver predisposições naturais de cada aluno. As dificuldades, deficiência e
limitações precisam ser reconhecidas, mas não devem conduzir ou restringir o processo
de ensino,
A qualidade da atuação da escola de Educação Especial não pode depender
somente da vontade de um ou outro professor. É preciso a participação conjunta dos
profissionais (orientadores, supervisores, professores polivalentes e especialistas enfim
todos os colaboradores) para tomada de decisões sobre aspectos da prática didática,
bem como sua execução.
As metas propostas não se efetivarão em curto prazo. É necessário que os
profissionais estejam comprometidos, disponham de tempo e de recursos. Mesmo em
condições ótimas de recurso, dificuldades e limitações sempre estarão presentes, pois
na escola se manifestam os conflitos existentes na sociedade.
No entanto, é necessário estabelecer acordos nas escolas em relação às
estratégias didáticas mais adequadas.
41
A qualidade da intervenção do professor sobre o aluno ou grupo de alunos, os
materiais didáticos, horários, espaços, organização e estrutura das classes, a seleção
de conteúdos e a proposição de atividades concorrem para que o caminho seja
percorrido com sucesso.
Ao lado do conhecimento de fatos e situações marcantes da realidade brasileira,
de informações e práticas que lhe possibilitem participar ativa e construtivamente dessa
sociedade, os objetivos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e a Educação
Profissional apontam à necessidade de que os alunos se tornem capazes de eleger
critérios de ação pautada na justiça, criar forma não violenta de atuação nas diferentes
situações da vida fazendo-se assim necessário a inclusão dos Desafios Educacionais
Contemporâneos.
Na hora de fazer o planejamento, deve-se ter em mente quais são os problemas
fundamentais e urgentes da clientela escolar. Refletindo assim sobre o ensino e
aprendizagem de seus conteúdos: valores, procedimentos e concepções.
Lembrando sempre que se devem ter objetivos bem claros e definidos, para se
chegar a uma avaliação onde a qualidade deve prevalecer a quantidade.
Esse projeto só foi possível graças à colaboração e comprometimento de todos que
aqui prestam serviço, e deseja um futuro melhor para nossa sociedade, capaz de
transformar, inovar e crescer.
42
REFERÊNCIAS
APAE Educadora – A escola que buscamos: proposta orientadora das ações
educacionais/ coordenação geral; Ivanilde Maria Tibola. – Brasília: Federação Nacional
Das APAES, 2001, 56 p.
BRASIL Fundamental. MEC/SEESP. Política Nacional de Educação Especial.
Brasília. 1994.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Referencial curricular nacional para a educação Infantil - Brasília: MEC/SEF,1998.
CARNEIRO, R. Sobre a Integração de Alunos Portadores de Deficiência no Ensino
Regular. Revista Integração. Secretaria de Educação Especial do MEC, 1997.
D’ANTINO, M. E. F. A questão da integração do aluno com deficiência mental na
escola regular. In: MANTOAN, M. T.E. A integração de pessoas com deficiência.
São Paulo: Memnon: Ed. Senac, 1997.
DCE. Diretrizes Curriculares de Educação Fundamental da Rede de Educação
Básica do Estado do Paraná. Secretaria do Estado da Educação, 2005.
ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS: orientações pedagógicas para os anos
iniciais/ Autores: Ângela Maria Gusso ...(ET AL.)organizadores: Arleandra C. T. do
Amaral, Roseli C. de Barros Casagrande, Viviane Chulek.-Curitiba, PR: Secretaria da
Educação 2010.
FEDERAÇÃO NACIONAL DAS APAES – Metodologias aplicadas na Educação
Profissional de pessoas com deficiência mental e múltipla/Federação Nacional
das Apaes - Brasília: Associação de Pais e Amigos Dos Excepcionais – APAE,
2005.240:il; 29,7cm.
43
GOFFMAN. E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio
de Janeiro: Guanabara, 1988.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-critica. 4. ed. Rev.
Campinas, SP. Autores Associados, 2007-(coletânea educação contemporânea).
HURTADO, J. G. G. M. O ensino da Educação Física: uma abordagem didática. 2.
ed. Curitiba: Educa/Editer, 1983.
LIANE, M.B – MARTINS. Educar em revista nº 7 023/2004. Editora junho de 2004.
NEVES FERREIRA, I. C. Caminhos do Aprender. Ministério do Bem-Estar social,
Brasília, DF, 1993.
MANTOAN, M. T. E. A Integração de pessoas com deficiência: contribuições para
uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Editora SENAC, 1997.
OSÓRIO, A. Inclusão e Integração. Jornal do MEC, Brasília, Ano XI, no. 7, p.9
SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Critica: primeiras aproximações/Demerval Saviani
10. ed. Rev. –Campinas, S.P: Autores Associados, 2008-(coletanea educação
contemporânea).
SASSAKI, R. K. Inclusão Construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro:
WVA, 1991.
http.//www.diadiaeducação/portal/diretrizes.
44
ANEXOS
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PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA
1. TEMA
Drogas
2. PROBLEMA
Qual a importância em trabalhar com o tema drogas na Escola?
3. JUSTIFICATIVA
Sabendo que o corpo humano é a mais complexa e perfeita máquina criada por
Deus, mas pode ser destruído com o consumo exagerado de álcool, fumo ou outras
drogas, afetando não só o individuo, mas sim toda a família.
Resolveu-se desenvolver a Campanha da Paz, sob orientação do núcleo, havia
vários temas, mas optou-se em desenvolver o projeto sobre drogas.
Este projeto tem o intuito de estar orientando e dando esclarecimentos sobre as
drogas e o mal que elas causam, envolvendo pais, alunos, professores, funcionários,
diretoria e técnicos da escola, e ainda relatar os tipos de drogas que há e o que elas
provocam para a saúde das pessoas, conscientizando os alunos de que as drogas são
uns dos maiores males de nossa sociedade e para seu controle depende da união de
todos.
4. OBJETIVO GERAL
Incentivar os alunos, educadores, e pais para o não uso de qualquer tipo de
droga seja ela qualquer for.
5. OBJETIVOS ESPECIFICOS
• Contribuir na formação das ações anti-drogas;
• Dar informação sobre drogas mostrando que elas causam dependência
mental e dependência física;
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• Despertar o interesse dos alunos, dos educadores, pais e familiares na busca
ou ação coletivas preventivas contra o uso desse estimulante.
6. DESENVOLVIMENTO
No primeiro momento serão utilizados meios como: reunião conversa de
conscientização com os pais e alunos. As palestras contarão com a participação do
médico, psicóloga, fonoaudióloga e professores, os materiais utilizados através de fitas
de vídeo, filmes, pesquisas na internet, coleta de matérias feita pelos alunos, confecção
de faixas, desenhos, cartazes e mural.
Os fatos que serão relatados estão amparados pela Lei 9.294, de 15 de julho de 1996,
onde consta no:
• Art. 2º e proibido o uso de cigarro, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de
qualquer outro produto fumeiro, derivado ou não do tabaco, em recinto
coletivo, privado ou público, salvo em área destinada exclusivamente a esse
fim, devidamente isolada e com arejamento conveniente.
• § 1º incluem-se nas disposições deste artigo as participações públicas, hospitais e postos de saúde, as salas de aulas, as bibliotecas, os recintos de trabalho coletivo e as salas de teatro e cinema.
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PROJETO TRABALHANDO E CONVERSANDO COM A FAMÍLIA
1. TEMA
Trabalhando e conversando com a família
2. PROBLEMA
Qual a importância de se trabalhar com as famílias de nossos educando?
3. OBJETIVO GERAL
Resgatar a sua condição de sujeito social, possibilitando que a família adote
novas formas de convivência e favoreça o desenvolvimento pessoal e de todos os seus
membros, uma vez que se busca a superação das desigualdades e a inclusão social.
4. OBJETIVOS ESPECIFICOS
• Proporcionar às famílias sobre as causas que provocam doenças;
• Orientar quanto à prática de atividades do dia a dia;
• Incentivar os pais na educação e no atendimento de seus filhos;
• Reunir mensalmente as famílias para acompanhamento especializado
(técnicos e professores), para troca de vivencias entre os membros da
família;
• Incentivar a família a participar dos movimentos sociais que lutam pela
melhoria de qualidade de vida.
5. JUSTIFICATIVA
O presente projeto visa desenvolver atividades de culinária, referente ao preparo
de diferentes refeições englobando os conhecimentos e habilidades já existentes na
família. Pois a culinária é uma excelente ocasião de oferta de possibilidades de
educação para uma saúde melhor. É importante que a família aprenda a preparar um
número maior de alimentos e saber combiná-los de acordo com o grande grupo a que
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pertence fazer as substituições de alimentos por outro grupo, saber planejar refeições
balanceadas e adequadas conforme seu estilo de vida e metabolismo.
6. DESENVOLVIMENTO
A estocagem de alimentos requer uma atenção especial. As famílias serão
orientadas em como estocar os alimentos e por quanto tempo podem se guardar
alimentos já preparados. Como guardar verduras, legumes, frutas, carnes, ovos,
lacticínios e alimentos secos.
Para a realização deste projeto serão utilizados recursos oriundos do projeto
HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO, autorizado do termo do convenio que está
expressamente contida na Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS Nº. 8.742/93, na
mesma norma operacional Básica – NOB/99, Lei Municipal da Assistência Social nº.
258/2001, Decreto nº. 035/2001 e Lei Municipal nº. 381/2005.
Na escola é necessário planejar atividades que venham a trabalhar a cooperação
do educando em seu ambiente familiar, onde muitas vezes é negada ao educando que
recebe ensino especial a oportunidade de crescer como membro que coopera nas
atividades familiares, sendo olhado como alguém que precisa ser ajudado e não como
alguém que pode ajudar. É preciso que ele aprenda que em inúmeras situações, como
qualquer outro membro de sua família ou pessoas que freqüentam a sua casa ele pode
estar de igual para igual.
E é neste sentido que os técnicos e educadores devem estar alertas para propor,
sempre que necessárias atividades ligadas à partilha no ambiente familiar. Toda família
tem necessidade de ter seu espaço, um tempo para si, ter seus pertences próprios, ser
respeitado como seres atuantes em uma sociedade. Auxiliados pelos técnicos e
educadores as famílias descobriram a necessidade de como manter em sua casa um
ambiente e ritmo de vida que lhes seja favorável para uma vida com equilíbrio.
A família tem encontros com Psicólogos, Assistente Social, Fonoaudióloga,
Professoras e outros profissionais que se fizerem necessários, e uma vez por mês
haverá encontro em diferentes residências para ver o andamento do projeto e a
aceitação.
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PROJETO DANÇA DESPERTAR DAS EMOÇÕES
1. TEMA
Dança despertar das Emoções
2. PROBLEMA
Qual é a importância que a dança proporciona para vida de nossos alunos?
3. OBJETIVO GERAL
Resgatar nossa história através da dança, transformando assim a forma de
aprendizado e entender que a inclusão da arte na vida das pessoas é de suma
importância para o crescimento cultural de uma sociedade.
4. METODOLOGIA
Toda ação do homem envolve uma atividade corporal, assim a dança é uma das
maneiras de conhecer o corpo e conhecer-se e a possibilidade de desenvolver-se como
ser humano integral, é uma linguagem através da qual o ser humano expressa
sensações, emoções, sentimentos e pensamentos com o seu corpo.
A atividade da dança na escola pode desenvolver no educando a compreensão
de sua capacidade de movimento, mediante um maior entendimento de como seu
corpo funciona. Assim, poderá usá-lo expressivamente com maior inteligência,
autonomia, responsabilidade e sensibilidade.
O presente projeto visa desenvolver na pessoa com deficiência a precisão dos
movimentos para que se tornem coordenados e naturais, sendo que o convívio
desperte sentimento de companheirismo, amizade, auxiliando na educação.
Esse projeto será desenvolvido com alunos da Escola de Educação Especial “Raio de
Luz”, com a participação de todos os alunos, desde a educação infantil, ensino
fundamental e profissionalizante.
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PROJETO NATAL
1. TEMA
Natal Rústico Apaeano
2. PROBLEMA
Qual a importância do envolvimento do aluno com necessidades especiais na
decoração natalina?
3. OBJETIVO GERAL
Manter e aprimorar o trabalho desenvolvido em torno do espírito natalino, que
tanto embeleza a nossa cidade, sendo motivo de orgulho e elogio para os munícipes
que aqui vivem.
4. JUSTIFICATIVA
O presente projeto tem por finalidade apresentar a importância da inclusão dos
deficientes nas atividades natalinas no contexto de inclusão, através da decoração da
praça e das ruas municipais, sendo que através das mesmas poderá haver melhorias
no âmbito escolar e social.
O caráter deste projeto visa envolver alunos, professores, funcionários da
prefeitura e a comunidade em geral.
Prevê, ainda, como estratégia básica a generalização das oportunidades de
acesso dos portadores de deficiência às atividades de arte, de lazer, trabalho e a outras
atividades integradas na escola, contribuindo para uma vida participativa na sociedade,
por meio do desenvolvimento de suas potencialidades e habilidades motoras, cognitivas
e sócio-afetivas.
5. METODOLOGIA
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O trabalho insere no processo e seu significado de importância, elaborado a
partir de material já publicado, constituído principalmente da realidade, atualmente com
material disponibilizado na Internet e, ainda, descrevendo as atividades de decoração,
como utilizar e quais os materiais.
As árvores de natal são confeccionadas com costaneiras como corpo principal,
contornadas com cipó e redes elétricas de modo a ficarem especialmente iluminadas.
As guirlandas são confeccionadas de cipó, macinhos de trigo, flores de pente de
macaco e esponja e laços de papel kraft.
As bolas iluminadas de cipó de diversos diâmetros, vazias internamente e
contornadas com mangueiras elétricas.
O presépio tem como componentes: José, Maria, Menino Jesus, os três reis
magos, anjos, vaca, cavalo, ovelhas, camelo todos em tamanho normal confeccionados
com cascas de árvores, cizal, porungas, papelão, as vestes de tnt tingidas para dar
aspecto de envelhecido. Também anjos sinos confeccionados com cipós e iluminados
com lâmpadas.
O Portal localizado na entrada da praça, confeccionado de roliços, decorado com
anjos, laços, ráfia e rede elétrica.
Ainda, a carroça com papai-noel e renas, para isso usou-se cascas e galhos para as
renas, cizal para barba, roupas usadas para fazer o corpo do papai-noel.
Componentes da decoração os bonecos de neve, confeccionados com cascas,
cipós e luz instalada na parte interna dos mesmos.
Toda decoração tem como coordenadores os professores da Educação Especial
da nossa escola, tendo como parcerias a Prefeitura Municipal, a APMI e APAE,
contamos também com a colaboração dos alunos da Escola Municipal e do Colégio
Estadual.
Participação dos alunos do profissionalizante na confecção da decoração em
geral e participação especial dos alunos com grau de comprometimento maior
confeccionando ornamentos de menor dificuldade.
6. CRONOGRAMA
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Dar-se-á inicio a confecção das peças decorativas no mês de setembro, ao
processo de fixação dos enfeites nos locais previamente determinados, acontecerá em
01 de novembro e encerramento em 30 de novembro de 2006. O prazo previsto para a
realização deste projeto será de 90 dias.
Observação: Este Projeto de Natal é desenvolvido todos os anos, com alguns
detalhes diferentes, com a participação de todos os alunos e colaboradores.