ESCOLA DE FOTOGRAFIA FOCUS CURSO … · RESUMO Este projeto tem ... prazo de fechamento,...
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SALETH ALMEIDA SANTOS
O FOTOJORNALISMO
Monografia apresentada junto ao
Curso Profissionalizante de
Fotografia da Escola Focus de Fotografia na obtenção do certificado de conclusão de curso e registro Mtb de fotógrafo profissional, emitido pelo Ministério do Trabalho.
Orientação: Prof. Dr. Enio Leite
São Paulo
2018
Dedico este à memória de
minha mãe, Selvina, que
mesmo não presente me deu
forças para prosseguir neste
projeto.
AGRADECIMENTOS
Ao meu marido Edmilson, que me deu todo o seu apoio, emocional e financeiro,
durante toda a jornada do curso.
Às minhas queridas filhas, Scarlett e Stephanie, pelo suporte e auxílio sempre
que solicitadas.
Muito obrigada ao meu irmão Evandro, por me acompanhar diversas vezes nos
meus treinamentos.
Ao meu orientador e professor Enio, pela boa vontade em dividir seu
conhecimento comigo.
Ao meu professor Paulo, pela paciência, amizade e por ter sido tão solícito
sempre que requisitado, mesmo fora do horário de aula.
Agradeço as
Obrigada á Escola de Fotografia Focus pela experiência e pelos ensinamentos
que carregarei por toda a minha carreira.
RESUMO
Este projeto tem como base a profissão do fotojornalismo, buscando analisar não
somente sua definição, mas também suas técnicas, os equipamentos
necessários. Como referência, foram apresentados fotojornalistas, tanto
nacional como internacionalmente, e um breve análise das técnicas utilizadas
pelos mesmos. Também foi realizada uma avaliação concisa do mercado de
trabalho na área.
Palavras-chave: Fotografia; Jornalismo; Fotojornalismo; Mercado de Trabalho;
Fotojornalista.
]
ABSTRACT
This project is based on the profession of photojournalism, searching to analyze
not only its definition, but also its techniques, the necessary equipment. As a
reference, photojournalists were presented, both nationally and internationally,
and a brief analysis of the techniques used by them. A concise evaluation of the
labor market in the area was also carried out.
Keyboards: Photography; Journalism; Photojournalism; Labor Market;
Photojournalist.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 7
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 8
2.1. O FOTOJORNALISMO ............................................................................ 8
2.2. OS DEZ MELHORES FOTOJORNALISTAS ......................................... 14
2.2.1. DOROTHEA LANGE .......................................................................... 14
2.2.2. SEBASTIÃO SALGADO ..................................................................... 15
2.2.3. HENRI CARTIER-BRESSON ............................................................. 16
2.2.4. ROBERT DOISNEAU ......................................................................... 17
2.2.5. JAMES NACHTWEY .......................................................................... 18
2.2.6. BRASSAI ............................................................................................ 19
2.2.7. W. EUGENE SMITH ........................................................................... 20
2.2.8. SEVERINO SILVA .............................................................................. 21
2.2.9. EVANDRO TEIXEIRA ......................................................................... 22
2.2.10. KEVIN CARTEr................................................................................. 23
2.2.11. WALTER FIRMINO........................................................................... 24
2.2.12. ARAQUÉM ALCÂNTARA ................................................................. 25
2.2.13. GERMAN LORCA............................................................................. 26
2.2.14. ROBERT CARPA ............................................................................. 27
3. MERCADO DE TRABALHO ........................................................................ 29
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 30
7
1. INTRODUÇÃO
O fotojornalismo nada mais é do que a profissão que reúne as características
da fotografia juntamente com o jornalismo, tendo com seu representante, o
fotojornalista.
Com o avanço da tecnologia, a instantaneidade passou a se tornar
praticamente uma obrigatoriedade. No momento atual, cujas redes sociais e
a internet estão em crescente expansão, o trabalho na área da comunicação
tem se transformado mais rapidamente. O profissional que não se adaptar às
essas mudanças pode não receber o destaque merecido na área. O mesmo
tem acontecido com o fotojornalismo: o mercado é crescente, mas também a
sua competitividade. Todos os profissionais estão em busca de mais cliques
e cada vez mais rápido.
Por meio de pesquisas, o profissional deve ter claro os desafios que
enfrentará na busca de sua carreira. O conhecimento das tendências da área
são consideradas essenciais, já que o jornalismo têm passado por profundas
transformações recentemente.
8
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. O FOTOJORNALISMO
O que torna uma foto a ser considerada fotojornalismo? Jorge Pedro
Souza, professor e pesquisador da área, afirma que fotojornalismo é toda
foto que possui “valor jornalístico” ou “valor de notícia”. Mas, o que torna
uma foto notícia? Antes de compreender isto, será necessário dissertar
sobre o próprio jornalismo e compreender seus critérios de noticiabilidade.
O jornalismo tem como principal objetivo fornecer informação à sociedade,
possuindo, desta maneira, um enorme papel social. Geralmente, o
jornalista utiliza dos meios de comunicação, a televisão, o rádio, os jornais
e, inclusive, a fotografia, para atingir seu objetivo: o desenvolvimento de
notícias. Entretanto, não é tão simples definir aquilo que deve ser
considerado notícia ou não. Por conta disso, têm sido desenvolvidos ao
longo dos anos fundamentos cujos jornalistas devem se basear ao realizar
a produção noticiosa.
Segundo Gislene Silva, os critérios de noticiabilidade se referem a
“(a) na origem dos fatos (seleção primária dos fatos / valores-notícia),
considerando atributos próprios ou características típicas, que são
reconhecidos por diferentes profissionais e veículos de imprensa; (b)
no tratamento dos fatos, centrando-se na seleção hierárquica dos fatos
e levando-se em conta para além dos valores-notícia dos fatos
escolhidos, fatores inseridos dentro da organização, como formato do
produto, qualidade do material jornalístico apurado (texto e imagem),
prazo de fechamento, infra-estrutura, tecnologia etc, como também
fatores extra-organizacionais direta e intrinsicamente vinculados ao
exercício da atividade jornalística, como relação do repórter com a
fonte; (c) na visão dos fatos, a partir de fundamentos éticos, filosóficos
e epistemológicos do jornalismo, compreendendo conceitos de
verdade, objetividade, interesse público, imparcialidade que orientam
inclusive as ações ou intenções das instâncias ou eixos anteriores.” (SILVA, 2005, p. 96)
Ainda neste estudo realizado por Gislene, em 2005, a autora busca
sistematizar uma relação de “atributos de acontecimentos”, elaborados
por 13 teóricos que ela considera um dos principais no área do jornalismo
(Walter Lipmann, Fraser Bond, J. Galtung & M. Ruge, Herbert Gans,
Pamela Shoemaker et alli, Mauro Wolff, Mario Erbolato, Manuel Chaparro
e Nilson Lage). De acordo com a conclusão de Gislene, os tópicos da
9
tabela a seguir possuem “as características necessárias para que os fatos
fossem considerados notícias”. (SILVA, 2005, p.101)
Proposta de tabela de valores-notícia para operacionalizar
análises de acontecimentos noticiáveis / noticiados
IMPACTO
Número de pessoas envolvidas (no
fato)
Número de pessoas afetadas (pelo
fato)
Grandes quantias
(dinheiro)
PROEMINÊNCIA
Notoriedade
Celebridade
Posição hierárquica
Elite (indivíduo, instituição, país)
Sucesso/Herói
CONFLITO
Guerra
Rivalidade
Disputa
Briga
Greve
Reivindicação
ENTRETENIMENTO/CURIOSIDADE
Aventura
Divertimento
Esporte
Comemoração
POLÊMICA
Controvérsia
Escândalo
CONHECIMENTO/CULTURA
Descobertas
Invenções
Pesquisas
Progresso
Atividades e valores culturais
Religião
RARIDADE
Incomum
Original
Inusitado
PROXIMIDADE
Geográfica
Cultural
SURPRESA
Inesperado
GOVERNO
Interesse nacional
Decisões e medidas
Inaugurações
Eleições
Viagens
Pronunciamentos
TRAGÉDIA/DRAMA
Catástrofe
JUSTIÇA
Julgamentos
10
Acidente
Risco de morte e Morte
Violência/Crime
Suspense
Emoção
Interesse humano
Denúncias
Investigações
Apreensões
Decisões judiciais
Crimes
Com isso, após observar a tabela elaborada por Gislene Silva,
determinase, então, que toda foto que for tirada com o intuito de exaltar
um desses valores-notícia, deve ser considerada fotojornalismo.
Jorge Pedro Sousa afirma que fotojornalismo é uma atividade “sem
fronteiras claramente delimitadas” (2002, p.7-8), porém acrescenta que o
fotodocumentalismo pode reduzir-se ao fotojornalismo, uma vez que
ambos utilizam a mídia como divulgadora e possuem a mesma intenção,
que é a de informar. Entretanto, é necessário ressaltar que o
fotodocumentalismo se difere quanto à elaboração de seu projeto.
Diversas vezes, durante a sua rotina, o fotojornalista não tem a
oportunidade de desenvolver um projeto fotográfico, suas imagens
acabam sendo produzidas em condições nem sempre favoráveis. Sousa
resume as duas atividades, fotojornalismo e fotodocumentarismo, como
um sinônimo de “contar histórias em imagens, o que exige sempre algum
estudo da situação e dos sujeitos nelas intervenientes, por mais que esse
estudo seja.” (2002, p.9)
Geralmente, um fotojornalista fotografa assuntos de importância
momentânea, assuntos da actualidade ”quente”. Já os temas
fotodocumentalísticos são tendencialmente intemporais, abordando
todos os assuntos que estejam relacionados com a vida à superfície da
Terra e tenham significado para o Homem. (SOUSA, 2002, p.9)
A partir da afirmação de Jorge Pedro Sousa acima, é possível concluir que
o fotojornalista busca “notícias” por meio da fotografia, enquanto o
fotodocumentalista busca a “reportagem”. E no que difere esses dois
gêneros jornalísticos?
Para delimitar o termo “reportagem” antes é necessário fazer uma breve
análise do conceito “notícia”, que é o ponto de partida para a sua
11
produção. A notícia é uma correspondência a um acontecimento real que
seja interessante a um certo público.
A notícia segue as fórmulas de construção que redundam na
simplificação do relato em torno dos seus componentes o que, quem,
quando, como, onde e por que, distribuídos de três maneiras distintas,
conforme se opte pela técnica da pirâmide invertida, da pirâmide
normal ou da pirâmide mista. (LIMA, 1951)
Edvaldo Pereira Lima afirma que a reportagem surge “visando atender a
necessidade de ampliar fatos, de colocar para o receptor a compreensão
de maior alcance”. A reportagem é, então, a ampliação dos relatos
simples, fornecidos pela notícia (que, quem, quando, como, onde e
porque), para uma dimensão contextual.
(...)aquela que possibilita um mergulho de fôlego nos fatos e em seu
contexto, oferecendo, a seu autor ou a seus autores, uma dose
ponderável de liberdade para escapar aos grilhões normalmente
impostos pela fórmula convencional do tratamento da notícia.(Idem,
1951)
A reportagem não se restringe somente uma ampliação da notícia, é
necessário que esta tenha repercutido no âmbito da sociedade, o fato
precisa ser transformador para ser feita a sua “ampliação”. José Marques
de Melo (1985) explica a notícia e a reportagem a partir desses critérios:
[...]A notícia é o relato integral de um fato que já eclodiu no organismo
social. A reportagem é o relato ampliado de um acontecimento que já
repercutiu no organismo social e produziu alterações que são
percebidas pela instituição jornalística. (Melo, 1985)
O livro-reportagem é, então, uma publicação em folhas impressas
brochadas com o conteúdo que consiste na extensão da notícia. Porém,
não apresenta periodicidade, tem quase sempre o caráter monográfico,
bem como o seu conceito de atualidade deve ser compreendido sob uma
visão de maior flexibilidade do que as publicações de jornalismo
tradicional, o hard news.
De acordo com Barthes (1984, p.129), a fotografia prova a presença, é
uma espécie de comprovante de que o fotografo testemunhou na hora e
local da imagem fotográfica. Desde o seu surgimento, a fotografia foi vista
como prova irrefutável, como algo que jamais mente. Foi essa
12
característica que fez com que as fotos fossem incluídas nas redações de
jornais, pois demonstram muita credibilidade no meio jornalístico.
Anteriormente, quando a fotografia ainda não era viabilizada para a
impressão direta, os jornais costumavam exibir figuras, desenhos
manuscritos, com a seguinte legenda “copiada de uma fotografia”.
A primeira publicação fotográfica foi realizada pelo Daily Mirror, em 1904,
de acordo com Baynes (1971). A partir disso, a fotografia passou a ser
considerada tão importante quanto o próprio trabalho jornalístico, como a
pauta e a apuração. Para Hicks (1952) esse foi um marco muito
importante no meio jornalístico como um todo. A fotografia causou o
aumento nas tiragens da imprensa e na competição entre os meios de
comunicação, o que acarretou em mais lucro e publicidade nos jornais.
O uso de câmeras nos jornais fez com que fossem desenvolvidas
máquinas cada vez menores e mais versáteis para facilitar a investigação
jornalística e a publicação de furos. Surgiu, a partir daí a doutrina scoop,
a cobertura fundamentada apenas em uma única foto exclusiva. Outra
transformação significativa na história da fotografia foi a criação do flash
de magnésio, mas que não apresentava muita praticidade pois criava
muita fumaça e aumentava o intervalo de tempo entre uma foto e outra.
Por conta da ideia de uma única foto, os fotojornalistas buscavam, o
máximo que podiam, trazer todos os elementos possíveis em uma foto só.
Essa busca pela foto ideal difere muito do fotojornalismo atual, pois as
fotos antigas eram focadas na nitidez e qualidade, enquanto as atuais se
concentram mais no acontecimento do que na fotografia em si. Um fato
interessante do início da fotografia é que as pessoas paravam ao ver um
fotógrafo e fazia poses, enquanto atualmente as pessoas tentam agir de
maneira natural. A convenção jornalística valoriza mais a espontaneidade
nos dias de hoje.
O jornalismo e a fotografia andaram juntos em sua evolução. Na Europa,
mais especificamente, Alemanha, foi desenvolvida a famosa “Leica”, uma
máquina fotográfica menor e com luminosidade que permitia fotos mais
13
espontâneas e reais. A Leica contribuiu para que o valor jornalístico se
sobressaísse a nitidez nas fotografias.
Durante a história, muitos exemplos como esse confirmarão o quanto o
jornalismo e a fotografia caminham juntos em seu desenvolvimento. O
trabalho jornalístico foi imprescindível para a praticidade das câmeras
fotográficas dos dias atuais.
14
2.2. OS DEZ MELHORES FOTOJORNALISTAS
2.2.1. DOROTHEA LANGE
Nascida em Hoboken, uma cidadezinha americana localizada no estado de Nova
Jersey, em uma família de imigrantes alemães, Dorothea Lange (1895-1965)
passou a se intressar por fotografia após o abandono do pai, quando tinha 12
anos de idade (BARROS, 2017). Foi fotografa documental e fotojornalista norte
americana conhecida pelos seus retratos da Grande Depressão para a Farm
Securtity Administration (FSA). Suas fotos ajudaram a humazinar as
consequências da Crise de 29 e influenciou o desenvolvimento da fotografia
documental (A GRANDE... 2012).
Com a Crise de 29, saiu de casa para clicar a situação nas ruas. As imagens que
fez dos desabrigados chamou a atenção dos outros fotógrafos, levando-a
trabalhar na Ressettlement Administration (RA) que depois recebeu o nome de
Farm Security Administration (FSA), instituição criada com o objetivo de
combater a pobreza rural (A GRANDE... 2012).
Entre 1935 a 1939, buscou retratar o sofrimento dos pobres e esquecidos,
principalmente das famílias rurais deslocadas e dos trabalhadores imigrantes. A
fotografia mais conhecida da época é a “Migrant Mother”, que virou o símbolo da
Grande Depressao, o pior e mais longo período da recessão econômica do
século XX (A GRANDE... 2012).
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Migrant Mother, 1936
2.2.2. SEBASTIÃO SALGADO
Nascido em Aimorés, cidade de Minas Gerais, Sebastião Salgado é um dos
principais e mais venerados fotógrafos brasileiros, em especial, no campo do
fotojornalismo. Ele encontrou na fotografia, uma maneira de enfrentar os
acontecimentos no mundo ao buscar retratar os marginalizados pela sociedade.
(SANTANA, online)
A sua principal assinatura está no trabalho preto e branco, com o intuito de
enaltecer e idealizar o personagem fotografado. Dentre seus trabalhos, está o
clima seco da África, imigrantes e refugiados europeus, camponeses, entre
outros. Sebastião Salgado tem, ao menos, dez livros publicados com essas
temáticas. (SANTANA, online)
16
Os pobres trabalhadores da terra
2.2.3. HENRI CARTIER-BRESSON
Nascido em Chanteloup-em-Brie (1908-2004) foi um fotografo do século XX,
sendo considerado o pai do fotojornalismo. (BARROS, 2017).
Durante uma viagem a Marselha, foi inspirado por uma fotografia do húngaro
Munkacsi, publicada na revista Photographies no ano de 1931, mostrando três
rapazes negros correndo em direção ao mar, no Congo (BARROS, 2017).
“A única coisa que era uma surpresa completa para mim e me levou à fotografia
foi o registro de Munkacsi. Quando eu vi a fotografia dos meninos negros
correndo em direção a onda, eu não pude acreditar que tal coisa poderia ser
captada por uma câmera. Peguei a câmera e fui para as ruas. De repente eu
entendi que a fotografia poderia captar a eternidade instantaneamente” – disse
Bresson durante uma entrevista.
Bresson serviu ao exército francês na segunda guerra mundial. Após o final da
segunda guerra mundial (1947) criou uma famosa agência fotográfica Magnum,
em parceria com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour.
Neste momento suas produções se tornam mais requintadas, publicando fotos
celebres nas revistas Life, Vogue e Harper’s Bazaar (SANTANA, 2016).
Passando pelo continente europeu, pela América do Norte, Índia, China,
Indonésia e tantos outros lugares, ele registra imagens únicas como, a morte do
Gandhi, estruturação da República Popular da China, dos conflitos em nome da
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autonomia na Indonésia, entre outras (SANTANA, 2016). Ele usava filmes preto
e branco e raramente fazia o uso do flash, pois não tinha afinidade alguma com
implementos fotográficos (BARROS, 2017).
2.2.4. ROBERT DOISNEAU
Robert Doisneau (1912-1994), nasceu em Gentilly, Paris. Ficou famoso por sua
foto “Le baiser de l’Hôtel de Ville” em 1950, embora o que o sobressai no seu
portfólio é o sentido do humor e do amor incondicional por uma cidade e seus
habitantes (ARCINIEGAS, 2013 e SANTOS, 2007).
Doisneau misturava classes sociais, via beleza onde só se via desgraça, muitas
de suas imagens são justaposições divertidas de ruas e cafés (provavelmente
influencia de Kertész, Atget e Cartier-Bresson). Sua visão da fragilidade humana
é doce, calma, encantadora e lúdica (ARCINIEGAS, 2013).
Mesmo nas suas fotografias mais humorísticas não existe distinção ou mudança
de perspectiva. Para Doisneau, o humor é uma forma de modéstia, de não
descrevermos as coisas, de lhe tocarmos com delicadeza, como um piscar de
olhos. Humor é, ao mesmo tempo, mascara e discrição, um abrigo onde é
possível esconder-se.
Le Baiser de l’Hotel de Ville, 1950
18
2.2.5. JAMES NACHTWEY
Influenciado pelas imagens da guerra do Vietnã e do movimento pelos direitos
civis dos afro-americanos, resolveu atuar profissionalmente como fotógrafo. As
imagens de seu trabalho são fortes, violentas e despertam as pessoas para o
tão cruel que o mundo pode ser. Trabalhou a bordo de navios da marinha
comercial, intermediário na edição de documentários e como motorista de
caminhão, enquanto aprendia a fotografar (JAMES... 2016 e JAMES... 2013).
Dedicava-se a documentar guerras, conflitos e questões sociais criticas como
fome, poluição industrial, AIDS e outros temas sociais. Cobriu por mais de 20
anos boa parte das tensões bélicas da segunda metade do século XX (JAMES...
2013).
Em 2001 o documentário sobre o trabalho do fotógrafo “War Photographer”
(Fotógrafo de Guerra) foi lançado. O diretor Christian Frei utilizou micro-câmeras
especiais acopladas a câmera fotográfica de Nachtwey, dando ao publico a
oportunidade de acompanhar o fotojornalista. O documentário foi filmando em
dois anos durante os conflitos de Kosovo, Palestina e Indónesia (JAMES...
2013).
Romênia, 1990
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2.2.6. BRASSAI
Gyula Halász (1899-1984), nasceu em Brassó, Transilvânia, Hungria (hoje em
dia é conhecida como Brasvo, Romênia). O pseudônimo Brassai foi tirado do
local de nascimento do fotografo. (LIMA JUNIOR, 2009 e BRASSAI, 2018).
Trabalhou como pintor, escultor e jornalista em Paris, quando inicou o seu
contato com Dali, Braque e Picasso. Em 1925 ele faz contato com Eugene Atget
que era uma referência para ele (LIMA JUNIOR, 2009).
Iniciou sua carreira como fotógafo independente para revistas. Gostava de
retratar a grafitagem das paredes de Paris, entusiasmando Picasso, Dubuffet e
outros artistas. Fotografou esculturas e desenho de Picasso e escreveu um livro
chamado “Conversations avec Picasso” (LIMA JUNIOR, 2009).
O talento de Brassai o fez um dos mais conceituados fotógrafos da alta
sociedade francesa. Entre os famosos fotografados por Brassai estão Salvador
Dalí, Pablo Picasso, Henri Matisse, Jean Genet e Michaux Henri (BORGES,
2014).
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Nevoeiro (Foggy), Brassai, 1934
2.2.7. W. EUGENE SMITH
W. Eugene Smith (1918-1978) é um fotojornalista da “fotografia humanista”
norte-americano, que promovia com suas fotografias, a realidade em situações
críticas, resgatando o drama humano sem concessões e desenvolvendo a série
“a vida como ela é!” (LA RUE, 2017).
A vida do fotografo começou quando ele tinha 15 anos de idade, ele havia
publicado suas primeiras fotografias em dois jornais locais. As imagens feitas
durante a Segunda Guerra Mundial o tornou grande referência no fotojornalismo,
chegando até a tornar-se membro da Agência Magnum (DORÉ, 2016).
Desde 1979 a Eugene Smith Foundation, dá bolsas para a realização de ensaios
que siga o humanismo (LA RUE, 2017 e DORÉ, 2016).
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2.2.8. SEVERINO SILVA
Severino Antônio da Silva (1958), nasceu em Pirpirituba no estado da Paraíba.
Sua primeira câmera era uma Kodak que havia ganhado da mãe. Aos 18 anos
foi admitido como continuo no infoGlobo e depois de algum tempo passou a ser
fotografo industrial. Logo após passou a trabalhar também na fotomecânica do
jornal O Globo onde fez estagio e passou a trabalhar como fotografo dos jornais
do bairro (SEVERINO... 2018).
Também atuou no Fluminense, o Povo, A Notícia, O DIA, depois voltou para O
Globo e está a 19 anos no Jornal O DIA. Em parceria com o repórter Alexandre
Medeiros, ganhou o prêmio Tim Lopes por uma serie de reportagens sobre o
Nordeste (SEVERINO... 2018).
Severino viaja ao nordeste com frequência para matar a saudade e trazer belas
imagens do lugar onde nasceu. Essas imagens acrescentam um projeto que
pretende transformar em livro ou exposição chamado “Fé, Luz e Sombra”, que já
se transformou numa pequena Mostra fotográfica no espaço cultural Evandro
Texeira na Universidade Estácio (SEVERINO... 2018).
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O sertanejo Dadá e a seca: do Açude do Caboclo restou apenas terra (imagem ganhadora de
prêmio)
Romeira de Canindé (CE) fazendo oração: imagens e poucas palavras
2.2.9. EVANDRO TEIXEIRA
Evandro Teixeira (1935) nasceu em Irajuba, Bahia. Iniciou sua carreira
jornalística em 1958, em O Diário de Notícias em Salvador, depois mudou para
o Diário da Noite na cidade do Rio de Janeiro, onde mora até hoje (BARROS,
2016).
Em 1963 entrou no Jornal do Brasil, trabalhou durante 47 anos, onde se tornou
uma figura do fotojornalismo nacional. Saiu do Jornal do Brasil, porque foi
interrompida a circulação impressa passando a ter apenas edição online
(BARROS, 2016).
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Destacou-se em diversos campos da cobertura jornalística, desde os temas
políticos até a fotografia de esporte, onde realizou a icônica fotografia de Ayrton
Senna, piscando de dentro do seu capacete. Uns dos seus maiores momentos
de sua carreira foi a cobertura da chegada do general Castello Branco ao Forte
de Copacabana durante o golpe militar (1694), a repressão ao movimento
estudantil no Rio de Janeiro (1968) e a queda do governo Salvador Allende, no
Chile (1973) (BARROS, 2016).
É autor de muitos livros sobre fotojornalismo e jornalismo. Suas fotos integram
acervos de museus como o de Belas Artes de Zurique (Suíça), Museu de Arte
Moderna La Tertulha (Colômbia), Masp (São Paulo), MAM e do MAR (Rio de
Janeiro) (BARROS, 2016).
2.2.10. KEVIN CARTER
Kevin Carter (1960-1994), foi um fotojornalista premiado da África do Sul, famoso
por imagens fortes que relatavam as questões sociais, desigualdade social, má
distribuição de renda, o preconceito e a fome do seu continente natal (A VIDA,...
2011).
Em 1993, foi revelada a sua foto mais conhecida chamada “Waiting game for
sudanese child” (Jogo de espera para crianças sudanesa), onde mostra a figura
esquelética de uma criança, totalmente desnutrida, envergada sobre a terra,
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esgotada pela fome e com um abutre aguardando a morte da criança. Carter foi
acusado por ser desumano, por ter se preocupado em tirar a foto e não ajudar a
menina (MUNDI, 2016).
Waiting game for sudanese child, 1993
Em 1994, um editor de fotografias do New York Times telefonou para Carter para
lhe dizer que ele havia ganho o prêmio mais cobiçado de fotografia, o Prêmio
Pulitzer (A VIDA..., 2011).
Em julho de 1994 levou o seu carro até um local de sua infância e suicidou-se,
utilizando uma mangueira para levar a fumaça do escape para dentro de seu
carro, deixando uma carta de suicídio que dizia (A VIDA..., 2011).
2.2.11. WALTER FIRMINO
Walter Firmo (1937), tem 61 anos de carreira e é um dos mais aclamados
fotógrafos do Brasil. Sua trajetória é marcada pela atuação em diversos países,
é referencia para várias gerações de fotojornalistas. Seu repertório retrata festas
populares, personagens e cenas do subúrbio brasileiro. Trabalhou em
publicações como Última Hora, Jornal do Brasil, Caros Amigos, Veja, Isto é,
Realidade e Manchete (WALTER... 2012).
Com fotografias marcadas pelas cores saturadas outras vezes pelo contraste,
Firmo conquistou sete vezes o Prêmio Internacional de Fotografia Nikon. Em
1973, em parceria com Claus Mayer e Sebastião Barbosa, fundou a agencia
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fotográfica Câmera Três, que deixou apenas um ano depois para trabalhar na
sucursal da Veja, também no Rio (WALTER... 2012).
Em 1983, tornou-se o primeiro fotografo brasileiro a export no MAM, com o
conjunto de fotografias comemorativo aos seus 25 anos de carreira, “Ensaio no
Tempo”, que passou por Buenos Aires em 1988. Também realizou diversas
exposições individuais e coletivas dentro e fora do Brasil. Residiu por seis meses
em Paris, onde assinou a exposição “Parisgris” na Cité Internacional des Arts e
realizou o workshop “Photographie à Paris”. Em 1944, começou a lecionar no
curso de jornalismo da Faculdade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, e, desde
então, coordena oficinas em todo o Brasil. Em 2008, expôs “O Sertão de
Graciliano Ramos” na embaixada brasileira em Londres. Sua mais recente
exposição foi “Véus”, no Rio de Janeiro (WALTER... 2012).
2.2.12. ARAQUÉM ALCÂNTARA
Araquém Alcântara é apontado como um dos precursores da fotografia de
natureza no Brasil e um dos mais importantes fotógrafos em atuação no país.
Desde 1970, dedica-se a documentar a natureza e o povo brasileiro, seu trabalho
foi notado internacionalmente e hoje se tornou referencia nacional (ARAQUÉM...
2018).
Foi o primeiro fotografo a documentar todos os parques brasileiros e a produzir
uma edição especial para a National Geographic Society denominada “Bichos do
Brasil”. Em 2007 ganhou o Prêmio Dorothy Stang de Humanidade, Tecnologia e
Natureza na categoria humanidade; Prêmio Fernando Pini de melhor livro de arte
26
do ano com a obra “Mar de Dentro”. Em 2006 ganhou o Prêmio Jabuti para o
livro “Amazônia”, na cetegoria Arquiterura e Urbanismo, Fotografia,
Comunicação e Artes. Em 2002 ganhou o Prêmio “Von Martius” da Câmara de
Comércio Brasil-Alemanha na categoria Natureza (ARAQUÉM... 2018).
Priorizando a fotografia como expressão plástica e instrumento de transformação
social, Araquém é um dos mais combativos artistas em defesa do patrimônio
natural do país (ARAQUÉM... 2018).
2.2.13. GERMAN LORCA
German Lorca, nasceu em São Paulo no ano de 1922. Formado em ciências
contábeis pelo Liceu Acadêmico. Em 1949, participou do Foto Cine Clube
Bandeirantes, associação de fotógrafos que introduzem novas tendências na
fotografia, como José Yalenti, Thomaz Farkas e Geraldo de Barros. Em 1954, é
o fotografo oficial das comemorações do IV Centenário da Cidade de São Paulo.
A partir, desta data, dedica-se com exclusividade à fotografia, atuando
principalmente na área de publicidade, em que conquista prêmios como o Prêmio
Colunistas, concedido pela revista Meio & Mensagem, onde conquistou prêmios
como o Prêmio Colunistas, concedido pela revista Meio & Mensagem, em 1985
e 1989. Sua produção da época do FCCB é comentada no livro A Fotografia
Moderna no Brasil, de Helouise Costa, publicado em 1995, pela editora da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (GERMAN... 2017).
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Sua obra revela, sobretudo, um olhar arguto sobre a paisagem da cidade de São
Paulo entre o fim da década de 40 e inicio da década de 50, registrando locais
como a praça da Sé, Parque Dom Pedro ou largo da Concórdia (GERMAN...
2017).
2.2.14. ROBERT CARPA
Endre Ernõ Friedmann, mais conhecido como Robert Capa, nasceu em
Budapeste. Se tornou um dos fotógrafos de guerra mais conhecido e respeitado
que cobriu inúmeros conflitos armados durante a primeira metade do século
passado (BARROS, 2016).
Capa iniciou sua carreira como fotografo profissional no final de 1931. Há
registros que na época ele fez fotos do revolucionário russo, Leon Trótski,
durante um congresso na Dinamarca (BARROS, 2016).
Capa tirou sua foto mais famosa, intitulada “Morte de um Miliciano” ou “O Soldado
Caído”, tornando-o, já naquela época, um dos mais importantes fotógrafos da
Europa do século XX. A fotografia foi tirada em 1936 e foi publicada na revista
americana Time, um ano depois, mostra um soldado atingido por uma rajada de
metralhadora (BARROS, 2016).
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Capa morreu na Guerra da Indochina, em 25 de maio de 1954, ao pisar em uma
mina terrestre. Seu corpo foi encontrado em meio aos escombros com um
detalhe que chamou atenção: a câmera permanecia em suas mãos (BARROS,
2016).
Robert Capa utilizava uma Leica 35mm, alé de um Contax Ila e uma Nikon S, as
câmeras com lentes de curto alcance necessitavam de uma aproximação no
momento fotografado (BARROS, 2016).
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3. MERCADO DE TRABALHO
Aos interessados em trabalhar na área do fotojornalismo, devem se atentar ao
fato de que a profissão está em expansão, assim como os seus profissionais. É
um mercado bastante competitivo e costuma engolir os novos fotojornalistas.
O salário costuma variar localmente, algumas regiões costumam pagar melhor
que outras. Em São Paulo, por exemplo, o fotojornalista recebe por volta 2,5 mil
reais ao mês. Entretanto, isso depende muito do tipo de fotografia que este
realiza, chegando a ganhar até de 10 a 15 mil reais.
Outra opção bastante comum dentre os profissionais do fotojornalismo é o
sistema freelancer. É um termo em inglês que caracteriza o profissional
autônomo que executa atividade de maneira independente. O freelancer,
geralmente, não possui vínculo de trabalho permanente com o empregador e é
remunerado a partir de cada serviço realizado. Esse estilo profissional costuma
ser mais rentável e ainda fornece muita flexibilidade de horário.
O fotojornalista precisa estar preparado pelos riscos que ele pode sofrer no
decorrer de sua atuação na área. Diversas vezes, os profissionais entram em
contato com situações conflituosas e com perigos físicos e, dependendo da
instrução de seu editor, com contato direto com combates.
Como já mencionado, o mercado das fotos com viés jornalístico está se
expandindo. Recentemente, tem aparecido bastante oportunidades para os
profissionais que desejam atuar na área. Porém, estes profissionais precisam
estar atentos a grande concorrência por trás dessas oportunidades.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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<https://bronx1985.wordpress.com/2011/05/11/a-vida-a-morte-e-as-
fotografiasde-kevin-carter/>. Acesso em: 14 jan. 2018.
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fotojornalismo brasileiro. 2016. Disponível em:
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dofotojornalismo/>. Acesso em: 10 jan. 2018.
BARROS, Marcos Antonio. Os grandes fotógrafos da História: Dorothea
Lange. 2017. Disponível em: <https://blog.emania.com.br/grandes-fotografosda-
historia-dorothea-lange/>. Acesso em: 5 jan. 2018.
BARROS, Marcos Antonio. Os grandes fotógrafos da história: Henri
CartierBresson. 2017. Disponível em: <https://blog.emania.com.br/os-
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BARROS, Marco Antonio. O mito Robert Capa: um dos maiores fotógrafos
de guerra da história. 2016. Disponível em: <https://blog.emania.com.br/o-
mitorobert-capa-um-dos-maiores-fotografos-de-guerra/>. Acesso em: 25 fev.
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fez um dos mais conceituados fotógrafos da alta sociedade francesa e dos
seus eventos na metade do século XX. 2014. Disponível em:
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amava fábricas e linhas de montagem, era um artista e amava as pessoas.
Não conseguia fotografar sem amar. E não conseguia amar sem Paris..
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