ESCOLA DE FOTOGRAFIA FOCUS CURSO … · RESUMO Este projeto tem ... prazo de fechamento,...

33
ESCOLA DE FOTOGRAFIA FOCUS CURSO PROFISSIONALIZANTE SALETH ALMEIDA O FOTOJORNALISMO São Paulo 2018

Transcript of ESCOLA DE FOTOGRAFIA FOCUS CURSO … · RESUMO Este projeto tem ... prazo de fechamento,...

ESCOLA DE FOTOGRAFIA FOCUS

CURSO PROFISSIONALIZANTE

SALETH ALMEIDA

O FOTOJORNALISMO

São Paulo

2018

SALETH ALMEIDA SANTOS

O FOTOJORNALISMO

Monografia apresentada junto ao

Curso Profissionalizante de

Fotografia da Escola Focus de Fotografia na obtenção do certificado de conclusão de curso e registro Mtb de fotógrafo profissional, emitido pelo Ministério do Trabalho.

Orientação: Prof. Dr. Enio Leite

São Paulo

2018

Dedico este à memória de

minha mãe, Selvina, que

mesmo não presente me deu

forças para prosseguir neste

projeto.

AGRADECIMENTOS

Ao meu marido Edmilson, que me deu todo o seu apoio, emocional e financeiro,

durante toda a jornada do curso.

Às minhas queridas filhas, Scarlett e Stephanie, pelo suporte e auxílio sempre

que solicitadas.

Muito obrigada ao meu irmão Evandro, por me acompanhar diversas vezes nos

meus treinamentos.

Ao meu orientador e professor Enio, pela boa vontade em dividir seu

conhecimento comigo.

Ao meu professor Paulo, pela paciência, amizade e por ter sido tão solícito

sempre que requisitado, mesmo fora do horário de aula.

Agradeço as

Obrigada á Escola de Fotografia Focus pela experiência e pelos ensinamentos

que carregarei por toda a minha carreira.

RESUMO

Este projeto tem como base a profissão do fotojornalismo, buscando analisar não

somente sua definição, mas também suas técnicas, os equipamentos

necessários. Como referência, foram apresentados fotojornalistas, tanto

nacional como internacionalmente, e um breve análise das técnicas utilizadas

pelos mesmos. Também foi realizada uma avaliação concisa do mercado de

trabalho na área.

Palavras-chave: Fotografia; Jornalismo; Fotojornalismo; Mercado de Trabalho;

Fotojornalista.

]

ABSTRACT

This project is based on the profession of photojournalism, searching to analyze

not only its definition, but also its techniques, the necessary equipment. As a

reference, photojournalists were presented, both nationally and internationally,

and a brief analysis of the techniques used by them. A concise evaluation of the

labor market in the area was also carried out.

Keyboards: Photography; Journalism; Photojournalism; Labor Market;

Photojournalist.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 7

2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 8

2.1. O FOTOJORNALISMO ............................................................................ 8

2.2. OS DEZ MELHORES FOTOJORNALISTAS ......................................... 14

2.2.1. DOROTHEA LANGE .......................................................................... 14

2.2.2. SEBASTIÃO SALGADO ..................................................................... 15

2.2.3. HENRI CARTIER-BRESSON ............................................................. 16

2.2.4. ROBERT DOISNEAU ......................................................................... 17

2.2.5. JAMES NACHTWEY .......................................................................... 18

2.2.6. BRASSAI ............................................................................................ 19

2.2.7. W. EUGENE SMITH ........................................................................... 20

2.2.8. SEVERINO SILVA .............................................................................. 21

2.2.9. EVANDRO TEIXEIRA ......................................................................... 22

2.2.10. KEVIN CARTEr................................................................................. 23

2.2.11. WALTER FIRMINO........................................................................... 24

2.2.12. ARAQUÉM ALCÂNTARA ................................................................. 25

2.2.13. GERMAN LORCA............................................................................. 26

2.2.14. ROBERT CARPA ............................................................................. 27

3. MERCADO DE TRABALHO ........................................................................ 29

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 30

7

1. INTRODUÇÃO

O fotojornalismo nada mais é do que a profissão que reúne as características

da fotografia juntamente com o jornalismo, tendo com seu representante, o

fotojornalista.

Com o avanço da tecnologia, a instantaneidade passou a se tornar

praticamente uma obrigatoriedade. No momento atual, cujas redes sociais e

a internet estão em crescente expansão, o trabalho na área da comunicação

tem se transformado mais rapidamente. O profissional que não se adaptar às

essas mudanças pode não receber o destaque merecido na área. O mesmo

tem acontecido com o fotojornalismo: o mercado é crescente, mas também a

sua competitividade. Todos os profissionais estão em busca de mais cliques

e cada vez mais rápido.

Por meio de pesquisas, o profissional deve ter claro os desafios que

enfrentará na busca de sua carreira. O conhecimento das tendências da área

são consideradas essenciais, já que o jornalismo têm passado por profundas

transformações recentemente.

8

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. O FOTOJORNALISMO

O que torna uma foto a ser considerada fotojornalismo? Jorge Pedro

Souza, professor e pesquisador da área, afirma que fotojornalismo é toda

foto que possui “valor jornalístico” ou “valor de notícia”. Mas, o que torna

uma foto notícia? Antes de compreender isto, será necessário dissertar

sobre o próprio jornalismo e compreender seus critérios de noticiabilidade.

O jornalismo tem como principal objetivo fornecer informação à sociedade,

possuindo, desta maneira, um enorme papel social. Geralmente, o

jornalista utiliza dos meios de comunicação, a televisão, o rádio, os jornais

e, inclusive, a fotografia, para atingir seu objetivo: o desenvolvimento de

notícias. Entretanto, não é tão simples definir aquilo que deve ser

considerado notícia ou não. Por conta disso, têm sido desenvolvidos ao

longo dos anos fundamentos cujos jornalistas devem se basear ao realizar

a produção noticiosa.

Segundo Gislene Silva, os critérios de noticiabilidade se referem a

“(a) na origem dos fatos (seleção primária dos fatos / valores-notícia),

considerando atributos próprios ou características típicas, que são

reconhecidos por diferentes profissionais e veículos de imprensa; (b)

no tratamento dos fatos, centrando-se na seleção hierárquica dos fatos

e levando-se em conta para além dos valores-notícia dos fatos

escolhidos, fatores inseridos dentro da organização, como formato do

produto, qualidade do material jornalístico apurado (texto e imagem),

prazo de fechamento, infra-estrutura, tecnologia etc, como também

fatores extra-organizacionais direta e intrinsicamente vinculados ao

exercício da atividade jornalística, como relação do repórter com a

fonte; (c) na visão dos fatos, a partir de fundamentos éticos, filosóficos

e epistemológicos do jornalismo, compreendendo conceitos de

verdade, objetividade, interesse público, imparcialidade que orientam

inclusive as ações ou intenções das instâncias ou eixos anteriores.” (SILVA, 2005, p. 96)

Ainda neste estudo realizado por Gislene, em 2005, a autora busca

sistematizar uma relação de “atributos de acontecimentos”, elaborados

por 13 teóricos que ela considera um dos principais no área do jornalismo

(Walter Lipmann, Fraser Bond, J. Galtung & M. Ruge, Herbert Gans,

Pamela Shoemaker et alli, Mauro Wolff, Mario Erbolato, Manuel Chaparro

e Nilson Lage). De acordo com a conclusão de Gislene, os tópicos da

9

tabela a seguir possuem “as características necessárias para que os fatos

fossem considerados notícias”. (SILVA, 2005, p.101)

Proposta de tabela de valores-notícia para operacionalizar

análises de acontecimentos noticiáveis / noticiados

IMPACTO

Número de pessoas envolvidas (no

fato)

Número de pessoas afetadas (pelo

fato)

Grandes quantias

(dinheiro)

PROEMINÊNCIA

Notoriedade

Celebridade

Posição hierárquica

Elite (indivíduo, instituição, país)

Sucesso/Herói

CONFLITO

Guerra

Rivalidade

Disputa

Briga

Greve

Reivindicação

ENTRETENIMENTO/CURIOSIDADE

Aventura

Divertimento

Esporte

Comemoração

POLÊMICA

Controvérsia

Escândalo

CONHECIMENTO/CULTURA

Descobertas

Invenções

Pesquisas

Progresso

Atividades e valores culturais

Religião

RARIDADE

Incomum

Original

Inusitado

PROXIMIDADE

Geográfica

Cultural

SURPRESA

Inesperado

GOVERNO

Interesse nacional

Decisões e medidas

Inaugurações

Eleições

Viagens

Pronunciamentos

TRAGÉDIA/DRAMA

Catástrofe

JUSTIÇA

Julgamentos

10

Acidente

Risco de morte e Morte

Violência/Crime

Suspense

Emoção

Interesse humano

Denúncias

Investigações

Apreensões

Decisões judiciais

Crimes

Com isso, após observar a tabela elaborada por Gislene Silva,

determinase, então, que toda foto que for tirada com o intuito de exaltar

um desses valores-notícia, deve ser considerada fotojornalismo.

Jorge Pedro Sousa afirma que fotojornalismo é uma atividade “sem

fronteiras claramente delimitadas” (2002, p.7-8), porém acrescenta que o

fotodocumentalismo pode reduzir-se ao fotojornalismo, uma vez que

ambos utilizam a mídia como divulgadora e possuem a mesma intenção,

que é a de informar. Entretanto, é necessário ressaltar que o

fotodocumentalismo se difere quanto à elaboração de seu projeto.

Diversas vezes, durante a sua rotina, o fotojornalista não tem a

oportunidade de desenvolver um projeto fotográfico, suas imagens

acabam sendo produzidas em condições nem sempre favoráveis. Sousa

resume as duas atividades, fotojornalismo e fotodocumentarismo, como

um sinônimo de “contar histórias em imagens, o que exige sempre algum

estudo da situação e dos sujeitos nelas intervenientes, por mais que esse

estudo seja.” (2002, p.9)

Geralmente, um fotojornalista fotografa assuntos de importância

momentânea, assuntos da actualidade ”quente”. Já os temas

fotodocumentalísticos são tendencialmente intemporais, abordando

todos os assuntos que estejam relacionados com a vida à superfície da

Terra e tenham significado para o Homem. (SOUSA, 2002, p.9)

A partir da afirmação de Jorge Pedro Sousa acima, é possível concluir que

o fotojornalista busca “notícias” por meio da fotografia, enquanto o

fotodocumentalista busca a “reportagem”. E no que difere esses dois

gêneros jornalísticos?

Para delimitar o termo “reportagem” antes é necessário fazer uma breve

análise do conceito “notícia”, que é o ponto de partida para a sua

11

produção. A notícia é uma correspondência a um acontecimento real que

seja interessante a um certo público.

A notícia segue as fórmulas de construção que redundam na

simplificação do relato em torno dos seus componentes o que, quem,

quando, como, onde e por que, distribuídos de três maneiras distintas,

conforme se opte pela técnica da pirâmide invertida, da pirâmide

normal ou da pirâmide mista. (LIMA, 1951)

Edvaldo Pereira Lima afirma que a reportagem surge “visando atender a

necessidade de ampliar fatos, de colocar para o receptor a compreensão

de maior alcance”. A reportagem é, então, a ampliação dos relatos

simples, fornecidos pela notícia (que, quem, quando, como, onde e

porque), para uma dimensão contextual.

(...)aquela que possibilita um mergulho de fôlego nos fatos e em seu

contexto, oferecendo, a seu autor ou a seus autores, uma dose

ponderável de liberdade para escapar aos grilhões normalmente

impostos pela fórmula convencional do tratamento da notícia.(Idem,

1951)

A reportagem não se restringe somente uma ampliação da notícia, é

necessário que esta tenha repercutido no âmbito da sociedade, o fato

precisa ser transformador para ser feita a sua “ampliação”. José Marques

de Melo (1985) explica a notícia e a reportagem a partir desses critérios:

[...]A notícia é o relato integral de um fato que já eclodiu no organismo

social. A reportagem é o relato ampliado de um acontecimento que já

repercutiu no organismo social e produziu alterações que são

percebidas pela instituição jornalística. (Melo, 1985)

O livro-reportagem é, então, uma publicação em folhas impressas

brochadas com o conteúdo que consiste na extensão da notícia. Porém,

não apresenta periodicidade, tem quase sempre o caráter monográfico,

bem como o seu conceito de atualidade deve ser compreendido sob uma

visão de maior flexibilidade do que as publicações de jornalismo

tradicional, o hard news.

De acordo com Barthes (1984, p.129), a fotografia prova a presença, é

uma espécie de comprovante de que o fotografo testemunhou na hora e

local da imagem fotográfica. Desde o seu surgimento, a fotografia foi vista

como prova irrefutável, como algo que jamais mente. Foi essa

12

característica que fez com que as fotos fossem incluídas nas redações de

jornais, pois demonstram muita credibilidade no meio jornalístico.

Anteriormente, quando a fotografia ainda não era viabilizada para a

impressão direta, os jornais costumavam exibir figuras, desenhos

manuscritos, com a seguinte legenda “copiada de uma fotografia”.

A primeira publicação fotográfica foi realizada pelo Daily Mirror, em 1904,

de acordo com Baynes (1971). A partir disso, a fotografia passou a ser

considerada tão importante quanto o próprio trabalho jornalístico, como a

pauta e a apuração. Para Hicks (1952) esse foi um marco muito

importante no meio jornalístico como um todo. A fotografia causou o

aumento nas tiragens da imprensa e na competição entre os meios de

comunicação, o que acarretou em mais lucro e publicidade nos jornais.

O uso de câmeras nos jornais fez com que fossem desenvolvidas

máquinas cada vez menores e mais versáteis para facilitar a investigação

jornalística e a publicação de furos. Surgiu, a partir daí a doutrina scoop,

a cobertura fundamentada apenas em uma única foto exclusiva. Outra

transformação significativa na história da fotografia foi a criação do flash

de magnésio, mas que não apresentava muita praticidade pois criava

muita fumaça e aumentava o intervalo de tempo entre uma foto e outra.

Por conta da ideia de uma única foto, os fotojornalistas buscavam, o

máximo que podiam, trazer todos os elementos possíveis em uma foto só.

Essa busca pela foto ideal difere muito do fotojornalismo atual, pois as

fotos antigas eram focadas na nitidez e qualidade, enquanto as atuais se

concentram mais no acontecimento do que na fotografia em si. Um fato

interessante do início da fotografia é que as pessoas paravam ao ver um

fotógrafo e fazia poses, enquanto atualmente as pessoas tentam agir de

maneira natural. A convenção jornalística valoriza mais a espontaneidade

nos dias de hoje.

O jornalismo e a fotografia andaram juntos em sua evolução. Na Europa,

mais especificamente, Alemanha, foi desenvolvida a famosa “Leica”, uma

máquina fotográfica menor e com luminosidade que permitia fotos mais

13

espontâneas e reais. A Leica contribuiu para que o valor jornalístico se

sobressaísse a nitidez nas fotografias.

Durante a história, muitos exemplos como esse confirmarão o quanto o

jornalismo e a fotografia caminham juntos em seu desenvolvimento. O

trabalho jornalístico foi imprescindível para a praticidade das câmeras

fotográficas dos dias atuais.

14

2.2. OS DEZ MELHORES FOTOJORNALISTAS

2.2.1. DOROTHEA LANGE

Nascida em Hoboken, uma cidadezinha americana localizada no estado de Nova

Jersey, em uma família de imigrantes alemães, Dorothea Lange (1895-1965)

passou a se intressar por fotografia após o abandono do pai, quando tinha 12

anos de idade (BARROS, 2017). Foi fotografa documental e fotojornalista norte

americana conhecida pelos seus retratos da Grande Depressão para a Farm

Securtity Administration (FSA). Suas fotos ajudaram a humazinar as

consequências da Crise de 29 e influenciou o desenvolvimento da fotografia

documental (A GRANDE... 2012).

Com a Crise de 29, saiu de casa para clicar a situação nas ruas. As imagens que

fez dos desabrigados chamou a atenção dos outros fotógrafos, levando-a

trabalhar na Ressettlement Administration (RA) que depois recebeu o nome de

Farm Security Administration (FSA), instituição criada com o objetivo de

combater a pobreza rural (A GRANDE... 2012).

Entre 1935 a 1939, buscou retratar o sofrimento dos pobres e esquecidos,

principalmente das famílias rurais deslocadas e dos trabalhadores imigrantes. A

fotografia mais conhecida da época é a “Migrant Mother”, que virou o símbolo da

Grande Depressao, o pior e mais longo período da recessão econômica do

século XX (A GRANDE... 2012).

15

Migrant Mother, 1936

2.2.2. SEBASTIÃO SALGADO

Nascido em Aimorés, cidade de Minas Gerais, Sebastião Salgado é um dos

principais e mais venerados fotógrafos brasileiros, em especial, no campo do

fotojornalismo. Ele encontrou na fotografia, uma maneira de enfrentar os

acontecimentos no mundo ao buscar retratar os marginalizados pela sociedade.

(SANTANA, online)

A sua principal assinatura está no trabalho preto e branco, com o intuito de

enaltecer e idealizar o personagem fotografado. Dentre seus trabalhos, está o

clima seco da África, imigrantes e refugiados europeus, camponeses, entre

outros. Sebastião Salgado tem, ao menos, dez livros publicados com essas

temáticas. (SANTANA, online)

16

Os pobres trabalhadores da terra

2.2.3. HENRI CARTIER-BRESSON

Nascido em Chanteloup-em-Brie (1908-2004) foi um fotografo do século XX,

sendo considerado o pai do fotojornalismo. (BARROS, 2017).

Durante uma viagem a Marselha, foi inspirado por uma fotografia do húngaro

Munkacsi, publicada na revista Photographies no ano de 1931, mostrando três

rapazes negros correndo em direção ao mar, no Congo (BARROS, 2017).

“A única coisa que era uma surpresa completa para mim e me levou à fotografia

foi o registro de Munkacsi. Quando eu vi a fotografia dos meninos negros

correndo em direção a onda, eu não pude acreditar que tal coisa poderia ser

captada por uma câmera. Peguei a câmera e fui para as ruas. De repente eu

entendi que a fotografia poderia captar a eternidade instantaneamente” – disse

Bresson durante uma entrevista.

Bresson serviu ao exército francês na segunda guerra mundial. Após o final da

segunda guerra mundial (1947) criou uma famosa agência fotográfica Magnum,

em parceria com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour.

Neste momento suas produções se tornam mais requintadas, publicando fotos

celebres nas revistas Life, Vogue e Harper’s Bazaar (SANTANA, 2016).

Passando pelo continente europeu, pela América do Norte, Índia, China,

Indonésia e tantos outros lugares, ele registra imagens únicas como, a morte do

Gandhi, estruturação da República Popular da China, dos conflitos em nome da

17

autonomia na Indonésia, entre outras (SANTANA, 2016). Ele usava filmes preto

e branco e raramente fazia o uso do flash, pois não tinha afinidade alguma com

implementos fotográficos (BARROS, 2017).

2.2.4. ROBERT DOISNEAU

Robert Doisneau (1912-1994), nasceu em Gentilly, Paris. Ficou famoso por sua

foto “Le baiser de l’Hôtel de Ville” em 1950, embora o que o sobressai no seu

portfólio é o sentido do humor e do amor incondicional por uma cidade e seus

habitantes (ARCINIEGAS, 2013 e SANTOS, 2007).

Doisneau misturava classes sociais, via beleza onde só se via desgraça, muitas

de suas imagens são justaposições divertidas de ruas e cafés (provavelmente

influencia de Kertész, Atget e Cartier-Bresson). Sua visão da fragilidade humana

é doce, calma, encantadora e lúdica (ARCINIEGAS, 2013).

Mesmo nas suas fotografias mais humorísticas não existe distinção ou mudança

de perspectiva. Para Doisneau, o humor é uma forma de modéstia, de não

descrevermos as coisas, de lhe tocarmos com delicadeza, como um piscar de

olhos. Humor é, ao mesmo tempo, mascara e discrição, um abrigo onde é

possível esconder-se.

Le Baiser de l’Hotel de Ville, 1950

18

2.2.5. JAMES NACHTWEY

Influenciado pelas imagens da guerra do Vietnã e do movimento pelos direitos

civis dos afro-americanos, resolveu atuar profissionalmente como fotógrafo. As

imagens de seu trabalho são fortes, violentas e despertam as pessoas para o

tão cruel que o mundo pode ser. Trabalhou a bordo de navios da marinha

comercial, intermediário na edição de documentários e como motorista de

caminhão, enquanto aprendia a fotografar (JAMES... 2016 e JAMES... 2013).

Dedicava-se a documentar guerras, conflitos e questões sociais criticas como

fome, poluição industrial, AIDS e outros temas sociais. Cobriu por mais de 20

anos boa parte das tensões bélicas da segunda metade do século XX (JAMES...

2013).

Em 2001 o documentário sobre o trabalho do fotógrafo “War Photographer”

(Fotógrafo de Guerra) foi lançado. O diretor Christian Frei utilizou micro-câmeras

especiais acopladas a câmera fotográfica de Nachtwey, dando ao publico a

oportunidade de acompanhar o fotojornalista. O documentário foi filmando em

dois anos durante os conflitos de Kosovo, Palestina e Indónesia (JAMES...

2013).

Romênia, 1990

19

2.2.6. BRASSAI

Gyula Halász (1899-1984), nasceu em Brassó, Transilvânia, Hungria (hoje em

dia é conhecida como Brasvo, Romênia). O pseudônimo Brassai foi tirado do

local de nascimento do fotografo. (LIMA JUNIOR, 2009 e BRASSAI, 2018).

Trabalhou como pintor, escultor e jornalista em Paris, quando inicou o seu

contato com Dali, Braque e Picasso. Em 1925 ele faz contato com Eugene Atget

que era uma referência para ele (LIMA JUNIOR, 2009).

Iniciou sua carreira como fotógafo independente para revistas. Gostava de

retratar a grafitagem das paredes de Paris, entusiasmando Picasso, Dubuffet e

outros artistas. Fotografou esculturas e desenho de Picasso e escreveu um livro

chamado “Conversations avec Picasso” (LIMA JUNIOR, 2009).

O talento de Brassai o fez um dos mais conceituados fotógrafos da alta

sociedade francesa. Entre os famosos fotografados por Brassai estão Salvador

Dalí, Pablo Picasso, Henri Matisse, Jean Genet e Michaux Henri (BORGES,

2014).

20

Nevoeiro (Foggy), Brassai, 1934

2.2.7. W. EUGENE SMITH

W. Eugene Smith (1918-1978) é um fotojornalista da “fotografia humanista”

norte-americano, que promovia com suas fotografias, a realidade em situações

críticas, resgatando o drama humano sem concessões e desenvolvendo a série

“a vida como ela é!” (LA RUE, 2017).

A vida do fotografo começou quando ele tinha 15 anos de idade, ele havia

publicado suas primeiras fotografias em dois jornais locais. As imagens feitas

durante a Segunda Guerra Mundial o tornou grande referência no fotojornalismo,

chegando até a tornar-se membro da Agência Magnum (DORÉ, 2016).

Desde 1979 a Eugene Smith Foundation, dá bolsas para a realização de ensaios

que siga o humanismo (LA RUE, 2017 e DORÉ, 2016).

21

2.2.8. SEVERINO SILVA

Severino Antônio da Silva (1958), nasceu em Pirpirituba no estado da Paraíba.

Sua primeira câmera era uma Kodak que havia ganhado da mãe. Aos 18 anos

foi admitido como continuo no infoGlobo e depois de algum tempo passou a ser

fotografo industrial. Logo após passou a trabalhar também na fotomecânica do

jornal O Globo onde fez estagio e passou a trabalhar como fotografo dos jornais

do bairro (SEVERINO... 2018).

Também atuou no Fluminense, o Povo, A Notícia, O DIA, depois voltou para O

Globo e está a 19 anos no Jornal O DIA. Em parceria com o repórter Alexandre

Medeiros, ganhou o prêmio Tim Lopes por uma serie de reportagens sobre o

Nordeste (SEVERINO... 2018).

Severino viaja ao nordeste com frequência para matar a saudade e trazer belas

imagens do lugar onde nasceu. Essas imagens acrescentam um projeto que

pretende transformar em livro ou exposição chamado “Fé, Luz e Sombra”, que já

se transformou numa pequena Mostra fotográfica no espaço cultural Evandro

Texeira na Universidade Estácio (SEVERINO... 2018).

22

O sertanejo Dadá e a seca: do Açude do Caboclo restou apenas terra (imagem ganhadora de

prêmio)

Romeira de Canindé (CE) fazendo oração: imagens e poucas palavras

2.2.9. EVANDRO TEIXEIRA

Evandro Teixeira (1935) nasceu em Irajuba, Bahia. Iniciou sua carreira

jornalística em 1958, em O Diário de Notícias em Salvador, depois mudou para

o Diário da Noite na cidade do Rio de Janeiro, onde mora até hoje (BARROS,

2016).

Em 1963 entrou no Jornal do Brasil, trabalhou durante 47 anos, onde se tornou

uma figura do fotojornalismo nacional. Saiu do Jornal do Brasil, porque foi

interrompida a circulação impressa passando a ter apenas edição online

(BARROS, 2016).

23

Destacou-se em diversos campos da cobertura jornalística, desde os temas

políticos até a fotografia de esporte, onde realizou a icônica fotografia de Ayrton

Senna, piscando de dentro do seu capacete. Uns dos seus maiores momentos

de sua carreira foi a cobertura da chegada do general Castello Branco ao Forte

de Copacabana durante o golpe militar (1694), a repressão ao movimento

estudantil no Rio de Janeiro (1968) e a queda do governo Salvador Allende, no

Chile (1973) (BARROS, 2016).

É autor de muitos livros sobre fotojornalismo e jornalismo. Suas fotos integram

acervos de museus como o de Belas Artes de Zurique (Suíça), Museu de Arte

Moderna La Tertulha (Colômbia), Masp (São Paulo), MAM e do MAR (Rio de

Janeiro) (BARROS, 2016).

2.2.10. KEVIN CARTER

Kevin Carter (1960-1994), foi um fotojornalista premiado da África do Sul, famoso

por imagens fortes que relatavam as questões sociais, desigualdade social, má

distribuição de renda, o preconceito e a fome do seu continente natal (A VIDA,...

2011).

Em 1993, foi revelada a sua foto mais conhecida chamada “Waiting game for

sudanese child” (Jogo de espera para crianças sudanesa), onde mostra a figura

esquelética de uma criança, totalmente desnutrida, envergada sobre a terra,

24

esgotada pela fome e com um abutre aguardando a morte da criança. Carter foi

acusado por ser desumano, por ter se preocupado em tirar a foto e não ajudar a

menina (MUNDI, 2016).

Waiting game for sudanese child, 1993

Em 1994, um editor de fotografias do New York Times telefonou para Carter para

lhe dizer que ele havia ganho o prêmio mais cobiçado de fotografia, o Prêmio

Pulitzer (A VIDA..., 2011).

Em julho de 1994 levou o seu carro até um local de sua infância e suicidou-se,

utilizando uma mangueira para levar a fumaça do escape para dentro de seu

carro, deixando uma carta de suicídio que dizia (A VIDA..., 2011).

2.2.11. WALTER FIRMINO

Walter Firmo (1937), tem 61 anos de carreira e é um dos mais aclamados

fotógrafos do Brasil. Sua trajetória é marcada pela atuação em diversos países,

é referencia para várias gerações de fotojornalistas. Seu repertório retrata festas

populares, personagens e cenas do subúrbio brasileiro. Trabalhou em

publicações como Última Hora, Jornal do Brasil, Caros Amigos, Veja, Isto é,

Realidade e Manchete (WALTER... 2012).

Com fotografias marcadas pelas cores saturadas outras vezes pelo contraste,

Firmo conquistou sete vezes o Prêmio Internacional de Fotografia Nikon. Em

1973, em parceria com Claus Mayer e Sebastião Barbosa, fundou a agencia

25

fotográfica Câmera Três, que deixou apenas um ano depois para trabalhar na

sucursal da Veja, também no Rio (WALTER... 2012).

Em 1983, tornou-se o primeiro fotografo brasileiro a export no MAM, com o

conjunto de fotografias comemorativo aos seus 25 anos de carreira, “Ensaio no

Tempo”, que passou por Buenos Aires em 1988. Também realizou diversas

exposições individuais e coletivas dentro e fora do Brasil. Residiu por seis meses

em Paris, onde assinou a exposição “Parisgris” na Cité Internacional des Arts e

realizou o workshop “Photographie à Paris”. Em 1944, começou a lecionar no

curso de jornalismo da Faculdade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, e, desde

então, coordena oficinas em todo o Brasil. Em 2008, expôs “O Sertão de

Graciliano Ramos” na embaixada brasileira em Londres. Sua mais recente

exposição foi “Véus”, no Rio de Janeiro (WALTER... 2012).

2.2.12. ARAQUÉM ALCÂNTARA

Araquém Alcântara é apontado como um dos precursores da fotografia de

natureza no Brasil e um dos mais importantes fotógrafos em atuação no país.

Desde 1970, dedica-se a documentar a natureza e o povo brasileiro, seu trabalho

foi notado internacionalmente e hoje se tornou referencia nacional (ARAQUÉM...

2018).

Foi o primeiro fotografo a documentar todos os parques brasileiros e a produzir

uma edição especial para a National Geographic Society denominada “Bichos do

Brasil”. Em 2007 ganhou o Prêmio Dorothy Stang de Humanidade, Tecnologia e

Natureza na categoria humanidade; Prêmio Fernando Pini de melhor livro de arte

26

do ano com a obra “Mar de Dentro”. Em 2006 ganhou o Prêmio Jabuti para o

livro “Amazônia”, na cetegoria Arquiterura e Urbanismo, Fotografia,

Comunicação e Artes. Em 2002 ganhou o Prêmio “Von Martius” da Câmara de

Comércio Brasil-Alemanha na categoria Natureza (ARAQUÉM... 2018).

Priorizando a fotografia como expressão plástica e instrumento de transformação

social, Araquém é um dos mais combativos artistas em defesa do patrimônio

natural do país (ARAQUÉM... 2018).

2.2.13. GERMAN LORCA

German Lorca, nasceu em São Paulo no ano de 1922. Formado em ciências

contábeis pelo Liceu Acadêmico. Em 1949, participou do Foto Cine Clube

Bandeirantes, associação de fotógrafos que introduzem novas tendências na

fotografia, como José Yalenti, Thomaz Farkas e Geraldo de Barros. Em 1954, é

o fotografo oficial das comemorações do IV Centenário da Cidade de São Paulo.

A partir, desta data, dedica-se com exclusividade à fotografia, atuando

principalmente na área de publicidade, em que conquista prêmios como o Prêmio

Colunistas, concedido pela revista Meio & Mensagem, onde conquistou prêmios

como o Prêmio Colunistas, concedido pela revista Meio & Mensagem, em 1985

e 1989. Sua produção da época do FCCB é comentada no livro A Fotografia

Moderna no Brasil, de Helouise Costa, publicado em 1995, pela editora da

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (GERMAN... 2017).

27

Sua obra revela, sobretudo, um olhar arguto sobre a paisagem da cidade de São

Paulo entre o fim da década de 40 e inicio da década de 50, registrando locais

como a praça da Sé, Parque Dom Pedro ou largo da Concórdia (GERMAN...

2017).

2.2.14. ROBERT CARPA

Endre Ernõ Friedmann, mais conhecido como Robert Capa, nasceu em

Budapeste. Se tornou um dos fotógrafos de guerra mais conhecido e respeitado

que cobriu inúmeros conflitos armados durante a primeira metade do século

passado (BARROS, 2016).

Capa iniciou sua carreira como fotografo profissional no final de 1931. Há

registros que na época ele fez fotos do revolucionário russo, Leon Trótski,

durante um congresso na Dinamarca (BARROS, 2016).

Capa tirou sua foto mais famosa, intitulada “Morte de um Miliciano” ou “O Soldado

Caído”, tornando-o, já naquela época, um dos mais importantes fotógrafos da

Europa do século XX. A fotografia foi tirada em 1936 e foi publicada na revista

americana Time, um ano depois, mostra um soldado atingido por uma rajada de

metralhadora (BARROS, 2016).

28

Capa morreu na Guerra da Indochina, em 25 de maio de 1954, ao pisar em uma

mina terrestre. Seu corpo foi encontrado em meio aos escombros com um

detalhe que chamou atenção: a câmera permanecia em suas mãos (BARROS,

2016).

Robert Capa utilizava uma Leica 35mm, alé de um Contax Ila e uma Nikon S, as

câmeras com lentes de curto alcance necessitavam de uma aproximação no

momento fotografado (BARROS, 2016).

29

3. MERCADO DE TRABALHO

Aos interessados em trabalhar na área do fotojornalismo, devem se atentar ao

fato de que a profissão está em expansão, assim como os seus profissionais. É

um mercado bastante competitivo e costuma engolir os novos fotojornalistas.

O salário costuma variar localmente, algumas regiões costumam pagar melhor

que outras. Em São Paulo, por exemplo, o fotojornalista recebe por volta 2,5 mil

reais ao mês. Entretanto, isso depende muito do tipo de fotografia que este

realiza, chegando a ganhar até de 10 a 15 mil reais.

Outra opção bastante comum dentre os profissionais do fotojornalismo é o

sistema freelancer. É um termo em inglês que caracteriza o profissional

autônomo que executa atividade de maneira independente. O freelancer,

geralmente, não possui vínculo de trabalho permanente com o empregador e é

remunerado a partir de cada serviço realizado. Esse estilo profissional costuma

ser mais rentável e ainda fornece muita flexibilidade de horário.

O fotojornalista precisa estar preparado pelos riscos que ele pode sofrer no

decorrer de sua atuação na área. Diversas vezes, os profissionais entram em

contato com situações conflituosas e com perigos físicos e, dependendo da

instrução de seu editor, com contato direto com combates.

Como já mencionado, o mercado das fotos com viés jornalístico está se

expandindo. Recentemente, tem aparecido bastante oportunidades para os

profissionais que desejam atuar na área. Porém, estes profissionais precisam

estar atentos a grande concorrência por trás dessas oportunidades.

30

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A GRANDE Depressão sob as lentes de Dorothea Lange. 2012. Disponível

em: <http://foto.espm.br/index.php/sem-categoria/a-grande-depressao-sob-

aslentes-de-dorothea-lange/>. Acesso em: 05 jan. 2018.

ARAQUÉM Alcântara. Disponível em: <http://www.araquem.com.br/info/>.

Acesso em: 25 fev. 2018.

ARCINIEGAS, Triunfo. Robert Doisneau: Fotógrafo. 2013. Disponível em:

<http://totodenadie.blogspot.com.br/2013/03/robert-doisneau-fotografo.html>.

Acesso em: 07 jan. 2018.

A VIDA, a morte e as fotografias de Kevin Carter. 2011. Disponível em:

<https://bronx1985.wordpress.com/2011/05/11/a-vida-a-morte-e-as-

fotografiasde-kevin-carter/>. Acesso em: 14 jan. 2018.

BARROS, Marcos Antonio. Evandro Texeira: O grande nome do

fotojornalismo brasileiro. 2016. Disponível em:

<https://blog.emania.com.br/evandro-teixeira-o-grande-nome-

dofotojornalismo/>. Acesso em: 10 jan. 2018.

BARROS, Marcos Antonio. Os grandes fotógrafos da História: Dorothea

Lange. 2017. Disponível em: <https://blog.emania.com.br/grandes-fotografosda-

historia-dorothea-lange/>. Acesso em: 5 jan. 2018.

BARROS, Marcos Antonio. Os grandes fotógrafos da história: Henri

CartierBresson. 2017. Disponível em: <https://blog.emania.com.br/os-

grandesfotografos-da-historia-henri-cartier-bresson/>. Acesso em: 06 jan. 2018.

BARROS, Marco Antonio. O mito Robert Capa: um dos maiores fotógrafos

de guerra da história. 2016. Disponível em: <https://blog.emania.com.br/o-

mitorobert-capa-um-dos-maiores-fotografos-de-guerra/>. Acesso em: 25 fev.

2018.

BORGES, Rejane. As fotografias de George Brassai: O talento de Brassai o

fez um dos mais conceituados fotógrafos da alta sociedade francesa e dos

seus eventos na metade do século XX. 2014. Disponível em:

<http://obviousmag.org/sphere/2012/12/as-fotografias-de-george-brassai.html>.

31

Acesso em: 08 jan. 2018.

BRASSAI. Disponível em:

<http://unifor.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2191:brassai&

catid=226:mostras-anteriores&Itemid=41>. Acesso em: 08 jan. 2018.

DORÉ, Elza. A consciência fotográfica de W. Eugene Smith. 2016.

Disponível em: <http://iphotochannel.com.br/fotopedia/a-consciencia-

fotografica-de-weugene-smith>. Acesso em: 09 jan. 2018.

FRAZÃO, Dilva. Biografia de Sebastião Salgado. 2017. Disponível em:

<https://www.ebiografia.com/sebastiao_salgado/>. Acesso em: 6 jan. 2018.

GERMAN Lorca. 2017. Disponível em:

<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa21819/german-lorca>. Acesso em:

25 fev. 2018.

JAMES Nachtwey: Fotógrafo de Guerra. 2013. Disponível em:

<https://fotografiaunigranrio.wordpress.com/2013/01/29/1407/>. Acesso em: 07

jan. 2018.

JAMES Nachtwey. 2016. Disponível em:

<https://es.wikipedia.org/wiki/James_Nachtwey>. Acesso em: 07 jan. 2018.

LARUE, Eva. Mestres da Fotografia: W. Eugene Smith. 2017. Disponível em:

<https://focusfoto.com.br/mestres-da-fotografia-w-eugene-smith/>. Acesso em:

09 jan. 2018.

LIMA JUNIOR, Antonio. Brassai: "O fotógrafo da noite". 2009. Disponível em:

<https://antoniolimajr.wordpress.com/2009/12/19/brassai-o-fotografo-da-noite/>.

Acesso em: 08 jan. 2018.

MUNDI, Magnus. Kevin Cartes, a história por trás de uma fotografia. 2016.

Disponível em: <http://www.magnusmundi.com/kevin-carter-historia-por-tras-

deuma-fotografia/>. Acesso em: 14 jan. 2018.

SANTANA, Ana Lucia. A fotografia de Henri Cartier-Bresson. 2016.

Disponível em: <https://www.infoescola.com/artes/a-fotografia-de-henri-

cartierbresson/>. Acesso em: 06 jan. 2018.

32

SANTOS, Marcos. Robert Doisneau, fotógrafo do Amor e do Humor: Não

amava fábricas e linhas de montagem, era um artista e amava as pessoas.

Não conseguia fotografar sem amar. E não conseguia amar sem Paris..

2007. Disponível em: <http://bitaites.org/fotografia/robert-doisneau-o-

fotografodo-amor-e-do-humor>. Acesso em: 07 jan. 2018.

SEBASTIÃO Salgado. Disponível em:

<https://sites.google.com/site/7e5histfoto/sebastiao-salgado>. Acesso em: 6 jan.

2018.

SEVERINO Silva. Disponível em: <http://www.severinosilva.com/biografia>.

Acesso em: 09 jan. 2018.

WALTER Firmo: 55 anos de carreira. 55 anos de carreira. 2012. Disponível

em: <http://foto.espm.br/index.php/sem-categoria/walter-firmo-55-anos-

decarreira/>. Acesso em: 22 fev. 2018.