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ESCOLA ESTADUAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO
ENSINO FUNDAMENTAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Borrazópolis
2010
1
ESCOLA ESTADUAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO
ENSINO FUNDAMENTAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco - Ensino Fundamental, como parte das exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9.394/96 de 20 de dezembro de 1996.
Borrazópolis
2010
2
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ...................................................................................... 08
2 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA .............................................................. 12
3 OBJETIVOS DA ESCOLA ........................................................................ 13
4 HISTÓRICO DA ESCOLA ........................................................................ 15
5 DIREÇÃO E EQUIPE PEDAGÓGICA .................................................... 18
5.1 EQUIPE DE DIREÇÃO .............................................................................. 18
5.2 EQUIPE PEDAGÓGICA ............................................................................ 18
6 CORPO DOCENTE .................................................................................... 19
7 AGENTES EDUCACIONAIS I E II .......................................................... 22
7.1 AGENTES EDUCACIONAIS I .................................................................. 22
7.2 AGENTES EDUCACIONAIS II ................................................................. 23
8 QUADRO DE ALUNOS .............................................................................. 24
9 ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ................................................................ 26
10 MARCO SITUACIONAL .......................................................................... 28
10.1 REALIDADE DO MUNICÍPIO EM QUE NOSSA ESCOLA ESTÁ
INSERIDA ......................................................................................................... 30
10.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ESCOLA ............................... 32
10.3 REALIDADE DA ESCOLA ..................................................................... 33
10.4 DIFICULDADES DA ESCOLA ............................................................... 34
10.5 NOSSO MAIOR DESAFIO ...................................................................... 35
10.6 CONCEPÇÃO TEÓRICA ADOTADA PELA ESCOLA ......................... 36
10.7 MÉTODO DE ENSINO.............................................................................. 38
10.8 PRÁTICAS ADOTADAS PELA ESCOLA .............................................. 42
10.9 POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS ................................................................ 44
10.10 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS ........................................................... 45
10.11 PERFIL DOS ALUNOS .......................................................................... 49
10.12 MOVIMENTO E RENDIMENTO ESCOLAR ....................................... 50
3
10.13 AÇÕES DESENVOLVIDAS .................................................................. 52
10.14 ATENDIMENTOS OFERECIDOS PELA ESCOLA ............................. 54
10.14.1 Programa Viva Escola ........................................................................ 55
10.14.2 Programa de Sala de Apoio à Aprendizagem ................................... 56
10.14.3 Sala de Recursos .................................................................................. 57
10.14.4 Aulas de Violão .................................................................................... 58
10.14.5 Roda de Terapia Comunitária ........................................................... 58
11 MARCO CONCEITUAL ........................................................................... 59
11.1 A SOCIEDADE QUE QUEREMOS AJUDAR A CONSTRUIR ............. 59
11.2 A PESSOA QUE QUEREMOS FORMAR ............................................... 62
11.3 A EDUCAÇÃO QUE QUEREMOS ASSUMIR ....................................... 63
11.4 A ESCOLA QUE QUEREMOS SER ........................................................ 67
11.5 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ............................................................. 69
11.6 CONCEPÇÃO DE CULTURA ................................................................. 71
11.7 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA E HOMEM ......................................... 72
11.8 CONCEPÇÃO DE TRABALHO .............................................................. 76
11.9 CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA .................................................................... 78
11.10 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ................................................................... 79
11.11 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO .................................................. 80
11.12 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ............................... 83
11.13 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ........................................................... 85
12 MARCO OPERACIONAL ........................................................................ 88
12.1 PRINCÍPIOS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA ........................................ 88
12.2 CONSELHO ESCOLAR ........................................................................... 91
12.3 CONSELHO DE CLASSE ........................................................................ 93
12.3.1 A participação direta dos profissionais ............................................... 95
12.3.2 A organização interdisciplinar ............................................................. 95
12.4 APMF ......................................................................................................... 96
12.5 GRÊMIO ESTUDANTIL .......................................................................... 97
4
12.6 ELEIÇÕES ................................................................................................. 98
12.7 FUNÇÕES ESPECÍFICAS ........................................................................ 99
12.7.1 Equipe de Direção ................................................................................. 99
12.7.2 Equipe Pedagógica ............................................................................. 100
12.7.3 Equipe Docente ................................................................................... 107
12.7.4 Alunos .................................................................................................. 108
12.7.5 Agente Educacional I ......................................................................... 108
12.7.6 Agente Educacional II ........................................................................ 109
12.8 PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA .......................................................... 110
12.9 O MÉTODO DE ENSINO ADOTADO PELA ESCOLA ...................... 112
12.10 CURRÍCULO E PLANO DE TRABALHO DOCENTE ..................... 117
12.11 MATRIZ TEÓRICA ............................................................................. 121
12.11.1 Matutino ............................................................................................ 121
12.11.2 Vespertino ......................................................................................... 122
12.11.3 Noturno ............................................................................................. 123
12.12 LINHAS DE AÇÃO DAS DISCIPLINAS ........................................... 124
12.12.1 Arte .................................................................................................... 124
12.12.2 Ciências ............................................................................................. 124
12.12.3 Educação Física ................................................................................ 125
12.12.4 Ensino Religioso ................................................................................ 126
12.12.5 Geografia ........................................................................................... 126
12.12.6 História .............................................................................................. 127
12.12.7 Língua Portuguesa ........................................................................... 128
12.12.8 Matemática ........................................................................................ 129
12.12.9 Língua Estrangeira Moderna – Inglês ........................................... 129
12.13 AGENDA XXI ...................................................................................... 129
12.14 LINHAS DE AÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS ...................................... 130
12.15 EDUCAÇÃO INCLUSIVA .................................................................. 130
12.16 ADAPTAÇÕES CURRICULARES ..................................................... 132
5
12.17 APOIO ESPECIALIZADO ................................................................... 134
12.18 EDUCAÇÃO DO CAMPO ................................................................... 136
12.19 EDUCAÇÃO FISCAL .......................................................................... 136
12.20 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ...................... 138
12.21 ESTÁGIO PROFISSIONAL NÃO OBRIGATÓRIO .......................... 139
12.21.1 Plano de Estágio ............................................................................... 140
12.22 PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA ................................. 151
12.23 REUNIÕES PEDAGÓGICAS .............................................................. 152
12.24 SISTEMA DE AVALIAÇÃO ............................................................... 153
12.25 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO ................................................. 156
12.26 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS ........................................................ 158
12.27 FORMA DE COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS ....................... 159
12.28 ENFRENTAMENTO À EVASÃO ESCOLAR ................................... 160
12.28.1 Ações de Enfrentamento e Prevenção à Evasão Escolar a serem
Desenvolvidas pela Escola ............................................................................ 161
12.28.2 Passo a Passo da Fica ....................................................................... 164
12.28.2.1 Na Escola ........................................................................................ 164
12.28.2.2 O Ministério Público ....................................................................... 166
12.28.2.3 No Poder Judiciário ......................................................................... 167
12.28.2.4 De Volta à Escola ............................................................................ 167
12.28.2.5 Na Secretaria de Estado da Educação ............................................. 167
12.29 LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA ............................................... 168
12.30 BIBLIOTECA ....................................................................................... 169
12.31 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS ............................. 171
12.32 ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE ........................................ 171
12.33 HORÁRIO DAS AULAS ..................................................................... 172
6
12.34 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ........................................................ 172
13 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR .................................. 176
14 ANEXOS ................................................................................................... 317
15 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 319
1- APRESENTAÇÃO
7
“...a educação só pode-se realizar através de mediações práticas que se desenvolvem a partir de um projeto educacional, vinculado, por sua vez, a um projeto histórico e social e que a instituição escolar é o lugar por excelência desse projeto...”
Antonio Joaquim Severino
O Projeto Político Pedagógico se torna uma ação fundamental que se
revela através de um documento ímpar que traduz a identidade própria do
Estabelecimento de Ensino. Trata-se de atuar alicerçados no contexto real,
considerando os recursos disponíveis e a abrangência dos reflexos do processo
educativo. Tudo isso, embasados na Constituição Federal, Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional Lei Nº9.394/96, como forma de contemplar que
sejam garantidos os princípios de gratuidade, laicidade e qualidade conceitual do
trabalho pedagógico.
A proposta de elaboração teórica de um planejamento global que
contemple os segmentos políticos e sociais concernentes ao processo educativo
deve apontar para a dinamicidade que o envolve como um todo. Realidade em
que o coletivo inteirado precisa acompanhar constantemente a evolução do
mesmo, com vistas a veicular uma contínua avaliação, que pressuponha a
retomada de ações consideradas necessárias pelo grupo.
Diante disso, construir um projeto, significa assumir postura
pedagógica diante da realidade, buscando alternativas coletivas que tornem
prazeroso o ato de ensinar, mediar, aprender e vivenciar o conhecimento. E,
fundamentados nesses pressupostos, a Comunidade Escolar construiu e
apresenta o presente Projeto Político Pedagógico.
O projeto pedagógico tem duas dimensões, como explicam André
(2001) e Veiga (1998): a política e a pedagógica. Ele "é político no sentido de
compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade" (André, p.
8
189) e é pedagógico porque possibilita a efetivação da intencionalidade da
escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado,
crítico e criativo". Essa última é a dimensão que trata de definir as ações
educativas da escola, visando a efetivação de seus propósitos e sua
intencionalidade (Veiga, p. 12). Assim sendo, a "dimensão política se cumpre na
medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica"
(Saviani, cit por Veiga, 2001, p. 13).
Para Veiga (2001, p. 11) a concepção de um projeto pedagógico deve
apresentar características tais como: ser processo participativo de decisões;
preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico
que desvele os conflitos e as contradições; explicitar princípios baseados na
autonomia da escola, na solidariedade entre os agentes educativos e no estímulo
à participação de todos no projeto comum e coletivo; conter opções explícitas na
direção de superar problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para
uma realidade especifica; explicitar o compromisso com a formação do cidadão.
A execução de um projeto pedagógico de qualidade deve, segundo a
mesma autora: nascer da própria realidade, tendo como suporte a explicitação
das causas dos problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem; ser
exeqüível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento e à avaliação;
ser uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola; ser
construído continuamente, pois, como produto, é também processo.
Para a efetivação destes itens o coletivo da escola se reuniu em
diferentes momento e elaborou este Projeto Político Pedagógico, dividindo-o em
três marcos:
9
Marco Situacional: Realidade Global Existente: problemas –
desafios – esperanças. É como o grupo percebe a realidade global. Análise da
realidade em que a instituição está inserida. Neste marco descrevemos a
realidade em que desenvolvemos nossa ação. É o desvelamento da realidade
sócio política, econômica, educacional e dos conflitos e contradições postos pela
prática pedagógica. Implica levantar questões:
- Como compreendemos a sociedade atual? Tendências, valores (pontos positivos e negativos).
- Qual é a realidade de nossa instituição em termos legais, históricos, pedagógicos, financeiros, administrativos, recursos humanos, físico e materiais?
- Qual é a população alvo da instituição?
- Quais as suas características em termo de nível sócio-econômico, cultural e educacional?
- Qual o papel da educação/instituição nesta realidade? (Posicionamento Político )
- Qual a relação entre a instituição e o mundo do trabalho?
- Quais as principais questões apresentadas pela prática pedagógica?
Marco Conceitual: Refere-se à concepção/visão de sociedade,
homem, educação, instituição, currículo, ensino, aprendizagem, metodologia –
orientação paradigmática. Diante da realidade retratada, que referencial teórico,
que concepções se fazem necessárias para a transformação da realidade?
(direção para qual nos movemos).
- Que tipo de alunos queremos formar? Que atitude deles esperamos?
- Para qual sociedade? Com que valores? - Qual a razão se ser da
instituição? Que qualidade queremos? Que papel desejamos? - Que visão de
10
homem, deve fundamentar as ações? - Que experiência queremos que o nosso
aluno vivencie no dia-dia da nossa instituição? - Quais as decisões básicas
referentes ao que, para que e a como ensinar, articulados ao para quem?
Marco Operacional: Realidade Desejada: - Expressa a utopia da
instituição – opções sobre Projeto Educativo – Dimensão Administrativa,
Financeira e Pedagógica. Orienta-nos quanto ao como realizar a nossa ação. É o
momento de nos posicionarmos com relação à atividades a serem assumidas
para transformar a realidade da instituição. Implica tomada de decisão de como
vamos atingir nossas finalidades, nossos objetivos e nossas metas. - Na
operacionalização se verifica se as decisões foram acertadas ou erradas e o que é
preciso revisar ou reformular.
2- IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
11
Nome da Escola: Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco. Ensino
Fundamental.
Município: Borrazópolis – Paraná
Rua: Avenida Brasil, 1001.
Site da Escola: bzihumbertobranco.seed.pr.gov.br
E-mail: bzihumbertobranco@seed,pr.gov
Modalidade: Ensino Fundamental
Termo de Funcionamento: Ato de Renovação de Reconhecimento do Ensino
Fundamental – Resolução 27810/07 DOE de 07/08/2007.
Código do Município: 033000014
Código da Escola: 00014
Total de Salas: 11
Biblioteca: 01
Laboratório de Informática: 01
3- OBJETIVOS DA ESCOLA
12
Conforme a Concepção Teórica adotada pela escola, Pedagogia
Histórico-Crítica, temos como objetivos:
- Possibilitar a interação entre o conhecimento historicamente construído e a
realidade social, buscando a construção consciente de uma educação
transformadora;
- Valorizar a Educação como instrumento de humanização e de interação social,
num processo cooperativo entre indivíduos plenos e aptos a construir sua própria
autonomia e cidadania, os quais se reconheçam como seres únicos, mas também
coletivos;
- Vincular a educação ao mundo do trabalho e a prática social;
- Tornar a Escola Pública um espaço digno, bem conservado, equipado, onde
educadores e educandos se sintam respeitados, valorizados e tenham suas
famílias acolhidas.
- Oportunizar a igualdade de condições ao acesso, permanência e sucesso dos
educandos num sistema educacional de qualidade que possibilite o seu
desenvolvimento;
- Valorizar e fundamentar a prática educativa, no sentido de favorecer as
transformações sociais;
- Potencializar a valorização do profissional da educação através do melhor
direcionamento de políticas públicas que estejam voltadas ao interesse da classe,
oportunizando situações que promovam o crescimento pessoal, através da
13
formação continuada, permitindo a identificação do profissional como um
verdadeiro educador e não simplesmente como um agente reprodutor de
conhecimento adquirido;
- Produzir idéias, conceitos, valores, hábitos, atitudes, conhecimentos, ou seja, a
produção do conhecimento ou forma pela qual o homem apreende o mundo e é
humanizado;
- Selecionar, sistematizar e socializar conhecimentos que contribuam para a
construção de sujeitos críticos e participativos, empregando recursos didáticos-
pedagógicos facilitadores da aprendizagem;
- Garantir o acesso de todos aos saberes científicos produzidos pela humanidade,
permitindo o conhecimento da realidade para interpretar o mundo em que
vivemos;
- Converter o saber científico em saber escolar de modo a torná-lo assimilável
pelos alunos no espaço e tempo escolar;
- Identificar as formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber científico
produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e
compreendendo as suas principais manifestações bem como as tendências atuais
de transformação;
- Incentivar a participação efetiva de todos os envolvidos na prática educativa,
profissionais da educação, familiares, alunos, enfim toda a comunidade escolar;
- Compreender que a ação do homem é intencional e planejada, mediada pelo
trabalho, acumulando experiências e produzindo conhecimentos, garantindo sua
participação ativa;
14
- Estabelecer relações sociais democráticas entre todas as instâncias colegiadas,
viabilizando situações educacionais de produção e socialização do
conhecimento.
4- HISTÓRICO DA ESCOLA
A Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco, situa-se a
Avenida Brasil, 100l, no município de Borrazópolis, Estado do Paraná.
Desde a sua fundação a Escola obteve sucessivos atos oficiais, a seguir
especificados.
Pelo Decreto nº 14008, de 29/01/64, a Escola foi criada e autorizada a
funcionar com a denominação de Ginásio Estadual de Borrazópolis.
Pelo Decreto nº 7947/67, de 07/12/67, publicado no Diário Oficial de
09/12/67, passa a denominar-se Ginásio Estadual "Humberto de Alencar Castelo
Branco".
Pelo Decreto nº 1917, de 05/02/80, publicado no Diário Oficial de
07/02/80, a Escola foi reorganizada nos termos da legislação vigente passando a
denominar-se Escola "Humberto de Alencar Castelo Branco - Ensino de 1º
Grau", com a extinção gradativa do funcionamento das séries referentes ao curso
regido pela Lei nº 4024.
Pela Resolução nº 385/82, de 09/02/82, publicada no Diário Oficial de
05/03/82, fica sendo reconhecida a "Escola Humberto de Alencar Castelo
Branco - Ensino de 1º Grau", mantida pelo Governo do Estado do Paraná.
15
Pela Resolução nº 639/83, de 07/03/83, publicada no Diário Oficial de
06/04/83, passa a denominar-se "Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo
Branco - Ensino de 1º Grau".
Pelo parecer nº 140/98 de 20/10/98, o Núcleo Regional da Educação
de Apucarana, de acordo com a Resolução Secretarial nº 3120/98 - SEED emite
parecer favorável à mudança de nomenclatura, que passa a ser "Escola Estadual
Humberto de Alencar Castelo Branco - Ensino Fundamental".
Ato de Renovação de Reconhecimento do Ensino Fundamental –
Resolução 27810/07 DOE de 07/08/2007.
A Escola mantém o Ensino Fundamental Regular de 5ª a 8ª série, de
freqüência mista, nos turnos matutino, vespertino e noturno.
Atualmente a escola prepara-se para se adequar ao ensino fundamental
de nove anos, conforme a última Lei Nº11.274, de 6 de fevereiro de 2006, que
estabelece o ingresso da criança de seis anos no Ensino Fundamental de nove
anos. A antecipação da idade de matrícula obrigatória para crianças de seis anos
de idade no Ensino Fundamental, e a ampliação da escolaridade para nove anos,
são medidas que incidem na definição do direito à educação de todo cidadão
brasileiro, e no dever de educar do poder público e da sociedade civil. Desta
forma a Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco, Ensino
Fundamental passa a atender 5ª série 6º ano, 6ª série 7º ano, 7ª série 8º ano, 8ª
série 9º ano, uma mudança gradativa até que se complete o ciclo e passe
definitivamente para 6º, 7º, 8º, 9º ano.
16
5- DIREÇÃO E EQUIPE PEDAGÓGICA
5.1- EQUIPE DE DIREÇÃO
NOMEVÍNCULO HABILITAÇÃO FUNÇÃO
2º GRAU 3º GRAUPÓS-
GRADUAÇÃO
COMPLETO INCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO
HELENA TIMIYO MIYAJI QMPLETRAS eED. FÍSICA
DIREÇÃO X X X
IZABEL APARECIDA DOS SANTOS MICHELIN QPM MATEMÁTICA DIRETOR AUXILIAR X X
X
5.2- EQUIPE PEDAGÓGICA
NOMEVÍNCULO HABILITAÇÃO FUNÇÃO
2º GRAU 3º GRAUPÓS-
COMPLETO INCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETOGRADUAÇÃO
CIDINEIA DE FATIMA
LUCAS LAURIREPR PEDAGOGIA
PEDAGOGA XX
X
LISANDRA LABEGALINI MALTEMPE CÂMARA
QPM PEDAGOGIA PEDAGOGA X X X
17
VANDERLÉIA PEREIRA DOS SANTOS
REPR PEDAGOGIA PEDAGOGA X X
VÄNIA DOS SANTOS REPR PEDAGOGIA PEDAGOGOA X X X6- CORPO DOCENTE
NOME
VÍNCULO DISCIPLINA 2º GRAU 3º GRAU PÓS-GRADUAÇÃO
COMPLETO INCOMPLETO COMPLETO NCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO
ADEMIR LUCHETTI QPM ED. FÍSICA X X X
ANA CLAUDIA VICENTIN REPR CIÊNCIAS X X
ANGELA BATISTA DO PRADO REPR
CIÊNCIAS/
BIOLOGIA
X X X
ANGELA DIAS S. TAVARES QPM ARTES X X X
CARLA AP. CÓCCIA QPM GEOGRAFIA X X X
CÉLIA AP. TEIXEIRA QPM LETRAS X X X
CIDINÉIA DE FATIMA L. LAURI REPR PEDAGOGIA X X X
ELAINE TRAVAGLI REPR MATEMÁTICA X X
ELENI ROSA TENORIO LEMES REPR MATEMÁTICA X X X
ELIANA AP. DA SILVA QPM LETRAS X X X
ELIZA CRISTINA HENNING QPM LETRAS X X X
18
ELEN TATIANE PROTÃO REPR ED. FÍSICA X X
FLÁVIO DAVI DOS P. FREITAS QPM ED.FÍSICA X X X
FRANCIELI AP. CUSTÓDIO QPM HISTÓRIA X X X
GIANA DA SILVA ARANTES REPR ED. FÍSICA X X
ILENILDA MARTINS DA SILVA QPM GEOGRAFIA X X X
IZABEL A.SANTOS MICHELIN QPM
CIÊN/BIO
MATEMÁTICA
X X X
LAUDICÉIA SILVA S. CECERE REPR HISTÓRIA X X X
LILIAN RODRIGUES QPM ARTES X X X
LINA AP. DO NASCIMENTO QPM GEOGRAFIA X X X
LOURDES SILVA
TSCHEMERIZJA
QPM CIÊNC/BIO/
MATEMÁTICA
X X X
LUCIANA DOS SANTOS QPM ED. FÍSICA X X X
LUCINDA DE JESUS SILVA QPM CIÊNC/BIO/
MATEMÁTICA
X X X
MARCIA TELLES R. COCCIA QPM CIÊNCIAS/BIO X X X
MARIA BERNARDINA SILVA QPM GEOGRAFIA X X X
MARIANA AP. BARBOSA REPR HISTÓRIA X X
MARINA PALMA P. DA SILVA REPR HISTORIA X X X
MÔNICA RIVOLI REPR LETRAS X X X
19
NAIR KRAUSE TAUCHER QPM LETRAS X X X
NATALINA VIEIRA DA SILVA QPM LETRAS X X X
NELMA MISKALO BARBOSA QPM LETRAS X X X
RENATA SANTOS FIGUEIREDIO REPR MATEMÁTICA X X X
ROSEMARY PORTO QPM
CIÊNC/BIO
MATEMATICA
X X X
ROSIMERE VARGAS
PRUDÊNCIO REPR
PEDAGOGIA E
HISTÓRIA
X X X
SIMONE SILVA GODOY
FONSECA QPM HISTÓRIA
X X X
SONIA REGINA DA SILVA BERTI QPM ED. FÍSICA X X X
TATIANE IURKIV REPR LETRAS X X X
TEREZINHA DE OLIVEIRA BORO REPR LETRAS X X X
VANDERLÉIA PEREIRA DOS
SANTOS REPR PEDAGOGIAX X
VERA LUCIA PEREIRA MELLO REPR LETRAS X X X
20
7- AGENTES EDUCACIONAIS I E II
7.1- AGENTES EDUCACIONAIS I
NOMEVÍNCULO
1º GRAU 2º GRAU 3º GRAU
COMPLETO INCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO COMPLETO INCOMPLETO
CÉLIA M. PINHEIRO GARCIA READ X X
ENI ALVES CUSTÓDIO CLAD X X
GERALDA ZENAIDE P. CLEMENTINO QFEB X X
INÊS DE OLIVEIRA SOUZA CLAD X X
MARIA JOSE RIBEIRO MIOTTI CLAD X X
ZÉLIA DE PAULA OLIVEIRA QFEB X X
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7.2- AGENTES EDUCACIONAIS II
NOMES
VÍNCULO FORMAÇÃO FUNÇÃO 1º GRAUCOMPLETO INCOMPLETO
2º GRAUCOMPLETO INCOMPLETO
3º GRAUCOMPLETO INCOMPLETO
BENTO MEDEIROS
CAVALCANTE QFEB -- SECRETÁRIO X X
ELIZETE PEREIRA RODRIGUES QFEB LETRAS TÉC. ADMINISTRATIVO X X X
IVONE DE SOUZA LESSAK QFEB LETRAS TÉC. ADMINISTRATIVO X X X
MARCIO APARECIDO MOTTA QFEBCIÊNCIAS
CONTÁBEIS e HISTÓRIA
TÉC. ADMINISTRATIVO
X X X
WANDA MOTTA QFEB CIÊNCIAS/ BIOL TÉC. ADMINISTRATIVO X X X
22
23
8- QUADRO DE ALUNOS
Nossa escola atende um total de 543 alunos, nos períodos matutino,
vespertino e noturno, divididos em 23 turmas, sendo 10 no período da manhã, 09
no período da tarde e 04 no período noturno.
Curso Série Turno Total
Matrículas
5ª série / 6ºano
a 8ª série/ 9º ano
5ª A Manhã 14
5ª B Manhã 26
5ª C Tarde 27
5ª D Tarde 23
5ª E Tarde 22
5ª F Noite 10
6ª A Manhã 21
6ª B Manhã 19
6ª C Tarde 25
6ª D Tarde 26
6ª E Tarde 27
6ª F Noite 11
7ª A Manhã 31
7ª B Manhã 20
7ª C Manhã 30
7ª D Tarde 30
7ª E Tarde 28
7ª F Noite 16
24
8ª A Manhã 31
8ª B Manhã 23
8ª C Manhã 30
8ª D Tarde 29
8ª E Noite 24
TOTAL 23 - 543
25
9- ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA
Nossa escola ainda enfrenta sérios problemas em relação ao espaço
físico, faltam salas adequadas para: biblioteca, laboratório de ciências, sala dos
professores, depósito adequado para a merenda.
Acreditamos que com a melhoria do espaço físico tudo ficaria
muito mais organizado e conseqüentemente geraria uma melhoria na qualidade
do ensino.
Nosso espaço físico está dividido em:
11 salas de aula, sendo 05 com 49.43m2 e 06 salas com 50m2
01 sala que seria usado para aula foi adequada para a Biblioteca. 49.43m2
01 sala para Secretaria com 26.57 m2
01 sala para Professores com 20.11 m2
01 sala para o Laboratório de Informática 39.14m2
01 sala para Direção e Equipe Pedagógica com 19.72 m2
01 sala para a distribuição do leite com 12.91 m2
sala para cozinha com 16.75 m2
sala para cantina com 13 m2
sala para depósito de merenda com 5.21 m2
sala para almoxarifado com 27 m2
instalações sanitárias: masculino com 41.42 m2
instalações sanitárias: feminino com 51.46 m2
instalações sanitária: professores com 2 m2
pátio coberto com: 324 m2
01 quadra de esportes com 590,70 m2
01 quadra de esportes coberta 442,00 m2
01 casa do zelador com 51.48m2
26
01 estufa para cultivo de verduras
A organização do espaço reflete a concepção adotada pelos
professores e pela escola. Assim a estrutura da escola é pensada tendo em vista o
bem-estar do aluno, e o bom desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem.
Mesmo com falta de infra-estrutura mais completa, todo o espaço
físico existente está em boas condições de higiene e limpeza.
Todo espaço existente é utilizado pelos alunos constantemente, e
por um número grande de alunos por período, há como regra uma escala de uso
da biblioteca e laboratório de informática, quando é usada pelo professor para
aulas de leitura e do laboratório de informática para aulas de pesquisa.
Quanto às condições de materiais a escola é equipada com o básico,
o necessário, sabendo que a melhora também implicaria numa maio qualidade
de ensino e aprendizagem, o que nos ajudou muito foi a instalação da TV Pen
drive e do laboratório de informática, pois, é visível a mudança de metodologias
e interesse dos alunos e professores em utilizarem esses recursos.
10- MARCO SITUACIONAL
27
Nesse século, a guerra ainda é cruel realidade entre povos que
deveriam ser exemplo de que o amor e o respeito podem mudar o mundo.
A violência, resultado da falta de cidadania é motivada pela
dificuldade de acesso à escola, pela evasão escolar, pelo desemprego, pelos
baixos salários, pela má distribuição de renda, por uma política social e
econômica ineficiente e muitas vezes corrupta, pela impunidade, pela descrença
na justiça e omissão da família.
A família deixou de ser o centro de referência, a impunidade
tornou-se regra, a vida foi banalizada, o homem explora o homem, poucos
dominam muitos e as relações sociais são de opressão, disputa, insegurança e
preconceito.
O avanço científico e tecnológico nos surpreende a cada dia com
notáveis descobertas nos possibilitando maior conforto, melhores condições de
saúde e circulação mais rápida de informações. Porém muito poucos têm acesso
a estes benefícios, distanciando cada vez mais a classe dominante dos menos
favorecidos.
Tudo é muito rápido, tudo é descartável. Falta-nos tempo para
refletir, ler, escolher. A mídia nos dita a estética do lixo em detrimento do
original. A massificação, o racismo e a intransigência impossibilitam o homem
de conhecer-se mais profundamente.
O capitalismo globalizado nos faz perder a identidade cultural e nos
impõe seus valores: materialismo, consumismo, isolamento, ganância, culto ao
28
corpo, modismo, etc. É o poder econômico e o saber centralizado nas mãos de
quem dita as regras.
Vivenciamos um momento de profundas e grandes transformações
que certamente, o Planeta e o ser humano superarão.
Sabemos que a tarefa de formar para o futuro não é só dos
governos, mas de todos nós. O espaço já não apresenta mais fronteiras, somos
todos seres humanos que nos comunicamos de forma veloz e atualizada. A
globalização nos traz a esperança de que a diminuição da distância possa
também significar a redução das desigualdades.
A questão da maior valorização da mulher, da consciência
ecológica, da cultura afro-brasileira e africana, da valorização do trabalho no
campo, da cultura indígena, da vivência da cidadania e do respeito as
diversidades culturais, étnicas, educacionais, religiosas e o respeito aos direitos
da criança e do adolescente provocam muitas vezes um choque de forças. As
lembranças das injustiças ocorridas na história do mundo nos leva à reflexão e
nos permitem modificar posturas.
A valorização do Pensar e do Ser é o caminho para que cada
cidadão cresça e aprenda sempre mais para se tornar um agente transformador.
Pensando em todo este contexto social, cultural e econômico em
que estamos inseridos, vamos neste Marco Situacional delimitar as
características fundamentais da Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo
Branco. Expressando aqui todos os seus segmentos e as relações que se
estabelecem em seu meio, informações importantes que nos ajudam a
29
compreender a realidade em que a escola está inserida, e como vem sendo o
trabalho desenvolvido.
10.1- REALIDADE DO MUNICÍPIO EM QUE
NOSSA ESCOLA ESTÁ INSERIDA
Nossa Escola esta situada no Município de Borrazópolis, uma
cidade que conta aproximadamente com 7.877 habitantes, sendo que a maioria
reside na zona urbana, visto que houve um exagerado êxodo rural depois de
1975, quando uma grande geada dizimou os cafezais do município, que até
então era a base econômica. Depois deste acontecimento os produtores rurais
passaram a plantar cereais de inverno e verão – trigo, milho e soja, acabando
quase que definitivamente com a cultura do café.
O plantio dos cereais citados tomou conta de quase toda a área rural
o que provocou a saída dos moradores não só dos sítios como da própria cidade,
na busca de emprego.
Mas mesmo com o êxodo rural a base econômica do município
ainda se concentra grande parte na agricultura, assim como também na pecuária
e comércio, surgindo nos últimos anos algumas pequenas indústrias.
Mesmo sendo um município pequeno, há algumas vantagens de se
morar nele. Segundo dados coletados pela agência de desenvolvimento, tem-se
um número baixíssimo de criminalidade; a água tratada chega a 100% da
população urbana; os crimes contra o patrimônio público também são mínimos.
30
O problema enfrentado é a falta de emprego principalmente para as novas
gerações.
Atualmente o município disponibiliza de um bom programa de
assistência social e atendimento a saúde, com políticas públicas que favorecem o
crescimento e desenvolvimento da população.
31
10.2- ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ESCOLA
O Organograma abaixo, demonstra a forma de organização da Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco.
Ensino Fundamental.
Conselho Escolar
Agente I Agente II Equipe Pedagógica Corpo Docente
Direção APMF
Corpo Discente
Família
32
33
10.3- REALIDADE DA ESCOLA
Historicamente o ser humano sempre teve intuito de lutar pelas suas
necessidades básicas, mesmo quando nômades. Com a sua evolução e hoje com
a globalização que impõem seus valores: materialismo, consumismo,
isolamento, ganância, culto ao corpo, modismo, etc. O poder e o saber ficam
centralizados nas mãos das nações dominantes, levando à massificação, perda de
valores, o que resultou em violência que é motivada pela falta de escolaridade,
desemprego, baixos salários, má distribuição de renda, descaso dos políticos,
descrença na justiça e na religiosidade e desestrutura familiar.
Assim nossa escola inserida neste caráter global, apresenta
acentuada discrepância sócio-econômica e cultural, devendo então ter uma linha
pedagógica educacional de trabalho, que possa atender às necessidades das
diversidades culturais, sociais, econômicas, educação do campo, cultura afro-
brasileira, cultura indígena, a educação para inclusão, levando sempre em conta
as necessidades e dificuldades de aprendizagem de cada educando.
Os alunos desta escola provêm de famílias de vários níveis sociais e
culturais, sendo que a maioria tem renda mínima, pois a economia do município
é basicamente agrícola e comercial, gerando por vezes problemas sociais. Por
isso, tem-se refletido sobre o papel docente e administrativo na escola,
procurando soluções para amenizar os conflitos surgidos.
Na escola, as diferenças individuais e a diversidade estão sempre
presentes, devendo a mesma eliminar rótulos, preconceitos, mecanismos de
expulsão de alunos, por estas razões o sistema educacional desta escola,
viabilizará condições físicas e pedagógicas para que todos os alunos possam ter
acesso e permanência na escola, com sucesso.
Para atender essa diversidade tão grande que a escola pública nos
traz, temos procurado acompanhar as transformações sociais, tecnológicas e
científicas, trabalhando de acordo com a realidade que estamos inserida,
promovendo a interação e cooperação dos alunos como grupo, valorizando o
convívio escolar e social, prezando sempre pela formação para a transformação
social, visando também a futura inserção no mercado de trabalho.
Como toda a escola pública são muitos os problemas que
enfrentamos, alguns casos de evasão, repetência, falta de acompanhamento por
parte dos familiares, rotatividade de professores, falta de espaço físico
adequado, mas apesar desses problemas, vemos por outro lado um crescimento
na qualidade do processo de ensino-aprendizagem, isso devido a intensa
formação continuada que professores e agentes educacionais estão realizando, e
também a incorporação do uso de recursos tecnológicos que a escola vem
recebendo, os quais enriquecem a aprendizagem.
10.4- DIFICULDADES DA ESCOLA
Podemos considerar que enfrentamos dificuldades diárias que
muitas vezes impedem a melhoria da qualidade de ensino, por parte da escola
consideramos que a rotatividade de professores que trabalham em muitas escolas
diferentes e pegam poucas aulas em nossa escola, não conseguindo estabelecer
um vínculo com o projeto político da escola e as vezes passa a trabalhar de
modo diferente do que o coletivo da escola havia previsto, notamos que os
professores que possuem mais aulas na escola conseguem se envolver mais
significativamente com o trabalho.
34
A constante luta pela procura da melhor metodologia para o
desenvolvimento das aulas, também muitas vezes se torna uma dificuldade
enfrentada pelo professor, que se depara na sala de aula com diferentes
realidades as quais nem sempre a metodologia adotada é a que melhor o ajuda a
enfrentar os problemas existentes.
Por parte do aluno o descomprometimento e a falta de iniciativa
para os estudos tem sido a dificuldade que mais atrapalha o desenvolvimento do
processo de ensino aprendizagem, muitos alunos deixam de realizar trabalhos e
atividades que são propostas pelo professor, demonstram falta de interesse pelos
estudos e este fator contribui para o baixo rendimento.
Por parte da família sempre consideramos que a participação e
acompanhamento na vida escolar do filho poderia e deveria ser maior,
gostaríamos que houvesse mais pais/responsável nas reuniões, a ajuda e
orientação nos trabalhos e tarefas escolares fosse maior, e observamos que
atualmente existe um número significativo de pais que não comparecem para
buscar o boletim escolar, isso nos tem preocupado cada vez mais.
10.5 - NOSSO MAIOR DESAFIO
Construir um currículo e efetuar uma plano de trabalho docente que
atenda igualmente aos sujeitos, seja qual for sua condição social e econômica,
seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis necessidades especiais para
aprendizagem. Características essas que devem ser tomadas como
potencialidades para promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à
escola ensinar, para todos.
35
Identificando então um currículo documento e um currículo como
prática, sendo sempre um objeto de análise contínua dos sujeitos da educação,
principalmente a concepção de conhecimento que ele carrega, seja ele vinculado
ao cientificismo, às subjetividades e as experiências vividas pelo aluno, ou um
currículo como configurados da prática, vinculados às teorias críticas. Buscamos
um currículo vinculado as metodologias que priorizem diferentes formas de
ensinar, de aprender e de avaliar. Um currículo que considera a concepção de
conhecimento nas suas diferentes dimensões, científica, filosófica e artística,
enfatizando a importância de todas as disciplinas.
10.6- CONCEPÇÃO TEÓRICA ADOTADA PELA ESCOLA
Nossa escola segue a concepção teórica-crítica, tendência
progressista, adotada pela SEED – Secretaria do Estado da Educação.
Na concepção teórico-crítica de mundo, a educação escolar objetiva
a transformação da sociedade posta e a aula, como unidade da educação escolar,
devem não só preservar a concepção teórico-crítica, mas superá-la e, para isso,
caminhar em direção oposta à teoria, na direção da prática, para também negá-
la, segundo a teoria crítica. Esta contradição entre teoria e prática cria, pela
superação, a práxis crítica que operacionaliza o método da teoria crítica que a
informa.
Dermeval Saviani. cunhou a denominação de “histórico-crítica”
(SAVIANI, 2007) para expressar sua concepção global de educação, com base
no materialismo histórico e dialético. E, ao discutir a Pedagogia histórico-crítica
(SAVIANI, 1997), afirmando que o saber que interessa à educação é aquele que
emerge como resultado do processo de aprendizagem, desenvolvido pelo aluno,
36
e que a educação tem que tomar por referência, como matéria prima de sua
atividade, o saber objetivo produzido historicamente, ele aponta para a
necessária e adequada relação do ensino com a aprendizagem e mostra, mesmo
não explicitamente, a necessidade da metodologia de ensino e, portanto, a
relevância da questão metodológica.
O autor, também, apresenta como tarefa a que se propõe a
Pedagogia Histórico- Crítica, em relação à educação escolar, o trabalho
educativo que, segundo Saviani (1997, p.14), assim se desenvolve:
− Identificação das formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber
objetivo produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção
e compreendendo as suas principais manifestações bem como as tendências
atuais de transformação;
− Conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a torná-lo
assimilável pelos alunos no espaço e tempo escolares;
− Provimento dos meios necessários para que os alunos não apenas
assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas aprendam o processo de sua
produção bem como as tendências de sua transformação.
Nesta concepção de trabalho educativo, entendido como ação
adequada as finalidades, ele se apresenta como uma proposta intencional de
conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a torná-lo assimilável
pelos alunos no espaço e tempo escolares. A ação de converter o saber
produzido pela pesquisa em saber para o ensino, para que o aluno possa
assimilá-lo e torná-lo em saber aprendido, mostra diferentes planos do
conhecimento presentes no trabalho educativo.
37
No conceito de trabalho educativo, proposto por Saviani (1997),
acima descrito, se observa os planos do conhecimento que ele engloba e
tratamento teórico diferenciado que eles recebem.
Essa análise da concepção de trabalho educativo tem por objetivo
apontar para a necessidade de se investir na pesquisa teórica da questão
metodológica, como forma de colaborar com o referido autor que, a partir da
década de 80, traz, por intermédio de sua pesquisa, a possibilidade de a escola
brasileira superar as abordagens pedagógicas vigentes. Ele discute a concepção
progressista de educação, sustentada pelo pressuposto básico de
desenvolvimento do homem pela consciência da necessidade de superação das
formas de relações sociais opressivas, mediante a transformação social.
Para Duarte (1999), a corrente educacional apresentada pela
Pedagogia Histórico-Crítica exige propostas pedagógicas concretas, viáveis e
coerentes com o objetivo de contribuir, através da especificidade da prática
pedagógica, para o processo de superação das relações sociais de dominação. As
teorias educacionais críticas precisam passar da crítica à ação, da teoria à prática
fazendo com que fossem se multiplicando os clamores no sentido de que essa
concepção pedagógica se desenvolvesse de modo a exercer um influxo mais
direto sobre a prática específica dos professores na sala de aula.
10.7- MÉTODO DE ENSINO
A dialética é a lógica do movimento, da evolução, da mudança e,
portanto, considera as coisas e os conceitos no seu encadeamento e nas suas
relações mútuas, em ação recíproca.
38
Para Novack (2006), a dialética é a lógica da matéria em
movimento e, portanto, a lógica das contradições, porque a evolução é
intrinsecamente autocontraditória. Enfim, a dialética é uma lógica que expressa
um modo de compreender o mundo como realidade concreta e, portanto,
contraditória, dinâmica e dialética e, neste aspecto, torna-se necessário recorrer à
célebre frase de Karl Marx, o concreto é concreto porque é a síntese de múltiplas
determinações, isto é, a unidade do diverso.
Tendo como pressuposto que a teoria dialética explicita a
concepção crítica de mundo e o método dialético, como caminho teórico,
também expressa a visão dialética de mundo e a ontológica do ser social, pode-
se concluir que ambos, teoria e método, permanecem na dimensão teórica e
possibilitam a interpretação da realidade posta. O método, sendo um “caminho
teórico”, não é prático e, assim, não é possível sua transposição in natura para a
prática. O método não responde diretamente a questão metodológica da aula,
mas, constitui-se no fundamento do processo de sua operacionalização, ou seja,
os fundamentos teóricos do método informam o processo da sua passagem para
a prática e, isto, exige uma pesquisa teórica da questão metodológica. Nesta
perspectiva, pode-se inferir que, na educação escolar, a metodologia de ensino
representa a garantia de a teoria crítica ser aplicada na prática da aula,
transformando-a a direção teórica pretendida.
Nesta perspectiva nossa escola usa o método dialético que
representa o caminho teórico que expressa à concepção de mundo como
totalidade. Temos por objetivo apresentar os princípios filosóficos que
sustentam a proposição metodológica “Metodologia da Mediação Dialética” e
permitem a aplicação prática do método e, conseqüentemente, a teoria que o
sustenta.
39
Suas categorias são:
Totalidade – compreende a realidade nas suas íntimas leis e revela as conexões
internas e necessárias à compreensão da realidade.
Movimento - processo de permanente mudança: o devir ou o “vir a ser” do
mundo, como totalidade;
Contradição – luta dos contrários na processualidade histórica: superação ou
momento predominante.
Superação - solução da contradição, a elaboração de sínteses que permite a
passagem de um estado a outro (os termos em relação são opostos e
antagônicos);
Momento predominante: a contradição se “realiza e se resolve”, ela não é
excluída ou minimizada, mas se torna permanente, não implicando nem
equilíbrio entre os termos, nem superação definitiva de um pelo outro;
Mediação – categoria exclusiva do ser social, que se explica pelas categorias de
análise do método dialético que a sustenta.
Constitui, assim, uma postura, um enfrentamento da realidade na
busca de compreendê-la em sua totalidade (concretude), o próprio movimento
dialético do real.
A proposição teórico-metodológica da "Metodologia da Mediação
Dialética" é uma totalidade que envolve a operacionalização/aplicação do
método dialético, a transformação do conceito científico em conceito para o
ensino (conteúdo de ensino), a explicação dos processos de ensino e de
aprendizagem e as relações entre ambos, em uma aula. É um todo (totalidade
mais abrangente) formado de etapas (totalidade menos abrangente), partes que
se articulam entre si e com o todo: o Resgatando, o Problematizando, o
Sistematizando e o Produzindo.
40
Resgatando - Resgatar é buscar, “momentaneamente e
provisoriamente” um mesmo ponto de partida para o início do processo de
ensino e de aprendizagem, em uma aula, o plano do imediato do saber do aluno.
Por intermédio de diferentes linguagens, os alunos expressam suas idéias iniciais
sobre o conceito a ser trabalhado. É a representação do todo que, ainda de forma
confusa, o aluno elaborou em sua vida cotidiana (plano do imediato). O
professor, que estudou o conceito científico, como totalidade, investigando seus
nexos internos e os externos, em relação ao contexto (plano do mediato),
compara os dois planos e depreende a contradição que se estabelece entre eles,
podendo, então, transformá-la em problematização, uma situação de ensino.
Problematizando - Problematizar é colocar o aluno em uma
situação de ensino desafiadora capaz de levá-lo a compreender as diferenças
entre seu conhecimento (plano do imediato) e o conhecimento trabalhado pelo
professor (plano do mediato): é a consciência de que precisa aprender. A
problematização explicita as diferenças entre estes planos, tensionando-os pela
contradição, estimulando o aluno a buscar soluções para a questão-problema.
Essa situação o leva a perceber que seus conhecimentos iniciais não são
suficientes para elaborar a resposta suscitada, gerando motivações e criando
possibilidades de investigação e busca de novas relações. A atividade
problematizadora é elaborada pelo professor, quando ele compara o conteúdo de
ensino preparado com as representações dos alunos, depreende a contradição
entre ambos e transforma-a em questão-problema. A referida atividade, para ser
percebida e compreendida pelo aluno, precisa não facilitar e nem dificultar o seu
entendimento.
Sistematizando - Sistematizar é compreender os nexos e as
relações do conceito, como totalidade. Para o aluno elaborar as idéias no plano
do mediato, o professor precisa desenvolver situações de ensino que
41
possibilitem ao aluno compreender as relações de sentido entre aspectos do seu
conhecimento imediato e elementos do conhecimento mediato pretendido. Essa
comunicação, promovida pelo professor, favorece a explicitação dos aspectos da
problematização, a discussão do conhecimento científico a eles relacionado,
potencializando a superação do imediato no mediato e a elaboração de sínteses.
Produzindo - Produzir é o momento de o aluno expressar as
sínteses cognitivas elaboradas no desenvolvimento da “Metodologia da
Mediação Dialética”. Para o aluno expressar suas idéias elaboradas, os
conceitos, o professor desenvolve situações de ensino. É o ponto de chegada do
processo de ensino, um conhecimento provisório que se torna imediatamente
novo ponto de partida, constituindo-se em etapa imprescindível para avaliar o
referido processo.
10.8- PRÁTICAS ADOTADAS PELA ESCOLA
Atualmente é visível em nossa escola a prática da gestão
democrática, todas as decisões são tomadas juntamente com o coletivo da
escola, algumas no âmbito geral, envolvendo Conselho Escolar e APMF, outras
no âmbito específico com o grupo de cada setor, seja ele administrativo, serviços
gerais ou pedagógico.
A prática adotada na área pedagógica vem contemplar as Leis,
Instruções, Resoluções, enfim documentos sugeridos pela SEED- Secretaria de
Estado da Educação, tendo como referencial principal as Diretrizes Curriculares
da Educação Básica.
42
Ao definirmos qual formação queremos proporcionar aos sujeitos
da escola pública, optamos por pensar qual o tipo de participação que lhes
caberá na sociedade. Por isso, as reflexões sobre currículo têm, em sua natureza,
um forte caráter político. Assim propomos uma reorientação na política
curricular com o objetivo de construir uma sociedade justa, onde as
oportunidades sejam iguais para todos.
Assumimos então a prática de um currículo disciplinar, significa
dar ênfase à escola como lugar de socialização do conhecimento, pois essa
função da instituição escolar é especialmente importante para os estudantes das
classes menos favorecidas, que tem nela uma oportunidade, algumas vezes a
única, de acesso ao mundo do conhecimento científico, da reflexão filosófica e
do contato com a arte.
Os conteúdos disciplinares são tratados na escola de modo
contextualizado, estabelecendo, entre eles, relações interdisciplinares e
colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam
quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Nesta perspectiva,
propomos que tais conhecimentos contribuam para a critica às contradições
sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade
contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão
filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem.
Adotamos uma concepção de escola que orienta para uma
aprendizagem específica, colocando em perspectiva o seu aspecto formal e
instituído, o qual diz respeito aos conhecimentos historicamente sistematizados e
selecionados para compor o currículo escolar.
43
Nesse sentido, nossa escola incentiva a prática pedagógica
fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino,
de aprendizagem e de avaliação que permitam aos professores e estudantes
conscientizar-se da necessidade de uma transformação emancipadora.
10.9- POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS
Esperamos que a comunicação favoreça a aproximação
escola/escola e escola/família:
- Tornando a escola um espaço prazeroso;
- Divulgando as programações da escola;
- Intensificando a relação família/escola;
- Promovendo o diálogo dentro e fora da escola;
- Aumentando o intercâmbio entre os profissionais da escola;
- Promovendo momentos de convivência que facilitam a cumplicidade e
o desenvolvimento pleno do aluno;
- Ampliando a participação da sociedade.
Esperamos que a consciência crítica nos leve à descoberta de
caminhos para o aprimoramento individual e social:
- Proporcionando o exercício livre e democrático da crítica e autocrítica;
- Discutindo questões ligadas a preconceitos e discriminações;
- Acatando as decisões tomadas por consenso;
- Resgatando valores cívicos, ecológicos, culturais e históricos;
- Promovendo a interdisciplinaridade.
44
10.10- QUADRO DE FUNCIONÁRIOS
Somos 62 funcionários divididos em:
Diretor (01)
Helena Timiyo Miyaji
Vice-diretor (01)
Izabel Aparecida dos Santos Michelin
Equipe Pedagógica (04 pedagogas)
Cidinéia de Fátima Lucas Laurindo
Lisandra Labegalini Maltempe Câmara
Vanderléia Pereira dos Santos
Vânia dos Santos
Professores Ensino Regular (42)
Ademir Lucchetti
Ana Claudia Vicentin
Ângela Batista Prado
Ângela Dias Soares Tavares
Carla Aparecida Coccia dos Santos
Célia Aparecida Teixeira
Eliana Aparecida da Silva
Elaine Travagli
Ellen Tatiane Protano
Elenir Rosa Tenório Lemes
Eliza Cristina Henning Alves
Flávio Davi dos Passos Freitas
45
Francieli Aparecida Custódio
Giana da Silva Arantes
Ilenilda Martins da Silva
Izabel Aparecida dos Santos Michelin
Judite Gralak Pereira
Laudicéia da Silva Simões Cécere
Lina Aparecida do Nascimento
Lourdes da Silva Tschmerijza
Luciana Dias dos Santos
Lucinda de Jesus Silva Farinazzo
Lílian Rodrigues
Maria Bernardina da Silva
Maria Neide dos Passos
Márcia Telles Ribeiro
Marcilei Alves de Oliveira
Marina Palma Pereira da Silva
Mariana Aparecida Barbosa
Mônica Rivoli
Nair Krause Taucher
Natalina Vieira da Luz Minatelle
Nelma Miskalo Barbosa
Renata dos Santos Figueiredo
Rosimérie Vargas Prudêncio
Rosimary Porto
Simone da Silva Godoy
Sonia Regina da Silva Berti
Teresa Aparecida Domingues Pereira
Tatiane Yrkiy
Vera Lucia Pereira
46
Vilma Macário
Professor Sala de Recursos (01)
Eliana Aparecida da Silva
Professores Sala de Apoio à aprendizagem (03)
Língua Port. - Terezinha de Oliveira Boro
Matemática – Elaine Travagli
Matemática – Renata dos Santos Figueiredo
Professores do Programa Viva Escola (04)
Programa Viva Escola- ( Atividades Literárias) – Mônica Rivoli
Programa Viva Escola ( Musicas) - Simone da Silva Godoy
Programa Viva Escola _(Esportes) _ Ellen Tatiane Protano
Programa Viva Escola _(Danças) _ Giana da Silva Arantes
Agente Educacional I (09)
Célia Maria Pinheiro Garcia
Eni Alves Custódio
Geralda Zenaide Piva Clementino
Inês de Oliveira Souza
José Castelani
Leocélia Lopes Novaes
Maria Antonia R. Oliviak
Maria José Ribeiro Miotti
Zélia de Paula Oliveira
Agente Educacional II (05)
Bento Medeiros Cavalcante
47
Elizete Pereira Rodrigues
Ivone de Souza Lessak
Marcio Aparecido Motta
Wanda Motta Pereira
O Quadro dos Funcionários da Educação Básica da Rede Pública
Estadual do Paraná é integrado pelos cargos de Agente Educacional I e Agente
Educacional II, com suas respectivas atribuições.
O Agente Educacional I
Tem suas atribuições definidas no Anexo I da lei nº123/97 e poderá
realizar sua qualificação profissional em ou mais das seguintes áreas de
concentração:
I – manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente;
II – alimentação escolar;
III – interação com o educando.
Para o ingresso no cargo de Agente Educacional I é exigido ensino fundamental
completo.
O Agente Educacional II
Tem suas atribuições definidas no Anexo II da lei nº123/97 e
poderá realizar sua qualificação profissional em ou mais das seguintes áreas de
concentração:
I – administração escolar;
II – operação de multimeios escolares.
48
Para o ingresso no cargo de Agente Educacional II é exigido ensino médio
completo.
10.11- PERFIL DOS ALUNOS
Temos atualmente 543 alunos matriculados em nossa escola, sendo
110 residentes na zona rural e utilizam transporte escolar.
Deste total de alunos matriculados 251 recebem bolsa família,
caracterizando assim como sendo a maioria de classe baixa.
A maioria dos pais possuem o ensino fundamental incompleto.
Outro dado relevante é que um número significativo dos alunos reside
com avós ou outros familiares que não sejam pai ou mãe.
49
10.12- MOVIMENTO E RENDIMENTO ESCOLAR
No ano de 2007 nossa escola concluiu o ano letivo com o seguinte
gráfico do movimento e rendimento escolar:
Gráfico do Movimento e Rendimento Escolar de 2007
Total de alunos
matriculados
APROVADOS REPROVADOS DESISTENTES TRANSFERIDOS
706 580 53 28 45
Aprovado Reprovado Desistentealunos apro- rep.trans e dês. 580 653 678 661alunos: rep.des.transf 126 53 28 45Total de aluno 706 706 706 706 82,15%
7,51% 3,97% 6,37%
50
Gráfico do Movimento e Rendimento Escolar de 2008
Total de alunos
matriculados
APROVADOS REPROVADOS DESISTENTES TRANSFERIDOS
685 543 62 46 34
Aprovado Reprovado Desistentealunos aprovados 543 623 639 651alunos: rep.des.transf 142 62 46 34Total de aluno matric 685 685 685 685 79,27% 9,05% 6,72% 4,96%
Durante o ano letivo de 2008 consideramos que o rendimento
escolar foi satisfatório, avançamos na maneira de avaliar através da observação e
recuperação paralela de conteúdos. Neste ano foram muitas as reuniões de
professores, direção, equipe pedagógica, pais, a fim de analisar o
desenvolvimento escolar, propor soluções para os problemas enfrentados.
51
Gráfico do Movimento e Rendimento Escolar de 2009
Total de alunos
matriculados
APROVADOS REPROVADOS DESISTENTES TRANSFERIDOS
641 543 37 29 32
No ano de 2009 foram vários os trabalhos desenvolvidos para a
melhoria do processo de ensino aprendizagem:
- Formação Continuada com todos os professores;
- Reuniões Pedagógicas;
- Pré-conselho, Conselho de Classe e Pós-conselho;
- Reuniões de Pais;
- Uso da hora-atividade para formação continuada;
- Replanejamento e troca de experiências durante a hora atividade;
- Encaminhamento de alunos quando necessário, para apoios especializados,
Sala de Recursos para as séries finais do Ensino aprendizagem para alunos da
5ªsérie/6ºano;
- Acompanhamento dos alunos que reprovaram de ano em 2008.
10.13 - AÇÕES DESENVOLVIDAS
Em conjunto com a direção, a equipe pedagógica, corpo docente,
discente, pais e responsável foi realizado diversas atividades, a fim de melhorar
o rendimento e movimento escolar:
52
- Pré-conselho de classe análise do rendimento da turma, aplicação de auto-
avaliação para os alunos e professores envolvendo questões que precisam ser
refletidas durante o processo de ensino-aprendizagem, levantamento dos
alunos que estão com dificuldade para aprender;
- Conselho de classe com todos os professores, observando o geral e não o
individual, levando os pontos positivos e negativos de cada turma e
analisando a ficha individual dos alunos onde consta seu rendimento e
observações;
- Pós –conselho de classe, análise dos gráficos sobre o rendimento da turma,
exposição do resultado da auto-avaliação realizada no pré-conselho,
intervenções, orientações e encaminhamentos nos casos que foram
levantados durante o pré-conselho de classe;
- Orientações individuais e em sala de aula para os alunos;
- Reunião de pais a cada três meses; nesta reunião a equipe pedagógica atende
pais de alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem e os professores
atendem alunos com notas acima da média);
- Reunião de pais e filhos (somente aqueles que estão com defasagem de
aprendizagem);
- Exposição dos gráficos do rendimento escolar para cada série;
- Encaminhamento de alunos quando necessário, para apoios especializados:
Sala de Recursos para as séries finais do Ensino Fundamental, Sala de apoio
à aprendizagem para alunos da 5ªsérie/6ºano;
53
- Formação Continuada com todos os professores;
- Reuniões Pedagógicas;
- Uso da hora-atividade para formação continuada;
- Replanejamento e troca de experiências durante a hora atividade;
- Acompanhamento dos alunos que reprovaram no ano anterior, através de
orientações e encaminhamentos.
10.14- ATENDIMENTOS OFERECIDOS PELA ESCOLA
A Escola oferta o Ensino Fundamental de 5ªsérie/ 6ºano a 8ª
série/9ºano, de freqüência mista, nos turnos, matutino, vespertino e noturno.
Programa Viva a Escola, Sala de Apoio à aprendizagem, Sala de Recursos.
Horário de entrada e saída dos alunos nos diferentes períodos é:
Matutino – início: 7h30m – término: 11h50m
Vespertino – início: 13h30m – término: 17h50m
Noturno – início: 18h50m – término: 23h
Os períodos acima citados são divididos em 5 (cinco) aulas de 50
(cinqüenta) minutos cada.
54
10.14.1- Programa Viva Escola
A partir de 2009 o programa Viva Escola faz parte das atividades
da escola. Trata-se de atividades de complementação curricular, com abordagem
disciplinar originada a partir das necessidades identificadas pelo coletivo da
escola, em horários alternativos aos de aula, indo de encontro ao princípio da
escola integral. O Viva Escola se propõe a dar atendimento aos estudantes no
horário contrário ao turno em que atualmente freqüentam o ensino regular. O
programa possibilita o desenvolvimento de atividades artísticas, culturais,
científicas, esportivas e mesmo de aprendizagem no interior da escola, fato que
direciona a igualdade de oportunidades aos alunos.
No ano de 2010 ofertamos como Complementação Curricular o
Programa Viva Escola, com atividades do conhecimento expressivo-corporal
(esporte e dança), Científico-Cultural (atividades literárias e música).
Todas as atividades são ofertadas com o total de quatro horas aula
semanais, em contra-turno ao período de matrícula no ensino regular dos alunos.
V I V A E S C O L A
Atividades Período Alunos matriculados
Dança Manhã 25
Literatura Manhã 25
Esportes Tarde 25
Música Tarde 24
TOTAL 99
55
10.14.2- Programa de Sala de Apoio à Aprendizagem
Em conformidade com o que expressa a Secretaria de Estado da
Educação do Paraná – SEED, quanto à implementação do Programa de Sala de
Apoio à Aprendizagem, respaldada na Instrução Conjunta N° 04/04 –
SEED/SUED/DEF, a Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco,
oferta Salas de Apoio à Aprendizagem com o objetivo de atender às defasagens
de aprendizagem apresentadas pelos alunos que freqüentam a 5ª Série/6º Ano do
Ensino Fundamental.
O programa prevê o atendimento aos alunos no contraturno, nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as
dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita,
bem como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e
elementares, cálculos matemáticos.
Atualmente oferecemos os seguintes atendimentos:
SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM
Atividades Período Alunos matriculados
Língua Portuguesa Manhã 15
Matemática Manhã 14
Língua Portuguesa Tarde 11
Matemática Tarde 12
TOTAL 52
56
10.14.3- Sala de Recursos
A Sala de Recursos nas séries finais do Ensino Fundamental, na
área da Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos. Está
estabelecida na Instrução Nº 013/08 da SUED/SEED, é um serviço
especializado, de natureza pedagógica que apoia e complementa o atendimento
educacional realizado em Classes Comuns do ensino Fundamental de 5ª
série/6ºano a 8ª série/ 9º ano. Destina-se aos alunos que apresentam Deficiência
Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos. O ingresso do aluno na
Sala de Recursos se dá a partir da Avaliação no Contexto Escolar, realizada pela
Equipe Técnico Pedagógica, Professor Especializado da sala de recursos,
professores da sala de aula regular e Psicóloga, ou por casos que tenham laudos
médicos com diagnóstico que se enquadram na Deficiência Intelectual e /ou
Transtornos Funcionais Específicos. O atendimento é realizado individualmente
ou em pequenos grupos, obedecendo a um cronograma, previamente
estabelecido, que determina de dois a quatro atendimentos semanais, de acordo
com a necessidade apresentada.
O trabalho nesta Sala de Recursos dá ênfase:
- na área do desenvolvimento cognitivo, sócio-afetivo-emocional e motor;
- na área do conhecimento;
- linguagem oral e escrita;
- cálculos matemáticos;
Desenvolve uma metodologia diferente da realizada em sala de aula
regular, sempre através de atividades lúdicas, atendimentos individualizados,
com recursos concretos e midiáticos.
Atualmente atendemos da seguinte forma:
57
SALA DE RECURSOS NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
E/OU TRANSTORNOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS.
Período Alunos matriculados
Tarde 11
Além desses programas oferecidos pela SEED, temos duas
atividades na escola realizadas com a ajuda de parcerias:
10.14.4- Aulas de Violão
Projeto iniciado por uma de nossas professoras, em 2007 e
atualmente vem sendo dado continuidade por alunos da própria escola que
ministram aulas para outros alunos no período contrário as aulas regulares.
10.14.5- Roda de Terapia Comunitária
Realizada em parceria com o CRAS – Centro de Referência a
Assistência Social, esse trabalho consiste em reuniões com uma psicóloga que
direciona conversas, dinâmicas, orientações, discussões sobre diferentes temas,
considerados importantes para o bom desenvolvimento dos alunos participantes.
Esse trabalho teve início neste ano e o convite para participar foi feito para todos
os alunos da escola. Atualmente temos dois grupos, que se reúnem uma vez por
semana no período contrário as aulas regulares.
58
11 - MARCO CONCEITUAL
11.1- A SOCIEDADE QUE QUEREMOS AJUDAR A CONSTRUIR
Queremos ajudar a construir uma sociedade pautada na concepção
teórico-crítica de mundo, em que a educação escolar tem como objetivo a
transformação da sociedade posta, isto é a construção de uma sociedade justa,
quanto à sua natureza; solidária, quanto à sua organização; a serviço da vida e da
esperança, quanto à forma de agir. Queremos ajudar a construir uma sociedade
que:
- Respeite os direitos individuais e sociais de cada cidadão,
independentemente da idade, sexo, etnia, escolaridade, religião ou
deficiência;
- Respeite a diversidade étnica-social, econômica, educacionais e
culturais;
- Busque combater o racismo e as discriminações que atingem os
diferentes grupos sociais, excluindo qualquer forma de discriminação
que possa vir acontecer;
- Valorize os diferentes tipos de culturas, Cultura Afro-brasileira e
Africana, Indígena, do campo, etc;
- Ofereça condições de atendimento às necessidades de saúde,
moradia, trabalho, educação e lazer, para que todos possam viver
com dignidade;
59
- Compreenda os avanços e mudanças tecnológicas usando-as para o
benefício e desenvolvimento;
- Garanta um poder legislativo, executivo e judiciário voltado para o
bem de todos, fundamentado na justiça, no direito e na verdade;
- Tenha uma escola de qualidade, que forme educandos que ajudem na
transformação emancipadora d a sociedade;
- Desenvolva em todos a consciência crítica para o exercício de seus
próprios deveres e direitos;
- Crie espaços de participação para que todos os cidadãos possam
prestar sua contribuição na organização sócio-econômica e política;
- Promova a socialização do saber e o engajamento de todos na busca
de uma sociedade democrática;
- Favoreça o desenvolvimento constante das pessoas, conforme suas
aptidões e seus interesses, valorizando a liberdade de expressão;
- Preocupe-se com o ser humano e o meio ambiente, zelando,
denunciando e se organizando contra todas as formas de violência;
- Comprometa-se ética e moralmente com os anseios e necessidades
dos cidadãos, não tolerando a corrupção, a inércia e a omissão de
seus representantes;
60
- Valorize o trabalho, buscando uma economia mais humana e
solidária, com primazia da vida;
- Desenvolva o espírito de companheirismo superando todo tipo de
discriminação;
- Compartilhe seus dons para auxiliar os menos favorecidos;
- Organize os meios de comunicação a serviço da informação
democrática e da verdade;
- Liberte-se da ganância e converta-se a uma convivência de
fraternidade e paz;
- Respeite, assuma e promova a vida, em todas as suas formas,
estágios e situações;
- Desenvolva em todos, através da educação, a consciência ecológica
que nos leva a cuidar do meio ambiente, de nossa saúde, de nosso
desenvolvimento individual, comunitário e social;
- Trabalhe com entusiasmo, alegria, felicidade e segurança na
construção da convivência social;
- Promova diálogo com seus diferentes setores, buscando formar a
consciência moral de seus cidadãos.
11.2 - A PESSOA QUE QUEREMOS FORMAR
61
Seguindo a concepção teórica da Pedagogia Histórico-Crítica,
queremos através de ações didático-pedagógicas instrumentalizar nossos alunos,
(momento em que o professor, por meio da ação docente transmite aos
educandos os conhecimentos científicos construídos pela humanidade de forma
a libertá-los do estado de ignorância, e consequentemente das diferenças sociais
em que vivem).
Queremos que ocorra uma apropriação dos instrumentos teóricos e
práticos, por parte dos alunos. Uma transmissão e assimilação de
conhecimentos, de uma nova forma de apropriação do saber, através da
interação dos indivíduos entre si, enquanto sujeitos sociais, e da relação destes
com o todo social no processo de aquisição dos conhecimentos escolares.
Gasparin (2003, p.54)
Para que isso aconteça, é imprescindível o papel do professor,
enquanto mediador deste processo, pois por meio de sua ação docente, planejada
de forma dinâmica e disponibilizada de recursos necessários para o processo de
aprendizagem, é que o aluno incorpora os conhecimentos científicos.
Queremos uma ação pedagógica e ao mesmo tempo política, pois
estamos nos referindo ao momento de apropriação dos conhecimentos
científicos, pelas camadas populares, das ferramentas culturais necessárias à luta
social para superar a condição de exploração em que vivem.
Queremos que à efetiva incorporação dos conteúdos pelos
educandos se configure em elementos ativos para a transformação social.
62
O educando deverá ser capaz de manifestar a que conclusão chegou
sobre o conhecimento desenvolvido, seu novo entendimento sobre o conteúdo e
por meio da produção do conhecimento, que faz parte do processo pedagógico,
irá expressar sua nova visão de mundo.
Queremos formar cidadãos que alterem qualitativamente sua
realidade vivida, isto é propiciar ao educando uma nova maneira de
compreender a realidade e agir sobre ela.
11.3 - A EDUCAÇÃO QUE QUEREMOS ASSUMIR
A educação escolar é produto do trabalho humano históricamente
determinado analisando-a à luz dos pressupostos da Pedagogia Histórico-Crítica
a qual tem seu fundamento epistemológico assentado no materialismo histórico
dialético.
A teoria pedagógica histórico-crítica foi criada por Saviani para dar
aos educadores alguma perspectiva, para lhes oferecer uma alternativa. Ela parte
do pressuposto de que é viável, mesmo numa sociedade capitalista, "uma
educação que não seja, necessariamente, reprodutora da situação vigente, e sim
adequada aos interesses da maioria, aos interesses daquele grande contingente
da sociedade brasileira, explorado pela classe dominante" (p.94).
Segundo Saviani, a Pedagogia Histórico Crítica, embora
"consciente da determinação exercida pela sociedade sobre a educação", fato
que a torna crítica, acredita que "a educação também interfere sobre a sociedade,
podendo contribuir para a sua própria transformação" (p.94), fato que a torna
histórica.
63
Eis a natureza da educação. Porém, é importante exemplificar a
partir de Saviani (2005, p. 12-13):
(...) se a educação não se reduz ao ensino, é certo, entretanto, que ensino é educação e, como tal, participa da natureza própria do fenômeno educativo. Assim, a atividade de ensino, a aula, por exemplo, é alguma coisa que supõe, ao mesmo tempo, a presença do professor e a presença do aluno. Ou seja, o ato de dar aula é inseparável da produção desse ato e de seu consumo. A aula é, pois, produzida e consumida ao mesmo tempo (produzida pelo professor e consumida pelos alunos).
Com relação à especificidade da educação parte-se do pressuposto
de que, “(...) o que não é garantido pela natureza tem que ser produzido
historicamente pelos homens, e aí se incluem os próprios homens” (SAVIANI,
2005, p.13).
Este pressuposto torna evidente que é o trabalho educativo é “(...) o
ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada individuo singular, a
humanidade que é produzida historicamente e coletivamente pelo conjunto dos
homens” (SAVIANI, 2005, p.13).
Nesta perspectiva, pode-se considerar que o objeto da educação
está relacionado de um lado, “à identificação dos elementos culturais que
precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se
tornem humanos” (SAVIANI, 2005, p. 13) e; por outro lado, “à descoberta das
formas mais adequadas para atingir este objetivo”
Em tese, a educação escolar constitui-se na prática que possibilita a
passagem do conhecimento do senso comum (conhecimento sincrético) ao
conhecimento elaborado, sistematizado (conhecimento sintético).
64
Nas palavras de SAVIANI (2005, p. 22) pode-se concluir
esclarecendo, em resumo, a especificidade da educação:
(...) a compreensão da natureza da educação enquanto um trabalho não material, cujo produto não se separa do ato de produção, permite-nos situar a especificidade de educação como referida aos conhecimentos, idéias, conceitos, valores, atitudes, hábitos, símbolos sob o aspecto de elementos necessários à formação da humanidade em cada indivíduo singular, na forma de uma segunda natureza, que se produz, deliberada e intencionalmente, através de relações pedagógicas historicamente determinadas que se travam entre os homens.
Saviani vê na educação um importante meio de contribuição para se
atingir um fim. Historicamente a educação se apresenta como condicionada
pelos determinantes materiais. Ela faz parte da superestrutura que tem por base
uma infra-estrutura que corresponde ao modo de produção vigente num
determinado momento histórico.
É importante frisar que, a educação não transforma direta e
imediatamente a sociedade. Ela vai agindo sobre os sujeitos da prática de modo
indireto e mediato (SAVIANI, 2003).
A educação, portanto, é vista como um meio para alcançar a
hegemonia, que de acordo com SAVIANI (2005) significa a apropriação pela
classe trabalhadora dos conhecimentos acumulados pela classe dominante, mas
que, no entanto, não são inerentes a ela. Isso significa dizer que a conquista da
hegemonia por parte da classe proletária é a conquista de determinados
elementos e conhecimentos que também lhe são de direito, sendo eles:
consciência política, social e econômica, coerência e concepção de mundo
elaborada, através da socialização da educação, da saúde, da dignidade da
moradia, vestuário etc. de forma igualitária, de qualidade e para todos.
65
Sabemos que o ser humano é o sujeito principal da construção da
sociedade e por conseguinte, da história, portanto, queremos que este homem
busque a verdade, que tenha ideais e objetivos definidos, e que seja agente
transformador.
Para isso faz-se necessário uma educação envolvida e comprometida
com:
- a construção conjunta do conhecimento;
- a comunicação interpessoal, a participação e o compromisso ético de
todos os envolvidos no processo educativo;
- a formação da cidadania consciente, responsável pela convivência
social e pela preservação da vida;
- as mudanças sociais alicerçadas em valores morais;
- a formação do sujeito questionador, crítico e participativo, capaz de
decidir com justiça e se colocar a serviço do próximo;
- a partilha de conhecimentos, sentimentos e experiências;
- a formação de pessoa livre, solidária e sensível;
- a contextualização do conhecimento, para que de forma dinâmica e
criativa o ato de ensinar e aprender seja significativo;
- o trabalho interativo, interdisciplinar e globalizado;
- o reconhecimento profundo do mundo em que vivemos, para que,
através do olhar reflexivo, possamos transformá-lo de forma
emancipadora, tornando-o menos individualista, mais humanitário e
ecologicamente sustentável;
- a valorização de nossa cultura e o respeito a nossa história
resgatando os valores cívicos.
66
Queremos uma sociedade mais justa, humana, fraterna e
democrática, com homens críticos, politizados, de ampla visão de mundo,
capazes de superar os preconceitos sociais, uma sociedade em que todos
usufruam dos direitos e deveres presentes na Constituição Brasileira, que usem o
saber/conhecimento como instrumento de emancipação. Partindo desses
pressupostos, defendemos uma sociedade em que valores como solidariedade,
fraternidade e honestidade, devem transcender as barreiras do individualismo,
pois a cada momento de nossas vidas, estamos juntos construindo a nossa
história, buscando liberdade e a felicidade desejada por todos. Para isso estamos
empenhados em desenvolver uma educação que faça as pessoas valoriza sua
época de vida e o meio ambiente em que vivem, para poder atuar positivamente
na sociedade, praticando a cidadania com responsabilidade.
11.4 - A ESCOLA QUE QUEREMOS SER
Queremos uma escola vista como o espaço do confronto e diálogo
entre os conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular,
fontes sócio-históricas do conhecimento em sua complexidade.
É sabido que a sociedade capitalista se caracteriza pela divisão em
classes: burguesia e proletariado. Desta divisão decorre a divisão social do
trabalho e do conhecimento. A escola não escapa a estes determinantes sociais.
Por isso ela pode servir para a reprodução ou para a transformação. Nesta
perspectiva é imprescindível que a classe do proletariado assimile “(...) os
instrumentos pelos quais ele possa se organizar para se libertar dessa
exploração” (SAVIANI, 2003, p. 56).
67
A classe dominada precisa dispor do saber/ conhecimento
historicamente produzido, o qual, a classe dominante já dispõe e o usa, a fim de
perpetuar a dominação; assim a classe dominada pode fazer do
saber/conhecimento, um instrumento de emancipação. Obviamente então que,
“(...) dominar o que os dominantes dominam é condição de libertação”
(SAVIANI, 2003, p.55).
A escola não se resume a um segmento social isolado. Ela faz
parte de uma engrenagem social maior e, por isso deve agir de maneira a
condicionar uma formação pluridimensional e democrática, alicerçada em ações
coletivas que proporcionem a compreensão das complexidades do mundo
contemporâneo, atendendo para o contexto global e também para as
especificidades locais.
Trata-se de explicitar a identidade da escola; de enfatizar sua
missão e seus objetivos de ação contextualizando o momento histórico
vivenciado. Pressupõe um trabalho voltado para uma Filosofia de Educação que
contemple as múltiplas dimensões do homem, enquanto sujeitos sociais
individuais e coletivos; iguais e distintos; contemplando e valorizando as
diferenças individuais e acenando para o respeito à diversidade cultural.
A consolidação do conhecimento se dá pela atenção à uma
concepção progressista que fomente a interdisciplinariedade e a
transversalidade, com vistas à construção pluralista do saber/conhecimento,
partilhando idéias, fortalecendo a ação coletiva, garantindo direitos legais e
priorizando o desenvolvimento físico, psíquico, e intelectual, possibilitando a
aquisição de convicções fundamentais para a transformação social.
68
Queremos ser uma escola que mantenha seus ideais pautados numa
educação crítica, transformadora emancipadora, que forme cidadãos plenos de
valores intelectuais, políticos, sociais, ecológicos, éticos, onde a união e o
companheirismo sejam os suportes de um trabalho integrado, respeitando as
diversidades intelectuais e culturais.
11.5 - CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
A origem da palavra sociedade vem do latim Societas, uma
“associação aistosa com outros”. Societas é derivado de socius, que significa
ompanheiro e assim o significado de sociedade é intimamente relacionado
àquilo que é social. Está implícito no significado de sociedade que seus
membros compartilham interesse ou preocupação mútuas sobre um objetivo
comum.
A sociedade atual encontra-se em uma encruzilhada, em um novo
momento em que velhos e antigos paradigmas estão sendo abertamente
discutidos e outros teimam a tentar se construir. Pela primeira vez em século de
convivência humana, essa convivência nunca esteve tão estreitamente ligada e
se relacionando em âmbito até então compartimentados a certas “sociedades”
específicas. O processo de Globalização das informações da economia, da
cultura, muitas vezes causa estranheza e certos “valores ou condutas sociais”
parecem perder o sentido. Mas isso é e deve ser apenas impressão. Afinal, a
sociedade deve continuar se construindo sobre bases até mesmo milenares,
como a compreensão do que é ser, no sentido, de se conhecer humano, solidário,
cooperador, construtor e transformador dessa mesma sociedade quando
necessário.
69
Segundo, Durkheim o homem necessita ser preparado para a sua
vida na sociedade. Este processo é realizado pela família e também pelas escolas
e universidades. Sendo assim, o objeto da sociologia é o fato social, e a
educação é considerada como o fato social, que permitirá uma maior integração
do indivíduo e também permitirá uma forte identificação com o sistema social.
Apesar de diferenças que separam as correntes sociológicas, existe
entre elas um ponto de encontro: a educação constitui um processo de
transmissão cultural no sentido amplo do termo (valores, normas, atitudes,
experiências, imagens, representações) cuja função principal é a reprodução do
sistema social. Conforme o pensamento de Durkeim, longe de a educação ter por
objeto único e principal o indivíduo e seus interesses, ela é antes de tudo o meio
pelo qual a sociedade renova perpetuamente as condições de sua própria
existência. A sociedade só pode viver se dentre seus membros existir uma
suficiente homogeneidade. A educação perpetua e reforça essa homogeneidade,
fixando desde cedo na alma da criança as semelhanças essenciais que a vida
coletiva supõe.
A Escola deve vir munida de estratégias que permitam o
aluno apropriar-se do saber/conhecimento científico produzido pela sociedade,
para que através desta apropriação se emancipe e transforme sua realidade,
construindo uma sociedade que transmite pela igualdade de direitos e deveres e
pelas oportunidades de sobrevivência, um avanço na melhoria de vida,
favorecendo e respeitando a cultura, raça, origem, credo, sexo, enfim as
diversidades culturais e intelectuais existentes.
70
11.6 - CONCEPÇÃO DE CULTURA
A cultura é resultado das experiências adquiridas pelo homem ao
longo do tempo. Experiências ocorridas em contato com a natureza utilizando
meios de subsistência. É definida como um sistema de signos e significados
criados pelos grupos sociais. Ela se produz “através da interação social dos
indivíduos, que elaboram seus modos de pensar e sentir, constroem seus valores,
manejam suas identidades e diferenças e estabelecerem suas rotinas”, como
ressalta Isaura Botelho (2001,p2).
Quando nos referimos a cultura, não queremos todavia, significar
que ela não ultrapasse os limites da chamada cultura letrada. Temos para nós
que a cultura é muito mais do que aquilo que a escola transmite e até muito mais
do que aquilo que as sociedades determinam como valores a serem preservados
através da educação. Podemos afirmar com Max Scheler que “cultura é
humanização”. E humanização, aqui, se refere ao “processo que nos faz
homens”, quanto ao fato de que os bens culturais também se humanizam. A
história do homem, como história da cultura, é assim, “o processo de
transformação do mundo e simultaneamente do homem”.
As instituições educativas nascidas da necessidade das gerações
mais velhas transmitirem às mais novas os resultados de suas experiências e,
também, com o objetivo de preservar e recriar esses produtos sofrem, todavia na
cultura transplantada, uma minimização de suas funções. O que se tem em vista,
na cultura transplantada, é a imposição e a preservação de modelos culturais
importado, o que diminui a possibilidade de criação e inovação culturais. A
escola, neste caso, segundo Romanelli, é utilizada muito mais para fazer
comunicados do que para fazer comunicação e este papel é desempenhado tanto
71
mais eficazmente, quanto mais o que se pretende com a ação escolar é formar o
espírito ilustrado, não o espírito criador.
Como afirma Paulo Freire, a diversidade cultural é a riqueza da
humanidade. Para cumprir sua tarefa humanista, a escola precisa mostrar aos
alunos que existe outras culturas além da sua, não deixando-o desvalorizar o que
aprendeu ou fez na vida. Mas sim possibilitar novas experiências e novos
caminhos.
A nossa escola não se preocupa em só transmitir conhecimento ao
aluno, mas sim em trabalhar as diferenças culturais, fazendo com que haja um
produto cultural acabado possível de transmissão pela educação escolar.
Na perspectiva Freiriana a cultura vai significar a transfiguração
expressiva de realidades vividas, conhecidas, reconhecíveis e identificáveis
cujas interpretações podem ser feitas por todos os membros de uma formação
histórica particular. Resgata uma concepção de cultura no sentido marxista
como o resultado do fazer do humano na relação com a materalidade e a
história.
11.7 - CONCEPÇÃO DE CIDADANIA E HOMEM
O desenvolvimento da cidadania possibilita o enfrentamento e a
superação das contradições existenciais, através da tomada de atitude que tem
como base a consciência crítica, estruturada a partir de análises reflexivas, onde
o sujeito não é um ser passivo, mas sim ativo e construtor de sua própria
história. Dessa forma, enfatiza-se que a democracia está estreitamente vinculada
72
à prática da cidadania, de modo que os indivíduos consigam atuar com liberdade
e respeito social, construindo uma sociedade sustentável.
A prática da cidadania engloba direitos, deveres e atitudes relativas
ao cidadão, aquele indivíduo que estabeleceu um contrato com seus semelhantes
para a utilização de serviços, bem como o cumprimento de obrigações, como
pagamento de taxas e impostos e de sua participação ativa ou passiva na
administração comum. Por essa abordagem, verifica-se que a cidadania está
incutida em qualquer atitude cotidiana que desencadeie a manifestação de uma
consciência de pertinência e responsabilidade coletiva. Assim, o exercício da
cidadania não se restringe ao exercício do voto ou de outras ações determinadas
por lei. Vai muito além disso. Consiste em usufruir de seus direitos, cumprir
seus deveres e principalmente respeitar os direitos alheios, estejam eles
relacionados aos próprios indivíduos, enquanto pessoas, às comunidades, à
sociedade e ao ambiente. Trata-se de agir com responsabilidade e compromisso
coletivo, maximizando a liberdade de ação, sem desrespeitar limites que se
estabelecem na estrutura social.
Inserido nessa concepção está o homem, o indivíduo coletivo que
participa, contribui e constrói sua própria história, estendendo essa construção
também para a sociedade. Trata-se do sujeito que operacionaliza, que interage,
que anseia e que realiza ações, pautado em seus objetivos próprios e de seus
grupos. O homem é o sujeito que movimenta todo o sistema social e articula
ações que podem estar voltadas para seus interesses individuais ou coletivos.
O homem, em correspondência com a sua natural divisão em ser
individual e ser social, vive como personalidade em diferentes segmentos, que
contemplam a esfera individual e a esfera privada. Está sempre buscando a
satisfação de seus interesses fundamentais, enquanto indivíduo que almeja uma
73
livre existência e enquanto co-partícipe do consórcio humano que anseia o
interesse a um livre desenvolvimento na vida de relação.
Enquanto os direitos que se destinam à proteção da esfera
individual servem para a preservação da personalidade dentro da vida pública,
na proteção da esfera privada remete-se a inviolabilidade da personalidade
dentro de seu retiro, necessário ao seu desenvolvimento e evolução, em seu
mundo particular, à margem da vida exterior. Nessa perspectiva, o estado de
natureza se refere à excelência do EU diante da existência de qualquer
autoridade política. Conclui-se dessa maneira, que todos os homens são
naturalmente livres e iguais. Livres porque cada um é dono de si e norteia suas
próprias ações, segundo suas concepções e iguais porque, com independência
usufruem uma liberdade acordada por todos.
Prepondera-se, pois, uma reflexão ampla sobre o contexto social em
que vivenciamos. Como é a sociedade em que estamos inseridos e que ações
podemos desenvolver para potencializar o exercício da cidadania e o uso fruto
da democracia. É fato que a sociedade se demonstra um tanto heterogênea e, que
grupos sociais se sobressaem, enquanto que outros se submetem à práticas
dominadoras. Diante de tudo o que já se discutiu, conclui-se que não é esta a
sociedade que queremos e que, principalmente, temos condições de transformá-
la a partir de nossas atitudes, desde que deixemos transparecer nossa intenção e
ação cidadã. Em outras palavras, a reflexão acerca dos temas emergentes que
apontam para a construção de uma sociedade menos discrepante e mais
igualitária, considera-se que temos o instrumento de ação ao alcance de nossas
mãos – a educação como fonte, meio e fim para a conquista da soberania e da
autonomia cidadã dentro da sociedade. Somos capazes de assumir a postura de
sujeitos ativos, desde que tenhamos consciência do nosso papel diante de nós
mesmos, diante do outro e diante do meio social. Enfim, somos as peças
74
fundamentais no alicerce social e, trabalhar a sociedade nesse contexto
estruturante acena para uma tomada de posição em que novos paradigmas sejam
contemplados, com vistas a possibilitar a transformação social que tanto se
deseja.
Não se trata de uma realidade utópica. Vai além. Pois é possível
atingir metas quando se propõe a desenvolver um trabalho voltado para o
alcance dos objetivos pré-estabelecidos. Nesse contexto, a sociedade passa a ser
acometida por uma visão inovadora e progressista, em que todos, sem distinção
são seus sujeitos construtores e podem, em conjunto, determinar os rumos a
serem seguidos em situações adversas. No contexto educacional, é preciso
primar pela compreensão da sociedade, abordando esse aspecto, principalmente,
no que se refere à construção social coletiva. Todos são sujeitos operacionais e
ao mesmo tempo estão submetidos aos resultados que podem emergir a partir da
escolha de ações. Assim, a escola deve assumir o papel de colaboradora para a
construção da sociedade, onde não haja discriminações ou privilégios. Todos os
envolvidos na comunidade escolar são educadores co-responsáveis que precisam
contribuir para esse avanço social, favorecendo a construção, reconstrução,
adequação e transformação, quando necessário.
Entretanto, para que esse anseio atinja a dimensão prática e
contribua para o alcance dos objetivos, e essencial que cada membro da
comunidade escolar tenha clara a concepção da sociedade que se deseja, para
que o trabalho se organize de forma engrenada e que todos trabalhem na mesma
linha de pensamento, para que os resultados positivos sejam fruto do trabalho
coletivo. Tal consideração acena para o fato de que na sociedade, ninguém está
só. Tudo está atrelado a uma rede de relações, mesmo que seja uma ação
mínima. E se queremos conquistar o espaço que merecemos e nos é de direito
enquanto cidadãos, precisamos fomentar a união e a democracia. Agindo assim,
75
já estaremos praticando, mesmo que em pequena escala, no âmbito escolar, a
sociedade que teorizamos e desejamos. Trabalhar com fatos concretos, com a
prática cotidiana, nos remete a uma postura coerente com aquilo que
defendemos enquanto educadores preocupados com os nortes e com os ditames
da sociedade.
A sociedade que defendemos se torna exeqüível a partir do trabalho
conjunto, direcionado e dimensionado para a construção responsável e coletiva
do conhecimento que acelera a tomada de decisão, a mudança de postura e a
responsabilidade social.
11.8 - CONCEPÇÃO DE TRABALHO
Aplicação da atividade; serviço; esforço; fadiga; ação ou resultado
de um esforço (Enciclopédia BADEM).O trabalho é uma atividade que está na
base de todas as relações humanas, condicionando e determinando a vida.
É (....) uma atividade humana intencional que envolve forma e
organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida. (Anderez,
1998 p. 13).
Chama-se trabalho o esforço do homem no sentido de criação das
riquezas. Pose ser intelectual ou manual.
O trabalho humano pode duplicar mediante um trabalho mecânico
executado pôr ferramentas ou máquinas que secundam e aumentam o esforço
humano. Em seu sentido econômico trabalho é o desenvolvimento ordenado das
energias humanas, psíquicas ou corporais, com o objetivo voltado à “economia”.
76
Nesta perspectiva entenda o trabalho como ação intencional, o
homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista produz bens.
Porém é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma tranqüila,
estando sobrecarregado pelas relações de poder.
Nenhuma forma de trabalho é vil. Toda ação que visa um fim útil é
trabalho. A criança que vai à escola e faz com amor suas lições está trabalhando,
tanto quanto o seu mestre, que ensina. A mãe que cuida dos filhos, o filósofo
que pensa, o artista que cria, todos estão trabalhando. Não podemos cair no erro
de pensar que somente há méritos nos grandes trabalhos; há pequenos serviços
que são bons: adornar uma mesa, arrumar teus livros....
Nessa perspectiva, nossa escola ressalta a função da educação
vincular-se ao mundo do trabalho, assim como ressalta a LDB Lei nº 9.394/96, no
seu artigo primeiro e inciso segundo:
Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se
desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho,
nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
§ 2º. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e
à prática social.
Desta forma um dos objetivos da educação é vincular-se ao mundo
do trabalho afim de que o educando se aproprie de saber/conhecimentos
essenciais para uma transformação emancipadora.
77
11.9 - CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA
A ciência surge da necessidade de observar fatos e tentar explicá-
los, usando para isto, métodos que vão sendo aprimorados com o tempo.
Para Andery (1980)
“A Ciência é uma das formas do conhecimento produzido pelo homem no decorrer de sua história. Portanto, a Ciência também é determinada pelas necessidades materiais do homem em cada momento histórico ao mesmo tempo em que nela interfere.”
A Ciência proporciona situações que permite mostrar e construir
historicamente frutos da cultura humana sujeita a influências, processos
cumulativos e saltos qualitativos.
No decorrer da história percebemos que a Ciência não pode ser
baseada numa sociedade patrimonial e de status, logo o espaço escolar não deve
ser uma versão reciclada da sociedade que tenta preservar seus membros acima
do interesse dos outros membros da sociedade e outras corporações.
A escola pode e precisa dar uma melhoria de vida às camadas
populares, um saber/conhecimento mais democrático, com equidade social e
solidária.
Desta forma, nossa escola tem a função de garantir a todos
saberes/conhecimentos científicos produzidos pela humanidade, a fim de que
através do conhecimento, e de seus métodos, o educando possa ler o mundo,
interpretá-lo e transformá-lo.
78
11.10- CONCEPÇÃO DE ESCOLA
Os desafios do século XXI, como as transformações aceleradas do
processo produtivo, as novas exigências da cidadania moderna, a revolução da
informática e dos meios de comunicação de massa, trazem à Escola um novo
repensar sobre suas práticas e seu papel como agente impulsionador da
sociedade.
A transmissão de saberes/conhecimentos dentro do ritmo do
sistema educativo constitui um desafio para conciliar os novos conhecimentos e
informações e a velocidade com que as novas tecnologias de comunicação
permitem disseminá-los e processá-los.
Ao incluir a concepção humanística, técnica, científica e político-
social em seu currículo, a Escola efetiva sua participação no processo de
construção e reconstrução da sociedade, vinculando-se ao saber/conhecimento
popular, contextualizando e problematizando com o saber/conhecimento
científico, desta forma, instrumentalizando o educando para suas relações
sociais, e para o mundo do trabalho.
Sendo assim, a organização dos conteúdos curriculares devem
priorizar a análise do cotidiano vivenciado do educando e da sociedade de
forma clara e objetiva, problematizando novas questões que gerem outras
análises e mudanças de procedimentos por parte de ambos.
Considera, assim que os conteúdos curriculares não devem ser
construídos em uma via de mão única pela Escola ou pelo professor, mas atentar
para as demandas sócio-políticas do contexto local sem distanciar-se da
totalidade global.
79
É preponderante constatar que outras formas de práticas sociais
levam o indivíduo à construção de um fator educacional pessoal e particular,
como o convívio familiar, os meios de comunicação em massa e as atividades de
lazer, porém, essas e outras modalidades de educação informal, não são
suficientes para a plena educação formal, onde aliamos conhecimentos
empíricos e científicos que permitam ao educando, visto como um agente
transformador da sociedade vigente, recursos para melhorar ou aprimorar de
forma coerente a sociedade.
A escola, inclusa no contexto social se traduz em instrumento de
resgate e transformação de atitudes, e principalmente ferramenta que alavanca a
construção do conhecimento. Ela é uma ponte que permite o contato entre os
sujeitos e saber/conhecimento, acenado para uma construção ativa, coletiva e
cidadã no que se refere à formação dos indivíduos enquanto construtores de sua
própria história.
A tarefa da escola não se resume em instrumentalizar o aluno para a
compreensão do mundo que o rodeia. No contexto social atual, é imprescindível,
instrumentalizar o educando para o pensamento crítico. Temos que oferecer
condições aos alunos de refletir e tomar decisões sobre questões de sua vida e
dos seres que com ele interagem.
11.11- CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Conhecimento é a ação ou efeito de conhecer, é tomar ciência,
informar, acumular experiência, vivência, ou seja, construir conceitos e
pensares.
80
A humanidade constrói e reconstrói conhecimentos milenarmente, e
toda essa ação demanda esforço e objetivos variados. É um processo contínuo,
no qual o ser humano enriquece e acumula saberes/conhecimentos e esses
saberes/conhecimentos posteriormente permitem e facilitam novas atitudes e
conceituações.
A Escola tem como função primordial acessar esse conhecimento
milenar em forma de subsídios para a reelaboração de novos conceitos
necessários para o embasamento e apropriação de uma percepção diferenciada,
contextualizada, crítica e emancipadora.
A estruturação e as relações disciplinares do currículo escolar tem
como objetivo dispor do saber/conhecimento de forma sistematizada e
processual, instrumentalizando o educando para apropriar-se visando um
desenvolvimento significativo.
O ser humano possui conhecimento adquirido através do senso
comum, ou seja, o conhecimento real, não científico, que é constituído no
cotidiano, de forma espontânea.
Ao longo do desenvolvimento, aprende-se a abstrair e generalizar
conhecimentos aprendidos espontaneamente, mas é bem mais difícil formalizá-
los ou aplicá-los em palavras porque, diferentemente da experiência escolar, não
são conscientes, deliberados ou sistemáticos.
O processo de aquisição de conhecimento é ascendente, isto é,
inicia-se de modo inconsciente e até caótico, de acordo com uma experiência
que não é controlada e encaminha-se para níveis mais abstratos, formais e
conscientes.
81
O processo de aquisição de conhecimento sistemático escolar tem uma
direção oposta à do conhecimento espontâneo, é descendente, de níveis formais
e abstratos para aplicações particulares.
Na prática, o conhecimento espontâneo auxilia a dar significado ao
conhecimento escolar. O conhecimento escolar reorganiza o conhecimento
espontâneo e estimula o processo de sua abstração.
A contextualização, um dos princípios da organização curricular,
facilita a aplicação da experiência escolar para a compreensão, da experiência
pessoal em níveis mais sistemáticos e abstratos e o aproveitamento da
experiência pessoal para facilitar o processo de concreção dos conhecimentos
abstratos que a escola trabalha. Isto significa que a ponte entre a teoria e a
prática, recomendada pela LDB, deve ser de mão dupla.
Cabe a escola desenvolver o conhecimento espontâneo,
encaminhando-o a níveis mais abstratos, formais, conscientes e sistematizados,
com a utilização das competências cognitivas básicas: raciocínio abstrato,
comparação, capacidade de compreensão de situações novas que é a base para a
solução de problemas.
A contextualização é um recurso pedagógico para tornar a
construção de conhecimentos um processo permanente de formação de
capacidades intelectuais superiores.
82
11.12 - CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
O conhecimento não é algo situado fora do indivíduo, a ser
adquirido por meio da cópia real, tão pouco algo que o indivíduo constrói
independentemente da realidade exterior, dos demais indivíduos e de suas
próprias capacidades pessoais. É antes de qualquer coisa, uma construção
histórica e social na qual interferem fatores de ordem antropológicas, culturais e
psicológicas.
Trata-se de uma construção introspecta ao indivíduo, que em posse
do conhecimento, tem condições de realizar ações sob vários aspectos,
utilizando o seu saber para executar e transformar fatos. Considera-se, sob esse
ponto de vista, que o conhecimento deve se traduzir em instrumento de
transformação social e realidade cotidiana, sendo amplo e abrangendo as
diversas visões acerca de um mesmo tema ou questão. Admite-se então que ele
só é real quando se percebe o contexto, quando se percebe as múltiplas facetas e
utilidades do objeto em estudo, sendo possível enfrentar situações inesperadas
com argumentos relevantes, preponderantes e significativos. Conclui-se que o
conhecimento efetiva-se através da aprendizagem.
É correto afirmar, que a construção do conhecimento é,
simultaneamente, processo e produto da interação entre Sociedade, Trabalho,
Cultura, Ciência, Cidadania, Homem, tecnologia, enfim, todos juntos participam
de um sistema em que cada um representa sua própria engrenagem, que
desenvolvendo um trabalho coletivo e cooperativo, alavancam o
desenvolvimento da educação.
O conhecimento, portanto, é resultado de um complexo e intrincado
processo de construção, modificação e reorganização. Na escola esse processo
83
se configura com a mediação do professor, que promove e organiza o processo
de ensino e aprendizagem.
Os fracassos escolares decorrentes da aprendizagem, das pesquisas que
buscam apontar como o sujeito conhece, das teorias que provocam reflexões
sobre os aspectos que interferem no ensinar e aprender, indicam que é
necessário dar novo significado à unidade entre aprendizagem e ensino, uma vez
que, em última instância, sem aprendizagem não há ensino.
O que o aluno pode aprender em determinado momento da
escolaridade depende das possibilidades delineadas pelas formas de pensamento
de que dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos que já
construiu anteriormente e do ensino que recebe. Isto é, a ação pedagógica deve
se ajustar ao que os alunos conseguem realizar em cada momento de sua
aprendizagem, para se constituir em verdadeira ação educativa. Conceber o
processo de aprendizagem como prioridade do sujeito implica valorizar o papel
determinante da interação com o meio social e, particularmente, com a escola.
Situações escolares de ensino e aprendizagem são situações comunicativas, nas
quais os alunos e professores co-participam, ambos com uma influência decisiva
para o êxito do processo.
A organização de atividades de ensino, a relação mediadora entre
professores e alunos, os questionamentos e as controvérsias conceituais,
influenciam o processo de construção de significado e o sentido que alunos
atribuem aos conteúdos escolares. O ensino ganhou valorização em relação à
aprendizagem, criou seus próprios métodos e o processo de aprendizagem ficou
regalado a segundo plano, porque por muito tempo a Pedagogia valorizou o que
deveria ser ensinado, supondo que, como decorrência, estaria valorizando o
conhecimento.
84
Dessa forma há uma expectativa na sociedade atual para que a
educação posicione na linha de frente promovendo um ensino de qualidade
contribuindo para apropriamento dos saberes/conhecimentos por parte de todos
os cidadãos voltando-se à construção da cidadania, não como meta a ser atingida
num futuro distante, mas como prática efetiva de uma ação emancipadora.
11.13 - CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
O currículo é o elemento norteador das práticas escolares, capaz de
delimitar os objetivos e os critérios de avaliação da ação pedagógica, assim
como indicar que conteúdos e metodologias são considerados adequados
(Freitas, 1995) para cada escola. De modo que é importante discutir algumas
alternativas para a organização do trabalho pedagógico da escola, especialmente
nesta área, a fim de contribuir para a formação de uma cultura local que reflita
as necessidades e os anseios da comunidade.
A proposta de organização do conhecimento desta instituição, está
em consonância com o Artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei
nº. 9394/96, que diz:
"Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser completada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela".
A lei ainda deixa expressa a necessidade de se trabalhar com
diferentes áreas do conhecimento que contemplam uma formação plena dos
alunos no que diz respeito aos conhecimentos clássicos e à realidade social e
85
política. No caso desta instituição, as áreas estão representadas por disciplinas.
Na base comum, Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia,
História, Língua Portuguesa, Matemática. Na parte diversificada Língua
Estrangeira Moderna - Inglês
Para a construção de nosso currículo lembramos também do artigo
27, inciso I, da mesma lei, diz que além da educação básica deve-se observar "a
difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos
cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática.”
Tais valores, nas últimas décadas, vinculam-se tanto à diversidade
étnico-cultural (cultura afro-brasileira, africana e indígena, conforme
preconizam as leis 10.639/03 e 11.645/08), quanto aos problemas sociais
contemporâneos (questão ambiental, a necessidade do enfrentamento a
violência, os problemas relacionados à sexualidade e à drogadição), e têm sido
incorporados ao currículo escolar, conforme as diretrizes curriculares do Paraná,
como temas que sejam abordados pelas disciplinas que lhes são afins, de forma
contextualizada articulados com os respectivos objetos de estudo dessas
disciplinas e sob o rigor de seus referenciais teórico-conceituais.
As Diretrizes Curriculares do Paraná, ainda propõe, que o currículo
da Educação Básica ofereça, ao estudante, a formação necessária para o
enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e
política de seu tempo. Esta ambição remete às reflexões de Gramsci em sua
defesa de uma educação na qual o espaço de conhecimento, na escola, deveria
equivaler à idéia de atelier-biblioteca-oficina, em favor de uma formação, a um
só tempo, humanista e tecnológica. Esse é o princípio implícito nas diretrizes
quando se defende um currículo baseado nas dimensões científica, artística e
filosófica do conhecimento. A produção científica, as manifestações artísticas e
86
o legado filosófico da humanidade, como dimensões para as diversas disciplinas
do currículo, possibilitam um trabalho pedagógico que aponte na direção da
totalidade do conhecimento e sua relação com o cotidiano.
Com isso, entende-se a escola como o espaço do confronto e
diálogo entre os conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano
popular. Essas são as fontes sócio-históricas do conhecimento em sua
complexidade.
87
12 - MARCO OPERACIONAL
“Apesar de tudo existe algo que pode mudar, ainda que não se tenha produzido a mudança global e profunda da sociedade e da escola: é o modo de agir dos professores, sua maneira de relacionar-se com os pais e as crianças, os objetivos de trabalho, a maneira de enfocar os conteúdos”. Sem ser algo definitivo, tudo isso pode ir produzindo sérias transformações, na medida em que – e convém não esquecer esse dado – a escola que o povo recebe é muito mais a escola que os professores organizam com sua maneira de ser, de falar e de trabalhar, do que a escola criada pelos organismos ministeriais e pelos textos escolares “. (NIDELCOFF, 1983, p. 19).
12.1 - PRINCÍPIOS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA
Baseando-se em uma gestão democrática, a escola vem definindo
normas de acordo com suas necessidades, considerando os princípios expressos
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, Lei nº9394/96:
Art. 14º. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
A democratização da gestão escolar exige uma compreensão
profunda dos problemas postos pela prática pedagógica, visando a integralização
entre concepção e execução, pensar e fazer, teoria e prática.
A escola está repensando as estruturas de poder e socializando-as,
propiciando a participação coletiva. Nesse repensar, a gestão democrática torna
a escola um ambiente participativo, onde diferentes segmentos atuam nas
88
decisões/ações, administrativo-pedagógicas que se desenvolvem no
estabelecimento de ensino; não é um princípio de fácil consolidação pois, não
basta haver a socialização do poder, trata-se da participação crítica na
construção e gestão do ambiente escolar.
Entre as ações que favorecem a gestão democrática estão:
- Garantir a construção coletiva e implementação do projeto
político pedagógico em cada unidade escolar, num eixo filosófico multicultural
e pluriétnico;
- Assegurar, nos estabelecimento de ensino da rede estadual, a
livre criação de Grêmios estudantis, sendo competência exclusiva dos estudantes
a definição, dos critérios, dos estatutos e demais questões referentes a sua
organização;
- Organização, redimensionamento, fortalecimento e avaliação
contínua dos mecanismos de gestão democrática: conselho escolar, conselho de
classe, eleições, APMF, Grêmio Estudantil entre outros;
- Estabelecer espaço e tempo para a discussão da política
pedagógica, na escola, objetivando o amadurecimento e a interação dos
profissionais, pais e alunos com vista a desenvolver um projeto político
pedagógico e um planejamento participativo, determinado no calendário escolar
ou definido pela comunidade, democraticamente, garantindo o acesso aos seus
direitos, conhecimento e exercício de seus deveres, fazendo de todos co-
partícipes e co-autores no processo educacional;
89
- Elaborar, implementar e avaliar, junto com toda a
comunidade educativa, projetos que enfoquem temas fundamentais de formação
integral de aluno;
- Participação efetiva da comunidade escolar nos diversos
processos educacionais;
- Discussão coletiva da pratica pedagógica e administrativa;
- Administração colegiada.
A escola vem de acordo com a sua necessidade, de acordo com a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, Lei nº9394/96)
proporcionando um ambiente participativo e crítico na construção e gestão do
ambiente escolar.
Entre as ações democráticas temos:
- construção coletiva e implementação do Projeto Político
Pedagógico;
- a livre criação do Grêmio Estudantil;
- organização e fortalecimento do Conselho Escolar, Conselho de
Classe, Eleições, APMF, participação efetiva da comunidade escolar;
- estabelece espaço e tempo para a discussão de política e prática
pedagógica e administrativa;
- elabora projetos para a formação integral do aluno.
Em nossa escola podemos afirmar que fazemos parte integrante do
processo de gestão democrática, a Direção realiza periodicamente reuniões
90
internas entre professores e funcionários a fim de decidir no coletivo todas as
ações necessárias para o bom andamento da escola.
12.2 – CONSELHO ESCOLAR
É um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de
natureza deliberativa, consultiva e fiscalizadora, sobre a organização e a
realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em
conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a
Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento
Escolar, para o cumprimento da função social e específica da escola.
O Conselho Escolar deverá ser constituído por três segmentos.
Primeiro segmento constituído por profissionais da Escola: Diretor,
Pedagoga, Professora, Auxiliar Administrativo e Auxiliar de Serviços Gerais.
Segundo segmento pela comunidade atendida pelo Estabelecimento
de Ensino: alunos e pais.
Terceiro segmento constituído por Movimentos Sociais
Organizados: Instituição, Entidades, Empresas, Profissionais.
Ser membro do conselho escolar é um bom meio para expressar as
opiniões sobre assuntos importantes da escola. Se representa um grupo de
pessoas, tais como os pais ou alunos, terá a oportunidade de expressar o ponto
de vista destas pessoas quando as decisões são tomadas. Também terá
oportunidades regulares de dar conselhos sobre assuntos que afetem a escola.
Aprenderá muito sobre a escola como membro do conselho a ajudará a fazer da
91
escola um lugar ainda melhor. Se é um dos pais de uma criança na escola, os
vossos próprios filhos serão beneficiados. Estará mostrando a eles que se
interessa pela sua educação e que deseja trabalhar para a escola deles.
O Conselho Escolar tem poder de decisão em última instância.
São atribuições do Conselho Escolar:
Elaborar o regimento;
Elaborar o plano administrativo conjuntamente com a direção da escola
sobre a programação e aplicação dos recursos para a manutenção e
conservação da Escola;
Criar e garantir mecanismos de participação efetiva e democrática da
comunidade escolar na definição do projeto político-pedagógico da
comunidade escolar;
Divulgar periódica e sistematicamente informações referentes ao uso dos
recursos financeiros, resultados obtidos e à qualidade dos serviços
prestados;
Convocar assembléias gerais da comunidade escolar ou de seus
segmentos;
Definir o calendário escolar, no que competir à unidade, observando a
legislação vigente;
Fiscalizar a gestão administrativo-pedagógica e financeira da comunidade
escolar;
92
Emitir parecer conclusivo na prestação de contas que demonstra a
aplicação dos recursos financeiros transferidos por Órgãos Federais,
Estaduais e Municipais, à Escola e ou Círculo de Pais e Mestres.
12.3- CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com a responsabilidade de
analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a
efetivação do processo ensino e aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as
informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo
ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de
apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos.
Em nossa escola o Conselho de classe é organizado pela equipe
pedagógica, com a participação do(da) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar e
professores, a equipe apresenta informações para análise e discussão, (uso das
fichas individuais dos alunos com observações sobre o rendimento escolar e
desenvolvimento da aprendizagem), juntamente com dados coletados em fichas
preenchidas no pré-conselho de classe (Pré-Conselho de Classe com toda a
turma em sala de aula, sob a coordenação do professor representante de turma
e/ou pelo pedagogo), fichas essas com informações sobre como vem
acontecendo o processo de ensino-aprendizagem dentro da sala de aula, questões
que envolve reflexões sobre a metodologia, avaliação, objetivos, etc.
Caracterizando uma auto-avaliação do processo, tanto por parte do aluno como
por parte do professor.
93
Cabendo então ao Conselho de classe, verificar e analisar se os
objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos, avaliativos e relações
estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira
coerente com o Projeto Político-Pedagógico e com o Plano de Trabalho Docente
construído.
Desta forma, o Conselho de Classe constitui-se em um espaço de
reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma
coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam
vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e
aprendizagem. Sendo que após estas análises e reflexões, o próximo passo é o
Pós-conselho de classe, que se define como sendo a concretização das
alternativas previstas no conselho de classe, isto é, colocar em prática, todas as
medidas propostas para a melhoria do trabalho educativo.
Se torna então, atribuições do Conselho de Classe, conforme o
nosso regimento escolar: análise das informações sobre os conteúdos
curriculares, encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se
referem ao processo ensino e aprendizagem; propor procedimentos e formas
diferenciadas de ensino e de estudos para a melhoria do processo ensino e
aprendizagem; estabelecer mecanismos de recuperação de estudos,
concomitantes ao processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades
dos alunos, em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;
acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar
os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem; atuar
com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do aluno
para série/ etapa subseqüente ou retenção, após a apuração dos resultados finais,
levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno; analisar
94
pedidos de revisão de resultados finais recebidos pela secretaria do
estabelecimento, no prazo de até 72 (setenta e duas) horas úteis após sua
divulgação em edital.
O Conselho de classe tem características que o diferem dos demais
órgãos colegiados que são:
1. A participação direta dos profissionais;
2. A organização interdisciplinar.
12.3.1- A participação direta dos profissionais
Este tipo de relação promove uma rede de relações envolvendo
diversos profissionais da escola. A participação efetiva e entrelaçada, em função
da análise direta de questões vividas cotidianamente pelos diferentes
profissionais na sala de aula e na escola, propicia o desenvolvimento do
processo educativo de reflexão e discussão coletiva sobre o fazer da escola como
um todo. A participação de alunos e pais é opcional. Mas os alunos estarão
sempre presentes nas reuniões através de seus resultados e desenvolvimento em
classe.
12.3.2- A organização interdisciplinar
Essa é uma das características fundamentais do Conselho de Classe.
Nesse sentido o Conselho de Classe é um órgão deliberativo sobre: objetivos a
serem alcançados; uso de metodologias e estratégias de ensino; critérios de
seleção de conteúdos curriculares; projetos coletivos de ensino e atividades;
formas e critérios de avaliação; formas de avaliação de desempenho do aluno;
95
propostas para sanar dificuldades dos alunos; promover a inter-relação com a
família; adaptações curriculares para alunos com necessidades especiais.
Em nossa escola será organizado por turmas e sendo favorecido
pela utilização de fichas individuais dos alunos, onde constam itens a serem
analisados durante o conselho, tais como: realização de atividades de tarefa de
casa, extra-classe, dificuldades de aprendizagem em uma ou mais disciplinas.
Estabelecemos como prioridade no Conselho de Classe conhecer o
nosso trabalho, levantar dados relevantes sobre o aluno e buscar meios de
repensar o trabalho buscando metodologias adequadas a cada situação.
12.4 - APMF
É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
Estabelecimento de Ensino, que não tem caráter partidário, religioso, racial e
sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros.
A APMF é uma instituição que objetiva servir de ponto básico de
organização para o segmento das famílias dos alunos, uma vez que este é, via de
regra, o segmento menos articulado na realidade escolar.
É uma instituição que auxilia de forma importante a ampliação da
democracia nos processos de gestão e organização da escola.
Tem como objetivos discutir, prestar assistência e proporcionar
condições ao educando para participar de todo processo escolar; promover
entrosamento; gerir e administrar os recursos financeiros próprios e de
convênios; colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar.
96
A Diretoria da Associação é composta de: Presidente; Vice-
Presidente; 1º Secretário; 2º Secretário; 1º Tesoureiro; 2º Tesoureiro; 1º Diretor
Sócio-Cultural Esportivo e 2º Diretor Sócio-Cultural.
12.5 - GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio é a organização dos estudantes na Escola. Ele é formado
apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e
esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de interesse
dos estudantes, que não fazem parte do Currículo Escolar, e também
organizando reivindicações.
É muito importante a criação do Grêmio na Escola, pois ele será um
órgão reconhecido de apoio à Direção Escolar.
O Grêmio Estudantil não terá caráter político-partidário, religioso,
racial e também não deverá ter fins lucrativos.
O Grêmio tem por objetivos:
I – Representar condignamente o corpo discente;
II – Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do
Colégio;
III – Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus
membros;
IV – Promover a cooperação entre administradores, funcionários,
professores e alunos no trabalho Escolar buscando seus aprimoramentos;
V – Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e
educacional com outras instituições de caráter educacional, assim como a
filiação às entidades gerais: UMES (União Municipal dos Estudantes
97
Secundaristas), UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas) e UBES
(União Brasileira dos Estudantes Secundaristas);
VI – Lutar pela democracia permanente na Escola, através do
direito de participação nos fóruns internos de deliberação da Escola.
Em nossa escola, no ano de 2005 houve a divulgação de como
funciona a prática de Grêmio Estudantil, e a eleição da chapa formada pelos
representantes de salas.
Infelizmente desde o ano de 2006 não foi dado continuidade a este
trabalho.
12.6 - ELEIÇÕES
As eleições para Diretor são normatizadas pela SEED- Secretaria
de Estado da Educação, e atualmente o mandato é de 3 anos.
As eleições do Conselho Escolar realizar-se-ão em reunião para
mandato de 2 anos.
A eleição do representante de turmas é realizada através da
indicação dos colegas da sala.
As eleições da APMF realizar-se-ão bianualmente podendo ser
reeleitos por mais 2 mandatos.
98
12.7 - FUNÇÕES ESPECÍFICAS
12.7.1 - Equipe de Direção
Cabe a Direção a gestão dos serviços escolares, no sentido de
garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino.
A direção fica responsável por:
- Convocar e presidir reuniões;
- Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas,
submetendo à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;
- Elaborar e encaminhar propostas de modificações;
- Submeter o Calendário Escolas à aprovação do Conselho Escolar;
- Atender os problemas de natureza pedagógica, administrativa e situações de
emergência;
- Implantar experiências pedagógicas ou inovações de gestão administrativas;
- Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas;
- Analisar os regulamentos do Estabelecimento de Ensino;
- Manter o fluxo de informações entre estabelecimento e os órgãos de ensino;
- Supervisionar a exploração da Cantina comercial;
99
- Administrar seu pessoal e seus recursos financeiros;
- Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aulas estabelecidos;
- Zelar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
- Promover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento.
12.7.2 - Equipe Pedagógica
Diante de uma sociedade em crise, onde os valores humanos e os
chamados “anti-valores” se confundem, a permissividade reinante, precisamos,
cada vez mais, criar oportunidades de os professores, alunos e pais discutirem
sobre questões presentes no dia-a-dia do homem, sobre as quais ele não tem
clareza, sobre a sua verdadeira dimensão e as conseqüências de caminhar nessa
ou naquela direção. A dificuldade que temos hoje, sobre tudo o jovem, de pautar
a conduta dentro de padrões morais e éticos compatíveis com os verdadeiros
valores humanos. Embora a escola não tenha a solução para esses problemas, ela
deve se construir em um espaço excelente de discussão, que muito poderá
contribuir para a formação da consciência crítica de seus alunos.
E, nesse sentido a Equipe Pedagógica deve desenvolver ações que
envolvam a participação dos professores, alunos e pais, isto é, da comunidade
em geral, construindo junto com todos, as melhorias das condições facilitadoras
e desejáveis ao desenvolvimento educacional, para tanto é imprescindível que a
escola tenha em cada período de aula um pedagogo.
100
Assumimos o compromisso de trabalhar com todos embasados no
diálogo, que aproxima e fortalece os vínculos interpessoais, que humaniza as
relações profissionais e incentiva a comunicação das verdades e/ou dúvidas.
Compete à Equipe Pedagógica:
- coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-
Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
- orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em
uma perspectiva democrática;
- participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico
escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação
escolar;
- coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica
Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da
Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais;
- orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao
coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
- promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e
aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração
de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;
101
- participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais
do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
- organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação
sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
- coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção
decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
- subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do
estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de
experiência, debates e oficinas pedagógicas;
- organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de
maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;
- proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade
escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
- coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento
Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;
- participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,
subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da
organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
102
- orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e
demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
- coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de
materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do
Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de
ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando
ações e projetos de incentivo à leitura;
- acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e
Biologia e de Informática;
- propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
- coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;
- colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da
Secretaria de Estado da Educação;
- coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a
partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico
do estabelecimento de ensino;
- acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades a
serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
103
- acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação - Profuncionário, tanto na organização do curso,
quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos
funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;
- promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as
formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
- coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
- acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
- participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;
- orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-
pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial,
conforme legislação em vigor;
- organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de dias
letivos, horas e conteúdos aos discentes;
- orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros Registro de Classe e a
Ficha Individual de Controle de Nota e Freqüência, sendo esta específica para
Educação de Jovens e Adultos;
104
- organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
- organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos
profissionais do estabelecimento de ensino;
- solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação
Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades
educacionais especiais;
- coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto
Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando
encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se
necessário;
- acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,
realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu
desenvolvimento integral;
- acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;
- acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver
necessidade de encaminhamentos;
- orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades
educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares
e no processo de inclusão na escola;
- manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de
alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de
105
informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho
pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;
- assessorar os professores do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas e
acompanhar as turmas, quando o estabelecimento de ensino ofertar o ensino
extracurricular plurilingüístico de Língua Estrangeira Moderna;
- acompanhar as Coordenações das Escolas Itinerantes, realizando visitas
regulares (somente para os estabelecimentos de ensino que servem de Escola
Base para as Escolas Itinerantes);
- orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos para cada
disciplina, na modalidade Educação de Jovens e Adultos;
- coordenar e acompanhar ações descentralizadas e Exames Supletivos, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos (quando no estabelecimento de
ensino não houver coordenação específica dessa ação, com a devida
autorização);
- assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,
alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;
- elaborar seu Plano de Ação;
106
- cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
12.7.3 - Equipe Docente
Segundo o artigo 13 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
nº9.394/96, é de incumbência do professor “zelar pela aprendizagem de seus
alunos”. Essa aprendizagem se compreende a aquisição de competências básicas
e essenciais necessárias ao indivíduo para a sua inserção na sociedade de forma
justa e igualitária.
Zelar pela aprendizagem do aluno, significa também, planejar
condições para a construção de uma aprendizagem significativa.
Frente à proposta pedagógica que a escola pretende seguir, o
professor é um mediador da aprendizagem do aluno; mediador da construção de
sentidos; mediador do saber/conhecimento; reflexivo das suas ações e do
mundo; avalia e ressignifica sua prática pedagógica; cria situações problemas,
observa os alunos nos trabalhos; seja um incentivador da estética da
sensibilidade (curiosidade, afetividade, qualidade, diversidade); zelador da
política da igualdade e da ética da identidade, destacando a responsabilidade, a
solidariedade e a autonomia.
O professor deve estar comprometido em ajudar a administrar as
mudanças que ocorrerem na escola. Ser consistente nas suas relações com todos
os alunos, estabelecer uma atmosfera na quais os estudantes tenham confiança e
auto-estima. Os professores não devem esquecer os seus papéis de líderes e de
107
modelo no processo de qualidade, usando para isso, todas as ferramentas e
técnicas existentes ao seu alcance, no processo de instrução.
É necessário também que os professores saibam se comunicar e
manter relações positivas entre si e com todos os outros funcionários da escola e
estabelecer relações constantes com a comunidade, relacionando sempre suas
aulas com os acontecimentos da sociedade.
12.7.4 – Alunos
Cabe ao aluno:
- Participar ativamente de todas as aulas ministradas pelos
professores;
- Comparecer pontualmente às aulas e demais atividades escolares;
- Participar de todas as atividades programadas e desenvolvidas pelo
estabelecimento de ensino;
- Cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações
escolares;
- Respeitar os direitos de terceiros;
12.7.5 - Agente Educacional I
Tem suas atribuições definidas no Anexo I da lei nº123/97 e poderá
realizar sua qualificação profissional em ou mais das seguintes áreas de
108
concentração:
I – manutenção de infra-estrutura escolar e preservação do meio ambiente;
II – alimentação escolar;
III – interação com o educando.
12.7.6 - Agente Educacional II
Tem suas atribuições definidas no Anexo II da lei nº123/97 e
poderá realizar sua qualificação profissional em ou mais das seguintes áreas de
concentração:
I – administração escolar;
II – operação de multimeios escolares.
Descrição específica da função: Coordenar e supervisionar as
atividades administrativas referente à matrícula, transferência, adaptação e
conclusão de curso, aplicar e observar a legislação que rege o registro de toda a
documentação de alunos; cumprir as obrigações inerentes às atividades
administrativas da secretaria (matrícula, transferência, adaptação, classificação e
reclassificação, aproveitamento de estudos, conclusão de curso): preparar
relatório de freqüência; manipular dados estatísticos para avaliação e
acompanhamento do ensino-aprendizagem; atender os alunos, professores e
demais interessados prestando informações e dando orientações; participar de
eventos, cursos, reuniões no intuito de aprimoramento profissional. Elaborar,
digitar, classificar e arquivar relatórios, formulários, planilhas e outros
documentos. Redigir e digitar memorando, ofícios e outras correspondências.
Preparar, fazer tramitar e arquivar protocolos. Efetuar a entrada e transmissão de
dados, operar fax, tele impressoras e microcomputadores. Agir no tratamento,
recuperação e disseminação de informações.
109
12.8 - PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
A direção de nossa escola tem como linhas de ação promover as
seguintes atividades, juntamente com equipe pedagógica, equipe docente
funcionários, alunos e pais:
- Viagens para os alunos visitarem locais que ampliem a visão sobre os
conteúdos estudados;
- Palestra em parceria com órgãos públicos, secretaria Municipal da Saúde,
Secretaria Municipal da Assistência social, CRAS (Centro de Referência a
Assistência Social), Sanepar, Copel, etc;
- Semana cultural;
- Noite da poesia;
- Noite de talentos;
- Apresentações sobre a Cultura-afro Brasileira e Africana;
- Comemoração do Dia da Consciência Negra;
- Festa Junina ou Julina com toda a comunidade escolar;
- Jogos esportivos com outros Municípios;
- Gincana com temas de relevância social (etapa da reciclagem, etapa cultural
e etapa esportiva);
110
- Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com exposições dos
trabalhos realizados durante o ano letivo;
- Confraternização com professores e funcionários;
- Cantar o hino toda semana;
- Escolha do Professor Coordenador para cada turma e alunos coordenadores
da sala;
- Grupos de estudos na hora-atividade;
- Desenvolvimento do Programa Viva Escola;
- Desenvolvimento do Programa Sala de Apoio à Aprendizagem;
- Execução do Projeto de Violão;
- Apoio a Execução da atividade de Roda de Terapia em parceria com o
CRAS;
- Orientação individual para família e educando que enfrente problemas no
processo educativo escolar;
- Participação no Fera Com Ciência;
- Participação no Desfile de 7 de setembro;
- Participação no JOCOPS- Jogos Colegiais do Paraná;
111
- Confraternização para comemoração da conclusão dos educando da 8ª
série/9ºano;
- Participação na OBMEP- Olimpíada Brasileira de Matemática;
- Participação na Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa;
- Participação na Olimpíada Brasileira de Astronomia;
12.9 - O MÉTODO DE ENSINO ADOTADO PELA ESCOLA
Trabalhamos segundo a proposta da SEED – Secretaria de Estado
da Educação do Paraná, nos embasados na pedagogia Histórico Crítica,
fundamentada pela concepção teórica de Saviani, seu método pedagógico tem
como primeiro passo (Saviani -2006, p.70) a Prática Social. Esse momento é
comum a professores e alunos, embora do ponto de vista pedagógico professores
e alunos apresentem diferentes níveis de conhecimento e experiência desta
prática social. De um lado, o professor detém conhecimentos culturais e de
experiências que serão articulados à prática social, uma visão denominada
sintética. De outro lado os alunos apresentam uma visão sincrética, desordenada
do conteúdo abordado, refletida por meio de suas experiências informais,
fundamentais neste caminho.
Gasparin (2003, p.16-25) expressa essa primeira etapa do processo
como sendo o contato inicial com o tema a ser estudado. Parte-se do saber que
os discentes já possuem do conteúdo, definida por Vygotski como nível de
desenvolvimento atual, quando possuem uma visão sincrética da prática social.
112
Geralmente, nesta fase o aluno apresenta um conhecimento baseado no senso
comum, fundamentado na sua realidade, ou no conhecimento oriundo da escola,
estudado em algum período letivo. Este processo acontece de forma instigante,
onde o professor irá se inteirar do que o aluno já sabe, possibilitando para ambos
uma relação de diálogo.
É necessário lembrar que a Prática Social Inicial não é uma
motivação que acontece somente no começo do estudo da unidade e que se
esquece à medida que os demais passos da aprendizagem vão se sucedendo.
Consiste numa contextualização, num pano de fundo sobre o qual se trabalha um
conteúdo. Por isso é retomada, regularmente, em cada uma das outras fases da
metodologia. É uma presença constante.
Em relação aos procedimentos práticos, citado anteriormente,
Saviani classifica-os como: “anúncios dos conteúdos, que consiste na listagem
da unidade e dos tópicos a serem trabalhados, e vivência cotidiana dos
conteúdos, expondo o que os alunos já sabem e o que gostariam de saber”.
A aprendizagem ocorre com mais facilidade quando o aluno
relaciona o conceito científico com o senso comum dominado por ele. Vygotski
(apud Gasparin 2003, p.17) afirma: Em essência a escola nunca começa no
vazio. Toda aprendizagem com que a criança depara na escola sempre tem uma
pré-história. Por exemplo, a criança começa a estudar aritmética na escola.
Entretanto, muito antes de ingressar na escola ela já tem certa experiência no
que se refere à quantidade: já teve oportunidade de realizar, essa ou aquela
operação, de dividir de determinar grandeza, de somar e diminuir [...] a
aprendizagem escolar nunca começa no vazio mas sempre se baseia em
determinado estágio de desenvolvimento, percorrido pela criança antes de
ingressar na escola. A prática docente, tomando como base a articulação do
113
saber espontâneo do aluno com o conhecimento científico, dará a oportunidade
ao educando de dialogar com o educador e com os colegas em sala de aula sobre
a sua realidade, em relação a determinado conteúdo, tornando favorável a
incorporação de novos conhecimentos.
O segundo passo da Pedagogia Histórico-Crítica é a
Problematização. “Trata-se de detectar que questões precisam ser resolvidas no
âmbito da prática social e, em conseqüência, que conhecimento é necessário
dominar” (Saviani,2006, p.71). Nesta fase do método, a construção do
conhecimento escolar situa-se na problematização do conteúdo em relação ao
cotidiano das pessoas e da sociedade, e o questionamento da real necessidade de
se apropriar desses conteúdos. Gasparin (2003, p.49-50) afirma que: A
Problematização representa um desafio para professores e alunos. Trata-se de
uma nova forma de considerar o conhecimento, tanto em suas finalidades sociais
quanto na forma de comunicá-lo e construí-lo.
Para o professor implica uma nova maneira de estudar e preparar o
que será trabalhado com os alunos: o conteúdo é submetido a dimensões e
questionamentos que exigem do mestre uma reestruturação do conhecimento
que já domina. O conteúdo é entendido como uma construção histórica não
natural, portanto, uma construção social historicizada para responder as
necessidades humanas. As perguntas elaboradas nesta etapa não são respondidas
aqui, mas sim na fase da instrumentalização, quando os alunos estão
efetivamente construindo, de forma mais elaborada, seu conhecimento, seus
conceitos. A Problematização é o fio condutor de todo o processo de ensino-
aprendizagem. Todavia, este momento é ainda preparatório, no sentido em que o
educando, após ter sido desafiado, provocado, despertado e ter apresentado
algumas hipóteses de encaminhamento, compromete-se teórica e praticamente
com a busca de solução para as questões levantadas.
114
O terceiro passo da Pedagogia Histórico-Crítica é a
Instrumentalização, são as ações didático-pedagógicas para a aprendizagem.
Saviani (2006, p.71) descreve como instrumentalização o momento em que o
professor, por meio da ação docente transmite aos educandos os conhecimentos
científicos construídos pela humanidade de forma a libertá-los do estado de
ignorância, e consequentemente das diferenças sociais em que vivem. Nesta
etapa, ocorre a apropriação dos instrumentos teóricos e práticos que depende da
transmissão dos conhecimentos do professor. Há a relação triádica, marcada
pelas determinações sociais e individuais representadas pelos alunos, pelo
professor, mediador do conhecimento científico e o conteúdo, objeto do
processo educativo. Assim, quando se fala em transmissão e em assimilação de
conhecimentos, não se está referindo aos processos tradicionais, Escolonovista
ou Tecnicista de ensino, mas, sim, a uma nova forma de apropriação do saber.
Trata-se da Teoria Histórico-Cultural, que enfatiza a importância da interação
dos indivíduos entre si, enquanto sujeitos sociais, e da relação destes com o todo
social no processo de aquisição dos conhecimentos escolares. Gasparin (2003,
p.54).
Essa fase é denominada por Vygotski de zona de desenvolvimento
proximal, quando os conceitos científicos se formam. Nesta etapa, é
imprescindível o papel do professor, pois por meio de sua ação docente,
planejada de forma dinâmica e disponibilizada de recursos necessários para o
processo de aprendizagem, é que o aluno incorpora os conhecimentos
científicos.
O conhecimento científico, no contexto escolar, se constrói no
educando por meio da mediação do educador, onde os conhecimentos
espontâneos, expostos pelos educandos, estabelecem relações com os
conhecimentos científicos, transmitidos pelo professor, para que dessa forma, o
aprendiz atinja um nível de desenvolvimento superior.
115
Esta fase da pedagogia Histórico- Crítica, é mencionada por
Saviani (2006, p.80), como uma ação pedagógica e ao mesmo tempo política,
pois se refere ao momento de apropriação, pelas camadas populares, das
ferramentas culturais necessárias à luta social para superar a condição de
exploração em que vivem.
O quarto passo da Pedagogia Histórico-Crítica é a Catarse, se
refere à efetiva incorporação dos conteúdos agora em elementos ativos de
transformação social. É a síntese do processo, no sentido em que o educando
pode se posicionar em relação ao que aprendeu. É a apropriação do saber pelo
educando, a passagem da síncrese para a síntese, “a capacidade dos alunos
expressarem uma compreensão da prática em termos tão elaborados quanto era
possível ao professor” (Saviani, 2006, p.72).
Gasparin(2003, p. 133) em relação aos procedimentos didáticos,
nesta fase destaca:
a) elaboração teórica da nova síntese: o educando deverá ser capaz de
manifestar a que conclusão chegou sobre o conhecimento desenvolvido, seu
novo entendimento sobre o conteúdo.
b) expressão prática da nova síntese: o educando por meio de
produção do conhecimento, que faz parte do processo pedagógico, irá expressar
sua nova apreensão do conteúdo por meio da avaliação.
Esta atividade pedagógica poderá ser realizada de maneira formal
ou informal, e por meio de diferentes instrumentos e recursos, salientando que
este processo avaliativo não ocorre apenas nesta fase, mas durante o decorrer de
todas as atividades, porém é neste momento que se atinge a culminância do
processo intelectual, devendo ser sistematizado nesta etapa.
116
O quinto e último passo da Pedagogia Histórico-Crítica é a Prática
Social definida agora como ponto de chegada, em que os alunos atingem uma
compreensão que supostamente já se encontrava no professor no ponto de
partida. A prática social neste sentido é alterada qualitativamente pela mediação
da ação pedagógica, a qual propicia ao educando uma nova maneira de
compreender a realidade e agir sobre ela.
12.10 - CURRÍCULO E PLANO DE TRABALHO DOCENTE
Se propõe a construção de um currículo flexível, capaz de atender
às demandas de cada nível e modalidade de ensino ofertados. Trata-se de
considerar o currículo não só como elemento organizador das práticas escolares,
mas num sentido mais amplo, como elemento mediador entre a escola e a
sociedade. É através dele que se possibilita a construção da ação pedagógica por
meio de interações entre os conhecimentos construídos na prática social e
transmitidos, organizados e transformados na prática escolar.
Em atenção ao que dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) – Lei n° 9.394/96 – a construção da flexibilidade curricular,
deve se consolidar em relação:
à organização curricular como reflexo da cultura local, sem perder de
vista os objetivos e as finalidades da educação nacional;
às peculiaridades de cada modalidade de ensino;
ao atendimento às pessoas que têm necessidades educativas especiais;
às peculiaridades dos povos indígenas.
117
A construção do currículo, nesse sentido, atenderá os resultados de
reflexões e discussões coletivas, possibilitando à escola a opção por esta ou
aquela forma de organização curricular. Pois é através da construção e da prática
do currículo que se terá delineado o tipo de homem que se quer formar, de modo
que conteúdos, metodologias, práticas e posturas pedagógicas convertam-se na
construção da cidadania que se deseja e promovam a afirmação do
conhecimento e do saber elaborado.
Conforme Legislação, o Currículo da Escola Estadual Humberto de
Alencar Castelo Branco, vem sendo construído e executado em consonância
com o que versa a Lei 10 639/2003 que altera a LDB 9394/96 em seus artigos
26A – obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e seus
conteúdos curriculares e 79B sobre o dia 20 de novembro - Dia da Consciência
Negra. A abordagem da temática se dá a partir do trabalho com conteúdos
curriculares, como História da África e dos Africanos; A luta dos negros no
Brasil; A cultura negra brasileira e o Negro na formação da sociedade nacional.
E ainda, faz alusão à Lei nº 11 645/2008, que ratifica a obrigatoriedade da
História e Cultura Afro-Brasileira; inclui a História e Cultura Indígena; e
acrescenta novos conteúdos relativos à participação do índio na formação da
sociedade nacional e as contribuições dos povos indígenas em diferentes áreas.
Nos preocupamos sempre com a organização dos conteúdos e a
metodologia adotadas, procurando nos últimos anos estar em consonância com
os princípios sócio-interacionista, em que o professor é o mediador de
conhecimentos, não ficando preso à quantidade, mas à qualidade desse
conhecimento. Para tanto há de permitir a presença da transposição didática,
modificando o conhecimento, objeto de ensino, em objeto ensináveis, em
condição de ser aprendido pelo aluno.
118
A presença da interdisciplinaridade estará presente durante toda a
organização dos conteúdos e durante todo o processo educativo, para que haja
uma maior interação das disciplinas do currículo escolar, uma maior integração
e engajamento dos educadores, para um trabalho conjunto, superando assim a
fragmentação do ensino e objetivando a formação integral dos alunos, para sua
promoção global e crítica do mundo.
A contextualização é outra estratégia norteadora que deve
fundamentar o trabalho pedagógico. Contextualizar o conteúdo que, se
aprendido, significa em primeiro lugar assumir que todo conhecimento envolve
uma relação entre o educando (sujeito) e o conteúdo (objeto). E é um recurso
que se tem, de tirar o aluno da condição de espectador passivo, provocando um
aprendizado mais significativo, mobilizando o aluno a estabelecer entre ele o
objeto do conhecimento uma relação de reciprocidade. Evocando para isto área,
âmbito ou dimensões presentes na vida pessoal, social e cultural. Através da
contextualização a escola constrói as competências nos alunos, envolvendo-os
não só intelectualmente, mas também afetivamente.
Nessa concepção de currículo, as disciplinas da Educação Básica,
conforme as Diretrizes Curriculares Educacionais do Estado do Paraná, terão em
seus conteúdos estruturantes, os campos de estudo que as identificam como
conhecimento histórico. Dos conteúdos estruturantes organizam-se os conteúdos
básicos a serem trabalhados por série, compostos tanto pelos assuntos mais
estáveis e permanentes da disciplina quanto pelos que se apresentam em função
do movimento histórico e das atuais relações sociais. Esses conteúdos,
articulados entre si e fundamentados nas respectivas orientações teórico-
metodológicas, farão parte da proposta pedagógica curricular de cada disciplina
de nossa escola.
119
A partir da proposta pedagógica curricular, o professor elaborará
seu plano de trabalho docente, documento de autoria, vinculado à realidade e às
necessidades de suas diferentes turmas e escolas de atuação. No plano, se
explicitarão os conteúdos específicos a serem trabalhados nos trimestres do ano
letivo, bem como as especificações metodológicas que fundamentam a relação
ensino/aprendizagem, além dos critérios e instrumentos que objetivam a
avaliação no cotidiano escolar.
12.11- MATRIZ TEÓRICA
12.11.1- Matutino
DISCIPLINAS 5ª 6ª 7ª 8ª
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 3 4
120
BASE
NACIONAL
COMUM
Educação Física 3 3 3 3
Ensino Religioso 1 1 0 0
Geografia 3 3 4 3
História 3 3 3 3
Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
SUB-TOTAL 23 23 23 23
PARTE
DIVERSIFICADA
L.E.M. - Inglês 2 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
12.11.2- Vespertino
DISCIPLINAS 5ª 6ª 7ª 8ª
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 3 4
Educação Física 3 3 3 3
121
BASE
NACIONAL
COMUM
Ensino Religioso 1 1 0 0
Geografia 3 3 4 3
História 3 3 3 3
Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
SUB-TOTAL 23 23 23 23
PARTE
DIVERSIFICADAL.E.M. - Inglês 2 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
12.11.3- Noturno
DISCIPLINAS 5ª 6ª 7ª 8ª
Arte 2 2 2 2
Ciências 4 4 3 4
Educação Física 3 3 3 3
122
BASE
NACIONAL
COMUM
Ensino Religioso 1 1 0 0
Geografia 3 3 4 3
História 3 3 3 3
Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
SUB-TOTAL 23 23 23 23
PARTE
DIVERSIFICADA
L.E.M. - Inglês 2 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25 25
12.12 - LINHAS DE AÇÃO DAS DISCIPLINAS
12.12.1 - Arte
- Desenvolvimento do Projeto Valores Humanos;
- Exposições de trabalhos realizados pelos educandos;
- Participação nas datas comemorativas;
- Participação no dia da Consciência Negra;
123
- Participação na Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com
exposição dos trabalhos realizados durante o ano;
- Participação no FERA;
12.12.2 -Ciências
Palestras em parceria com equipe da saúde do município:
Prevenção às Drogas;
Sexualidade;
Nutrição;
Higiene Bucal;
Dengue.
- Semana Cultural: Teatro, música relacionados ao Meio Ambiente;
- Confecção de cartazes informativos expostos no pátio escolar, relacionados a
datas comemorativas a respeito da saúde, meio ambiente e cultura afro-
brasileira e africana;
- Participação na Olimpíada de Astronomia;
- Participação no Evento promovido pela Secretaria de Educação Com Ciência.
- Agenda 21 – Datas do dia da água, meio ambiente, da árvore, do rio.
- Palestras em parceria com a Sanepar, secretaria da agricultura do município,
profissionais liberais como engenheiro florestal e engenheiro agrônomo;
- Desenvolvimento do Programa Agrinho;
124
- Desenvolvimento de atividades lúdicas no portal dia-a-diaeducação.pr.gov.br
- Participação na mostra cultural promovida pela escola no final do ano letivo.
12.12.3 - Educação Física
Torneios e Campeonatos
- Realização de torneios e campeonatos de futsal, voleibol, handebol e
basquetebol, com a participação dos alunos.
- Participação nos JOCOPS- Jogos Colegiais do Paraná – participação de alunos
preparados através de treinamentos específicos.
- Participação nos JAMBS- Jogos Abertos Municipais de Borrazópolis-
promovido pela secretaria do Esporte e Cultura, participação de todos os alunos
em diversas modalidades: tênis de mesa, xadrez, atletismo, futsal, voleibol,
handebol e basquetebol.
Festival de Atletismo
- participação no festival de atletismos promovido pela secretaria de esporte e
cultura do município.
Gincana Cultural e Esportiva
- Organização da Gincana: regulamento, competição e pontuação.
Atuação nos eventos promovidos pela escola, por outras disciplinas:
- Desfile 7 de Setembro;
- Noite da Poesia e Noite de talentos;
125
Festa Junina – Quadrilha;
- Passeios e excursões
- Participação na Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com
exposição dos trabalhos realizados durante o ano;
12.12.4 - Ensino Religioso
- Palestras;
- Apresentações de trabalhos para a escola.
- Participação na Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com
exposição dos trabalhos realizados durante o ano;
12.12.5 - Geografia
De acordo com as Diretrizes Curriculares Educacionais do Estado
do Paraná, a compreensão do processo de produção e transformação do espaço
geográfico é fundamental para o ensino de Geografia. Para isso, vários
instrumentos serão utilizados em sala de aula, além de estratégias, recursos e
metodologias, como:
- Dia da leitura geográfica, observando a boa leitura, a expressão oral e a
interpretação;
- Análise e leitura de mapas, tabelas, figuras, fotos e imagens;
- Músicas na TV Multimídia;
126
- Pesquisas na internet;
- Confecção de mapas, tabelas e gráficos;
- Recortes de filmes para análises;
- Montagem de portifólios;
- Participação em concursos nacionais, estaduais e municipais;
- Participação na comemoração do dia da Consciência Negra – 20 de novembro;
12.12.6 - História
Fazendo parte do processo histórico no decorrer do tempo,
necessitamos ter um aprofundamento sobre os fatos passados para compreender
a história atual, que passa a viver dentro de um processo mais rápido no mundo
globalizado cada vez excludente, onde a pequena massa dominante monopolista
as ordens sociais que fazem a história ser constituída.
Iremos desenvolver na disciplina de história:
Projeto: Negros Cultura e Costumes. Novembro: Dia da
“Consciência Negra”.
Projeto: Conhecendo a história através da leitura. Durante o ano
todo.
Semana Cultural: Noite da Cultura Afro Brasileira.
127
- Participação na Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com
exposição dos trabalhos realizados durante o ano;
12.12.7 - Língua Portuguesa
Estamos desenvolvendo técnicas e atividades de Interpretação de
texto, produção, leitura e compreensão do vocabulário, através de atividades
variadas como:
- coletânea de textos;
- leitura de textos literários longos e curtos;
- produção de textos;
- uso do dicionário;
- jogos educativos;
- atividades culturais.
- Participação na Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com
exposição dos trabalhos realizados durante o ano;
12.12.8 - Matemática
- Participação na Olimpíada Brasileira de Matemática – OBMEP
- Jogos no laboratório de informática;
- Utilização do Portal da Educação para enriquecimento;
- Trabalho interdisciplinar com a disciplina de Arte;
- Exposição de trabalho de Geometria;
- Participação na Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com
exposição dos trabalhos realizados durante o ano;
- Confecção de gráficos e tabelas;
128
- Desenvolvimento de atividades contextualizadas com temas relacionados a
saúde, meio ambiente, cultura afro-brasileira e africana.
12.12.9 - Língua Estrangeira Moderna - Inglês
- Trabalhos envolvendo músicas, apresentação dos alunos, imagens, montagem
de coletâneas de textos, pesquisas com o uso da internet, produção de livrinhos e
pastas.
- Participação na Mostra Cultural realizada no final do ano letivo, com
exposição dos trabalhos realizados durante o ano;
12.13 - AGENDA XXI
A Agenda XXI estará sendo implementada por uma equipe
coordenadora em consonância com todos os demais membros da comunidade
escolar, com a participação de todas as disciplinas.
Elucidando o compromissos pautados e assumidos nessa agenda
pelo coletivo. Estará sendo promovido a integração de relações entre: homem-
natureza; aluno-aluno; professor-aluno; família-escola; escola-comunidade,
através da inserção de projetos interdisciplinares, embasados em parcerias que
podem se estender ao setor público, privado, ONGs e outros, a partir de
palestras, debates, excursões, ações locais que sejam exeqüíveis e permitam o
sucesso do processo educativo em sua amplitude.
12.14 - LINHAS DE AÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS
129
Consideramos como funcionários a Equipe de Direção, Equipe
Pedagógica e os Agentes Educacionais I e II. Consideramos que além de
participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as
atividades específicas do seu setor, os funcionários devem participar ativamente
do processo de ensino aprendizagem, viabilizando o que se faz necessário para o
bom trabalho educativo do professor dentro da sala de aula, enfim, um conjunto
de profissionais empenhados para um só objetivo a educação.
12.15 - EDUCAÇÃO INCLUSIVA
A educação inclusiva é um processo em que se amplia a
participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular.
Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas
vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos.
É uma abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito
e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal
e a inserção social de todos.
O objetivo geral do Sistema Escolar Inclusivo é garantir o acesso
de todas as crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais ao
sistema educacional público.
Um sistema educacional só pode ser considerado inclusivo quando
abrange a definição ampla deste conceito, nos seguintes termos:
130
- Reconhece que todas as crianças podem aprender;
- Reconhece e respeita diferenças nas crianças: idade, sexo, etnia, língua,
deficiência/inabilidade, classe social, estado de saúde (HIV, TB, hemofilia,
Hidrocefalia ou qualquer outra condição);
- Permite que as estruturas, sistemas e metodologias de ensino atendam as
necessidades de todas as crianças.
A escola inclusiva é aquela que acomoda todos os alunos
independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais,
lingüísticas ou outras, sendo o principal desafio desenvolver uma pedagogia
centrada no aluno, uma pedagogia capaz de educar e incluir além dos alunos que
apresentem necessidades educacionais especiais, aquelas que apresentam
dificuldades temporárias ou permanentes na escola, as que estejam repetindo
anos escolares, as que sejam forçadas a trabalhar, as que vivem nas ruas, as que
vivem em extrema pobreza, as que são vítimas de abusos, as que estão fora da
escola, as que apresentam Altas Habilidade/Superdotação, pois a inclusão não
aplica-se apenas aos alunos que apresentam alguma deficiência.
O desafio é construir e pôr em prática no ambiente escolar uma
pedagogia que consiga ser comum ou válida para todos os alunos da classe
escolar, porém capaz de atender aos alunos cujas situações pessoais e
características de aprendizagem correspondentes requeiram uma pedagogia
diferenciada. (BEYER, 2006)
Uma Proposta Pedagógica centrada nas necessidades educacionais
especiais, considerando as severas ausências de interações, comunicação e
linguagem e, também, as alterações de atenção e comportamento que esses
alunos podem apresentar.
131
12.16 - ADAPTAÇÕES CURRICULARES
As adaptações curriculares constituem as possibilidades
educacionais de atuar frente às dificuldades de aprendizagem dos alunos
e tem como objetivo subsidiar a ação dos professores.
As adaptações curriculares constituem num conjunto de
modificações que se realizam nos objetivos, conteúdos, critérios, procedimentos
de avaliações, atividades, metodologias para atender as diferenças individuais
dos alunos.
Essas adaptações visam promover o desenvolvimento e a
aprendizagem dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais,
tendo como referência a elaboração do projeto pedagógico e a implementação de
práticas inclusivas no sistema escolar e essas adaptações pressupõem-se que se
realize quando necessário, para torná-lo apropriado às peculiaridades dos alunos
com necessidades especiais.
Em nossa escola realizaremos as adaptações nos seguintes níveis:
Adaptações no nível do currículo escolar, que devem focalizar,
principalmente, a organização escolar e os serviços de apoio, propiciando
condições estruturais que possam ocorrer no nível de sala de aula e no nível
individual.
Adaptações relativas ao Plano de trabalho docente, que se referem,
principalmente, à programação das atividades elaboradas para sala de aula.
132
Adaptações individualizadas, que focalizam a atuação do professor
na avaliação e no atendimento a cada aluno.
Nesse processo de construção de um currículo inclusivo o papel da
escola é o de assumir o compromisso de oportunizar a todos possibilidades de
desenvolvimento e aprendizagem.
Para conseguir alcançar esta meta a escola precisa:
- Reforçar comportamentos socialmente aceitáveis e estabelecer limites e regras;
- Manter uma Linguagem única entre professores e todos os funcionários da
escola;
- Não excluir;
- Identificar comportamentos de risco e encaminhar aos atendimentos
necessários;
- Acolher a família e o aluno, e trabalhar em conjunto para busca de alternativas;
- Não expor os alunos ao perigo.
Desta forma é importante para que tenhamos sucesso:
- Professores e funcionários da escola conheçam a deficiência que o aluno
apresenta, quais as formas que ele consegue aprender;
- Seja realizado um trabalho com as adaptações curriculares necessárias;
- Os pais sejam orientados quais os conteúdos básicos que seu filho tem que
aprender naquela série;
- Os alunos tenham acesso ao apoio especializado;
- O professor da sala regular oportunize um atendimento individualizado.
133
12.17 - APOIO ESPECIALIZADO
Nossa escola oferece como apoio especializado a Sala de Recursos
nas séries finais do Ensino Fundamental, na área da Deficiência Intelectual e/ou
Transtornos Funcionais Específicos. Está estabelecida na Instrução Nº 013/08 da
SUED/SEED, é um serviço especializado, de natureza pedagógica que apoia e
complementa o atendimento educacional realizado em Classes Comuns do
ensino Fundamental de 5ª série/6ºano a 8ª série/ 9º ano.
Sabemos que os serviços de apoio especializados na rede regular de
ensino visa o atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais
em diversas áreas, e que houveram muitos avanços no sentido de incluir e
possibilitar a integração a todos os alunos com necessidades especiais, porém
ainda existem situações a serem superadas, e que efetivarão ainda mais o
processo de inclusão.
Apesar das dificuldades nossa comunidade escolar vem se
inteirando a respeito de assuntos relacionados a inclusão, os professores
participam ativamente, trocando experiências com o professor especializado da
sala de recursos, e por parte dos alunos a integração foi excelente, é visível o
respeito que eles vem conquistando, desta forma vê-se que cada vez mais
estamos nos tornando uma escola inclusiva.
Atualmente, recebemos Nota Técnica MEC/SEEESP Nº11,
contendo orientações para a institucionalização na Escola, da Oferta do
Atendimento Educacional Especializado – AEE em Sala de Recursos
Multifuncionais.
134
Uma política pública que assume em sua centralidade as condições
de acesso, participação e aprendizagem de todos os alunos nas escolas regulares,
em igualdade de condições.
De acordo com essas diretrizes, no art. 5º, o AEE (Atendimento
Educacional Especializado) é realizado prioritariamente na sala de recursos
multifuncionais da própria escola, no turno inverso da escolarização, não sendo
substitutivo às classes comuns. A elaboração e execução do Plano de
atendimento educacional especializado são de competência dos professores que
atuam nas salas de recursos multifuncionais em articulação com os demais
professores do ensino comum, com a participação da família e em interface com
os demais serviços setoriais.
Já recebemos vários materiais didáticos, recursos pedagógicos,
equipamentos tecnológicos que irão auxiliar e enriquecer o desenvolvimento do
trabalho na sala de recursos multifuncional. Contamos com professora habilitada
para a função e a partir de agosto de 2010 a sala já será montada para o AEE
(Atendimento Educacional Especializado), cumprindo com todas as exigências
para a sua institucionalização.
12.18 - EDUCAÇÃO DO CAMPO
Considerando que um número significativo de educandos de
nossa escola, tem vínculo com a vida no campo, prima-se pela a valorização da
contribuição da cultura do campo para a sociedade, possibilitando uma auto-
afirmação da identidade dos povos do campo, da sua cultura, enfim, sua história
social e política. Trata-se de promover a construção de posturas e tomadas de
atitudes acerca das práticas que envolvem o meio rural, agregando-as ao modo
de vida contemporâneo, lutando pela emancipação de políticas públicas que
135
garantam o respeito a essa população. Para tanto, procura-se tomar como
referência para o trabalho pedagógico, a cultura, os saberes da experiência, a
dinâmica dos moradores do campo, tornando mais palpável os objetos de estudo,
articulando esses conhecimentos a conteúdos que permitem esse paralelo.
Assim, se está colaborando para que a cultura seja gerada na prática
social produtiva dos povos do campo, bem como sua apresentação inclusiva na
comunidade escolar.
12.19- EDUCAÇÃO FISCAL
O Programa Nacional de Educação Fiscal - PNEF tem como objetivo
promover e institucionalizar a Educação Fiscal para o efetivo exercício da
cidadania, visando ao constante aprimoramento da relação participativa e
consciente entre o Estado e o cidadão e da defesa permanente das garantias
constitucionais.
Alicerça-se na necessidade de compreensão da função socioeconômica
do tributo, da correta alocação dos recursos públicos, da estrutura e
funcionamento de uma administração pública pautada por princípios éticos e da
busca de estratégias e meios para o exercício do controle democrático.
A implantação do PNEF é de responsabilidade do Grupo de Trabalho
de Educação Fiscal – GEF, composto por representantes de órgãos federais,
estaduais e municipais, a quem compete definir a política e discutir, analisar,
propor, monitorar e avaliar as ações do Programa.
136
Para que isso aconteça vários educadores de nossa escola tem
participado de curso on-line sobre este tema, usam um material pedagógico,
composto por quatro Cadernos, o qual tem como objetivo contribuir para a
formação permanente do indivíduo, na perspectiva da maior participação social
nos processos de geração, aplicação e fiscalização dos recursos públicos.
Buscam adequar seus conteúdos aos fatos sociais, políticos e econômicos que
constroem o dinamismo da história, bem como incorporar temas relacionados às
novas bases de financiamento da educação básica e aos avanços promovidos
pelo poder público e pela sociedade na transparência e no controle das finanças
do Estado.
Neste sentido nossa escola desenvolverá atividades no decorrer do ano
letivo envolvendo as disciplinas de diferentes áreas do conhecimento com os
seguintes objetivos:
perceber a verdadeira realidade política, econômica e social em que se
está inserido;
identificar e investigar no entorno da escola, de sua comunidade ou
ambiente de trabalho, temas relevantes da vida social;
inserir no currículo escolar temas que revelem as relações de poder,
ideologias e culturas;
debater na escola perspectivas de mundo, de sociedade e de ser humano;
construir diálogos entre a comunidade e a escola de forma a favorecer a
superação dos problemas e a transformação social.
associar os deveres de contribuinte aos direitos de participar dos
processos decisórios de alocação dos gastos públicos;
reconhecer o papel do cidadão na construção de uma nação livre, justa e
solidária;
conceituar a educação fiscal;
137
conhecer a história e a constituição do PNEF, os valores que o orientam,
sua missão, diretrizes , objetivos, abrangência e modos de gestão.
12.20 - DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Durante a construção do currículo é imprescindível que o coletivo
escolar atente para as considerações acerca de temáticas atuais que se
constituem em Desafios Educacionais Contemporâneos. Para tanto, o coletivo
da Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco, decide implementar
nas práticas curriculares os temas relativos à:
– Educação Ambiental;
– Educação Fiscal;
– Enfrentamento à violência nas escolas;
– História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena;
– Prevenção ao uso indevido de drogas;
– Sexualidade.
Essas temáticas não simbolizam a fragmentação do conteúdo ou
mesmo do currículo. Elas vão muito além de uma simples abordagem isolada.
Estão inseridas na prática pedagógica de cada disciplina, onde são envolvidas no
cotidiano escolar, seja para fins de orientação, de discussão ou ainda de
valorização.
12.21- ESTÁGIO PROFISSIONAL NÃO OBRIGATÓRIO
A Instituição proporcionará o Estágio Profissional como forma de
interação dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho.
138
O Estágio Profissional Supervisionado, terá caráter não obrigatório,
atendendo as necessidades dos alunos regularmente matriculados neste
estabelecimento com idade maior de 16 anos, conforme previsto na legislação
vigente.
. Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação
Nacional;
. Lei nº 11.788/2008,que dispõe sobre o estágio de estudantes;
.Lei nº 8.069/1990,que dispões sobre o Estatuto da Criança e do
adolescente, em especial os artigos, 63, 67 e 69 entre outros, que estabelece os
princípios de proteção ao educando;
. Art.405 do decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis
Trabalhista – CLT, que estabelece que as partes envolvida devem tomar os
cuidados necessários para a promoção da saúde e prevenção de doenças e
acidentes, considerando principalmente, os ricos decorrentes de fatos
relacionados aos ambientes, condições e formas de organização do trabalho;
. Deliberação nº 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação;
. Instrução nº 006/2009 – SUED/SEED;
O Plano de Estágio, elaborado pela Instituição, será o instrumento
adotado para nortear o ingresso e o acompanhamento do estágio não obrigatório
realizado por alunos matriculados neste estabalecimento de ensino com idade
maior de 16 anos conforme legislação vigente.
12.21.1- Plano de Estágio
IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
NOME: Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco. Ensino
Fundamental
ENDEREÇO: Avenida Brasil, 1001
139
ENTIDADE MANTENEDORA: SEED – Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Borrazópolis - Paraná
NRE: Apucarana
IDENTIFICAÇÃO DO CURSO: Ensino Fundamental
Nome do Professor Orientador: (Pedagogo) Lisandra Labegalini Maltempe
Câmara
Ano Letivo: 2010
JUSTIFICATIVA
O Estágio Profissional não obrigatório é uma atividade curricular,
um ato educativo assumido intencionalmente pela instituição de ensino que
propicia a integração dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho.
Sendo um recurso pedagógico que permite ao aluno o confronto entre os
desafios profissionais e a formação teórico-prática adquiridas nos
estabelecimentos de ensino, oportunizando a formação de profissionais com
percepção crítica da realidade e capacidade de análise das relações técnicas de
trabalho.
O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades
a serem executadas devem estar devidamente adequadas às exigências
pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal, profissional e social do
educando, prevalecendo sobre o aspecto produtivo.
O Estágio não obrigatório é um momento de inserção do aluno na
realidade, para o entendimento do mundo do trabalho, com o objetivo de
140
prepará-lo para compreender o processo produtivo, bem como articular conteúdo
e método de modo que propicie um desenvolvimento ominilateral. Sendo
também, uma importante estratégia para que o aluno trabalhador tenha acesso às
conquistas científicas e tecnológicas da sociedade.
O Estágio Profissional, de caráter não obrigatório, atende as
necessidades da escola conforme previsto na legislação vigente:
Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;
Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente,
em especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelece os princípios de
proteção ao educando; o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT, que estabelece que as partes envolvida devem tomar os
cuidados necessários para a promoção da saúde e prevenção de doenças e
acidentes, considerando principalmente, os riscos decorrentes de fatos
relacionados aos ambientes, condições e formas de organização do trabalho e a;
Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação.
Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED.
O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os
Estágios dos Alunos deste estabelecimento com idade maior a 16 anos.
OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO
Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo
do trabalho, propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional, a partir da
prática social, contemplando as diversas áreas que contribuem para a formação
integral do aluno.
141
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ESTÁGIO
Oportunizar experiência profissional diversificada na área de abrangência do
curso;
Relacionar teoria e prática profissional a partir das experiências realizadas no
campo de estágio;
LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
O estágio poderá ser realizado em instituições públicas ou privadas
desde que esteja relacionado com o Projeto Político Pedagógico e com a
Proposta Pedagógica Curricular.
ATIVIDADES DO ESTÁGIO
O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o
momento de inserção do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo
que coloque os conhecimentos construídos ao longo das séries em reflexão e
compreenda as relações existentes entre a teoria e a prática.
Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como
instante de seleção, organização e integração dos conhecimentos construídos,
porque possibilita ao estudante contextualizar o saber, não apenas como
educando, mas como cidadão crítico e ético, dentro de uma organização
concreta do mundo trabalho, no qual tem um papel a desempenhar.
142
ATRIBUIÇÕES DA MANTENEDORA/ESTABELECIMENTO DE
ENSINO
O Estágio Profissional não obrigatório Supervisionado, concebido
como procedimento didático-pedagógico e como ato educativo intencional é
atividade pedagógica de competência da instituição de ensino, sendo planejado e
avaliado em conformidade com os objetivos propostos no Projeto Político-
Pedagógico, e descrito no Plano de Estágio. A instituição de ensino é
responsável pelo desenvolvimento do estágio nas condições estabelecidas no
Plano de Estágio, observado:
- Elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com
seu representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando as
condições adequadas do estágio à proposta pedagógica do curso;
- Etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário
escolar;
- Respeitar legislação vigente para estágio não obrigatório;
- Celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18 anos;
com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade contada na
data de assinatura do Termo) ou com seu representante legal, se idade inferior a
16 anos e com o ente concedente, seja ele privado ou público;
- Celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente público ou
privado concedente do estágio;
- Contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável pelo
143
acompanhamento e avaliação das atividades;
- Exigir do aluno o planejamento/plano e o relatório de seu estágio;
- Realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do estágio
previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de Cooperação Técnica e
Convênios que deverão ser aferidas mediante relatório elaborado pelo professor
orientador de estágio;
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de
proteção ao estudante, vedadas atividades:
a) incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;
b) noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas
horas de um dia às cinco horas do outro dia;
c) realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e
moral;
d) perigosas, insalubres ou penosas.
PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO
O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor
orientador de estágio, especificamente designado para essa função, o qual será
responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades.
COMPETE AO PROFESSOR ORIENTADOR
Solicitar juntamente da parte concedente relatório, que integrará o Termo de
Compromisso, sobre a avaliação dos riscos, levando em conta: local de
estágio; agentes físicos, biológicos e químicos; o equipamento de trabalho e
sua utilização; os processos de trabalho; as operações e a organização do
144
trabalho; a formação e a instrução para o desenvolvimento das atividades de
estágio;
Exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades, em
prazo não superior a 6 (seis) meses;
Esclarecer juntamente com a parte concedente do estágio, o Plano de Estágio
e o Calendário Escolar;
Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o
cronograma de atividades a serem realizadas pelo estagiário;
Proceder a avaliações que indiquem se as condições para a realização do
estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de
Compromisso, mediante relatório;
Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
Conhecer o campo de atuação do estágio;
Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de Compromisso;
Orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos
aprendidos à prática pedagógica;
Orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao local,
procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre outro
Propor alternativas operacionais para realização do estágio;
Atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas no
estágio;
Promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades dos
estagiários;
Manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia.
ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO/INSTITUIÇÃO QUE CONCEDE O
ESTÁGIO
145
A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão
contar com serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados,
mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado.
Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de
personalidade jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que
estejam devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização
profissional.
Uma vez formalizado o Termo de Compromisso de Estágio,
cumpridos os requisitos citados anteriormente, e estará criada a condição legal e
necessária para a realização do estágio supervisionado na organização
concedente de estágio.
A organização escolhida como concedente do estágio deverá
possuir condições mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser
assistido e participar das atividades, durante a execução do estágio
supervisionado. Ofertando instalações que tenham condições de proporcionar ao
aluno, atividades de aprendizagem social, profissional e cultural.
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de
proteção ao estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo
vedadas algumas atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e
também 405 e 406 da CLT).
Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios
relacionados a transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não
caracterizando vínculo empregatício.
146
A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar
acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com
necessidades educativas especiais.
A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a
disposição para eventual fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente
será efetivada mediante:
Celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o
estudante;
A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante
atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;
Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou
experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do
estagiário, para orientar e supervisionar o desenvolvimento das atividades de
estágio;
Contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja
apólice seja compatível com valores de mercado, devendo constar no Termo
de Compromisso de Estágio e no caso de estágio obrigatório, a
responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes pessoais,
poderá, alternativamente, ser assumida pela mantenedora/instituição de
ensino;
Entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião
do desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades
desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;
Relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo
funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio;
Zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso.
Conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento de
147
ensino;
Orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de estágio;
Orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na empresa;
Manter contatos com o Orientador de estágio da escola;
Oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que
permitam uma visão real da profissão;
Ambiente receptivo e favorável ao desenvolvimento do estágio.
propiciar
Deverá ser indicado pela empresa concedente, um responsável para
supervisionar e acompanhar o estágio e ter conhecimento técnico ou
experiência na área.
ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO
A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades
escolares e constar no Termo de Compromisso, considerando:
A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou
assistente legal, se menor;
A concordância da instituição de ensino;
A concordância da parte concedente;
O estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos
demais compromissos escolares;
A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte,
alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;
Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de
contraprestação, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1
(um) ano, um período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado
preferencialmente durante suas férias escolares.
148
Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no
trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte concedente
do estágio.
ANTES DA REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO, O ESTAGIÁRIO DEVE:
Estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;
Participar de atividades de orientação sobre o estágio;
Observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;
Zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor
Orientador de Estágio.
DURANTE A REALIZAÇÃO:
Conhecer a organização da Unidade Concedente;
Respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga
horária no período estabelecido pelo o professor orientador de Estágio;
Acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;
Zelar pelo nome da Instituição e da Escola;
Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;
Cumprir o Plano Individual de Estágio e o Termo de Compromisso
firmado com a Instituição de Ensino e a Unidade Concedente.
Manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para
discussão do andamento do estágio;
Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e --
responder pelos danos pessoais e materiais causados;
Depois da realização:
149
Elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas
exigidas;
Apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do curso;
FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO
O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em
Instituições Públicas e/ou Privadas, por um responsável que deverá ter
conhecimento na área.
Dois profissionais estarão envolvidos no processo de
encaminhamento:
O Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento ao
Plano Individual de Estágio do aluno, que deverá ser traçado juntamente com o
estagiário e deverá ser instrumento de base ao Supervisor do local de realização
do Estágio.
O Supervisor da empresa será responsável pela condução e
concretização do Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando
seguir o plano estabelecido pelo Aluno e pelo Professor Orientador.
As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da
situação do estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos
telefônicos, documentação de estágio exigida pela escola, de maneira a
propiciar formas de integração e parceria entre as partes envolvidas.
AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO:
150
A avaliação do Estágio Profissional Supervisionado não obrigatório
é concebida como um processo contínuo e como parte integrante do trabalho,
devendo, portanto, estar presente em todas as fases do planejamento e da
construção do currículo, como elemento essencial para análise do desempenho
do aluno e da escola em relação à proposta.
a) Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;
b) Relatório apresentando os conteúdos observados durante o Estágio
Profissional não obrigatório Supervisionado;
12.22 - PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
A qualidade do ensino e seu sucesso na tarefa de formar cidadãos
responsáveis, está estreitamente relacionada à formação continuada dos
profissionais em educação, sendo um direito de todos profissionais que visa não
apenas a progressão funcional (titulação), mas também o desenvolvimento
profissional articulado com a escola e seus programas.
Durante a elaboração da Proposta de Formação Continuada, a
Escola, não limitou-se apenas à conteúdos curriculares, mas procura estender a
discussão da escola como um todo, assim fazem parte da formação continuada,
temas como cidadania, gestão democrática, avaliação, metodologia de ensino
entre outros.
Sendo uma política pública com o intuito de fortalecer o processo
de aprendizagem a formação continuada contempla todos os segmentos da
Escola, cada qual em sua função específica e como parte do todo
escola/sociedade. Será um momento de reflexão crítica sobre as necessidades de
mudança na própria prática.
151
Nossa formação continuada acontecerá da seguinte forma:
- Cursos, Capacitações e Seminários promovidos pela SEED, direcionados ao
corpo docente ou funcionários;
- Reuniões pedagógicas;
- Grupos de Estudos aos sábados;
- Participação nos GTR-Grupo de Trabalho em Rede;
- Participação do PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional;
- Grupos de Estudos durante a hora-atividade.
12.23 - REUNIÕES PEDAGÓGICAS
As reuniões serão sempre previstas no calendário escolar,
acontecendo três vezes ao ano.
As reuniões pedagógicas serão realizadas com o intuito de discutir
e favorecer a relação interprofissional, abordando diversos temas, conforme a
necessidade vivenciada. Assim como durante o processo de construção do
Projeto Político Pedagógico, a participação coletiva é de suma importância,
durante o ano letivo, as reuniões e encontros servirão para avaliar as decisões
tomadas e reformular práticas.
Um espaço para apresentação dos trabalhos realizados, para
leituras, para planejar, replanejar, traçar metas para os trabalhos seguintes, um
momento de integração, troca de experiências entre equipe de direção, equipe
pedagógica, equipe docente.
152
Tratando de assuntos específicos da ação educativa, esta reunião
fará reflexões e análises sobre o processo pedagógico, aspectos que orientem as
possibilidades de limites, de restauração do trabalho pedagógico e da
organização do trabalho escolar.
12.24 - SISTEMA DE AVALIAÇÃO
“A avaliação é um processo natural que nos permite ter consciência do que fazemos, da qualidade do que fazemos e da conseqüência das nossas ações.” (Juan Manuel Álverez Mendes)
A avaliação é um processo em que o aluno aprende, pois dentro da
sociedade contemporânea é necessário estar apto a aprender e a captar novos
setores de aprendizagem utilizando-os no cotidiano. Assim a avaliação tem a
função permanente de diagnosticar o nível de capacidade de execução de uma
determinada tarefa ou análise crítica e dentro do processo final educativo o
professor intervém nesse processo, acompanhando seu desenrolar com o aluno.
A avaliação deve permitir a revisão do processo de aprendizagem
do aluno e possibilitar ao professor o replanejamento de sua atuação, devendo
ater-se a clareza dos objetivos impostos pela disciplina, questionando-se aonde
quer chegar com esse conhecimento ministrado ao educando, e porque da sua
necessidade de aprender e para que, esse conhecimento deve ser adquirido e
como utilizá-lo no cotidiano.
Cabe ainda ressaltar que:Em relação à avaliação, ainda precisamos buscar novas dimensões e práticas que evidenciem a formação e a construção do conhecimento, sem que haja uma classificação quantitativa ou rotuladora, acerca do aprendizado dos indivíduos. “Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma etapa isolada. (LIBÂNEO, 1994, p.200)
153
Devemos assumir, enquanto educadores que somos,
cotidianamente, a avaliação diagnóstica, através da observação minuciosa, os
avanços obtidos em cada etapa do processo de construção e reelaboração do
conhecimento. Nos propomos a realizar uma avaliação que mencione a
qualidade dos resultados obtidos e não a mera classificação que aliena os
educandos do verdadeiro propósito educativo. Para tanto, precisamos estar
constantemente revendo nossas concepções, acerca da contribuição que
podemos oferecer para com a formação do cidadão, para que nos tornemos
essenciais nesse processo, sem que haja um direcionamento equivocado quanto
ao dinamismo da ação pedagógica.
Para Luckesi,
O ato de avaliar a aprendizagem implica acompanhamento e reorientação permanente. A avaliação realiza-se por meio de um ato rigoroso e diagnóstico, tendo em vista a obtenção dos melhores resultados possíveis, diante dos objetivos que se tenha à frente. E, assim sendo, a avaliação exige um ritual de procedimentos que inclui desde o estabelecimento de momentos no tempo, construção, aplicação e contestação dos resultados expressos nos instrumentos; devolução e reorientação das aprendizagens ainda não efetuadas.
Cabe aos educadores, nesse sentido, repensar suas ações e
reorientar suas práticas para que atinjamos a avaliação que queremos.
Sendo assim, estaremos caminhando em busca de um aprendizado
sólido que enalteça a formação do cidadão atuante e responsável. Atreladas às
práticas avaliativas podemos agregar ações que favoreçam a reorientação de
estudos (conhecimentos) quando constatados em defasagem por um ou outro
motivo. Com isso se estará contribuindo para que a repetência não venha a ser
uma conseqüência lógica, e diante da mobilização docente se tenha a chance de
154
reorientar a prática, reelaborar o conhecimento, antes que o prejuízo da retenção
ocorra.
Nesse processo o professor deve analisar o que ele espera que o
aluno faça e o que realmente o aluno poderá fazer. Criando um pensamento de
construção do conhecimento gradativo e ininterrupto.
A escola, os professores os alunos e os pais necessitam da
comprovação quantitativa e qualitativa dos resultados do ensino e da
aprendizagem para analisar e avaliar o trabalho desenvolvido. Portanto, se os
objetivos e conteúdos são adequados às exigências da matéria e as condições
externas e internas da aprendizagem dos alunos e se o professor demonstra
verdadeiro propósito educativo as técnicas avaliativas e outros tipos de
verificação serão vistos pelos alunos como efetiva ajuda do seu desenvolvimento
mental, na medida em que mostram evidências concretas da realização dos
objetivos propostos.
A avaliação não é e não pode continuar, equivocadamente, sendo
tirana da prática educativa, que ameaça e submete a todos. Basta confundir
avaliação da aprendizagem com exames. A avaliação da aprendizagem por ser
avaliação é amorosa, inclusiva, dinâmica e construtiva; diversa dos exames que
não são amorosos, mas que são classificatórios, seletivos, excludentes. A
avaliação inclui traz para dentro; os exames selecionam, excluem, marginalizam.
Avaliar um educando implica, antes de tudo, acolhê-lo no seu ser e
no seu modo de ser, como está; para então a partir daí, decidir o que fazer.
155
12.25 - INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A Avaliação dar-se-á de forma intrínseca ao processo de ensino
aprendizagem, preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos,
sendo uma avaliação contínua e cumulativa, utilizando de vários instrumentos
de avaliação para se alcançar determinado fim, esses instrumentos sempre
seguiram os critérios de avaliação estabelecidos previamente no plano de
trabalho docente do professor.
As atividades serão realizadas em grupo ou individual, sendo
sempre uma avaliação somatória e diagnóstica.
Os instrumentos utilizados para avaliar serão organizados da
seguinte forma:
50% Atividades avaliativas realizadas de forma individual ou em grupo
dentro da sala de aula:
- Provas, teste, questões discursivas, questões objetivas,
- Atividades de leitura e interpretação de textos oral e/ou escrita;
Dentro deste valor (5,0 pontos) o professor poderá oportunizar um
ou dois instrumentos de avaliação, ficando os seus valores por decisão do
professor.
50% Trabalhos realizados individualmente ou em grupo, dentro ou fora da
sala de aula:
- Atividades de pesquisa bibliográfica;
156
- Atividades de pesquisa com o uso da internet, imagem, vídeos e textos;
- Produção de textos;
- Elaboração de relatórios sobre palestras;
- Apresentação oral de trabalhos;
- Atividades experimentais;
- Projeto de pesquisa de campo;
- Elaboração de relatórios;
- Seminários;
- Debates;
- Elaboração de portifólios;
- Atividades com textos literários e/ou informativos;
- Atividades a partir de recursos audiovisuais (músicas, filmes, slides, imagens);
- Confecção de cartazes, mapas, gráficos.
Dentro deste valor (5,0 pontos) o professor poderá oportunizar no
mínimo dois instrumentos de avaliação e no máximo cinco instrumentos de
avaliação, ficando os seus valores por decisão do professor.
Todos esses instrumentos serão utilizados de forma qualitativa,
valorizando o potencial de cada educando, tendo como principal atividade
avaliativa realizada pelos professores, as observações contínuas das atividades
propostas, realizando sempre a retomada de conteúdo como uma das ações da
recuperação de estudos.
Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios,
que são compreendidos como um referencial que gera parâmetros que devem ser
previamente estabelecidos no plano de trabalho docente do professor. Os
critérios serão apresentados para os alunos, favorecendo a transparência,
157
orientando o trabalho discente e a co-responsabilidade do aluno no processo de
responsabilidade.
12.26 – RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu
desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,
dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.
Ao elaborar o Plano de Trabalho docente, o professor considera a
avaliação como parte inerente ao processo de ensino aprendizagem, realizando-a
em função dos conteúdos trabalhados, e o sistema de recuperação está sendo
considerado também como integrante de todos os momentos de aprendizagem,
sendo desenvolvido a luz das condições daquele educando que não aprendeu.
De acordo com Vasconcellos, a Recuperação de Estudos consiste
na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem,
permitindo que todos os alunos tenham oportunidade de apropriar-se do
conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias
diversificadas e participativas.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº9.394/96, no
Art. 13, os docentes incumbir-se-ão de:
- estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento.
Nesta perspectiva nossa escola propõe que o processo de
recuperação seja realizado concomitantemente de duas formas:
158
- através da retomada de conteúdos a partir de diagnósticos oferecidos
pelas atividades realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos instrumentos de
avaliação;
- através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala de aula, com
a aplicação de um novo instrumento de avaliação.
Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e recuperação
desta escola, estará comprometido com a clareza nos critérios utilizados, com a
intencionalidade do ato educativo, com a reflexão crítica sobre a prática, enfim,
o comprometimento com a aprendizagem do aluno.
12.27 - FORMA DE COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS
Ao final de cada Trimestre já está previsto no calendário escolar
reunião com a direção, equipe pedagógica, professores, funcionários, pais e/ou
responsável pelo educando, com o objetivo de analisar os resultados obtidos no
processo de ensino-aprendizagem. Durante a reunião o professor coordenador de
cada turma apresenta aos pais ou responsável a ficha individual que cada
educando possui (segue o modelo em anexo). Esta ficha traz os dados pessoais
do aluno, as notas obtidas e registros de observações sobre seu desenvolvimento,
esta ficha é organizada pela equipe pedagógica, e é utilizada também durante
todos os conselhos de classe. O boletim é entregue para o responsável levar para
arquivamento do educando.
12.28 - ENFRENTAMENTO À EVASÃO ESCOLAR
159
A escola tem papel fundamental nesta ação, pois o aluno está
diretamente vinculado a ela em seu dia a dia. É necessário que a escola tome
todas as iniciativas que lhe cabem, visando à permanência do aluno no sistema
educacional, conscientizando-o da importância da educação em sua vida e para
seu futuro, mantendo contato freqüente e direto com os pais ou responsáveis,
enfatizando a sua responsabilidade na educação e formação dos filhos,
encaminhando aos órgãos competentes casos que não foram resolvidos pela
escola, ou casos recorrentes de evasão.
Para isso contamos com o programa FICA COMIGO, que tem
como objetivos:
- criar mecanismos de controle da evasão nas escolas estaduais do Paraná;
- realizar levantamento do número de crianças e adolescentes sem acesso à rede
de ensino;
- realizar estudos, debates e ações conjuntas entre profissionais da Rede
Estadual de Educação Básica do Paraná, representantes da Educação dos
Sistemas Municipais, Conselhos Tutelares, Ministério Público, escritórios
regionais de assistência social, instituições de Ensino Superior, pais, alunos e
comunidade em geral, despertando a responsabilidade de cada segmento na
inclusão e permanência das crianças e dos adolescentes no sistema educacional;
- instrumentalizar os profissionais das escolas estaduais do Paraná em relação à
criação e manutenção da rede de enfrentamento à evasão e exclusão escolar;
- mapear as causas da exclusão e evasão escolar, definindo as ações de acordo
com as características das diferentes regiões do Estado do Paraná.
160
12.28.1 - Ações de Enfrentamento e Prevenção à Evasão Escolar a serem
Desenvolvidas Pela Escola
- Conhecer os índices de abandono de sua escola.
- Conhecer as causas pelas quais as crianças e os adolescentes deixam de
frequentar a escola.
- Envolver toda a comunidade escolar e instâncias colegiadas na discussão de
ações de enfrentamento das possíveis causas do abandono e da evasão.
- Criar um ambiente de respeito, onde os alunos sintam que são bem recebidos e
que a sua presença é valorizada.
- Desestimular qualquer atitude de preconceito ou discriminação.
- Trabalhar para tornar a escola relevante na vida dos alunos, principalmente
daqueles em situação de risco, realçando a importância da educação na vida e no
futuro de cada um.
- Realizar reuniões periódicas com os pais e o Conselho Tutelar, para discutir
em conjunto as possíveis alternativas para a solução dos problemas detectados,
tanto no plano individual quanto no coletivo.
- Acompanhar sistematicamente a presença/ausência dos alunos, sobretudo
daqueles em situação de risco e/ou abandono, procurando descobrir os motivos
das faltas e o que pode ser realizado para reverter à situação.
- Viabilizar, efetivamente, aos alunos e pais, a compreensão sobre a importância
da educação como via de emancipação humana.
161
- Desenvolver ações que favoreçam a real participação dos pais na escola de
modo a possibilitar, à família e/ou aos responsáveis pelos alunos, a compreensão
da importância do acompanhamento sistemático da vida escolar dos filhos.
- Realizar os encaminhamentos dos alunos à Sala de Apoio identificada a
defasagem de conteúdos, quando diagnosticada pelo professor, segundo critérios
necessários para a série.
- Organizar o Conselho de Classe (Pré Conselho, Conselho e Pós Conselho)
enquanto espaço de diagnóstico (Pré Conselho), discussão e encaminhamento
(Conselho e Pós Conselho) para o enfrentamento das causas e consequências das
dificuldades dos alunos em relação ao processo pedagógico.
- Buscar o engajamento da Escola nos Programas e Projetos Públicos, como o
Viva a Escola, Plano de Desenvolvimento da Escola, Escola Aberta, no sentido
de encaminhar e realizar efetivo acompanhamento dos alunos, considerando o
processo de aprendizagem.
- Organizar a hora-atividade dos professores, mediada pela equipe pedagógica,
como espaço efetivo de interlocução relativa ao Plano de Trabalho Docente com
vistas a rever encaminhamentos metodológicos, processos de avaliação e
recuperação de estudos, viabilizando proposições diferenciadas de trabalho no
decorrer do processo de ensino e aprendizagem.
- Analisar e encaminhar, criteriosamente, para avaliação educacional no
contexto escolar sob orientação da Equipe de Educação Especial do Núcleo
Regional de Educação para encaminhamentos necessários.
- Realizar, junto ao SAREH, os encaminhamentos necessários dos alunos que
necessitam de atendimento pedagógico hospitalar.
162
- Realizar encaminhamentos à Rede de Proteção dos alunos em situação de risco
(violência física, psicológica, negligência familiar, entre outras).
- Garantir a efetividade do Conselho Escolar, possibilitando que se pautem
situações que necessitem de mediação de aprendizagem dos alunos e definindo
suportes necessários.
- Utilizar estratégias específicas de trabalho com alunos com necessidades
educativas especiais, e quando necessário, realizar adaptações curriculares.
A Ficha de Comunicação do Aluno Ausente – FICA, é um dos
instrumentos colocados à disposição da escola e da sociedade, para
sistematização de ações de combate à evasão em todo o Estado do Paraná. A
ficha destina-se ao controle da frequência dos alunos menores de dezoito anos
do Ensino Fundamental e Médio.
No sistema de operacionalização do Programa FICA Comigo –
Enfrentamento à evasão escolar – a atuação da escola é essencial, pois, além da
família, as instituições educacionais também são responsáveis pelo
desenvolvimento pessoal e social da criança e do adolescente.
Para tal operacionalização foi desenvolvido um instrumento, a
Ficha de Comunicação do Aluno Ausente – FICA –, a qual é colocada à
disposição da escola e da sociedade para o combate à evasão escolar.
12.28.2 - Passo a Passo da Fica
163
12.28.2.1- Na Escola
Professor
O principal agente desse processo é o professor, na medida em que,
constatada a ausência do aluno por 05 (cinco) dias consecutivos ou 07 (sete)
alternados, no período de um mês, esgotadas as iniciativas a seu cargo,
comunicará o fato à equipe pedagógica da escola, por meio do preenchimento do
anexo I (Controle Interno de Frequência).
Pedagogo
Recebendo o anexo I (Controle Interno de Frequência) preenchida
pelo professor, cabe à equipe pedagógica investigar, junto aos responsáveis
legais, o motivo da ausência do aluno e adotar procedimentos que possibilitem o
retorno imediato, concomitantemente preenchendo as 03 (três) vias da ficha
(campos nº 01, 02, 03) e comunicando o fato à direção da escola. Cabe ainda ao
pedagogo fazer uma análise das causas que levam à evasão, seguindo o roteiro
para investigação proposto neste manual (item 6). Após esta reflexão, cabe ainda
ao pedagogo preencher o instrumento por escola sobre as ações de
enfrentamento à evasão escolar (item 7).
Direção
Obtendo êxito com o retorno do aluno à escola, arquiva a ficha
FICA em pasta própria.
Não obtendo êxito, encaminha a 1ª e 3ª vias de tal documento ao
Conselho Tutelar (ou, na falta deste, ao Juiz da Infância e Juventude),
acompanhados de um ofício, indicando o prazo máximo de 10 dias para a ação
do mesmo, arquivando a 2ª via na escola.
164
Transcorridos 10 dias do encaminhamento da ficha FICA ao
Conselho Tutelar, não obtendo resposta, a escola deverá comunicar, através de
ofício, imediatamente ao Ministério Público.
Conselho Tutelar
Buscar, no prazo máximo de 10 dias, fazer com que o aluno retorne
às aulas, aplicando-lhe a medida protetiva prevista no art. 101, III, do ECA
(frequência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino fundamental).
Paralelamente, colher dos pais ou responsável, o compromisso de
acompanhamento de frequência e aproveitamento escolar do aluno, aplicando-
lhes as medidas previstas no art. 129, V e VII, do ECA.
Apurar as causas da evasão, encaminhando a família, se for o caso,
a Programas de Apoio e Orientação (art. 129, I e IV do ECA), verificando a
eventual necessidade da aplicação de medida de caráter protetivo ou preventivo,
previstos no art. 101 e art. 129 do ECA, com os encaminhamentos e requisições
de serviços públicos que se fizerem necessários.
Em caso de êxito: preenche o campo nº 05 da ficha FICA (Anexo II),
devolvendo a 1ª via à escola, e arquivando no Conselho, em pasta própria, a 3ª
via de tal documento.
Não obtendo êxito: (ou seja, em não retornando o aluno à escola), adota as
seguintes providências: preenche, imediatamente, o campo nº 05 da ficha,
encaminhando a 1ª via ao Ministério Público. Comunica o fato à escola, por
escrito (mediante ofício), arquivando a 3ª via no Conselho (para o posterior
registro de providências adotadas pelo Ministério Público).
165
EM QUALQUER CASO (OBTENDO OU NÃO ÊXITO), COMPILA OS DADOS RELATIVOS
AOS MOTIVOS DA EVASÃO, ENCAMINHANDO RELATÓRIO SEMESTRAL AO CONSELHO
MUNICIPAL DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, PARA SUBSIDIAR A
ELABORAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS QUE PERMITAM COMBATER AS CAUSAS DA
EVASÃO ESCOLAR.
12.28.2.2- O Ministério Público
Promotor de Justiça
De posse da 1ª via da ficha FICA, busca, no prazo de 10 (dez) dias,
o retorno do aluno à escola, ouvindo formalmente os pais ou responsáveis e o
aluno sobre o motivo da evasão, alertando-os das consequências do não retorno
à escola.
Obtendo êxito: preenche o campo nº 06 da ficha, comunica o fato ao Conselho
Tutelar e devolve a 1ª via recebida à escola.
Não obtendo êxito: preenche o campo nº 06 da ficha, registra eventual
propositura de ação em face dos pais ou responsáveis (ECA, artigo 249 e/ou
Código Penal, artigo 246), comunica o fato ao Conselho Tutelar e devolve a 1ª
via recebida à escola.
12.28.2.3- No Poder Judiciário
Juiz da Infância e da Juventude
166
Coopera com o Ministério Público, fazendo expedir e cumprir, com
a urgência devida, as notificações ao aluno e seus responsáveis legais, buscando
viabilizar o retorno do estudante ao sistema educacional;
Confere prioridade à tramitação e julgamento dos procedimentos
originados da ficha.
12.28.2.4- De Volta à Escola
Direção e Pedagogo
Devolvida a 1ª via da ficha à escola (com as providências adotadas
pelo Conselho Tutelar e/ou MP), a equipe pedagógica deverá anexar a 1ª via na
pasta do aluno junto à 2ª via, já arquivada na escola. O NRE deverá encaminhar
à SEED os dados fornecidos pelas escolas.
12.28.2.5- Na Secretaria de Estado da Educação
Totaliza e dá tratamento às informações encaminhadas pelos NRE,
implementando medidas destinadas a corrigir possíveis distorções, bem como a
elaboração de políticas públicas que permitam enfrentar as causas da evasão.
Observação
Os dados sobre os motivos da ausência dos alunos na escola
deverão ser consolidados em forma de relatório, pelo pedagogo da escola, e
encaminhados aos Conselhos Municipais e Estaduais dos Direitos da Criança e
do Adolescente, da Educação e da Assistência Social, para subsidiar a
elaboração das políticas públicas.
167
Na instância Municipal, o Conselho Tutelar encaminhará
semestralmente os relatórios para o Conselho Municipal de Defesa da Criança e
do Adolescente.
Na instância Estadual, a Secretaria de Estado da Educação
encaminhará anualmente os relatórios para o Conselho Estadual de Educação e o
Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e da
Assistência Social.
12.29 - LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
O Paraná Digital (PRD) é um projeto de inclusão digital das
escolas públicas do Estado do Paraná. Está fundamentado na disponibilidade de
meios educacionais através de computadores e da Internet, com o objetivo de
melhorar a qualidade do ensino.
Os principais meios educacionais disponibilizados pelo governo do
estado são a TV Paulo Freire, o Portal Dia-a-dia Educação, a TV Multimídia e
os laboratórios de informática. Os dois últimos, caracterizados como
infraestrutura que possibilita o acesso dos professores e dos estudantes para o
conteúdo educacional que visa melhorar o processo ensino-aprendizagem.
O projeto foi realizado com a utilização de Software Livre (os
códigos-fonte do Portal Dia-a-dia Educação e das ferramentas utilizadas para a
implementação dos laboratórios estão disponíveis com a Celepar e com o
C3SL), uma vez que ele traz juntamente com a sua definição os conceitos de
168
solidariedade, compartilhamento, colaboração, liberdade de ação e construção
conjunta do conhecimento.
Em nossa escola é visível a melhoria que esses recursos trouxeram
para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, professores
utilizam essa tecnologia para estudos, pesquisas, enriquecimento metodológico e
alunos utilizam para estudos e pesquisas.
12.30 - BIBLIOTECA
Função Bibliotecária: Assegurar a organização física e o
funcionamento administrativo da Biblioteca; viabilizar o empréstimo de livros
para a comunidade escolar, de acordo com regulamento próprio.
O Espaço da biblioteca na escola é indispensável no processo de
aprendizagem.
A biblioteca contribui na formação do cidadão, pois incentiva o
hábito e o prazer da leitura, desperta no aluno o seu espírito crítico e forma as
opiniões. Lendo, o educando tem condições de reconhecer diferentes tipos de
leitura, melhora a ortografia, a postura, a acentuação, a interpretação e a sua
compreensão de textos.
Atualmente a biblioteca de nossa escola é muito utilizada pelo
educando para pesquisa e elaboração de trabalhos escolares, isso devido ao fato
das atividades avaliativa se concentrarem 50% em trabalhos de pesquisa, quando
o conteúdo não é encontrado em livros da biblioteca a pesquisa é transferida
169
para o laboratório de informática para que o aluno utilize a internet como fonte
de pesquisa.
Toda comunidade escolar deverá usufruir desse local para aulas de
leitura, pesquisas, para contar estórias. Devem também colaborar doando livros,
jornais, revistas, etc., e ajudar para ser um lugar agradável a leitura e a
ampliação de conhecimentos. O bibliotecário deve estar inserido em todos os
processos em que a escola participa. O bibliotecário deve estar sabendo o que
ocorre na sala de aula.
A aquisição dos livros, revistas, jornais, gibis e outros materiais de
leitura serão adquiridos por meio da A.P.M.F., doação da comunidade. E a sua
divulgação será feita aos professores e estes aos alunos.
Atualmente a função de bibliotecário está sendo desempenhada por
um agente educacional II o qual também é o administrador do laboratório de
informática.
12.31 - CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS
Foi pensando nesta complexidade que nossa escola este ano
organizou as turmas de alunos de forma heterogênea.
A formação de turmas ocorre a partir da observação de alguns
aspectos relativos à características da comunidade escolar e necessidades dos
170
alunos, tais como: transporte (para os que vêm da zona rural); trabalho; ritmo de
aprendizagem; ocorrência de reprovação; e, socialização.
No final do ano pedimos a participação de todos os professores,
analisando as listas de alunos, dando sugestões em relação a alunos que
deveriam continuar juntos, alunos que deveriam ser separados por motivos de
indisciplina, número de alunos, alunos com necessidades educacionais especiais,
enfim observamos detalhes que contribuem para o bom desenvolvimento
educacional.
Assim no início do ano letivo, entendemos que a organização das
turmas, respeitando a visão do professor, vem mais de encontro com as
necessidades vivenciadas em sala de aula, pois é o professor o educador quem
mais está em contato com os alunos.
12.32 - ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE
O período de hora atividade é organizado pela equipe pedagógica,
os professores se reúnem conforme a disciplina que trabalham, sendo este
horário reservado para discussões de temas necessários, planejamento, pesquisa,
leituras, vídeos, etc.
Atualmente estamos realizando grupos de estudos e replanejamento
nos momentos de hora-atividade.
12.33 - HORÁRIO DAS AULAS
171
A preocupação com a sucessão de aulas nos horários pré-
estabelecidos, é um tema que merece discussão e busca de solução imediata.
Para que possamos ter um currículo mais integrado a proposição é de suceder
aulas que pertençam à áreas comuns entre si, porém ainda há a dificuldade em se
compatibilizar os horários, posto que há um grande número de professores com
diferentes locais de trabalho. Mesmo existindo essa barreira, procuramos
organizar o horário, de uma forma mais integrada. Ele é elaborado pela
secretaria e equipe pedagógica, analisando os detalhes para gerar melhorias e
sempre um grande aproveitamento.
12.34 - AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A necessidade de renovar a escola, de buscar caminhos para que ela
consiga se adaptar à realidade e às exigências dos novos tempos, é premente nos
últimos anos. Essa busca não deve significar reinventar a escola, mas sim
trabalhar as idéias e conceitos já sedimentados trazendo-os para o âmbito da
sociedade moderna, objetivando recuperar a qualidade do ensino. Deve ser
consenso comum a compreensão de que a escola deixou de ser o local de
transmissão de conhecimentos, hoje ela deve ser o espaço mais adequado para o
desenvolvimento do educando, desde o seu preparo para o exercício da
cidadania até o desenvolvimento e vinculação ao mundo do trabalho.
As Instituições de Ensino, na busca de atender às demandas de
produção e socialização dos conhecimentos exigidos pelo contexto atual, são
conduzidas a redimensionarem seu papel social, enfrentando o desafio de,
estarem no meio da ação social e necessitarem compreender e desvendar os
meandros de suas relações, e ainda, constituírem-se em instituições que possam
criar e exercer uma pedagogia que possibilite à educação assumir cada vez mais
172
sua dimensão de cidadania, ampliando os espaços de participação social,
produtiva e política dos educandos.
É cada vez mais latente a necessidade das Instituições de Ensino
implementarem processos de reorganização e reestruturação que lhes permitam
enfrentar as demandas das transformações sociais externas e ainda, das
mudanças que atingem o cotidiano institucional. Estabelecer um diálogo entre as
características mais marcantes da instituição e seus objetivos direcionam sua
posição social e sua identidade educacional, deixando entrever seu
comprometimento com a busca, ou não, da qualidade da educação que se propõe
trabalhar.
Algumas iniciativas externas podem ser apontadas como estratégias
de busca de qualidade e controle das escolas, porém tais medidas são, na sua
maioria, parâmetros de qualidade que retratam apenas a realidade instantânea
(de início ou fim do processo), o que não garante a visão de todo o processo de
ensino realizado durante a vida dos estudantes. Para tanto, toma corpo a
importância de processos de avaliação Institucional, que é hoje um dos temas de
maior interesse no âmbito da educação.
Os esforços para realização e implantação de programas de
Avaliação Institucional, têm se intensificado, constituindo-se numa realidade no
campo das políticas educacionais, dos governos e de alguns mecanismos
internacionais de financiamento da educação. Desse modo, as escolas têm suas
políticas internas construídas a partir de ajustes de sua dialética diária aos
padrões existentes, às pressões políticas, sociais e governamentais.
Diante do cenário nacional de estímulo à implementação de
programas de avaliação interna e externa, avaliar passou a ser o carro-chefe da
173
gestão das escolas e é hoje um dos pilares da construção do ensino, preocupado
com o futuro e com os desafios da modernidade.
Uma importante referência a ser destacada é a distinção entre
avaliação educacional e avaliação institucional.
Por este termo, a Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo
Branco, compromete-se a aplicar um modelo de avaliação que compreende:
1. avaliação do contexto sociocultural das famílias dos alunos, que
permitirá comparar, com maior precisão, os resultados que serão
obtidos;
2. avaliação do domínio de conteúdos acadêmicos;
3. avaliação de capacidades meta cognitivas e estratégias de
aprendizagem;
4. avaliação da formação de atitudes e valores dos alunos das séries
avaliadas;
5. avaliação da percepção dos professores de todas as séries acerca do
processo de ensino-aprendizagem, do projeto pedagógico e da
organização escolar;
6. avaliação da percepção das famílias dos alunos das séries avaliadas
acerca do processo de aprendizagem, do projeto pedagógico, do
papel dos professores;
7. avaliação do trabalho pedagógico desenvolvido;
8. avaliação dos trabalho realizados pelos agentes educacionais I e II;
9. avaliação dos programas educacionais desenvolvidos;
10. avaliação da organização e administração da instituição escolar;
174
O resultado das avaliações será detalhado em um relatório produzido,
com todos os indicadores e com a comparação entre os dados obtidos na
instituição, uma avaliação contínua da instituição escolar como um todo.
Pretende-se avaliar também continuadamente este Projeto Político
Pedagógico, para realimentá-lo conforme as necessidades do momento, sendo
desta forma sempre reconstruído com a participação de todos os segmentos
representativos da Escola.
13 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRÍCULAR
ESCOLA : Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino FundamentalNRE: ApucaranaMUNICÍPIO: BorrazópolisDISCIPLINA: ArteNÍVEL: Ensino Fundamental
175
PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE
PROFESSORAS: Angela Dias Soares Tavares
Lilian RodriguesMarcilei Alves de OliveiraNair krause Taucher
BORRAZÓPOLIS – PARANÁ2010
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta. Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.
176
Segundo Buoro (2001 p.31) o ensino de arte facilita o resgate ao ser humano como ser global, pois além de aglutinar múltiplas formas do saber, é mais que um objeto de apreciação estética, é fruto de uma experiência de vida desvelada pelo processo de criação do artista e pelo sistema de signo da obra.
Então, o desafio do ensino de Arte é propiciar uma relação mais consciente do ser humano no mundo, através do desenvolvimento da imaginação criadora e da percepção, a fim de contribuir para a formação de indivíduos mais críticos e criativos que no futuro atuarão na transformação da sociedade. Portanto, os objetivos do ensino de Arte são:• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea;• A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social;• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
Para compreendermos melhor a posição atual do ensino de Arte em nosso país e no Paraná, faz-se necessário o estudo de sua história e seus principais marcos educacionais.
No período colonial iniciou-se o trabalho de catequização dos indígenas pela congregação católica Companhia de Jesus, através de ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais.
Enquanto a Europa passava por transformações de diversas ordens que culminaram no iluminismo, do séc. XVI ao XVIII. No Brasil, o governo do Marquês de Pombal, deu início à reforma Pombalina, que enfatizava o ensino das ciências naturais e dos estudos literários. Apesar dessa reforma, na prática não se registrou efetivas mudanças.
Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, destacou-se a vinda de um grupo de artistas, que depois ficou conhecido como Missão Francesa, encarregado da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.
Mais tarde, com a proclamação da República, em 1890, ocorreu a primeira reforma educacional republicana marcada pelos conflitos de ideais positivistas e liberais. E já nas primeiras décadas da república, ocorreu a Semana de Arte Moderna de 1922, um importante marco para a arte brasileira, associado aos movimentos nacionalistas da época.
O movimento modernista que teve início na semana de 1922, valorizava a cultura popular, pois entendia que desde o processo de colonização a arte indígena, a arte medieval e renascentista européia e a arte africana, cada qual com suas especificidades, constituíram a matriz da cultura popular brasileira. A partir daí, o ensino de Arte passou a ter, então, enfoque na expressividade, espontaneísmo e criatividade, pautando-se muitas vezes na pedagogia da Nova Escola.
177
A chamada Escola Nova enfatizava além da livre expressão, os aspectos psicológicos e sociológicos. A efetivação desses conceitos se traduziram no rompimento com os padrões estéticos e metodológicos tradicionais, e na criação de uma postura não–diretiva, onde tudo em Arte-Educação era permitido em nome da livre-expressão. Atualmente esse conceito pode ser traduzido no “deixar fazer” que na prática, estimulava a imaginação da criança, mas não poderia sofrer interferências, portanto a criança teria que descobrir seus caminhos sozinha, o que ocasionou uma perda no conhecimento. Somente quem tinha “dom” conseguia fazer progressos por sua própria capacidade. Os outros alunos estavam fadados ao fracasso.
Esse foi o fundamento pedagógico da Escolinha de Arte, criada em 1948, no Rio de Janeiro, pelo artista e educador Augusto Rodrigues, organizada em ateliês-livres de artes plásticas. A forma de organização desta escolinha tornou-se referência para a criação de outras no território nacional, no entanto, manteve o caráter extracurricular do ensino de Arte.
Entretanto, o ensino da arte se generalizou metodologicamente nas escolas somente com o trabalho do músico e compositor Heitor Villa Lobos. Como Superintendente de Educação Musical e Artística do Governo de Getúlio Vargas, Villa Lobos tornou obrigatório o ensino de música nas escolas por meio da teoria e do canto orfeônico, numa política de criação de uma identidade nacional. Esse trabalho permaneceu nas escolas com algumas modificações até meados da década de 1970, quando o ensino de música foi reduzido ao estudo de leitura rítmica e execução de hinos ou outras canções cívicas.
A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se intensificaram: nas artes plásticas, com as Bienais e os movimentos contrários a elas; na música, com a Bossa Nova e os festivais; no teatro, com o Teatro Oficina e o Teatro de Arena de Augusto Boal e no cinema, com o Cinema Novo de Glauber Rocha. Esses movimentos tiveram forte caráter ideológico, propunham uma nova realidade social e, gradativamente, deixaram de acontecer com o endurecimento do regime militar.
Com o Ato Institucional n. 5 (AI-5), em 1968, esses movimentos foram reprimidos e vários artistas, professores, políticos e intelectuais que se opunham ao regime foram perseguidos e exilados. Em 1971, foi promulgada a Lei Federal n. 5692/71, cujo artigo 7° determinava a obrigatoriedade do ensino da Arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5ª série) e do Ensino Médio, na época denominados de 1º e 2º Graus, respectivamente.
Numa aparente contradição, foi nesse momento de repressão política e cultural que o ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão somente, trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua expressão.
178
A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988.
Dentre os fundamentos pensados para a educação, destacam-se a pedagogia histórico-crítica elaborada por Saviani da PUC de São Paulo e a Teoria da Libertação, com experiências de educação popular realizadas por Organizações e movimentos sociais, fundamentados no pensamento de Paulo Freire. Essas teorias propunham oferecer aos educandos acesso aos conhecimentos da cultura para uma prática social transformadora.
Após quatro anos de trabalho de implementação das propostas, esse processo foi interrompido em 1995 pela mudança das políticas educacionais que se apoiavam em outras bases teóricas. O Currículo Básico ainda estava amparado por resolução do Conselho Estadual, mas foi, em parte, abandonado como documento orientador da prática pedagógica. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no período de 1997 a 1999, foram encaminhados pelo MEC diretamente para as escolas e residências dos professores e tornaram-se os novos orientadores do ensino.
Os PCN em Arte tiveram como principal fundamentação a proposta de Ana Mae Barbosa, denominada de Metodologia Triangular, inicialmente pensada para o trabalho em museus, foi inspirada na DBAE (Discipline Based Art Education) norte-americana, que teve origem no final dos anos de 1960 nos Estados Unidos.
Os PCNs nortearam a educação em arte por certo período, embora os encaminhamentos metodológicos apresentados sugerissem que o planejamento curricular fosse centrado no trabalho com temas e projetos, o que relega a segundo plano os conteúdos específicos da Arte.
Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores da Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e Instituições de Ensino Superior (IES) pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes curriculares estaduais. Tal processo tomou o professor como sujeito epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis. As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas dimensões artística, filosófica e científica e articulam-se com políticas que valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná.
Neste contexto de mudanças e avanços no ensino de Arte, ainda foram sancionadas: Lei n. 11.645, de 10 de março de 2008 que estabelece no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” e no ano de 2008, foi sancionada a lei n. 11.769 em 18 de agosto, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica, reforçando a necessidade do ensino dos conteúdos desta área da disciplina de Arte.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA
A Arte deve propiciar ao aluno acesso ao conhecimento sistematizado em arte. Por isso, propõe-se uma organização curricular a partir dos conteúdos estruturantes que constituem uma identidade para a disciplina de Arte e possibilitam uma prática pedagógica que articula as quatro áreas: Artes Visuais, Teatro, Dança e Música.Nas discussões coletivas com os professores da rede estadual de ensino, definiu-se que os conteúdos estruturantes da disciplina são:
elementos formais; composição; movimentos e períodos.Nas séries/anos iniciais (1º a 4º séries/1o ao 5o ano) o trabalho pedagógico
centra-se nas atividades artísticas, na prática com músicas, jogos teatrais, desenho e dança. Nessas atividades priorizam-se os elementos formais, como estudos sobre cores primárias e secundárias (artes visuais); timbre, duração e altura (música); expressão facial, corporal e gestual (teatro) e movimento corporal (dança).
Nas séries/anos finais do Ensino Fundamental (5º a 8º séries/ 6o ao 9o ano) gradativamente abandona-se a prática artística e a ênfase nos elementos formais, tratando-se de forma superficial os conteúdos de composição e dos movimentos e períodos.
No Ensino Médio a prioridade é para a História da Arte, com raros momentos de prática artística, centrando-se no estudo de movimentos e períodos artísticos e na leitura de obras de arte.
Em síntese, durante a Educação Básica, o aluno tem contato com fragmentos do conhecimento em Arte, percorrendo um arco que inicia-se nos elementos formais, com atividades artísticas (séries iniciais) e finaliza nos movimentos e períodos, com exercícios cognitivos, abstratos (Ensino Médio).
Os conteúdos básicos para a disciplina de Arte estão organizados por área. Devido ao fato dessa disciplina ser composta por quatro áreas (artes visuais, música, teatro e dança), o professor fará o planejamento e o desenvolvimento de seu trabalho, tendo como referência a sua formação. A partir de sua formação e de pesquisas, estudos, capacitação e experiências artísticas, será possível a abordagem de conteúdos das outras áreas artísticas.
Segue a relação dos conteúdos separados por linguagem, de acordo com cada série:
5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA MÚSICA
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaEscalas: diatônica, pentatônica,cromática e improvisação.
Greco-RomanaOrientalOcidentalAfricana
6ª SÉRIE/7º ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaEscalasGêneros: folclórico, indígena, popular e étnicoTécnicas: vocal, instrumental e mistaImprovisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
AlturaDuraçãoTimbre
RitmoMelodiaHarmonia
Indústria CulturalEletrônicaMinimalista
181
IntensidadeDensidade
Tonal, modal e a fusão de ambos.Técnicas: vocal, instrumental e mista
Rap, Rock, Tecno
8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocfal, instrumental e mistaGêneros: popular, folclórico e étnico.
Música EngajadaMúsica Popular BrasileiraMúsica Contemporânea
5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
PontoLinha TexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalFigurativaGeométrica, simétricaTécnicas: Pintura, Escultura, arquitetura...Gêneros: cenas da mitilogia...
Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalArte Pré-Histórica
6ª SÉRIE/7º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto Proporção Arte indígena
182
Linha TexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz
TridimensionalFigurativa e fundoAbstrata PerspectivaTécnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...Gêneros: paisagem, retrato,natureza morta...
Arte PopularBrasileira e ParanaenseRenascimentoBarroco
7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
PontoLinha TexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz
SemelhançasContrastesRitmo VisualEstilizaçãoDeformaçãoTécnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...
Indústria CulturalArte séc.XXArte Contemporânea
8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
PontoLinha TexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigura-fundoRitmo VisualTécnica: Pintura, grafitte, performance...Gêneros: Paisagem, urbana, cenas do cotidiano...
RealismoVanguardasMuralismo e Arte Latino-AmericanaHip Hop
5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:Expressões
Enredo, roteiro.Espaço Cênico,
Greco-RomanaTeatro Oriental
183
Corporais,Vocais,Gestuais e faciaisAçãoEspaço
AdereçosTécnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...Gênero: Tragédia, Comédia, e Circo.
Teatro MedievalRenascimento
6ª SÉRIE/7º ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:ExpressõesCorporais,Vocais,Gestuais e faciaisAçãoEspaço
RepresentaçãoLeitura dramática, Cenografia.Técnicas:jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...Gêneros:Rua e arena,caracterização.
Comédia dell' arteTeatro PopularBrasileiro e paranaenseTeatro Africano
7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:ExpressõesCorporais,Vocais,Gestuais e faciaisAçãoEspaço
Representação no Cinema e MídiasTexto dramáticomaquiagemSonoplastiaRoteiroTécnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Industria CulturalRealismoExpressionismoCinema Novo
8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:Expressões
Técnicas: Monológo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-
Teatro Engajadoteatro do Oprimido
184
Corporais,Vocais,Gestuais e faciaisAçãoEspaço
Fórum...DramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurino
Teatro PobreTeatro do AbsurdoVanguardas
5ª SÉRIE/6º ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento CorporalTempoEspaço
KinesferaEixoponto de ApoioMovimentos articularesFluxo (livre e interrompido)Rápido e lentoFormação Níveis (alto, médio e baixo)Deslocamento(direto e indireto)Dimensões (pequeno e grande)Técnica:ImprovisaçãoGênero:Circular
Pré-históriaGreco-RomanaRenascimentodança Clássica
6ª SÉRIE/7º ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento CorporalTempoEspaço
Ponto de ApoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedapeso (leva e pesado)Fluxo (livre, interrompido e conduzido)Lento, rápido e moderadoNíveis (alto, médio e baixo)FormaçãoDireçãoGênero: Folclórica popular e étnica
Dança popularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígena
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7ª SÉRIE/8º ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento CorporalTempoEspaço
GirorolamentosaltosAceleração e desaceleraçãoDireções (frente, atrás, direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Industria Cultural e espetáculo
Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria CulturalDança Moderna
8ª SÉRIE/9º ANO – ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇAÕ MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento CorporalTempoEspaço
Kinesferaponto de ApoiopesoFluxoQuedasSaltosGirosRolamentosExtensão (perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: Performancee moderna
VanguardasDança ModernaDança Contemporânea.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Na prática pedagógica serão abordadas produções e reflexões acerca da arte universal e artístas consagrados, contudo, objetiva-se também o conhecimento sobre a arte produzida pela sociedade contemporânea e aspectos da vivência do aluno.
Na prática artística, assim como nas demais disciplinas deve-se reconhecer a importância do combate ao preconceito, ao racismo e a
186
discriminação aos afro-descendentes e indígenas em cumprimento às leis 10639/03 e 11645/08. São também Leis afirmativas, no sentido de quem reconhecem a escola como lugar da formação de cidadãos e afirmam a relevância de a escola promover a necessária valorização das matrizes culturais que fizeram do Brasil o país rico, múltiplo e plural que somos.
Partindo-se deste princípio, a Lei 9795/99, orienta e estabelece a Política nacional de Educação Ambiental.
A Educação Ambiental faz parte dos Desafios Educacionais Contemporâneos e trabalhar com Educação Ambiental implica o desenvolvimento de um processo permanente de formação e informação acerca das questões referentes ao equilíbrio ambiental, visando a qualidade de vida e o entendimento das relações homem/meio biológico, bem como as das interferências do primeiro sobre o segundo e suas consequências. Ela deve estar presente na prática cotidiana de todos os envolvimentos no processo educacional, não ficando restrita a uma única disciplina ou sob responsabilidade de um(a) professor(a) apenas, mesclando-se, portanto, ao dia a dia da comunidade de forma natural.
Nas aulas de Arte é necessário que o aluno tenha acesso a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três momentos da organização pedagógica:
Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.
É a parte do processo metodológico que privilegia a cognição, em que a racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente produzido sobre arte.
É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originados pela comunidade.
O conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a obra artística e a arte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho de sujeitos, histórica e socialmente datados. Portanto, a arte tem caráter provisório, em função da mudança de valores culturais que pode ocorrer através do tempo nas diferentes sociedades e modos de produção.
187
Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte.
A percepção e apropriação das obras artísticas se dão inicialmente pelos sentidos. De fato, a fruição e a percepção serão superficiais ou mais aprofundadas conforme as experiências e conhecimentos em arte que o aluno tiver em sua vida.
Ao analisar uma obra, espera-se que o aluno através da mediação do professor, transcenda as aparências e sentidos e perceba que, no processo de composição, o artista imprime sua visão de mundo, a ideologia com a qual se identifica, o seu momento histórico e outras determinações sociais. Além de o artista ser um sujeito histórico e social, é também singular, e na sua obra apresenta uma nova realidade social.
E ainda, para o trabalho com os produtos da indústria cultural, é importante perceber os mecanismos de padronização excessiva dos bens culturais, da homogeneização do gosto e da ampliação do consumo.
Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte.
A prática artística – o trabalho criador – é expressão privilegiada, é o exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola apresenta para desenvolver essa prática, ela é fundamental, pois a arte não pode ser apreendida somente de forma abstrata. De fato, o processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza seus sentidos.
Na prática cotidiana não existe uma ordem correta para aplicação da metodologia, portanto, o trabalho pode ter início em qualquer um desses três momentos, desde que ao final do processo o aluno tenha vivenciado cada um deles.
AVALIAÇÃO
A avaliação para a disciplina de Arte proposta é diagnóstica e processual. Pois, serve de referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.
Conforme Regimento e Projeto Político Pedagógico da nossa escola, avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a apresentados ocorra.
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Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um todo.
Esse processo dar-se-á de forma intrínseca ao processo de ensino aprendizagem, preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, sendo uma avaliação contínua e cumulativa, utilizando vários instrumentos de avaliação para se alcançar determinado fim conduzindo o aluno, não a uma aquisição pura e simples de conhecimentos, mas sim a um processo de elaboração e ações que conduzam a uma prática social transformadora.
Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de Arte serão: trabalhos artísticos individuais e em grupo; pesquisas bibliográfica e de campo; debates em forma de seminários e simpósios;apresentação oral de trabalhos;atividades de leitura e interpretação de textos, oral e escrita; provas teóricas e práticas; registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.
As atividades serão realizadas em grupo ou individual, sendo sempre uma avaliação somatória e diagnóstica.
Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios, que são compreendidos com um referencial que gera parâmetros que devem ser previamente estabelecidos. Os critérios serão apresentados para os alunos, favorecendo a transparência, orientando o trabalho discente e o co-responsabilidade do aluno no processo de responsabilidade. Os critérios seguidos por esta área de conhecimento serão:
- A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea;
- A produção de trabalhos de arte visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social;
- A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.Ao elaborar o Plano de Trabalho Docente, o professor considera a
avaliação como parte inerente ao processo de ensino aprendizagem, realizando-a em função dos conteúdos trabalhados, e o sistema de recuperação está sendo considerado também como integrante de todos os momentos de aprendizagem, sendo desenvolvido à luz das condições daquele educando que não aprendeu.
De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de Estudos consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias diversificadas e participativas.
189
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394196, no Art. 13, os docentes incumbir-se-ão de:
estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.Nesta perspectiva esta disciplina propõe que o processo de avaliação seja
realizado concomitantemente de duas formas: através da retomada de conteúdo a partir de diagnósticos oferecidos pelas atividades realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos instrumentos de avaliação; e através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala.
Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e recuperação desta disciplina de Arte estará comprometido com a clareza nos critérios utilizados, com a intencionalidade do ato educativo, com a reflexão crítica sobre a prática, enfim, o comprometimento com a aprendizagem do aluno.
REFERÊNCIAS
BUORO, Anamélia Bueno. O olhar em construção: uma experiência de ensino e aprendizagem da arte na escola. 5ª Ed. São Paulo: Cortez, 2001.
190
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
BACARIN, Ligia Maria Bueno Pereira. O movimento de arte-educaçãoE o ensino de arte no brasil: história e política. Orientadora:NOMA, Amélia
Kimiko. 2005.
ESCOLA: Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino Fundamental.
NRE: Apucarana
MUNICÍPIO: Borrazópolis
DISCIPLINA: Ciências
NÍVEL: Ensino Fundamental
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PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
PROFESSORAS: Ana Claudia Vicentin das Neves
Ângela Batista Prado
Lourdes da Silva Tschmerijza
Lucinda de Jesus Silva Farinazzo
Márcia Telles Ribeiro Coccia
Teresa Apª Domingues Pereira
BORRAZÓPOLIS - PARANÁ
2010
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Numa perspectiva histórica, ao se pensar em Ciências como uma atividade complexa,
histórica e coletivamente construída, que altera e sofre influências da sociedade,nos diferentes
setores sociais, tecnológicos, culturais, éticas e políticas. Ao ensinar e aprender Ciências:
192
tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se
por Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o
Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe
interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza,
resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo,
espaço, matéria, movimento, força, campo, energia.(SEED,2008)
Logo, a ciência não se revela como uma verdade, ela vem propor modelos explicativos
elaborados através da obervação da natureza, aplicado aos métodos científicos.
Diante da complexidade de acontecimentos e dos fenômenos naturais fica impossível
a um único cientista, dominar todo o conhecimento no âmbito de uma única especialidade.
Desde então, a Ciência vem se atrelando a fatos e descobertas considerando a ciência
como uma construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições num
determinado contexto histórico, num cenário socio-ecônomico, tecnológico, cultural,
religioso, ético e político, evitando creditar em resultados de cientistas geniais. Devendo
estabelecer créditos para a evolução do conhecimento científico na história da humanidade,
como:
Na Antiguidade os fenômenos da natureza explicados em publicações de Aristóteles,
Ptolomeu que no século XVII, Nicolau Copérnico (1473-1543), provocou uma grande
mudança na forma de ver o mundo juntamente com Galileu Galilei. Ainda nesse período,
Isaac Newton (1642-1727) também dá sua contribuição na ciência, que até hoje perdura os
seus conhecimentos sobre os movimentos, na natureza como algo regular.
O processo de socialização do conhecimento científico caracterizou-se por grandes
desafios e embates, principalmente no que se refere aos objetivos do ensino de Ciências,visto
que quando o indivíduo se apropriava do conhecimento cientifico era considerado um
cidadão.
193
No Brasil, o ensino de Ciências, na década de 1950, cresceu em todos os níveis e
passou a ser objeto de movimentos em busca de reformas educacionais à medida, em que a
tecnologia e a Ciência, foram reconhecidas como essenciais para o desenvolvimento
econômico, social e cultural que viria a contribuir para um país autosuficiente. Fato marcante
para tal crescimento , ocorreu durante a guerra fria ,o lançamento do satélite Russo
comprometeu a supremacia estadunidense, que passou a promover uma reforma em seu
ensino.
A década de 60, ficou marcada por intensos debates políticos, assim como por tensões
sócio-ideológicos e pôr gerar conflitos no currículo escolar. Passando a ciência de neutra para
uma educação científica, preparando os estudantes a serem mais aptos para a defesa do
progresso, da ciência e da tecnologia nacionais.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 4024/61, ampliou o espaço da
disciplina, com isso o científico passou a ser a melhor maneira de desencadear uma formação
científico tecnológica, ganhando relevância no ensino de Ciências por acreditar-se que o
mesmo, ao desenvolver o raciocínio lógico e formar o cidadão, não se restringe apenas à
preparação do futuro cientista. Em 1964 o ensino de Ciências, passou a ter um compromisso
com a formação de mão-de-obra técnico–científico, para atender as necessidades do mercado
e do desenvolvimento econômico do País. Nessa nova configuração as disciplinas científicas
foram atingidas devido à reorganização do currículo, que assumiu um caráter
profissionalizante o que provocou uma grande descaracterização do currículo que
historicamente marcava o ensino de Ciências. Nos anos 70, houve uma preocupação com a
crescente degradação ambiental e o atrelamento do desenvolvimento científico-tecnológico.
Assim, as relações entre a Ciência e a tecnologia passam a ser analisadas mais
criticamente.
Já na década de 80, ocorreu a massificação da educação, onde a expansão da oferta
não significou qualidade de ensino. A democratização acaba por influenciar o ensino de
Ciências, enfatizando as discussões sobre sua função social, tendo como referencial teórico a
pedagogia histórico-crítica.
A partir de 1990, no ensino de Ciências, o Currículo Básico propôs a integração dos
conteúdos a partir de três eixos norteadores não explicitamente as preocupações em relação
194
aos resultados das ações do homem sobre a natureza. Mesmo com o avanço pedagógico em
articular os conteúdos em eixos norteadores e apresentá-los em todas as séries do ensino
fundamental, a proposta ficou limitada, uma vez que na sua implementação não apresentou
subsídios teóricos- metodológicos suficientes para esses trabalhos de forma articulada. O
currículo perdeu força como documento orientador da disciplina e estabeleceu as Diretrizes e
Bases para a Educação Nacional, ocorrendo uma mudança de paradigma da Educação, na qual
a Escola perdeu o caráter de espaço social e transformador e, passou a ser entendida como
empresa dentro do modelo Neoliberal de educação.
Em 1996, tendo em vista a publicação e a ampla distribuição dos PCNS e temas
transversais, o ensino de Ciências sofreu um esvaziamento da concepção da Ciências como
história deixando de analisar seus aspectos sociais, políticos e econômicos. A questão
ambiental foi tratada numa concepção cientificista.
Um novo período na história da educação paranaense iniciou-se em 2003 com a
reformulação da política educacional, onde se destacou o descrédito à proposta neoliberal, o
resgate da função social da escola e o trabalho pedagógico com os conteúdos específicos das
disciplinas escolares. O currículo escolar é instituído como eixo fundamental da escola,
incentivando o professor a refletir sobre sua própria prática pedagógica, a formação
continuada , possibilitando o acesso a fundamentação teórico e prática.
Ao analisar a educação e o currículo de Ciências, em cada momento histórico,
percebeu-se que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo com os interesses
políticos, econômicos e sociais de cada período determinado, assim a mudança de foco do
processo de ensino e de aprendizagem.
Na medida em que os conteúdos específicos envolvem um vasto campo de
conhecimento produzidos pela humanidade no decorrer de sua história, a disciplina de
Ciências se constitui num conjunto de conhecimentos científicos necessários para
compreender e explicar os fenômenos naturais e suas interferências no mundo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DA DISCIPLINA
195
Saberes fundamentais capazes de organizar teoricamente os campos de estudo da
disciplina, essenciais para a compreensão de seu objeto de estudo e de suas áreas afins:
ASTRONOMIA: A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma
das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Numa
abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos geocêntrico e heliocêntrico, bem
como sobre os métodos e instrumentos científicos, conceitos e modelos explicativos que
envolveram tais discussões. Além disso, os fenômenos celestes são de grande interesse dos
estudantes porque por meio deles buscam-se explicações alternativas para acontecimentos
regulares da realidade, como o movimento aparente do Sol, as fases da Lua, as estações do
ano, as viagens espaciais, entre outros.
MATÉRIA: Propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que privilegiem o estudo da
constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se
apresentam à nossa percepção. Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento não
somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo
que num primeiro momento vemos, sentimos e tocamos.
SISTEMAS BIOLÓGICOS: Aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como
suas características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e suas
respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de
seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração,
Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e amplia-se a
discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim de
compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de
sistemas que integram o organismo vivo.
ENERGIA: Propõe-se o trabalho que possibilita a discussão do conceito de energia,
relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade. Discute-se tal
196
conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado nas idéias do calórico, que
representava as mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas. Ao propor o calor em
substituição à teoria do calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes
da ciência: a lei da conservação da energia.
Este conteúdo busca novos conhecimentos na tentativa de compreender o conceito
energia no que se refere às suas várias manifestações, como por exemplo: energia mecânica,
energia térmica, energia elétrica, energia luminosa, energia nuclear, bem como os mais
variados tipos de conversão de uma forma em outra.
BIODIVERSIDADE: O conceito de biodiversidade, não dever ser entendido como uma
simples diversidade de seres vivos, mas implica ampliar o entendimento de que essa
diversidade de espécies, considerada em diferentes níveis de complexidade, habita em
diferentes ambientes, mantém suas inter- relações de dependência e está inserida em um
contexto evolutivo.
Espera-se que o estudante entenda o sistema complexo de conhecimentos
científicos que interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de
espécies atuais e extintas; as relações ecológicas estabelecidas entre essas espécies com o
ambiente ao qual se adaptaram, viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais
tais espécies têm sofrido transformações.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
Todos os conteúdos básicos, apresentados nos conteúdos estruturantes, são
essenciais na disciplina de Ciências. No Plano de Trabalho Docente esses conteúdos básicos
devem ser desdobrados em conteúdos específicos a serem abordados pelos professores de
Ciências em função de interesses regionais e do avanço na produção do conhecimento
científico . Sendo:
5ª SÉRIE
ASTRONOMIA
197
Universo;
Sistema solar;
Movimentos terrestres:
Movimentos celestes;
Astros.
MATÉRIA
Constituição da Matéria.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Níveis de organização celular.
ENERGIA
Formas de energia;
Conversão de energia;
Transmissão de energia.
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos;
Ecossistema;
Evolução dos seres vivos.
6ª SÉRIE
198
ASTRONOMIA
Astros;
Movimentos Celestes;
Movimentos Celestes.
MATÉRIA
Constituição da Matéria.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Célula;
Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
ENERGIA
Formas de energia;
Transmissão de energia.
BIODIVERSIDADE
Origem da vida;
Organização dos seres vivos;
Sistemática.
7ª SÉRIE
199
ASTRONOMIA
Origem e evolução do Universo.
MATÉRIA
Constituição da Matéria.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Célula;
Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
ENERGIA
Formas de energia.
BIODIVERSIDADE
Evolução dos seres vivos.
8ª SÉRIE
ASTRONOMIA
200
Astros;
Gravitação Universal.
MATÉRIA
Propriedades da Matéria.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
Mecanismos de herança genética.
ENERGIA
Formas de energia;
Conservação de energia.
BIODIVERSIDADE
Interações Ecológicas.
METODOLOGIA
201
A prática pedagógica docente para o ensino de Ciências dar-se-á através da:
A seleção dos conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências, o professor
deverá organizar o trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o
trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola; os
interesses da realidade local e regional onde a escola está inserida; a análise crítica dos livros
didáticos e paradidáticos da área de Ciências; e informações atualizadas sobre os avanços da
produção científica.
Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor de Ciências
reflita a respeito das abordagens e relações a serem estabelecidas entre os conteúdos
estruturantes, básicos e específicos. Reflita, também, a respeito das expectativas de
aprendizagem, das estratégias e recursos a serem utilizados e dos critérios e instrumentos de
avaliação.
Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam entendidos em
sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de conhecimento físico,
químico e biológico, mas visando uma abordagem integradora. Tais conteúdos podem ser
entendidos a partir da mediação didática estabelecida pelo professor de Ciências, que pode
fazer uso de estratégias que procurem estabelecer relações interdisciplinares e contextuais,
envolvendo desta forma, conceitos de outras disciplinas e questões tecnológicas, sociais,
culturais, éticas e políticas. ( SEED.2008)
É importante que o professor estabeleça relações entre os diversos conteúdos
básicos, superando o engessamento desses, no âmbito escolar. E ainda, que respeite o nível
cognitivo dos alunos, a realidade local, a diversidade cultural, as diferentes forma de
apropriação dos conteúdos básicos por parte dos alunos e, adote uma linguagem coerente com
a faixa etária, aumentando gradativamente o aprofundamento da abordagem desses conteúdos.
O processo de ensino e aprendizagem em Ciências, não deve se limitar a uma
única metodologia ou ficar restrito a um único espaço físico, portanto as aulas e atividades
práticas podem acontecer em diversos ambientes, na escola ou fora dela.
As atividades práticas têm como conceito ampliado quando entendidas como
qualquer atividade pedagógica em que os alunos se envolvem diretamente, como: utilização
do computador, leitura, análise e interpretação de dados, gráficos, imagens, gravuras, tabelas e
202
esquemas; resolução de problemas; elaboração de modelos; estudos de assuntos polêmicos
relacionados a Educação do Campo, a Étnico-racial e a Bioética, abordando assim problemas
reais da sociedade; pesquisas bibliográficas, entrevistas, dentre outras. Envolvendo nestas
atividades, materiais alternativos que garantam a interpretação dos fatos e conceitos
suscitando a reflexão sobre o objeto estudado.
Tendo como possibilidades de encaminhamento metodológico: a observação; o
trabalho de campo; jogos de simulação e desempenho de papéis; excursões, reuniões,
observações da natureza: rios e campos; visitas à comunidade, a postos de saúde, a fábricas, a
fazendas, a museus, a parques (como o Parque da Ciência Newton Freire Maia); projetos
individuais ou em grupos; redação de cartas para autoridades; palestrantes convidados; fóruns,
debates, seminários, conversação dirigida, dentre outras. Ainda podendo utilizar atividades
que estimulam os educandos ao trabalho coletivo como as que envolvem a música, desenho,
poesia, jogos didáticos, dramatizações, feiras de ciências, entre outras.
Para o desenvolvimento das atividades, o professor poderá utilizar os mais
variados recursos pedagógicos/ tecnológicos: livro didático, revistas, jornais, revistas em
quadrinhos, quadro de giz, músicas, mapas, globo, modelos didáticos, microscópio, lupa,
telescópio, computador, slides, fitas VHS, DVD’s, CD’s, CD-Rom’s educativos, TV
multimídia e softwares livres, dentre outros.
Analisando a prática pedagógica, o professor deverá valorizar: a abordagem
problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura
científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos
instrucionais ( organogramas, mapas conceituais, gráficos, tabelas, entre outros) e o lúdico,
entre outros.
Seguindo essas considerações, o Professor deve organizar o seu plano de trabalho
docente (PTD) e saber quais os objetivos e expectativas a serem atingidas, atentando para a
valorização dos costumes de cada indivíduo, buscando na diversidade cultural coexistente,
respaldo ético para ratar as diferenças e minimizar as desigualdades, O Ensino de Ciências, ao
contemplar a Lei 10639/03, referente a "História e Cultura - Afro Brasileira e Africana , faz
alusão à valorização da igualdade racial e cultural, desmistificando o preconceito e a
discriminação. Da mesma forma ,o ensino de ciências promove a valorização da cultura rural,
utilizando-se das práticas características dessa cultura para a promoção do conhecimento. Esta
203
escola tem uma boa parte de seu alunado proveniente do campo (zona rural), a disciplina de
Ciências procurará articular experiências e estudos direcionados para o mundo do trabalho,
para o desenvolvimento social, economicamente justo e ecologicamente sustentável.
Utilizando métodos adequados à realidade do campo, resgatando os materiais disponíveis no
meio ambiente, o conhecimento que os pais, os estudantes, os técnicos, as lideranças da
comunidade possuem sobre as diferentes temáticas a serem trabalhadas. A prática pedagógica
do ensino de ciências contempla em suas ações pedágógicas a Leis 11.645/08 atendendo nos
Currículos da Educação Básica valorizando a história e cultura de seus povos, como estudos
da herança de genes, da cor da pele, tipos sanguíneos, o uso de plantas, culinárias e outras. E
contemplando a Lei 9.795/99, que trata da Educação Ambiental procura de forma articulada,
em todos os níveis e modalidades do processo educativo utilizando metodologias
diversificadas tratar desse assunto despertando a consciência de que os problemas ambientais
refletem com consequências que atinge a todos nós, que é também atendido na Agenda 21 da
escola.
O ensino de Ciências ainda trata de atender os desafios contemporâneos como a
prevenção ao uso indevido de drogas , o enfrentamento à violência na escola , cidadanias
direitos humanos, educação fiscal. Também atende assuntos sobre Gênero e Diversidade
Sexual e outras diversidades como Paraná Alfabetizado e os citados nas Leis acima. Estes
temas são abordados através de trabalhos dirigidos, com vistas a inclusão social, promover a
emancipação do cidadão, com ações coletivas em favor da construção do conhecimento.
O Projeto Fera Com Ciência é uma atividade pedagógica complementar e
interativa, na qual os sujeitos do processo de ensino e de aprendizagem – alunos e professores
podem enriquecer seus conhecimentos. O Projeto Fera Com Ciência oferece aos estudantes
paranaenses, a oportunidade de divulgação de trabalhos de natureza científica e tecnológica,
incentivando a curiosidade e a pesquisa. A Educação do Paraná, estimula o aprendizado de
conteúdos curriculares e a produção cultural e desperta na comunidade educacional o
interesse pela Cultura, pela Arte e pela Ciência, fortalecendo-a para estender o conhecimento
adquirido a todos os domínios da vida.
Este projeto consiste em expor publicamente suas produções planejadas e
executadas no cotidiano. Com exposições, oficinas, discussões e pesquisas, sendo portanto, de
grande importância para a socialização dos saberes sistematizados nas escolas.
204
O Portal Educacional Dia-a-Dia Educação, pode colaborar com o professor desde
o seu planejamento até como realização das suas ações pedagógicas, por meio de “Ambientes
Colaborativos” / “Objetos de Aprendizagem Colaborativa” (APCs/OACs). É também uma
importante ferramenta para a socialização do saber, utilizando a aprendizagem colaborativa
on-line.
Com todas estas possibilidades e outras de encaminhamento metodológico, o
professor de Ciências, estará priorizando os saberes historicamente constituídos, aos quais
todos os alunos têm direito.
AVALIAÇÃO
A avaliação é uma atividade indispensável no processo-aprendizagem dos
conteúdos científicos, de acordo com o artigo 24 da LDB nº 9394/96, em consonância com as
DCEs do Estado do Parana 2008, Conforme Regimento da Escola e Projeto Político
Pedagógico da nossa escola. Avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos,
com o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a aprendizagem ocorra.
Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos professores,
a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um todo.
Esse processo dar-se-á de forma intrínseca ao processo de ensino aprendizagem,
preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, sendo uma avaliação contínua
e cumulativa, utilizando vários instrumentos de avaliação para se alcançar determinado fim
conduzindo o aluno, não a uma aquisição pura e simples de conhecimentos, mas sim a um
processo de elaboração e ações que conduzam a uma prática social transformadora.
Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de Ciências, serão:
Provas ( não classificatórias);
Atividades de leitura e interpretação de textos, oral e escrita;
Atividades de pesquisa bibliográfica;
Pesquisa de campo;
Palestras;
205
Apresentação oral de trabalhos;
Atividades experimentais;
Produção de textos:
Relatórios;
Seminários;
Debate;
Júri Simulado;
Criação ou recriação de jogos:
Pesquisa individual e em grupo;
Desenho;
Elaboração de painéis;
Elaboração de murais;
Leituras;
Construção de gráficos e tabelas;
Atividades a partir de recursos audiovisuais (música, filmes, slides);
Questões discursivas;
Questões objetivas.
Os instrumentos de avaliação poderão ser realizados em grupo ou individual,
sendo sempre uma avaliação somatória e diagnóstica.
Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios, que são
compreendidos com um referencial que gera parâmetros que devem ser previamente
estabelecidos. Os critérios específicos da disciplina serão apresentados para os alunos,
favorecendo a transparência, orientando o trabalho discente e a co-responsabilidade do aluno
no processo de responsabilidade.
Em Ciências o principal critério de avaliação é a formação dos conceitos
científicos. Valoriza-se desta forma, uma ação pedagógica includente dos conhecimentos
anteriores dos alunos e a interação da dinâmica dos fenômenos naturais por meio de conceitos
científicos. Nestes termos avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-
aprendizagem, para que compreenda o real significado dos conteúdos científicos escolares e
do objeto de estudo de Ciências, visando a melhoria da qualidade de vida e a transformação
de sua vivência.
206
Ao elaborar o Plano de Trabalho Docente, o professor considera a avaliação como
parte inerente ao processo de ensino aprendizagem, realizando-a em função dos conteúdos
trabalhados, e o sistema de recuperação está sendo considerado também como integrante de
todos os momentos de aprendizagem, sendo desenvolvido a luz de condições daquele
educando que não aprendeu.
De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de Estudos consiste na
retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os
alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por
meio de metodologias diversificadas e participativas.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, no Art. 13, os
docentes incumbir-se-ão de:
Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.
Nesta perspectiva, esta disciplina propõe que o processo de recuperação seja
realizado concomitantemente de duas formas: através da retomada de conteúdo a partir de
diagnósticos oferecidos pelas atividades realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos
instrumentos de avaliação; e através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala.
Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e recuperação desta disciplina
de Ciências, estará comprometido com a clareza nos critérios utilizados, com a
intencionalidade do ato educativo, com a reflexão crítica sobre a prática, enfim, o
comprometimento com a aprendizagem do aluno.
REFERÊNCIAS
207
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação Ambiental.
Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do Campo .
Curitiba: SEED, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais
e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba: SEED, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais
Contemporâneo: Prevenção ao uso indevido de drogas . Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais
Contemporâneo: Enfrentamento à violência na escola . Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:
Ciências . Curitiba: SEED, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo
Branco – Ens. Fundamental Séries Finais; Borrazópolis,2010
REGIMENTO ESCOLAR:Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ens.
Fundamental Séries Finais; Borrazópolis,2010
ESCOLA: Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino Fundamental
NRE: Apucarana
MUNICÍPIO: Borrazópolis
DISCIPLINA: Educação Física
208
NÍVEL: Ensino Fundamental
PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
PROFESSORES: Flávio Davi dos Passos Freitas
Ademir Lucchetti Luciana Dias Santos
Sônia Regina da Silva Berti Lucchetti
Borrazópolis2010
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Educação Física tem como objeto de estudo "o homem em movimento"
e pode ser entendida como uma área que interage com o ser humano em sua
209
totalidade, englobando aspectos biológicos, psicológicos, sociológicos e
culturais e a relação entre eles. O professor de Educação Física deve pensar na
totalidade que o aluno representa, por exemplo, se o conteúdo da aula for
ginástica, as metas traçadas pelo professor devem desenvolver o preparo físico
dos alunos (aspecto biológico), aumentar sua auto-estima através da realização
do movimento (aspecto psicológico), melhorar sua sociabilização (aspecto
sociológico), realizar atividades conhecidas e aceitas naquela região (aspecto
cultural) e, por último, relacionar esses aspectos, lembrando que todos serão
trabalhados praticamente ao mesmo tempo.
A Educação Física tem uma história de pelo menos um século e meio
no mundo ocidental moderno. Possui uma tradição e um saber fazer ligados ao
jogo ao esporte, a luta, a dança e a ginástica, e a partir deles tem buscado um
significado próprio.
O trabalho na área de Educação Física tem seus fundamentos nas
concepções sócio-culturais de corpo e movimento, e a natureza do trabalho
desenvolvida nessa área se relaciona intimamente com a compreensão que se
tem desses conceitos.
Atualmente a análise crítica e a busca de superação de antigas
concepções, apontam a necessidade de que se considerem também as dimensões
culturais, sociais, políticas e afetivas, presentes no corpo vivo, isto é no corpo
das pessoas que interagem e se movimentam como sujeitos sociais e como
cidadãos.
Portanto, entende-se a Educação Física como uma área do
conhecimento de cultura corporal de movimento e a educação física escolar
como uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal
formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la,
210
instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas
e das ginásticas em beneficio do próprio corpo e em exercício crítico da
cidadania e da melhoria da qualidade de vida.
Trata-se portanto de localizar em cada uma das modalidades, seus
benefícios humanos e suas possibilidades de utilização como instrumentos de
comunicação, expressão de sentimentos e emoções, de lazer e de manutenção e
melhoria de qualidade de vida e saúde.
A Educação Física Escolar deve dar oportunidades a todos os
alunos para que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática e não
seletiva, visando seu aprimoramento como ser humano.
É tarefa da Educação Física Escolar, garantir o acesso dos alunos ás
práticas da cultura corporal, contribuir para a construção de um estilo pessoal de
praticá-las e oferecer instrumentos para que sejam capazes de apreciá-las
criticamente.
OBJETIVOS GERAIS
211
- Construir uma formação integral do aluno, em seus aspectos: físicos,
motores, psíquicos e intelectuais, ajudando na formação moral, social
buscando o desenvolvimento de um cidadão íntegro, crítico, conhecedor
de seu corpo e do espaço e principalmente respeitador do espaço e limite
dos “outros”.
- Propiciar um espaço dentro do sistema educacional, onde haja um
verdadeiro exercício de cidadania, aproveitando os diversos momentos de
uma aula, onde surgem oportunidades de variadas formas de expressões.
- Proporcionar ao educado através da seleção de conteúdos variados, ações
e reações que convidem o grupo a refletir sobre as soluções de problemas
para a melhoria da qualidade das aulas, transportando o aprendizado, para
experiências de seu cotidiano na vida real.
- Observar o bem estar físico e mental do educado acima de qualquer coisa,
devendo o educador tomar providências para que no transcorrer de todo o
processo educativo, as “diferenças” sejam entendidas, aceitas e
respeitadas.
- Possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela
humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao contexto histórico,
econômico e social.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
5ª série / 6º ano
212
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Esporte Coletivos
Individuais
Jogos e Brincadeiras
Jogos e Brincadeiras Populares
Brincadeiras e Cantigas de Roda
Jogos de tabuleiro
Jogos Cooperativos
DançaDanças Folclóricas
Danças de Rua
Danças Criativas
GinásticaGinástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica Geral
Lutas Lutas de Aproximação
Capoeira
6ª série / 7 º ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
213
EsporteColetivos
Individuais
Jogos e Brincadeiras
Jogos e Brincadeiras Populares
Brincadeiras e Cantigas de Roda
Jogos de tabuleiro
Jogos Cooperativos
Dança
Danças Folclóricas
Danças de Rua
Danças Criativas
Danças Circulares
Ginástica
Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica Geral
LutasLutas de Aproximação
Capoeira
7ª série / 8 º ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
214
EsporteColetivos
Radicais
Jogos e Brincadeiras
Jogos e Brincadeiras Populares
Jogos de Tabuleiro
Jogos Dramáticos
Jogos Cooperativos
DançaDanças Criativas
Danças Circulares
Ginástica
Ginástica Rítmica
Ginástica Circense
Ginástica Geral
LutasLutas com instrumento mediador
Capoeira
8ª série /9 º ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
215
EsporteColetivos
Radicais
Jogos e Brincadeiras
Jogos de Tabuleiro
Jogos Dramáticos
Jogos Cooperativos
DançaDanças Criativas
Danças Circulares
GinásticaGinástica Rítmica
Ginástica Geral
LutasLutas com instrumento mediador
Capoeira
ELEMENTOS ARTICULADORES
216
Cultura Corporal e Corpo; Cultura Corporal e Ludicidade; Cultura Corporal e Saúde; Cultura Corporal e o Mundo do Trabalho; Cultura Corporal e Desportivização; Cultura Corporal – Técnica e Tática; Cultura Corporal e Lazer; Cultura Corporal e Diversidade; Cultura corporal e Mídia.
Os conteúdos da Cultura Afro-Brasileira e Africana, deverão ser
abordados nas séries da Educação Básica, com o objetivo de resgatar e difundir
a cultura negra brasileira e sua contribuição para a história do Brasil.
Esses conteúdos estão contemplados na Lei 10.636/2003 das Diretrizes
Curriculares da Educação Nacional. Os conteúdos a serem abordados na
disciplina de educação Física são:
Danças e suas manifestações corporais na cultura afro-brasileira;
Brinquedos e brincadeiras da cultura africana e jogos praticados no Brasil
pelos afro-descendentes numa perspectiva histórica;
A capoeira e seus significados, como elementos da cultura corporal;
Manifestações corporais expressas no folclore brasileiro.
METODOLOGIA
217
Com a preocupação de garantir a coerência com a concepção exposta e
de efetivar objetivos, devemos selecionar práticas da expressividade corporal
nas aulas. Os conteúdos de Educação Física devem possibilitar intervenções
acerca da corporalidade, valorizando o domínio de idéias e conceitos bem como
propiciar aos alunos práticas corporais que possibilitem o levantamento de
hipóteses soluções cabíveis e possíveis para situações-problemas surgidos dentro
do processo ensino aprendizagem.
É fundamental que durante esse processo seja considerado as
especificidades de cada comunidade de sua história e tradições promovendo a
contextualização com os conteúdos.
O Professor deve promover uma sistematização e organização dos
conteúdos levando em conta a multiplicidade de experiências corporais
adquiridas nas diferentes formas de expressões do movimento do humano.
As práticas pedagógicas devem estar articuladas com as demais
disciplinas promovendo um diálogo com as áreas do conhecimento buscando
construir uma identidade corporal, fazendo com que o aluno torne-se um sujeito
que compreende o mundo em que vive e que a partir das suas experiências possa
atuar e intervir modificando sua realidade. O professor durante o processo
educacional deverá privilegiar também a formação humana do aluno com
questionamentos sobre as diferenças de sexo, raça, religião e promover
intervenções quando surgirem manifestações ou situações de discriminação e
preconceito buscando repensar e resgatar os valores humanos.
A metodologia da Educação Física segundo as orientações das
diretrizes deve desenvolver os conteúdos conforme as estratégias descritas
abaixo.
218
Problematização: Apresentação dos conteúdos e as formas de
execução das atividades.
Desenvolvimento das atividades: Apresentação dos conhecimentos, o
professor observa as atividades realizadas pelos alunos, e suas diferentes
manifestações corporais.
Reflexão sobre a prática: Levantar os aspectos positivos e negativos
da aula levando cada aluno a pensar e repensar suas atividades. As aulas de
Educação Física devem possibilitar ainda a interlocução dos conteúdos
específicos com os conteúdos estruturantes que serão desenvolvidos de quinta a
oitava série sendo que nas sétimas e oitavas séries haverá uma maior amplitude,
complexidade e aprofundamento.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
219
Conforme Regimento e Projeto Político Pedagógico da
nossa escola, avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com
o objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a aprendizagem
ocorra.
Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a
prática dos professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio
sistema de ensino como um todo.
Esse processo se dará de forma intrínseca ao processo de
ensino aprendizagem, preponderando os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos, sendo uma avaliação contínua e cumulativa, utilizando vários
instrumentos de avaliação para se alcançar determinado fim conduzindo o aluno,
não a uma aquisição pura e simples de conhecimentos, mas sim a um processo
de elaboração e ações que conduzam a uma prática social transformadora.
Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de
Educação Física, serão:
-Atividades de leitura e interpretação de textos, oral e escrita;
-Atividades de pesquisa bibliográfica;
-Produção de textos;
-Palestras;
-Apresentação oral de trabalhos;
-Atividades experimentais;
-Projeto de pesquisa de campo;
-Relatório;
-Seminário;
-Debate;
-Atividades com textos literários e/ou informativos;
-Atividades a partir de recursos audiovisuais (música, filmes, slides, imagens);
-Questões discursivas;
-Questões objetivas.
220
As atividades serão realizadas em grupo ou individual,
sendo sempre uma avaliação somatória e diagnóstica.
Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios,
que são compreendidos com um referencial que gera parâmetros que devem ser
previamente estabelecidos. Os critérios serão apresentados para os alunos,
favorecendo a transparência, orientando o trabalho discente e a co-responsabilidade do
aluno no processo de responsabilidade.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
221
A avaliação deverá considerar os caminhos percorridos pelo aluno,
bem como, suas formas de desenvolver, solucionar, criar e inovar diante das
situações propostas.
O processo da avaliação deve oportunizar ao aluno situações
problemas para que ele analise, transforme e recrie novas formas de perceber o
mundo em que vive. Esse processo será contínuo, observando os progressos
apresentados durante o ano letivo.
Os insucessos não serão apenas detectados, mas explorados, visando
diminuir desigualdades e a classificação entre bons e ruins, procurando sanar as
dificuldades encontradas no decorrer do processo ensino aprendizagem.
A avaliação não poderá estar fundamentada apenas em aferições de
performances através de provas e testes físicos do educando, privilegiando
apenas aspectos quantitativos e de mensuração, reforçando ainda mais as
situações de discriminação e classificação dos mesmos.
Conforme as novas diretrizes educacionais, a avaliação para o Ensino
Fundamental, terá como foco aprendizagem de todos os alunos, o professor deve
reavaliar suas estratégias traçando um diagnóstico sobre a assimilação dos
conteúdos pelos mesmos para localizar as lacunas nos encaminhamentos
metodológicos, replanejando a fim de atingir sucesso no processo avaliativo.
Ao elaborar o Plano de Trabalho docente, o professor
considera a avaliação como parte inerente ao processo de ensino aprendizagem,
realizando-a em função dos conteúdos trabalhados, e o sistema de recuperação
está sendo considerado também como integrante de todos os momentos de
222
aprendizagem, sendo desenvolvido a luz das condições daquele educando que
não aprendeu.
De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de
Estudos consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e
aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de
apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de
metodologias diversificadas e participativas.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº
9394196, no Art. 13, os docentes incumbir-se-ão de:
-estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de
menor rendimento.
Nesta perspectiva esta disciplina propõe que o processo de
recuperação seja realizado concomitantemente de duas formas: através da
retomada de conteúdo a partir de diagnósticos oferecidos pelas atividades
realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos instrumentos de avaliação; e
através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala.
Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e
recuperação desta disciplina de Educação Física estará comprometido com a
clareza nos critérios utilizados, com a intencionalidade do ato educativo, com a
reflexão crítica sobre a prática, enfim, o comprometimento com a aprendizagem
do aluno.
BIBLIOGRAFIA
223
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física.
Cortez – Editora.
BRACHT VALTER. Educação Física e Aprendizagem Social Magister.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental. Versão preliminar. Curitiba: SEED, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do Campo. Curitiba: SEED, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba: SEED, 2005.
ESCOLA : Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino FundamentalNRE: ApucaranaMUNICÍPIO: Borrazópolis
224
DISCIPLINA: Ensino ReligiosoNÍVEL: Ensino Fundamental
PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
PROFESSORAS:Lina Aparecida do NascimentoSimone da Silva Godoy
BORRAZÓPOLIS – PARANÁ2010
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
225
Há vários anos a disciplina de Ensino religioso tem feito parte dos
currículos escolares em nosso país e em cada período histórico tem assumindo diferentes
características pedagógicas e legais. Durante o período do Brasil Colônia a inclusão dos
temas religiosos na educação pode ser identificado nas atividades de evangelização
promovidas pela companhia de Jesus e outras instiuições religiosas de confissão católica,
voltada exclusivamente para o ensino das sagradas escrituras e da doutrina católica. Com a
chegada da República houve a separação da Igreja e o Estado, novamente ocorreram novas
mudanças no Ensino Religioso. Em 1934 o Estado procurou por fim a introdução da
disciplina de Ensino Religioso nos currículos da educação pública propondo um ensino
facultativo salvaguardando o direito individual de liberdade de credo.
A partir da década de1960 houve uma nova reelaboração da disciplina
em função de uma perspectiva aconfensional de ensino, mas continuava esquivando de sua
responsabilidade, prova desse fato pode ser encontrado na LDB 4024/61 que mantia em seu
artigo o caráter facultativo da disciplina e afirmava que o Ensino Religioso não poderia
acarretar ônus aos poderes público.
A possibilidade de um Ensino religioso aconfencional e público só se concretizou
legalmente a partir da Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional de 1996 pela lei
9475 artigo 33 que pela primeira vez na história foi proposto um modelo laico e pluralista
impedindo qualquer forma de prática catequética nas escolas públicas. Portanto, o objeto de
estudo desta disciplina busca superar as tradicionais aulas de Religião, oportunizando o
conhecimento religioso de outras religiões, garantindo a pluralidade religiosa estabelecida
pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 que estabelece no artigo 33 - “O
Ensino Religioso é de matrícula facultativa e parte integrante da formação básica do cidadão e
constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Educação Básica assegurado
o respeito à diversidade religiosa do Brasil e vedadas quais formas de proselitismo”.
Tratado nessa perspectiva, o Ensino Religioso tem como objetivo
contribuir para a superação da desigualdade étnico-religiosa, garantir o direito constitucional
de liberdade, de crença e expressão, entender os movimentos religiosos específicos de cada
cultura e a valorização da diversidade religiosa em todas as suas formas. Assim, o currículo
dessa disciplina propõe a levar os alunos, por meio dos conteúdos à compreensão,
comparação e análise das diferentes manifestações religiosas com vistas a interpretação dos
seus múltiplos significados.
Com o objetivo de ampliar a abordagem curricular no que se refere aos
conteúdos a serem trabalhados, devem ser abordados os conteúdos estruturantes: Paisagem
226
Religiosa, Símbolo e Textos Sagrados, pois compõem saberes e conhecimentos de grande
amplitude a serem contemplados. Dessa forma os conteúdos não devem ser trabalhados de
forma isolada, devem estar relacionados com as demais disciplinas e de conteúdos que
contemplam várias demandas sociais propostas pelas novas Diretrizes Curriculares, como:
Educação das Relações Étnicas Raciais, Educação no Campo, porque possibilitam reflexões a
respeito dos contextos religiosos.
Por fim, ao optar por essa abordagem, o professor estabelecerá uma
relação pedagógica ao universo das manifestações religiosas que contribui para superação da
desigualdade religiosa presente no espaço escolar que muitas vezes são marcadas pelo
preconceito. Diante deste contexto são grandes os desafios a enfrentar para que estes
esteriótipos preconizados em nossa sociedade sejam desconstruídos e nesse sentido a
disciplina de Ensino Religioso tem muito a contribuir.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
227
Propor o encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino
Religioso não se reduz a determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem
adotados em sala de aula, mas pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão as
práticas pedagógicas que poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas.
A linguagem a ser adotada nas aulas de Ensino Religioso referente à
expressão do sagrado deve ser pedagógica não a religiosa isso torna -se necessário superar as
tradicionais aulas de religião pois todas devem ser tratadas como conteúdos . Nesse sentido o
Ensino Religioso deve propiciar conhecimentos sobre a cultura e religiosidade dos povos
africanos Lei n°10639/03 e dos povos Indígena Lei n°11645/08 e dos vários desafios
educacionais propostos como; Enfrentamento à Violência na Escola, uso Indevido de
Drogas, Respeito ao Meio Ambiente oportunizando o aluno o conhecimento de diferentes
temas que são fundamentais para formação da cidadania
Para tanto é importante problematizar os conteúdos a serem
trabalhados usando a construção e produção do conhecimento caracterizado pela promoção de
debates, hipótese divergente da dúvida, do confronto de ideias de informações discordantes e
ainda da exposição de conteúdos formalizados. Pode-se acrescentar a prática de pesquisa,
leitura e análise dos textos trabalhados que possibilita a compreensão e apropriação de novos
saberes essenciais para a vida.
Diante do que se foi apresentado faz-se necessário superar modelos
lineares e fragmentados, o que se pretende é uma prática voltada para compreensão da
realidade dos fatos religiosos. Sendo assim, com as novas mudanças propostas nas Diretrizes
Curriculares, Ensino Religioso opõe-se a um modelo educacional que centra o ensino tão
somente na transmissão dos conteúdos o que se reduz as possibilidades de participação do
aluno como sujeito de produção do conhecimento.
Por fim, são grandes os desafios a serem enfrentados para a efetividade
do processo pedagógico nesta disciplina, é necessário que o professor esteja atento para a
utilização de vários recursos didáticos importantes e de grande valia na construção dos
conhecimentos religiosos, garantindo uma formação educacional eficaz e democrática.
CONTEÚDOS
228
SAGRADO
_________________________________________________________
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
________________________________________________________
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDO – 5ª SÉRIE
PAISAGEM RELIGIOSA
TEXTOSAGRADO
SÍMBOLO
5ª SÉRIE
- Respeito à Diversidade Religiosa- Lugares Sagrados- Textos Orais e Escritos Sagrados- Organizações Religiosas
6ª SÉRIE
- Universo Simbólico Religioso- Ritos- Festas Religiosas- Vida e Morte
229
ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS
Texto Sagrado
Símbolo
Paisagem Religiosa
* O Ensino Religioso na Escola Pública- Orientações legais- Objetivos- Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino Religioso como disciplina Escolar.
I RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSAS* Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa.- Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão.- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.
II LUGARES SAGRADOS* Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais.- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.- Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, etc.
III TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS* Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas.- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)
Exemplos: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Bahá'is – Fé Bahá'l, Tradições Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.
IV ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS* As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado.- Fundadores e/ou Líderes Religiosos.- Estruturas Hierárquicas.
Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tsé), etc.
CONTEÚDO – 6ª SÉRIE
ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS
230
Texto Sagrado
Símbolo
Paisagem religiosa
I – UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSOOs significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:- Nos Ritos- Nos Mitos- No cotidianoExemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, etc.
II – RITOSSão práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.
- Ritos de passagem- Mortuários- Propiciatórios- Outros
Exemplos: dança (xire) – Candomblé, Kiki (kaingang – ritual fúnebre), Via Sacra, Festejo indígena de colheita, etc.
III – FESTAS RELIGIOSASSão os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.
- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas. Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), etc.
IV – VIDA E MORTEAs respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
- O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas.- Re-encarnação.- Ressurreição – ação de voltar à vida.- Além Morte.- Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam presentes.- Outras interpretações.
AVALIAÇÃO
231
Segundo as Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso a avaliação deve -se fazer
presente tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como
instrumento de investigação da prática pedagógica. Tem por objetivo proporcionar subsídios
para as as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor
aluno no acesso ao conhecimento.
O Ensino Religioso não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que
se refere a atribuição de notas e conceitos, ou seja, não se constitui como objeto de
reprovação, bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar, isso
se justifica pelo caráter facultativo da matrícula na disciplina.
Cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar
o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno, tendo mo parâmetro os conteúdos
estudados e os seus objetivos.
De fato, a apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observado em diferentes
situações de ensino e aprendizagem como:
se o aluno expressa uma relação de respeito com os colegas que têm opções religiosas
diferentes,
se reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura dos grupos sociais.
Se o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do
sagrados.
Diante das informações obtidas o professor terá elementos para planejar as necessárias
intervenções no processo pedagógico para retomar as lacunas identificadas na aprendizagem
do aluno. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora ,uma vez que ,o fim desse
processo é a aprendizagem ou a verificação d permitindo refletir sobre a ação da prática
pedagógica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
232
Paraná, Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Ensino Religioso Secretária de Estado
da Educação do Paraná, 2008.
Brasil. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional. Lei n° 9394, de 20 de dezembro de
1996.
Brasil, Lei n° 4024,de 20dezembro de 1961.
Brasil, Lei n°939,20 de dezembro de 1996.
Brasil, Lei n°9475,de22 de julho de 1997
Brasil, Constituição da República do Brasil 1967
Brasil, Constituição do Brasil ,1988
Paraná, Cadernos Temáticos: Enfrentamento à Violência na Escola, Secretaria de Estado da
Educação.
Paraná, Cadernos Temáticos: Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Secretária de Estado da
Educação
ESCOLA: Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino Fundamental
NRE: Apucarana
233
MUNICÍPIO: Borrazópolis
DISCIPLINA: Geografia
NÍVEL: Ensino Fundamental
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
Professoras: Carla Aparecida Coccia dos Santos
Ilenilda Martins da Silva
Judite Pereira Delli Colli
Maria Bernardina da Silva
Borrazópolis
2010
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
234
Desde as primeiras configurações de organização familiar e social dos grupos
humanos, o estabelecimento de relações com a natureza foi imprescindível para o
desenvolvimento de estratégias e mecanismos de sobrevivência. A observação da dinâmica da
natureza permitiu o acumulo de conhecimentos que instituíram relacionamentos e
transformações para o acrescentamento próprio.
Ao explorar o espaço vivenciado e o espaço distanciado, estes grupos humanos
produziram conhecimentos geográficos, (re)elaboraram saberes e dilataram as relações
sociedade-natureza.
Nessa conjuntura, tornou-se imperioso desenvolver conhecimentos auxiliares como os
relativos à elaboração de mapas, além de realizar investigações a respeito do planeta e sua
dinâmica.
Ao ponderar sobre as distintas formas de organização do espaço em escalas local,
regional, nacional e mundial, a afinidade instituída entre a sociedade-natureza cunhou um
gênero de vida própria para cada sociedade.
Em virtude das várias transformações mundiais imprimidas durante os milênios, torna-
se veemente discutir os paradigmas estabelecidos e, muitas vezes refutá-los.
Nesse contexto humano-histórico, a Geografia surge e desponta como ciência que
possibilita explicar as transformações que assolam o mundo, o espaço produzido e seus
diferentes aspectos e sua apropriação motivada pela dinâmica social.
A história da Geografia é uma totalidade em movimento e o movimento total da
sociedade produz mudanças em diferentes níveis e diferentes tempos, como na economia, na
política, nas relações sociais, na paisagem, e na cultura.
A Geografia, como ciência descreve e analisa a superfície da terra em seus aspectos
físicos atuais e estuda as relações entre o meio natural e a sociedade. É através da Geografia
que compreendemos o mundo em que vivemos.
Ao estudar o espaço geográfico, ao determinar o espaço como geográfico antes de
tudo e de todos, a Geografia estabelece um grau de afinidade entre esse espaço e os seus
pertencimentos, sendo estes humanos, sociais, políticos, ambientais, econômicos, ideológicos,
etc.
Objetivando o estudo do espaço geográfico entendido como o espaço produzido,
apropriado pela sociedade, composto por objetos naturais, culturais e técnicos e ações que se
caracterizam como relações sociais, culturais, políticas e econômicas de forma inter-
relacionada.
235
A Geografia busca abastecer de subsídios a sociedade, o indivíduo, de forma a
fundamentar uma plausível compreensão do espaço geográfico construído, vivido e se
necessário modificado ou (re) construído, percebendo esse movimento como decorrência da
produção social e cultural dos indivíduos, através da perspectiva das relações estabelecidas
pela mobilidade e composição dos grupos sociais, observando a atual e intensa circulação de
informações, mercadorias, capitais, pessoas e modos de vida.
A esse conceito de espaço geográfico, a localização, rural ou urbana, perto ou longe,
traz a discussão da compreensão sócio-histórica das relações capitalistas e uma reflexão sobre
as questões ambientais, sociais, políticas, econômicas e culturais materializadas no cotidiano
do indivíduo.
E exatamente por seu papel científico e compreendedor que a Geografia se apresenta
no âmbito escolar de forma a desenvolver o raciocínio geográfico, isto é, pensar a realidade
geograficamente e despertar uma consciência espacial.
A partir dessa ótica, a Geografia pretende ensinar conteúdos que permitam ao
estudante o pleno desenvolvimento do papel de cidadão na construção de uma identidade com
o lugar em que vive, com a nação e mesmo com o mundo, valorizando aspectos sócio-
ambientais que caracterizam seu patrimônio social e cultural.
Além do mais, o ensino de Geografia contribui para o aprimoramento do educando
como pessoa humana, incluindo sua formação ética e desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA GEOGRAFIA
236
5ª SÉRIE/6ª ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
1-Dimensão Econômica do Espaço
Geográfico
2-Dimensão Política do Espaço
Geográficos
3-Dimensão Cultural Demográfica do
Espaço Geográfico
4- Dimensão Socioambiental do Espaço
Geográfico
- Formação e transformação das
paisagens naturais e culturais
-Dinâmica da natureza e sua alteração
pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção
- As diversas regionalizações do espaço
geográfico
- As relações entre o campo e cidade na
sociedade capitalista
- A distribuição espacial das atividades
produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico
-A formação, localização, exploração e
utilização dos recursos naturais.
-A transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população
- A mobilidade populacional e as
manifestações sócio-espaciais da diversidade
cultural
6ª SÉRIE/7ªANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
237
1-Dimensão Econômica do Espaço
Geográfico
2-Dimensão Política do Espaço
Geográficos
3-Dimensão Cultural Demográfica do
Espaço Geográfico
4- Dimensão Socioambiental do Espaço
Geográfico
- A formação, mobilidade das fronteiras
e a reconfiguração do território brasileiro
- Dinâmica da natureza e sua alteração
pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção
-As diversas regionalizações do espaço
brasileiro
-As manifestações sócio-espaciais da
diversidade cultural
-A transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população
- Movimentos migratórios e suas
motivações
-O espaço rural e a modernização da
agricultura
- A formação, o crescimentos das
cidades,a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização
- A circulação de mão-de-obra, das
mercadorias e das informações
- A distribuição espacial das atividades
produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico
7ª SÉRIE/8ªANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
238
1-Dimensão Econômica do Espaço
Geográfico
2-Dimensão Política do Espaço
Geográficos
3-Dimensão Cultural Demográfica do
Espaço Geográfico
4- Dimensão Socioambiental do Espaço
Geográfico
-As diversas regionalizações do espaço
geográfico
-Os movimentos migratórios e suas
motivações
-A distribuição espacial das atividades
produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico
- O comércio e as implicações
sócioespaciais
-A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado
- A formação, mobilidade das fronteiras
e a reconfiguração dos territórios do continente
americano
-A circulação da mão-de-obra, do
capital, das mercadorias e das informações
- As relações entre o campo e a cidade
na sociedade capitalistas
- O espaço rural e a modernização da
agricultura
-A transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população
-As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural
-A formação, localização, exploração e
utilização dos recursos naturais
8ª SERIE/9ªANO:
239
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
1-Dimensão Econômica do Espaço
Geográfico
2-Dimensão Política do Espaço
Geográficos
3-Dimensão Cultural Demográfica do
Espaço Geográfico
4- Dimensão Socioambiental do Espaço
Geográfico
- As diversas regionalizações do espaço
geográfico
-A dinâmica da natureza e sua alteração
pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção
- A revolução técnico-científico-
informacional e os novos arranjos no espaço da
produção
-As manifestações sócio-espaciais da
diversidade cultural
-Os movimentos migratórios mundiais
e suas motivações
- A distribuição das atividades
produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico
-O espaço em rede: produção,
transporte e comunicações na atual
configuração territorial
- O comércio mundial e as implicações
sócio-espaciais
-A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado
240
-A formação, mobilidade das fronteiras
e a reconfiguração dos territórios
-A transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
241
Ao elencar o espaço geográfico como objeto de estudo, as Diretrizes Curriculares de
Geografia aventam para as relações propostas ou impostas entre a sociedade-natureza e as
relações espaços-temporais. Busca-se, desse modo, (re)elaborar os conceitos que levam ao
entendimento de um intercâmbio da sociedade com a natureza de modo que se permita a
compreensão do processo de produção e transformação do espaço geográfico.
Outro fator importante dentro dessa configuração é a contextualização dos conteúdos
geográficos que carecem se objetivar através de uma metodologia crítica e dinâmica, que
interligue a teoria, a prática e a realidade, de forma que a compreensão e a aprendizagem
crítica se sucedam e completem o entendimento do conceito de espaço geográfico, que
auxiliados por instrumentos de leitura cartográficos, possibilitem a transitação em diferentes
escalas espaciais, indo do local ao global e vice-versa.
Sendo assim, a metodologia a ser aplicada de forma a permitir a apropriação desses e
vários outros conceitos geográficos deve primar, entre várias opções, pela observação das
inter-relações, bem como as contradições que se apresentam, pode ser associada aos estudos
estatísticos e comparativos, contemplando a heterogeneidade, a diversidade, a desigualdade e
a complexidade do mundo atual. Pois, atualmente, mais do que nunca se deve considerar o
conhecimento espacial que os estudantes possuem para relacioná-lo com o conhecimento
científico.
Os conteúdos estruturantes devem estar inter-relacionados, ampliando a abordagem
dos conhecimentos básicos que deles são derivados e podem ser disponibilizados em
diferentes materiais didáticos que o professor pode utilizar como jornais, revistas, vídeos,
DVDs, CDs, experiências pessoais, mapas, livros, filmes, globo terrestre, quebra-cabeça,
discussões em sala, trabalhos de pesquisa, excursões, passeios, palestras, visitas, aulas
expositivas, tarefa para casa, etc.
Além de aulas expositivas, serão utilizados textos xerocados, digitados, ditados, etc.
Outro instrumento de grande valia é o Livro Didático Federal que permite maior
aprofundamento temático e execução de trabalhos.
Outro fator a destacar é a utilização de tecnologias na sala de aula como a TV
Multimídia, que permitirá a exposição de imagens, vídeos, slides, músicas e outros recursos
possíveis.
A Proposta Curricular torna-se especifica ao período noturno quando se atenta para as
diferenças de tempo de dedicação, bagagem de conhecimentos prévios, faltas ocasionadas por
trabalho, preocupações com a sobrevivência familiar e outras mais, pois se trata de alunos que
buscam o período por necessidade e como única opção para a conclusão do curso.
242
Isso não significa reduzir a programação ou o comprometimento da aprendizagem por
todas estas dificuldades relatadas, mas sim exprimir uma busca pelo aperfeiçoamento pessoal,
a realização profissional e a preparação para a vida de responsabilidades. No período noturno
o encaminhamento metodológico baseia-se na cooperação salutar entre colegas, a realização
de atividades diferenciadas e em sala de aula, proposição de análise de casos específicos,
relatos de experiências vivenciadas e atividades construtoras de conhecimento.
É importante estimular o raciocínio, a reflexão e a crítica, de forma que o estudante se
torne sujeito do seu processo de aprendizagem.
A realidade local e estadual deve ser considerada sempre que possível tal como as
culturas afro-brasileiras e indígenas, amparadas pela Lei 11645/08 da História e Cultura dos
Povos Indígenas e Lei 10639/03 sobre a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana além de
outras componentes da sociedade brasileira e mundial. Outros temas como Educação
Ambiental (alicerçada pela Lei 9795/99 sobre a Política Nacional de Educação Ambiental),
além dos Desafios Educacionais Contemporâneos como Cidadania e Direitos Humanos,
Educação fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas, devem ser abordados dentro do calendário organizado pelo Projeto Político
Pedagógico da Escola e em momentos com atividades determinadas como o Agrinho, por
exemplo. Além disso, o professor deve conciliar conteúdo com exposições passíveis de
análises sobre esses temas de forma a contextualizá-los com as diferentes realidades
vivenciadas pelos estudantes, observando a orientação pedagógica e as orientações
transmitidas pela SEED.
AVALIAÇÃO
243
De acordo com o Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico desta Escola,
avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de corrigir
rumos e repensar situações para que a aprendizagem ocorra.
A realização da verificação do desenvolvimento cognitivo de cada estudante será
processual e diagnóstica e cumulativa, prevalecendo os aspectos qualificativos sobre os
quantitativos, estimulando a participação, execução, realização e conclusão das atividades,
buscando valorizar as diversidades e diferentes capacidades, oferecendo clareza quanto ao
como retomar conteúdos ou conceitos que visam a mudanças de atitudes.
As avaliações encontram-se divididas em 5,0 pontos para atividades variadas e 5,0
pontos para avaliação total no padrão de prova individual, de forma a gerar o valor total de
10,0 pontos por trimestre, conforme consta no Regimento da Escola. As avaliações devem
envolver instrumentos que instiguem a participação, execução, realização e conclusão das
atividades, que podem ser em grupo ou individuais, sendo que para isso o professor
esquadrinhará caminhos para que os estudantes aprendam e compartilhem das aulas,
envolvendo-se verdadeiramente no processo de ensino-aprendizagem.
Buscando contemplar diferentes práticas pedagógicas, vários instrumentos de
avaliação podem ser utilizados como:
-Leitura, interpretação e produção de textos geográficos;
-Leitura, interpretação e produção de mapas, fotos, imagens, tabelas e gráficos;
-Pesquisas bibliográficas e de campo;
-Apresentação oral dos trabalhos;
-Atividades experimentais;
-Trabalhos individuais e em grupo;
-Questões discursivas e objetivas;
- Palestras;
-Seminários, debates e relatórios;
-Atividades a partir de recursos audiovisuais (música, filmes, documentários, slides,
imagens, etc);
-Testes, provas, entre outros instrumentos.
O efetivo diagnóstico do nível de aprendizagem desenvolvido em cada conteúdo de
acordo com os objetivos propostos e que permitam a construção sólida do arcabouço de
conhecimento de cada indivíduo pode vir a contribuir para a transformação social do meio em
que se vive. Dessa forma, mesmo com atividades realizadas em grupo ou individuais, torna-se
necessário ter clareza dos critérios, compreendidos como referencial que gere parâmetros
244
previamente estabelecidos para a realização do processo de avaliação. Orientando o trabalho
discente, através da transparência e da co-responsabilidade do estudante nesse processo,
temos como critérios a serem seguidos por esta área de conhecimento:
-A formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e
crítica;
-A ampliação da capacidade de análise do espaço geográfico;
-O entendimento das inter-relações entre as dimensões econômica, cultural e
demográfica, política e socioambiental presentes no espaço geográfico, de forma a
fundamentar a compreensão e a crítica à organização espacial;
-A compreensão do espaço geográfico como resultado da integração entre a dinâmica
físico-natural e a dinâmica humano-social;
-O desenvolvimento da capacidade de analisar os fenômenos geográficos e suas
relações;
-A utilização da linguagem cartográfica de forma a compreender a distribuição dos
fenômenos e suas relações no espaço geográfico, lendo e analisando os espaços locais,
regionais e globais.
Mediante o desempenho do aluno, torna-se necessário no ensino de Geografia, a
Recuperação Paralela ao estudo dos conteúdos, conforme consta no Regimento Escolar e
frisando também, o atendimento diferenciado aqueles com necessidades especiais, de forma a
prever a superação das dificuldades dos estudantes, buscando efetivar aprendizagens
concretas e significativas de acordo ao contexto sócio-cultural, político e ambiental. Sendo
assim, o processo de Recuperação será realizado concomitantemente de duas formas:
-Realizando a retomada de conteúdos a partir de diagnósticos oferecidos pelas
atividades realizadas pelos estudantes em sala de aula e pelos instrumentos de avaliação;
-Através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala.
Observando a realidade social e educacional que cerca a escola, é necessária uma
adaptação do sistema de avaliação para o período noturno, levando em consideração a dupla
jornada de trabalho que o estudante desse período normalmente executa e que tolhe de forma
considerável sua capacidade e disponibilidade de interação ao processo aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
245
CASTROGIOVANNI, A.C. et al. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. 4ª ed. Porto Alegre. UFRGS, 2003
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia para o
Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Educação do Campo.
Curitiba: SEED, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-
Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola. Curitiba: SEED,
2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Desafios Educacionais:
Prevenção ao uso indevido de drogas. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Desafios Educacionais:
Enfrentamento da violência na Escola. Curitiba: SEED, 2008.
Projeto Araribá: Geografia/ Obra Coletiva, Concebida, Desenvolvida e Produzida pela
Editora Moderna; Editora Responsável Vírginia Aoki. 1ª edição. 04 volumes. 5ª a 8ª série .
São Paulo. Moderna. 2006.
ESCOLA: Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino fundamental
NRE: Apucarana
246
MUNICÍPIO: Borrazópolis
DISCIPLINA: História
NÍVEL: Ensino Fundamental
PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA
PROFESSORAS:
Simone da Silva Godoy Fonseca
Rosemeire Vargas Prudêncio
Maria Bernardina da Silva
Laudicéia Cécere
Franciele Custódio
BORRAZÓPOLIS – PARANÁ
2010
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
247
Atualmente o ensino da Historia deve-se partir do principio de que os fatos históricos
são conhecidos que têm como objeto de estudo os processos históricos construído pelas ações
humanas, praticadas ao longo do tempo.
Para isso é necessário fazer uso de métodos científicos e específicos pautados na
analise deixada pelos sujeitos do passado permitindo a compreensão e apropriação do
conhecimento.
Entende-se que o principal objetivo do ensino histórico é a formação do pensamento
histórico dos alunos que no sentido de que as experiências do passado devem ser vivenciadas
e interpretadas de modo a fornecer uma compreensão de diversas temporalidades. Para que os
objetivos possam ser alcançados é preciso ter clareza sobre os conteúdos a serem trabalhados
priorizando os que contribuem para compreensão da realidade e a formação do cidadão.
Vale ressaltar que a partir das novas mudanças no ensino da historia propostas nas
Diretrizes Curriculares, os conteúdos estruturantes: Relação de trabalho, Relação de poder e
Relação de cultura, são imprescindíveis para a apropriação dos conhecimentos históricos pios
são entendidos como fundamentais na organização curricular os quais relacionam com os
conteúdos específicos articulando com vários saberes históricos que permitem discorrer
acerca de problemas contemporâneos representados em demandas sociais estabelecidas em
leis tais como: Lei Nº 10639/03 que garante a inclusão da temática de historia e cultura afro-
brasileira e a Lei Nº 13381/01 que estabeleceu a obrigatoriedade da História do Paraná, Lei Nº
11645/08 História e cultura dos povos Indígenas, Educação do campo, Prevenção do uso de
drogas e o enfrentamento á violência na escola. Dessa forma reafirma-se o compromisso em
incluir valores, éticos que fazem parte do processo educacional.
Por fim, o que se propõe é um aprendizado significativo que possibilita uma
abordagem do ensino de historia não como uma verdade pronta e acabada, mas como uma
constante análise e reconstrução em torno das ações e relações humanas. Sendo assim a
historia que se deseja colocar desafios como o desenvolvimento do senso critico, rompendo
com a valorização do saber enciclopédico, socializando a produção e a formação de sujeitos
políticos capazes de produzir e compreender a estrutura dos meios que estão inseridos.
248
DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XVI _ DIFERENTES
TRAJETÓRIAS, DIFERENTES CULTURAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
DIMENSÕES POLITICAS
ECONÔMICO SOCIAL
CULTURAL
Conteúdos
Específicos
Conteúdos
Complementares
Produção de conhecimento
Histórico
O historiador e a produção do conhecimento histórico;
Tempo, temporalidade;
Fontes, documentos;
Patrimônio material e imaterial;
Pesquisa;
Articulação da historia com outras áreas do conhecimento
Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia, sociologia, etnologia e outras.
A humanidade e a historia
De onde viemos quem somos como sabemos?
249
Observações: o estudo da produção do conhecimento histórico e a articulação da história com outras áreas do conhecimento se fazem necessário em todas as séries do ensino fundamental, não necessariamente no inicio do ano letivo como está posto para a 5 serie.
Arqueologia no Brasil
Lagoa Santa: Luzia (MG);
Serra da Capivara (PI);
Sambaquis (PR);
Surgimento,
Desenvolvimento da humanidade e grandes migrações
Teoria do surgimento do homem na America;
Mitos e lendas da origem do homem;
Desconstrução do conceito de pré historia;
250
Povos agrafos, memória e historia oral;
Povos indígenas no Brasil e no Paraná
Ameríndios do território brasileiro;
Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng.
As primeiras civilizações na América
Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, Incas e Astecas;
Ameríndios da America do Norte.
As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia
Egito, Núbia, Gana e Mali;
Hebreus, Gregos e Romanos.
*Observação: não se trata aqui de esgotar a história destas civilizações, mas sim, levantar alguns aspectos como religiosidade, organização social...
251
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Propor o encaminhamento metodológico da Disciplinada História não se reduz a
determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em sala de aula, mas
pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão esse trabalho.
No entanto o que se propõe é uma metodologia que contribui para apropriação do
conhecimento.
Assim uma das inovações propostas é a superação de praticas que tradicionalmente
valorizava um ensino de forma factual e linear pautado na memorização e repetição do que
era ensinado como verdade.
Dessa forma o conteúdo a ser trabalhado deve partir do pressuposto de que ensinar
História é construir um dialogo entre o presente e o passado e não a reprodução de
conhecimento neutro e acabados sobre fatos que ocorreram em outras sociedades ou em
outras épocas.
Diante a essa temática deve-se considerar a pesquisa, leitura e análise dos fatos
históricos como: documentos escritos, lugares de memória como museus, biblioteca, acervos
privados e públicos, esculturas, fotografias, pinturas, construções, utensílios domésticos,
instrumentos de trabalho, vídeos, músicas, internet, testemunhos e outros, pois privilegia
alunos e educadores como sujeitos produtores do conhecimento histórico.
Com esta abordagem pretende-se assegurar a especificidade dos conteúdos da
disciplina sem desconsiderar sua aproximação com as demais áreas do conhecimento a fim de
contribuir efetivamente para o processo de formação dos mesmos.
Por fim o encaminha metodológico proposto visa á construção do conhecimento
caracterizado pela promoção de debates, confronto de idéias, de informações pois amplia as
possibilidades de compreensão dos processo de apropriação de novos saberes de uma maneira
mais justa e democrática.
252
SISTEMA DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
Conforme Regimento e Projeto Político Pedagógico da nossa escola, avaliar é analisar
a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e repensar
situações para que a aprendizagem ocorra.
Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos professores, a
gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um todo.
Esse processo dar-se-á de forma intrínseca ao processo de ensino aprendizagem,
preponderando os aspectos qualitativos, sendo uma avaliação contínua e cumulativa,
utilizando vários instrumentos de avaliação para se alcançar determinados fim conduzindo o
aluno, não a uma aquisição pura e simples de conhecimentos, mas sim a um processo de
elaboração e ações que conduzam a uma pratica social transformadora.
Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de história.
Serão:
- Atividades de leitura e interpretação de textos, oral e escrita;
- Atividade de pesquisa bibliográfica;
- Produção de textos;
- Palestras;
- Apresentação oral de trabalhos;
- Atividades experimentais;
- Projeto de pesquisa em campo;
- Relatórios;
253
- Seminário;
- Debate;
- Atividades com textos literários e/ou informativos;
- Atividades a partir de recursos audiovisuais (música, filmes, slides, imagens);
- Questões discursivas;
- Questões objetivas;
As atividades serão realizadas em grupo ou em individual, sendo sempre uma
avaliação somatória e diagnostica.
Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios, que são
compreendidos com um referencial que gera parâmetros que devem ser previamente
estabelecidos. Os critérios serão apresentados para os alunos, favorecendo a transparência,
orientando o trabalho discente e a co-responsabilidade do aluno no processo de
responsabilidade. Os critérios seguidos por esta área de conhecimento serão: formação e
construção do conhecimento histórico visando à compreensão dos fatos históricos.
254
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
Paraná, Diretrizes Curriculares da Educação Básica de História Secretária de Estado da
Educação do Paraná, 2008.
Brasil. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional. Lei n° 9394, de 20 de dezembro de
1996.
Brasil: Lei 10639/03, Historia da Cultura Afro-brasileira
Brasil, Lei n° 4024,de 20dezembro de 1961.
Brasil, Lei n°939,20 de dezembro de 1996.
Brasil, Lei n°9475,de22 de julho de 1997
Brasil, Constituição da República do Brasil 1967
Brasil, Constituição do Brasil ,1988
Paraná: Cadernos Temáticos: Enfrentamento à Violência na Escola, Secretaria de Estado da
Educação.
Paraná:Cadernos Temáticos: Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Secretária de Estado da
Educação.
255
ESCOLA: Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco – Ensino fundamental
NRE: Apucarana
MUNICÍPIO: Borrazópolis
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
NÍVEL: Ensino Fundamental
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORAS: Célia Aparecida Teixeira
Eliana Aparecidada Silva
Eliza Cristina Henning Alves
Helena Timiyo Miyaji
Marcilei Alves de Oliveira
Maria Neide dos Passos
Mônica Rivoli
Nair Krause Taucher
BORRAZÓPOLIS – PARANÁ
256
2010
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Constituição Brasileira, em seu artigo 5º, prescreve: “Todos são iguais
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à segurança e à
propriedade (...)”.
O Estado de Direito garante a todos os cidadãos a igualdade perante as leis,
porém sabemos que, historicamente, em nosso país, há um descompasso entre o que a lei
propõe e a realidade vivida pela sociedade, incluídos, aí, os processos de educação.
Nesse quadro, que papel desempenha a escola? É nos processos educativos, e
notadamente nas aulas de Língua Materna, que o estudante brasileiro tem a oportunidade de
aprimoramento de sua competência linguística, de forma a garantir uma inserção ativa e
crítica na sociedade. É na escola que o aluno, e mais especificamente o da escola pública,
deveria encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhe possibilitem interagir na
sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua, em instâncias públicas e
privadas. Nesse ambiente escolar, o estudante aprende a ter voz e fazer uso da palavra, numa
sociedade democrática, mas plena de conflitos e tensões, neste sentido o aluno deve empregar
a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor,
descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se
diante dos mesmos.
A democratização do ensino levou para a instituição escolar os integrantes
das classes menos favorecidas. A consequência foi a instalação do conflito entre a linguagem
ensinada na escola, que é a norma das classes privilegiadas, e a linguagem das camadas
populares. O conflito persiste quando se observa que [...] segundo os princípios democráticos nenhuma discriminação dos indivíduos tem razão de ser, com base em critérios de raça, religião, credo político, a única brecha deixada aberta para a discriminação é aquela que se baseia nos critérios da linguagem e da educação (GNERRE, 1991, p. 18).
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar os
currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há
muito organizado o sistema de ensino. O ensino manteve sua característica elitista até meados
do século XX. Em 1967 iniciou-se no Brasil um processo de democratização do ensino, com a
257
ampliação das vagas. Com isso as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as
exigências culturais passam a ser outras bem diferentes.
Aprender a língua não significa apenas aprender as palavras e suas
combinações, mas apreender seus significados que são construídos no processo de interação
verbal, determinados pelo contexto.
Daí ser fundamental desenvolver o uso da língua escrita em situações
discursivas realizadas por meio de praticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus
objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção leitura.
Portanto, pela língua ser mais do que um código e está em contínua mudança,
vê-se a necessidade dela estar presente durante todo o processo de ensino e aprendizagem do
educando. É a prática da linguagem, enquanto discurso, enquanto produção social que dá vida
à língua a serviço da intenção comunicativa.
O objeto de estudo da disciplina é a língua e o conteúdo estruturante de Língua
Portuguesa é o discurso enquanto prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e
escrita, sendo mediado entre professor e aluno baseado em conhecimentos da realidade de
ambos, direcionado a uma aprendizagem mais significativa. Visto que os processos que a
constituem são histórico-sociais e trazem consigo a visão de mundo de seus produtores, ela
não é neutra. Como diz Geraldi, “a língua não é um sistema fechado, pronto, acabado de que
poderíamos nos apropriar”. No próprio ato de falarmos, de nos comunicarmos com os outros,
pela forma como o fazemos, estamos participando, queiramos ou não, do processo de
constituição da língua.
O sujeito que utiliza a língua não é um ser passivo, mas alguém, que interfere
na constituição do significado do ato comunicativo. Portanto, há uma relação intrínseca entre
o linguístico e o social que precisa ser considerada no estudo da língua. Por isso, o lugar
privilegiado para a análise desse fenômeno é o discurso que se materializa na forma de um
texto.
É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas
sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas
diversas esferas de interação.Para isso e necessário refletir os textos produzidos, lidos ou
ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais
empregados na sua organização. Se a escola desconsiderar esse papel, o sujeito ficará à
margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no âmbito de uma sociedade
letrada.
258
No ambiente escolar, a racionalidade se exercita com a escrita, de modo que a
oralidade não é muito valorizada; entretanto, é rica e permite muitas possibilidades de
trabalho a serem pautadas em situações reais de uso da fala e na produção de discursos nos
quais o aluno se constitui como sujeito do processo interativo.
A escola deve então acolher os alunos independentemente de origem quanto à
variação linguística de que dispõem para sua expressão e compreensão do mundo. Compete à
escola tomar como ponto de partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, promovendo
situações que os incentivem a falar, ainda que do seu jeito, ou seja, fazer uso da variedade de
linguagem que eles empregam em suas relações sociais.
O espaço escolar, então, deve propiciar e promover atividade que possibilitem
ao aluno tornar-se um falante cada vez mais ativo e competente, capaz de compreender os
diferentes discursos e de organizar os seus de forma clara, coesa e coerente.
O professor precisa ter clareza de que tanto a norma padrão quanto as outras
variedades, embora apresentem diferenças entre si, são igualmente lógicas e bem estruturadas.
As variações linguísticas não são consideradas boas ou ruins, melhores ou
piores, primitivas ou elaboradas, pois constituem sistemas linguísticos eficazes, falares que
atendem a diferentes propósitos comunicativos, dadas as práticas sociais e os hábitos culturais
das comunidade.
O professor deve planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que,
gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar também a variedade linguística padrão e
entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais.
Na concepção de linguagem assumida por estas Diretrizes, a leitura é vista
como um ato dialógico, inter-locutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no
processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e
reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu
conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas
sociais: jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática,
literária, publicitária, etc.
No contexto da diversidade dos textos deve-se aprimorar, pelo contato com os
textos literários, a capacidade de pensamento critico e a sensibilidade estética dos alunos,
propiciando, através da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a
expansão lúdica do trabalho com as praticas da oralidade, da leitura e da escrita.
259
No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não-verbais.
A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras
que povoam com intensidade crescente nosso universo cotidiano, deve contemplar os multi-
letramentos mencionados nestas Diretrizes.
Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o
aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante
deles. Sob esse ponto de vista, o professor precisa atuar como mediador, provocando os
alunos a realizarem leituras significativas. Assim, o professor deve dar condições para que o
aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de
letramento da sociedade.
É importante ponderar a pluralidade de leituras que alguns textos permitem, o
que é diferente de afirmar que qualquer leitura é aceitável. Deve-se considerar o contexto de
produção sócio-histórico, a finalidade do texto, o interlocutor, o gênero.
Do ponto de vista pedagógico, não se trata de ter no horizonte a leitura do professor ou a leitura historicamente privilegiada como parâmetro de ação; importa, diante de uma leitura do aluno, recuperar sua caminhada interpretativa, ou seja, que pistas do texto o fizeram acionar outros conhecimentos para que ele produzisse o sentido que produziu; é na recuperação desta caminhada que cabe ao professor mostrar que alguns dos mecanismos acionados pelo aluno podem ser irrelevantes para o texto que se lê, e, portanto, sua “inadequada leitura” é consequência deste processo e não porque se coaduna com a leitura desejada pelo professor (GERALDI, 1997, p.188).
Dependendo da esfera social e do gênero discursivo, as possibilidades de
leitura são mais restritas. Por exemplo, na esfera literária, o gênero poema permite uma ampla
variedade de leituras, já na esfera burocrática, um formulário não possibilita tal liberdade de
interpretação.
Desse modo, para o encaminhamento da prática da leitura, é preciso considerar
o texto que se quer trabalhar e, então, planejar as atividades. Antunes (2003) salienta que
conforme variem os gêneros (reportagem, propaganda, poemas, crônicas, história em
quadrinhos, entrevistas, blog), conforme variem a finalidade pretendida com a leitura (leitura
informativa, instrumental, entretenimento...), e, ainda, conforme variem o suporte (jornal,
televisão, revista, livro, computador...), variam também as estratégias a serem usadas.
Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e
compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos
260
linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos, dos
gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos
(intertextualidade).
Para a prática da intertextualidade também e necessário reconhecer e valorizar
a identidade, historia e cultura dos afro-brasileiros, garantindo a igualdade de valorização das
raízes africanas da nação brasileira, através de musica, religião e costumes.
Para Koch (2003, p. 24), o trabalho com esses conhecimentos realiza-se por
meio das estratégias:
• cognitivas: como as inferências, a focalização, a busca da relevância;
• sócio-interacionais: como preservação das faces, polidez, atenuação,
atribuição de causas a (possíveis) mal-entendidos, etc.;
• textuais: conjunto de decisões concernentes à textualização, feitas pelo
produtor do texto, tendo em vista seu “projeto de dizer” (pistas, marcas, sinalizações).
Entende-se que a leitura é um processo de produção de sentido que se dá a
partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude,
conceitos, teorias ou práticas, que identificam e organizam os campos de estudos de uma
disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de
estudo/ensino. Esses conteúdos são selecionados a partir de uma análise histórica da ciência
de referência (quando for o caso) e da disciplina escolar, sendo trazidos para a escola para
serem socializados, apropriados pelos alunos, por meio das metodologias críticas de ensino-
aprendizagem. São eles que identificam e organizam uma disciplina escolar. A partir deles,
advêm os conteúdos específicos, a serem trabalhados no cotidiano escolar.
Por serem históricos, os conteúdos estruturantes são frutos de uma
construção que tem sentido social como conhecimento, ou seja, existe uma porção de
conhecimento que é produto da cultura e que deve ser disponibilizado como conteúdo, ao
estudante, para que seja apropriado, dominado e usado. Esse é o conhecimento instituído.
Além desse saber instituído, pronto, entretanto, deve existir, no processo de
ensino/aprendizagem, uma preocupação com o devir do conhecimento, ou seja, existem
fenômenos e relações que a inteligência humana ainda não explorou na natureza. Portanto, de
261
posse de alguns conhecimentos herdados culturalmente, o sujeito deve entender que isso não é
todo o conhecimento possível que a inteligência tem e é capaz de ter do mundo, e que existe
uma consciência, uma necessidade intrínseca e natural de continuar explorando o “não saber”
(CHAUÍ, 1997), a natureza (VASQUEZ, 1997).
No processo de ensino e aprendizagem da língua, assumem-se o texto verbal,
oral ou escrito e também as outras linguagens, como unidade básica, cujas formas se
estabelecem de modo dinâmico com experiências reais de uso da língua.
Quanto maior o contato com a linguagem, mais possibilidades se tem de
entender o texto e de visões de mundo. E sua atuação repassa as três práticas, ou seja, a
oralidade, a escrita e a leitura.
O conteúdo estruturante de Língua Portuguesa e “O discurso como pratica
social”.
Pensemos, então, como o Conteúdo Estruturante desdobra-se no trabalho
didático-pedagógico com a disciplina de Língua Portuguesa. A Língua será trabalhada, na sala
de aula, a partir da linguagem em uso, que é a dimensão dada pelo Conteúdo Estruturante.
Assim, o trabalho com a disciplina considerará os gêneros discursivos que circulam
socialmente,com especial atenção àqueles de maior exigência na sua elaboração formal.
Na abordagem de cada gênero, é preciso considerar o tema (conteúdos
ideológicos), a forma composicional e o estilo (marcas lingüísticas e enunciativas).
Ao trabalhar com o tema do gênero selecionado, o professor propiciará ao
aluno a análise crítica do conteúdo do texto e seu valor ideológico, selecionado conteúdos
específicos, seja para a prática de leitura ou de produção (oral e/ou escrita), que explorem
discursivamente o texto.
A forma composicional dos gêneros será analisada pelos alunos no intuito de
compreenderem algumas especificidades e similaridades das relações sociais numa dada
esfera comunicativa. Para essa análise, é preciso considerar o interlocutor do texto, a situação
de produção, a finalidade, o gênero ao qual pertence entre outros aspectos.
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais
de circulação.
262
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.
Conteúdos Básicos
Gêneros textuais a seremt rabalhados – 5ª série
Práticas discursivas: Escrita, Leitura e Oralidade – Análise Linguística
Adivinhas. Anedotas. Bilhetes. Cantigas de roda. Cartão. Convites. Aviso. Biografias. Autobiografias. Contos de fadas. Tirinhas. Lendas. Cartazes. Músicas. Piadas. Quadrinhas. Receitas. Trava-línguas. Poemas. Cartum. Tiras. Classificados. Regras de jogos. Rótulos/embalagens. Fábulas. Histórias em quadrinho. Narrativas de enigmas.
Tema do texto. Papel do locutor e interlocutor. Finalidade do texto. Argumentos do texto. Intertextualidade. Ambiguidade. Informações explícitas e implícitas. Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos e outros. Discurso direto e indireto. Elementos composicionais do gênero. Léxico. Adequação do discurso ao gênero. Turnos da fala. Variações linguísticas. Contexto de pŕodução. Informatividade. Divisão do texto em parágrafo. Processo de formação de palavras. Acentuação gráfica/ortografia. Concordância verbal/nominal. Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Semântica.
263
Gêneros textuais a seremt rabalhados – 7ª série
Práticas discursivas: Escrita, Leitura e Oralidade – Análise Linguística
Contos populares. Contos. Memórias. Resumo. Debate. Palestras. Pesquisa. Relatório. Exposição oral. Mesa redonda. Abaixo-assinado. Entrevista (oral e escrita). Seminário. Carta ao leitor. Carto do leitor. Depoimento. Artigo de opinião. Cartum. Charge. Classificados. Anúncios. Crônica jornalística. Diálogo/discussão argumentativa. Cartazes. Comercial para TV. Filmes. Resenha crítica. Sinopses de filmes. Vídeo clip. Blog. Chat. Fotoblog.
Conteúdo temático. Papel do locutor e interlocutor. Finalidade do texto. Argumentos do texto. Intertextualidade. Vozes sociais presentes no texto. Ambiguidade. Informações explícitas e implícitas. Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos e outros. Discurso direto e indireto. Elementos composicionais do gênero. Relação de causa e consequência
entre as partes e elementos do texto. Léxico. Adequação do discurso ao gênero. Turnos de fala. Variações linguísticas. Contexto de pŕodução. Informatividade. Divisão do texto em parágrafo. Processo de formação de palavras. Acentuação gráfica/ortografia. Concordância verbal/nominal. Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, recursos semânticos, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto.
Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido figurado; significado das palavras; expressões que denotam ironia e humor no texto.
264
Gêneros textuais a seremt rabalhados – 8ª série
Práticas discursivas: Escrita, Leitura e Oralidade – Análise Linguística
Crônicas de ficção. Literatura de cordel. Memórias.]pinturas. Romances. Poesias. Músicas. Resumo. Paródias. Relatório. Cartazes. Resenha. Seminário. Texto de opinião. Diálogo/discussão argumentativa. Carta do leitor. Editorial. Entrevista. Notícia/reportagem. E-mail. Carta de reclamção. Carta de solicitação. Depoimentos. Ofício. Procuração. Leis. Requerimento. Telejornal. Relenovela. Teatro.
Conteúdo temático. Papel do locutor e interlocutor. Intencionalidade do texto. Finalidade do texto. Argumentos do texto. Conteúdo de produção. Intertextualidade. Discurso ideológico no texto. Vozes sociais presentes no texto. Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos e outros. Discurso direto e indireto. Elementos composicionais do gênero. Léxico. Adequação do discurso ao gênero. Turnos de fala. Variações linguísticas (lexicais,
semânticas, prosódias entre outras.) relação de causa e consequência entre
as partes e elementos do texto. Partículas conectivas do texto. Progressão referencial do texto. Divisão do texto em parágrafo. Processo de formação de palavras. Acentuação gráfica/ortografia. Concordância verbal/nominal. Sintaxe e regência. Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, recursos semânticos, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; polissemia.
Adequação da fala ao contexto (uso de gírias, repetições, etc.).
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
265
METODOLOGIA
Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores
de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o amadurecimento do domínio
discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes compreendam e possam
interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista, fazendo deslizar o signo-
verdade-poder em direção a outras significações que permitam, aos mesmos estudantes, a sua
emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagem
imprescindíveis ao convívio social. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o
aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade.
Isso significa a compreensão crítica, pelos alunos, das cristalizações de
verdade na língua: o rótulo de erro atribuído às variantes que diferem da norma padrão; a
excessiva formatação em detrimento da originalidade; a irracionalidade atribuída aos
discursos, dependendo do local de onde são enunciados e, da mesma forma, o atributo de
verdade do aos discursos que emanam dos locais de poder político, econômico ou acadêmico.
Entender criticamente essas cristalizações possibilitará aos educandos a compreensão do
poder configurado pelas diferentes práticas discursivo-sociais que se concretizam em todas as
instâncias das relações humanas.
As atividades orais oferecem condições ao aluno de falar com fluência em
situações formais; adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto,
intenções); aproveita os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e
aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir. Ao contrário do que se julga,
a prática oral realiza-se por meio de operações lingüísticas complexas, relacionadas a recursos
expressivos como a entonação.
As possibilidades de trabalho com os gêneros orais são diversos e apontam
diferentes caminhos, como: apresentação de temas variados (histórias de família, da
comunidade, um filme, um livro); depoimento sobre situações significativas vivenciadas pelo
aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização; recado; explicação; contação de histórias;
declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris-simulado e outras
atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação e a análise da linguagem em
uso.
O exercício da escrita leva em conta o relação entre o uso e o aprendizado da
língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os gêneros discursivos são
266
construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma forma de atuar, de agir no mundo.
Escreve-se e fala-se para convencer, vender, negar, instruir, etc.
As atividades de escrita se realizarão de modo interlocutivo, relacionando o
dizer escrito às circunstâncias de sua produção, ou seja o produto do texto assumir-se como
locutor, tendo o que dizer, razão para dizer, como dizer, e interlocutores para quem dizer;
textos de gêneros que têm função social determinada, conforme o que vigora na sociedade
A ação com a língua escrita, deve valorizar a experiência lingüística do
estudante em situações específicas, na produção de textos argumentativos, descritivos, de
notícia, narrativos, memorandos, poemas, abaixo-assinados, crônicas ou textos de humor,
convite, bilhete, carta, cartaz, editorial, artigo de opinião, carta do leitor, relatórios, resultados
de pesquisa, resumos, resenhas, solicitações, requerimentos, crônica, conto, relatos de
experiências, receitas. Destaca-se também a importância de realizar atividades com os gêneros
digitais, como: e-mail, blog, chat, lista de discussão, fórum de discussão, dentre outros,
experienciando usos efetivos da linguagem escrita na esfera digital.
A leitura vista como um ato dialógico, interlocutivo, o leitor tem um papel
ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais,
formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu
conhecimento lingüístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas
sociais: jornalísticas, artísticas, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,
midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as
linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, imagens
digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente nosso universo cotidiano; a
leitura compreenderá o contato do aluno com uma ampla variedade de textos-notícias,
crônicas, piadas, poemas, artigos científicos, ensaios, reportagens, propaganda, charges,
romances, contos, etc. – percebendo em cada texto, a presença de um sujeito histórico, de uma
intenção.
Os temas relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos: Educação
Ambiental, enfrentamento à violência na Escola, História e Cultural Afrobrasileira e Africana,
Educando para as Relações Étnico-Raciais, Prevenção ao uso indevido de drogas,
Sexualidade, será abordado na disciplina de Língua Portuguesa, através do trabalho com letras
de músicas, produções e debates relacionados ao preconceito, racismo no Brasil, presença do
negro na mídia, cotas, mercado de trabalho, obras literárias de escritores negros e que
abordem a contribuição do povo negro à cultura nacional.
267
O trabalho com a literatura será baseado na Estética da Recepção/Método
Recepcional, uma vez que este tipo de texto permite múltiplas interpretações, e é na recepção
que ele significa.
A metodologia será aplicada através de recursos tecnológicos tais como:
vídeos, DVDs, retro-projetor, televisão, rádio e internet.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
A Avaliação está diretamente associada à concepção pedagógica
que rege a prática do educador e é considerada um instrumento auxiliar
indispensável no processo de aprendizagem.A Avaliação precisa ser entendida como um instrumento de compreensão do
nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados, às habilidades
desenvolvidas. Ação que necessita ser contínua, pois o processo de construção de
conhecimentos dará muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e dificuldades dos
educandos e, assim, rever a sua prática e redirecionar as suas ações, se for preciso.
Conforme Regimento e Projeto Político Pedagógico da nossa escola, avaliar é
analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e
repensar situações para que a aprendizagem ocorra.
Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos
professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um
todo.
Esse processo dar-se-á de forma intrínseca ao processo de ensino
aprendizagem, preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, sendo uma
avaliação contínua e cumulativa, utilizando vários instrumentos de avaliação para se alcançar
determinado fim conduzindo o aluno, não a uma aquisição pura e simples de conhecimentos,
mas sim a um processo de elaboração e ações que conduzam a uma prática social
transformadora.
A Avaliação será feita através de prova escrita ou oral; trabalhos como
produção de textos, cartazes, pesquisas, leituras literárias, critérios, tais como compromisso,
participação e respeito, será diagnóstica, formativa e somativa.
268
A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso-texto aos
diferentes interlocutores e situações através de: seminários, debates, troca informal de idéias,
entrevistas, contação de histórias, análise da produção oral dos estudantes, sendo necessário
que o aluno se posicione como um avaliador de textos orais com os quais convive, assim
como as suas próprias falas.
A leitura irá considerar a compreensão que os alunos terão do texto lido, a
reflexão, a resposta ao texto e a estratégia que empregam no decorrer da leitura, sempre
considerando as diferenças que cada aluno possui.
Na escrita serão avaliados as circunstâncias de sua produção e o resultado
dessa ação, e a partir daí os seus aspectos textuais e gramaticais.
Em todo esse processo o principal objetivo é de tornar o aluno um avaliador de
seus textos orais e escritos para que ele adquira autonomia.
Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de Língua Portuguesa
serão:
Atividades de leitura e interpretação de textos, oral e escrita;
Atividades de pesquisa bibliográfica;
Produção de textos;
Palestras;
Apresentação oral de trabalhos;
Atividades experimentais;
Projeto de pesquisa de campo;
Relatório;
Seminário;
Debate;
Atividades com textos literários e/ou informativos;
Atividades a partir de recursos audiovisuais (música, filmes, slides, imagens.);
Questões discursivas;
Questões objetivas.
As atividades serão realizadas em grupo ou individual, sendo sempre uma
avaliação somatória e diagnóstica.
Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios, que são
compreendidos com um referencial que gera parâmetros que devem ser previamente
estabelecidos. Os critérios serão apresentados para os alunos, favorecendo a transparência,
269
orientando o trabalho discente e a co-responsabilidade do aluno no processo de
responsabilidade. Os critérios seguidos por esta área de conhecimento, serão:
Realiza leitura compreensiva de textos;
Localiza informações explícitas e implícitas no texto;
Emite opiniões a respeito do que leu;
Utiliza o discurso de acordo com a situação da produção;
Apresenta clareza de ideias;
Produz textos atendendo às circunstância de produção proposta;
Diferencia a linguagem formal da informal;
Utiliza adequadamente os recursos linguísticos;
Reconhece o poder da informação e comunicação dos textos visuais;
Relaciona uma informação identificada no texto com outras pressupostas pelo
contexto;
Desvenda posicionamentos ideológicos no meio social e cultural;
Estabelece relações dialógicas entre os textos lidos e/ou ouvidos;
Elabora argumentos convincentes para defender suas ideias;
Identifica efeitos de ironia ou humor em textos variados;
Elabora argumentos consistentes;
Produz textos respeitando a sequência lógica;
Identifica a concordância presente em textos longos e de estruturas complexas;
Reconhece quando e como estabelecer complementação do verbo e de outras palavras;
Utiliza as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo;
Reconhece textos verbais e não verbais;
Utiliza textos verbais e não verbais em seu contexto diário;
Identifica a tese de um texto;
Apresenta produções poéticas em forma de paródias e paráfrases;
Reconhece a forma e estrutura dos textos poéticos;
Relata de forma coerente fatos vivenciados no cotidiano;
Identifica, observa os elementos que compõem a narrativa: espaço, tempo,
personagens...;
Identifica os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que
falam no texto;
Identifica as conjunções adequadas a cada situação;
Utiliza os períodos e as orações coordenadas e subordinadas em situações práticas.
270
De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de Estudos consiste na
retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os
alunos tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por
meio de metodologias diversificadas e participativas.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394196, no Art. 13, os
docentes incumbir-se-ão de:
- estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento.
Nesta perspectiva esta disciplina propõe que o processo de recuperação seja
realizado concomitantemente de duas formas: através da retomada de conteúdo a partir de
diagnósticos oferecidos pelas atividades realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos
instrumentos de avaliação; e através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala.
Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e recuperação desta
disciplina de Língua Portuguesa estará comprometida com a clareza nos critérios utilizados,
com a intencionalidade do ato educativo, com a reflexão crítica sobre a prática, enfim, o
comprometimento com a aprendizagem do aluno.
REFERÊNCIAS
271
CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português Linguagens.
Coleção português. São Paulo: Atual, 5 ed. 2009.
ESCOLA ESTADUAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO. Projeto
Político Pedagógico. Borrazópolis, 2010.
ESCOLA ESTADUAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO: Regimento
Escolar. Borrazópolis, 2009,
GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: O texto na sala de
aula. 5 ed. Cascavel: Assoeste, 1990.
______. Portos de passagem. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
GNERRE, M. Linguagem, Escrita e Poder. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
KOCH, I. G. V. Desvendando só segredos do texto. 2 ed. São Paulo Cortez, 2003.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Cadernos Temáticos: Educação do Campo.
Curitiba: SEED, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Cadernos Temáticos: Educação Ambiental.
Curitiba: SEED, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais
e História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola Educação do Campo. Curitiba:
SEED, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Cadernos Temáticos Desafios Educacionais
Contemporâneos: Prevenção ao uso indevido de drogas. Curitiba: SEED, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Cadernos Temáticos Desafios Educacionais
Contemporâneos: Enfrentamento à violência na escola. Curitiba: SEED, 2005.
272
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica:
Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.
ESCOLA: Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco. Ensino Fundamental.
NRE: Apucarana
273
MUNICÍPIO: Borrazópolis
NÍVEL: Ensino Fundamental
Disciplina: Matemática
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
DE MATEMÁTICA
PROFESSORES: : Elaine Travagli
Eleni Rosa Tenorio Lemes
Izabel Aparecida dos Santos Michelin
Lourdes Silva Tschemerizja
Lucinda de Jesus Silva Farinazzo
Márcia Telles Ribeiro
Renata Figueiredo
Rosemary Porto
Vilma Macário
Borrazópolis- Paraná2010
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
274
Os primeiros conhecimentos que compõe a Matemática de hoje , vieram de povos de
antigas civilizações. A álgebra elementar foi um dos primeiros registros matemáticos. Surgiu
do acúmulo de conhecimentos dos povos babilônios, por volta de 2.000 a.C. Para Ribnikov
(1987), esse período demarcou o nascimento da Matemática, porém foi só em solo grego, pois
só a partir dos séculos VI e V a.C., com a civilização grega, que ocorreram as primeiras
informações sobre a importância da Matemática no ensino e na formação das pessoas.
Com os platônicos, a Matemática era usada para instigar o pensamento do homem,
de tal forma que influencia no ensino da Matemática até os dias de hoje.
No século VI a.C., somente os filhos da aristocracia grega se apropriava do ensino
da leitura e da escrita. O ensino da Matemática surgiu um século depois, valorizando o
raciocínio abstrato, tentando justificar a existência de uma ordem universal e imutável, tanto
na natureza como na sociedade. Essa concepção de que a Matemática era tida como uma base
racional perdurou até o século XVII d.C. Houve então, nesse período, a sistematização das
matemáticas estáticas, ou seja, começaram a se desenvolver a aritmética, a geometria, a
álgebra e a trigonometria.
Nos séculos IV a II a.C., a educação era ministrada de forma clássica e enciclopédica
e o ensino de Matemática desse período estava reduzido a contar números
naturais, cardinais e ordinais, fundamentado na memorização e na repetição.
Durante algum tempo, o ensino da geometria e da aritmética ocorreu de acordo com
o pensamento euclidiano, que apresentava a base do conhecimento matemático por meio de
axiomas e postulados.. Ainda hoje, tais conteúdos continuam presentes na Educação Básica.
Na idade média, a Matemática era ensinada para atender os cálculos do calendário
litúrgico e determinadas datas religiosas. No oriente, ocorreram produções matemáticas entre
os hindus, árabes, persas e chineses que contribuíram com avanços importantes ao
conhecimento algébrico.
As navegações, as atividades comerciais e mais tarde, as industriais possibilitaram
novas descobertas da Matemática, cujos conhecimentos estavam voltados às atividades
práticas.
As descobertas matemáticas, no século XVI, contribuíram para uma fase de
grande progresso econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de
máquinas e equipamentos, tais como armas de fogo, imprensa, moinhos de vento, relógios e
embarcações.
275
A Matemática era tradicionalmente vista como uma ciência exata, precisa e abstrata,
pois teria enquanto disciplina um conteúdo fixo e definido, não abrindo espaço para a
criatividade ou investigação.
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que apenas o
conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são considerados suficientes
para atuação profissional, pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou
indiretamente, sobre os processos de ensino e de aprendizagem em Matemática.
Por meio da Historia da Matemática, se tem a oportunidade de compreender esta
ciência desde suas origens até como a disciplina matemática está configurada no currículo
escolar brasileiro.
O ensino da Matemática está presente desde o inicio da escolaridade e por todo o
ensino básico, portanto o aprendizado desta disciplina não pode ser somente uma teorização
descolada da realidade.
Dentro desta visão, a Matemática é considerada uma ciência em constante
construção, que se desenvolve enquanto é experimentada, no processo de investigação e
resolução de problemas, deixando de lado a possibilidade de ser vista de forma estática,
abrindo portas para a criação e para a emoção.
Nessa ação reflexiva, abre-se espaço para um discurso matemático voltado tanto
para aspectos cognitivos como relevância social do ensino da Matemática. Isso implica olhar
tanto do ponto de vista do ensinar e do aprender Matemática, quanto do seu fazer, do seu
pensar e da sua construção histórica, buscando compreendê-los.
Nas Diretrizes assume-se a Educação Matemática como campo de estudos que
possibilita ao professor balizar a sua ação docente, fundamentado numa ação crítica que
conceba a Matemática como atividade humana em construção.
Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos estudantes a
análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias. Aprende-se
Matemática não somente sobre sua beleza ou pela sua consistência de suas teorias, mas, para
que, a partir dela, o homem amplie seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o
desenvolvimento da sociedade. Sendo assim, o objetivo da disciplina de Matemática é formar
sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto
social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de
uma inserção cidadã e transformadora na sociedade em que está inserido.
Na disciplina de Matemática é imprescindível que o conteúdo matemático leve o
estudante a se apropriar do conhecimento de forma que “compreenda os conceitos e
276
princípios matemáticos, raciocine claramente e comunique ideias matemáticas, reconheça
suas aplicações e aborde problemas matemáticos com segurança” (Seed, 2008).
O trabalho docente nesta dimensão, deve partir da disciplina Matemática e ser
organizado em torno do conteúdo matemático e, assim, se faz necessário uma fundamentação
teórica e metodológica.
Conceber que a Matemática implica na proposição de teorias e metodologias que
possibilitem ao aluno a compreensão de conceitos, dando-lhes significados e a condição de
estabelecerem relações com a experiência anteriormente vivenciadas, ocorrendo a construção
de conceitos com a intenção de solucionar problemas, respondendo às exigências do contexto
em que esta inserido o aluno e não somente as expectativas do professor.
O aluno que vive no campo utilizara a matemática como meio de resolução de
problemas do seu cotidiano com conteúdos estruturantes e específicos voltados para suas
necessidades.
Atendendo as diversidades dos alunos como: raça, religiosidade, pertencimentos
étnicos culturais, saberes acumulados e logo diferentes, há a necessidade de práticas
pedagógicas diferenciadas atendendo a todos, proporcionando a inclusão destes no sistema
escolar. Para que isso ocorra há a necessidade de pensar as bases teóricos – metodológicas
sobre as quais sustentara a implementação de um processo de ensino, voltado para a
construção dos conceitos e significados em matemática.
Uma prática de ensino da matemática numa perspectiva crítica articula o
conhecimento matemático com as outras áreas, contribuindo na solução de problemas
presentes no meio sócio-político, econômico e histórico com abordagens experienciada pelo
formativo possibilitando a eles criar, no seu imaginário, uma heurística que, por meio de
manejo de hipóteses, orienta, busca soluções para as situações-problema.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
277
Os Conteúdos Estruturantes do Ensino da Matemática, segundo as Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná, nas séries finais do Ensino Fundamental, e portanto, deste
Estabelecimento de Ensino,são:
11. Números e Álgebra
Grandezas e Medidas
Geometrias
Funções
Tratamento da informação
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Deve-se compreender que os números estão inseridos em contextos articulados com
os demais conteúdos da Matemática. Os números se encontram nas abstrações oriundas não
só do Conteúdo Estruturante Números e Álgebra, como também: das Geometrias, das
Funções, do Tratamento da Informação, das Grandezas e Medidas.
Na Educação Básica, segundo as DCE's, no contexto da Educação Matemática, é
necessário que analisem e descrevam relações em vários contextos onde se situam as
abordagens matemáticas, explorando os significados que possam ser produzidos a partir
destes conteúdos.
Ler os números, compará-los e ordená-los são procedimentos indispensáveis para a
compreensão da notação numérica, tendo como meta primordial no campo da Aritmética – a
resolução de problemas e a investigação de situações concretas relacionadas ao conceito de
quantidades. Devendo também estudar os processos que viabilizam a compreensão das
ferramentas necessárias para resolução de algoritmos( técnicas operatórias). Relacionar
sempre que possível com o cotidiano dos alunos. Lembrar que a Álgebra deve procurar
métodos eficazes de analisar e resolver todos os tipos de problemas quantitativos capazes de
serem expressos em problemas algébricos.
A Álgebra deve ser tratada também como eixo e agregada aos números, uma vez que
estes podem ser considerados como casos particulares dos estudos desta. Deve-se, também,
278
considerar a Álgebra enquanto instrumento formalizador de um grande número de relações
matemáticas, o que reforça sua importância enquanto eixo e ainda tornar mais práticas as
resoluções de muitas situações problemas.
É fundamental que os alunos consigam interpretar problemas e situações
matemáticas, escrevendo as respectivas sentenças numéricas ou algébricas bem como
representando-as gráfica e geometricamente.
Desse modo o aluno poderá estar capacitado para agir de modo transformador sobre
si mesmo e a realidade que o cerca.
Os Conteúdos Estruturantes Números e Álgebra se desdobra nos conteúdos:
Conjuntos numéricos e operações;
Equações e inequações;
Polinômios
Proporcionalidade
II. GRANDEZAS E MEDIDAS
O homem, no decorrer da história, deparou-se com noções de maior e menor, de
antes e depois, e com isso passou a realizar comparações entre espaços e entre períodos de
tempo, necessitando estabelecer valores qualitativos e quantitativos. Ou seja, para que
pudesse ter uma visão da realidade, o ser humano precisou medir e criar instrumentos de
medida. A necessidade de medir é quase tão antiga quanto a necessidade de contar.
Desde as primeiras civilizações, as medidas se tornaram a linguagem fundamental à
realização dos negócios no mundo do comércio. Elas podem ser consideradas um dos
principais fatores que sustentaram e fortaleceram as sociedades pelas relações estabelecidas
por meio das compras e vendas, pela criação dos padrões que mensuram a produção e pelo
suporte dimensional para as Ciências e a Tecnologia.
Medir o comprimento como parte do próprio corpo foi a forma inicial que o homem
encontrou para fazer medições, só que estas eram passivas de erros, pois não havia
padronização. Com o passar do tempo, devido a intensificação das relações sociais,
econômicas e a expansão do comércio, houve uma necessidade de criar um único padrão de
medida, universalizou-se o metro, seus múltiplos e submúltiplos, assim como as medidas de
massa e capacidade.
São pertinentes para os dias de hoje que o uso das medidas seja como um elemento
de ligação entre os conteúdos de Numeração e os conteúdos de Geometria, visando a ideia de
279
que medir é essencialmente comparar. Essa ideia pode ser trabalhada em várias situações, que
envolvam o aluno, ao observar os tamanhos dos objetos na exploração do espaço, através de
comparações, classificando-os em pequenos e grandes, compridos e curtos e também ao
mesmo tempo, observando as distâncias.
Quando o resultado da medida não puder ser representado por um valor inteiro
(número natural) é a ocasião para apresentar noções sobre frações e números decimais.
Faz-se necessário também trabalhar com as medidas de valor, pois, é imprescindível
saber manusear e trabalhar com valores monetários. Uma vez que o conhecimento sobre o
sistema monetário é necessário para que o aluno da Educação Básica tenha condições de
estabelecer relações entre o conjunto de moedas legais em circulação em diferentes países.
Entretanto, prima-se que o aluno conheça, primeiro, o sistema monetário do país onde vive.
Manejar o sistema monetário é inteirar-se das situações que mensuram o valor das
mercadorias, possibilidade para discutir o valor do trabalho e meio para entender decisões de
ordem econômica do país.
No que se refere à organização cronológica é importante que haja maior
organização do tempo, e ainda que se possibilite o conhecimento de suas unidades de medida
Quanto à informática, não se pode negar a sua presença no campo educacional, materializada
pelo computador. Termos como bit, bytes, kilobytes, megabytes, gigabytes ou terabytes,
medidas que representam a capacidade de armazenamento temporário ou permanente de um
computador, passam a fazer parte da linguagem do aluno. É necessário, então, abordá-los nas
aulas de Matemática, pois contribui para compreensão de significados matemáticos e o
conhecimento sobre a tecnologia.
Com a Trigonometria integrando o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas,
pretende-se contemplar as relações entre as medidas dos lados e dos ângulos de um triângulo,
relações essas desenvolvidas a partir da necessidade do homem de determinar, por exemplo,
distâncias inacessíveis (a altura das pirâmides, distância entre os astros, largura de rios, etc.).
III – GEOMETRIA
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Geometrias se desdobra nos
seguintes conteúdos:
Geometria plana
Geometria espacial
280
Geometria analítica
Noções básicas de geometrias não-euclidianas
A aprendizagem da geometria exige do aluno uma maneira específica de raciocinar,
levando-o a explorações e descobertas.
Na Educação Básica, a Educação Matemática valoriza os conhecimentos
geométricos, que não devem ser rigidamente separados da aritmética e da álgebra. Interliga-se
com a aritmética e com a álgebra porque os objetos e relações dela correspondem aos das
outras; assim sendo, conceitos, propriedades e questões aritméticas ou algébricas podem ser
clarificados pela geometria, que realiza a tradução para o aprendiz.
Existe uma carência muito grande de conhecimentos geométricos por parte dos
alunos, devido ao abandono do ensino da Geometria no Brasil. Fazendo-se necessário então,
iniciar o aluno, com exploração do espaço para que ele consiga situar-se nele e analisá-lo,
percebendo a posição dos objetos, tendo noção de profundidade, lateralidade, anterioridade,
perto, longe, fronteira e vizinhança. Visto que ela deve começar no espaço e não na reta, ou
no ponto ou no plano.
A Geometria deve ser considerada como ferramenta para a compreensão, descrição e
inter-relação com o espaço em que vivemos.
IV – FUNÇÕES
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os seguintes
conteúdos:
Função afim
Função quadrática
Segundo as Diretrizes Curriculares, de 1880 a 1959, a ideia de que o conceito de
função deveria estar contemplado no currículo de Matemática foi amplamente debatida
porque permitia estabelecer uma correspondência entre as leis matemáticas e as leis
geométricas, entre as expressões analíticas e os lugares geométricos (conjunto de todos os
pontos que gozam de uma mesma propriedade).
Na Educação Básica, o aluno deve compreender que as Funções estão presentes nas
diversas áreas do conhecimento e modelam matematicamente situações que, pela resolução de
problemas, auxiliam o homem em suas atividades. As Funções devem ser vistas como
construção histórica e dinâmica, capaz de provocar mobilidade às explorações matemáticas,
por conta da variabilidade e da possibilidade de análise do seu objeto de estudo e por sua
281
atuação em outros conteúdos específicos da Matemática. Tal mobilidade oferece ao aluno a
noção analítica de leitura do objeto matemático.
No Ensino Fundamental, na abordagem do Conteúdo Estruturante Funções, é
necessário que o aluno elabore o conhecimento da relação de dependência entre duas
grandezas. É preciso que compreenda a estreita relação das funções com a Álgebra, o que
permite a solução de problemas que envolvem números não conhecidos.
O aluno do Ensino Fundamental deve conhecer as relações entre variável
independente e dependente, os valores numéricos de uma função, a representação gráfica das
funções afim e quadrática, perceber a diferença entre função crescente e decrescente. Uma
maneira de favorecer a construção de tais conhecimentos é a utilização de situações-problema.
V – TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
O Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação engloba os seguintes conteúdos:
Noções de probabilidade
Estatística
Matemática financeira
Noções de análise combinatória
A estatística, tornou-se um conteúdo matemático importante ao ter seus conceitos
aplicados em vários campos do conhecimento. Entre eles destacam-se: as Ciências Sociais, a
Genética e a Psicologia. Pela necessidade de quantificar os dados coletados nas pesquisas, a
aplicabilidade de métodos estatísticos se tornou essencial. Como resultado, novos conceitos
como os de correlação e regressão foram introduzidos na Matemática.
O Tratamento da Informação é um conteúdo estruturante que contribui para o
desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e para
interpretação de tabelas e gráficos que, de modo geral, são usados para apresentar ou
descrever informações.
Propõe-se que o trabalho com estatística , nesta modalidade de ensino, se faça por
meio de um processo investigativo, pelo qual o estudante manuseie dados desde sua coleta até
os cálculos finais. Segundo WODEWOTZKI & JACOBINI( 2004),“é o estudante que busca,
seleciona, faz conjecturas,analisa e interpreta as informações para, em seguida, apresentá-las
para o grupo,sua classe ou sua comunidade” Os conceitos estatísticos devem servir de aporte
aos conceitos de outros conteúdos, com os quais sejam estabelecidos vínculos para
282
quantificar, qualificar, selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que
sejam incorporadas às experiências do cotidiano.
É importante o aluno conhecer fundamentos básicos de Matemática que permitam ler
e interpretar tabelas e gráficos, conhecer dados estatísticos, conhecer a ocorrência de eventos
em um universo de possibilidades, cálculos de porcentagem e juros simples. Por isso, é
necessário que o aluno colete dados, organize-os em tabelas segundo o conceito de frequência
e avance para as contagens, os cálculos de média, frequência relativa, frequência acumulada,
mediana e moda.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS POR SÉRIE/ANO
5ª SÉRIE/6ºANO
283
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
NÚMEROS
E
ÁLGEBRA
Sistemas de numeração;
Números Naturais;
Múltiplos e divisores;
Potenciação e Radiciação;
Números Fracionários;
Números Decimais.
GRANDEZAS
E
MEDIDAS
Medidas de Comprimento;
Medidas de Massa;
Medidas de Área;
Medidas de Volume;
Medidas de Tempo;
Medidas de Ângulos;
Sistema monetário.
GEOMETRIAS
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
- Dados, tabelas e gráficos;
- Porcentagem.
6ª SÉRIE/ 7º ANO
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
284
NÚMEROS
E
ÁLGEBRA
Números Inteiros;
Números Racionais
Equação e Inequação do 1º Grau;
Razão e proporção;
Regra de três simples
GRANDEZAS
E
MEDIDAS
Medidas de temperatura;
Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometrias não-euclidianas.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
Pesquisa Estatística;
Média Aritmética;
Moda e mediana;
Juros simples.
7ª SÉRIE/ 8º ANO
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
285
NÚMEROS
E
ÁLGEBRA
Números Racionais e
Irracionais;
Sistemas de Equações do
1o grau;
Potências;
Monômios e Polinômios;
Produtos Notáveis.
GRANDEZAS
E
MEDIDAS
Medidas de comprimento;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometrias não- euclidianas.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
Gráfico e informação;
População e amostra.
8ª SÉRIE/ 9º ANO
CONTEUDOS ESTRUTURANTES CONTEUDOS BÁSICOS
286
NÚMEROS
E
ÁLGEBRA
Números Reais;
Propriedades dos radicais;
Equação do 2o grau;
Teorema de Pitágoras;
Equações Irracionais;
Equações Biquadradas;
Regra de Três Composta.
GRANDEZAS
E
MEDIDAS
Relações Métricas no Triângulo
Retângulo;
Trigonometria no Triângulo
Retângulo.
FUNÇÕES
Noção intuitiva de Função Afim;
Noção intuitiva de Função Quadrática
GEOMETRIAS
Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometria não-euclidiana.
TRATAMENTO
DA
INFORMAÇÃO
c) Noções de Análise Combinatória;
d) Noções de Probabilidade;
e) Estatística;
f) Juros Compostos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
287
No ensino da Matemática deve ser tratado como uma educação matemática, onde a
construção do conhecimento matemático, por uma visão histórica, em que os conceitos a
serem apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciem na formação do
pensamento humano e na produção de sua existência por meio de idéias e das tecnologias.
O professor nessa perspectiva, desenvolve-se intelectual e profissional, refletindo
sobre a sua prática sendo um educador matemático e pesquisador, não vendo a matemática
como uma ciência pronta e acabada, mas como atividade humana que se encontra em
construção.
Para que isto ocorra o professor poderá fazer uso dos recursos pedagógicos e
tecnológicos como: quadro de giz, livro didático, jornais e revistas, jogos, literatura, artes
plásticas, DVDs, computador, TV Multimidia(simulações/animações/jogos-Portal do dia a dia
educação do Paraná), TV pendrive, softwares didáticos, materiais manipuláveis, confecção da
representação de sólidos geométricos, instrumentos de medida, e outros. O professor adequar-
se-á os recursos pedagógicos de acordo com o conteúdo trabalhado.
O docente deve partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de
cada conteúdo específico, garantindo, através de tendências metodológicas: resolução de
problemas, etnomatemática, modelagem matemática, uso das mídias tecnológicas, história da
matemática e investigação matemática, o crescimento de possibilidades da aprendizagem sem
fragmentação dos conteúdos. Todas essas tendências tem seu grau de importância e
complementam-se umas às outras.
I. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
É uma metodologia pelo qual o estudante tem a oportunidade de aplicar
conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão
proposta.
As etapas da resolução de problemas são: compreender o problema; destacar
informações, dados importantes do problema, para sua resolução; elaborar um plano de
resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer novas estratégias, se necessário,
até chegar a uma solução aceitável.
II. ETNOMATEMÁTICA
288
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social que
produzem o conhecimento matemático.
Essa metodologia é uma importante fonte de investigação da Educação Matemática,
por meio de um ensino que valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e respeito
as suas raízes culturais, não rejeitando e ignorando as raízes do outro, mas reforçar as suas
próprias raízes. Tendo em vista aspectos como ”memória cultural, códigos, símbolos, mitos e
até maneiras específicas de raciocinar e inferir.
III. MODELAGEM MATEMÁTICA
A modelagem matemática tem como pressuposto a problematização de situações do
cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contexto social,
procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida.
Contribuindo assim, para a formação crítica do aluno, pois parte de situações práticas e
questionamentos; formula, elabora e resolve expressões que servirão de suporte
posteriormente para outras aplicações e teorias.
IV. MÍDIAS TECNOLÓGICAS
Os recursos tecnológicos, como o software, a televisão, as calculadoras, os
aplicativos da internet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e
potencializado formas de resolução de problemas.
As ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de ações
em Educação Matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos
enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a experimentação.
O trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas formas de ensinar e aprender,
e valoriza o processo de produção de conhecimentos.
V. HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
289
No contexto da prática escolar, a história da Matemática está relacionado com um
dos objetivos primordiais da disciplina, em que os educandos compreendam a natureza da
Matemática e sua relevância na vida da humanidade.
Essa tendência metodológica serve para elaborar atividades, criar situações-problema,
buscar referências para compreender melhor os conceitos matemáticos .E assim possibilita
ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos e raciocínios .
A história direciona explicações aos porquês da Matemática, promovendo ao estudante
uma aprendizagem significativa, pois propicia ao estudante entender que o conhecimento
matemático é construído historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais.
VI. INVESTIGAÇÃO MATEMÁTICA
A prática pedagógica de investigações matemáticas tem sido recomendada por
diversos estudiosos como forma de contribuir para uma melhor compreensão da disciplina em
questão.
As investigações matemáticas (semelhantes às realizadas pelos matemáticos) podem
ser desencadeadas a partir da resolução de simples de exercícios e se relacionarem com a
resolução de problemas.
Um problema é uma questão para a qual o aluno precisa estabelecer uma estratégia
heurística, isto é, ele não dispõe de um método que permita a sua resolução imediata;
enquanto que um exercício é uma questão que pode ser resolvida usando um método já
conhecido.
Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de
forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não
é explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser indicado através, por
exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de
investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação
distintos por diferentes grupos de alunos. E mais, se os grupos partirem de pontos de
investigação diferentes, com certeza obterão resultados também diferentes.
Investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior de
toda ação pedagógica.
Cabe ao professor dentro da nova proposta, utilizar a metodologia que em
consonância com os Desafios Educacionais Contemporâneos, de acordo com a Lei 11645/08
290
– Historia e Cultura dos Povos Indígenas, a Lei 10639/03- História e Cultura Afro-brasileira e
Africana, a Lei 9795/99, a Política Nacional de Educação Ambiental; a Cidadania e Direitos
Humanos, a Educação Fiscal, o Enfrentamento à Violência na Escola, a Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas e a Educação do Campo, venha a contribuir para uma melhor
compreensão da disciplina de Matemática.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
Conforme Regimento e Projeto Político Pedagógico da nossa escola, avaliar é
analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o objetivo de corrigir rumos e
repensar situações para que a aprendizagem ocorra.
Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos professores,
a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de ensino como um todo.
Esse processo dar-se-á de forma intrínseca ao processo de ensino aprendizagem,
preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, sendo uma avaliação contínua
e cumulativa, utilizando vários instrumentos de avaliação para se alcançar determinado fim
conduzindo o aluno, não a uma aquisição pura e simples de conhecimentos, mas sim a um
processo de elaboração e ações que conduzam a uma prática social transformadora.
Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de Matemática, serão:
Atividades de leitura e interpretação de texto, oral e escrita ;
Atividades de pesquisa bibliográfica;
Produção de textos;
Palestras;
Apresentação oral de trabalhos;
Atividades experimentais;
Projeto de pesquisa de campo;
Relatórios;
Atividades com textos literários e/ou informativos;
Atividades a partir de recursos audiovisuais ( música, filmes, slides, imagens);
Questões discursivas;
Questões objetivas.
291
As atividades serão realizadas em grupo ou individual, sendo sempre uma
avaliação somatória e diagnóstica.
Todo o processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios, que são
compreendidos com um referencial que gera parâmetros que devem ser previamente
estabelecidos. Os critérios serão apresentados para os alunos, favorecendo a transparência,
orientando o trabalho discente e a co-responsabilidade do aluno no processo de
responsabilidade. Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas desta disciplina
propostas pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
- comunica-se matematicamente, oral ou por escrito;
- compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
- elabora um plano que possibilite a solução do problema;
- encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;
- realiza o retrospecto da solução de um problema.
Ao elaborar o Plano de Trabalho Docente, o professor considera a avaliação como
parte inerente ao processo de ensino aprendizagem, realizando-a em função dos conteúdos
trabalhados, e o sistema de recuperação está sendo considerado também como integrante de
todos os momentos de aprendizagem, sendo desenvolvido à luz das condições daquele
educando que não aprendeu.
De acordo com Vasconcellos (2003), a Recuperação de Estudos consiste na retomada
de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos
tenham oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio
de metodologias diversificadas e participativas.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96 no Art. 13, os
docentes incumbir-se-ão de:
estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.
Nesta perspectiva, esta disciplina propõe que o processo de recuperação seja
realizado concomitantemente de duas formas: através da retomada de conteúdo a partir de
diagnósticos oferecidos pelas atividades realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos
instrumentos de avaliação; e através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala de aula.
Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e recuperação desta disciplina
de Matemática estará comprometido com a clareza nos critérios utilizados, com a
intencionalidade do ato educativo, com a reflexão crítica sobre a prática, enfim, o
comprometimento com a aprendizagem do aluno.
REFERÊNCIAS
292
ANDRINI, Álvaro. Maria José C. de V. Zampirolo. Coleção Novo Praticando Matemática.
Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries. São Paulo: Editora do Brasil. 1ª edição, 2007
GIOVANNI, José Ruy, CASTRUCCI, Benedito, JUNIOR, José Ruy Giovanni. Coleção A
Conquista da Matemática. Ensino Fundamental. São Paulo, FTD, 2002.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais
Contemporâneos: Enfrentamento à Violência na escola. Curitiba, SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos Desafios Educacionais
Contemporâneos: Prevenção ao uso indevido de drogas. Curitiba, SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos : Educação do Campo.
Curitiba, SEED, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-
Raciais e para História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Curitiba,SEED, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de educação Departamento
da Educação Básica.Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Matemática. Curitiba,
2008.
ESCOLA: Escola Estadual Humberto de Alencar Castelo Branco. Ensino Fundamental.
293
NRE: Apucarana
MUNICÍPIO: Borrazópolis
NÍVEL: Ensino Fundamental
PROPOSTA CURRICULAR
DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (INGLÊS)
PROFESSORES: Célia Aparecida Teixeira
Natalina Vieira da Luz Minatelle
Vera Lúcia Pereira
Borrazópolis – Paraná
2010
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
294
O ensino da língua estrangeira tornou-se necessário a partir da
chegada da família real portuguesa ao Brasil, em 1808. Criou-se as cadeiras de
inglês e francês com objetivo de melhorar a instrução pública e atender às
demandas advindas da abertura de pontos ao comércio.
Em 1837, ocorreu a fundação do Colégio Pedro II, primeiro em
nível secundário do Brasil e referência curricular para outras instituições
escolares por quase um século. O currículo do Colégio se inspirava nos moldes
franceses e, em seu programa, constavam sete anos de Francês, cinco de inglês e
três de alemão, cadeira esta criada no ano de 1840.
Em 1961 a LDB criou os Conselhos Estaduais, dando a eles o poder
de decidir a inclusão ou não da língua estrangeira nos currículos. Mesmo com a
valorização de outras línguas, o ensino de inglês teve o seu espaço garantido nos
currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas transações comerciais pela
tentativa de fazer parte de um mundo globalizado.
Toda língua é uma construção histórica, que está em constante
transformação. O estudo da língua é concebido como discurso repleto de
significados e que traz os traços da cultura e da sociedade.
O ensino de LEM tem como princípio, a formação do cidadão, a
inclusão social, o reconhecimento da diversidade cultural, a construção de
entidades sociais transformadores e a consciência do papel das línguas na
sociedade e na construção do conhecimento.
No ensino da Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa
disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-
295
se fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o
ensino da LEM na Educação Básica, ou seja, ensinar e aprender línguas é
também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentido,
é formar subjetividades, é permitir que se conheça no uso da língua os diferentes
propósitos comunicativos independentemente do grau de proficiência atingido.
As aulas de LEM se configuram como espaços de interações, entre
professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se revelam
no dia a dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-políticas-
econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma
consciência crítica a respeito do papel das línguas na sociedade.
Embora a aprendizagem de LEM também sirva como meio para
progressão no trabalho e estudos superiores, este componente curricular,
obrigatório, deve também contribuir para formar alunos críticos e
transformadores através do estudo de textos que permitam explorar as práticas,
da leitura, da escrita e da oralidade, além de incentivar a pesquisa e a reflexão.
Assim, o ensino de LEM, na Educação Básica propõe superar os
fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais, que historicamente tem marcado
o ensino dessa disciplina.
Desta forma espera-se que o aluno:
- use a língua em situação de comunicação oral e escrita;
- vivencie, na aula de LEM, formas de participação que lhe possibilitem
estabelecer relações individuais e coletivas:
- compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
- reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
296
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA
O conteúdo estruturante está relacionado com o momento histórico-
social. Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de
sentidos, buscou-se conteúdos que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim,
define-se como Conteúdo Estruturante da LEM o Discurso como prática social.
A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oraqlidade e de
escrita que são as práticas que efetivam o discurso.
Para tal, o professor levará em conta que o objeto de estudo de
LEM, a língua pela sua complexidade e riqueza, permite o trabalho em sala com
os mais variados textos e diferentes gêneros.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como Prática Social
5ª série/6º ano
297
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
- Advinhas
- Álbum de família
- Música
- Cartão pessoal/postal
- Exposição oral
- Receitas
- Cartazes
- Pesquisa
- Mapa
- Fábulas
- História em quadrinhos
- Charge
- Fotos
- Quadrinhas
- Horóscopo
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Repetição proposital de palavras;
298
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade:
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semântica.
299
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como Prática Social
6ª série/7º ano
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Música
Cartazes
Pesquisas
História em quadrinhos
Horóscopo
Entrevista(oral e escrita)
Texto de opinião
Texto argumentativo
Resenha
Resenha crítica
Folder
Slogan
Filmes
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Informações explícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
300
Repetição proposital de palavras;
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semântica.
301
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como Prática Social
7ª série/8º ano
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Música
Cartazes
Pesquisa
Charge
Entrevista(oral e escrita)
Horóscopo
Diário
Exposição oral
Diálogo
Fotos
Placas
Filmes
Vídeo clip
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
302
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e
denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor
no texto.
Léxico.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito);
Concordância verbal/nominal;
Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; significado das
palavras; figuras de linguagem;
Sentido conotativo e denotativo;
Expressões que denotam ironia e humor no texto.
303
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como Prática Social
8ª série/9º ano
CONTEÚDOS BÁSICOS
304
GÊNEROS DISCURSIVOS
g) Músicas
h) Pesquisas
i) Fôlder
j) e-mail
k) Vídeo clip
l) Filmes
m) Bulas
n) Diálogo
o) Piadas
p) Diário
q) Anúncio
r) Exposição oral
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Polissemia;
305
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Léxico.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos(aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
306
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
PRÁTICAS DISCURSIVAS DA LEITURA, ORALIDADE E ESCRITA
Dentro da leitura, espera-se que o aluno identifique o tema, realize
uma leitura compreensiva do texto, localize nele informações explícitas e amplie
seu horizonte de expectativas.
307
Na escrita, espera-se que o aluno elabore e re-elabore textos de
acordo com orientação do professor, atendendo: situações de produção propostas
(gênero, interlocutor, finalidade...), use recursos textuais como coesão e
coerência e utilize adequadamente os recursos linguísticos como: pontuação,
artigo, etc.
Na oralidade, espera-se que o aluno apresente suas ideias com
clareza, utilizando o discurso de acordo com a situação de produção
(formal/informal), considerando entonação, pausas, gestos, etc.
Na sala de aula será propiciado aos alunos, práticas de leitura de
diferentes gêneros textuais, considerando os conhecimentos prévios dos
mesmos. É importante acompanhá-los em suas produções orientando-os a uma
reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. Cabe
também ao professor conduzí-los a situações que possibilitem explorar as
marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula parte do
entendimento do papel das línguas nas sociedades, ou seja, o meio que
possibilita o conhecimento, expressão e transformação dos modos de entender o
mundo e de construir significados, sendo desta forma, bem mais que meros
instrumentos de acesso à informação.
O texto deve ser apresentado como princípio gerador das discussões
temáticas, análise do gênero e desenvolvimento das práticas linguístico-
308
discursivas. A formação de um pensar e agir críticos possibilitará a análise e a
reflexão de fenômenos linguísticos e culturais.
Caberá ao professor trabalhar o texto em seu contexto social de
produção, selecionando itens gramaticais que indiquem a estruturação da língua.
Um ponto a ser destacado é atenção no momento da escolha dos
textos, para que os mesmos não reforcem uma visão monolítica de cultura,
muitas vezes abordada de forma estereotipada. Os conteúdos dos textos, devem
viabilizar os resultados pretendidos nas diferentes séries de acordo com os
objetivos específicos propostos no planejamento do professor.
O estudo gramatical e a análise linguística devem estar
subordinadados ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões linguísticas
devem estar subordinados ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões
linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, a
fim de que se expressem ou construam sentido aos textos.
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais
para cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio,
considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas
diversas disciplinas da Educação Básica.
Desta forma os vários gêneros textuais podem ser abordados em
aulas de língua estrangeira nas seguintes atividades:
Comparação de unidades temáticas, linguísticas e
composicionais de um texto com outros textos;
Interpretação da estrutura de um texto a partir de reflexões da
sala de aula;
309
Leitura e análise de textos de países que falam o mesmo
idioma estudado na escola e dos aspectos culturais que
ambos veiculam;
Leitura e análise de textos publicados nacional e
internacionalmente sobre um mesmo tema e das abordagens
de tais publicações;
Comparação das estruturas fonéticas, bem como das
formações sintáticas e morfológicas da língua estrangeira
estudada, com a da língua materna.
As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão
simultaneamente, práticas e conhecimentos mencionados, de modo a
proporcionar ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e
transformadora com relação aos discursos apresentados.
Para cada texto verbal/não verbal, o professor poderá trabalhar,
levando em conta os itens abaixo sugeridos:
a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes
aplicabilidades.
b) Aspecto cultural/inter discursivo: influência de outras culturas,
por exemplo, da cultura afro-brasileira, cultura dos pares indígenas e outros.
c) Variedades linguísticas: formal/informal.
d) Análise linguística: será realizada de acordo com a série. Vale
ressaltar a diferença entre o ensino da gramática e a prática da análise
linguística.
A pesquisa será proposta ao aluno, acerca do assunto abordado.
Lembrando que a pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o
assunto. Poderá ser realizada nos livros ou na internet.
310
As discussões feitas em sala de aula para aprofundar e/ou
confrontar informações poderão ser feitas em Língua Materna.
A produção de texto em LEM será com ajuda dos recursos
disponíveis na sala de aula e a orientação do professor.
Ao longo das aulas os alunos trabalharão com textos significativos
que contemplem (Política Nacional de Educação Ambiental, Cidadania e
Direitos Humanos, Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas).
Além dos livros e da Internet, já acima citados, poderá ser utilizado
outros materiais disponíveis na escola: dicionários, vídeos, DVD, DC-ROM, TV
multimídia, etc.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO
Conforme Regimento e Projeto Político Pedagógico da nossa
escola, avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o
objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a aprendizagem ocorra.
Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática
dos professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de
ensino como um todo.
Esse processo se dará de forma intrínseca ao processo de ensino
aprendizagem, preponderando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos,
sendo uma avaliação contínua e cumulativa, utilizando vários instrumentos de
311
avaliação para se alcançar determinado fim conduzindo o aluno, não a uma
aquisição pura e simples de conhecimentos, mas sim a um processo de
elaboração e ações que conduzam a uma prática social transformadora.
Os instrumentos de avaliação utilizados pela disciplina de Língua
Estrangeira Moderna – Inglês, serão:
Atividades de leitura e interpretação de textos, oral e escrita;
Atividades de pesquisa bibliográfica;
Produção de textos;
Palestras;
Apresentação oral de trabalhos;
Atividades experimentais;
Projeto de pesquisa de campo;
Relatório;
Seminário;
Debate;
Atividades com textos literários e/ou informativos;
Atividades a partir de recursos audiovisuais (música, filmes,
slides, imagens);
Questões discursivas;
Questões objetivas.
As atividades serão realizadas em grupo ou individual, sendo
sempre uma avaliação somatória e diagnóstica.
Todo processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios,
que são compreendidos como um referencial que gera parâmetros que devem ser
previamente estabelecidos. Os critérios serão apresentados para os alunos,
favorecendo a transparência, orientando o trabalho discente e a
312
corresponsabilidade do aluno no processo de responsabilidade. Os critérios
seguidos por esta área de conhecimento, serão:
O nível cognitivo dos alunos;
As diferentes formas de apropriação dos conteúdos
específicos por parte dos alunos;
O planejamento e acompanhamento de ações pedagógicas
conforme aprendizagem dos alunos;
O quanto o aluno ou a turma consegue estabelecer relação
entre aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e
históricos, envolvidos num conteúdo com a relação ciência,
tecnologia e sociedade.
A forma e o quanto o aluno se apropriou dos vários
conhecimentos científicos;
A compreensão do aluno ou da turma quanto aos
conhecimentos abordados num determinado conteúdo e de
que forma se aplica a sua prática social, relacionados com
outros conteúdos e até mesmo com conhecimentos de outras
disciplinas.
De acordo com Vasconcellos (2003) a Recuperação de Estudos
consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e
aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de
apropriar-se do conhecimento historicamente acumulado, por meio de
metodologias diversificadas e participativas.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96, no
Art. 13, os docentes incumbir-se-ão de:
estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de
menor rendimento.
313
Nessa perspectiva, esta disciplina propõe que o processo de
recuperação seja realizado concomitantemente de duas formas: através da
retomada de conteúdo a partir de diagnósticos oferecidos pelas atividades
realizadas pelos alunos em sala de aula e pelos instrumentos de avaliação; e
através da reavaliação do conteúdo já retomado em sala.
Assim, expressa-se aqui que o processo de avaliação e recuperação
desta disciplina de LEM-INGLÊS estará comprometido com a clareza nos
critérios utilizados, com a intencionalidade do ato educativo, com a reflexão
crítica sobre a prática, enfim, o comprometimento com a aprendizagem do
aluno.
Os instrumentos utilizados para avaliar serão organizados da
seguinte forma:
50% Atividades avaliativas realizadas de forma
individual ou em grupo dentro da sala de aula:
- provas, testes, questões discursivas, questões sobjetivas;
- atividades de leitura e interpretação de textos oral e/ou escrita.
Dentro deste valor (5,0 pontos) o professor poderá oportunizar um
ou dois instrumentos de avaliação, ficando os seus valores por decisão do
professor.
50% Trababalhos realizados individualmente ou em
grupo, dentro ou forma da sala de aula:
- atividades de pesquisa bibliográfica;
- atividades de pesquisa com o uso da internet, imagem, vídeos e textos;
- produção de textos;
- elaboração de relatórios sobre palestras;
314
- apresentação oral de trabalhos;
- atividades experimentais;
- projeto de pesquisa de campo;
- elaboração de relatórios;
- seminários;
- debates;
- elaboração de portifólios;
- atividades a partir de recursos audiovisuais (músicas, filmes, slides, imagens);
- confecção de cartazes, mapas, gráficos.
Dentro deste valor (5,0 pontos) o professor poderá oportunizar, no
mínimo, dois instrumentos de avaliação e no máximo cinco instrumentos de
avaliação, ficando os seus valores por decisão do professor.
A Recuperação será ofertada para todos, com valor (10,0 pontos).
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