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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ELIZÂNGELA GLÓRIA CARDOSO
Formando Jovens Autônomos, Solidários e Competentes
ROTEIRO DE ESTUDOS Nº 03 - 2º BIMESTRE/2020
2ª SÉRIE
ÁREA DE CONHECIMENTO: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS
COMPONENTE CURRICULAR/DISCIPLINA: Sociologia
PROFESSOR (a): Carla Dias e Rodrigo TURMA: 23.01 a 23.06
CRONOGRAMA
Período de realização das atividades: 06/10 a 21/10
Entrega das atividades: ➢ PARTE 1 – 13/10 ➢ PARTE 2 – 21/10
CARGA HORÁRIA DAS ATIVIDADES: 03 aulas
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA DA ÁREA
Comparar e avaliar os processos de ocupação do espaço e a formação de territórios, territorialidades e
fronteiras, identificando o papel de diferentes agentes (como grupos sociais e culturais, impérios,
Estados Nacionais e organismos internacionais) e considerando os conflitos populacionais (internos e
externos), a diversidade étnico-cultural e as características socioeconômicas, políticas e tecnológicas.
HABILIDADE/OBJETIVO DA ATIVIDADE
Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza
(produção, distribuição e consumo) e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à
proposição de alternativas que respeitem e promovam a consciência, a ética socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.
ESTUDO ORIENTADO
● O(a) estudante deve fazer a leitura cuidadosa dos textos deste roteiro de estudos.
● Realizadas as leituras, deve-se proceder à resolução das atividades avaliativas.
● Tendo dificuldades, orienta-se buscar solução para as dúvidas através do grupo de WhatsApp de
Ciências Humanas no dia apropriado (quinta-feira).
● Após sanadas as dúvidas, deve o(a) estudante encaminhar as atividades respondidas ao professor
através do formulário Google Forms, disponibilizado no roteiro da semana.
● Os formulários do Google Forms serão desativados para recebimento de respostas assim que o
prazo para envio estiver encerrado.
A nota do segundo bimestre será fechada através da análise que o professor fará sobre o
desempenho do(a) estudante no que diz respeito aos itens elencados nestas orientações de
estudo.
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OBJETO DE CONHECIMENTO/CONTEÚDO (Conforme Guia de Aprendizagem 2º bimestre):
PARTE 1 – 1ª SEMANA: 06/10 a 13/10
1ª AULA: Status e Papel Social. PROCESSOS SOCIAIS e Grupo Social.
2ª AULA: Papel Social e Status Social. Sociedade e Estratificação Social. Estrutura Social Brasileira.
3.ª AULA: As classes sociais no pensamento de Karl Marx
PARTE 2 – 2ª SEMANA: 14/10 a 21/10
1ª AULA: Organização Social - Conceito, o que é, Significado.
2ª AULA: A institucionalização do termo organizações sociais.
3ª AULA: O que foi a Revolta da Vacina?
AVALIAÇÃO
O(a) estudante será avaliado(a) através da observação, por parte do professor, de sua participação no
grupo de WhatsApp apresentando dúvidas ou contribuições. Também, por meio da resolução da
atividade e envio das respostas via Google Forms, no decorrer de cada semana. Assim, prevalecerá a
avaliação interdimensional, observando a prática do exercício do protagonismo e dos 4 (quatro) pilares
da educação: Aprender a Ser, a Fazer, a Conhecer e a Conviver).
BONS ESTUDOS!
• PARTE 1 – 1ª SEMANA: 06/10 a 13/10
1ª AULA: Papel Social e Status Social Papel Social
O Papel Social é um conceito da sociologia que, de maneira geral, determina a função dos indivíduos na
sociedade.
Ele é produzido pelas interações sociais (processos de socialização) desenvolvidas as quais geram
determinados comportamentos dos sujeitos de um grupo social.
Sendo assim, o papel social agrupa um conjunto de comportamentos, normas, regras e deveres de cada
indivíduo na estrutura social os quais determinarão diversos padrões sociais.
Note que eles podem ser atribuídos ou conquistados durante a vida.
Grupo Social
Para compreender melhor o conceito de papel social, vale atentar ao conceito de "grupo social", uma vez que
este designa um conjunto de indivíduos de determinada sociedade onde cada um possui um papel social.
Os grupos sociais são definidos pela interação social estabelecida entre os indivíduos. Assim, para que um
grupo social seja reconhecido alguns fatores compartilhados são essenciais: valores, tradições, objetivos,
interesses, dentre outros.
As formações dos grupos sociais estão intimamente relacionadas com o conceito de papel social visto que
durante as relações sociais eles auxiliam na determinação de preferências, valores e gostos dos indivíduos,
ou seja, na identidade social de um grupo, os quais por fim, irão determinar seus papéis como sujeitos
sociais.
3 Alguns exemplos de grupos sociais que desenvolvemos durante nossa vida são: grupo da família, da escola,
do trabalho, da política, da religião, das manifestações culturais, dentre outros.
Os grupos sociais são classificados segundo a interação estabelecida entre os indivíduos que o compõem:
grupos primários, grupos secundários e grupos intermediários.
Família: conceito, evolução e tipos
Exemplos de Papel Social
Dependendo do status social que ocupamos dentro da estrutura social, desempenhamos determinados
papéis. Tomemos como exemplo um homem solteiro e trabalhador que desenvolve determinados papéis
sociais nos diferentes locais que frequenta.
Assim, no trabalho, dependendo de seu status, por exemplo, “gerente”, ele exerce a função que lhe é
atribuída (gerir, organizar a equipe, analisar o trabalho dos outros), da mesma forma que nos grupos
religiosos, em casa e nos locais de lazer, seu comportamento ou papel social é determinado pela posição que
ocupa na estrutura social nos fornecendo um padrão de conduta.
Da mesma maneira, uma mulher que tem filhos e trabalha numa loja desempenha os papéis sociais
específicos que lhe são atribuídos como mãe (cuidar dos filhos, gerir a trabalho da casa), esposa e no meio
profissional (vendedora de artigos).
Isso determina os padrões comportamentais desenvolvidos em diversos espaços sociais, em casa, na
escola, no trabalho.
Papel Social da Escola
As instituições sociais que compõem o sistema, também desempenham papéis sociais, por exemplo, a
escola. Ela desenvolve determinadas ações consoante a função e a posição que pretendem ocupar na
sociedade.
Na escola, o ensino e a aprendizagem são as principais funções desenvolvidas pelos indivíduos que a
compõem. Trata-se de uma instituição social muito importante visto que agrega diversos sujeitos com o intuito
de desenvolver conhecimentos.
Por sua vez, os atores sociais que a compõem desenvolvem determinados comportamentos que são
instituídos, por exemplo, os alunos, os professores, o diretor.
Papel Social do Trabalho
No trabalho, o papel social é desenvolvido consoante o status social que ocupa, por exemplo, se você é
gerente ou operário de alguma fábrica. Enquanto o primeiro desempenha o trabalho de organização e gestão
da fábrica, o segundo desenvolve as habilidades que desenvolveu durante seu período de trabalho como
operário.
Observe que o status social de cada um é diferente sendo determinado pela posição que ocupa. No entanto,
dentro de um grupo social, por exemplo, dos operários, você pode ter um status social mais elevado, seja por
ser mais habilidoso ou o mais velho da turma.
Papel Social da Comunicação
Além das instituições sociais (escola, família, igreja, trabalho, etc.), a comunicação desenvolve um importante
papel social entre os indivíduos. É por meio dela que os atores sociais compartilham informações e
experiências os quais são mediados pela interação.
2ª AULA: Papel Social e Status Social Sociedade e Estratificação Social Estrutura Social Brasileira
4 Além do conceito de grupo social, o papel social está intimamente relacionado com o de status social, uma
vez que segundo as funções que desempenham, os indivíduos adquirem um “status social”.
Ou seja, o status social determina a posição que os indivíduos ocupam na estrutura social, segundo o papel
social que exercem. Ele está classificado de duas maneiras: adquirido ou atribuído.
Assim, enquanto o primeiro adquirimos sem nosso consentimento, ou seja, já adquirimos quando nascemos
(por exemplo “o irmão mais velho”, “filho do delegado”), o segundo, é determinado segundo o papel social
que desempenhamos durante a vida (por exemplo “o produtor”, “o gestor”, “o estudante”, o “empresário”).
Apesar de semelhantes, os conceitos de status e papel social definem duas coisas distintas no campo de
estudos da Sociologia. Por isso, precisamos saber qual a utilidade de cada um desses conceitos e que tipo de
informação eles nos repassam. Em primeiro lugar, é de suma importância apontar que tais conceitos são
necessários para uma análise um tanto mais profunda da pirâmide social que organiza algumas coletividades.
A ideia de status social está ligada às diferentes funções que um sujeito pode ocupar no interior da
sociedade em que vive. Se o compreendermos como um sujeito oriundo das classes médias, por exemplo,
podemos enxergar quais hábitos, vínculos e funções que podem definir seu status no meio em que vive. Para
tanto, avaliamos qual tipo de posto de trabalho ocupado, os locais de lazer frequentados, o partido político ao
qual está filiado e sua posição no núcleo familiar.
Para se estabelecer uma definição mais bem acabada sobre os diferentes tipos de status que uma pessoa
pode ter, os estudos sociológicos costumam grifar a existência de dois tipos de status: o status atribuído, em
que alguém ocupa determinada posição independente de suas próprias ações (como “irmão mais velho” ou
“filho de empresário”); e o status adquirido, situação em que a pessoa age em favor de certa condição (como
“especialista” ou “criminoso”).
Nesse momento, o conceito de papel social aparece justamente para explicar quais seriam os direitos e
deveres que uma pessoa tem ao ocupar um determinado status social. Dessa forma, vemos que o papel
social envolve todo o tipo de ação que a própria sociedade espera no momento em que um de seus
integrantes ocupa certo status. Exemplificando de forma simples, podemos dizer que o médico deve salvar
vidas, a mãe cuidar de seus filhos e o
professor repassar conhecimento para os alunos.
Na compreensão de algumas culturas, a relação entre o status e o papel social pode nos mostrar algumas
diferenças bastante interessantes. Realizando um contraponto entre duas sociedades, é possível analisar que
indivíduos com status sociais semelhantes são levados a desempenhar diferentes funções. Um exemplo
disso pode ser notado quando pensamos em um curandeiro de uma tribo indígena e o médico de alguma
sociedade capitalista.
Enquanto o primeiro vive em contato com a comunidade e se utiliza de rituais religiosos para cumprir a função
de curar pessoas, esperamos que um médico esteja em um consultório e que domine o uso de uma série de
procedimentos científicos para realizar essa mesma tarefa. Assim, vemos que status e papel social são
ferramentas teóricas de suma importância para o desenvolvimento de vasto leque de temas e objetos da
Sociologia.
Estrutura Social
Estrutura Social é um sistema de organização da sociedade que decorre da inter-relação e posição (status
social) entre seus membros. É determinada por diversos fatores, dentre os quais econômico, político, social,
cultural, histórico e religioso.
Dessa maneira, a Estrutura Social estabelece uma série de direitos e deveres praticados pelos diversos
grupos que constituem uma sociedade.
Sociedade e Estratificação Social
A Sociedade é definida por um conjunto de pessoas (chamadas de atores sociais) que compartilham
interesses e valores num determinado espaço social.
5 Em outras palavras, a sociedade é uma totalidade formada por diversos grupos que interagem entre si, sendo
que todas as sociedades possuem uma estrutura social.
De tal forma, cada sociedade possui uma estrutura social definida por valores e comportamentos dos
indivíduos constituintes, os quais desempenham diversos papéis sociais.
Os grupos sociais, por sua vez, estabelecem relações por meio de padrões sociais e culturais, cuja estrutura
foi definida historicamente.
A Estratificação Social está intimamente relacionada com o de Estrutura Social. Isso porque a sociedade se
divide em estratos ou camadas sociais de acordo com uma série de fatores, tais como políticos, religiosos,
étnicos, dentre outros.
Essa estratificação pode ocorrer por meio do sistema de castas e também por estamentos (sociedade
estamental), donde ambas não admitem a mobilidade social.
Ademais, as classes sociais existentes (basicamente dividida entre ricos e pobres) é um termo associado ao
sistema capitalista vigente.
A classe alta (ricos) detém o poder e os meios de produção e, por outro lado, a classe baixa (pobres) é
formada pelos trabalhadores e/ou operários.
As estruturas sociais abrangem duas vertentes:
Visão macrossociológica, que está pautada na atuação das Instituições Sociais.
Visão microsociológica, que se pauta no estudo do sistema social a partir do comportamento dos indivíduos
que fazem parte da sociedade.
Estrutura Social Brasileira
A desigualdade social é um problema gerado principalmente pela diferença entre os estratos sociais. Esse
fato é notório no Brasil, uma vez que a diferença entre as classes sociais no país é algo gritante.
No entanto, esse panorama vem adquirindo outro aspecto com o passar dos anos. O Brasil é um dos países
do mundo que tem apresentado as mais altas taxas de mudança social nas últimas décadas. Isso decorre da
implementação de políticas públicas de inclusão e de transformações econômicas e sociais no país.
3ª AULA: As classes sociais no pensamento de Karl Marx
As classes sociais, para Marx, surgem a partir da divisão social do trabalho. Em razão dela, a sociedade se
divide em possuidores e não detentores dos meios de produção.
As relações de produção regulam tanto a distribuição dos meios de produção e dos produtos quanto a
apropriação dessa distribuição e do trabalho. Elas expressam as formas sociais de organização voltadas para
a produção. Os fatores decorrentes dessas relações resultam em uma divisão no interior das sociedades.
Por ter uma finalidade em si mesmo, o processo produtivo aliena o trabalhador, já que é somente para
produzir que ele existe. Em razão da divisão social do trabalho e dos meios, a sociedade se extrema entre
possuidores e os não detentores dos meios de produção. Surgem, então, a classe dominante e a classe
dominada (ou seja, a dos trabalhadores). O Estado aparece para representar os interesses da classe
dominante e cria, para isso, inúmeros aparatos para manter a estrutura da produção. Esses aparatos são
nomeados por Marx de infraestrutura e condicionam o desenvolvimento de ideologias e normas
reguladoras, sejam elas políticas, religiosas, culturais ou econômicas, para assegurar os interesses dos
proprietários dos meios de produção.
Percebendo que mesmo a revolução burguesa não conseguiu abolir as contradições entre as classes, Marx
observou que ao substituir as antigas condições de exploração do trabalhador por novas, o sistema capitalista
de produção em seu desenvolvimento ainda guarda contradições internas que permitem criar condições
objetivas para a transformação social. Contudo, cabe somente ao proletariado, na tomada de consciência de
classe, sair do papel de mero determinismo histórico e passar a ser agente dessa transformação social.
As contradições são expressas no aumento da massa de despossuídos, que sofrem com os males da
humanidade, tais como a pobreza, doenças, fome e desnutrição, e o atraso tecnológico em contraste com o
grande acúmulo de bens e riquezas em grandes centros financeiros e industriais. É só por meio de um
processo revolucionário que os proletários de todo o mundo, segundo Marx, poderiam eliminar as condições
de apropriação e concentração dos meios de produção existentes. Acabando a propriedade desses meios,
6 desapareceria a burguesia e instalar-se-ia, transitoriamente, uma ditadura do proletariado até que se realizem
as condições de uma forma de organização social comunista.
ATIVIDADES – 06/10 a 13/10
QUESTÃO 1- (Unimontes) – A questão das classes sociais ocupa um papel fundamental na teoria de Karl
Marx. Para ele, existem condicionantes e determinantes na complexa relação entre indivíduo e sociedade e
entre consciência e existência social. Considerando as reflexões de Karl Marx sobre esse tema, marque a
alternativa incorreta.
a) A luta de classes desenvolve-se no modo de organizar o processo de trabalho e no modo de se apropriar
do resultado do trabalho humano.
b) A luta de classes está presente em todas as ações dos trabalhadores quando lutam para diminuir a
exploração e a dominação.
c) Em meio aos antagonismos e lutas sociais, o indivíduo pode repensar a realidade, reagir e até mesmo
transformá-la, unindo-se a outros em movimentos sociais e políticos.
d) As classes sociais sustentam-se em equilíbrios dinâmicos e solidários, sendo a produção da solidariedade
social o resultado necessário à vida em sociedade.
QUESTÃO 2- (Ufub) De acordo com a teoria de Marx, a desigualdade social explica-se:
a) Pela distribuição da riqueza de acordo com o esforço de cada um no desempenho de seu trabalho.
b) Pela divisão da sociedade em classes sociais, decorrente da separação entre proprietários e não
proprietários dos meios de produção.
c) Pelas diferenças de inteligência e habilidade inatas dos indivíduos, determinadas biologicamente.
d) Pela apropriação das condições de trabalho pelos homens mais capazes em contextos históricos,
marcados pela igualdade de oportunidades.
QUESTÃO 3- Os estamentos foram a forma de organização social de um grande número de civilizações no
mundo antigo. As divisões que compunham o sistema de estamentos visto no Feudalismo europeu eram:
a) O Rei, a nobreza e os servos.
b) O Rei, o clero e os servos.
c) A nobreza, o clero e os servos.
d) Os escravos, o clero e a nobreza.
QUEATÃO 4- (Enem/2019) A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) como uma política para todos
constitui-se uma das mais importantes conquistas da sociedade brasileira no século XX. O SUS deve ser
valorizado e defendido como um marco para a cidadania e o avanço civilizatório. A democracia envolve um
modelo de Estado, no qual políticas protegem os cidadãos e reduzem as desigualdades. O SUS é uma
diretriz que fortalece a cidadania e contribui para assegurar o exercício de direitos, o pluralismo político e o
bem-estar como valores de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, conforme prevê a
Constituição Federal de 1988.
RIZZOTO, M. L. F. et al. Justiça social, democracia com direitos sociais e saúde: a luta do Cebes. Revista Saúde em Debate, n. 116, jan.-mar. 2018 (adaptado).
Segundo o texto, duas características da concepção da política pública analisada são:
a) Paternalismo e filantropia.
b) Liberalismo e meritocracia.
7 c) Universalismo e igualitarismo.
d) Nacionalismo e individualismo.
QUEATÃO 5- Observando os conceitos de status e papeis sociais é possível chegar na ideia a respeito das
relações sociais que por sua vez pode ser explicada como:
a) Noção de individualidade desenvolvida em cada pessoa.
b) Comunicação entre membros de uma sociedade.
c) Reflexão filosófica e social a respeito da essência de um sistema social.
d) As formas de relacionamentos inseridas nas atividades industriais das sociedades modernas.
e) As possíveis ocorrência de segregação étnica existentes nas diversas sociedades.
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PARTE 1 – 1ª SEMANA: 06/10 a 13/10
https://forms.gle/neQfTvx8RpZ58wRf7
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• PARTE 2 – 2ª SEMANA - 14/10 a 21/10
1ª AULA: O que significa o termo organização social e qual seu papel na sociedade?
A organização social pode ser definida como padrão de relacionamentos entre indivíduos e grupos, mas foi
recentemente institucionalizada por lei no Brasil.
A chamada organização social é um conceito da Sociologia sobre a forma como uma sociedade estruturada é
organizada e o papel que cada um recebe.
São o comportamento e o relacionamento entre os indivíduos, em resumo, que influenciam na organização da
sociedade. Por essa razão cada povo a se organiza de uma forma diferente.
Na organização de uma sociedade está sua sobrevivência, assim como seu desenvolvimento.
Só que as formas de organização social variam de acordo com as necessidades da sociedade ao longo do
tempo.
Geralmente a organização social dos povos primitivos era uma pirâmide. No topo estava o rei, seguido dos
sacerdotes, escribas e artesãos.
Na Roma antiga, a sociedade se baseava numa organização social desigual, assim como muitas sociedades
de civilizações antigas.
O que é estrutura social?
A estrutura social é a divisão da sociedade em camadas sociais, sendo que estas surgem conforme fatores
econômicos, culturais, políticos e religiosos.
Em sua classificação, a estrutura social pode ser familiar, econômica, cultural, política, militar, religiosa,
educacional.
A estrutura social da maioria das tribos africanas é organizada em torno da fidelidade ao líder e das relações
de parentesco existentes.
O termo organização social é usado para fazer referência a um grupo de pessoas com interesses
compartilhados que decidem associar-se a uma entidade. Por outro lado, esta denominação é utilizada em
alusão aos mais variados modelos da sociedade humana.
Diferença entre movimento social, organização social e sociedade civil
Esses três termos apresentam semelhanças e diferenças e, neste sentido, podem criar certa confusão. Um
movimento social é um grupo normalmente amplo de indivíduos que compartilham certos ideais e que tentam
8 transformar algum aspecto da realidade. Geralmente estes movimentos são bem heterogêneos e se
caracterizam por sua oposição ao poder estabelecido, especialmente ao governo de uma nação.
Uma organização social apresenta uma série de elementos:
1) os indivíduos que a formam criam uma entidade com um objetivo e interesses compartilhados (por
exemplo, uma associação cultural ou uma fundação sem fins lucrativos);
2) a entidade adquire uma forma jurídica específica (por exemplo, uma sociedade cooperativa, parceria
coletiva, entre outras);
3) as pessoas que formam a entidade são regidas por algum tipo de norma (por exemplo, os estatutos).
Por outro lado, a ideia de sociedade civil apresenta dois significados: sendo uma modalidade de empresa e
como termo para referir-se ao conjunto de organizações e movimentos sociais.
Um leque de organizações sociais é um reflexo da comunidade
Uma sociedade é um grupo humano heterogêneo e plural. O mesmo acontece com as organizações sociais
que a integram. Algumas têm um propósito simplesmente lúdico, como as culturais e as esportivas. Outras
contam com um forte componente solidário, como as ONGs. E ainda há aquelas que possuem um objetivo
econômico (por exemplo, as associações empresariais).
Em muitos casos, as organizações sociais estão focadas na defesa de um coletivo (por exemplo, os
sindicatos de trabalhadores e as associações de consumidores).
Entendido como modelo de sociedade
Desde a pré-história os humanos já se relacionavam a partir de interesses e laços em comum. Neste sentido,
criavam uma estrutura geral ou um tipo de organização social, como as tribos, os clãs e as hordas. Com o
passar do tempo, um novo modelo organizacional surgiu com base no trabalho de uns (os escravos) e
domínio de outros. Este sistema é conhecido como escravidão.
Na Idade Média, a ordem feudal foi estabelecida com base na divisão social por estamentos ou classes.
Desde a Era moderna até o presente, existem várias formas de organização social: o colonialismo,
o comunismo e o capitalismo.
2ª AULA: A institucionalização do termo organizações sociais
Na legislação brasileira, a Lei Federal 9.637/1998 dispôs sobre a qualificação de entidades como
organizações sociais, oficializando o nome Organização Social (OS).
Podemos definir a O.S. da lei como um tipo de associação privada, com personalidade jurídica, sem fins
lucrativos, que recebe subvenção do Estado. Com isso ela presta serviços de relevante interesse público, por
exemplo na saúde pública.
Institucionalizaram-se assim as organizações sociais, que são entidades privadas sem fins lucrativos,
auxiliadas pelo Estado e que cuidam de interesses sociais.
...
E quais interesses sociais seriam esses? Os relativos à cultura, ao ensino e à pesquisa, ao desenvolvimento
das tecnologias, à proteção ao ambiente, à saúde.
O conceito de Organização Social está relacionado com o de organização não governamental (ONG).
São exemplos de Organizações Sociais de Saúde (OSS):
• Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho
• Associação Fundo De Incentivo à Psicofarmacologia – AFIP
• Associação Beneficente Hospital Universitário – ABHU
• Fundação de Apoio ao Ensino Pesquisa e Assistência HCFMRPUSP – FAEPA
• Instituto de Responsabilidade Social Sírio Libanês
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https://conhecimentocientifico.r7.com/wp-content/uploads/2018/12/a-organizacao-social-presta-servico-de-relevante-interesse-publico-1.jpg
As relações de poder nas organizações sociais
Nessas organizações são essenciais as relações de poder que devem ser estabelecidas entre os indivíduos
que a compõem.
A chamada de interdependência institucional é importante para fixar os limites desse poder. As organizações
dependem das instituições de ensino, que por sua vez dependem do governo.
As organizações sociais devem ser vistas como ideias sobre como algo que deve ser feito, a fim de ser
considerado como legítimo.
As instituições são responsáveis por fornecer estruturas, diretrizes para o comportamento e interação
humana.
Elas também fazem acontecer práticas sociais que ocorreram de novo ou se repetem ao longo do tempo.
O modelo de organização social foi criado na década de 1990 e tem relação com a ideia de organização não
governamental. A diferença das duas é somente em relação ao campo de atuação.
Por causa do desgaste da expressão “de utilidade pública”, foi criada por lei a denominação “organização
social” (1998).
3ª AULA: O que foi a Revolta da Vacina?
A Revolta da Vacina foi um levante das camadas mais pobres do Rio de Janeiro, que protestou contra o
modo intransigente de governar a cidade.
https://conhecimentocientifico.r7.com/wp-content/uploads/2018/12/a-revolta-da-vacina-foi-um-protesto-das-camadas-cariocas-mais-pobres.jpg
10 A Revolta da Vacina foi uma rebelião popular contra a vacinação obrigatória, ocorrida no Rio de Janeiro, em
novembro de 1904.
Foi também um protesto dos desalojados pelas obras de revitalização da cidade.
Os protestos foram tão violentos que terminaram na morte de quarenta pessoas.
O Rio de Janeiro era uma cidade suja e doente
Ao assumir o governo do Rio de Janeiro em 1902, o presidente Rodrigues Alves encontrou uma cidade suja,
abafada e doente.
Infestada de ratos e mosquitos, espalhava-se a peste bubônica e a febra amarela na população. Havia
também uma epidemia de varíola e tuberculose.
Era preciso tomar medidas urgentes de reurbanização, sendo para isso nomeado prefeito o engenheiro
Pereira Passos.
Também eram necessárias medidas rápidas de saneamento, dessa forma o médico Oswaldo Cruz foi
nomeado Diretor da Saúde Pública.
Os dois tinham carta branca para agir.
Milhares de famílias desabrigadas sem aviso ou indenização
Foi dado início à construção de grandes obras públicas, bem como o alargamento das ruas e avenidas.
A reurbanização do Rio de Janeiro, no entanto, sacrificou as camadas mais pobres da cidade.
Sem consultar a população, foram demolidas em menos de um ano, cerca de 600 habitações coletivas e 700
casas no centro da cidade.
Isso deixou sem teto pelo menos 14 mil pessoas. Os desabrigados foram para os cortiços, morros e
mangues, com o fim de construir casas de tábuas.
Ninguém foi indenizado e todos tiveram que se virar para sobreviver. Sem contar o aumento do aluguel,
devido à grande procura.
A vacinação obrigatória foi a gota d’água
Para que o combate à doenças desse certo, era preciso exterminar o mosquito e o rato, transmissores das
principais doenças.
Duas medidas iniciais foram anunciadas. A coleta de todo o lixo da cidade e o pagamento pelos ratos
entregues às autoridades.
Mas o povo passou a criar os roedores para conseguir uma renda extra. Então o governo suspendeu a
recompensa.
Iniciou-se então uma campanha de saneamento autoritária, onde as casas eram invadidas e vasculhadas.
Faltou um esclarecimento prévio sobre a importância da vacina ou da higiene.
11 Além do mais, as pessoas eram obrigadas a se vacinarem compulsoriamente. Os agentes entravam nas
casas e pegavam à força quem se recusasse.
Os pais e maridos ficaram indignados, nesse ínterim, ao verem estranhos tocando no corpo das mulheres da
casa.
A insatisfação da população contra o governo foi generalizada e isso desencadeou a Revolta da Vacina.
A Revolta da Vacina transformou o Rio numa praça de guerra
O médico Oswaldo Cruz impôs vacinação obrigatória contra a varíola, para todo brasileiro com mais de seis
meses de idade.
A oposição política ao governo se recusou a vacinar e ainda incitava o povo a resistir. Na imprensa, Oswaldo
Cruz era ironizado em charges.
Os ânimos se exaltaram e policiais passaram a proteger os agentes de saúde, que invadiam as casas e
vacinavam as pessoas à força.
O descontentamento com a vacina, mais os problemas de moradia e do custo de vida, resultaram na Revolta
da Vacina.
Entre 10 e 16 de novembro de 1904, o povo pobre do Rio de Janeiro enfrentou os agentes da saúde pública e
a polícia.
O centro da capital carioca se tornou uma praça de guerra, com bondes virados e prédios atacados. Alguns
militares que tencionavam derrubar o presidente, incitavam o povo.
A repressão do governo foi forte, e resultou na prisão de 945 pessoas na Ilha de Cobras, 40 mortos, 110
feridos e 461 deportações para o Estado do Acre.
Curiosidades
A oposição espalhou o boato de que a vacina deveria ser aplicada nas partes íntimas do corpo e as mulheres
deveriam se despir diante dos vacinadores.
Após o movimento, a Lei da Vacina Obrigatória foi modificada, tornando facultativo o seu uso.
No dia 14 de novembro de 1903, os cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha também se revoltaram
contra as medidas tomadas pelo governo e passaram a apoiar a população.
ATIVIDADES
PARTE 2 – 2ª SEMANA – 14/10 a 21/10
QUESTÃO 1- Neste sistema econômico não há, teoricamente, desigualdade e o Estado possui os meios de produção, mas sua aplicação na prática não ocorreu como o esperado. O sistema citado e o seu estágio posterior são:
a) Capitalismo e Socialismo
b) Feudalismo e Capitalismo
c) Tirania e República
d) Socialismo e Capitalismo
e) Socialismo e Comunismo
QUESTÃO 2- (Unicentro) Os novos movimentos sociais são diferentes das ações coletivas de antes por eles
politizarem a esfera privada e tornarem públicas as problemáticas das minorias sociais. Assim, dentre esses
movimentos, destacam-se aqueles que:
a) envolvem negros, indígenas, sem-terra e sem-teto.
b) determinam a opinião pública sobre as questões ecológicas.
c) produzem discussões locais e regionais, não abarcando questões globais.
d) desenvolvem-se a partir do controle do Estado e dos partidos políticos.
e) realizam pressão política, apoiando contestação da política econômica, e lutam por melhores salários.
12 QUEATÃO 3- Entre os problemas sociais que afetam um grupo minoritário, o que pode ser entendido como de maior gravidade, ao nos voltarmos para o foco institucional, é:
a) a precária representação política, o que ocasiona negligência de direitos básicos que deveriam ser
assegurados para todos os indivíduos em um Estado democrático.
b) a falta de leis rigorosas e explicitamente voltadas para atender as necessidades específicas de uma
minoria.
c) a resistência em reconhecer a existência dos grupos minoritários por parte de nosso governo.
d) a falta de ONGs que se voltem para a resolução dos problemas que os grupos minoritários possuem.
QUEATÃO 4- Ao tratarmos dos problemas que afligem as minorias, a desigualdade social acaba sendo o ponto-chave de grande parte das reivindicações dos grupos minoritários. No entanto, não é correto afirmarmos que todo grupo minoritário se encontra em posição fragilizada no meio social. Por quê? a) Porque o Estado se encarrega de suprir todas as necessidades das minorias.
b) Porque a ideia de minorias prejudicadas é uma mentira. Todas elas possuem grandes vantagens cedidas
pelo governo.
c) Porque existem minorias elitizadas, que possuem grande poder econômico e grande influência no meio
político.
d) Porque, em um governo democrático, como no caso do Brasil, a representação política é garantida de
forma igual para todos os grupos sociais.
QUEATÃO 5- “Apesar do esforço governamental, ainda existem sérios problemas referentes ao atendimento das necessidades básicas dos grupos minoritários”. Essa afirmação faz referência aos programas do governo brasileiro que tentam remediar os problemas de grupos minoritários. Entre esses grupos, podemos destacar como minorias em situação precária: a) os deficientes físicos, indígenas e políticos. b) O Movimento dos Sem-Teto, os empresários e os deficientes físicos. c) Os estudantes, indígenas e os quilombolas. d) Os deficientes físicos, os indígenas e os quilombolas. ________________________________________________________________________________________
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PARTE 2 – 2ª SEMANA: 14/10 a 21/10
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