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ESCOLA SECUNDRIA DE CASQUILHOS BARREIRO

Teste sumativo de Histria A 10 Ano | Turma C | Professor: Renato Albuquerque Durao da prova: 90 minutos. Tolerncia: 10 minutos | 3 pginas

17.maio.2012

Este teste constitudo por 14 itens (todos de resposta obrigatria) e termina na palavra FIM.

DOCUMENTO 1

CATEDRAL DE CHARTRES - FRANA

1. Partindo da imagem do Documento 1, apresenta 3 caractersticas da arte gtica aqui

presentes.

2. Explica porque que em Portugal a arte gtica se encontra principalmente em mosteiros e no em catedrais.

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DOCUMENTO 2

CANTIGA PAR DEUS, SENHORA, EM GRAM COITA SEREI

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Par Deus, senhora, em gram coita [1] serei agora quando m'eu de vs quitar [2], ca me nom hei d'al no mund'a pagar [3]; e, minha senhora, gram dereito [4] farei, pois eu de vs os meus olhos partir e os vossos mui fremosos nom vir. [...]

Nuno Fernandes Torneol. Cancioneiro da Ajuda (adaptado)

Significados: [1] coita tristeza, sofrimento; [2] quitar deixar, abandonar; [3] ca me nom hei d'al no mund'a pagar pois

nada mais me agradar no mundo [4 ] gram dereito farei terei razo

3. Identifica o tipo de cantiga trovadoresca que consta no Documento 3. Justifica a tua

resposta

4. Caracteriza a cultura das cortes associada a esta poesia.

5. Neste mesmo perodo desenrolavam-se as romarias e peregrinaes. Explica porque que estas atividades de origem religiosa esto tambm ligadas a manifestaes de cultura popular.

DOCUMENTO 4

O QUE FOI O RENASCIMENTO?

1

5

10

Considera-se que o Renascimento teve incio em Itlia durante o sculo XIV () e terminou no fim do sculo XVI. ()

Embora a palavra Renascimento aparea to cedo como 1829 num romance de Balzac, a sua primeira definio deve-se ao historiador francs Jules Michelet, em 1855. Este empregou-a para descrever o perodo da histria da Europa mais ou menos de 1400 a 1600, em que se assistiu tanto descoberta do mundo como descoberta do homem. Aps a publicao, uns anos mais tarde, da importante obra A Civilizao do Renascimento em Itlia (1860), do historiador suo Jacob Burckhardt, o termo passou a fazer parte do vocabulrio dos historiadores. ()

Michelet e Burckhardt podem ter inventado o termo Renascimento, mas no foram de modo algum responsveis pela criao de um mito. Os eruditos e os artistas que viveram nos sculos XV e XVI tinham plena conscincia de que a sua poca era de enormes mudanas culturais. ()

C. F. Black e outros, Histria do Renascimento, Crculo de Leitores, p. 14

6. Explica porque que, segundo o autor do Documento 4, se assistiu no Renascimento descoberta do mundo linha 6.

7. Indica a importncia de Gutenberg para o sucesso deste movimento cultural e artstico.

8. Explica a importncia do Experimentalismo portugus nas enormes mudanas culturais referidas no documento linha 11.

9. Indica o nome de dois portugueses que ficaram ligados a este processo de conhecimento.

10. Explica de que forma Galileu confirmou as teorias de Coprnico e de que modo que as suas ideias se encontravam em oposio s da Igreja Catlica.

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DOCUMENTO 2 O IDEAL DE CORTESO CRTICA AOS CORTESOS 1

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Que o corteso seja, alm de nobre, homem de bem, isto , prudente, bom, corajoso, confiante; belo e elegante. Que a sua principal e autntica profisso seja a das armas, que saiba todos os exerccios que convm a um militar. Que o perfeito homem de corte seja alegre, saiba jogar e danar, que se mostre homem de esprito e seja discreto.

As letras que Deus revelou aos homens so teis e necessrias vida e dignidade do homem. Que o corteso conhea no s o latim, mas tambm o grego. (...) Que ele saiba escrever em verso e em prosa, particularmente a nossa lngua. Louv-lo-ei tambm por saber vrias lnguas estrangeiras, principalmente espanhol e francs, que esto muito divulgadas em Itlia. A sua cultura parecer-me- insuficiente se no tiver conhecimentos de msica e no basta que saiba ler a partitura, deve ainda tocar vrios instrumentos. (...) H ainda um aspeto que julgo de grande importncia; trata-se da arte do desenho e da pintura. (...) Que o nosso homem de corte seja um perfeito cavaleiro de toda a sela: nos torneios, nos duelos, nas corridas, no lanamento do dardo e da lana. (...) Convm tambm que saiba saltar e correr.

B. Castiglione, O Corteso (sculo XVI)

Que direi agora dos cortesos? Nada h de mais vil, servil e idiota do que a maioria dessa gente, que, apesar disso, pretende em toda a parte o primeiro lugar.

H apenas um ponto em que so mais modestos. Contentam-se em usar o ouro, as pedrarias, a prpura e os diversos distintivos da sabedoria e da virtude, mas deixam que sejam os outros a pratic-las. A sua felicidade consiste em ter o direito de tratar o rei por "meu senhor", em sab-lo saudar com duas ou trs palavras, em prodigalizar ttulos oficiais em que se fala de Serenidade, Majestade, Magnificncia. Tm sempre um sorriso na cara e adulam com satisfao. Tais so os talentos essenciais do nobre e do corteso.

(...) Dormem at ao meio-dia. Ao acordar, um padreca da casa, que esperava junto ao leito, avia-lhes uma missa num instante. Mal acaba o almoo, chega a hora do jantar. Vm depois os dados, o xadrez, os adivinhos, os bobos, as mulheres, os divertimentos e as graolas. Entretanto, uma ou duas refeies, at que voltam mesa para a ceia, a que se seguem abundantes libaes. Eis como passam, sem qualquer risco de enfado, as horas, os dias, os meses, os anos, os sculos.

Erasmo, Elogio da Loucura (1511)

11. Indica os atributos que deviam ter os cortesos, segundo Castiglione.

12. Refere as crticas que so dirigidas aos cortesos por Erasmo.

13. Relaciona o esplendor artstico do Renascimento com a poltica de mecenato seguida nesta poca, nomeadamente em Florena.

14. Indica a que grupos sociais pertencem os principais mecenas do Renascimento italiano.

FIM

COTAES

item 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. Total

cotao 15 10 10 10 15 15 10 15 10 15 20 20 20 15 200

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ESCOLA SECUNDRIA DE CASQUILHOS BARREIRO

Sugestes de resposta - Teste sumativo de Histria A 10 Ano | Turma C | Professor: Renato Albuquerque | 6.mar.2012

So consideradas as respostas que utilizem uma terminologia cientificamente adequada e rigorosa, embora no exatamente idntica utilizada nas sugestes.

A avaliao das competncias de comunicao escrita em lngua portuguesa contribui para valorizar a classificao atribuda ao desempenho no domnio das competncias especficas da disciplina. Esta valorizao cerca de 10% da cotao do item.

Critrios gerais de classificao. GAVE, Ministrio da Educao, 2010

(1) (2)

Sugestes de resposta 1 2 3

1.

O aluno podia indicar 3 das seguintes caractersticas: - edifcios construdos em altura; - portais e janelas com arcos ogivais; - grandes aberturas; - foras distribudas pelos arcobotantes; - existncia de pinculos aumentando a altura do edifcio.

13 14 15

2.

O gtico existe em mosteiros e no em catedrais por: - as catedrais so construdas como igrejas-fortalezas, para defesa das populaes

contra os inimigos; - no existe uma burguesia comercial com dinheiro para pagar estes edifcios,

tendo de ser pagos com o dinheiro da Igreja.

8 9 10

3. Cantiga de Amor pois o sujeito potico o trovador que expressa a sua paixo

pela amada. 8 9 10

4

O aluno devia indica 3 das seguintes caractersticas da cultura cortes: - leiga e profana; - poesia lrica, msica, dana; - cantigas de amigo, de amor, de escrnio e de maldizer; - criao de Livros de Linhagens para justificar a nobreza das famlias; - Romances de Cavalaria apresentando um novo ideal da nobreza.

8 9 10

5.

Romarias e peregrinaes: deslocar-se para locais religiosos prximos ou distantes, geralmente em grupo.

Enquanto se deslocam, cantam e danam, trocam notcias. Quando chegam, assistem a representaes teatrais, sabem novidades, acedem a novos produtos nas feiras que a se realizam.

13 14 15

6. neste perodo que se descobrem os oceanos e os continentes assim como os

astros, resultado das navegaes realizadas e das descobertas cientficas. 13 14 15

7. Gutenberg desenvolve a imprensa que permite a produo de livros em maior

quantidade e a consequente difuso das ideias e da cultura. 8 9 10

8. O experiencialismo portugus permite a difuso de novas ideias derivadas da

experincia prpria, rebatendo ideias erradas difundidos pelos antigos. Permite a abertura ao desenvolvimento da cincia.

13 14 15

9.

O aluno podia indicar 2 de entre os seguintes: Garcia de Orta, Amato Lusitano, Ferno Cardim, Tom Pires, Damio de Gis, Joo

de Barros, Pedro Nunes, Duarte Pacheco Pereira, D. Joo de Castro, Francisco Sanches

8 9 10

10.

Coprnico defende: - uma conceo heliocntrica (o sol fixo no centro do Universo que considerado

finito mas maior que o imaginado por Ptolomeu); - movimento de rotao e de translao (circular) da Terra; - movimento aparente do Sol. Galileu Galilei, com o primeiro telescpio, descobre as luas de Jpiter e as

irregularidades da Lua, demonstrando que nem tudo gira volta da Terra e confirmando as teorias de Coprnico.

A Igreja Catlica defende a verso bblica de que Deus criou a Terra, as estrelas, o Sol